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Detecção de disfagia na fase aguda do acidente vascular cerebral isquêmico. Proposição de conduta baseada na caracterização dos fatores de risco / Detection of dysphagia during the acute phase of ischemic cerebrovascular accident. Proposition of behavior based on the characterization of risk factorsPaula de Carvalho Macedo Issa Okubo 03 April 2008 (has links)
A disfagia orofaríngea é uma manifestação comum apresentada na fase aguda do acidente vascular cerebral (AVC). A aspiração decorrente das dificuldades de deglutição é um sintoma que deve ser considerado devido à freqüente presença de pneumonias aspirativas que podem influenciar na recuperação do paciente trazendo complicações ao seu quadro clínico em geral e até mesmo risco de morte. A caracterização clínica precoce das alterações de deglutição pode auxiliar na definição de condutas e evitar a administração de dieta por via oral oferecendo riscos ao paciente. O presente estudo teve por objetivo, propor a via mais segura de alimentação na fase aguda do acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) com o intuito de minimizar complicações, utilizando a escala de AVC proposta pelo \"National Institutes of Health\", o NIHSS e considerando alguns fatores de risco para disfagia na clínica apresentada por estes pacientes, com a formulação de um algoritmo. Para tanto, foram avaliados 50 pacientes internados na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo com diagnóstico de AVCI confirmado, clinicamente, por um médico neurologista, dentro de, no máximo, 48 horas entre o início dos sintomas e a avaliação. Os pacientes foram avaliados desde que se enquadrassem nos critérios propostos, sendo 25 do gênero feminino e 25 do masculino, com idade média de 64,90 anos (variação de 26 a 91 anos). Uma anamnese foi realizada antes da participação do paciente no estudo, para que fosse assegurada a ausência de história de dificuldades de deglutição anteriores ao quadro atual. A avaliação clínica fonoaudiológica foi realizada à beira do leito através de um protocolo constituído por dados de identificação do paciente, data do início dos sintomas, data de entrada no hospital, escore da escala de coma de Glasgow (ECG) e do NIHSS obtidos na avaliação neurológica inicial e no dia da avaliação, fatores de risco para AVC, achados clínicos obtidos na avaliação neurológica do paciente, resultado do exame de imagem (tomografia computadorizada ou ressonância magnética). A segunda parte foi destinada à escala do NIHSS e, por fim, a terceira parte constou da avaliação da deglutição, sendo subdividida em estrutural e funcional. Para a avaliação funcional da deglutição foram utilizadas as consistências alimentares pastosa, líquida e sólida (quando possível, dependendo das condições apresentadas pelo paciente). O volume da oferta também dependeu das possibilidades apresentadas: aqueles pacientes que não ofereciam condições clínicas para a realização da avaliação, como os que se encontravam com intubação orotraqueal, estado de sonolência profunda ou em estado de coma, esta foi contra-indicada. Após a avaliação clínica, com a obtenção dos dados estruturais e funcionais, concluiu-se se a avaliação clínica da deglutição apresentava-se normal ou alterada. A partir de então, era concluído sobre a possibilidade de introdução de dieta por via oral. Para a análise estatística foi utilizado o teste exato de Fisher, verificando a associação entre as variáveis. Para avaliar se o escore do NIHSS caracterizaria um indicador de fator de risco para a disfagia, foi construída a curva ROC visando obter características quanto à sensibilidade e especificidade da escala para este propósito. Os resultados demonstraram que a disfagia é uma manifestação freqüente na fase aguda do AVCI, presente em 32% dos pacientes analisados. A avaliação clínica da deglutição é um método confiável de detecção das dificuldades de deglutição. Entretanto, os fatores preditivos de risco para a função devem ser ponderados, devendo ser considerada a gravidade do quadro, o nível de consciência e a presença de comorbidades pré-existentes. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) demonstrou ser o principal fator de risco para o AVC apresentada por 72% dos pacientes, seguida do tabagismo (36%), etilismo (20%) e diabete melito (20%). Gênero e hemisfério cerebral acometido não tiveram associação estatisticamente significante com a presença de disfagia. Idade, NIHSS, ECG, alterações de fala e linguagem e topografia da lesão são fatores preditivos de disfagia apresentando diferenças estatisticamente significantes. Pacientes com lesões em território carotídeo apresentaram maior prevalência quanto à presença de disfagia (58,88%). O NIHSS apresenta alta sensibilidade (88%) e especificidade (85%) para detecção de disfagia considerando 12 como valor de corte para sua existência. A formulação de um algoritmo para detecção de disfagia na fase aguda do AVCI poderá auxiliar na definição de condutas quanto à melhor via de administração da dieta enquanto se aguarda uma avaliação fonoaudiológica especializada. / Oropharyngeal Dysphagia is a common manifestation presented in the acute phase of cerebrovascular accident (CVA). The aspiration resulting from the difficulties of deglutition is a symptom that should be considered due to the frequent occurrence of aspirative pneumonia that could influence the patient\'s recovery, causing complications to the general clinical and even the risk of death. The early clinical characterization of deglutition alterations can help to specify the proper behavior and to avoid the prescription of a diet that could offer the patients risks. The present study had as objective to propose the most secure feeding for the patient in the acute phase of the ischemic cerebrovascular accident (ICVA) with the aim to minimize complications, using the CVA scale proposed by the National Institutes of Health (NIHSS) and considering some risk factors of dysphagia in the practice presented by these patients, with the creation of an algorithm. Thus, 50 inpatients were evaluated at the Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo with clinically confirmed ICVA diagnosis by a neurologist, within, at most, 48 hours from the onset of the symptoms and the evaluation. The patients were assessed randomly as long as, in which 25 were women and 25 were men, and 64,90 years old were the average ages (variation from 26 to 91 years old). An anamnesis was carried out before the patient\'s participation in the study, so that the previously absence of the history of deglutition difficulties was ensured. The clinical phonoaudiological assessment was carried out on bed side through a protocol constituted by patients identification data, symptoms onset date, admission date in the hospital, Glasgow Coma Scale (GCS) and NIHSS score obtained in the initial neurological evaluation and in the evaluation\'s day, risk factors for CVA, clinical findings obtained from the patient\'s neurological evaluation, result of the screenings (computed tomography or magnetic resonance imaging). The second part was designed to the NIHSS scale and, the third part was constituted by the clinical deglutition evaluation, subdivided in structural and functional. For the functional deglutition evaluation the pasty, liquid and solid feeding consistencies were used (when possible, depending on the conditions presented by the patient). The volume of the offer also depended on the presented possibilities: those patients who did not present clinical conditions for the evaluation, such as the ones who were with orotraqueal intubation, deep sleep state or coma; it was counter-indicated. After the clinical evaluation, with the structural and functional data obtained, it was concluded whether the clinical deglutition evaluation was normal or altered. Since then, it was concluded the possibility of a diet prescription. For the statistical analysis the Fisher exact test was used to verify the association between variables. To evaluate if the NIHSS score would characterize a risk factor indicator for dysphagia, the curve ROC was built aiming to obtain characteristics related to the sensitivity and specificity of the scale for this purpose. The study allowed us to conclude that dysphagia is a frequent manifestation in the acute phase of ICVA, present in 32% of the analyzed patients. The clinical deglutition evaluation is a reliable method of difficulties deglutition detection. However, the predicting risk factors for the function should be balanced and the severity of the clinical picture, the consciousness level and the presence of preexistent comorbidities should be considered. The systemic arterial hypertension (SAH) demonstrated to be the main risk factor for the CVA presented by 72% of the patients, followed by tabagism (36%), alcoholism (20%) e diabetes mellitus (20%). Gender and damaged cerebral hemisphere did not have a statistically significant association to the presence of dysphagia. Age, NIHSS, GCS, speaking and language alterations and lesion topography are predicting factors of dysphagia presenting statistically significant differences. Patients with lesions in the carotid territory presented more prevalence regards the presence of dysphagia (58,88%). NIHSS presents high sensitivity (88%) and specificity (85%) to the detection of dysphagia considering 12 as the cutoff value for its existence. The creation of an algorithm to detect dysphagia in the acute phase of ICVA will be able to help the definition of the proper behavior regards the prescription of a diet while a specialized speech pathological evaluation is awaited.
