Spelling suggestions: "subject:"determinantes aociais"" "subject:"determinantes csociais""
1 |
Determinantes dos homicídios no Brasil / Determinants of homicides in BrazilFrota, Marcos Tadeu Ellery January 2014 (has links)
FORTA, Marcos Tadeu Ellery. Determinantes dos homicídios no Brasil. 2014. 89 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2014. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2016-03-09T11:55:37Z
No. of bitstreams: 1
2014_dis_mtefrota.pdf: 754780 bytes, checksum: a08fbe6206cf1e15dafd0069721138dc (MD5) / Approved for entry into archive by denise santos(denise.santos@ufc.br) on 2016-03-09T12:05:09Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2014_dis_mtefrota.pdf: 754780 bytes, checksum: a08fbe6206cf1e15dafd0069721138dc (MD5) / Made available in DSpace on 2016-03-09T12:05:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2014_dis_mtefrota.pdf: 754780 bytes, checksum: a08fbe6206cf1e15dafd0069721138dc (MD5)
Previous issue date: 2014 / The violence is characterized as a serious social problem. In this contex the increase of deaths by homicide expresses the increase in violence and as a result puts the need to understand why this increase occurs. Homicides can be caused by several factors present in different instances and involve socioeconomic, demographic, cultural and political issues. This study aimed to analyze the determinants of the homicide rate in Brazil, contributing to a better understanding of the factors associated with these, in order to provide managers of public health and security information and knowledge about this phenomenon and enable the planning of control strategies and reducing the impact of the murders. Study of quantitative approach, analytical cross-sectional ecological type, considering the units of analysis states and the Federal District of Brazil. Homicide rates were calculated using the number of homicides for the period of 2002-2012.Historical series of homicide rates in Brazil were built. Association rate of homicides with explanatory variables in the bivariate analysis isolated by simple line regression was estimated. The independent variables were divided in to three groups: Socioeconomic indicators, criminal factors and public safety system. Statistically significant correlation variables proportion of households with income below the poverty line and extreme poverty, percentage of poor enrollment rate in secondary level education, income HDI, education HDI, criminality rate and percentage of expenditure on security public. Showed no statistically significant correlation: the Gini Coefficient, fertility rate, percentage of population with piped water rate, educational level, rate of effective military police and civilian police per capita, spending on Public Safety event, rate for possession narcotics, rate of occurrence of drug traffic in gang rate of occurrence for illegal possession of weapons. The variable that had the highest coefficient of determination was the punishment rate (R ² =0.57). The improvement of socioeconomic factors was of great social gain, but showed up as a central factor in reducing homicides. Large investments in effective law enforcement without improving investigation and prosecution of the perpetrators are not justified. The central issue is impunity. / A violência se caracteriza como um grave problema social, nesse contexto o incremento dos óbitos por homicídio expressa o crescimento da violência e como conseqüência coloca a necessidade de compreender o porquê deste aumento. Os homicídios podem ser causados por diversos fatores presentes em diferentes instâncias e envolvem questões socioeconômicas, demográficas, culturais e políticas. Esse estudo teve como objetivo analisar os determinantes da taxa de homicídios no Brasil, contribuindo para o melhor entendimento dos seus fatores associados, a fim de prover os gestores de saúde e segurança pública de informações e conhecimento sobre este fenômeno e possibilitar o planejamento de estratégias de controle e diminuição do impacto dos homicídios. Estudo de abordagem quantitativa, tipo ecológico transversal, analítico, considerando como unidades de análise os Estados e o Distrito Federal do Brasil. As taxas de homicídios foram calculadas utilizando o número de homicídios do período de 2002-2012. Foram construídas séries históricas das taxas de homicídios no Brasil. Foi estimada associação da taxa de homicídios com variáveis explicativas através de regressão linear simples. As variáveis independentes consideradas foram divididas em três grupos: Indicadores socioeconômicos, criminógenos e sistema de segurança pública. Apresentaram correlação estatisticamente significativa (p<0,05) as variáveis proporção de domicílios com renda per capita abaixo da linha da pobreza e da extrema pobreza, percentual de pobres, taxa de escolaridade em nível médio, IDH renda, IDH educação, taxa de punibilidade e percentual das despesas com Segurança Pública. Não apresentaram correlação com significância estatística (p>0,05): Coeficiente de Gini, taxa de fecundidade, percentual da população com água encanada, taxa de escolaridade em nível fundamental, taxa de efetivo da polícia militar e polícia civil, despesa per capita em Segurança Pública taxa de ocorrências por posse de entorpecentes, taxa de ocorrência por tráfico de drogas e taxa de ocorrência por porte ilegal de armas. A variável que apresentou o maior coeficiente de determinação foi a taxa de punibilidade (R² = 0,57; p<0,01). A melhora dos fatores socioeconômicos foi de grande ganho social, mas não se mostrou como fator central na redução de mortes por homicídio. Os grandes investimentos em efetivos policiais sem a melhora da investigação e julgamento dos homicidas não se justificam. A questão central é a impunidade.
