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Iri Karawa, iri Wari: um estudo sobre práticas alimentares e nutrição entre os índios Wari (Pakaanova) do sudoeste Amazônico / Iri Karawa, iri Wari: a study on practical alimentary and nutrition between the Wari indians (Pakaanova) southwestern Amazonian

Leite, Mauricio Soares January 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2012-09-05T18:24:03Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 214.pdf: 2193153 bytes, checksum: f97e6a4870980449f1c0c9ddffbdaec8 (MD5) Previous issue date: 2004 / A despeito da relevância do tema, as condições de alimentação e nutrição das populações indígenas no Brasil permanecem largamente desconhecidas. O presente estudo examina o caso de uma comunidade Wari , grupo indígena localizado em Rondônia, no sudoeste amazônico. Ao longo de um trabalho de campo com duração de oito meses, foram realizados dois inquéritos antropométricos e dois inquéritos quali-quantitativos de consumo alimentar, de modo a investigar variações sazonais nas condições de nutrição. O trabalho envolveu ainda observação participante e entrevistas informais e semi-estruturada. Tanto o consumo alimentar como os perfis antropométricos indicam condições mais desfavoráveis durante os meses de chuva. O estudo revela um conjunto extenso de regras e princípios coerentes aos quais os Wari submetem suas práticas cotidianas direta ou indiretamente ligadas à alimentação. Mais que isso, sob diversos aspectos estas condutas refletem sua dinâmica social, seus conceitos de fisiologia, suas relações com o meio-ambiente e assim por diante. O perfil nutricional é visto como um indicador bastante sensível de suas condições de vida e revela um quadro amplamente desfavorável, confirmado pelo exame das condições sanitárias e dos perfis de mortalidade e morbidade. As prevalências de baixa estatura e peso entre as crianças Wari estão entre as mais elevadas já registradas na literatura sobre populações indígenas no Brasil. O sobrepeso é praticamente ausente, seja qual for a faixa etária considerada. São discutidos o alcance e as implicações das mudanças observadas na economia do grupo e especialmente sua articulação com o mercado regional. Aponta-se para a necessidade de se considerar a sazonalidade na definição de rotinas de vigilância nutricional e na discussão dos perfis de nutrição de povos indígenas. A situação nutricional da população Wari apresenta-se como expressão das desigualdades que a separam do restante da população brasileira, e reflete as interações entre aspectos ecológicos, sanitários, socioculturais e econômicos. O trabalho enfatiza a necessidade de se realizarem estudos que, de forma concomitante, considerem aspectos epidemiológicos e antropológicos com vistas a traçar um panorama mais amplo dos determinantes das condições alimentares e nutricionais dos povos indígenas no Brasil.
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Atividade física, condicionamento cardiorrespiratório, estado nutricional, adipocitocinas e suas relações com fatores de risco cardiovascular em homens com idade superior a 35 anos / Physical activity, cardiorespiratory fitness, nutritional status, adipocytokines and their relationship to cardiovascular risk factors in men older than 35 years

Martinez, Eduardo Camillo January 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-02-26T13:26:07Z (GMT). No. of bitstreams: 2 956.pdf: 751583 bytes, checksum: fdca4bc3c703040a57fd080b63821ddb (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2009 / A presente tese apresenta dados de fatores de risco cardiovascular em uma amostra de militares da ativa do Exército Brasileiro (EB) com idade superior a 35 anos e servindo na cidade do Rio de Janeiro, RJ. A tese é formada por 3 artigos cujos objetivos foram, porordem: verificar a influência da atividade física, do condicionamento cardiorrespiratório e de medidas antropométricas nas medidas de glicemia em jejum e de insulina; analisar aassociação dos níveis plasmáticos de adiponectina e leptina e os fatores clássicos de risco coronariano em sujeitos com síndorme metabólica (SM); e verificar a associação entre medidas antropométricas e condicionamento cardiorrespiratório e os níveisplasmáticos de adiponectina na amostra. Em todos os artigos, as medidas foramrealizadas em 250 adultos, homens, militares do serviço ativo do EB. Mediu-se o condicionamento cardiorrespiratório (...) por calorimentria indireta; o percentual de gordura corporal ( por cento GC), por pesagem hidrostática; a antropometria - massa corporal, estatura (usadas para calcular o estado nutricional através do índice de massa corporal) - e perímetro de cintura; os níveis sanguíneos de insulina e glicemia em jejum (usados no cálculo do valor de HOMA-IR); e os níveis sanguíneos das adipocitocinas leptina e adiponectina. Os resultados indicaram: 1) associação entre o (...) o estado nutricionale o %GC com os níveis de glicemia e insulina e prevalência de glicemia de jejum alterada e resistência à insulina; / 2) associação inversa entre a SM e o condicionamento cardiorrespiratório e a adiponectina e diretamente com o estado nutricional, o por cento GC e os níveis de leptina; e 3) sujeitos mais ativos, melhor condicionados e com menor por cento GCapresentaram níveis mais altos de adiponectina e mais baixos de leptina. Desta forma, o presente trabalho aponta para a grande importância da manutenção do IMC dentro da faixa de normalidade, de valores baixos de por cento GC e de bom condicionamentocardiorrespiratório para a manutenção da saúde cardiovascular.