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Disfagia no acidente vascular cerebral: diagnóstico, preditores e desfechos associados / Dysphagia in stroke: diagnosis, predictors and associated outcomesAline Cristina Pacheco 19 September 2017 (has links)
Este estudo foi realizado com os seguintes objetivos: identificar a frequência e os preditores de disfagia em pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC); avaliar o impacto da disfagia quanto aos desfechos dependência funcional e óbito em três meses após o AVC; e validar o teste de rastreio para disfagia Toronto Bedside Swallowing Screening Test (TOR-BSST©) em pacientes com AVC de um hospital público no Brasil. Participaram do estudo pacientes admitidos na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP) e incluídos no Registro de Acidente Vascular Encefálico (REAVER) no período de abril de 2015 a setembro de 2016, maiores de 18 anos, com diagnóstico de AVC agudo (<10 dias entre o AVC e a admissão hospitalar) confirmado por exames de neuroimagem. Foram excluídos pacientes com ataque isquêmico transitório, hemorragia subaracnóidea, trombose venosa cerebral, ictus antigo, AVC hemorrágico de causa secundária ou aqueles que não concordaram em participar do estudo. As características demográficas e clínicas foram coletadas de forma prospectiva pelos coordenadores de pesquisa do REAVER. A deglutição foi avaliada na primeira semana da admissão hospitalar à beira do leito, por três fonoaudiólogas, com um protocolo de avaliação clínica utilizando as consistências pastosa e líquida. Os pacientes foram avaliados com o teste TORBSST© e com a videofluoroscopia após a alta hospitalar. A escala modificada de Rankin, o Índice de Barthel e a Medida de Independência Funcional (MIF) foram utilizados para avaliar os desfechos funcionais de três meses após o AVC. No período do estudo foram admitidos 831 pacientes com AVC, sendo que 353 pacientes foram excluídos de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Dos pacientes elegíveis, 53 foram removidos das análises por receberem alta antes da avaliação da deglutição, portanto, foram incluídos 425 pacientes. Dentre os pacientes incluídos, 28,2% não apresentaram condições para avaliação clínica da deglutição e foram considerados no grupo de disfagia presumida. Desta forma, foram examinados com avaliação clínica da deglutição 305 pacientes, sendo que 45,2% foram diagnosticados com disfagia. Idade (p=0,017), história médica conhecida de apneia obstrutiva do sono (p=0,003) e gravidade do AVC na admissão hospitalar (p<0,001) se associaram independentemente com disfagia. Os pacientes disfágicos apresentaram maior tempo de internação (p=0,001), maior frequência de reabilitação (p<0,001) e uso de sonda para alimentação (p<0,001) dentro de três meses após o AVC. A presença de disfagia detectada na avaliação clínica da deglutição foi independentemente associada com dependência funcional ou óbito em três meses após o AVC (p<0,001). O teste TORBSST© apresentou sensibilidade de 85% para detectar disfagia comparado a videofluoroscopia, e concordância moderada entre os avaliadores (K=0,44). Portanto, neste estudo, disfagia foi diagnosticada em quase metade dos pacientes (45,2%). Idade, história médica conhecida de apneia obstrutiva do sono e gravidade do AVC foram preditores de disfagia, sendo esta independentemente associada com morte ou dependência funcional em três meses após o AVC. O teste de rastreio para disfagia TOR-BSST© apresentou alta sensibilidade para detectar disfagia em pacientes com AVC comparado ao padrão ouro. / This study was carried out with the following objectives: to identify the frequency and the predictors of dysphagia in stroke patients; to assess the impact of dysphagia on outcomes functional dependence and death at three months post-stroke; and to validate the Toronto Bedside Swallowing Screening Test (TOR-BSST©) screening test in stroke patients from a public hospital in Brazil. All consecutive eligible patients newly admitted to the Emergency Unit of the Hospital Clinics of School of Medicine of Ribeirao Preto - University of São Paulo (HCFMRP-USP) and captured by REAVER (an institution based prospective registry for stroke patients) between April 2015 and September 2016 were approached and consented. Eligible patients were those that met the following criteria: age>18 years and medical diagnosis of acute stroke (<10 days between stroke and hospital admission) confirmed from neuroimage exams. Patients with transient ischemic attack, subarachnoid hemorrhage, cerebral venous thrombosis, not acute stroke, hemorrhagic stroke with secondary cause or those who did not agree to participate in the study were excluded. The demographic and clinical characteristics were prospectively collected by REAVER research coordinators. Swallowing was evaluated by three Speech and Language Pathologists in the first week of hospital admission at the bedside with clinical assessment using paste and liquid consistency. Patients were assessed with TOR-BSST© and with videofluoroscopy after discharge from hospital. Modified Rankin scale, Barthel Index and Functional Independence Measure (FIM) were used to assess functional outcomes three months after stroke. In the period of the study, 831 stroke patients were admitted, 353 patients were excluded according to the inclusion and exclusion criteria. Of the eligible patients, 53 were removed because they were discharged before clinical assessment of swallowing, therefore 425 patients were included in this study. Among the included patients, 28.2% did not present conditions for clinical swallowing assessment and were considered in the presumed dysphagia group. Thus, 305 patients were examined with clinical swallowing assessment and 45.2% of them had dysphagia. Age (p=0.017), known medical history of obstructive sleep apnea (p=0.003) and stroke severity at hospital admission (p<0.001) were independently associated with dysphagia. Dysphagic patients had longer length of stay (p=0.001), higher frequency of rehabilitation (p<0.001) and higher frequency of use of tube feeding (p<0.001) within three months after stroke. The presence of dysphagia detected in clinical swallowing assessment was independently associated with functional dependence or death within three months after stroke (p<0.001). The TORBSST© showed sensitivity of 85% to detect dysphagia compared to videofluoroscopy and moderate agreement among the screeners (K=0.44). Therefore, in this study, dysphagia was diagnosed in almost half of the patients (45.2%). Age, known medical history of obstructive sleep apnea and stroke severity were predictors of dysphagia, which was independently associated with death or functional dependence at three months post-stroke. The TOR-BSST© presented high sensitivity to detect dysphagia in stroke patients compared to the gold standard.
