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"Os kujà são diferentes" : um estudo etnológico do complexo xamânico dos Kaingang da terra indígena VotouroRosa, Rogerio Reus Goncalves da January 2005 (has links)
A partir do modelo etnológico, esta Tese de Doutorado busca compreender o complexo xamânico dos Kaingang, uma sociedade Jê que passou por profundas transformações sociais, religiosas e ambientais no decorrer dos últimos dois séculos. Trata-se de uma pesquisa realizada entre os Kaingang católicos da Terra Indígena Votouro e do Capão Alto (Terra Indígena Nonoai), duas sociedades falantes do dialeto kaingang Sudoeste, localizadas na bacia do Rio Uruguai, respectivamente às margens leste e oeste do rio Passo Fundo, região Alto-Uruguai, norte do Rio Grande do Sul, Brasil, América do Sul. De forma específica, na perspectiva do saber “guiado” kaingang, esta pesquisa analisa os dois sistemas ideológicos que marcam essa instituição xamânica, quais sejam: o sistema kujà — ligado ao domínio “floresta virgem” e à influência dos Guarani — e o sistema caboclo — ligado aos domínios “casa” e “espaço limpo” e à influência dos caboclos. No mesmo sentido, este trabalho visa perceber a maneira como o complexo xamânico se estabelece contemporaneamente entre os Kaingang da T.I. Votouro, a partir da influência exercida pela Igreja Católica Apostólica Romana e pelo Estado brasileiro.
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"Os kujà são diferentes" : um estudo etnológico do complexo xamânico dos Kaingang da terra indígena VotouroRosa, Rogerio Reus Goncalves da January 2005 (has links)
A partir do modelo etnológico, esta Tese de Doutorado busca compreender o complexo xamânico dos Kaingang, uma sociedade Jê que passou por profundas transformações sociais, religiosas e ambientais no decorrer dos últimos dois séculos. Trata-se de uma pesquisa realizada entre os Kaingang católicos da Terra Indígena Votouro e do Capão Alto (Terra Indígena Nonoai), duas sociedades falantes do dialeto kaingang Sudoeste, localizadas na bacia do Rio Uruguai, respectivamente às margens leste e oeste do rio Passo Fundo, região Alto-Uruguai, norte do Rio Grande do Sul, Brasil, América do Sul. De forma específica, na perspectiva do saber “guiado” kaingang, esta pesquisa analisa os dois sistemas ideológicos que marcam essa instituição xamânica, quais sejam: o sistema kujà — ligado ao domínio “floresta virgem” e à influência dos Guarani — e o sistema caboclo — ligado aos domínios “casa” e “espaço limpo” e à influência dos caboclos. No mesmo sentido, este trabalho visa perceber a maneira como o complexo xamânico se estabelece contemporaneamente entre os Kaingang da T.I. Votouro, a partir da influência exercida pela Igreja Católica Apostólica Romana e pelo Estado brasileiro.
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"Os kujà são diferentes" : um estudo etnológico do complexo xamânico dos Kaingang da terra indígena VotouroRosa, Rogerio Reus Goncalves da January 2005 (has links)
A partir do modelo etnológico, esta Tese de Doutorado busca compreender o complexo xamânico dos Kaingang, uma sociedade Jê que passou por profundas transformações sociais, religiosas e ambientais no decorrer dos últimos dois séculos. Trata-se de uma pesquisa realizada entre os Kaingang católicos da Terra Indígena Votouro e do Capão Alto (Terra Indígena Nonoai), duas sociedades falantes do dialeto kaingang Sudoeste, localizadas na bacia do Rio Uruguai, respectivamente às margens leste e oeste do rio Passo Fundo, região Alto-Uruguai, norte do Rio Grande do Sul, Brasil, América do Sul. De forma específica, na perspectiva do saber “guiado” kaingang, esta pesquisa analisa os dois sistemas ideológicos que marcam essa instituição xamânica, quais sejam: o sistema kujà — ligado ao domínio “floresta virgem” e à influência dos Guarani — e o sistema caboclo — ligado aos domínios “casa” e “espaço limpo” e à influência dos caboclos. No mesmo sentido, este trabalho visa perceber a maneira como o complexo xamânico se estabelece contemporaneamente entre os Kaingang da T.I. Votouro, a partir da influência exercida pela Igreja Católica Apostólica Romana e pelo Estado brasileiro.
