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Anemia e alimentação em crianças atendidas pela Estratégia de Saúde da Família no Maranhão / Anemia and feeding in children attended by Family Health Strategy in Maranhão

Alleo, Luciana Galve 07 February 2018 (has links)
Introdução - A anemia é um problema de saúde pública dos mais relevantes pela elevada frequência com que ocorre e pelas consequências deletérias decorrentes. A alimentação insuficiente e/ou inadequada em ferro é seu principal determinante. Objetivos - Avaliar a prevalência de anemia e seus determinantes entre crianças de 2 a 5 anos de idade, atendidas pelo programa Estratégia Saúde da Família (ESF); analisar a prática alimentar maranhense por meio de marcadores de alimentação saudável e não saudável; avaliar a sensibilidade e a especificidade de fatores alimentícios associados à deficiência de ferro (carnes, feijão, alimentos fortificados com ferro) bem como fatores sociais que interferem no consumo alimentar (inserção no programa Bolsa Família, insegurança alimentar e número de filhos menores do que 5 anos) para identificar a anemia diagnosticada pela concentração da hemoglobina. Método - Estudo transversal, de base populacional, com amostra representativa de famílias com filhos com idades entre 2 e 5 anos, atendadas pela ESF no Estado do Maranhão. A amostra foi composta por 568 crianças cujo consumo alimentar foi obtido de inquéritos alimentares de frequência alimentar e recordatório de 24 horas. Foram calculadas médias e desvios padrão de variáveis que caracterizam a criança, sociodemográficas e de consumo. Realizaram-se regressão de Poisson e testes de sensibilidade e especificidade entre variáveis que interferiram na absorção de ferro em relação à anemia. Resultados - Observou-se que 42 por cento das crianças estudadas eram anêmicas. Pela razão de prevalência, verificou-se associação da anemia com escolaridade materna, mais de uma crianças menor de 5 anos na residência, inserção no Bolsa Família e índice antropométrico peso para a idade (p>0,05). A dieta das crianças apresentou frequência insignificante de verduras e hortaliças, frutas sem presença rotineira e o feijão como único marcador de alimentação saudável frequente (77 por cento dos questionários). Alimentos não saudáveis tiveram aumento nas referências conforme a idade, mostrando a influência da transição celular já na infância. Os valores de sensibilidade e especificidade encontrados para diferentes fatores dietéticos e sociodemográficos não permitiram utilizá-los como indicadores precoces da anemia. Conclusão - Fatores sociodemográficos são indicadores importantes na determinação da ocorrência da anemia. Escolaridade da mãe, receber Bolsa Família e ausência de anemia na mãe foram fatores de proteção contra a anemia. Morar na capital e ter mais de um filho aumentaram o risco da desnutrição. A qualidade alimentar avaliada por marcadores de dieta saudável e não saudável mostra que a transição alimentar esteve presente mesmo entre a população infantil: baixo consumo de frutas, verduras e hortaliças e consumo cada vez mais frequente de alimentos processados, ricos em sal, gorduras e açúcar. A educação alimentar é destacada como indispensável, juntamente da suplementação de ferro para lactentes na expectativa de intervenções mais efetivas para o controle da anemia. Consumo de alimentos fontes de ferro, Bolsa Família, número de filhos e insegurança alimentar não foram indicadores da anemia, possivelmente porque a deficiência marcial é um fenômeno multifatorial, que envolve situações fisiológicas, socioeconômicas, bioquímicas que interagem num mesmo tempo. / Introduction - Anemia is a relevant public health problem because of its high frequency and due to its deleterious consequences. An inadequate and/or inadequate diet in iron is its main determinant. Objectives - To evaluate the prevalence of anemia and its determinants among children 2 to 5 years of age, assisted by the Family Health Strategy (FHS) program; analyze the food practice in the State of Maranhão through healthy and unhealthy food markers; to evaluate sensitivity and specificity of food factors associated with iron deficiency (meat, beans, and fortified foods with iron) as well as social factors that interfere with food consumption (inclusion in the Bolsa Família program, food insecurity and number of children under 5 years at home) to identify anemia diagnosed by hemoglobin concentration. Method - A cross-sectional, population-based study with a representative sample of families with children between the ages of 2 and 5, attended by the FHS in the state of Maranhão. The sample consisted of 568 children whose food intake was obtained through food surveys of food frequency and 24-hour recall. Means and standard deviations of variables that characterized the child, sociodemographic variables and consumption variables were calculated. Poisson regression, and sensitivity and specificity tests were performed between variables that interfered with iron absorption in relation to anemia. Results - We observed that 42 per cent of the children studied were anemic. For the prevalence ratio, there was an association of anemia with: maternal schooling, more than one child under 5 years of age at residence, insertion into the Bolsa Família Program and weight-for-age anthropometric index (p>0.05). The children\'s diet presented insignificant frequency of vegetables; fruits without a routine presence; and beans as the only marker of frequent healthy eating (77 per cent of the questionnaires). Unhealthy foods had an increase in the references according to age, showing the influence of cellular transition already in childhood. The sensitivity and specificity values found for different dietary and sociodemographic factors did not allow them to be used as early indicators of anemia. Conclusion - Socio-demographic factors are important indicators in determining the occurrence of anemia. Schooling of the mother, receiving Bolsa Família Program and absence of anemia in the mother were protective factors against anemia. Living in the capital and having more than one child increased the risk of malnutrition. Food quality evaluated by healthy and unhealthy diet markers shows that the food transition was present even among children: low consumption of fruits, vegetables and increasingly frequent use of processed foods rich in salt, fats and sugar. Food education is highlighted as indispensable, as well as iron supplementation for infants in the expectation of more effective interventions to control anemia. Food consumption of iron sources, Bolsa Família Program, number of children and food insecurity were not indicators of anemia, possibly because martial deficiency is a multifactorial phenomenon, involving physiological, socioeconomic, biochemical situations that interact at the same time.