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A CRIOESTIMULAÇÃO NAS DISFAGIAS OROFARÍNGEAS PÓS ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO / CRYOSTIMULATION IN THE OROPHARYNGEAL DYSPHAGIA AFTER STROKEZart, Patrícia 11 July 2008 (has links)
The purpose of this study was to check the effect of cryostimulation in the oropharyngeal sensitivity and afterward in the swallowing reaction and premature
escape of food in patients with neurogenic dysphagia after stroke.To select the patients of this research, the following procedures were made: record analysis,
interview with the patient and family, speech evaluation of the neurogenic dysphagia in hospital beds and videofluoroscopy test. At the end of the selection, seven adults subjects of both sex were envolved in this study, six men and one woman, with age ranging from 28 to 64, all of them with stroke, without other pathology of base and
with oropharyngeal dysphagia. After the selected patients had been passed by the procedures above described and been in accordance with the criteria of inclusion and exlcusion estabilished by the research, they were submitted to the
cryostimulation technique. The technique was made three times a day, during four days in a row, an overall of thirty daily applications for each structure ( anterior
faucial pillar, posterior oropharyngeal wall, soft palate and back tongue). Next the technique application, the patients were evaluated again following the same criteria.
There was a described analysis of data before and after cryostimulation of the clinic evaluation ranges and of the videofluoroscopy test. The data referring to time
measurements of total swallowing time, oral transit time up to the swallowing reaction and pharynx transit time of swallowing reaction up to the pharinx cleaning were also analized and were compared, before and after cryostimulation. To compare the results of before and after cryostimulation and obtain significant factor, the test t-student was used and the Fisher test, with significance 5% (p<0,05). The results showed that the cryostimulation was effective in the oropharinx sensitivity
recuperation in six of the seven subjects, with statistic significance. Also there were significant improvements, statistically speaking, in the improvement of swallowing
reaction and in the premature escape in six subjects. Therefore, the subjects showed an improvement in the aspects proposed by the objectives of this study after
the cryostimulation, and these results can be seen as in the speech evaluation as in the videofluoroscopy test. / Esta pesquisa teve como objetivos verificar o efeito da crioestimulação na sensibilidade orofaríngea, na reação de deglutição e escape prematuro de alimentos
em pacientes com disfagia neurogênica após acidente vascular encefálico (AVE). Para selecionar os pacientes da pesquisa, foram realizados os seguintes procedimentos: análise do prontuário, anamnese, avaliação fonoaudiológica das disfagias neurogênicas em leito hospitalar e exame de videofluoroscopia. Ao final da seleção, participaram deste estudo sete sujeitos adultos de ambos os sexos, sendo
seis homens e uma mulher, com idades variando entre 28 a 64 anos, todos com diagnóstico de AVE, sem outra patologia de base e tendo como conseqüência disfagia orofaríngea. Depois dos pacientes selecionados terem passado pelos
procedimentos acima descritos e estarem em conformidade com os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos pela pesquisa, estes foram submetidos à técnica da crioestimulação. A técnica foi realizada três vezes ao dia, durante quatro dias seguidos totalizando trinta aplicações diárias para cada estrutura (pilares fauceais, parede posterior da orofaringe, palato mole e dorso da língua). Após a aplicação da técnica os pacientes foram reavaliados seguindo os mesmos critérios. Foi realizada análise descritiva dos dados pré e pós crioestimulação das variáveis da avaliação
clínica e do exame de videofluoroscopia. Os dados referentes às medidas de tempo dos aspectos de tempo total de deglutição, tempo de trânsito oral até a reação de
deglutição e tempo de trânsito faríngeo, da reação de deglutição até a limpeza faríngea também foram analisados e comparados, pré e pós crioestimulação. Para comparar os resultados pré e pós crioestimulação e obter fator de significância, utilizaram-se o teste t-student e o teste Fisher, com significância 5% (p<0,05). Os resultados mostraram que a crioestimulação foi efetiva na recuperação da
sensibilidade orofaríngea em seis dos sete sujeitos, com significância estatística. Também se observaram melhoras estatisticamente significativas na reação de deglutição e no escape prematuro em seis sujeitos. Portanto, os sujeitos
apresentaram melhora nos aspectos propostos pelos objetivos deste estudo após a crioestimulação, resultados estes visualizados tanto na avaliação fonoaudiológica
como na avaliação videofluoroscópica.
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Disfagia no acidente vascular cerebral: diagnóstico, preditores e desfechos associados / Dysphagia in stroke: diagnosis, predictors and associated outcomesPacheco, Aline Cristina 19 September 2017 (has links)
Este estudo foi realizado com os seguintes objetivos: identificar a frequência e os preditores de disfagia em pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC); avaliar o impacto da disfagia quanto aos desfechos dependência funcional e óbito em três meses após o AVC; e validar o teste de rastreio para disfagia Toronto Bedside Swallowing Screening Test (TOR-BSST©) em pacientes com AVC de um hospital público no Brasil. Participaram do estudo pacientes admitidos na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP) e incluídos no Registro de Acidente Vascular Encefálico (REAVER) no período de abril de 2015 a setembro de 2016, maiores de 18 anos, com diagnóstico de AVC agudo (<10 dias entre o AVC e a admissão hospitalar) confirmado por exames de neuroimagem. Foram excluídos pacientes com ataque isquêmico transitório, hemorragia subaracnóidea, trombose venosa cerebral, ictus antigo, AVC hemorrágico de causa secundária ou aqueles que não concordaram em participar do estudo. As características demográficas e clínicas foram coletadas de forma prospectiva pelos coordenadores de pesquisa do REAVER. A deglutição foi avaliada na primeira semana da admissão hospitalar à beira do leito, por três fonoaudiólogas, com um protocolo de avaliação clínica utilizando as consistências pastosa e líquida. Os pacientes foram avaliados com o teste TORBSST© e com a videofluoroscopia após a alta hospitalar. A escala modificada de Rankin, o Índice de Barthel e a Medida de Independência Funcional (MIF) foram utilizados para avaliar os desfechos funcionais de três meses após o AVC. No período do estudo foram admitidos 831 pacientes com AVC, sendo que 353 pacientes foram excluídos de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Dos pacientes elegíveis, 53 foram removidos das análises por receberem alta antes da avaliação da deglutição, portanto, foram incluídos 425 pacientes. Dentre os pacientes incluídos, 28,2% não apresentaram condições para avaliação clínica da deglutição e foram considerados no grupo de disfagia presumida. Desta forma, foram examinados com avaliação clínica da deglutição 305 pacientes, sendo que 45,2% foram diagnosticados com disfagia. Idade (p=0,017), história médica conhecida de apneia obstrutiva do sono (p=0,003) e gravidade do AVC na admissão hospitalar (p<0,001) se associaram independentemente com disfagia. Os pacientes disfágicos apresentaram maior tempo de internação (p=0,001), maior frequência de reabilitação (p<0,001) e uso de sonda para