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A escola como forma social: um estudo do modo de educar capitalista / The school as a social form: an study of the capitalist mode of educatingCatini, Carolina de Roig 23 September 2013 (has links)
A tese aqui apresentada consiste num esforço para apreender os nexos entre escola e relações sociais capitalistas. Partimos da compreensão do capital não apenas como elemento econômico, mas como relação social que tende, contraditoriamente, a subsumir as diversas esferas da vida social, ao mesmo tempo em que permite e exige a autonomização de cada uma dessas esferas. Nesse sentido, debruçamo-nos sobre a relação entre a generalização da forma escola e da forma mercadoria, à luz de uma tendência - característica da formação social capitalista - de subjetivação das formas e de coisificação dos conteúdos, que corresponde ao conceito de fetichismo do capital. Procuramos desnaturalizar a forma escolar por meio do estudo de seu processo histórico de constituição, com ênfase em alguns momentos específicos, como o da reação estatal às lutas anarquistas do início do século XX, e as subsequentes reformas educacionais dos anos 1920. Analisamos a crescente importância da escola na formação da massa de trabalhadores assalariados, reificados pela condição de vendedores de sua força de trabalho, mas também de sujeitos de direito. Assim, fomos levados a tratar da imbricação entre a forma escolar e o Direito, fundamentado nas relações mercantis, na propriedade privada, e nos processos de expropriação dos trabalhadores como produto da acumulação de capital. Internamente à escola, investigamos a incorporação do tempo abstrato, bem como o desenvolvimento da divisão do trabalho, da didática, e das formas disciplinares, tudo isso em articulação com tendências de racionalização, de desenvolvimento das forças produtivas e da consequente simplificação do trabalho. Donde se explicita a prevalência da forma sobre a formação, como tendência inerente ao modo de educar capitalista. Ademais, tratamos brevemente de algumas distinções entre os processos de escolarização das camadas mais abastadas da população e do grosso da população trabalhadora, fruto da clivagem entre escola pública e privada, também fundamentada em relações de propriedade. Por fim, sem negar a relevância das lutas travadas historicamente com vistas à universalização do direito à educação e por melhores condições de escolarização para a população trabalhadora, enfatizamos os riscos de se limitar as lutas aos marcos institucionais, argumentando que, quando desacompanhadas da construção de experiências educativas autônomas, e portanto desprovidas de um caráter tático, tais lutas conduzem a um esvaziamento dos potenciais revolucionários da organização dos trabalhadores. / The present thesis consists in an effort to apprehend the nexuses between school and capitalist social relations. We start from the understanding of capital not only as an economic element but as a social relation that tends, contradictorily, to subsume the various spheres of social life, at the same time that allows and requires the autonomization of each of these spheres. Accordingly, we focused on the relationship between the generalization of the school form and of the commodity form, in the light of a trend - characteristic of the capitalist social formation of subjectivation of the forms and reification of the contents, which corresponds to the concept of capitals fetishism. We seek to denaturalize the school form through the study of its historical process of constitution, with emphasis on some specific moments, as the state\'s reaction to the anarchist struggles in the early twentieth century, and the subsequent educational reforms of the 1920s. We analyze the growing importance of the school in the formation of the mass of salaried workers, reified by the condition of sellers of its workforce, but also as subjects of law. Thus, we were conducted to address the imbrication between the school form and the Law, based on mercantile relations, on private property, and on the process of expropriation of workers as a product of the accumulation of capital. Internally to school, we investigate the incorporation of abstract time, as well as the development of the division of labor, the didactics, and disciplinary forms, all this in conjunction with trends of rationalization, of development of the productive forces and the resulting work simplification. From that becomes explicit the prevalence of the form over the formation, as a tendency inherent to the capitalist mode of educating. Moreover, we treat briefly of some distinctions between the processes of schooling for wealthier strata of the population and the bulk of the working population, the result of the cleavage between public and private schools, also based upon property relations. Finally, without denying the relevance of the historical struggles aiming the universalization of the right to the education and better schooling conditions for the working population, we emphasize the risks of limiting the struggles to the institutional frameworks, arguing that when unaccompanied of the construction of autonomous educational experiences, and therefore deprived of a tactical character, such struggles lead to an undermining of the revolutionaries potentials of the organization of the workers.