|
2 |
Os determinantes sociais da saúde no grande Bom Jardim-Fortaleza(CE) / The Social determinants of health in the Grande Bom Jardim – Fortaleza (CE)Ribeiro, Kelen Gomes January 2015 (has links)
RIBEIRO, Kelen Gomes. Os determinantes sociais da saúde no grande Bom Jardim-Fortaleza(CE). 2015. 360 f. Tese (Doutorado) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2015. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2015-05-12T15:42:18Z
No. of bitstreams: 1
2015_tese_kgribeiro.pdf: 3648834 bytes, checksum: de7031472c4a28e36ae371bae8c18cea (MD5) / Approved for entry into archive by denise santos(denise.santos@ufc.br) on 2015-05-12T15:43:55Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2015_tese_kgribeiro.pdf: 3648834 bytes, checksum: de7031472c4a28e36ae371bae8c18cea (MD5) / Made available in DSpace on 2015-05-12T15:43:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2015_tese_kgribeiro.pdf: 3648834 bytes, checksum: de7031472c4a28e36ae371bae8c18cea (MD5)
Previous issue date: 2015 / The study on social determinants of health (SDH) heeds the call of World Health Organization (WHO), with the creation of the Commission on Social Determinants of Health – CSDH, in 2005, to raise awareness of the importance of social determinants in individuals and populations’ health status and of the need to combat the health inequities generated by them. It was verified that there are few studies about the SDH in peripheral areas of big cities. This research is an important case study of the influence of life conditions in the health of residents of one of the most populous regions of the city of Fortaleza, concentrating on social and economic indicators that point to a severe background of poverty and social vulnerability. The objective was to understand the SDH in Grande Bom Jardim (GBJ), in Fortaleza (CE), in the decades of 1990 to 2000, in the light of the SDH model proposed by Dahlgren and Whitehead (1991). The techniques used were interviews, focus group and documentary research to obtain the data. Qualitative and quantitative methodological approaches were adopted, having the aforementioned SDH model as theoretical framework. The temporal boundary was established according to the data availability of the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), and because they were decades after the enactment of the 1988 Federal Constitution, which comprised a series of social rights as fundamental rights. In a historical perspective, it was observed that there were improvements in aspects and services “inside the residents’ houses”, such as nourishment, the very structure of the houses and the water and energy supply services. The services offered “outside the houses”, such as basic sanitation, public transportation and street lighting and availability of leisure and sports equipment demonstrated very low rates to meet the population’s needs and promote health. Moreover, the lack of public security was shown as a social determinant that has a strong negative influence on the health of GBJ’s population. From this research, Dahlgren and Whitehead’s model has shown itself as insufficient to approach the main aspects of the urban life studied. Adaptations are proposed to the model, excluding agricultural and food production, since they are practices not developed in this urban environment, and including security, energy supply, basic sanitation, urban mobility and social care. With the adapted model, it is expected to help the identification of points to guide the implementation of public policies that will ultimately lead to the reduction of social inequality and inequities, promoting improvements on people’s health. / O estudo sobre os determinantes sociais da saúde (DSS) atende ao chamado feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS), com a criação da Commission on Social Determinants of Health – CSDH, em 2005, para promover uma tomada de consciência sobre a importância dos determinantes sociais na situação de saúde de indivíduos e populações e sobre a necessidade do combate às iniquidades em saúde por eles geradas. Verificamos que ainda há poucos estudos sobre os DSS em regiões periféricas de grandes cidades. Esta investigação apresenta-se como importante estudo de caso sobre a influência das condições de vida na saúde dos moradores de uma das regiões mais populosas da cidade de Fortaleza, com concentração de indicadores sociais e econômicos que apontam acentuado contexto de pobreza e de vulnerabilidade social. Tivemos como objetivo compreender os DSS no Grande Bom Jardim (GBJ), em Fortaleza (CE), nas décadas de 1990 e 2000, à luz do modelo de DSS proposto por Dahlgren e Whitehead (1991). Utilizamos as técnicas de entrevista, grupo focal e a pesquisa documental para obtenção dos dados. Adotamos as abordagens metodológicas qualitativa e quantitativa, tendo como embasamento teórico o modelo de DSS citado. A demarcação temporal deu-se a partir da disponibilidade de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e por serem as décadas subsequentes à promulgação da Constituição Federal de 1988, que incluiu uma série de direitos sociais como direitos fundamentais. Numa perspectiva histórica, observamos que houve melhorias nos aspectos e serviços que se evidenciam “dentro das casas” dos moradores, como a alimentação, a própria estrutura das casas, o abastecimento de água e de energia elétrica. Os serviços oferecidos “fora das casas” como o saneamento básico, o transporte e a iluminação públicos e a oferta de equipamentos para prática de esportes e para o lazer apresentaram índices muito baixos para atender as necessidades da população e promover saúde. Além disso, a falta de segurança evidenciou-se como um determinante social que tem grande influência negativa na saúde da população do GBJ. A partir desta pesquisa, o modelo de DSS de Dahlgren e Whitehead mostrou-se insuficiente para abordar os principais aspectos da vida urbana estudada. Propomos adaptações ao modelo com exclusão do tema da produção agrícola e de alimentos, por não contemplar práticas desenvolvidas nesse meio urbano, e a inclusão dos temas segurança, energia elétrica, saneamento básico, mobilidade urbana e assistência social. Com o modelo adaptado, esperamos favorecer a identificação de pontos que orientem a implementação de políticas públicas cujo direcionamento leve, em última instância, à redução das desigualdades e iniquidades sociais, promovendo melhorias na saúde das pessoas.
|
3 |
Influência de determinantes sociais no estado nutricional de idosos assistidos na atenção básica em uma comunidade do RecifeBANDEIRA, Geórgia Ferreira da Silva 14 March 2017 (has links)
Submitted by Fernanda Rodrigues de Lima (fernanda.rlima@ufpe.br) on 2018-07-13T19:11:41Z
No. of bitstreams: 2
license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5)
DISSERTAÇÃO GeorgiaFerreira da Silva Bandeira.pdf: 1638382 bytes, checksum: 97ed5b97f9d57c1934a71970780f7914 (MD5) / Approved for entry into archive by Alice Araujo (alice.caraujo@ufpe.br) on 2018-07-19T17:20:47Z (GMT) No. of bitstreams: 2
license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5)