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Aprazamento das visitas domiciliares dos agentes comunitários de saúde a partir do olhar da equidade / Scheduling of home visits by Community Health Workers from the perspective of equity

Guzella, Renata Casagrande 15 December 2015 (has links)
Introdução: A Estratégia de Saúde da Família, a partir de 2009, se tornou a principal proposta de modelo de Atenção Primária no Brasil. Tem ocupado uma posição de centralidade no sistema de saúde, não só como porta de entrada, mas também como coordenadora do cuidado. Através da estruturação deste nível de atenção há maior possibilidade de efetividade e equidade nos serviços de saúde. Este estudo foi realizado em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da Zona Leste do município de São Paulo com um quantitativo de famílias maior do que o preconizado pelos documentos oficiais. Objetivo Geral: Propor critérios para priorizar a realização das visitas domiciliarias dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) a partir da identificação da vulnerabilidade familiar. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso, em que os dados foram coletados do Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) para aplicação da Escala de Risco Familiar de Coelho- Savassi. Posteriormente, os dados foram tabulados no Programa do Software Microsoft Excel® e analisados após a criação de um escore, que sistematizou a dimensão quantitativa e qualitativa das necessidades desta população. A partir do referencial teórico da equidade, foi sugerido um aprazamento das visitas domiciliares (VD) dos ACS considerando as vulnerabilidades familiares apresentados e posteriormente, foi produzido uma ferramenta para o planejamento das visitas nas diferentes realidades. Neste estudo, o termo risco foi interpretado como vulnerabilidade dado que a escala considera, além das perspectivas epidemiológicas, os aspectos voltados para as condições sociais de vida dos sujeitos. Resultados: A população atendida por esta UBS é 2611 famílias com 9265 pessoas, em que 97,5% são dependentes exclusivamente do SUS. A totalidade das famílias foi avaliada sendo que, 1350 (52%) apresentaram risco familiar habitual (R0), 599 (23%) foram classificadas com risco baixo (R1), 341 (13%) risco médio (R2) e 321 (12%) risco alto (R3). A Equipe 1 apresentou maior número de famílias em risco em comparação com a Equipe 2, evidenciando a heterogeneidade dentro da mesma UBS, padrão que se repetiu ao analisar as microáreas separadamente. Por exemplo, a microárea 3 apresentou maior proporção de famílias classificadas com maior risco, diferentemente da microárea 7, que tem a menor quantidade de famílias e menor proporção de risco familiar. Assim, partindo das singularidades, foram propostos cinco clusters de microáreas para diferentes aprazamentos de visita. Os cronogramas tiveram o tempo fixado em trinta minutos por VD, não ultrapassando a 101 horas mensais para esta atividade, e sendo fixadas em visitas quinzenais para as famílias em R3. A fim de reproduzir este estudo nas diferentes realidades, uma planilha no Software Microsoft Excel® está disponibilizada para a realização do aprazamento das visitas domiciliares a partir dos distintos riscos familiares. Conclusões: Para um atendimento que respeite o princípio do SUS da equidade, é necessário identificar as condições de vulnerabilidade das famílias para o enfermeiro planejar em conjunto com o ACS as visitas domiciliares, de forma a atender as necessidades de saúde da população considerando as várias dimensões individuais e coletivas do processo saúdedoença. / Introduction: The Family Health Strategy, since 2009, became the main proposal for primary care model in Brazil. It has occupied a position of centrality in the health system, not only as a gateway but also as care coordinator. Through the organization of this level of attention there is a greater chance of effectiveness and equity in health services. This study was conducted in a primary care unit (PCU) in eastern São Paulo area with a number of families higher than recommended by official documents. General Objective: To develop criteria for prioritizing Community Health Workers (CHW) from the identification of familial risk. Methodology: This was a case study, in which data were collected from the Primary Care Information System (PCIS) for implementation of the Coelho-Savassis Family Risk Scale, tabulated in Microsoft ExcelTM program and analyzed after the creation of a score, which systematized the quantitative and qualitative dimension of the needs of this population. From the theoretical framework of equity, it was suggested the scheduling of home visits (HV) of the ACS considering the risks presented family and later was made a tool for planning visits in the different realities. In this study, the term \"risk\" was interpreted as vulnerability for the scale to consider, addition to the epidemiological perspective, the targeted aspects as social living conditions of the subjects. Results: The population served by this PCU were 2,611 families with 9,265 people, of which 97.5% depends exclusively of the public health system. All of the families were assessed and, in 1,350 (52%) the family risk was usual (R0), 599 (23%) were classified as low risk (R1), 341 (13%) as medium risk (R2) and 321 (12 %) as high risk (R3). Team 1 had more risk in families compared to Team 2, showing the heterogeneity within the same PCU pattern that was repeated to analyze the micro areas separately. For example, the micro area 3 showed a higher proportion of families classified as high risk, unlike micro-area 7, which has the smallest number of households and smaller proportion of familial risk. Thus, based on the singularities we proposed five clusters of micro areas for different scheduling visit. Schedules have time set at thirty minutes per VD, not to exceed 101 hours per month for this activity, and biweekly visits for families in R3. In order to reproduce this study in the different realities, a Microsoft ExcelTM spreadsheet is available to carry out the scheduling home visits from different family risks. Conclusions: For a service that respects the Unified Health Systems principle of equity, its important to identify the risks and the most vulnerable families for nurses to plan together with the CHW home visits in order to meet the health needs of the population considering the various individual and collective dimensions of the health- disease process.