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O FETICHISMO DA PROLETARIZAÇÃO NA AGRICULTURA: uma análise da produção de soja em Balsas/MA / THE FETISH OF PROLETARIZATION IN AGRICULTURE: an analysis of production of soybeans in Balsas / MABOTELHO, Raimundo Edson Pinto 20 March 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-03-20 / CAPES / The sociometabolism of capital has created relations of production in the Maranhão
countryside that has been characterized by the reproduction of models of dependent
development, materialized in the production of agricultural commodities. These
relationships are based on the modernization of agriculture, use of capital and
exploitation of the workforce. These relationships are based on the modernization of
agriculture, use of capital and exploitation of the workforce. At the same time as these
relations of production promote the deterritorialization of peasant agriculture, they
transform part of the peasants into temporary salaried workers . Thus, the objective of
this study is to analyze the fetishism of proletarianization in ag riculture in a context of
deepening of capital in the countryside, on the one hand, with agribusiness policies,
based on the production of agricultural commodities, the prevalence of financial capital
On productive capital and, on the other hand, the workers' struggle in a conjuncture of
the crisis of Marxism, of the institutions of the working class and of social struggles. As
a course, in addition to the references of historical materialism and exploration of
secondary data, visits were made to the soybean production units alongside
representatives of the rural workers' unions of Balsas. Thus, as a conclusion, it was
found that the advance of capital with soybean production was not sufficient to create
a broad process of proletarianization in agriculture along the lines of that existing with
factory workers and the tertiary sector, since the Agricultural activity of soy production
is temporary, and rural workers have failed to conquer labor and social security rights
like those of the core of the proletaria t. In this way, the overvaluation of agribusiness
and rural wage labor, to the detriment of family-based peasant production relations,
has resulted in fetishization of proletarianization in agriculture, since, in addition to
temporary work, low remuneration, overexploitation, slave labor, rural workers have
fragile political organization. This fact, in addition to weakening the struggle, allows the
even more significant advance of commodified agriculture and the retreat of familybased peasant agriculture. / O sociometabolismo do capital tem criado relações de produção no campo maranhense que tem se caracterizado pela reprodução dos modelos de desenvolvimento dependente, materializados na produção de commodities agrícolas. Essas relações se baseiam na modernização da agricultura, uso de capital e
exploração da força de trabalho. Ao mesmo tempo em que essas relações de produção promovem a desterritorialização da agricultura camponesa, transformam parte dos camponeses em trabalhadores assalariados temporários. Assim sendo, o trabalho tem como objetivo analisar o fetichismo da proletarização na agricultura em uma conjuntura de aprofundamento do capital no campo, de um lado, com as políticas
voltadas para o agronegócio, tendo como base a produção de commodities agrícolas, prevalência do capital financeiro sobre o capital produtivo e, de outro, a luta dos trabalhadores em uma conjuntura de crise do marxismo, das instituições da classe trabalhadora e refluxo das lutas sociais. Como percurso, além dos referenciais do materialismo histórico e exploração de dados secundários, realizou-se visitas às
unidades de produção de soja ao lado de representantes dos sindicatos de trabalhadores rurais de Balsas. Assim sendo, à guisa de conclusão verificou-se que o avanço do capital com a produção de soja, não foi suficiente para criar um amplo processo de proletarização na agricultura aos moldes daquele existente com os trabalhadores fabris e do setor terciário, uma vez que a atividade agrícola de produção de soja é temporária e os trabalhadores rurais não chegaram a conquistar direitos trabalhistas e previdenciários como aqueles do núcleo central do proletariado. Desse modo, a sobrevalorização do agronegócio e assalariamento rural, em detrimento das relações de produção camponesa de base familiar, resultou no processo de
fetichização da proletarização na agricultura, pois, além do trabalho temporário, baixa remuneração, superexploração, trabalho escravo, os trabalhadores rurais possuem organização política frágil. Esse fato, além de fragilizar a luta, permite o avanço ainda mais significativo da agricultura mercantilizada e o recuo da agricultura camponesa de base familiar.