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Trabalho noturno e estado nutricional: um estudo em profissionais de enfermagem / Night work and nutritional status: a study in nursing professionals

Siqueira, Kãli January 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-03-04T13:41:35Z (GMT). No. of bitstreams: 2 184.pdf: 3473048 bytes, checksum: fade647a9dbbd8a5e73b7b35ccaf186e (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2014 / As tendências das modificações do estado nutricional da população brasileira caracterizam uma transição nutricional, caracterizada pela redução na prevalência da desnutrição e pelo aumento na prevalência do sobrepeso e da obesidade. A obesidade tem causalidade complexa e multifatorial e em geral, está relacionada às mudanças nos padrões de comportamentos característicos da vida moderna, com destaque para a diminuição na atividade física e o consumo excessivo de gordura e de alimentos altamente calóricos e ultraprocessados. Entre as características da vida moderna está o trabalho noturno, que tem se disseminado crescentemente em função da demanda por serviços e produtos nas 24 horas, e tem sido investigado como possível fator de risco para a obesidade e o ganho de peso.O objetivo desta tese foi explorar as relações entre características do trabalho e o estado nutricional de trabalhadores de enfermagem que atuam em um hospital geral de grande porte no Município do Rio de Janeiro. Os resultados são apresentados em dois artigos.No primeiro analisou-se dados seccionais de 1182 trabalhadores de enfermagem de um hospital público do Rio de Janeiro. Buscou-se explorar as relações conjuntas entre o estado nutricional, variáveis relacionadas às condições sociodemográficas, trabalho e comportamentos de saúde em profissionais de enfermagem, a partir da técnica de análise de correspondência. Observamos a formação de quatro grupos, sendo três agrupados segundo as categorias do índice de massa corporal. O grupo que conteve os obesos incluiu condição de saúde ruim, fatores socioeconômicos atuais e pregressos desfavoráveis e ex-trabalhadores noturnos, por outro lado, o grupo de baixo/adequado agregou as condições mais favoráveis, enquanto o grupo com sobrepeso foi composto por tabagismo, consumo de álcool e trabalho noturno atual (até cinco noites/quinzena). (...) / Os resultados apontaram elevada incidência de sobrepeso e obesidade entre os trabalhadores de enfermagem. E sugerem que a entrada no trabalho noturno caracteriza-se como um momento de maior influência no aumento de categoria do IMC e no ganho de peso.Em conjunto, os achados apontam que a exposição ao trabalho noturno está relacionada à obesidade e sinalizam a necessidade de implementação de medidas de promoção de saúde no ambiente de trabalho. / Trends of changes in the nutritional status of Brazilian population show a nutrition transition, characterized by a reduction in the prevalence of malnutrition and the increase of overweight and obesity prevalence. Obesity, complex and multifactorial, it s usually related to changes on behavior patterns, characteristic of modern life, especially decrease of physical activity and overconsumption of fat and high-calories foods and ultra-processed.Among modern life features it is night work, which has been increasingly widespread due to the 24-hour demand for services and products, and has been investigated as a possible risk factor of obesity and weight gain.The aim of this thesis was to explore the relationship between job characteristics and nutritional status of nursing staff working in a large general hospital in the city of Rio de Janeiro. Results are presented in two papers. The first article analyzed 1182 sectional data nursing staff belonging to a public hospital in Rio de Janeiro.Using the technical analysis of correspondence, we sought to explore the joint relations between nutritional status, variables related to sociodemographic conditions, work and health behavior in nursing professionals. We observed the formation of four groups, three were grouped according to the categories of body mass index. The group containing obese included a bad health condition, unfavorable current socioeconomic factors and previous history and former workers, on the other hand, the group of low / adequate aggregated the most favorable conditions, whereas the overweight group was composed of tobacco, alcohol consumption and current night work (up to five nights / fortnight). (...) ^ien / The results showed a high incidence of overweight and obesity among nursing staff. And suggest that night job entrance is characterized as a time of greater influence in increasing category of BMI and weight gain.Together, these findings indicate that exposure to night work is related to obesity and indicates the need to implement measures to promote health in workplace. (AU)^ien
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Avaliação nutricional de pacientes com hipertensão pulmonar e sua relação com desempenho funcional

Zanella, Priscila Berti January 2016 (has links)
Resumo não disponível
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Avaliação do estado nutricional e comosição corporal de pacientes com glicogenoses hepáticas através de análise de bioimpedância elétrica e absorciometria por raios-x de dupla energia

Santos, Bruna Bento dos January 2017 (has links)
Introdução: As Glicogenoses hepáticas (GSD) são doenças de etiologia genética, associadas à hipoglicemia ao jejum. O seu tratamento baseia-se no uso frequente e regular de amido de milho cru (AMC). Por razões ainda não completamente conhecidas, mas provavelmente relacionadas à estratégia de tratamento utilizada, as GSD hepáticas podem associar-se ao excesso de peso. Objetivo: Avaliar o estado nutricional e a composição corporal de pacientes com GSD hepáticas, utilizando Análise de Bioimpedância Elétrica (BIA) e Absorciometria por Raios-X de Dupla Energia (DXA). Metodologia Capítulo 1: Um estudo controlado transversal prospectivo foi realizado para a comparação do estado nutricional e composição corporal dos pacientes com GSD hepáticas com controles saudáveis. Foram incluídos 25 pacientes (GSD Ia= 14; GSD Ib= 6; GSD III= 3; GSD IXα/β=2), com mediana de idade de 11,0 anos (IQR= 9,0-17,5), pareados por sexo e idade com 25 controles saudáveis (mediana de idade= 12,0 anos [IQR= 10,0-17,5]). A composição corporal foi avaliada por BIA. Peso e estatura foram aferidos para classificação do estado nutricional. Dados