alimentação (p<0,001) dentro de três meses após o AVC. A presença de disfagia detectada na avaliação clínica da deglutição foi independentemente associada com dependência funcional ou óbito em três meses após o AVC (p<0,001). O teste TORBSST© apresentou sensibilidade de 85% para detectar disfagia comparado a videofluoroscopia, e concordância moderada entre os avaliadores (K=0,44). Portanto, neste estudo, disfagia foi diagnosticada em quase metade dos pacientes (45,2%). Idade, história médica conhecida de apneia obstrutiva do sono e gravidade do AVC foram preditores de disfagia, sendo esta independentemente associada com morte ou dependência funcional em três meses após o AVC. O teste de rastreio para disfagia TOR-BSST© apresentou alta sensibilidade para detectar disfagia em pacientes com AVC comparado ao padrão ouro. / This study was carried out with the following objectives: to identify the frequency and the predictors of dysphagia in stroke patients; to assess the impact of dysphagia on outcomes functional dependence and death at three months post-stroke; and to validate the Toronto Bedside Swallowing Screening Test (TOR-BSST©) screening test in stroke patients from a public hospital in Brazil. All consecutive eligible patients newly admitted to the Emergency Unit of the Hospital Clinics of School of Medicine of Ribeirao Preto - University of São Paulo (HCFMRP-USP) and captured by REAVER (an institution based prospective registry for stroke patients) between April 2015 and September 2016 were approached and consented. Eligible patients were those that met the following criteria: age>18 years and medical diagnosis of acute stroke (<10 days between stroke and hospital admission) confirmed from neuroimage exams. Patients with transient ischemic attack, subarachnoid hemorrhage, cerebral venous thrombosis, not acute stroke, hemorrhagic stroke with secondary cause or those who did not agree to participate in the study were excluded. The demographic and clinical characteristics were prospectively collected by REAVER research coordinators. Swallowing was evaluated by three Speech and Language Pathologists in the first week of hospital admission at the bedside with clinical assessment using paste and liquid consistency. Patients were assessed with TOR-BSST© and with videofluoroscopy after discharge from hospital. Modified Rankin scale, Barthel Index and Functional Independence Measure (FIM) were used to assess functional outcomes three months after stroke. In the period of the study, 831 stroke patients were admitted, 353 patients were excluded according to the inclusion and exclusion criteria. Of the eligible patients, 53 were removed because they were discharged before clinical assessment of swallowing, therefore 425 patients were included in this study. Among the included patients, 28.2% did not present conditions for clinical swallowing assessment and were considered in the presumed dysphagia group. Thus, 305 patients were examined with clinical swallowing assessment and 45.2% of them had dysphagia. Age (p=0.017), known medical history of obstructive sleep apnea (p=0.003) and stroke severity at hospital admission (p<0.001) were independently associated with dysphagia. Dysphagic patients had longer length of stay (p=0.001), higher frequency of rehabilitation (p<0.001) and higher frequency of use of tube feeding (p<0.001) within three months after stroke. The presence of dysphagia detected in clinical swallowing assessment was independently associated with functional dependence or death within three months after stroke (p<0.001). The TORBSST© showed sensitivity of 85% to detect dysphagia compared to videofluoroscopy and moderate agreement among the screeners (K=0.44). Therefore, in this study, dysphagia was diagnosed in almost half of the patients (45.2%). Age, known medical history of obstructive sleep apnea and stroke severity were predictors of dysphagia, which was independently associated with death or functional dependence at three months post-stroke. The TOR-BSST© presented high sensitivity to detect dysphagia in stroke patients compared to the gold standard.
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Dem?ncia: aspectos da alimenta??o e degluti??o e suas rela??es com cogni??o e sintomas neuropsiqui?tricos / Dementia: aspects of eating and deglutition and their relationships with cognition and neuropsychiatric symptomsPinheiro, Deborah Rodrigues 20 December 2017 (has links)
Submitted by SBI Biblioteca Digital (sbi.bibliotecadigital@puc-campinas.edu.br) on 2018-02-07T11:56:57Z
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Previous issue date: 2017-12-20 / Pontif?cia Universidade Cat?lica de Campinas ? PUC Campinas / Deglutition impairment is a frequent finding in the elderly, particularly in those with dementia, therefore our study?s main objective was to describe it in patients with Alzheimer's dementia (AD) and vascular dementia (VD), namely the aspects of swallowing and eating, to identify risk of dysphagia and their relation with clinical, cognitive, behavioral and neuropsychiatric symptoms. Thirty-five elderly people with a diagnosis of dementia according to the criteria of the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, in follow-up at the Clinical Neurology Clinic of the Hospital Maternidade Celso Pierro (PUC-Campinas), participated in this study. The patients were submitted to clinical history, Mini-Mental State Examination (MMSE), Verbal Fluency Test, Neuropsychiatric Inventory (NPI), Pfeffer Functional Activities Questionnaire (PFAQ), Clinical Dementia Rating (CDR) (NPI-C) and the Speech-Language Pathology and Risk Assessment for Dysphagia (SLPRAD). 24 (68.6%) patients with AD diagnosis and 11 (31.4%) with DV were included. The mean age of the patients was 77.5 (? 9.0) years, mean formal schooling of 2.1 years and mean disease duration of 3.5 years. In the MMSE the total score was 14.2 (? 6.5) and in the verbal fluency test, the mean words were 5.6. The mean score in NPI was 18.6 (? 11.3) and in the functional evaluation (PFAQ) was 22.9. Patients were classified as mild dementia 16 (45.8%), moderate 14 (40%) and severe 5 (14.2%) cases, according to CDR. Patients with AD were significantly older than those with DV (p = 0.003). In dementia?s classification, a higher occurrence of moderate/severe dementia was observed in those with an AD when compared to those with DV (p = 0.013). In PARD, 10 (29%) patients presented normal deglutition and 25 (71%) had signs suggestive of dysphagia, 17 of those with an AD, but with no significant difference in the classification of dementia. There was no complaint of "change in appetite, weight, or eating habits" in those who presented significantly dementia classified as mild (p = 0.044). Patients who complained of coughing and coughed in the anamnesis presented significant signs suggestive of dysphagia (p = 0.007). Patients with no change in the "how to put lots of food in the mouth at once" were significantly those classified as mild (p=0.046). Comparing the subjects' ages with the oral and pharyngeal phases of PARD, it was observed that those who presented alterations in the oral phase (p = 0.024) and in the pharyngeal phase (p = 0.03) were significantly older when compared to those who did not present changes. In relation to MMSE, when compared to those without pharyngeal changes, they presented a significantly worse performance in calculus (p = 0.020) and language (p = 0.031). Patients with suggestive signs of dysphagia had a significant change in Oral Phase and Pharyngeal Phase (p = 0.000) when compared to those without signs suggestive of dysphagia. Those with "change in appetite, weight