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Direito e populações/povos tradicionais no Brasil: da revisão à crítica de aplicabilidades e definições acadêmicas/jurídicas/legaisRAVENA CAÑETE, Thales Maximiliano January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / Este ensaio tem por objetivo apresentar as necessidades jurídicas diferenciadas que florescem da realidade socioambiental brasileira, enfocando especialmente o cenário relativo às populações tradicionais amazônicas. Utiliza como base argumentativa as reflexões de Bourdieu, usando especialmente o conceito de campo e capital simbólico desenvolvidos pelo autor. Através de uma literatura originária da região Amazônica descreve, de forma crítica, o contexto socioambiental dessa região, detalhado pelo olhar proveniente da experiência em coleta de dados para pesquisa. Evidencia, em particular, o descompasso entre a construção da norma no campo jurídico e a realidade vivenciada pelas populações tradicionais. Aponta o fetichismo jurídico como responsável pelo invisibilização das práticas jurídicas nativas que regulamentam, de uma maneira informal, o tecido socioambiental do cenário amazônico. / This essay aims to present the legal needs of different socio-environmental reality that bloom from Amazon, focusing especially on the stage of traditional populations. Use as an argumentative basis Bourdieu's reflections, especially using the concept of symbolic capital and field developed by the author. Through a literature originating in the Amazon region, describes in a critical way
the socio-environmental context of the region, detailed for the look from the experience in collecting data for research. It highlights in particular the gap between the development of the rule in the legal field and the reality experienced by traditional peoples. Points the juridical fetishism as responsible for the legal invisibility of native juridical practices that regulate, in a informal way, the socio-environmental scenario of the Amazonian.
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A imagem da recriação da juventude: televisão e propaganda.Jesus, Altair Reis de January 2008 (has links)
131f. / Submitted by Suelen Reis (suziy.ellen@gmail.com) on 2013-04-11T14:45:50Z
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Previous issue date: 2008 / Esta dissertação tem por objeto a imagem da juventude representada nos comerciais de televisão. A pesquisa consistiu na análise do conteúdo imagético presente em diversas propagandas que constroem um discurso de juventude padronizado identificando-a com as mercadorias anunciadas. Para efetivar a investigação foram utilizados recursos teóricos tais como: teoria do valor, fetichismo, indústria cultural, ideologia, mídia, estudos de imagem, consumo e juventude. O material empírico consistiu no exame de propagandas veiculadas em duas redes de televisão: MTV e Rede Globo. / Salvador
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Fetichismo, ideologia e educação em Theodor Adorn / Fetishism, ideology and education in Theodor AdornoSILVA, Pedro Rogério Sousa da January 2016 (has links)
SILVA, Pedro Rogério Sousa da. Fetichismo, ideologia e educação em Theodor Adorn. 2016. 150f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza (CE), 2016. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2016-08-04T14:53:43Z
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Previous issue date: 2016 / This paper investigated the concepts of fetishism, ideology and education in Adorno. For so,
it is made a support in the theoretical and bibliographical literature and more specifically
around the work and the different philosophical, sociological and educational categories of the
above mentioned thinker, as well as his interlocutors and commentators. It is outlined, this
way, the emergence and spread of the concept of fetishism by several authors such as Charles
de Brosses, Marx, Freud and Adorno, among others. It is sketched, then Marx's point of
intersection with Adorno about fetishism. It is argued, as well, fetishism in classical music
and the dualism between two composers - Schoenberg and Stravinsky - as well as the musical
element and their correlation with the Fetishism of Cultural Goods in Adorno, showing that
the investigation of the music is a major problem which means contradiction to the Adornian
thought. It is researched, moreover, the concept of beauty, showing, in a summary form, its
spread in the course of the history of philosophy as well as contemporary aesthetic in Adorno,
outlining some artistic currents, their impacts and purposes. We point out another
appropriation of Adorno`s made against the author of Capital, namely, the concept of
ideology, however, made in a divergent, and distinct way compared to the understanding of