clínicos, bioquímicos e de tratamento foram coletados de prontuários médicos. Metodologia Capítulo 2: Vinte e quatro pacientes (GSD Ia=12; GSD Ib=5; GSD III=3; GSD IXα/β/γ=4), com mediana de idade de 11.8 (IQR=10,5-20,5) tiveram sua composição corporal avaliada por Absorciometria por Raios-X de Dupla Energia e comparadas com dados clínicos, de adesão ao tratamento (lactato e triglicerídeos séricos) e de tratamento obtidos através de prontuários médicos em um estudo transversal prospectivo. Resultados Capítulo 1: A estatura (mediana= 1,43m [IQR=1,25-1,54]) vs 1,54m [IQR=1,42-1,61]; p=0,04) e escore-z de estatura-para-idade (mediana= -1,31 [IQR= -1,92–0,13]) vs -0,06 [IQR= -0,63-0,58]; p=<0,01) foram significativamente menores para os pacientes em relação aos controles. Além disso, IMC para >19 anos (mediana= 28,2kg/m² [IQR=25,0-38,9]) vs 21.9kg/m² [IQR=19,9 -23,5]; p=0,01), Escore-z de IMC-para-idade (mediana=1,84 [IQR=0,55-3,06]) vs 0,86, [IQR=-0,55-1,82]; p=0,04) e porcentagem de massa gorda (mediana=27,5 [IQR=22,6-32,0] vs 21,1 [IQR=13,0-28,3]; p=0,01) foram superiores nos pacientes comparados aos controles saudáveis. A porcentagem de gordura corporal foi estatisticamente superior nos pacientes com GSD Ia em relação aos pacientes com GSD III e IXα/β. Resultados Capítulo 2: Os resultados de DXA evidenciaram que 10 dos 14 pacientes entre 8 e <19 anos e 6/7 pacientes adultos apresentaram gordura corporal excessiva. Dois pacientes apresentaram valores de Índice de Musculo Esquelético Relativo (RSMI) abaixo do ponto de corte para adultos, sendo que um enquadrava-se nos critérios diagnósticos de obesidade sarcopênica. O consumo total de AMC (g/dia) correlacionou-se positivamente com o IMC (rs:0,6; p= <0,01), FM/g (rs:0,7; p= <0,01), e FMI (rs:0,7; p= <0,01). Dos marcadores de adesão ao tratamento adotados neste estudo, apenas o lactato demonstrou correlação moderada com FMI (rs:0,4; p=0,04). Os parâmetros de adiposidade de DXA mostraram que os pacientes com GSD Ia têm maior acumulo de tecido adiposo que os pacientes com GSD III e IXα/β/γ. Conclusão: Nossos resultados sugerem que pacientes com GSD hepáticas, especialmente com GSD Ia, apresentam alterações no estado nutricional e composição corporal em relação à população em geral, com maior tendência à baixa estatura, sobrepeso e obesidade. Acredita-se, mesmo que nossos achados não tenham sido capazes de confirmar esta hipótese, que o tratamento excessivo possa ter um papel importante nesta associação. Entretanto, outros fatores como a inatividade física e os mecanismos fisiopatológicos próprios destas condições devem ser considerados na etiologia da obesidade nas GSD hepáticas. Estudos de coorte são necessários para esclarecer tais associações. Além disso, a idade de início e o tempo de tratamento são variáveis que devem ser mais bem avaliadas. / Background: Hepatic Glycogen Storage Diseases (GSD) are diseases of genetic etiology, associated with hypoglycemia on fasting. Its treatment is based on the frequent and regular use of Uncooked Cornstarch (UUCS). For reasons not yet fully understood, but probably related to the treatment strategy used, hepatic GSD may be associated with excess weight. Aim: To evaluate the nutritional status and body composition of patients with hepatic GSD using Bioelectrical impedance (BIA) and Dual Energy X-Ray Absorptiometry (DXA). Methodology Chapter 1: A Prospective cross-sectional Controlled study was conducted to compare the nutritional status and body composition of patients with hepatic GSD with healthy controls. A total of 25 patients (GSD Ia = 14, GSD Ib = 6, GSD III = 3, GSD IXα/β = 2) were included, with a median age of 11.0 years (IQR = 9.0-17.5), matched by sex and age with 25 healthy controls (median age=12.0 years [IQR=10.0-17.5]). Body composition was evaluated by BIA. Weight and height were measured for nutritional status classification. Clinical, biochemical and treatment data were collected from medical record. Methodology Chapter 2: Twenty-four patients (GSD Ia=12; GSD Ib= 5; GSD III= 3; GSD IXα/β/γ= 4), with median age (median age = 11.8 [IQR = 10.5-20.5]) had their body composition evaluated by Dual Energy X-ray Absorptiometry and compared with clinical, adherence (lactate and triglyceride serum) and treatment data obtained from medical records in a prospective cross-sectional study. Results Chapter 1: Height (median=1.43m [IQR = 1.25-1.54]) vs 1.54m [IQR = 1.42-1.61]; p= 0.04) and height-for-age z-score (median=-1.31 [IQR = -1.92-0.13]) vs -0.06 [IQR = -0.63-0.58]; p=<0.01) were significantly lower in the patients than the controls. In addition, BMI for >19 years (median= 28.2kg/m² [IQR = 25.0-38.9]) vs 21.9kg/m² [IQR= 19.9-23.5]; p=0.01), z-score of BMI-for-age (median=1.84 [IQR = 0.55-3.06]) vs 0.86 [IQR=-0.55-1.82]; p = 0.04) and fat mass percentage (median= 27.5 [IQR = 22.6-32.0] vs 21.1 [IQR = 13.0-28.3], p=0.01) were higher in the patients compared to the healthy controls. The percentage of body fat was statistically higher in GSD Ia patients compared to patients with GSD III and IXα/β. Results Chapter 2: DXA results showed that 10 of the 14 patients between 8 and <19 years and 6/7 adult patients had excessive body fat. Two patients presented values of Relative Skeletal Muscle Index (RSMI) below the cutoff for adults, one of which fit the diagnostic criteria for sarcopenic obesity. Total UUCS (g/day) correlated positively with the BMI (rs: 0.6, p=<0.01), FM/g (rs:0.7, p=<0.01), and FMI (rs:0.7; p=<0.01). Of the treatment adherence markers adopted in this study, only lactate showed a moderate correlation with FMI (rs:0.4; p=0.04). The DXA adiposity parameters showed that patients with GSD Ia had greater accumulation of adipose tissue than patients with GSD III and IXα/β/γ. Conclusion: Our results suggest that patients with hepatic GSD, especially GSD Ia, present changes in the nutritional status and body composition in relation to the general population, with a tendency toward to short stature, overweight and obesity. It is believed, even if our findings have not been able to confirm this hypothesis, that excessive treatment may play an important role in this association. However, other factors such as physical inactivity and the pathophysiological mechanisms of these conditions should be considered in the aetiology of obesity in hepatic GSD. Cohort studies are needed to clarify such associations. In addition, the age of onset and the time of treatment are variables that should be better evaluated.