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Violência de gênero e necessidades em saúde: limites e possibilidades da estratégia saúde da família / Gender violence and health needs: limitations and possibilities of the Family Health Strategy

Oliveira, Rebeca Nunes Guedes de 12 December 2011 (has links)
Estudo exploratório, com abordagem qualitativa, que teve como objetivo geral compreender os limites e as possibilidades avaliativas no que tange ao reconhecimento e enfrentamento de necessidades em saúde de mulheres que vivenciam violência no espaço de concretização das práticas da Estratégia Saúde da Família (ESF). Foi realizado em uma Unidade Básica de Saúde que opera sob a ESF em São Paulo (SP). Os dados foram coletados por meio de entrevistas em profundidade com vinte e dois profissionais de saúde que compõem as equipes multiprofissionais e com treze mulheres usuárias do serviço que vivenciaram situações de violência de gênero. As entrevistas foram gravadas, transcritas e submetidas à análise de discurso. Os resultados foram analisados segundo as categorias analíticas gênero, violência de gênero e necessidades em saúde. Os resultados revelaram a violência enquanto problema que tem interfaces com o processo saúde doença das mulheres. Entretanto, o fenômeno raramente aparece enquanto uma demanda imediata sendo expressiva como demanda implícita e submersa em outras queixas. Houve o reconhecimento de necessidades relacionadas às condições de vida e o contexto de exclusão social do território; necessidades que remetem à autonomia; medicalização das necessidades em saúde revelando a dicotomia mente-corpo no trabalho em saúde; e necessidades relacionadas à escuta e à criação de vínculos enquanto possibilidade de fortalecimento das mulheres que vivenciam violência. A prática biologicista, ainda hegemônica, limita o campo de ação das práticas profissionais, levando usuárias e profissionais a não reconhecerem os serviços de saúde enquanto possibilidade de apoio e enfrentamento da violência. A medicalização foi constatada enquanto a limitação mais significativa das práticas profissionais. As possibilidades relacionadas ao vínculo propiciado pela lógica de atenção instaurada com a ESF encontram-se ainda cerceadas pelas limitações do modelo biomédico e a ausência de tecnologias específicas para lidar com a violência. Concluiu-se que é premente o reconhecimento da violência enquanto problema cuja atenção deve ser inerente aos serviços de saúde, assim como a tradução das demandas trazidas pelas mulheres nas necessidades que a produziram. O reconhecimento dessas necessidades pressupõe ainda considerar a violência e a subalternidade de gênero como generativos desse processo. O trabalho que qualifica a atenção à saúde das mulheres em situação de violência deve superar o modelo biomédico de atenção, o que implica rever a prática profissional, posto que, na perspectiva da emancipação da opressão das mulheres, o saber crítico sobre as necessidades em saúde como conseqüência da situação de opressão que a abordagem de gênero encerra, constitui um de seus elementos, um dos instrumentos que deve orientar todo o trabalho das práticas profissionais nessa área. / The general objective of this exploratory study with a qualitative approach was to understand the limitations and possibilities of the Family Health Strategy (EFS) to recognize and meet the health needs of women experiencing violence. The study was carried out in a Primary Health Care Unit working within the ESF in São Paulo, SP, Brazil. Data were collected through in-depth interviews with 22 health professionals who compose the multidisciplinary teams and with 13 women who use the service and had experienced violence. Interviews were recorded, transcribed and submitted to discourse analysis. The results were analyzed according to analytical categories of gender violence and health needs. The results revealed that violence is an issue that interfaces with the womens health-disease continuum, although the phenomenon rarely appears as an immediate demand; it rather emerges as an implicit demand underlying other complains. The following was identified: needs related to living conditions and the context on social exclusion; needs related to autonomy; medicalizalization of health needs revealing a dichotomy between body-mind in health care delivery; and the need related to active listening and the establishment of bonds as an alternative to empower women experiencing violence. The biologicist practice is still predominant and limits the field of actions of professional practices, hindering users and professionals the possibility to recognize health services as a space where to seek support to cope with violence. Medicalization was identified as the most significant limitation of professional practices. The possibilities related to bonds enabled by the logic of care delivery established within the ESF are still surrounded by the limitations of the biomedical model and the absence of specific technologies to deal with violence. We conclude that acknowledging violence as a problem whose care should be inherent to the health services is urgent as well as the need to translate the demands of these women into the needs that produce them. Acknowledging these needs requires considering violence and gender subordination as elements that generate such a process. The work that qualifies care delivered to women experiencing violence should overcome the biomedical model. It implies a review of professional practices since, from the perspective of emancipation of womens oppression, critical knowledge concerning health needs as a consequence of oppression implied in gender approach, constitutes one of the instruments that should guide the work of professional practice in this field.
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Aprendendo com o \"nós\": o trabalho em saúde e as práticas corporais com base na comunidade / Learning with the \"we\": the work in health and the body practices in the community

Freitas, Fabiana Fernandes de 25 September 2012 (has links)