Marx. Besides that, it is analyzed the link between Adorno and Benjamin, that means, the
convergences and divergences of the German philosophers about some concepts. They
ascertain promptly the torment of Auschwitz, showing their origin, social and educational
consequences. It is argued, moreover, how education can prevent in order to avoid that the
case of Auschwitz is not repeated. It is examined, afterthought, the criticism made by Adorno
to an instrumental, technical and quantitative education. Conversely, based on Adorno, it is
thought to be a non-identical education at the prevailing logic, recovering the aspect of
autonomy and human emancipation. They talk, finally, about the conflict between two concepts in the educational context, namely, training and semi training. / Investigam-se os conceitos de fetichismo, ideologia e Educação em Adorno. Para tanto, este escrito é apoiado na pesquisa teórica e bibliográfica, mais especificamente, em torno da obra e das diversas categorias filosóficas, sociológicas e educacionais do Pensador supracitado, como também de seus interlocutores e comentadores. Delineiam-se, por essa via, o surgimento e a difusão do conceito de fetichismo por diversos autores, tais como Charles de Brosses, Marx, Freud e Adorno, entre outros. Esboça-se, em seguida, o ponto de interseção de Marx com Adorno acerca do fetichismo. Discutem-se, com efeito, o fetichismo na música erudita e o dualismo entre dois compositores – Schoenberg e Stravinsky – bem como o elemento musical e suas correlações com o Fetichismo da Mercadoria Cultural em Adorno, mostrando que a investigação acerca da música constitui um problema importante, que implica a contradição para o pensamento adorniano. Pesquisa-se, ademais, o conceito de belo, mostrando, de modo sintético, sua propagação no curso da História da Filosofia, bem como a estética contemporânea em Adorno, delineando algumas correntes artísticas, seus impactos e propósitos. Aponta-se outra apropriação de Adorno feita em relação ao escritor de O Capital, qual seja, o conceito de ideologia, porém, feita de modo divergente, e distinta, comparativamente à compreensão de Marx. Analisa-se, além disso, o elo entre Adorno e Benjamin, isto é, as convergências e as divergências dos filósofos alemães a respeito de algumas conceituações. Averigua-se, prontamente, o tormento de Auschwitz, mostrando sua origem, consequências sociais e educacionais. Discute-se, outrossim, de que modo a Educação pode evitar para que Auschwitz não se repita. Examina-se, a posteriori, a crítica feita por Adorno à Educação portadora de um caráter instrumental, técnico e quantitativo. De modo contrário, com base em Adorno, pensa-se uma educação não idêntica à lógica vigente, recuperando o aspecto da autonomia e da emancipação humana. Reporta-se, por fim, ao conflito entre dois conceitos, no âmbito educacional – formação e semiformação.
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A determinação dialética na análise da mercadoria em o primeiro capítulo do capital de Karl MarxGouveia, Virgínio Martins [UNIFESP] 12 1900 (has links) (PDF)
Submitted by Andrea Hayashi (deachan@gmail.com) on 2016-06-21T14:41:29Z
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Previous issue date: 2014-12-10 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Notre travail se propose d'analyser le chemin de l'exposition (Darstellung) comme
comprenant la méthode dialectique de présentation dans ce premier chapitre d 'Das
Kapital de Karl Marx. Dans cette perspective, nous vous demanderons votre médiation
possible avec l'apparence générale de la «circulation simple» et donc son corollaire la
prise de conscience des agentes dans le mode de production capitaliste. Ce qui nous
pousse à répondre aux questions entourant la référence historique des catégories et faire
défiler l'itinéraire de l'exposition qui va de «l'échange desmarchandise" pour "la
production globale". La compréhension de ces deux moments visés respectivement aux
catégories de l'essence et de l'apparence actuelle dans les dynamiques contradictoires de
l'analyse dialectique de la marchandise. / Nosso trabalho tem a intenção de analisar o caminho da exposição (Darstellung)
enquanto método dialético da apresentação das categorias da crítica da economia
política, nesse primeiro Capítulo de O Capital de Karl Marx. Em vista disso,
procuramos a sua possível mediação com o aspecto geral da “circulação simples” e,
consequentemente, o seu corolário na consciência dos agentes no modo de produção
capitalista. Isso nos impele a responder à problemática em torno da referência histórica
das categorias e a percorrer o itinerário expositivo que vai da “troca de mercadorias” à
“produção geral”, compreendendo esses dois momentos referidos, respectivamente, às
categorias da essência e da aparência presentes na dinâmica contraditória da análise
dialética da mercadoria.