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Estado nutricional e suas relações com populações de linfócitos T e marcadores inflamatórios em indivíduos com diagnóstico recente de neoplasias hematológicas malignas

Oliveira, Paula Fernanda de January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2013-12-05T23:01:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 320570.pdf: 1538504 bytes, checksum: 1d54f99c06723e0dcaa9b31d39b3187d (MD5) Previous issue date: 2013 / Neoplasias hematológicas compreendem um grupo heterogêneo de doenças, entre elas, destacam-se as leucemias, os linfomas e o mieloma múltiplo. Reconhecidamente, o componente inflamatório é um fator inerente às neoplasias. Deste processo participam células imunitárias e mediadores inflamatórios que podem repercutir sobre o estado nutricional dos indivíduos acometidos. O objetivo deste trabalho foi avaliar as proporções de linfócitos T CD4+, T CD4+IL-17+ e T CD8+, concentrações de citocinas plasmáticas (interleucina(IL)-6, IL-10, IL-17 e fator de necrose tumoral (TNF)), e suas relações com o estado nutricional de indivíduos com neoplasias hematológicas malignas. Este é um estudo descritivo, envolvendo dezesseis indivíduos de ambos os sexos com diagnóstico de neoplasias hematológicas malignas foram incluídos no estudo. Para avaliar as proporções das populações linfocitárias, amostras de sangue foram incubadas por 4h em meio de cultura na presença ou não de estimuladores. Posteriormente, as células foram fixadas, permeabilizadas e marcadas com anticorpos (anti-CD4, anti-IL-17A e anti-CD8) ligados a fluoróforos específicos, e adquiridas por citometria de fluxo. As concentrações de citocinas foram determinadas por citometria de fluxo. O estado nutricional foi avaliado pelos parâmetros: índice de massa corporal (IMC), cincunferência muscular do braço (CMB) e percentual de perda de peso. A proporção de linfócitos T CD4+, T CD4+IL-17+ e T CD8+ encontradas foram, respectivamente, 30,2% (16,8; 39,6), 2,5% (2,1; 10,8) e 19,5% (8,2; 25,5) e a razão CD4+:CD8+ foi 1,5 (1,0; 3,5). Em análise por diagnóstico observou-se que os indivíduos com linfoma apresentaram maior proporção de linfócitos T CD8+ (p=0,024) e uma menor razão CD4+:CD8+ (p=0,006) em relação às leucemias. A proporção de células T CD4+IL-17+ foram correlacionadas negativamente com a razão CD4:CD8 e positivamente com a CMB. A concentração de IL-6 encontrada foi aproximadamente 4 vezes superior aos valores descritos na literatura para indivíduos normais. Os indivíduos participantes não apresentaram comprometimento nutricional, com base nos parâmetros antropométricos. A partir dos resultados foi possível constatar que os indivíduos com neoplasias hematológicas em fase inicial não apresentam comprometimento nutricional, considerando a avaliação antropométrica, embora apresentem um quadro inflamatório pronunciado pela elevação de marcadores inflamatórios. Os indivíduos com linfomas mantiveram melhor a proporção de linfócitos T CD8 em relação às leucemias, e a possível relação positiva entre as células Th17, T CD8 e CMB, soma evidências de que essas células podem desempenhar um papel importante na imunidade antineoplásica e prognóstico.<br> / Abstract : Hematological neoplasms comprise a heterogeneous group of diseases, among them are the leukemias, lymphomas and multiple myeloma. Admittedly, the inflammatory component is a factor inherent to neoplasms. In this process, there is the participation of immune cells and the inflammatory mediators produced by them, which can, among other functions, modify the nutritional status of the affected individuals. The aim of this study was to evaluate the proportions of CD4+, CD4+IL-17+ and CD8+ T cells, plasma cytokine concentrations (interleukin (IL)-6, IL-10, IL-17 and tumor necrosis factor (TNF)), and their relationship to the nutritional status of patients with hematological neoplasms. This is a descriptive study involving sixteen individuals of both sexes diagnosed with hematological neoplasms were included in the study. To assess the proportions of lymphocyte populations, blood samples were incubated for 4h in culture medium in the presence or not of stimulators. Subsequently, the cells were fixed, permeabilized and stained with antibodies specific fluorophores linked to (anti-CD4, anti-IL-17A and anti-CD8) and acquired by flow cytometry. Concentrations of cytokines were determined by flow cytometry. Nutritional status was assessed by parameters: body mass index (BMI), arm muscle circumference (AMC) and percentage of weight loss. The proportion of CD4+ T cells, CD4+IL-17+ and CD8+ T cells were, respectively, 30.2% (16.8, 39.6), 2.5% (2.1, 10.8), and 19.5% (8.2, 25.5) and the CD4+:CD8+ was 1.5 (1.0, 3.5). In diagnostic analysis showed that individuals with lymphoma had a higher proportion of CD8+ T lymphocytes (p = 0.024) and reduced the CD4+:CD8+ ratio (p = 0.006) compared to leukemias. The proportion of CD4+IL-17+ was negatively correlated with the CD4:CD8 ratio and positively with the AMC. The concentration of IL-6 found was approximately 4 times higher than the values reported in the literature for normal subjects. The individuals involved had no nutritional impairment. Based on the results, it was established that individuals with hematologic neoplasms, in early stage, have no nutritional impairment, based in antropometric evaluation, although showed a pronounced elevation in inflammatory markers. Individuals with lymphomas presented a higher proportion of CD8+ T lymphocytes compared to leukemias and a potential positive relationship between Th17 cells, CD8 and AMC. Such data increase evidences that these cells may play an important role in antineoplastic immunity and prognosis.
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Alterações na deglutição e as implicações no estado nutricional e marcadores inflamatórios em pacientes submetidos à videofluoroscopia

Oliveira, Diane de Lima January 2016 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2017-01-24T03:21:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 343398.pdf: 3957225 bytes, checksum: 72d5fd1d4dc318045a5f66793274d5dc (MD5) Previous issue date: 2016 / Introdução: A deglutição é o ato de transportar o alimento da boca até o estômago, devendo ocorrer de forma segura e eficiente. Qualquer alteração neste processo ocasiona a disfagia orofaríngea (DO), com comprometimentos respiratórios e nutricionais. O comprometimento nutricional, seja decorrente da DO ou de alterações metabólicas da doença, pode alterar a resposta inflamatória. Objetivo: Avaliar a associação entre a deglutição, o estado nutricional e os marcadores inflamatórios dos pacientes com disfagia. Sujeitos e Métodos: Estudo transversal, realizado em duas etapas no Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, com adultos e idosos submetidos ao exame de videofluoroscopia da deglutição. A etapa retrospectiva foi realizada no período de março/2011 a dezembro/2014. Nesta etapa foram coletados dados dos prontuários médicos para caracterização da amostra, peso e altura, histórico de doenças/comorbidades associadas, e diagnósticos médicos para encaminhamento da videofluoroscopia, além dos dados das gravações dos exames de videofluoroscopia. A etapa prospectiva foi realizada com os pacientes encaminhados para a videofluoroscopia no período de abril/2014 a dezembro/2015. Foi realizado diagnóstico da deglutição, o estado nutricional foi determinado pelo Índice de Massa Corporal (IMC), a composição corporal pelo DEXA (Dual Energy x-Ray Absorptiometry), a independência funcional pela Medida de Independência Funcional (MIF) e foi aplicado Questionário de Frequência Alimentar (QFA). O sistema imunológico foi avaliado pelos marcadores séricos Mieloperoxidase (MPO), Metabólitos de Óxido Nítrico (NO) e Proteína C-Reativa (PCR). Os dados foram apresentados em mediana e intervalo interquartil. As associações entre os grupos de desfecho (resíduos faríngeos e aspiração) e as condições clínicas/nutricionais foram apresentadas em Razão de Prevalência (RP), e entre a DO com o Grupo Controle (GC) (voluntários sem doenças) foram apresentadas em Odds Ratio (OR) e Intervalo de Confiança de 95% (IC95%), com valor de significância (p < 0,05). Resultados: O baixo peso em pacientes com DO foi associado a presença de resíduos faríngeos (RP: 1,34; p = 0,011) e não à aspiração. Independente do sexo, idade e presença de comorbidades, a MPO foi associada à DO (OR:1,0; IC95% 1,00-1,01) e a PCR foi associada a presença de sinais clínicos de aspiração (OR: 6,7; IC95% 1,16-40,27), em relação ao GC. Conclusão: Na etapa retrospectiva, o baixo peso (IMC) foi associado à presença de resíduos faríngeos, mas não foi associado à aspiração. Na etapa prospectiva o IMC não foi associado a presença de disfagia mesmo com penetração e com sinais clínicos de aspiração entre o GC e os demais grupos e entre os grupos de pacientes com disfagia. A MPO foi relacionada à disfagia orofaríngea e a PCR foi relacionada a presença de sinais clínicos de aspiração. Os marcadores inflamatórios (NO, PCR e MPO) podem estar elevados independentes da presença de aspiração.