DISSERTAÇÃO GeorgiaFerreira da Silva Bandeira.pdf: 1638382 bytes, checksum: 97ed5b97f9d57c1934a71970780f7914 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-07-19T17:20:48Z (GMT). No. of bitstreams: 2
license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5)
DISSERTAÇÃO GeorgiaFerreira da Silva Bandeira.pdf: 1638382 bytes, checksum: 97ed5b97f9d57c1934a71970780f7914 (MD5)
Previous issue date: 2017-03-14 / A nutrição adequada do indivíduo exerce forte influência na promoção da saúde e prevenção de doenças. Estudos que verifiquem a associação do estado nutricional, com arranjo domiciliar, sexo, grupos etários, renda mensal, escolaridade, morbidades, redes comunitárias estilo de vida, dentre outros; são de suma importância para o planejamento de políticas públicas voltadas para a população idosa, inseridas em situações de vulnerabilidade. O objetivo do estudo foi analisar a influência de determinantes sociais da saúde no estado nutricional de idosos assistidos na atenção básica em uma comunidade do Recife. Trata-se de um estudo quantitativo, observacional, de corte transversal com abordagem analítica, realizado com usuários da equipe de Santa Marta da Unidade de Saúde da Família de Vila União, localizada no bairro da Iputinga. O universo de idosos da equipe de Santa Marta era composto por 165 idosos cadastrados. Desse total, houve 36 perdas resultando em 129 idosos participantes. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas com protocolo composto por características individuais, determinantes sociais e avaliação do estado nutricional segundo o Índice de Massa Corporal, circunferência da panturrilha e a Mini Avaliação Nutricional reduzida, realizadas com os idosos participantes em visita domiciliar. Foi realizada estatística descritiva para a apresentação das frequências absolutas e relativas, assim como as medidas de tendência central e dispersão dependendo da natureza métrica das variáveis. Algumas variáveis quantitativas foram categorizadas segundo suas medianas. Para testar a associação entre o Índice de Massa Corporal e as variáveis independentes foi realizado o teste do Qui-Quadrado ou Exato de Fisher. Todos os testes utilizaram um nível de significância de 5%. Dentre os participantes da pesquisa, 28,9 % era do sexo masculino e 71,1% do sexo feminino, com mediana de 67 anos. A maioria possuía como morbidade referida a Hipertensão Arterial Sistêmica e artrose. Foram encontradas diferenças quanto à classificação do estado nutricional entre os indicadores utilizados. Houve relevância estatística entre as variáveis de sexo, estado civil, hipertensão arterial, artrose, atividade física e tabagismo relacionadas com o estado nutricional. Os fatores determinantes sociais da saúde associados ao estado nutricional do idoso foram a prática de atividade física em idosos com sobrepeso, considerando o fenômeno da causalidade reversa, e o tabagismo em idosos com baixo peso. / Proper nutrition of the individual exerts a strong influence on health promotion and disease prevention. Studies that verify the association of nutritional status, with home arrangement, sex, age groups, monthly income, schooling, morbidities, community lifestyle networks, among others; Are of paramount importance for the planning of public policies aimed at the elderly population, inserted in situations of vulnerability. The objective of the study was to analyze the influence of social determinants of health on the nutritional status of elderly people assisted in basic care in a community of Recife. This is a quantitative, observational, cross-sectional study with an analytical approach, performed with users of the Santa Marta team of the Family Health Unit of Vila União, located in the Iputinga neighborhood. The elderly population of the Santa Marta team consisted of 165 registered elderly people. Of this total, there were 36 losses resulting in 129 elderly participants. Data were collected through interviews with a protocol composed of individual characteristics, social determinants and nutritional status according to Body Mass Index, calf circumference and reduced Mini Nutrition Assessment, performed with the elderly participants in a home visit. Descriptive statistics were performed for the presentation of absolute and relative frequencies, as well as measures of central tendency and dispersion depending on the metric nature of the variables. Some quantitative variables were categorized according to their medians. To test the association between the Body Mass Index and the independent variables, the Chi- Square or Fisher's Exact test was performed. All tests used a significance level of 5%. Among the participants in the study, 28.9% were male and 71.1% female, with a median of 67 years. The majority had morbidity related to Systemic Arterial Hypertension and arthrosis. Differences were found regarding the classification of nutritional status among the indicators used. There was statistical relevance between variables of gender, marital status, arterial hypertension, arthrosis, physical activity and smoking related to nutritional status. The social determinants of health associated with the nutritional status of the elderly were the practice of physical activity in overweight elderly, considering the phenomenon of reverse causality, and smoking in the elderly with low weight.
|
4 |
Serviço social e intersetorialidade: a contribuição dos assistentes sociais para a construção da intersetorialidade no cotidiano do Sistema Único de SaúdeDalva Horácio da Costa, Maria 31 January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:14:16Z (GMT). No. of bitstreams: 2
arquivo375_1.pdf: 3611586 bytes, checksum: 6d1bdd9f2b385dd3b6cefb8dbb8eb0c9 (MD5)
license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5)
Previous issue date: 2010 / Universidade Federal do Rio Grande do Norte / Este trabalho objetiva refletir sobre a contribuição do Serviço Social para a
construção da intersetorialidade no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS),
enquanto política de seguridade social. E, particularmente, identificar as demandas,
desafios ao Serviço Social no campo da intersetorialidade; descrever atividades,
categorizar conteúdo das ações, estratégias de caráter intersetorial realizadas pelos
assistentes sociais, e apreender seu significado e potencial para a construção de
práticas moldadas pela intersetorialidade, considerando-a diretriz estratégica para a
consolidação do SUS na perspectiva do Projeto da Reforma Sanitária Brasileira
(RSB). A pesquisa resultou da combinação entre pesquisa bibliográfica, documental
e pesquisa de campo, a qual foi estruturada com cinco Grupos Focais, compostos
por assistentes sociais integrantes das equipes de Serviço Social que trabalham em
unidades de serviços públicos de saúde localizadas em Nata-RN, com maior
concentração de assistentes sociais. Assim, contemplou profissionais do complexo
de saúde da UFRN, dos Hospitais da Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN
(SESAP/RN), Unidades de Pronto Atendimento e Maternidades da Secretaria de
Municipal de Saúde de Natal (SMS/Natal), Programa de Internação Domiciliar (PID).