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Aldeinha: mas onde é mesmo a aldeia? - organização social e territorialidadeSouza, Sandra Cristina de 17 June 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-25T20:19:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1
SANDRA CRISTINA DE SOUZA.pdf: 2932717 bytes, checksum: 1dd929f33f9bbbb0d2ff88c20ac1ed53 (MD5)
Previous issue date: 2010-06-17 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Terena group descended from the linguistic group / Txan, Tribe Guana initially
divided into several sub-tribes, originating in the Chaco region, some of which crossed the
Rio Paraguay in the century XVIII, being located by the missionaries on the banks of the
Rio Miranda century XIX. Terena people inhabit the states of Mato Grosso, Mato Grosso
and Sao Paulo, the first, the site currently where most of the villages are located in the
municipalities of Aquidauana, Miranda, Paraguayans, Two Brothers Buriti, Dourados,
Anastasios, Sidrolândia and Rock, with an approximate population of 23,000 individuals
today. During the mid-nineteenth century and the beginning of this, many are the forms of
involvement of Terena Indians and non-indigenous society. The non-indigenous
institutions in most cases acted to integrate the Terena national society. Reflecting the
pessimism with which indigenous peoples were seen until recently as the speech of an
observer of the Terena community of the nineteenth century: There is much to be expected of the Indians. The various tribes of Guanas
who inhabit the districts of Miranda and Albuquerque has the valuable services
and living as they live among us, it is assumed that the new generations will be
more restáveis and will soon merge with the masses of the population (Carvalho, 1979, p.43)
We intend to analyze the process that produced the alternatives and strategies that
allowed the survival of the Terena people and the continuity of their cultural reproduction.
What was the history of this people, in particular, for the recovery of their territory,
recovery of their language and ethnic affirmation? How did the incorporation of mixed
race to the fostering of their population growth? How is intercultural between the religious
(the figure of the transition koixomuneti to the priest / pastor), health (natural medicine to
allopathic medicine, midwife to the hospital), language (oral culture to written culture - in
school and the church)? Markedly institutions of "friction" between indigenous culture and
non-indigenous culture are the church and school. The church in the period from the village
(from the first decade of this century) to the present day presented in villages divided into
several "appropriations" of Christianity: Catholicism, Protestantism and traditional
Pentecostal. We want to better understand the reasons set out in the collective memory to
"simulate" these changes in order to "know" the other (outsider), and thus circumvent the
"integrationist" goal of the organ, the traditional, with two objectives: reducing
discrimination and survive as ethnicity. Darci Ribeiro in the preface of the book "From the
Indian Bugre" by Roberto Cardoso de Oliveira, recommends the group studies in
advanced degree of integration for the contribution they can make in dealing with problems
of survival of tribal people . Perhaps by noticing the nuance differentiated integration with
the surrounding society that people were experiencing. For Carmen Junqueira talking
about the unexpected resistance of indigenous peoples regarding the process of integration
brought by the surrounding society, said: synchronic analysis, coupled with the selection
of data that reinforce the vision of society as a stable structure prevented the backlog of
these events, by sometimes ambiguous pointing to the change . Thus, students of Indian
issue concluded "erroneously that indigenous societies were out of history, losing to the
weaving of history . In this work we show that the company Terena is a multifaceted
process that can not be properly called "integration", as their way of life is based on a
tangle of traditions handed down through generations, which has the sense of community
built on the daily lives of family relationships. So we can think of a compromise between
the flat space (represented by the tradition) and the striated space (integration process
promoted by the state), as proposed by Deleuze and Guattari. (1997, p.25) / Os Terena descendem do grupo linguístico Aruak/Txané, da Tribo Guaná
(inicialmente dividida em várias sub-tribos), e são originários da região do Chaco. Algumas
destas tribos atravessaram o Rio Paraguai no século XVIII e dentre elas os Terena foram
localizados pelos missionários às margens do Rio Miranda no séc. XIX. O Povo Terena
habita os estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e São Paulo, sendo o primeiro, o
local onde a maior parte de suas aldeias estão situadas atualmente, nos municípios de
Aquidauana, Miranda, Nioaque, Dois Irmãos do Buriti, Dourados, Anastácio, Sidrolândia e
Rochedo, com uma população aproximada de 23.000 indivíduos. Durante meados do
século passado e início deste, muitas foram as formas de envolvimento entre indígenas
Terena e a sociedade não indígena. As instituições não indígenas, na maior parte das vezes,
atuaram no sentido de integrar o Terena à sociedade nacional. O pessimismo com o qual as
sociedades indígenas eram observadas até recentemente reflete-se na fala de um observador
da comunidade Terena, do século XIX:
... Não há muito o que se esperar dos índios. As diversas tribos de Guanás que
habitam os distritos de Miranda e Albuquerque já nos prestam valiosos serviços
e vivendo, como vivem, entre nós, é de presumir-se que as novas gerações serão
mais restáveis e não tardarão fundir-se nas massas da população... (Carvalho,
1979, p.43)
Pretendemos analisar o processo que produziu as alternativas e estratégias que
permitiram a sobrevivência do povo Terena e a continuidade de sua reprodução cultural.