<br> / Abstract : Introduction: Swallowing is the act of transporting food from the mouth to the stomach and must occur safely and efficiently safely and efficiently. Any change in this process causes oropharyngeal dysphagia (OD) with respiratory and nutritional impairment. The nutritional impairment, due to either the OD or metabolic disease changes may alter the inflammatory response. Objective: To evaluated the sample in relation to swallowing, nutritional status and inflammatory markers in patients with OD. Subjects and Methods: Cross-sectional study conducted in two steps at the University Hospital of the Federal University of Santa Catarina, Florianópolis/SC, with adults/older submitted to videofluoroscopy. The retrospective step to characterize the sample was conducted from March/2011 to December/2014. At this stage, data were collected from medical records of patients on the identification, weight and height, history of disease/comorbidities, and medical diagnostics for sending videofluoroscopy, in addition to analyze videofluoroscopy exams. Prospective step was performed with the patients submitted to videofluoroscopy from April/2014 to December/2015. Swallowing was diagnosed, the nutritional status was determined by Body Mass Index (BMI), body composition by DEXA (Dual Energy X-Ray Absorptiometry), functional independence by the Functional Independence Measure (FIM) and it was applied Food Frequency Questionnaire (FFQ). The immune system was evaluated by serum Myeloperoxidase (MPO), Nitric Oxide Metabolites (NOx) and CReactive Protein (CRP). The data are presented as median and interquartile range. The associations among pharyngeal residues/aspiration and clinical/nutrition variables have been presented in Prevalence Ratio (PR), and between OD and Control Group (CG) (volunteers without disease) have been presented in odds ratio (OR) and confidence interval 95% (CI95%), with significance level (p < 0. 05). Results: The underweight in patients with OD was associated with the presence of pharyngeal residue (PR: 1.34; p = 0.011) and not the aspiration. Regardless of sex, age and comorbidities, MPO was associated with OD (OR: 1.0; 95% CI 1.00 to 1.01) and the CRP was associated with the presence of clinical signs of aspiration (OR: 6.7; 95% CI 1.16 to 40.27) compared to the control group. Conclusion: In retrospective step, the low weight (BMI) was associated with the presence of pharyngeal residue, but was not associated with aspiration. In the prospective step BMI was not associated with the presence of dysphagia even with penetration and with clinical signs of aspiration between the GC and the other groups and between groups of patients with dysphagia. MPO was related to oropharyngeal dysphagia and CRP was related to the presence of aspiration clinical signs. Inflammatory markers (MPO, NO and CRP) may be independent of the presence of high aspiration.
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Ângulo de fase e área muscular do braço : indicadores de mortalidade em pacientes submetidos ao transplante de célula-tronco hematopéticas alogênico

Souza, Andrieli de January 2016 (has links)
Orientadora : Profª. Drª. Regina Maria Vilela / Coorientadora : Profª. Dra. Maria Eliana Madolosso Schieferdecker / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Alimentação e Nutrição. Defesa: Curitiba, 25/07/2016 / Inclui referências : f. 56-65 / Resumo: A mortalidade entre pacientes submetidos ao transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) é elevada, assim, identificar indicadores prognósticos pode ser uma forma de minimizar complicações e de diminuir a mortalidade, após prescrição precoce de intervenções adequadas. O objetivo desse estudo foi avaliar o ângulo de fase (AF) e a área muscular do braço (AMB) como indicadores prognósticos de mortalidade e de estado nutricional nesta população. O trabalho foi realizado entre fevereiro de 2015 e março de 2016 no Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, envolvendo pacientes adultos submetidos ao TCTH alogênico, e adultos saudáveis que formaram o grupo controle. A coleta de dados foi feita antes do início do condicionamento para o transplante, 14 (D+14), 30 (D+30) e 90 dias após o transplante (D+90). Foram obtidos dados antropométricos: peso, altura, circunferência do braço e prega cutânea tricipital, e, a partir destes, estimados a AMB e o índice de massa corporal. Dados laboratoriais (albumina e proteína C-reativa) e dietéticos (ingestão de calorias e proteínas) também foram obtidos. O AF, a massa livre de gordura e a massa gorda foram estimados após obtenção de reactância (Xc) e resistência (R) pela impedância bioelétrica (BIA). Realizou-se padronização do AF de acordo com gênero, idade e IMC para população saudável. Foi realizado teste-t, correlação de Spearman, teste de qui-quadrado e coeficiente de Kappa, construídas curvas ROC e aplicado o Kaplan-Meyer. Considerou-se o intervalo de confiança de 95%. Foram avaliados 29 pacientes e o grupo controle foi composto por 28 participantes. No período pré-transplante, os pacientes apresentaram características similares ao grupo saudável, sem diferença significativa entre os dois grupos. O ângulo de fase padronizado (AFP) reduziu após o início do condicionamento e após submissão ao TCTH, já a redução da AMB foi observada somente na quarta avaliação. O melhor ponto de corte para o AFP com valor preditivo de mortalidade e de estado nutricional foi -0,19, e para a AMB, com estado nutricional como desfecho, foi 34,48mm. Até 90 dias após o TCTH, a incidência de mortalidade foi maior entre pacientes com medidas abaixo do ponto de corte para AFP ou para AMB, do que aqueles com medidas acima. Palavras chave: Transplante de células-tronco hematopoéticas. Prognóstico. Impedância elétrica. Área muscular do braço. Ângulo de fase. Estado nutricional. / Abstract: Mortality among patients undergoing hematopoietic stem cell transplantation (HSCT) is high. Therefore, identifying prognostic indicators can be a way to minimize complications and to decrease mortality, after early prescription of adequate interventions. The aim of this study was to evaluate the phase angle (PA) and the upper arm muscle area (UAMA) as prognostic indicators of mortality and nutritional status in this population. This study was performed between February 2015 and March 2016, at the Bone Marrow Transplant Service of Hospital de Clínicas of the Federal University of Paraná, and it involved adult patients who underwent allogeneic HSCT, and a control group composed of healthy adult subjects. Data collection was performed before beginning conditioning for transplantation, then 14 (D+14), 30 (D+30) and 90 days after transplantation (D+90). Anthropometric data obtained were weight, height, mid-upper arm circumference, and triceps skinfold; and based on these data, UAMA and body mass index were estimated. Laboratory (albumin and C-reactive protein) and nutrition data (calorie and protein intake) were also obtained. PA, fat-free body mass, and fat mass were estimated after reactance and resistance were obtained from bioelectrical impedance analysis (BIA). PA was standardized according to sex, age, and BMI for a healthy population. T-test, Spearman's correlation, chi-squared test, and Kappa coefficient were calculated; ROC curves were constructed; and Kaplan-Meier analysis was applied. The confidence interval was 95%. Twenty-nine patients were evaluated and the control group was composed of 28 participants. In the pre-transplantation period, patients presented characteristics that were similar to the healthy group, with no significant difference between the two groups. Standardized phase angle (SPA) decreased after the beginning of conditioning and after the HSCT, while UAMA was reduction was observed only in the forth evaluation. The best cut-off point for the SPA with a predictive value for mortality and nutritional status was -0.19, and for the UAMA, with nutritional status as the outcome, it was 34.48mm. Up to 90 days after the HSCT, the mortality incidence was higher among patients with values below the cut-off point for SPA or for UAMA, than among those with values above. Keywords: Hematopoietic stem cell transplantation. Prognosis. Electric Impedance. Upper arm muscle area. Phase angle. Nutricional status.