Conclui-se que o conceito ampliado de saúde e as abordagens sobre os
determinantes e condicionantes da saúde não têm sido incorporados ao
planejamento em saúde. Igualmente, a intersetorialidade não constitui diretriz na
formulação/execução da política de saúde, reduzindo-se a ações emergenciais e
improvisadas, não consideradas como objeto de atuação da maioria dos
profissionais de saúde. Dessa forma, vem sendo assumida pelos assistentes sociais,
como atividade e não como diretriz estratégica. Em geral, se caracterizam como
articulações realizadas junto a outros serviços e políticas sociais, com forte ênfase
na Assistência Social, sob a forma de providências para obtenção de alimentos
(refeições e cestas básicas), moradia (vagas em casa-abrigo, casas de apoio,
inclusão em programas habitacionais), inclusão no Programa Bolsa Família,
transporte social, etc. No geral, trata-se de mediações que respondem às diversas
necessidades relacionadas à recuperação da saúde, uma vez que a política de
saúde ainda se concentra na atenção curativa individual. Embora sejam relevantes e
rotineiras, constituem atividades executadas como ações circunstanciais e
improvisadas, tratadas como casos, sem problematizá-las e sistematizá-las como
objeto profissional. Porém, ainda que as respostas dadas pelo Serviço Social não
constituam ações planejadas, têm funcionado como a mais permanente articulação
entre o SUS e as demais políticas sociais, especialmente as integrantes do Sistema
de Seguridade Social. Dessa forma, no atual contexto do SUS, ainda que necessite
apropriar-se conceitual e teoricamente, o Serviço Social tem acumulado experiência
e desenvolvido habilidades táticas/operacionais com potencial para contribuir para a
construção de práticas moldadas pela intersetorialidade
|
5 |
O Princípio da integralidade na política de saúdeSEVERO, Renata Ramos 25 April 2012 (has links)
Submitted by Israel Vieira Neto (israel.vieiraneto@ufpe.br) on 2015-03-05T14:01:53Z
No. of bitstreams: 2
RENATA_RAMOS_SEVERO_dissertacao.pdf: 1355914 bytes, checksum: 5d473ba6ebf4f8abe46f5ca53316851b (MD5)
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-05T14:01:53Z (GMT). No. of bitstreams: 2
RENATA_RAMOS_SEVERO_dissertacao.pdf: 1355914 bytes, checksum: 5d473ba6ebf4f8abe46f5ca53316851b (MD5)
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5)
Previous issue date: 2012-04-25 / A presente dissertação analisa a apropriação do princípio da integralidade na Política de Saúde. A integralidade ao lado da universalidade e equidade constituem-se como princípios doutrinários que norteiam a política e se referem ao sistema de saúde que se deseja conformar. Um ideal a ser alcançado. No plano teórico a integralidade vincula-se ao contexto sócio histórico da política de saúde e de sua interface com as demais políticas setoriais, estando relacionado à multiplicidade de fatores determinantes e condicionantes do processo saúde-doença. Para empreender nossa análise partimos do entendimento do princípio como um dos pilares da política de saúde no âmbito do conjunto das políticas sociais – constituídas no Estado capitalista como resposta as demandas da população a partir da relação contraditória estabelecida entre Estado e sociedade. Discutimos a saúde como expressão da questão social e apontamos os desafios que se colocam para a efetivação da integralidade. Aproximamo-nos da definição do princípio no marco jurídico brasileiro e dos diferentes aspectos dos usos e dimensões de integralidade – objeto de reflexão teórico conceitual de estudiosos do tema. Utilizamos a metodologia qualitativa e a análise de conteúdo para analisar a apropriação do princípio nos documentos. Escolhemos documentos representativos da política quais sejam: os relatórios da 12ª e 13ª Conferência Nacional de Saúde, realizadas em 2003 e 2008, respectivamente, visto que são resultados de amplas discussões coletivas, e o Plano Estadual de Saúde de Pernambuco (PES/PE) 2008-2012, enquanto instrumento de gestão. Interessou-nos desvelar como o princípio da Integralidade vem sendo apropriado nesses documentos que são construídos com a participação dos diferentes sujeitos responsáveis pela execução da política: os gestores, os profissionais e os usuários. Os resultados demonstram que no âmbito da discussão e propostas ocorridas nas Conferências, enquanto espaços de controle social, assim como nos componentes do PES/PE – instrumento de planejamento e gestão, a integralidade é mencionada enquanto princípio basilar da política de saúde e como elemento de retórica. Para a sua efetivação a articulação é apresentada como elemento chave entre: ações e serviços, esferas governamentais, níveis de atenção e para o desenvolvimento do trabalho das equipes multiprofissionais. Entretanto, na composição dos documentos evidencia-se o caráter fragmentado e focalizado da política, principalmente, quando reforçam a elaboração de políticas específicas voltadas a grupos vulneráveis, o que rompe com a totalidade do entendimento em torno do processo saúde-doença. Assim, a apropriação da integralidade na política de saúde pensada em seus múltiplos aspectos e contextos – político, social e econômico – de modo a ser alcançado de forma mais completa possível, ainda constitui-se num desafio.
|
6 |
Ancestralidade biogeográfica, raça/cor, determinantes sociais e sintomas de asma e atopia em uma coorte do município de Salvador, Bahia.Silva, Thiago Magalhães da 03 June 2016 (has links)
Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2017-03-10T13:16:13Z
No. of bitstreams: 1
Tese THIAGO MAGALHÃES. 2016.pdf: 1427992 bytes, checksum: 34f7557c55899cd7c86016703d07af9d (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2017-03-10T13:39:59Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Tese THIAGO MAGALHÃES. 2016.pdf: 1427992 bytes, checksum: 34f7557c55899cd7c86016703d07af9d (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-10T13:39:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Tese THIAGO MAGALHÃES. 2016.pdf: 1427992 bytes, checksum: 34f7557c55899cd7c86016703d07af9d (MD5) / A raça/cor é empregada como um eixo central na pesquisa biomédica e das iniquidades em saúde. Por outro lado, o aperfeiçoamento tecnológico tem permitido a estimativa cada vez mais acurada da ancestralidade biogeográfica individual. Visto que a raça/cor e a ancestralidade biogeográfica podem atuar como marcadores de exposições tanto a fatores genéticos quanto a determinantes não genéticos que afetam o status de saúde dos indivíduos, o conhecimento e a quantificação da relação existente entre raça/cor e ancestralidade, como também da relação entre essas variáveis e diferentes determinantes sociais da saúde, é de grande importância no campo da epidemiologia. Isso é especialmente destacado para desfechos cuja prevalência ou gravidade são desigualmente distribuídos entre grupos étnico-raciais distintos, a exemplo da asma e alergias. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo investigar as relações entre ancestralidade biogeográfica, raça/cor auto-relatada, determinantes sociais da saúde e asma e atopia. A tese foi estruturada em três capítulos, sendo que o primeiro foi desenvolvido a partir de um estudo caso-controle para dengue realizado nas cidades de Salvador e Fortaleza, enquanto que os dois últimos foram estudos transversais conduzidos na população integrante do Social Changes Asthma and Allergy in Latin America (SCAALA) - Salvador. No primeiro artigo, que avaliou a associação entre a ancestralidade biogeográfica e a raça/cor auto-relatada, verificou-se que a força dessa relação foi maior em Salvador do que em Fortaleza, embora significante nas duas cidades. Além disso, análises acerca da estruturação da diversidade genética revelaram uma maior estrutura genética presente em Salvador comparativamente a Fortaleza. No segundo artigo nós investigamos e comparamos a associação da ancestralidade biogeográfica e da raça/cor auto-relatada com diferentes variáveis sociodemográficas, ambientais e marcadores de infecções. Enquanto a ancestralidade biogeográfica e a raça/cor foram significativamente associadas com marcadores de infecções, apenas a ancestralidade biogeográfica foi um preditor para status socioeconômico e variáveis ambientais. O aumento da proporção de ancestralidade individual africana foi associado com condições socioeconômicas e ambientais mais precárias, com o contrário sendo observado para a ancestralidade europeia. Por fim, no terceiro artigo foi analisada a associação entre a proporção de ancestralidade individual africana e sintomas de asma, fenótipos de asma e atopia, considerando a influência de variáveis socioeconômicas, ambientais, infecções e fatores psicossociais. O aumento da proporção de ancestralidade africana foi negativamente associado com atopia, medida através do teste de reatividade cutânea (SPT), e positivamente associado com asma não atópica. Esses achados sugerem que eventuais fatores genéticos subjacentes à ancestralidade africana são mais prováveis de desempenhar algum papel na asma não atópica, o que precisará ser confirmado em estudos posteriores.