As discussões em torno do tema comunidade têm sido recorrentes devido, particularmente, às implicações do modo de vida contemporâneo que acentua valores como o individualismo. Do ponto de vista conceitual comunidade é muitas vezes limitada à associação com grupos carentes, desconsiderando uma série de questões imbricadas no contexto, como o território, as relações entre as pessoas e a organização de grupos. Essa discussão é relevante também na área da saúde, pois ao lidar com a comunidade supõe-se que diversos fatores operam e coexistem e podem estar vinculados a atuação dos profissionais específicos. Assim, o objetivo dessa pesquisa foi compreender o trabalho em saúde e as práticas corporais a partir da comunidade, tanto do ponto de vista conceitual como das relações que a constituem, para encontrar elementos que possam orientar nossos saberes e práticas. A investigação, de natureza qualitativa, compreendeu duas etapas: a primeira, com profissionais coordenadores de equipe de saúde da família de cinco UBSs, do Distrito Butantã/SP, totalizando 22 entrevistas; a segunda, com a observação da comunidade COHAB Raposo Tavares e das atividades desenvolvidas, especialmente com as práticas corporais, em seu Centro Comunitário. As entrevistas mostraram como principais desafios: superar a herança do modelo de atenção à saúde centrado no referencial biomédico e criar estratégias para lidar com a complexidade das dinâmicas familiares e dos problemas dos territórios. Os dilemas estiveram presentes no vínculo com a comunidade, variando entre uma aproximação positiva, de modo mais frequente, e o excesso dela; e, na composição das orientações, entre conhecimento técnico e modos de viver, valores e crenças das pessoas. As observações no Centro Comunitário indicaram, a despeito dos problemas que os moradores enfrentam, um potencial nos modos de ser da comunidade, sobretudo em relação ao apoio e a ajuda mútua. As práticas corporais não aparecem com destaque entre as ações, entretanto elas existem e se relacionam aos aspectos social e educativo, e sugerem a importância das atividades cotidianas e das relações estabelecidas entre as pessoas, reforçadas pela convivência no bairro, independente da faixa etária. É preciso considerar ainda o espaço do bairro para as práticas corporais, onde elas acontecem de maneira mais informal e espontânea. A referência da comunidade para pensar o trabalho em saúde e as práticas corporais orienta sobre os caminhos para um fazer mais compartido, reconhecido não só como uma técnica para obter resultados e mudanças que almejamos com as intervenções, mas, sobretudo, para ressignificá-las em meio à vida das pessoas e a maneira com que vemos nós mesmos no exercício profissional de convivência com o outro. O desafio que se coloca, portanto, não é pequeno, haja vista as dificuldades apontadas pelos profissionais nas entrevistas, mas que também expõem o valor do processo cotidiano de trabalho e das intervenções que fortalecem as relações entre profissional, serviço e comunidade. Potencial que se mostra possível diante dos modos de ser da comunidade COHAB Raposo Tavares, que nos ensinam sobre a possibilidade de uma existência a partir de relações e valores mais solidários / Discussions around the theme community have been repetitive due to, particularly, implications of the contemporaneous way of life which points out values such as the individualism. Conceptually speaking, community is many times limited to associations with in need groups, not considering a series of questions over put in the context, such as the area, the relationship between people, and group organizations. This discussion is also relevant in the health area, because when dealing with the community it is supposed that diverse factors operate and coexist in their environment and the performance of specific professional can be bounded. Thus, this study had the objective of understanding the health work and the body practices from the community as a reference, both from conceptual point of view and also from the relationships that constitute it, to meet elements to orient our knowledge and practices. The investigation, with a qualitative approach, comprehended two phases: the first one, with professionals coordinators of the family health team of five primary health care units at Butantã Neighborhood/SP, with a total of 22 interviews; the second, observing the activities developed at the Community Center, especially with body practices at Raposo Tavares COHAB Community. The interviews show as principal challenges: overcome the inheritance of the attention model centered in the biomedical reference and create strategies to deal with the complexity of family dynamics and the community problems. The dilemmas were present in the bound to the community, varying between a positive approach, in a more frequent way, and its excess; and in the composition of the orientations, between technical knowledge and peoples ways of life, values and beliefs. The observations at the Community Center indicated, in spite of the problems dwellers usually face, a potential in terms of living in the community, moreover, regarding the support and the mutual aid. The body practices are not highlighted among the actions, however they exist and suggest the importance of daily activities and the relationships established between people, reinforced by coexistence in the neighborhood, regardless the age group, and by the social and educational aspects. Its also necessary to consider the relation between the body practices and the neighborhood space, where those activities happen in a more informal and free way. The community as a reference to think of the work regarding health and the body practices teaches ways to make it more shared, acknowledged not only by its technique to receive results and changes we aim with the interventions, but also, to re-mean them with peoples lives and the way we see ourselves professionally coexisting with our surroundings. The challenge exposed, however, is not small, considering the difficulties pointed by professionals in the interviews, but it also exposes about the daily work process and the interventions which reinforce the relationship among the professional, the service, and the community. Potential that makes it possible due to the way of being at Raposo Tavares COHAB Community, which makes it possible to believe in the existence of more solidary relations and values
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O trabalho do agente comunitário de saúde: concepções de profissionais e usuários / The work of Community Health Agents: the conceptions of workers and clients.

Andrade, Viviane Milan Pupin 20 June 2013 (has links)