Qual foi a trajetória deste povo, em específico, no sentido da recuperação de seu território,
valorização de sua língua e afirmação étnica? Como se deu a incorporação dos mestiços
para a fomentação de seu crescimento demográfico? Como se dá a interculturalidade entre
os conceitos religiosos (transição da figura do koixomuneti para a do padre/pastor), de
saúde (medicina natural para a alopática; parteira para o hospital), de linguagem (cultura
oral para cultura escrita na escola e na igreja)? As instituições marcadamente de fricção
entre cultura indígena e cultura não indígena são a igreja e a escola. A igreja, no período
que vai do aldeamento (a partir da primeira década deste século) até os dias atuais,
apresentou-se nas aldeias divididas em várias apropriações de cristianismo: catolicismo,
protestantismo tradicional e pentecostal. Pretendemos conhecer melhor os motivos fixados
na memória coletiva para simular estas transformações a fim de conhecer o outro (não
índio), e, assim, burlar o integracionismo , objetivo dos órgãos indigenistas, com duplo
objetivo: diminuir a discriminação e sobreviver enquanto etnia. Darci Ribeiro, no prefácio
da obra Do Índio ao Bugre , de Roberto Cardoso de Oliveira, recomenda: os estudos de
grupos em grau avançado de integração pela contribuição que podem dar no tratamento
de problemas de sobrevivência da populações tribais , talvez por perceber a nuance
diferenciada de integração com a sociedade envolvente que estes povos estavam
vivenciando. Carmem Junqueira, falando sobre a resistência não esperada dos povos
indígenas frente ao processo de integração impetrado pela sociedade envolvente, afirma que
análises sincrônicas, conjugada à seleção de dados que reforçam a visão da sociedade
como estrutura estável impediu o registro acumulado desses acontecimentos, por vezes
ambíguos que apontavam para a mudança . Desta forma, os estudiosos da questão
indígena concluíram erroneamente que as sociedades indígenas estavam fora da História,
perdendo-se o tecer de sua história . Neste trabalho, procuramos demonstrar que a
sociedade Terena se encontra num processo diferenciado que não pode ser denominado
propriamente de integração , já que seu modo de viver está baseado em um emaranhado
de tradições passadas através das gerações, que tem o sentimento de pertencimento
construído no cotidiano das relações de parentesco. Assim, podemos pensar em um meio termo
entre o espaço liso (representado pelas tradições) e o espaço estriado (do processo de
integração promovido pelo Estado), como proposto por Deleuze e Guattari. (1997, p.25)
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Aldeinha: mas onde é mesmo a aldeia? - organização social e territorialidadeSouza, Sandra Cristina de 17 June 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-06-17 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Terena group descended from the linguistic group / Txan, Tribe Guana initially
divided into several sub-tribes, originating in the Chaco region, some of which crossed the
Rio Paraguay in the century XVIII, being located by the missionaries on the banks of the
Rio Miranda century XIX. Terena people inhabit the states of Mato Grosso, Mato Grosso
and Sao Paulo, the first, the site currently where most of the villages are located in the
municipalities of Aquidauana, Miranda, Paraguayans, Two Brothers Buriti, Dourados,
Anastasios, Sidrolândia and Rock, with an approximate population of 23,000 individuals
today. During the mid-nineteenth century and the beginning of this, many are the forms of
involvement of Terena Indians and non-indigenous society. The non-indigenous
institutions in most cases acted to integrate the Terena national society. Reflecting the
pessimism with which indigenous peoples were seen until recently as the speech of an
observer of the Terena community of the nineteenth century: There is much to be expected of the Indians. The various tribes of Guanas
who inhabit the districts of Miranda and Albuquerque has the valuable services
and living as they live among us, it is assumed that the new generations will be
more restáveis and will soon merge with the masses of the population (Carvalho, 1979, p.43)
We intend to analyze the process that produced the alternatives and strategies that
allowed the survival of the Terena people and the continuity of their cultural reproduction.