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Estado nutricional como preditor de morte, infecção e permanência hospitalar

Beghetto, Mariur Gomes January 2007 (has links)
Diferentes métodos são empregados na avaliação nutricional de adultos hospitalizados, sem que haja evidências de que identifiquem o acréscimo de risco para desfechos hospitalares associados à desnutrição. A acurácia dos métodos de avaliação nutricional empregados nas rotinas hospitalares foram comparados em 434 adultos de um hospital geral universitário de alta complexidade no sul do Brasil. A albumina sérica foi o método mais preditivo de morte (77%; IC95%: 69-86%) e infecção hospitalar, (67%; IC95%: 61-74%), enquanto a contagem de linfócitos (60%; IC95%: 55- 65%) foi mais preditiva de longa permanência (LP). A albumina sérica <3,5 g/dL foi a única variável independente associada aos 3 desfechos, sugerindo haver pouca contribuição no emprego de outros métodos na predição de desfechos hospitalares.A fim de derivar e validar um escore preditivo do risco de morte, infecção e longa permanêcia, entre outubro de 2005 e junho de 2006, 1.503 adultos das unidades de internação do mesmo hospital foram avaliados à admissão hospitalar. A coorte de derivação foi constituída por 1.002 pacientes e a de validação foi composta por 501 pacientes. Houve boa concordância intraclasse (CCI>0,86) e diferenças de pequena magnitude entre avaliadores para 102 pacientes avaliados em duplicata. Houve menor concordância para métodos que requeriam experiência do avaliador. Albumina < 3,5g/dL e presença de >2 comorbidades crônicas, fizeram parte dos escores de predição para os 3 desfechos e desnutrição (Avaliação Subjetiva Global) dos escores de morte e LP. O escore derivado para predição de óbito [(>2 comorbidades x 6,0) + (albumina<3,5g/dL x 4,0) + (ASG C x 4,0) + (condição física prejudicada x 2,5)] mostrou-se sensível e de baixa probabilidade pós-teste negativa na predição de óbito e desempenho semelhante aos escores específicos na predição de infecção e LP. Em conclusão, o escorederivado e validado para predizer óbito mostrou-se acurado na predição de desfechos hospitalares. / Several methods have been applied for the assessment of nutrition status, even tough there are not evidences defining the increment of risk for adverse hospital outcomes attributable to malnutrition in hospitalized adults. The accuracy of methods applied for the assessment of nutritional status was compared in 434 adults admitted in a tertiary care general hospital in southern Brazil. Serum albumin was the best predictive method for death (C statististic: 77%; 95%CI: 69-86%) and infection (67%; 95%CI: 61-74%), while total lymphocyte count was the most predictive method for prolonged length of hospital stay (LOS) (60%; IC95%: 55-65%). Serum albumin <3.5 g/dL was the only variable independently associated to greater risk for these 3 outcomes, suggesting little contribution of other methods in the prediction of hospital outcomes. In order to develop and validate a predictive score for death, infection, and LOS, from October/2005 to June/2006, 1503 adults were assessed at hospital admission. The derivation cohort was constituted by 1002 patients, and the validation cohort by 501 patients. Satisfactory agreement (ICC>0.86) and low mean differences were observed in 102 patients assessed in duplicate. Lower agreement was verified for methods that demand greater experience by the observer. The variables serum albumin <3,5g/dL and >2 chronic comorbidities predicted the 3 outcomes, and malnutrition (Subjective Global Assessment) predicted death and LOS. The score developed to predict death [(>2 comorbidities x 6.0) + (albumin<3.5g/dL x 4.0) + (ASG “C” x 4.0) + (impaired physical condition x 2.5)] appeared to be sensitive and of low negative post-test probability for death, and showed similar performance to predict infection and LOS compared to the scores specifically developed for these outcomes (C statistic: 0.60, IC95%: 0.55-0.66 e 0.61,IC95%: 0.58-0.65, respectively). In conclusion, a clinical-nutritional score developed and validated to predict death was accurate in predicting hospital outcomes.