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Os mistérios de uma mercadoria singular: desvelando o caráter mercantil da violência / The mysteries of a unique commodity the merchandising character of violenceVASCONCELOS, Rejane Batista January 2010 (has links)
VASCONCELOS, Rejane Batista. Os mistérios de uma mercadoria singular: desvelando o caráter mercantil da violência. 2010. 222f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Sociologia, Fortaleza (CE), 2010. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2013-10-21T14:16:30Z
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Previous issue date: 2010 / In The mysteries of a unique commodity the merchandising character of violence is unveiled and is shown to be an exclusively human action which is as old as the beginnings of humanity. It is one among many other situations which can lead to conflict. Violence, varying in intensity and form, may be found implicitly or categorically in many creative human expressions, such as art, religion, literature, politics, and history. And even though it has become an increasingly central theme in various scientific and disciplinary productions, a conceptual confluence has not yet been reached. In the capitalistic system violence has attained the position of a marketable product, and for this reason it will be focused upon as a commodity in this academic work. As a final result, one may observe, in a condensed way, the thesis that violence represents only one among thousands of commodities in the capitalistic system that are available on the shelves of the world market. Besides labeling it exclusively as a commodity, this study proposes that the struggle against violence also constitutes a hoax: within the capitalistic system, in sound conscience, one cannot dispense a sure profit. Everything that is constructed as a device to combate violence is profitable in itself. Therefore, any struggle against violence will lead to the destruction of the very objectives that capitalism embraces. According to this way of thinking, in relation to lives and material things, security becomes the obverse of violence. This ideologial construction has as its theoretical framework the conceptual formulation of the Marxist theory of commodity, fetish, and value. The phase of analytical operation in this academic exposition is developed by means of that which Foucault called an analysis of discursive formations. Television as media provided the primary source of the corpus for this investigative work: more precisely two episodes broadcasted in real time, which took place in Santo André – a city in the state of São Paulo - and the other in the city of São Paulo – capital of the state of São Paulo – respectively indicated by the media as "the longest private imprisonment" and "the longest trial" in the history of Brazil. Printed materials, such as stories and news reports about these and other violent episodes, published in national magazines (Carta Capital, Época, Isto É, Veja) were included as additional sources as well as local newspapers and newspapers from other states. Key words: Violence. Conflict. Commodity. Fetish. Capitalism. Capitalistic system. Media. / Em Os mistérios de uma mercadoria singular: desvelando o caráter mercantil da violência, fica demonstrado que a violência é uma ação exclusivamente humana e tão antiga quanto o ato inaugural da humanidade. É uma entre outras tantas desembocaduras a que pode ser levada uma situação de conflituosidade. Sob intensidade e forma variadas, a violência encontra-se implícita ou categoricamente derramada por sobre as múltiplas manifestações de criação humana, tais como a arte, a religião, a literatura, a política, a história. E, mesmo tornada cada vez mais temário de produções de diversas ciências e disciplinas, não alcança uma confluência conceitual. No sistema do capital, viu-se conduzida à categoria de produto comercializável, razão por que neste empreendimento acadêmico vai ser focalizada como mercadoria. Neste relatório final, vê-se condensada a tese de que a violência no sistema do capital representa tão-somente uma entre todos os milhares de mercadorias que se colocam à disposição nas prateleiras do mundo mercantil. Além de dada exclusivamente como mercadoria, este estudo propugna que o combate à violência encarna um embuste: no sistema do capital, em sã consciência, não se dispensa um lucro certo. Tudo o que se constrói como engenho de combate à violência é em si lucrativo. Combatê-la seria, pois, um tiro no próprio pé. A segurança, nesse modo de produzir vidas e coisas, é o anverso da violência. A construção ideativa, o arcabouço teórico enraíza-se na formulação conceitual marxiana de mercadoria, fetiche, valor. A etapa de operacionalização analítica efetiva-se pela via do que Foucault nominou análise das formações discursivas. A mídia televisiva foi fonte primária da qual emanou o corpus para a realização deste exame investigativo, mais precisamente dois episódios, veiculados em tempo real, que tiveram lugar um na cidade de Santo André – ABC paulista – e o outro em São Paulo capital, respectivamente, nominados pela mídia “o cárcere privado mais longo” e “o julgamento mais longo” do Brasil. Como fontes suplementares foram inclusos materiais de mídia impressa: reportagens, notícias acerca desses e de outros episódios de violência veiculadas em revistas de circulação nacional (Carta Capital, Época, Isto É, Veja) e jornais de empresas locais e de outros estados.