What was the history of this people, in particular, for the recovery of their territory,
recovery of their language and ethnic affirmation? How did the incorporation of mixed
race to the fostering of their population growth? How is intercultural between the religious
(the figure of the transition koixomuneti to the priest / pastor), health (natural medicine to
allopathic medicine, midwife to the hospital), language (oral culture to written culture - in
school and the church)? Markedly institutions of "friction" between indigenous culture and
non-indigenous culture are the church and school. The church in the period from the village
(from the first decade of this century) to the present day presented in villages divided into
several "appropriations" of Christianity: Catholicism, Protestantism and traditional
Pentecostal. We want to better understand the reasons set out in the collective memory to
"simulate" these changes in order to "know" the other (outsider), and thus circumvent the
"integrationist" goal of the organ, the traditional, with two objectives: reducing
discrimination and survive as ethnicity. Darci Ribeiro in the preface of the book "From the
Indian Bugre" by Roberto Cardoso de Oliveira, recommends the group studies in
advanced degree of integration for the contribution they can make in dealing with problems
of survival of tribal people . Perhaps by noticing the nuance differentiated integration with
the surrounding society that people were experiencing. For Carmen Junqueira talking
about the unexpected resistance of indigenous peoples regarding the process of integration
brought by the surrounding society, said: synchronic analysis, coupled with the selection
of data that reinforce the vision of society as a stable structure prevented the backlog of
these events, by sometimes ambiguous pointing to the change . Thus, students of Indian
issue concluded "erroneously that indigenous societies were out of history, losing to the
weaving of history . In this work we show that the company Terena is a multifaceted
process that can not be properly called "integration", as their way of life is based on a
tangle of traditions handed down through generations, which has the sense of community
built on the daily lives of family relationships. So we can think of a compromise between
the flat space (represented by the tradition) and the striated space (integration process
promoted by the state), as proposed by Deleuze and Guattari. (1997, p.25) / Os Terena descendem do grupo linguístico Aruak/Txané, da Tribo Guaná
(inicialmente dividida em várias sub-tribos), e são originários da região do Chaco. Algumas
destas tribos atravessaram o Rio Paraguai no século XVIII e dentre elas os Terena foram
localizados pelos missionários às margens do Rio Miranda no séc. XIX. O Povo Terena
habita os estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e São Paulo, sendo o primeiro, o
local onde a maior parte de suas aldeias estão situadas atualmente, nos municípios de
Aquidauana, Miranda, Nioaque, Dois Irmãos do Buriti, Dourados, Anastácio, Sidrolândia e
Rochedo, com uma população aproximada de 23.000 indivíduos. Durante meados do
século passado e início deste, muitas foram as formas de envolvimento entre indígenas
Terena e a sociedade não indígena. As instituições não indígenas, na maior parte das vezes,
atuaram no sentido de integrar o Terena à sociedade nacional. O pessimismo com o qual as
sociedades indígenas eram observadas até recentemente reflete-se na fala de um observador
da comunidade Terena, do século XIX:
... Não há muito o que se esperar dos índios. As diversas tribos de Guanás que
habitam os distritos de Miranda e Albuquerque já nos prestam valiosos serviços
e vivendo, como vivem, entre nós, é de presumir-se que as novas gerações serão
mais restáveis e não tardarão fundir-se nas massas da população... (Carvalho,
1979, p.43)
Pretendemos analisar o processo que produziu as alternativas e estratégias que
permitiram a sobrevivência do povo Terena e a continuidade de sua reprodução cultural.