|
7 |
Autoeficácia de mães residentes em microáreas de risco na prevenção da diarreia infantil / Self-efficacy in the prevention of childhood diarrhea of resident mothers in risk microariesAndrade, Lucilande Cordeiro de Oliveira 05 June 2014 (has links)
ANDRADE, L. C. O. Autoeficácia de mães residentes em microáreas de risco na prevenção da diarreia infantil. 2014. 108 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, 2014. / Submitted by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2017-02-02T15:39:42Z
No. of bitstreams: 1
2014_dis_lcoandrade.pdf: 1474899 bytes, checksum: 076a091772efcc8579a73b218af22e94 (MD5) / Approved for entry into archive by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2017-02-02T15:39:51Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2014_dis_lcoandrade.pdf: 1474899 bytes, checksum: 076a091772efcc8579a73b218af22e94 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-02-02T15:39:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2014_dis_lcoandrade.pdf: 1474899 bytes, checksum: 076a091772efcc8579a73b218af22e94 (MD5)
Previous issue date: 2014-06-05 / Social Determinants of Health (SDH) are social, economic, cultural, racial, psychological and behavioral factors that influence the occurrence of health problems such as infant diarrhea. Among the behavioral factors the maternal self-efficacy may be considered with a strong predictor for the promotion of child health, given is associated with the confidence of mothers in relation to their personal skills and attitudes that support the prevetion of childhood diarrhea. This study aimed to analyze the self-efficacy of mothers of children under five years old living in small risk areas, as their potential to prevent diarrhea. This was a longitudinal study design with quantitative approach, performed in a Unit of Primary Health Care in Fortaleza-CE, Brazil, with a sample of 90 mothers. Data collection was conducted in the period April-July 2013 through interviews, in two stages: the first, in contact with the mothers in Unit of Primary Health Care, and the second, conducted through telephone contacts for three months follow-up. In the first stage of data collection, two instruments were applied: the Maternal Self-Efficacy Scale for the Prevention of Infant Diarrhea and sociodemographic form. Already in the second , and were applied the Maternal Self-Efficacy Scale for the Prevention of Infant Diarrhea to form that addresses the episodes of childhood diarrhea, signs and symptoms , treatment used and conduct of health professionals. Data were analyzed using the Statistical Package for Social Sciences, version 20. The Research Ethics Committee of the Universidade Federal do Ceará approved the project. The mean age of mothers was 29 years ( SD ± 7.5). Predominated married/ common-law marriage, women with five to eight years of study, housewives, with a per capita income of less than R $ 169.50. There was statistical significance between the sociodemographic variables and the mean scores of the four moments of Maternal Self-Efficacy Scale for the Prevention of Infant Diarrhea (p < 0.05 ) : age, marital status , maternal education , occupation , income per capita , number of residents in the household , paragraph of children , sex of the child . For sanitary variables showed statistical significance ( p < 0.05 ): type of home, type of flooring , disposal of garbage ,flies in the house, type of sewage origin and treatment of water, soap near the taps, type of toilet, existence of refrigerator and presence of animals in the household. The comparison between per capita income and episodes of childhood diarrhea, can be seen a significant association (p< 0.001), indicating that children belonging to a household with lower income had more episodes of diarrhea. The chance of the children of mothers with moderate self-efficacy submit diarrhea was 4.5 times greater than the children of those with high self-efficacy, the second moment of follow-up. Thus, we can conclude the importance of using the instrument Maternal Self-Efficacy Scale for the Prevention of Infant Diarrhea in families of children under five, because when applied to different time intervals, Nursing can not only monitor maternal self-efficacy as associate it with environmental conditions, socio-economic, cultural and behavioral mothers, who can directly influence the occurrence of diarrheal episodes in order to intervene with educational actions for the promotion of child health. / Os Determinantes Sociais de Saúde (DSS) são fatores sociais, econômicos, culturais, raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde como a diarreia infantil. Dentre os fatores comportamentais, a autoeficácia materna pode ser considerada como um forte preditor para a promoção da saúde infantil, haja vista, está associada à confiança das mães em relação as suas habilidades e atitudes pessoais que favoreçam à prevenção da diarreia infantil. Objetivou-se analisar a autoeficácia das mães de crianças menores de cinco anos, residentes em microáreas de risco, quanto ao seu potencial em prevenir a diarreia. Tratou-se de um estudo de delineamento longitudinal, com abordagem quantitativa, realizado em uma Unidade de Atenção Primária de Saúde (UAPS) de Fortaleza/CE, totalizando uma amostra de 90 mães. A coleta de dados foi realizada no período de abril a julho de 2013, por meio de entrevista, em duas etapas: a primeira, de forma presencial na UAPS, e a segunda, realizada através de contatos telefônicos durante três meses de acompanhamento. Na primeira etapa de coleta, aplicaram-se dois instrumentos: a Escala de Autoeficácia Materna para Prevenção da Diarreia Infantil (EAPDI) e o formulário sociodemográfico. Já, na segunda, foram aplicados a EAPDI e um formulário que abordava os episódios da diarreia infantil, sinais e sintomas, tratamento utilizado e conduta dos profissionais de saúde. Os dados foram analisados por meio do Statistical Package for the Social Sciences, versão 20. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará sob parecer 106/12. A média da idade das mães foi de 29 anos(DP±7,5). Predominaram mulheres casadas/união consensual, com cinco a oito anos de estudos, donas do lar, com renda per capita menor que R$169,50. Verificou-se significância estatística entre as variáveis sociodemográficas e as médias dos escores da EAPDI nos quatro momentos de acompanhamento (p< 0,05): idade, estado civil, escolaridade materna, ocupação, renda per capita, nº de residentes no domicílio, nº de filhos, sexo da criança. Quanto às variáveis sanitárias apresentaram significância estatística (p< 0,05): tipo de casa, tipo de piso, destino do lixo, moscas na casa, tipo de esgoto, origem e tratamento da água, sabão próximo das torneiras, tipo de sanitário, existência de refrigerador e presença de animal no domicílio. Com relação à comparação entre a renda per capita e os episódios de diarreia infantil, pode-se verificar associação significante (p< 0,001), apontando que as crianças pertencentes a um domicílio de menor renda tiveram mais episódios de diarreia. A chance dos filhos de mães com moderada autoeficácia apresentarem diarreia foi 4,5 vezes maior que os filhos daquelas com elevada autoeficácia, no segundo momento de acompanhamento. Sendo assim, pode-se concluir a importância da utilização do instrumento EAPDI às famílias de crianças menores de cinco anos, pois ao ser aplicado em intervalos de tempo diferentes, a Enfermagem pode não só monitorar a autoeficácia materna como associá-la com as condições ambientais, sócio-econômicas, culturais e comportamentais das mães que podem influenciar diretamente na ocorrência de episódios diarreicos, a fim de intervir com ações educativas que visem à promoção da saúde infantil.