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O fetichismo: para uma crítica radical do trabalho abstrato-concreto. Investigações sobre a teoria do valor de MarxSilva Júnior, José Valdo Barros January 2010 (has links)
SILVA JÚNIOR, José Valdo Barros. O fetichismo: para uma crítica radical do trabalho abstrato-concreto. Investigações sobre a teoria do valor de Marx. 2010. 150f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Filosofia, Fortaleza (CE), 2010. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2013-11-07T16:23:12Z
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Previous issue date: 2010 / The aim of this dissertation is to strike a radical critique at abstract-concrete labor as a fetishist principle that constitutes the modern commodity-producing society. All this from the point of view of Karl Marx’s theory of value. Firstly, it scrutinizes the structure of commodity as a concrete social unit that carries inherently a double determination, which means it is both a use-value and a value. The twofold nature of commodity is derived from the twofold nature of labor, while at same time abstract and concrete. There is an antagonistic relation both within the commodity and the labor, however, the value is imposed on the use-value of destructive form. On the other hand, the abstract-labor is imposed also on its destructively way, which is named the concrete-labor. This antagonism is characterized by a negative logic, which tends to generate increasing unsustainable contradictions. The core of these contradictions lies the fact that the whole commodity-producing social reality of modernity is based on a real social abstraction: the value-being. This being is originally constituted by the abstract-labor as social substance. Secondly, it determines that the negative logic which permeates the structure of commodity has a fetish-like character. This character becomes the socially produced objects by abstract-concrete labor in things at same time sensible and supersensible. The fetish-like character of commodities is derived from the twofold nature of labor that produced them. The fetishism is an absurd social mechanism that engenders the reality of society as if it was dominated by autonomous things, which have anonymous powers against individuals themselves who produced them. The social mechanism of fetishization of reality is formed by habit of social relations of production. This habit makes the commodities to appear having a property of value-being as something natural. But this property is merely socially constituted by labor. The strongly consolidation of this mechanism occurs because it is characterized by three dimensions: an objective (reality), a subjective (thoughts) and an intersubjective dimension. The unity of these three dimensions constitutes the commodity-producing modern society as a negative totality, since it is determined by a priori matrix that characterizes fetishistically to the act, speaks and fells of all its members through an impersonal power. Thirdly, it investigates the historical and logical horizon in which the abstract-concrete labor is limited: merely the commodity-producing modern system. This limitation will be complemented with the Marx’s theory of final crisis of capitalism. This theory turns out to characterize the labor as a historically determined category and so it belongs only to commodity-producing modern system. It is not therefore an ontological principle that determines the man’s essence as a social being founded by and through labor, nor a transhistorical principle belonging to all forms of sociability. Finally, it concludes according to contend, form and matter of the commodity-producing modern society that history is the history of fetishists relations and not the history of class struggles. / O objetivo desta dissertação é desferir uma crítica radical ao trabalho abstrato-concreto enquanto princípio fetichista constitutivo da moderna sociedade produtora de mercadorias, a partir da teoria do valor de Karl Marx. Em primeiro lugar, perscrutar-se-á a estrutura da mercadoria enquanto unidade social concreta portadora intrinsecamente de uma dupla determinação, isto é, sendo ao mesmo tempo um valor de uso e um valor. A dualidade da mercadoria se deriva da dualidade do trabalho, enquanto ao mesmo tempo abstrato e concreto. Há uma relação antagônica tanto no interior da mercadoria quanto no do trabalho, visto que, por um lado, o valor se impõe destrutivamente sobre o valor de uso e, por outro, o trabalho abstrato se impõe destrutivamente sobre o seu outro, a saber, o trabalho concreto. Esta relação antagônica é marcada, pois, por uma lógica negativa, cuja tendência é gerar contradições cada vez mais