O Agente Comunitário da Saúde (ACS) compõe a equipe mínima da Estratégia Saúde da Família e teve sua profissão reconhecida recentemente. Tem como especificidades o fato de atuar na mesma comunidade em que vive e não ter como exigência para o ingresso na profissão a conclusão prévia de curso técnico na área da saúde. O presente estudo teve como objetivo analisar as concepções de usuários e profissionais da equipe mínima da Estratégia Saúde da Família a respeito do trabalho do ACS. Trata-se de um estudo descritivo que utilizou o método qualitativo em pesquisa. Foram realizadas no contexto de duas Unidades de Saúde da Família: 1) entrevistas semiestruturadas com dezoito usuários e com sete profissionais (dois médicos, duas enfermeiras, duas auxiliares de enfermagem e uma dentista); 2) observações participantes, ao longo de seis meses, do trabalho do ACS especialmente das visitas domiciliares e das reuniões de equipe. O material da pesquisa, composto pelas transcrições das entrevistas e pelos registros das observações participantes, foi analisado através dos princípios da Análise de Conteúdo Temática, que possibilitou a descrição de dois temas: \"Processo de trabalho do Agente Comunitário de Saúde\" e \"Identidade do Agente Comunitário de Saúde: origem e formação de um trabalhador em suas especificidades\". A análise apontou que o \"processo de trabalho\" do ACS, segundo as concepções de profissionais e usuários, encontra-se centrado na realização das visitas domiciliares, que tem como finalidades: levar informações aos usuários, entregar produtos e/ou serviços a domicílio, escutar o usuário e fiscalizar o cumprimento de prescrições. Destacamos o predomínio, na perspectiva dos participantes, de uma concepção das visitas domiciliares centrada em uma prática individual, que focaliza os aspectos técnicos do trabalho em saúde e, portanto, reducionista. Além disso, a inserção do ACS em outras atividades laborais, como grupos com a comunidade e participações em reuniões de equipe, dá-se com o intuito de que o mesmo aprenda conteúdos e práticas do trabalho em saúde, ou seja, o \"saber/fazer\", apontando para uma desvalorização deste profissional em suas especificidades. Apesar dos participantes referirem à origem comunitária do ACS como forma de compartilhar vivências com os usuários da ESF, valoriza-se o conhecimento biomédico como viabilizador de práticas do ACS e como meio de diferenciá-lo de um \"leigo\". Deste modo, o estudo permitiu descrever e refletir acerca das contradições que perpassam o processo de trabalho do ACS e a construção de sua identidade profissional, bem como a captura do trabalho do ACS pela lógica reducionista/biomédica e a consequente desvalorização de tal profissional em suas especificidades. Apontamos a importância do resgate dos fundamentos filosóficos que possibilitaram a inserção do ACS enquanto um profissional da saúde no intuito de ressaltar suas especificidades e valorizá-las no seu fazer cotidiano, recuperando, assim, sua atuação comunitária/política e reconfigurando o lugar/papel do ACS na equipe e na comunidade em que atua. / The Community Health Agent (CHA) is a member of the minimal composition of the Family Health Team, whose profession has been recently acknowledged. The specificities of CHAs are that they must work in the same community in which they live, and that it is not necessary for them to complete any technical health course. The objective of the present study was to analyze the conceptions of workers and clients of the Family Health Team, in its minimal composition, regarding the work of the CHA. This descriptive study was performed using a qualitative research method. The following activities were performed within the environment of two Family Health Units: 1) semi-structured interviews with eighteen clients and seven workers (two physicians, two nurses, two nursing aides and one dentist); 2) participant observation of the CHA\'s work for six months, particularly of home visits and team meetings. The research material, comprised of the transcribed interviews and the records from the participant observations, was analyzed according to the principles of Thematic Content Analysis, which enabled the description of two themes: \"The Working Process of the Community Health Agent\" and \"The Identity of the Community Health Agent: the origin and development of a worker considering particular specificities\". The analysis revealed that the \"working process\" of the CHA, according to the conceptions of workers and clients, currently focuses on performing home visits, which aim at: bringing information to clients, delivering products and/or services at home, listening to the client, and supervising the clients\' compliance to drug treatments. We highlight the predominance, from the participants\' perspective, of a conception of home visits centered on an individual practice, focused on the technical aspects of health work; hence, reductionist. Furthermore, the inclusion of the CHA in other work activities, such as community groups and their participation in team meetings, occurs with the purpose of offering the CHA the chance to learn contents and practices of health work; i.e., the \"know/do\", which reveals an undervaluing of this profession and its particular specificities. Although the participants referred to the CHA being from the community originally as a way to share the experiences of the FHT clients, biomedical knowledge is valued as the foundation of the work of the CHA, and as the factor that differentiates a CHA from ordinary \"laymen\". Therefore, the present study permitted to describe and reflect upon the contradictions that permeate the working process of the CHA, and the construction of the professional identity of the CHA. Furthermore, this study allowed understanding the work of the CHA from the reductionist/biomedical rationale and the consequent undervaluation of this profession and its specificities. We highlight it is important to recover the philosophical foundations that allowed including the CHA as a health professional with the purpose to outline the specificities of this profession and value them in everyday practice, thus rescuing their community/political participation and reestablishing the position/role of the CHA in the team and community in which they work.
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A educação permanente e os agentes comunitários de saúde: reflexões sobre o curso introdutório para equipes de Estratégia de Saúde da Família

Soares, Maysa Rosiclécia Sousa 22 February 2016 (has links)
Submitted by Jailda Nascimento (jmnascimento@pucsp.br) on 2016-08-17T13:51:44Z No. of bitstreams: 1 Maysa Rosiclécia Sousa Soares.pdf: 1527378 bytes, checksum: 5dc7b82456189722018a5f60fa2253ff (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-17T13:51:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Maysa Rosiclécia Sousa Soares.pdf: 1527378 bytes, checksum: 5dc7b82456189722018a5f60fa2253ff (MD5) Previous issue date: 2016-02-22 / The present study is of an exploratory, descriptive study, with a predominantly qualitative approach. The main objective was to analyze the opinions of community health workers about the contents of the introductory level course in the city Sorocaba, identifying those not covered and those that could be added or modified. The 12 participants who agreed to share their experiences worked in teams of the Family Health Strategy. The Ethics Committee of the Medical College and Health Sciences at Pontifical Catholic University of São Paulo approved the study. Two data collection instruments were selected; structured questionnaire survey of sociodemographic characteristics of the CHA and interview script with guiding questions for the focus group technique. The treatment of sociodemographic data was used descriptive statistics and for qualitative data collected through focus group was used Bardin's