or eating habits" in the NPI-C had a significant change in the Pharyngeal Phase (p = 0.035) of PARD when compared to those without changes. The incidence of change in appetite, weight or eating habits was high, and the severity of dementia was significantly related. The presence of choking or coughing was observed in 25% of cases, and occurred at all ages. Signs suggestive of dysphagia were elevated in PARD in our sample, but there was no relation with the behavioural and neuropsychiatric aspects. The clinical complaint of gagging and cough was significantly correlated with signs suggestive of dysphagia. Alterations in the oral and pharyngeal phase of PARD occurred significantly in older subjects. Cognitive alterations were associated with alteration in the pharyngeal PARD?s deglutition. / O comprometimento da degluti??o ? um achado frequente em idosos particularmente naqueles com quadros de dem?ncia, assim o objetivo do nosso trabalho foi descrever em pacientes com dem?ncia de Alzheimer (DA) e dem?ncia vascular (DV), aspectos da degluti??o e da alimenta??o, identificar risco de disfagia e suas rela??es com aspectos cl?nicos, cognitivos, comportamentais e sintomas neuropsiqui?tricos. Participaram deste estudo 35 idosos com diagn?stico de dem?ncia segundo os crit?rios do Manual Diagn?stico e Estat?stico dos Transtornos Mentais, em acompanhamento no Ambulat?rio de Neurologia Cl?nica do Hospital Maternidade Celso Pierro (PUC-Campinas). Os pacientes foram submetidos a: hist?ria cl?nica, Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), teste de Flu?ncia Verbal, Invent?rio Neuropsiqui?trico (INP), Question?rio de Atividades Funcionais de Pfeffer (QAFP), Clinical Dementia Rating (CDR), question?rio para avalia??o de dist?rbio do apetite e da alimenta??o (NPI-C) e pelo Protocolo Fonoaudiol?gico de Avalia??o do Risco para Disfagia (PARD). Foram inclu?dos 24 (68,6%) pacientes com diagn?stico de DA e 11 (31,4%) com DV. A idade m?dia dos pacientes foi de 77,5 (?9,0) anos, escolaridade m?dia formal de 2,1 anos e tempo m?dio de doen?a de 3,5 anos. No MEEM o escore total foi de 14,2 (?6,5) e no teste de flu?ncia verbal, a m?dia de palavras foi de 5,6. O escore m?dio no INP foi 18,6 (?11,3) e na avalia??o funcional (QAFP) foi de 22,9. Os pacientes foram classificados em dem?ncia leve 16 (45,8%), moderada 14 (40%) e grave 5 (14,2%) casos, conforme o CDR. Os pacientes com DA eram, de modo significativo, mais velhos que aqueles com DV (p=0.003). Na classifica??o da dem?ncia foi observada maior ocorr?ncia de moderado/grave naqueles com DA quando comparados aos com DV (p=0.013). No PARD, 10 (29%) pacientes apresentaram degluti??o normal e 25 (71%) apresentaram sinais sugestivos de para disfagia, desse n?mero 17 casos com DA, mas sem diferen?a significativa na classifica??o da dem?ncia. N?o houve queixa de ?mudan?a no apetite, no peso ou nos h?bitos alimentares? nos que apresentaram de modo significativo dem?ncia classificada como leve (p=0,044). Os pacientes que apresentaram queixa de engasgos e tosse, na anamnese apresentam de modo significativo sinais sugestivos para disfagia (p=0,007). Os pacientes sem altera??o na quest?o ?como colocar muita comida na boca de uma vez s??, eram de modo significativo aqueles classificados como leve (p=0,046). Comparando a idade dos sujeitos com as fases oral e far?ngea do PARD foi observado que aqueles que apresentaram altera??o na fase oral (p=0,024) e na fase far?ngea (p=0,03) eram de modo significativo mais velhos quando comparados aos que n?o apresentaram altera??es. Em rela??o ao MEEM quando comparados aos sem altera??es na fase far?ngea apresentaram de modo significativo pior desempenho em c?lculo (p=0,020) e em linguagem (p=0,031). Os pacientes com sinais sugestivos para disfagia apresentaram de modo significativo altera??o na Fase Oral e na Fase Far?ngea (p=0,000), quando comparados aos sem sinais sugestivos para disfagia. Aqueles com ?mudan?a no apetite, no peso ou nos h?bitos alimentares? no NPI-C apresentaram de modo significativo altera??o na Fase Far?ngea (p=0,035) do PARD, quando comparados aos sem mudan?as. Foi elevada a queixa de mudan?a no apetite, no peso ou nos h?bitos alimentares, e era relacionada de modo significativo a gravidade da dem?ncia. A presen?a de queixa de engasgo ou tosse foi observada em 25% casos, e ocorreu em todas as idades. Foi elevada a ocorr?ncia de sinais sugestivos para disfagia, no PARD, na nossa amostra, mas n?o houve rela??o com os aspectos comportamentais e neuropsiqui?tricos. A queixa cl?nica de engasgos e tosse correlacionou-se de modo significativo com sinais sugestivos para disfagia. Altera??es na fase oral e far?ngea, do PARD ocorreram de modo significativo nos sujeitos mais velhos. Altera??es cognitivas associaram-se a altera??o na degluti??o na far?ngea do PARD.
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Reabilitação fonoaudiológica da disfagia em Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional / Rehabilitation of dysphagia in Multiprofissional Team Nutrition TherapyMaria, Samylla Lopes de Santa 26 February 2016 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T18:12:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Samylla Lopes de Santa Maria.pdf: 6787386 bytes, checksum: 9ab6a2a538b36bf6f17c8e68457f9aef (MD5)
Previous issue date: 2016-02-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The Multidisciplinary Team of Nutritional Therapy (EMTN) is
mandatory in Brazilian hospitals for determination of ANVISA (SVS / MS No. 337).
The EMTN is defined as a formal group consisting of at least one of the following
professionals: doctor, nutritionist, nurse and pharmacist. The inclusion of this team
speech therapy is optional, although specific speech therapy function in
rehabilitation of oropharyngeal dysphagia, affecting a significant number of
patients receiving care of the EMTN. Furthermore, the speech therapy also
participates in the diagnosis of other swallowing disorders, functional evaluation by
defining and performing the treatment in order to enable or re-enable compensate
and / or adjust the oral functions affected. OBJECTIVE:To describe and analyze
the speech therapy in the rehabilitation of dysphagia frames in patients under the
care of the EMTN. METHOD: This is a quantitative and descriptive study. The
sample was composed for convenience from the flow of patients in the Hospital of
the EMTN (within 60 days) diagnosed with neurogenic oropharyngeal dysphagia
or mecânica oropharyngeal dysphagia with severe degree and use of alternative
route to power. RESULTS: 32 patients were analyzed, with a mean age of 72.9
years (SD = 12.7). The most frequent medical diagnosis was a progressive
neurological disease with 46.9%. The speech diagnosis of progressive neurogenic
oropharyngeal dysphagia was the most frequent, with 50%. When comparing the
speech therapy markers for dysphagia, evaluation, and hospital discharge, there
was statistical significance ranging from p = <0.001 to 0.049. There was a
reduction in cases of pneumonia, from 54.1% to 3.1%, as well as statistically
significant association between the prognosis of speech therapy Release Oral
(LVO) with 68.2% of diet for Oral (VO) in high. As for dietary at discharge is noted
that the markers present status of improvement, with statistical significance
especially for patients with unique diet orally high. In relation to the types of diet, it
was observed that patients with neurogenic progressive dysphagia received high
with the highest rate for modified diet (63.6%) and there was improvement in
severe status markers for appropriate and especially in patients with mild diet solid
at hospital discharge.