insustentáveis. O cerne dessas contradições consiste no fato de toda a realidade social produtora de mercadorias da modernidade está fundada em uma abstração social real: o ser-valor. Este ser é constituído originariamente pelo trabalho abstrato enquanto substância social. Em segundo lugar, determinar-se-á que a lógica negativa que perpassa a estrutura da mercadoria possui um caráter fetichista. Este caráter torna os objetos produzidos socialmente pelo trabalho abstrato-concreto em coisas ao mesmo tempo sensíveis e suprassensíveis. O cunho fetichista das mercadorias se deriva da própria natureza dual do trabalho que as produz. O fetichismo da mercadoria consiste em um mecanismo social absurdo de engendrar a realidade da sociedade como se fosse dominada por coisas autônomas, as quais possuem poderes anônimos frente aos próprios indivíduos que as produziram. O mecanismo de fetichização social da realidade se configura e se objetiva de tal forma pelo hábito das relações sociais de produção que a mercadoria parece possuir a propriedade do ser-valor como sendo algo natural e não socialmente constituído pelo trabalho. A consolidação férrea desse mecanismo se dá porque ele é caracterizado por uma tripla dimensão: uma objetiva (realidade), uma subjetiva (pensamento) e uma intersubjetiva (linguagem). A unidade destas três dimensões constitui a moderna sociedade produtora de mercadorias como uma totalidade negativa, determinada por uma matrix a priori que condiciona fetichistamente o agir, o pensar, o falar, o sentir etc. de todos os seus integrantes através de um poder impessoal. Em um terceiro momento, investigar-se-á qual o horizonte histórico e lógico no qual o trabalho abstrato-concreto está circunscrito, a saber, tão-somente ao moderno sistema produtor de mercadorias. Tal limitação do horizonte histórico e lógico do trabalho será complementada com a teoria da crise final do sistema capitalista. Essa teoria acaba por caracterizar o trabalho como uma categoria historicamente determinada e pertencente tão-só ao moderno sistema produtor de mercadorias, não sendo, pois, um princípio ontológico determinador da essência do homem enquanto ser social fundado no e pelo trabalho, nem um princípio transhistórico pertencente a todas as formas de sociabilidade. Por fim, concluir-se-á, a partir dos aspectos do conteúdo, forma e matéria que constituem a sociedade moderna produtora de mercadorias, com a determinação do conceito de história como história das relações fetichistas e não como história das lutas de classe.
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A problemática da subjetividade: uma análise sob uma perspectiva marxiana / La question de la subjectivité: une analyse dans une perspective marxisteRocha, Eveline Lima January 2014 (has links)
ROCHA, Eveline Lima. A problemática da subjetividade: uma análise sob uma perspectiva marxiana. 2014. 110f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Filosofia, Fortaleza (CE), 2014. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2015-06-05T14:33:08Z
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Previous issue date: 2014 / A presente dissertação tem por objetivo principal, investigar e delimitar elementos que corroboram a possiblidade para a elaboração de uma análise da subjetividade sob a perspectiva da filosofia marxiana. Para tanto, analisamos principalmente, as obras: Manuscritos Econômico-Filosóficos, escritos em 1884, e o primeiro capítulo do Livro I de O Capital, de 1867. Tais obras foram escolhidas pelo fato de portarem conceitos fundamentais para nossa investigação, a saber: alienação, práxis, trabalho, fetichismo da mercadoria e reificação humana. Todavia, antes de expor o pensamento de Marx, detemo-nos na apresentação da trajetória histórica da subjetividade, retornando aos primórdios da Idade Moderna, do Renascimento ao desenvolvimento da racionalidade. A descoberta filosófica do Eu é registrada na filosofia cartesiana quando, a partir da dúvida metódica, Descartes chega à certeza da existência do Eu que pensa (cogito), marcando assim o primeiro passo em direção à subjetividade. Já a mudança paradigmática realizada por Kant, assinala o nascimento da filosofia transcendental, a qual transfere, definitivamente, o sujeito para o centro da investigação filosófica, lugar até então ocupado pelo objeto. Na modernidade clássica nos ocupamos da análise da retomada do homem, tanto pela racionalidade como pela arte, os quais representam um momento importante no desenvolvimento da subjetividade. Tendo isto como pressuposto, nossa pesquisa volta-se para a filosofia de Marx, a fim de elucidar que mesmo não tendo dedicado nenhuma obra ao tema da subjetividade, sua concepção materialista da história e sua