Qual foi a trajetória deste povo, em específico, no sentido da recuperação de seu território,
valorização de sua língua e afirmação étnica? Como se deu a incorporação dos mestiços
para a fomentação de seu crescimento demográfico? Como se dá a interculturalidade entre
os conceitos religiosos (transição da figura do koixomuneti para a do padre/pastor), de
saúde (medicina natural para a alopática; parteira para o hospital), de linguagem (cultura
oral para cultura escrita na escola e na igreja)? As instituições marcadamente de fricção
entre cultura indígena e cultura não indígena são a igreja e a escola. A igreja, no período
que vai do aldeamento (a partir da primeira década deste século) até os dias atuais,
apresentou-se nas aldeias divididas em várias apropriações de cristianismo: catolicismo,
protestantismo tradicional e pentecostal. Pretendemos conhecer melhor os motivos fixados
na memória coletiva para simular estas transformações a fim de conhecer o outro (não
índio), e, assim, burlar o integracionismo , objetivo dos órgãos indigenistas, com duplo
objetivo: diminuir a discriminação e sobreviver enquanto etnia. Darci Ribeiro, no prefácio
da obra Do Índio ao Bugre , de Roberto Cardoso de Oliveira, recomenda: os estudos de
grupos em grau avançado de integração pela contribuição que podem dar no tratamento
de problemas de sobrevivência da populações tribais , talvez por perceber a nuance
diferenciada de integração com a sociedade envolvente que estes povos estavam
vivenciando. Carmem Junqueira, falando sobre a resistência não esperada dos povos
indígenas frente ao processo de integração impetrado pela sociedade envolvente, afirma que
análises sincrônicas, conjugada à seleção de dados que reforçam a visão da sociedade
como estrutura estável impediu o registro acumulado desses acontecimentos, por vezes
ambíguos que apontavam para a mudança . Desta forma, os estudiosos da questão
indígena concluíram erroneamente que as sociedades indígenas estavam fora da História,
perdendo-se o tecer de sua história . Neste trabalho, procuramos demonstrar que a
sociedade Terena se encontra num processo diferenciado que não pode ser denominado
propriamente de integração , já que seu modo de viver está baseado em um emaranhado
de tradições passadas através das gerações, que tem o sentimento de pertencimento
construído no cotidiano das relações de parentesco. Assim, podemos pensar em um meio termo
entre o espaço liso (representado pelas tradições) e o espaço estriado (do processo de
integração promovido pelo Estado), como proposto por Deleuze e Guattari. (1997, p.25)
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“A GENTE VIVIA DE TRÁS DOS OUTROS”: processo de reorganização social Krenyê / The Krenyê social reorganization processALMEIDA , Mônica Ribeiro Moraes de 07 August 2017 (has links)
Submitted by Rosivalda Pereira (mrs.pereira@ufma.br) on 2017-09-12T18:46:08Z
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Previous issue date: 2017-08-07 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão / In this work, I analyze some constituent elements from Krenyê social reorganization
process located in Maranhão. Early 21st century, they claimed belonging people
considered extinct, the Krenyê of Bacabal. The invasion by colonial forces led to the
loss of territory in the middle of the twentieth century. They passed by the process of
dispersion and fragmentation that they went through the loss of territory and lived in the
lands of other peoples, leading them to “invisibility” and “silencing”. This process
occurs by contingent and relational mode, and had been lived different ways between
those claiming Krenyê´s ancestry. Then, I want to emphasize the historical and
transitory character of identities and the political and strategic Krenye’s issues, posed by
the necessity to achieve the recognition of identity and territory. / Neste trabalho abordo alguns elementos constitutivos do processo de reorganização
social dos Krenyê localizados no estado do Maranhão. No início do século XXI,
começaram a afirmar pertencimento a um povo considerado extinto, os “Krenyê de
Bacabal”. A invasão do território por forças coloniais levou à perda do mesmo em
meados do século XX. Passaram por processos de dispersão e fragmentação que os
levaram a viver nas terras de outros povos e situação de “invisibilidade” e
silenciamento. Este processo ocorre de modo contigente e relacional, e é vivido de
forma diferente por aqueles que reivindicam ascendência Krenyê. Assim, objetivo
enfatizar o caráter histórico e transitório das identidades e as questões políticas e
estratégicas Krenyê, que são postas pela necessidade de reconhecimento identitário e
territorial.
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Ha'erami ra'ema jaiko : vamos levando a vida desse jeito-- : relatos de experiências etnográficas junto a uma família mbya-guaraniCosta, Ana Cristina Popp da January 2011 (has links)
Esta dissertação descreve experiências etnográficas. Exercício descritivo que, consequentemente, coloca em relação saberes distintos, o mbya-guarani (indígena) e o não indígena (em especial o antropológico). Busco, então, refletir sobre esse encontro etnográfico e sobre o modo como as pessoas Mbya com os quais estive relacionam-se com aqueles pertencentes a coletivos não mbya – espíritos, deuses, mortos e não indígenas, dentre esses, a antropóloga –, o que possibilita vislumbrarmos algo a respeito do modo como se compõem pessoas mbya. Pessoas mais ou menos suscetíveis à ação de muitos “seres” que, desejosos de relação, aproximam-se especialmente daqueles que se encontram “enfraquecidos espiritualmente”, podendo lhes provocar alterações não desejadas, sendo que, em certos casos, torna-se impossível saber ao certo com quem se está em relação, tampouco precisar o quanto ela transforma pessoas tornando-as mais ou menos gente, mais ou menos Mbya.