CONCLUSION: the rehabilitation of dysphagia in patients followed by the EMTN
was effective: 65.6% of the patients returned to power for VO exclusively for food
or pleasure. This result depended on speech therapy, but from the multi and interaction
in EMTN, according to which leverage up the performances of each
professional specialty involved / A Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) é
obrigatória nos hospitais brasileiros por determinação da ANVISA (Portaria
SVS/MS nº 337). A EMTN é definida como um grupo formal constituído por, pelo
menos, um dos seguintes profissionais: médico, nutricionista, enfermeiro e
farmacêutico. A inclusão do fonoaudiólogo nessa equipe é opcional, embora seja
função específica do fonoaudiólogo a reabilitação das disfagias orofaríngeas, que
acometem um número relevante dos pacientes que recebem os cuidados da
EMTN. Além disso, o fonoaudiólogo também participa do diagnóstico de outras
alterações de deglutição, por meio de avaliação funcional, definindo e realizando
o tratamento a fim de habilitar ou reabilitar, compensar e/ou adaptar as funções
orais afetadas. OBJETIVO: Descrever e analisar a intervenção fonoaudiológica
na reabilitação de quadros disfágicos em pacientes sob os cuidados da EMTN.
MÉTODO: Trata-se de estudo quantitativo e descritivo. A amostra foi composta,
por conveniência, a partir do fluxo de pacientes na EMTN do Hospital (no período
de 60 dias) com diagnóstico de Disfagia Orofaríngea Neurogênica ou Disfagia
Orofaríngea Mecânica com grau grave e uso de via alternativa para alimentação.
RESULTADOS: Foram analisados 32 pacientes, com média de idade de 72,9
anos (dp=12,7). O diagnóstico médico mais frequente foi a doença neurológica
progressiva com 46,9%. O diagnóstico fonoaudiológico de disfagia orofaríngea
neurogênica progressiva foi o mais frequente, com 50%. Quando comparados os
marcadores fonoaudiológicos para disfagia, na avaliação e na alta hospitalar,
observou-se significância estatística com variação de p = <0,001 a 0,049. Houve
redução nos quadros de pneumonias, de 54,1% para 3,1%, assim como
associação estatisticamente significativa entre o prognóstico da fonoaudiologia de
Liberação de Via Oral (LVO) com 68,2% de dieta por Via Oral (VO) na alta.
Quanto a via alimentar na alta hospitalar nota-se que os marcadores apresentam
melhora de status, com significância estatística sobretudo para pacientes com
dieta exclusiva por VO na alta. Em relação aos tipos de dieta, observou-se que
pacientes com disfagia neurogênica progressiva receberam alta com índice maior
para dieta modificada (63,6%), assim como houve melhora de status dos
marcadores de grave para adequado e leve principalmente em pacientes com
dieta sólida na alta hospitalar. CONCLUSÃO: a reabilitação fonoaudiológica da
disfagia, em pacientes acompanhados pela EMTN, foi eficaz: 65,6% dos
pacientes retornaram a alimentação para VO de forma exclusiva ou por prazer
alimentar. Tal resultado dependeu do trabalho fonoaudiológico, mas a partir da
ação multi e interprofissional na EMTN, em função da qual potencializam-se as
atuações de cada especialidade profissional envolvida
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Avaliação Fonoaudiológica clínica e videofluoroscópica da deglutição em indivíduos sem restrição de dieta após sofrerem acidente vascular encefálico / Clinical and videofluoroscopic evaluation of swallowing in individuals without dietary restriction after a cerebrovascular accidentMarina Rodrigues Montaldi 05 May 2017 (has links)
A deglutição é caracterizada por ser uma função biológica complexa e coordenada que envolve o sincronismo entre as ações de músculos e sua conexão neurológica, na qual o alimento passa da cavidade oral para o estômago. Quando ocorre qualquer alteração no transporte do bolo alimentar da boca até o estômago, conseqüente a doenças neurológicas, trauma ou câncer de cabeça e pescoço, nós denominamos disfagia. Uma das principais causas neurológicas da disfagia é o acidente vascular encefálico (AVE). Dessa forma buscamos verificar a presença de sinais sugestivos de disfagia em um grupo de indivíduos que sofreram um ou mais AVE isquêmicos há no mínimo 3 meses e que estavam sem restrição de dieta, por meio de avaliação clínica fonoaudiológica e por meio do exame de videofluoroscopia da deglutição, e comparamos seus achados aos de um grupo considerado saudável. A hipótese foi de que, mesmo não tendo restrição relacionada à dieta ingerida por via oral, os pacientes poderiam ter ainda alguma alteração da deglutição. Foram avaliados e analisados, 33 pacientes e 19 pessoas saudáveis, no período de janeiro de 2015 a agosto de 2016. Os resultados demonstram que a idade média para os pacientes foi de 61,5 anos, e para os saudáveis de 59,9 anos. Na avaliação das estruturas da dinâmica da deglutição, observamos que a condição do grupo controle mostrou-se melhor que a do grupo estudo. Na avaliação clínica da deglutição observamos que houve sinais sugestivos de disfagia somente para a consistência líquida e para indivíduos do grupo estudo. Com relação aos resultados obtidos pelo exame de videofluoroscopia observamos que houve para ambos os grupos: movimentação de cabeça, presença de deglutições múltiplas, perda prematura do alimento para faringe e permanência de resíduo alimentar em valécula e/ou recessos piriformes, após as deglutições. Além disso, os resultados quantitativos não demonstraram significância entre os grupos, a exceção para o tempo preparatório oral para a consistência líquida no volume de 5 mL. Concluímos que não houve diferenças significativas entre os grupos estudados, ou seja, os pacientes não apresentaram alterações relevantes na deglutição. Tais achados nos levam a refletir e propor novos estudos, a fim de investigar de forma mais apurada a deglutição de indivíduos acometidos por AVE. / The deglutition is described as a complex coordinated biological function that involves synchronized muscle action and its neurological connection, with the food going from oral cavity to the stomach. When there is any alteration in the bolus transportation from the mouth to the stomach as a consequence of neurological disease, trauma or head and neck cancer, it is referred as Dysphagia. One of the most common neurological causes of dysphagia is a stroke (Cerebrovascular Accident). In this sense, we look for symptomatic signals that suggest dysphagia in a group of individuals who had one or more strokes in the last 3 months and had no restricted diet. The assessment is carried through clinical and videofluoroscopic evaluation of swallowing and the results are compared with that of a healthy control group. The hypothesis discussed here consider that even without a restricted diet oral ingestion the patients could still have some deglutition alteration. The study was conducted with 54 volunteers of which 33 were patients with mean age of 61.5 years old (the study group) and 19 healthy individuals with mean age of 59.9 years old that makes the control group. The study was performed from January 2015 to August 2016. In the dynamic of swallowing structure, the healthy control group was in a better state compared to the study group. The results from the videofluoroscopic examination showed for both groups: head movement, multiple deglutitions, premature loss of food to the pharynx and presence of food residue in vallecula and/or piriform recess. Moreover, the quantitative results did not show much differences between the groups, unless for the oral preparatory time for 5 mL in liquid state. Therefore, we conclude that there was no considerable mismatch between the groups, which means that the patients did not present major changes in deglutition. This leads us to wonder other questions and suggest new research lines to thoroughly investigate the deglutition in patients who had a stroke.