|
8 |
Necessidades de saúde : subsídios a crítica do pensar/fazer saúde / Health needs : subsidies for criticism of thinking/doing healthSilva, Jennifer do Vale e January 2012 (has links)
SILVA, Jennifer do Vale e. Necessidades de saúde : subsídios a crítica do pensar/fazer saúde. 2012. 218 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2012. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2014-10-06T15:22:25Z
No. of bitstreams: 1
2012_dis_jvsilva.pdf: 2373983 bytes, checksum: 313cafa8bcdaed7f670f5b2130e54161 (MD5) / Approved for entry into archive by denise santos(denise.santos@ufc.br) on 2014-10-06T15:23:16Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2012_dis_jvsilva.pdf: 2373983 bytes, checksum: 313cafa8bcdaed7f670f5b2130e54161 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-10-06T15:23:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2012_dis_jvsilva.pdf: 2373983 bytes, checksum: 313cafa8bcdaed7f670f5b2130e54161 (MD5)
Previous issue date: 2012 / The health needs of the population are not answered satisfactorily, outlining challenges of various orders to health practices. Overcoming this scenario implies knowing the needs of social groups and creating tools and strategies to meet them, which requires efforts of sciences and practices in public health.This research examines health needs in urban peripheries of a midsize city in Northeast Brazil. Anchored in the dialectical method, needs were analyzed in conjunction with their entirety, seeking clarification of mediations and contradictions involved.Semi-structured interviews were conducted with residents,besides field observations, questionnaires, as well as documentary research. They evidenced five sets of needs: need for biomedical products and services; need for money to consume biomedical products and services; need for healthy food; need for healthy habits; and need for good interpersonal relationships with employees of health services.Although grouped together, those needs are singular to the individual and collective lifestyles, woven into a web that articulates social, political, cultural, economic, scientific and media actors; and reveal contradictions that are mostly unfavorable to meet the health needs and a process of social reproduction that is strongly targeted to the accumulation of capital.Health needs are multidimensional,they assume diverse forms and contents, according to the specificities of life and health of individuals and groups. For their recognition, they require methodsenrolled in different research traditions, being only partially captured by the epidemiological indicators traditionally used in health systems. / As necessidades de saúde da população não são atendidas de forma satisfatória, delineando desafios de diversas ordens às práticas de saúde. A superação deste cenário implica conhecer as necessidades dos grupos sociais e criar instrumentos e estratégias para atendê-las, o que requer esforços das ciências e práticas em saúde coletiva. Esta pesquisa analisa necessidades de saúde em periferias urbanas de uma cidade média do Nordeste brasileiro. Ancorado no método dialético, as necessidades foram analisadas em sua articulação com a totalidade, buscando a explicitação das mediações e contradições envolvidas. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas com moradores, observações de campo, aplicação de questionário, além de pesquisa documental. Evidenciaram-se cinco conjuntos de necessidades: necessidade de produtos e serviços biomédicos; necessidade de dinheiro para consumir produtos e serviços biomédicos; necessidade de alimentos saudáveis; necessidade de hábitos saudáveis; e necessidade de boas relações interpessoais com os trabalhadores dos serviços de saúde. Embora agrupadas, elas são singulares aos modos de vida individuais e coletivos, tecidos numa trama que articula atores sociais, políticos, culturais, econômicos, científicos e midiáticos; e revelam contradições em sua maioria desfavoráveis à satisfação das necessidades de saúde e um processo de reprodução social fortemente direcionado para a acumulação do capital. As necessidades de saúde são multidimensionais, assumem conteúdos e formas diversificadas, conforme as especificidades de vida e saúde dos sujeitos individuais e coletivos. Carecem, para sua apreensão, de métodos inscritos em diferentes tradições de pesquisa, sendo apenas parcialmente capturadas pelos indicadores epidemiológicos tradicionalmente utilizados nos sistemas de saúde.