content analysis. It was observed that 100% of participants were women, the majority (58.33%) aged between 31-40 years, all with education above that required by applicable legislation, 58,33% were married, with one or two children (91,67%) and service time at ESF above 5 years. All of them had long time of dwelling in the community (more than 10 years) and most (58.33%) have a family income between R$ 1,000.00 to R$ 3,000.00 equivalent to 1-3 minimum wage. As for the introductory course, the ACS revealed that it is necessary and useful, but insufficient to attend the professional needs from the complexity of the issues that arise in practice. They also reveals a huge concern with the bond presenting with the community, the difficulties arising from unplanned changes with team and finally, the course was conducted with excessive legislation and administrative contents, which actually proved to be of limited value. Understanding that the way to fill this gap is through four-way approach to training in the health field, based on teaching, management, care, and social control, a course directed to participants of the study with their own view that privileges dialogue in the process of knowledge construction by addressing problems that emerged in the focus group and are faced in everyday life / Trata-se de estudo predominante qualitativo, transversal e exploratório-descritivo, cujo principal objetivo foi analisar a opinião de agentes comunitários de saúde (ACS) sobre os conteúdos utilizados no curso introdutório para equipes de Estratégia de Saúde da Família no município de Sorocaba, identificando aqueles não abrangidos e os que pudessem ser acrescidos ou modificados. Os 12 participantes que concordaram em compartilhar suas experiências atuavam em equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Foram selecionados dois instrumentos de coleta de dados: questionário estruturado de levantamento de informações sociodemográficas e roteiro de entrevistas com questões norteadoras para a aplicação da técnica de grupo focal. No tratamento dos dados sociodemográficos foi empregada a estatística descritiva e para os dados qualitativos coletados no grupo focal foi utilizada a análise de conteúdo de Bardin. Observou-se que 100% das participantes eram mulheres, a maioria (58,33%) com idade entre 31 a 40 anos, todas com escolaridade acima do exigido pela legislação pertinente, 58,33% casadas, com um ou dois filhos (91,67%) e tempo de serviço na ESF superior a 5 anos. Todas as entrevistadas possuíam longo período de moradia na comunidade (acima de 10 anos) e, na maioria (58,33%), apresentavam renda familiar entre R$1.000,00 a R$3.000,00 correspondentes a um a três salários mínimos atuais do Estado de São Paulo. Quanto ao curso introdutório, as ACS revelaram que é necessário e proveitoso, porém insuficiente para atender às necessidades profissionais provenientes da complexidade das questões que se apresentam na prática. Revelaram ainda, uma enorme preocupação com o vínculo que apresentam com a comunidade, as dificuldades oriundas de mudanças não planejadas com a equipe e, finalmente, que o curso foi conduzido com excesso de legislação e conteúdos administrativos, que na realidade demonstraram ser pouco utilizados. Entendendo que uma forma de prover esta lacuna é com a utilização do quadrilátero da formação, onde se cruzam ensino, gestão, atenção e controle social, será proposto um curso para as participantes da pesquisa, na perspectiva das mesmas, que privilegie o diálogo no processo de construção do conhecimento, abordando problemas que surgiram no grupo focal e que são enfrentados no cotidiano
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Necessidades de saúde da população idosa : cenário do território de um distrito de saúde

Griebler, Eliane Mattana January 2016 (has links)
A transição demográfica é uma realidade atual na sociedade brasileira e mundial, a partir desse fenômeno a faixa etária que mais cresce é a de indivíduos com mais de 60 anos. O objetivo do trabalho foi investigar demandas de saúde da população idosa e ações desenvolvidas no território do Distrito Glória/Cruzeiro/Cristal (DGCC) em Porto Alegre/RS. O estudo seguiu um delineamento qualitativo descritivo exploratório. A amostra foi definida por critério de saturação, sendo composta por 10 idosos atendidos nas Estratégias de Saúde da Família (ESF) do Distrito Glória/Cruzeiro/Cristal, bem como de 8 gestores do mesmo território. Os instrumentos utilizados foram entrevistas compreensivas, questionários com questões abertas e diários de campo. A análise de conteúdo, através do estabelecimento de categorias temáticas, foi utilizada como meio para interpretação dos resultados. Foram encontradas cinco categorias: Ações: o que acontece – ou não - na ESF; Percepções de saúde; Forever Young: para sempre jovem?; Vínculo e Necessidade de escuta. As necessidades de saúde da população idosa atendida nas ESF do DGCC relacionam-se com aspectos organizacionais das unidades (como oferta de ações), atendimento priorizado e processos de encaminhamentos. Aspectos relacionados ao contexto social (como acesso aos serviços de saúde) e a necessidade de escuta provenientes da demanda local são destacados. As ações desenvolvidas nas ESF ainda são incipientes e nem sempre atendem as necessidades. De uma maneira geral, idosos e gestores tem opiniões semelhantes quanto à realidade dos atendimentos e a realização de atividades para o público idoso nas Estratégias de Saúde. / The demographic transition is a current reality in the Brazilian and world society. The age group with the highest growth is in people over 60 years. The objective was to investigate health needs of the elderly and actions developed in the territory of District Glória/Cruzeiro/Cristal (DGCC) in Porto Alegre/RS. The study followed a descriptive and exploratory qualitative design. The sample was defined by saturation criterion, consisting of 10 elderly people attended at Family Health Strategy (FHS) District Glória/Cruzeiro/Cristal and 8 managers of the same territory. The instruments were comprehensive interviews, questionnaires with open questions and daily field. The results were analyzed using content analysis with thematic categories. The categories were: Actions: What happens - or not - in the ESF; health perceptions; Forever Young?; Attachment and listening need. The health needs of the elderly population assisted in DGCC the ESF relate to organizational aspects of the units (such as offering), prioritized service and referral processes. Aspects related to the social context (such as access to health services) and the need to hear from local demand are highlighted. The actions developed in the ESF are still incomplete and not always meet the needs. In general, seniors and managers have similar views as the reality of care and carrying out activities for the elderly in public health strategies.