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Avaliação Fonoaudiológica clínica e videofluoroscópica da deglutição em indivíduos sem restrição de dieta após sofrerem acidente vascular encefálico / Clinical and videofluoroscopic evaluation of swallowing in individuals without dietary restriction after a cerebrovascular accidentMontaldi, Marina Rodrigues 05 May 2017 (has links)
A deglutição é caracterizada por ser uma função biológica complexa e coordenada que envolve o sincronismo entre as ações de músculos e sua conexão neurológica, na qual o alimento passa da cavidade oral para o estômago. Quando ocorre qualquer alteração no transporte do bolo alimentar da boca até o estômago, conseqüente a doenças neurológicas, trauma ou câncer de cabeça e pescoço, nós denominamos disfagia. Uma das principais causas neurológicas da disfagia é o acidente vascular encefálico (AVE). Dessa forma buscamos verificar a presença de sinais sugestivos de disfagia em um grupo de indivíduos que sofreram um ou mais AVE isquêmicos há no mínimo 3 meses e que estavam sem restrição de dieta, por meio de avaliação clínica fonoaudiológica e por meio do exame de videofluoroscopia da deglutição, e comparamos seus achados aos de um grupo considerado saudável. A hipótese foi de que, mesmo não tendo restrição relacionada à dieta ingerida por via oral, os pacientes poderiam ter ainda alguma alteração da deglutição. Foram avaliados e analisados, 33 pacientes e 19 pessoas saudáveis, no período de janeiro de 2015 a agosto de 2016. Os resultados demonstram que a idade média para os pacientes foi de 61,5 anos, e para os saudáveis de 59,9 anos. Na avaliação das estruturas da dinâmica da deglutição, observamos que a condição do grupo controle mostrou-se melhor que a do grupo estudo. Na avaliação clínica da deglutição observamos que houve sinais sugestivos de disfagia somente para a consistência líquida e para indivíduos do grupo estudo. Com relação aos resultados obtidos pelo exame de videofluoroscopia observamos que houve para ambos os grupos: movimentação de cabeça, presença de deglutições múltiplas, perda prematura do alimento para faringe e permanência de resíduo alimentar em valécula e/ou recessos piriformes, após as deglutições. Além disso, os resultados quantitativos não demonstraram significância entre os grupos, a exceção para o tempo preparatório oral para a consistência líquida no volume de 5 mL. Concluímos que não houve diferenças significativas entre os grupos estudados, ou seja, os pacientes não apresentaram alterações relevantes na deglutição. Tais achados nos levam a refletir e propor novos estudos, a fim de investigar de forma mais apurada a deglutição de indivíduos acometidos por AVE. / The deglutition is described as a complex coordinated biological function that involves synchronized muscle action and its neurological connection, with the food going from oral cavity to the stomach. When there is any alteration in the bolus transportation from the mouth to the stomach as a consequence of neurological disease, trauma or head and neck cancer, it is referred as Dysphagia. One of the most common neurological causes of dysphagia is a stroke (Cerebrovascular Accident). In this sense, we look for symptomatic signals that suggest dysphagia in a group of individuals who had one or more strokes in the last 3 months and had no restricted diet. The assessment is carried through clinical and videofluoroscopic evaluation of swallowing and the results are compared with that of a healthy control group. The hypothesis discussed here consider that even without a restricted diet oral ingestion the patients could still have some deglutition alteration. The study was conducted with 54 volunteers of which 33 were patients with mean age of 61.5 years old (the study group) and 19 healthy individuals with mean age of 59.9 years old that makes the control group. The study was performed from January 2015 to August 2016. In the dynamic of swallowing structure, the healthy control group was in a better state compared to the study group. The results from the videofluoroscopic examination showed for both groups: head movement, multiple deglutitions, premature loss of food to the pharynx and presence of food residue in vallecula and/or piriform recess. Moreover, the quantitative results did not show much differences between the groups, unless for the oral preparatory time for 5 mL in liquid state. Therefore, we conclude that there was no considerable mismatch between the groups, which means that the patients did not present major changes in deglutition. This leads us to wonder other questions and suggest new research lines to thoroughly investigate the deglutition in patients who had a stroke.
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Equipamento médico assistencial para monitoramento da ingestão de alimentosBarbalho, Ingridy Marina Pierre 02 February 2018 (has links)
Submitted by Vanessa Christiane (referencia@ufersa.edu.br) on 2018-06-15T00:08:00Z
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Previous issue date: 2018-02-02 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The use of mobile devices for the continuous monitoring of patients with a particular
pathology may benefit in their prevention, diagnosis and treatment. The objective
of this work is the construction of a Medical Assistance Equipment (EMA) for the
monitoring of patients with pathology related to di culty in the food intake process
and/or Oropharyngeal Dysphagia. The EMA works by capturing the movements and
sound signals generated during the chewing and swallowing process and, from this,
identifies the physical type of the food, classifying it as: i) liquid; ii) pasty; iii) solid. It is
important to emphasize the requirements for a construction of EMA were taken from
the context of Dysphagia. After a classification, the information is stored generating a
food history, with detailed information about the meals performed and the distribution
of Dysphagia that the patient is. To this end, a domain ontology was implemented with
logical axioms capable of classifying the type of physical material of the swallowed
food based on the analysis of the data captured during the swallowing process. In
order to analyze the results generated by the EMA, experiments were carried out in
a real environment with 10 participants, authorized by the ethics committee under
the following opinion number: 2.332.026. Each participant was invited to swallow
liquid, pasty and solid foods. The data generated by the participants were analyzed
and classified by the developed ontology. At the end, the results presented 100% of
correct answers in relation to experiments with solid foods, 80% of correct answers in
experiments with liquid foods and 75% of correct answers in relation to experiments
with pasty foods. A general analysis of the EMA presented the safety area of 85%. Finally,
the EMA provided relevant results regarding correct classification of data. Thus, a
medical team can monitor, from a distance, the patient’s evolution onwards, the detailed
information available, not EMA, facilitating the monitoring process and improving a
quality of life of patients requiring remote monitoring / O uso de dispositivos móveis para o monitoramento contínuo de pacientes com
uma determinada patologia pode beneficiar significativamente em sua prevenção,
diagnóstico e tratamento. O objetivo deste trabalho é a construção de um Equipamento
Médico Assistencial (EMA) para o monitoramento de pacientes com alguma patologia
relacionada à dificuldade no processo de ingestão de alimentos e/ou Disfagia Orofaríngea.