|
9 |
Impacto da desigualdade de renda e dos determinantes sociais na mortalidade por suicídio no BrasilMachado, Daiane Borges 24 March 2014 (has links)
Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2014-10-03T19:48:50Z
No. of bitstreams: 1
DISSERTAÇÃO DAIANE BORGES. 2014.pdf: 1054790 bytes, checksum: d7c9b3e0772d1bd8b9be92bfb9886ef7 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2014-10-07T14:03:34Z (GMT) No. of bitstreams: 1
DISSERTAÇÃO DAIANE BORGES. 2014.pdf: 1054790 bytes, checksum: d7c9b3e0772d1bd8b9be92bfb9886ef7 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-10-07T14:03:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1
DISSERTAÇÃO DAIANE BORGES. 2014.pdf: 1054790 bytes, checksum: d7c9b3e0772d1bd8b9be92bfb9886ef7 (MD5) / Objetivos:O objetivoda presente dissertaçaofoi avaliar o impacto da desigualdade de rendae de outros determinantessociais de saúde namortalidade porsuicídiono Brasil. Assim como, investigar o perfil das pessoas que cometeram suicídio no país. Metodologia:O primeiro artigo teve um desenho ecológico misto que combina a dimensão transversal com a longitudinal. Foi criado um banco de dados em painel, com observações provenientes dos 5.507 municípios brasileiros. Todos os municípios foram examinados através de observações repetidas ao longo de 12 anos, entre 2000 e 2011. O suicídiofoi analisado na população geral eestratificando-se por sexopara cada municípioe ano deanálise. Foi utilizada como uma dasvariáveis independentes principais o Índice de Gini, que mede o grau de concentração da distribuição de renda domiciliar percapita em uma determinada área geográfica. Para as análises foram realizados três modelos de regressão. No modelo 1, foram incluídas as variáveis independentes que representavam os principais determinantes sociais da mortalidade por suicídio; Índice de Gini, renda per capita, educação, taxa de urbanizaçãoe numero médio de moradores por residência. No modelo 2, foram incluídas apenas as variáveis demográficas e no modelo 3 foram incluídas todas as variáveis dos dois modelos anteriores.Foi realizada uma regressão multivariada, regressão binomial negativa(NB)parada dos em painel com efeitos fixos(FE) nos três modelos. Uma série detestes de sensibilidade foi realizada para analisar a robustez dos resultados. Para o artigo extra, realizou-se uma análise descritiva do perfil das pessoas que cometeram suicídio, da tendência da mortalidade por esta causa no Brasil e regiões, por sexo e faixa de 2000 a 2012 e avaliou-se as mudanças nas taxas e nos possíveis fatores associados ao suicídio. Para identificar as principais causas de óbito por suicídio no país, foram calculadas as proporções de cada causa segundo as categorias do CID10 (X60-X84) no ano de 2012 e posteriormente estratificadas em causas resultantes de lesões (X70-X84) e causas resultantes de autointoxicações (X60-X69). Analisou-se a incidência de suicídio por raça-cor através do cálculo da mortalidade entre os autodeclarados como; brancos, pretos, amarelos, pardos e indígenas e avaliou-se o nível de escolaridade a partir do cálculo do percentual de pessoas que morreram por suicídio estratificado por escolaridade.Para comparar a variação na mortalidade por suicídio com as variações nos indicadores de cobertura, indicadores socioeconômicos e demográficos, calculou-se a mudança percentual na mortalidade e indicadores ocorrida entre os anos de 2000 e 2010. Resultados: As taxas de mortalidade por suicídio aumentaram globalmente e entre homens e mulheres. As condições socioeconômicas melhoraram no Brasil havendo uma diminuição no índice de Gini e no percentual de indivíduos que não completaram os estudos básicos além de aumento na renda percapita. Houve um aumento na urbanização e no percentual de indivíduos divorciados, evangélicos e pentecostais. Por outro lado,reduziu-se o número médio de moradores por domicílio e o percentual de católicos. Apesar da taxa de mortalidade por suicídio ter aumentado no período estudado em alguns municípios, a taxa de mortalidade não se alterou ou até diminuiu.A desigualdade de renda foi positivamente associada com mortalidade por suicídio. A renda percapita foi negativamente associada ao suicídio, enquanto que a percentagem de indivíduos que não completaram os estudos básicos foi positivamente associada ao suicídio. A taxa de urbanização, o número médio de moradores por domicílio, bem como a percentagem dos pentecostais foram negativamente associados ao suicídio, enquanto que o percentual de evangélicos foi positivamente associado a este desfecho.A associação entre algumas das variáveis independentes e mortalidade por suicídio variaram conforme o sexo.Esta estratificação mostrou que a desigualdade foi positivamente associada ao suicídio, tanto em homens como em mulheres.O percentual de indivíduos que não completaram os estudos básicos também foi associado negativamente nos dois sexos, no entanto o percentual de indivíduos divorciados foi positivamente associado ao suicídio apenas entre as mulheres.Os meios mais utilizados para cometer suicídio no Brasil em 2012 foram lesões (86,9%) e autointoxicação (13,1%). Dentre os óbitos ocorridos por lesões, 75% trataram-se de lesão por enforcamento, 11% lesão por armas de fogo, 5% precipitação de lugar elevado e 3% lesão por objetos cortantes ou contundentes. Dentre as autointoxicações, pesticida foi a mais prevalente, responsável por 40% das ocorrências. Em 2012, 63% das pessoas que cometeram suicídio tinham no máximo 7 anos de estudos, 26,6% tinham entre 8 e 11 anos e 10,5% 12 anos ou mais. Os indígenas apresentam as maiores taxas de suicídio, 14,4/100.000hab., sendo, portanto 132% maior do que a mortalidade por suicídio geral, além dos homens e os maiores de 60 anos.Apesar da mortalidade por suicídio está aumentando no país, as tendências divergem entre as regiões brasileiras. A maior incidência de suicídio no país ocorreu na região Sul (9,8/100.000 habitantes), seguida por Centro-oeste (7,6/100.000), Sudeste (5,6/100.000) Norte (5,3/100.000) e Nordeste (5,2/100.000). Apesar das regiões Sul e Centro-oeste apresentarem as taxas mais altas no período avaliado, a mortalidade por esta causa está diminuindo nestas regiões enquanto houve um incremento das taxas nas demais regiões. Conclusões: As maiores causas de suicídio no Brasil são enforcamento, lesão por armas de fogo e autointoxicação intencional por pesticidas, equivalendo a 80% dos casos. A população indígenaestá exposta ao maior risco de morrer por esta causa, assim como, as pessoas com menor escolaridade, os homens e maiores de 60 anos. A mortalidade geral continua a aumentar no país com importantes variações regionais. A maior mortalidade se encontra na região Sul e o maior crescimento no Nordeste. A assistência à saúde também apresenta inequidades regionais, somando-se a importantes lacunas nos serviços de saúde pública para a prevenção do suicídio. As equipes em nenhum nível de atenção são treinadas para identificar ou assistir o paciente em risco de suicídio. Considera-se, portanto necessário montar uma estratégia nacional para promover ações de prevenção efetivas e oferecer serviços especializados para os grupos de maior risco (índios, pessoas com menor escolaridade, homens e maiores de 60 anos) levando-se em consideração as diferenças regionais. Sendo também necessário promover um maior enfoque nas populações indígenas do país que apresentam mortalidade 132% maior do que a população geral e uma maior vigilância na comercialização ilegal de pesticidas como “veneno de rato”. Sobre a determinação do suicídio, apesar deste ser um ato individual, é influenciado pelo contexto social. A atual dissertação sugere que, além de fatores a nível individual, psiquiátricos, os determinantes socioeconômicos são fatores de risco para mortalidade por suicídio. Alta desigualdade de renda, bem como baixa renda e alta proporção de pessoas com baixa escolaridade representam importantes fatores de risco para o suicídio. Desta forma, a implementação de políticas públicas que possam melhorar as condições socioeconômicas da população e reduzir a desigualdade de renda no Brasil e em outros países de baixa e média renda, é fundamental para reduzir a mortalidade por suicídio. Em relação às políticas de saúde mental, o foco nas pessoas socioeconomicamente vulneráveis pode ajudar a diminuir as taxas de suicídio.