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Ha'erami ra'ema jaiko : vamos levando a vida desse jeito-- : relatos de experiências etnográficas junto a uma família mbya-guaraniCosta, Ana Cristina Popp da January 2011 (has links)
Esta dissertação descreve experiências etnográficas. Exercício descritivo que, consequentemente, coloca em relação saberes distintos, o mbya-guarani (indígena) e o não indígena (em especial o antropológico). Busco, então, refletir sobre esse encontro etnográfico e sobre o modo como as pessoas Mbya com os quais estive relacionam-se com aqueles pertencentes a coletivos não mbya – espíritos, deuses, mortos e não indígenas, dentre esses, a antropóloga –, o que possibilita vislumbrarmos algo a respeito do modo como se compõem pessoas mbya. Pessoas mais ou menos suscetíveis à ação de muitos “seres” que, desejosos de relação, aproximam-se especialmente daqueles que se encontram “enfraquecidos espiritualmente”, podendo lhes provocar alterações não desejadas, sendo que, em certos casos, torna-se impossível saber ao certo com quem se está em relação, tampouco precisar o quanto ela transforma pessoas tornando-as mais ou menos gente, mais ou menos Mbya.
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Ha'erami ra'ema jaiko : vamos levando a vida desse jeito-- : relatos de experiências etnográficas junto a uma família mbya-guaraniCosta, Ana Cristina Popp da January 2011 (has links)
Esta dissertação descreve experiências etnográficas. Exercício descritivo que, consequentemente, coloca em relação saberes distintos, o mbya-guarani (indígena) e o não indígena (em especial o antropológico). Busco, então, refletir sobre esse encontro etnográfico e sobre o modo como as pessoas Mbya com os quais estive relacionam-se com aqueles pertencentes a coletivos não mbya – espíritos, deuses, mortos e não indígenas, dentre esses, a antropóloga –, o que possibilita vislumbrarmos algo a respeito do modo como se compõem pessoas mbya. Pessoas mais ou menos suscetíveis à ação de muitos “seres” que, desejosos de relação, aproximam-se especialmente daqueles que se encontram “enfraquecidos espiritualmente”, podendo lhes provocar alterações não desejadas, sendo que, em certos casos, torna-se impossível saber ao certo com quem se está em relação, tampouco precisar o quanto ela transforma pessoas tornando-as mais ou menos gente, mais ou menos Mbya.
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Etnicidade indígena no contexto urbano: uma etnografia sobre os Kalabaça, Kariri, Potiguara, Tabajara e Tupinambá de CrateúsLucia Silva Lima, Carmen 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / No município de Crateús, a partir da década de 1990, iniciou-se um processo de
mobilização social e política que resultou na constituição dos grupos Kalabaça, Kariri,
Potiguara, Tabajara e Tupinambá. Desencadeada pela ação da Pastoral Raízes Indígenas da
Diocese de Crateús, a referida mobilização foi empreendida por moradores da zona urbana
da cidade. Esta tese tem como objetivo analisar a etnicidade dos que compõem estas
coletividades, considerando as implicações do contexto urbano nesta construção. Para
atingir a finalidade deste estudo antropológico, relacionamos etnicidade, etnologia
indígena e antropologia urbana. Por meio do relato etnográfico, que integra texto e
imagem, é evidenciado o processo de urbanização da cidade, mostrando como ela se
tornou um pólo distribuidor de bens e serviços no Centro-oeste do Ceará. Privilegiando a
visão dos indígenas, é examinado como eles vivem, a percepção que eles têm da cidade e
do ser indígena neste espaço. Através da abordagem das trajetórias dos núcleos familiares
que compõem as coletividades estudadas é apresentado como se constituiu os grupos
étnicos, a influência dos agentes externos, a lógica da adoção dos etnônimos e os múltiplos
contextos de edificação da identidade étnica. A política indígena e as relações interétnicas
são contempladas, evidenciando as disputas, o protagonismo dos sujeitos envolvidos e o
processo de institucionalização da etnicidade. Por fim, são apreciados os impasses que se
apresentaram para o reconhecimento da indianidade e o acesso aos direitos indígenas,
devido à localização no contexto urbano, revelando como se constituiu a categoria terra de
origem e os processos de territorialização empreendidos visando à saída da cidade
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