O EMA funciona através da captura dos movimentos e dos sinais sonoros gerados
durante o processo de mastigação e deglutição, e, a partir disso, identifica o tipo físico
do alimento, classificando-o em: i) líquido; ii) pastoso; iii) sólido. É importante ressaltar
que os requisitos definidos para a construção do EMA foram retirados do contexto da
Disfagia. Após a classificação, essas informações são armazenadas gerando um histórico
alimentar com informações detalhadas sobre as refeições realizadas e o nível de Disfagia
que o paciente se encontra. Para este fim, foi implementada uma ontologia de domínio
com axiomas lógicos capazes de classificar o tipo físico do alimento deglutido tendo
por base a análise dos dados capturados durante o processo de deglutição. Com o
intuito de analisar os resultados gerados pelo EMA, foram realizados experimentos
em ambiente real com 10 participantes, autorizado pelo comitê de ética sob o seguinte
número de parecer: 2.332.026. Cada participante foi convidado a deglutir alimentos
líquidos, pastosos e sólidos. Os dados gerados pelos participantes foram analisados e
classificados pela ontologia desenvolvida. Ao final, os resultados apresentam 100% de
acerto em relação aos experimentos realizados com alimentos sólidos, 80% de acerto em
relação aos experimentos realizados com alimentos líquidos e 75% de acerto em relação
aos experimento realizados com alimentos pastosos. A análise geral do EMA apresentou
o nível de acurácia de 85%. Por fim, o EMA proporcionou resultados relevantes quanto à
classificação correta de dados. Assim, a equipe médica pode acompanhar, a distância, a
evolução do paciente diante das informações detalhadas disponíveis no EMA, facilitando
o processo de monitoramento e melhorando a qualidade de vida dos pacientes que
necessitam de acompanhamento a distância / 2018-06-14
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Reabilitação fonoaudiológica da disfagia em pacientes pediátricos com tumor encefálico / Speech patology therapy of the dysphagia in pediatric patients with brain tumorsRadzinsky, Tatiana Couto [UNIFESP] 24 February 2010 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:50:42Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2010-02-24 / Objetivo: verificar a eficácia da reabilitação fonoaudiológica da disfagia em pacientes pediátricos com tumores cerebrais através da escala funcional de ingestão por via oral (FOIS; Crary et al., 2005). Método: Foi realizado um estudo retrospectivo com levantamento de dados dos prontuários de 31 pacientes com tumor de SNC, com diagnóstico de disfagia orofaríngea, submetidos à reabilitação fonoaudiológica no leito hospitalar no Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP/GRAAC/UNIFESP), no período de setembro de 2003 a julho 2009. A amostra foi composta por crianças e adolescentes, portadores de tumor de sistema nervoso central, sendo 23 do sexo masculino e 8 do sexo feminino com idades entre 11 meses a 22 anos (tabela 1). Para o levantamento dos dados foi criado um protocolo contendo dados de identificação, gênero, doença de base, local da lesão, diagnóstico fonoaudiológico, tipo de tratamento do tumor, data da avaliação fonoaudiológica, data da alta fonoaudiológica, número de sessões fonoaudiológicas, intercorrências durante o período de terapia, condições respiratórias e tempo de intubação. Foi utilizada uma escala de avaliação funcional da alimentação, a Funcional Oral Intake Scale (FOIS), permitindo classificar o paciente conforme a via de alimentação utilizada (Crary et al., 2005). E foi utilizada também, para definição do diagnóstico fonoaudiológico, de uma versão adaptada de uma escala de gravidade, a Escala de Gravidade da Disfagia (O´Neil, 1999). Os valores foram anotados nos períodos pré terapia (avaliação clínica funcional fonoaudiológica) e pós terapia. Para a escala FOIS, foi considerada melhora quando houve mudança na escala para o nível V em diante e piora quando houve mudança para os níveis abaixo de V. Para a escala de gravidade da disfagia, foram definidos os pacientes que apresentaram reabilitação eficaz, aqueles que evoluíram na escala para o grau leve ou acima dele, pós terapia. Resultados: Dos pacientes atendidos, todos (31) apresentaram evolução do nível na escala FOIS após a fonoterapia (tabela 4). Do total, 17 (54,8%) pacientes atingiram resultados na escala FOIS no nível V ou acima (tabela 5). Observou-se que 14 (45,2%) pacientes mantiveram o mesmo nível na escala FOIS, ou seja, evoluíram, mas não satisfatoriamente. Os resultados apontam que 19 pacientes (61,7%) apresentavam no momento pré-fonoterapia disfagia grave e destes, 11 pacientes (57,9%) conseguiram melhorar evoluindo para disfagia leve, dentro dos limites funcional e normal. Observou-se que 21 (67,7%) pacientes diminuíram no grau de gravidade da disfagia pós-fonoterapia e 10 (32,3%) mantiveram o mesmo grau. Conclusão: Observamos que os pacientes que apresentaram melhora acentuada na FOIS tinham poucas intercorrências clínicas, tumores com melhor sobrevida e média de idade de 12 anos. Os que evoluíram de forma menos acentuada, todos apresentaram intercorrências clínicas (piora do quadro geral e/ou rebaixamento do nível de consciência), tumores com piores prognósticos com relação à sobrevida do paciente (Glioblastoma Multiforme grau IV, Ependimoma Anaplásico e de grau II, Meduloblastoma alto risco e Glioma de tronco cerebral) e média de idade de 7,8 anos. / Objective: To verify the efficacy of the dysphagia therapy performed by speech pathologists in pediatric patients with brain tumors using the Functional Oral Intake Scale (FOIS; Crary et al, 2005). Materials and Methods: The sample consisted children and adolescents with central nervous system tumors (23 male and 8 female), ages ranging from 11 months to 22 years old. Was performed a retrospective charts review of patients with central nervous system tumors and diagnosed oropharyngeal dysphagia, that were submitted to swallowing rehabilitation during internment period at the Pediatric Oncology Institute (IOP/GRAACC/UNIFESP) in the period from September 2003 to July 2009. To obtain the data, an evolution chart protocol was created, comprising patient’s identification, gender, initial diagnosis, underlying disease, injury site, speech-language diagnosis, specific tumor treatment, speech-language evaluation date, speech-language discharge date, number of speech-language therapy sessions, complications during the therapy period, respiratory conditions, and intubation period. Was used the Functional Oral Intake Scale (FOIS), a functional feeding evaluation scale, enabling to classify the patient according to the feeding intake (Crary, 2005). In addition, for speech-language diagnosis definition, and modified version of the Dysphagia Outcome and Severity Scale (O’Neil, 1999) was utilized. The scores were registered during the pre therapy period (speech-language functional evaluation) and post therapy. Improvement was considered when there was a change in the score to level 5 or higher, and decline when the score changed level 5 or lower. Results: All 31 patients showed improvement in the FOIS scale level after speech-language therapy. Level 5 or higher was achieved by 17 (54.8%) and was observed that 14 patients (45.2%) maintained the same FOIS level, not evolving as adequately. Results show that 19 patients (61.7%) presented severe dysphagia during the pre therapy period, out of those 11 (57.9%) managed to evolve to mild dysphagia, functional deglutition or normal deglutition. The dysphagia severity degree lowered in the post therapy on 21 patients (67.7%) while 10 (32.3%) maintained the same score. Conclusion: The patients that showed major improvement on the FOIS level had few clinical complications, tumors with better prognosis, and mean age of 12 years, whereas the patients that evolved in a less significant manner all presented clinical complications (decreased level of alertness and/or worsening of the clinical picture), tumors with bad prognosis (glioblastoma multiform stage IV, anaplasic ependymoma stage II, high-grade meduloblastoma, and brainstem glioma), in addition to mean age of 7.8 years. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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