crítica ao modo de produção capitalista nos proporcionam uma nova maneira de perceber o homem, possibilitando-nos abordar a subjetividade em uma relação recíproca com a objetividade. Ademais, faremos uma breve análise sobre a cultura de massas, um dos vetores de subjetividade contemporânea. Diante de tal cenário nos propomos a analisar, sob o ponto de vista marxista e marxiano, como se apresenta a subjetividade no modo de produção capitalista, sob o jugo da alienação do trabalho, do fetichismo da mercadoria e da cultura de massas. / L'objectif principal de cette recherche est investiguer et délimiter les eléments qui corroborent pour une analyse de la subjectivité du point de vue de la philosophie marxienne. À cette fin, nous avons analysé principalment les oeuvres: Manuscrits de 1844 et le premier chapitre du livre I du Capital, 1867. Ces oeuvres ont été choisies en raison du fait d'avoir les concepts fondamentaux pour notre investigation, à savoir: l'aliénation, la praxis, le fétichisme de la marchandise et la réification humaine. Cependant, avant d'exposer la pensée de Marx, nous nous arrêtons dans la présentation de la trajectoire historique de la subjectivité, retournant aux débuts de l'Époque Moderne, de la Renaissance jusqu'à le developpement de la rationalité. La découverte philosophique du “Je suis” est inscrit dans la philosophie cartésienne quand, a partir du doute méthodique, Descartes arrive dans la cértitude de l'existence du sujet qui pense (le cogito) et marque le prémier pas en direction à la subjectivité. Le changement paradigmatique realisé par Kant, signe la naissance de la philosophie trancendantale, qui transfère le sujet au centre de l'investigation philosophique, où jusqu'ici avait été occupé par l'objet. La période historique qui nous nous occupons analyse la reprise de l'homme, à la fois par la rationalité comme par l'art, qui représentent un moment important dans le developpement de la subjectivité. Sur la base de cette hypothèse, notre recherche retour à la philosophie de Marx, afin de préciser que, malgré ne pas avoir d'oeuvre consacrée au thème de la subjectivité, sa conception matérialiste de l'histoire et sa critique au mode de production capitaliste nous donnant une nouvelle façon de voir l'homme qui nous permet de signifier la subjectivité dans une relation de réciprocité avec l'objectivité. En outre, nous allons faire une brève analyse de la culture de masse, l'un de vecteurs de la subjectivité contemporaine. Face à un tel scénario, nous proposons d'analyser, a partir de la théorie marxiste et marxienne, comme se présent la subjectivité dans le mode de production capitaliste, sous le joug de l'aliénation du travail, du fétichisme de la marchandise et de la culture de masse.
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Coronéis e empresários: permanência da dependência e da estrutura socioeconômica excludente no Brasil pós-ditadura (1985-2002) / Colonels and businessmen: staying dependence and socioeconomic structure excluded post-dictatorship in Brazil (1985-2002)Roberto Santana Santos 05 August 2013 (has links)
O presente trabalho apresenta uma reflexão crítica sobre a Nova República, período que se inicia com o fim do regime ditatorial em 1985. A partir de uma análise estrutural do capitalismo dependente brasileiro e das mudanças internacionais causadas pelo neoliberalismo e a globalização, demonstro como o período atual da história brasileira aprofundou as desigualdades sociais e a dependência econômica, inviabilizando a construção de um regime verdadeiramente democrático. A partir das reflexões de pensadores como Ruy Mauro Marini, Darcy Ribeiro e Atílio Boron traço um quadro teórico sobre a reestruturação capitalista no Brasil com a implementação das políticas neoliberais, o fetichismo democrático e o caráter conservador que domina as decisões políticas do período entre 1985 e 2002. / The present work presents a critical reflection about the New Republic, historical period in Brazil that starts with the dictatorial regime collapse in 1985. From a structural analysis of the Brazilian dependent capitalism e and the international changes made by neoliberalism and globalization, I demonstrate how the current period of Brazilian history deepened social inequality and economic dependence, preventing the construction of a truly democratic regime. From the reflections of thinkers like Ruy Mauro Marini, Darcy Ribeiro and Atilio Boron trace a theoretical framework of capitalist restructuring in Brazil with the implementation of neoliberal policies, fetishism democratic and conservative character who dominates the political decisions of the period between 1985 and 2002.
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