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Obesidade e diabetes : contribuição de processos inflamatórios e adipocitocinas, e a potencial importância de fatores nutricionais

Luft, Vivian Cristine January 2010 (has links)
A transição nutricional, caracterizada pela alteração nos padrões dietéticos e do estado nutricional que se associa às doenças crônicas, como diabetes e doenças cardiovasculares, está rapidamente mudando o enfoque do nutricionista de saúde pública de problemas de carência para também os de excesso de nutrientes. Obesidade se tornou uma prioridade de saúde pública, dada sua crescente epidemia e suas vastas conseqüências à saúde. Dentre os agravos à saúde ocasionados pela obesidade está o diabetes tipo 2, sendo esta a doença para a qual obesidade oferece maior risco. Diabetes tipo 2 é uma das principais causas de morbidade e mortalidade. A prevenção do diabetes e suas complicações tem se tornado uma preocupação no mundo inteiro. Sendo assim, a patogênese da então chamada “diabesidade” (diabetes tipo 2 em função à obesidade) tem recebido crescente atenção. Ainda que resistência à insulina e disfunção das células beta-pancreáticas continuem sendo reconhecidas como causas centrais no desenvolvimento do diabetes tipo 2, processos intermediários têm sido discutidos e elucidados, com grande destaque para inflamação sistêmica e adipocitocinas, que sofrem aparente forte influência nutricional, como potenciais mediadores na associação entre obesidade e diabetes. Com objetivo de esclarecer partes deste quadro, foram analisados, em um delineamento caso-coorte, dados de 567 indivíduos que desenvolveram diabetes e 554 indivíduos que não desenvolveram diabetes ao longo de 9 anos de seguimento do estudo Atherosclerosis Risk in Communities (ARIC). Análises ponderadas para o efeito de delineamento e de amostragem foram realizadas utilizando os softwares SUDAAN e SAS, permitindo extrapolar os resultados para a totalidade da coorte elegível (cerca de 10.000 participantes). Modelos de regressão de Cox, progressivamente ajustados para potenciais mediadores ou confundidores, foram utilizados para avaliar o risco associado a: 1) obesidade (expressa pelo índice de massa corporal – IMC, e pela circunferência da cintura) e 2) a níveis elevados da proteína carreadora de retinol 4 (retinol binding protein 4 – RBP4, uma adipocitocina mais recentemente apontada como possível mediadora da relação entre obesidade e resistência à insulina), no desenvolvimento do diabetes. Como resultado, foi verificado que indivíduos obesos, tanto pelo IMC quando pela cintura, apresentaram maior risco de desenvolver diabetes e que esta associação bruta (minimamente ajustada para variáveis demográficas: HR=6,4; IC95% 4,5–9,2, para IMC ≥ 30 kg/m2, e HR=8,3; IC95% 5,6–12,3, para 4° quartil vs. 1° quartil da circunferência da cintura) foi reduzida praticamente à metade após a inclusão da adiponectina e de marcadores de inflamação no modelo (HR=3,2, IC95% 2,1–4,7, para IMC ≥ 30 kg/m2, e HR=4,2, IC95% 2,8–6,5, para o 4° vs. 1° quartil da circunferência da cintura). Esses resultados assim indicam que adiponectina e marcadores de inflamação podem de fato exercer papel central na associação entre obesidade e diabetes. Em relação à associação dos níveis de RBP4 com o desenvolvimento do diabetes, foi verificado que mulheres com valores mais elevados (comparando tercis extremos) apresentaram maior risco para desenvolver diabetes (HR=1,68; IC95% 1,00–2,82), em modelos ajustados para possíveis confundidores, enquanto que nenhuma associação foi encontrada em homens (HR=0,93; IC95% 0,51–1,71). Esses resultados, por sua vez, sugerem que os níveis de RBP4 podem também estar diretamente envolvidos na patogênese do diabetes tipo 2 em mulheres. Para investigar a magnitude, em termos populacionais, de exposições nutricionais vistas como anti e pró-inflamatórias, foram avaliadas, em amostras representativas da população adulta e com diabetes das 27 capitais do Brasil, as prevalências de dois hábitos alimentares principais, sabidamente relacionados ao desenvolvimento de doenças crônicas e complicações do diabetes: o consumo recomendado de frutas e hortaliças (ingeridas em 5 ou mais vezes por dia por pelo menos 5 dias na semana) e o consumo de carnes com excesso de gordura (em que a gordura aparente ou pele do frango não é retirada). O sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) entrevistou, em 2006, 2007 e 2008, 54.369, 54.251 e 54.353 adultos, respectivamente, sendo 2.840, 2.832 e 2.985 com diabetes. Em modelo multivariável ajustado por regressão de Poisson com variância robusta, o consumo recomendado de frutas e hortaliças na população com diabetes foi identificado como significativamente menos freqüente naqueles com menor escolaridade (RP=0,57, IC95% 0,44–0,74, na comparação de 0 a 8 vs. ≥12 anos de estudo, e RP=0,65, IC95% 0,49–0,86, em 9 a 11 vs. ≥12 anos de estudo), nas regiões norte (RP=0,35, IC95% 0,26–0,49, vs. sul) e nordeste (RP=0,43 IC95%0,34–0,55, vs. sul) e em sedentários (RP=0,73, IC95% 0,56–0,96), com tendência de menor consumo também em homens (RP=0,80, IC95% 0,62–1,04) e fumantes (RP=0,71, IC95%0,48–1,06). Já o consumo de carnes com excesso de gordura foi significativamente mais freqüente em homens (RP=1,86, IC95% 1,56–2,22), mais jovens (RP=1,70, IC95% 1,34–2,15, na comparação de 18 a 44 vs. ≥ 65 anos, e RP=1,30, IC95% 1,06–1,58, em 45 a 64 vs. ≥ 65 anos), de menor escolaridade (RP=1,39, IC95% 1,09–1,77, na comparação de 0 a 8 vs. ≥12 anos de estudo, e RP=1,32, IC95% 1,03–1,68, em 9 a 11 vs. ≥12 anos de estudo), não brancos (RP=1,23, IC95% 1,03–1,48), fumantes (RP=1,58, IC95% 1,27–1,98), e tendeu ser maior em obesos (RP=1,22, IC95% 0,99– 1,52), enquanto foi menor nas regiões norte (RP=0,74, IC95% 0,59–0,93, vs. sul) e nordeste (RP=0,76, IC95% 0,62–0,92, vs. sul) e naqueles com diagnóstico de hipertensão (RP=0,83, IC95% 0,70–0,98). 11 vs. ≥12 anos de estudo), não brancos (RP=1,23, IC95% 1,03–1,48), fumantes (RP=1,58, IC95% 1,27–1,98), e tendeu ser maior em obesos (RP=1,22, IC95% 0,99– 1,52), enquanto foi menor nas regiões norte (RP=0,74, IC95% 0,59–0,93, vs. sul) e nordeste (RP=0,76, IC95% 0,62–0,92, vs. sul) e naqueles com diagnóstico de hipertensão (RP=0,83, IC95% 0,70–0,98). No total de adultos, de 2006 a 2008, a prevalência do consumo recomendado de frutas e hortaliças aumentou de 7,1% (IC95% 6,9–7,3) a 9,9% (IC95% 9,7–10,2), enquanto que o consumo de carnes com excesso de gordura diminuiu de 39,1% (IC95% 38,7–39,5) a 33,3% (IC95% 32,9– 33,7). Na população com diabetes, não foram observadas mudanças significativas no período: a prevalência do consumo recomendado de frutas e hortaliças passou de 13,5% (IC95% 12,3–14,7) a 14,4% (IC95% 13,3–15,6) e o de carnes com excesso de gordura de 25,7% (IC95% 24,2–27,3) a 24,5% (IC95% 23,1–26,0). Assim, o consumo de frutas e hortaliças, com reconhecida ação antiinflamatória, é ainda pouco freqüente, enquanto o consumo de carnes gordurosas, com