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Entre a leveza dos desencontros e a sutileza dos desencantos : quem é do Núcleo de Apoio à Saúde da Família diz

Timmermann, Talita Abi Rios January 2016 (has links)
Introdução: O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), criado em 2008, tem como objetivo ampliar a oferta de serviços, a resolutividade e a abrangência das ações no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS), por meio de uma equipe multiprofissional que presta apoio para as equipes de Saúde da Família. Para orientar as ações do NASF, foram publicados dois Cadernos de Atenção Básica (CAB) – nº 27 e nº 39, em 2010 e 2014, respectivamente. Neles são apresentadas propostas de atuação por meio dez diferentes ferramentas tecnológicas: Apoio Matricial, Pactuação de Apoio, Clínica Ampliada, Projeto Terapêutico Singular, Projeto de Saúde no Território, Grupos, Genograma, Ecomapa, Atendimento Domiciliar Compartilhado e Atendimento Compartilhado. Um instrumento que permite conhecer as atividades desenvolvidas pelos trabalhadores do NASF é a Comunidade de Práticas (CdP), um site do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, criado em 2013. A CdP possui um espaço em que disponibiliza relatos de experiências escritos por trabalhadores, gestores e outros atores que atuam na APS. Objetivo: Identificar quais têm sido as ações desenvolvidas pelos profissionais do NASF e se elas estão articuladas com as preconizações descritas nos documentos oficiais do Ministério da Saúde. Metodologia: Este estudo utilizou a técnica documental em Portarias, CABs, Manuais e Boletim, todos do Ministério da Saúde diretamente relacionado ao NASF. Além disso, foram coletados relatos de experiência da CdP que possuíssem o termo “NASF” no título e/ou corpo do texto, publicados entre 2013 e 30 de abril de 2015. Todos os relatos foram submetidos à leitura criteriosa e selecionados apenas os referentes ao NASF, escrito por trabalhadores e que descrevessem ações desenvolvidas por eles. Foram excluídos aqueles considerados incompletos. As publicações também foram analisadas de acordo com o conceito de experiência proposto por Larrosa (2002), ou seja, não apenas uma descrição do processo de trabalho ou ação desenvolvida, mas sim, associado a reflexão e os afetos gerados pelas tarefas realizadas. Resultado: Baseado nos documentos oficiais do Ministério da Saúde, foi possível descrever a trajetória histórica do NASF, apresentando os marcos legais e as transições que ocorreram nesta estratégia de apoio. Posteriormente, foram identificados 361 relatos de experiência com o termo NASF. Destes, 230 serviram como base para o trabalho. Os relatos foram submetidos a análise quantitativa descritiva, identificando que 43,2% dos autores dos relatos desenvolvem ações diferentes das descritas nos CABs, como rodas de conversa, fóruns, oficinas e gincanas, seguidos de 37,2% que utilizam a ferramenta Grupos em seus cotidianos. Para análise qualitativa, utilizando o conceito de experiência de Larrosa (2002), foram analisados dez relatos de experiência, que resultaram em quatro conceitos-chave: Equipe e vínculos; O que é o NASF e a relação com a Equipe de Saúde da Família; Os desafios do território; o NASF e a Gestão. Observou-se que a realidade dos territórios descrita pelos profissionais do NASF não cabe nas proposições dos CABs, e que a formação para atuar no NASF tem ocorrido nos mais variados contextos e, principalmente, na prática. Conclusão: Diante de um contexto onde as atividades do NASF não caminham paralelamente com a construção e disponibilização de materiais teóricos como CABs e Portarias, a utilização da CdP permite uma aproximação com a realidade dos profissionais. A não-utilização das ferramentas tecnológicas indicadas para o NASF não significa que as atividades não têm sido realizadas no território, e sim que os trabalhadores têm desenvolvido novas ferramentas e possibilidades que se adequem a realidade onde estão inseridos. / Introduction: Support Center for Family Health (NASF), created in 2008, aims to expand the supply of services, the resolution and the scope of actions in the context of Primary Health Care (APS), by a multidisciplinary team that provides support to the Family Health teams. To guide the actions of NASF were published two Primary Care books (CAB) – No. 27 and No. 39, in 2010 and 2014, respectively. In these, action proposals are presented through different technological tools: Matrix Support, Support Pact, Amplified Clinic, Singular Therapeutic Project, Territorial Health Project, Groups, Genogram, Ecomap, Shared Home Care and Shared Service. An instrument that allows learning about the developed activities by NASF workers is the Community of Practices (CdP), a website of the Department of Primary Care of the Ministry of Health, created in 2013. The CdP has a space that provides reports of experiences written by workers, managers and other members working in APS. Goals: Identifying which have been the actions developed by NASF professionals and if they are articulated with the recommendations described in Ministry of Health’s official documents. Methodology: This study used the documentary technique in Directives, CABs, manuals and Bulletin, all from the Ministry of Health directly related to NASF. In addition, we have collected CdP experience reports possessing the term "NASF" in the title and/or the text, published between 2013 and April 30, 2015. All reports were submitted to careful reading and selected only the ones concerning NASF, written by workers and that described actions carried out by them. The ones considered incomplete were excluded. The publications were also analyzed according to the concept of experience proposed by Larrosa (2002), that is, not only a description of the work process or action developed, but rather, associated with reflection and affections generated by the tasks performed. Results: Based on official documents of the Ministry of Health, it was possible to describe the history of NASF, with the legal framework and the transitions that occurred in this support strategy. Later, 361 reports of experience with the term NASF were identified. Of these, 230 served as the basis for the work. The reports were submitted to descriptive quantitative analysis, identifying that 43.2% of the authors of the reports develop different actions described in the CABs, as conversation circles, forums, workshops and competitions, followed by 37.2% who use the Groups tool in their daily lives. For qualitative analysis, using Larrosa’s (2002)concept of experience, were analyzed ten experience reports, which resulted in four key concepts: Team and bonds; What NASF is and the relationship with the Family Health Team; The challenges of the territory; NASF and Management. It was observed that the reality of the territories described by NASF professionals do not fit in the propositions of CABs, and that training to work in NASF has taken place in various contexts, and especially in practice. Conclusion: Facing a context where NASF activities do not move in parallel with the construction and delivery of theoretical material as CABs and Directives, the use of CdP allows an approach to the reality of the professionals. The non-use of technological tools suitable for NASF does not mean that the activities have not been carried out in the territory, but that workers have developed new tools and possibilities that fit the reality in which they live.