|
10 |
Para crítica ao campo dos determinantes sociais da saúdeGarbois, Júlia Arêas 03 April 2014 (has links)
Submitted by Maykon Nascimento (maykon.albani@hotmail.com) on 2016-03-07T18:24:27Z
No. of bitstreams: 2
license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5)
Dissertacao final.pdf: 595986 bytes, checksum: d827c1f462e9828fe48870c20e3c0c18 (MD5) / Approved for entry into archive by Patricia Barros (patricia.barros@ufes.br) on 2016-03-09T15:46:13Z (GMT) No. of bitstreams: 2
license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5)
Dissertacao final.pdf: 595986 bytes, checksum: d827c1f462e9828fe48870c20e3c0c18 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-03-09T15:46:13Z (GMT). No. of bitstreams: 2
license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5)
Dissertacao final.pdf: 595986 bytes, checksum: d827c1f462e9828fe48870c20e3c0c18 (MD5)
Previous issue date: 2014 / O presente estudo analisa as relações entre a ‘saúde’ e o ‘social’ na Saúde Pública brasileira, especificamente a partir da noção de ‘determinação social da saúde’, focando-a em dois momentos importantes: a década de 70, quando ocorre a construção dessa noção a partir da corrente médico-social latino-americana, e a retomada dessa discussão no século XXI sobre a chancela de ‘determinantes
sociais da saúde’. Possuiu como objetivos: Caracterizar a noção de ‘determinação social’ a partir do positivismo nas ciências sociais; pesquisar a construção da noção de ‘determinação social da saúde’ na Saúde Pública brasileira; descrever perspectivas de análises sobre o campo dos determinantes sociais da saúde a partir da polaridade entre a ‘saúde’ e o ‘social’. Para o alcance dos objetivos, foi realizado
um estudo exploratório, através da pesquisa bibliográfica (livros e bases de dados virtuais) e da pesquisa documental. Inicialmente apresentamos os pressupostos teórico-filosóficos sobre os quais a ciência moderna se assentou e que construíram a base da corrente positivista. Após, caracterizamos, em linhas gerais, essa corrente de pensamento, para, finalmente, interpretarmos a noção de ‘determinação social’ a
partir de Durkheim – uma das principais análises dentro do campo das ciências sociais. Logo após, trazemos a construção da noção de determinação social da saúde a partir da crítica latino-americana da década de 70 ao discurso hegemônico do período sobre o processo saúde-doença. O pensamento latino-americano teve grande produção teórico-política brasileira em um lugar de vanguarda quando comparado a todos os países da América do Sul e Central. Entre outras agendas, a noção de determinação social da saúde, oriunda dos movimentos sociais, pautou a reforma sanitária brasileira, colocando-se como cerne do debate. Noção esta que sustentou a ‘bandeira política’ defendida pelo movimento sanitário na luta por
melhores condições de vida e de saúde no Brasil. Em seguida, apresentamos a configuração político-científica mais recente do campo dos determinantes sociais da saúde, destacando que ocorre um enfoque predominantemente reducionista sobre o social. Logo após, trazemos categorias do pensamento da sociologia crítica e da sociologia contemporânea, de forma a oferecer elementos de análise para a crítica à
forma como hegemonicamente vem se pautando o discurso no interior do campo dos determinantes sociais da saúde. Ambas as perspectivas apresentam-se de forma não excludentes, não hierárquicas e não concorrentes. Finalizamos tecendo considerações que, longe de serem finais, sinalizam para a necessidade de uma nova perspectiva de partida para os estudos atuais no campo dos determinantes sociais da saúde. / This study analyzes the relationship between 'health' and 'social' in the Brazilian Public Health, specifically the notion of 'social determinants of health', focusing on two important moments: the 70's, when the construction of this notion occurred from the medical and social Latin American chain, and the resumption of this discussion in the XXI century, over the seal of 'social determinants of health'. It possessed the
following objectives: characterize the notion of 'social determinants' from positivism in the social sciences, search the construction of the notion of 'social determinants of health' in the Brazilian Public Health; describe perspectives analysis on the field of social determinants of health from the polarity between 'health' and 'social'. To achieve the objectives, an exploratory study was conducted through literature (books and virtual databases) and documentary research. Initially we present the theoretical and philosophical assumptions upon which modern science was settled and that built the foundation of positivist current. After, we characterized, in general, this line of thought, to finally interpret the notion of 'social determinants' from Durkheim - one of the main analyzes within the field of social sciences. Soon after, we bring the construction of the concept of social determinants of health from the Latin American criticism of the 70s to the hegemonic discourse of the period on the health-disease process. The Latin American thought had great production in Brazilian’s theoretical and policy at the forefront when compared to all the countries of South and Central
America. Among other agendas, the notion of social determinants of health, arising from social movements, guided the Brazilian health reform, placing itself as the heart of the debate. This notion sustained the 'political banner' advocated by health movement in the struggle for better living conditions and health in Brazil. Then, we present the latest scientific-political configuration of the field of social determinants of health, emphasizing a predominantly reductionist focus on the social occurs. Soon after, we bring the categories of the thought of critical’s sociology and contemporary’s sociology in order to provide elements of analysis to the critique of how hegemonic discourse has been guided within the field of social determinants of health. Both perspectives are presented in a non-exclusive, non-hierarchical and non-competitive way. We end with considerations that, far from being final, point to the need for a new perspective from which to current studies in the field of social determinants of health.
|
Page generated in 0.1119 seconds