reconhecido papel próinflamatório, permanece elevado. Embora tenha ocorrido leve aumento nos últimos anos no consumo de frutas e hortaliças, os resultados enfatizam a importância de ações de estímulo a uma alimentação saudável na sociedade brasileira. / The nutritional transition, characterized by alteration in dietary patterns and nutritional status in the population with marked decrease in malnutrition and the diseases of nutritional deficiency and notable increase in chronic diseases, such as diabetes and cardiovascular diseases, associated with nutritional excess and modern unhealthy foodstuffs, is changing the focus of public health nutritionists. Obesity has become a public health priority, given its increasing epidemic and vast health consequences. Diabetes is the disease to which obesity provides greater risk. Type 2 diabetes is a major cause of morbidity and mortality. The prevention of diabetes and its complications has become a preoccupation worldwide. The pathogenesis of the so called “diabesity” (diabetes in consequence of obesity) has received increasing attention. Although insulin resistance and beta-cell dysfunction remain recognized as the central causes for type 2 diabetes, intermediate processes have been discussed and elucidated, with systemic inflammation and adipocytokines coming to the fore as potential mediators of the obesity-diabetes association. In a case-cohort design, we investigated 567 individuals who developed diabetes and 554 who did not in 9 years of follow-up in the Atherosclerosis Risk in Communities study (ARIC). Analyses were weighted for the design and sampling effects, using the statistical softwares SUDAAN and SAS, permitting statistical inference to the entire eligible cohort (~10.000 participants). Cox proportional hazards regression models, progressively adjusted for potential mediators or confounders, were used to assess the risk associated with: 1) obesity (expressed by the body mass index – BMI, and waist circumference) and 2) higher levels of retinol binding protein 4 – RBP4 (an adipocytokine more recently suggested as a possible mediator in the relationship between obesity and insulin resistance), for the development of diabetes. We observed that obese individuals (both by BMI and waist circumference) presented increased risk for diabetes, and this “crude” association (minimally adjusted for demographic variables: HR=6.4; 95%CI 4.5–9.2, for BMI ≥ 30 kg/m2, and HR=8.3; 95%CI 5.6–12.3, for the 4th vs. 1st quartile of waist circumference) was approximately halved after inclusion of adiponectin and inflammation markers in the models (HR=3.2, 95%CI 2.1–4.7, for BMI ≥ 30 kg/m2, and HR=4.2, 95%CI 2.8–6.5, for the 4th vs. 1st quartile of waist circumference). Though our design does not distinguish confounding from effect mediation, our data suggest that adiponectin and inflammation markers exert a central role in the obesitydiabetes association. Regarding the association between RPB4 levels and the development of diabetes, we observed that women with higher baseline RBP4 levels (3rd vs 1st tertile) presented increased risk for developing diabetes (HR=1.68; 95%CI 1.00–2.82) in models adjusted for possible confounders, while no association was found in men (HR=0.93; 95%CI 0.51–1.71). These results suggest that RBP4 levels may be directly involved to the etiopathogenesis of type 2 diabetes in women. The source of stimuli for this mild, chronic inflammation is a major unresolved question. Inadequate intake of foodstuffs with anti-inflammatory actions and excess intake of those with pro-inflammatory actions has been postulated. In representative samples of the adult population and the population with diabetes living in Brazilian capital cities, the prevalence of two main dietary habits, known to be related with the development of chronic diseases and complications of diabetes and having consequences, in terms of inflammation, was estimated: the recommended intake of fruits and vegetables (5 or more times per day in at least 5 days per week) and the intake of meat with excessive fat (when visible fat or the skin of chicken was not removed). The VIGITEL survey (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, or Telephone-based Surveillance of Risk and Protective Factors for Chronic Diseases) interviewed 54369, 54251 and 54353 adults, of whom 2.840, 2.832 and 2.985 had diabetes in 2006, 2007 and 2008, respectively. In multivariable model adjusted through Poisson regression, the recommended intake of fruits and vegetables in the population with diabetes was identified as significantly less frequent in those with lower education (PR=0,57, 95%CI 0,44–0,74, comparing 0 to 8 vs. ≥12 years of study, and PR=0,65, 95%CI 0,49–0,86, in 9 to 11 vs. ≥12 years of study), in the north (PR=0,35, 95%CI 0,26– 0,49, vs. south) and northeast regions (PR=0,43 95%CI0,34–0,55, vs. south) and in sedentary people (PR=0,73, 95%CI 0,56–0,96), with tendencies of lower prevalence of recommended intake also in men (PR=0,80, 95%CI 0,62–1,04) and smokers (PR=0,71, 95%CI0,48–1,06). The intake of meat with excessive fat was significantly more frequent in men (PR=1,86, 95%CI 1,56–2,22), younger individuals (PR=1,70, 95%CI 1,34–2,15, comparing 18 to 44 vs. ≥ 65 years old, and PR=1,30, 95%CI 1,06–1,58, in 45 a 64 vs. ≥ 65 years old), those with less formal education (PR=1,39, 95%CI 1,09–1,77, comparing 0 to 8 vs. ≥12 years of study, and PR=1,32, 95%CI 1,03–1,68, in 9 a 11 vs. ≥12 years of study), non-white individuals (PR=1,23, 95%CI 1,03–1,48) and smokers (PR=1,58, 95%CI 1,27–1,98), and tended to be more frequent with obesity (PR=1,22, 95%CI 0,99–1,52), while it was less frequent in the north (PR=0,74, 95%CI 0,59–0,93, vs. south) and northeast (PR=0,76, 95%CI 0,62– 0,92, vs. south) regions, and in those who had received a diagnosis of hypertension (PR=0,83, 95%CI 0,70–0,98). In the total adult population, from 2006 to 2008, the prevalence of recommended intake of fruits and vegetables increased significantly from 7,1% (95%CI 6,9–7,3) to 9,9% (95%CI 9,7–10,2), and the intake of meat with excessive fat diminished significantly from 39,1% (95%CI 38,7–39,5) to 33,3% (95%CI 32,9–33,7). In the population with diabetes, no significant difference was observed: the prevalence of recommended intake of fruits and vegetables increased from 13,5% (95%CI 12,3–14,7) to 14,4% (95%CI 13,3–15,6) while the intake of meat with excessive fat diminished from 25,7% (95%CI 24,2–27,3) to 24,5% (95%CI 23,1–26,0). In sum, the intake of fruits and vegetables, with known antiinflammatory actions, was insufficient in most, while the intake of meat with excessive fat, with recognized pró-inflamatory actions, remains elevated. Although a slight increase in fruits and vegetables intake was seen in the last few years, these results highlight the importance of actions to stimulate healthy eating habits across Brazilian society.

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