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Vestígios do processo de medicalização da vida na atenção básica

Amaral Júnior, Alpheu Ferreira do January 2017 (has links)
A presente dissertação aborda a temática da medicalização social a partir da problematização do cuidado, permeado pela noção de promoção à saúde, praticado no âmbito da Atenção Básica pela Estratégia de Saúde da Família e o Núcleo de Apoio à Saúde da Família. A medicalização seria uma forma de poder que atua sobre a população, no âmbito coletivo e individual, a partir de uma certa racionalidade médica imbricada nas estruturas da sociedade que é potente o suficiente para formular noções sobre os comportamentos desviantes que colocariam em risco a saúde bem como propor a adoção de certos modos de vida para serem seguidos individualmente e coletivamente. Para problematizar essa prática, apresento como questão central: como as equipes das unidades de saúde da Atenção Básica, em especial a Estratégia de Saúde da Família e o Núcleo de Apoio a Saúde da Família, direcionam determinadas práticas de cuidado que podem ser posicionadas como processos e estratégias de medicalização da vida dos sujeitos e grupos atendidos? Como material empírico, utilizei narrativas de experiências vividas no dia a dia como trabalhador do Sistema Único de Saúde que atua no Núcleo de Apoio a Saúde da Família. A escolha das histórias narradas ocorreu a partir da minha percepção de que contribuiriam para tratar da temática da medicalização. Buscam apontar marcas do processo de medicalização que almejariam a gestão do corpo social, mesmo quando esse cuidado está arraigado em dispositivos aparentemente contra hegemônicos. / This dissertation approaches the theme of social medicalization, based on the problematization of care permeated by the notion of health promotion, which is practiced in the scope of Primary Care, the Family Health Strategy and the Family Health Support Unit. In order to do so, it presents as a central question: how the teams of the Primary Care health units, especially the Family Health Strategy and the Family Health Support Center, direct certain care practices that can be positioned as medicalization processes and strategies of the lives of the subjects and groups served? In order to explain this issue, I used as narrative material narratives of experiences lived in the day-day of Health Unic System worker who works in the Family Health Support Unit. The choice of stories that are problematized occurred from the author's perception of the power they carried with them to deal with the topic of medicalization. The narratives as a background were used to problematize care in Primary Health Care, mediated by the Family Health Strategy and Family Health Support Unit, with the intention of locating and searching for the brands of the medicalization process, which would aim at the management of the social body, even when such care is rooted in seemingly counter-hegemonic devices. In this research the medicalization was understood as a form of power that acts on the population, in the collective and individual scope, from a certain medical rationality imbricated in the structures of the society that is powerful enough to formulate notions on the deviant behaviors that would put in health risk, as well as proposing the adoption of certain lifestyles to be followed individually and collectively.
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Câncer bucal : uma questão de educação em saúde?

Marchese, Juliana Alberti January 2017 (has links)
O Programa Saúde da Família (PSF) é uma estratégia para a organização da atenção básica, que tem por objetivo a implementação da Vigilância à Saúde por meio de um conjunto de ações individuais e coletivas voltadas para a promoção, prevenção e tratamento dos agravos à saúde. No entanto, o programa está deixando a desejar, porque, na área da saúde bucal, a ênfase do trabalho está sendo direcionada muito mais para a recuperação dos danos causados pelas doenças bucais do que para a aplicação de métodos de prevenção e/ou repasse de informações para o autocuidado e manutenção da saúde. O presente estudo buscou, através de um estudo de caso, caracterizar duas situações. A primeira insinua que há uma realidade pouco estudada que interpela ao profissional da saúde e, principalmente, às unidades de saúde que buscam através de uma política pública dar conta das demandas históricas da(s) comunidade(s) em situação de fragilidade de vulnerabilidade social; a segunda diz respeito a uma doença – o câncer bucal –, que, no imaginário social, vem carregada de desinformação, pré-conceitos, despreparo, desconhecimento e desimportância dada ao ensino de segmentos da população em situação de vulnerabilidade e fragilidade social. Ao identificar (i) quais os fatores que levam os indivíduos acometidos pelo câncer bucal a demorar para procurar a ajuda (tanto do ponto de vista dos usuários acometidos pelo câncer de boca, quanto dos profissionais da atenção primária); (ii) apresentar para os gestores a(s) dificuldade(s) que o(s) paciente(s) diagnosticado(s) com câncer bucal, em acompanhamento e/ou tratamento, encontram, destacando importância da educação em saúde tanto dos usuários, quanto dos profissionais de saúde, a fim de que a saúde bucal também seja relevante para o quadro de saúde geral do indivíduo e (iii) identificar as práticas em saúde, a fim de tornar o diagnóstico precoce do câncer bucal comum nas Unidades de Saúde da Família e facilitar o acesso ao serviço de prevenção do câncer bucal. Essas práticas devem considerar os aspectos relativos ao conhecimento e às práticas em saúde bucal, a fim de viabilizar o processo de capacitação da população e promover a responsabilização coletiva e a promoção da saúde em todos os níveis da sociedade. Os espaços de atuação na saúde pública precisam ser pensados como "comunidades de aprendizagem profissional", com grupos de ensino informal sobre cuidados básicos com a higiene bucal a partir da investigação compartilhada, da evidência informada, das soluções locais, da responsabilidade conjunta, da aprendizagem contínua e das práticas que permitam ser direcionadas a alguma coisa que corporifique a inventividade e as políticas de saúde mais abrangentes. / Family‟s Health Program (PSF) is a strategy for the organization of basic care, which has as its goal the implementation of Health Supervision by means of a set of individual and collective actions aimed at the promotion, prevention and treatment of health problems. Meanwhile, the program is leaving a lot to be desired, because, in oral health area, the emphasis of the work is being directed to the recovery of the damages caused by oral diseases than to the application of prevention methods and/or transfer of information to the self-care and maintenance of health. The present study sought, through a case study, to characterize two situations. The first insinuates that there is a little studied reality which challenges the health professional and, mainly, the health units which aim, through a public politics, to give account of historical demands of the communities in a situation of social fragility and vulnerability; the second concerns a disease – the oral cancer – which, in social imaginary, comes carried of misinformation, pre-concepts, unpreparedness, unfamiliarity and unimportance given to the teaching of population in situation of social vulnerability and fragility. By identifying (i) which factors lead the individuals with oral cancer to delay in searching for help (both from the point of view of oral cancer victims and the primary care professionals), (ii) presenting to the managers the difficulties that the patients diagnosed with oral cancer, in monitoring and/or treatment find, highlighting the importance of health education both users, as well as healthcare professionals, in order to oral health is relevant for the general health picture of the individual and (iii) identify health practices, in order to make the diagnosis early of oral cancer usual in a healthcare center e facilitate access to the prevention service of oral cancer. These practices must consider the aspects relating to oral health knowledge and practices, in order to make feasible the process of people training and to promote collective accountability and health promotion in all society levels. The spaces of public health acting need to be thought as “communities of professional learning”, with groups of informal teaching about basic cares with oral hygiene through the shared investigation, the informed evidence, the local solutions, the joint responsibility, the continuous learning and the practices that allow it to be directed to something that embody the inventiveness and the more embracing health politics.

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