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Parque tecnológico de bioindústrias do peixe ptecbio, uma oportunidade de desenvolvimento sustentável para o Amazonas.

Pereira, Deusamir 09 December 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-20T12:31:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 capa, outros.pdf: 48572 bytes, checksum: afc49333fc9459cb27065a77d512413a (MD5) Previous issue date: 2009-12-09 / Este estudo busca explicar que Parques Tecnológicos são ambientes de inovação que visam transformar conhecimento em riqueza e em bem-estar social, constituídos e estruturados com essa clara e específica missão. A proposta de estudar a implantação de um Parque Tecnológico de Bioindustrias do peixe PTecBIO, destinado a contribuir para o aumento da oferta de pescado oriundo da piscicultura, pode ajudar a aliviar a pressão da pesca predatória sobre os estoques naturais, procurando manter a sustentabilidade nesta cadeia produtiva, além de aplicar e gerar novos conhecimentos científicos e tecnológicos sobre tema tão estratégico e importante para a Amazônia. O objetivo geral da pesquisa foi estudar a oportunidade de implantação de um Parque Tecnológico de Bioindustrias do peixe no município de Manacapuru, como estratégia de desenvolvimento sustentável da região, baseado na diversidade de sua fitogeografia aquática. Os resultados do estudo apontam que com base nos fluxos de conhecimentos na piscicultura no Estado do Amazonas, há condições locais e institucionais adequadas, capazes de impulsionar o desenvolvimento econômico e social de um Parque Tecnológico de Bioindustrias do peixe, visto que a região amazônica é detentora de todos os recursos naturais favoráveis ao desenvolvimento da piscicultura, dispondo de uma capacidade produtiva instalada, variedade de espécies com potencial de exploração econômica, além de conhecimentos acumulados em suas principais entidades de pesquisa.
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Caracterização florística e estrutural do componente arbóreo de três fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual da região leste do vale do Paraíba - SP / Floristic and Structural characterization of the composition of arboreal species from three seasonal semi-deciduous forest fragments in the eastern Vale do Paraíba, São Paulo State

Herbert Serafim de Freitas 12 April 2010 (has links)
A bacia do rio Paraíba do Sul (sudeste do Brasil) está inserida no domínio da Floresta Atlântica, em altitudes que vão do nível do mar até 2797 metros. Há grande complexidade topográfica e climática, que resulta na presença de inúmeras fitofisionomias, como os Campos de altitude, Cerrado, Floresta Estacional Semidecidual e Florestas Ombrófilas Densa e Mista. Apesar da grande complexidade florestal, esta bacia ainda não foi objeto de estudos fitogeográficos. Análises das relações de similaridade florística entre comunidades arbóreas conduz em geral ao estabelecimento de padõres condicionados por fatores diversos que determinam a ocorrência das espécies. As florestas estacionais semideciduais da bacia do rio Paraíba do Sul mostram-se bastante fragmentadas e têm sido pouco estudadas do ponto de vista florístico e fitossociológico. O presente estudo objetivou conhecer e comparar a composição florística, a estrutura e os aspectos ecológicos do componente arbóreo de três fragmentos. Além disso, foram utilizadas análises de agrupamento e correspondência para estabelecer comparações florísticas com outras 31 áreas de Floresta Atlântica, 17 delas pertencentes à bacia do rio Paraíba do Sul (bacia do RPS). O fragmento maior (300 ha) situa-se no município de Areias e os dois menores (14 ha cada) em São José do Barreiro (22°41\'S; 44°3\'W), ambos no Estado de São Paulo. Para a amostragem, foram lançados 135 pontos quadrantes em cada um dos fragmentos, e incluídos os indivíduos com PAP≥ 15cm. Foram encontrados 1.620 indivíduos, 227 espécies, 138 gêneros e 51 famílias. As coletas extensivas acresceram 64 espécies, totalizando 290. As famílias Leguminosae, Myrtaceae, Rubiaceae, Lauraceae, Euphorbiaceae e Annonaceae apresentaram a maior riqueza de espécies. A riqueza de espécies variou entre 165 e 178, a partir da amostragem total, e os índices de diversidade variaram entre 3,88 e 4,4. Há 13 novos registros citados para o Estado de São Paulo (e.g. Casearia selloana, Mollinedia longifolia, Pseudolmedia hirtula), com a presença de cinco espécies ameaçadas (Dalbergia nigra, Melanoxylon brauna, Mollinedia glabra, Ocotea odorifera, Urbanodendron bahiense). Os fragmentos apresentam-se em estágio avançado de sucessão, com predomínio de zoocoria, o que demonstra sua importância ecológica para a manutenção da fauna. As análises florísticas e a composição de espécies indicaram que, apesar de seus caracteres de transição entre florestas estacionais semideciduais e ombrófilas densas, a flora arbórea 188 dos fragmentos tem laços mais fortes com as primeiras. As florestas estacionais semideciduais da bacia do RPS apresentaram maior semelhança com as de mesma fitofisionomia da bacia do rio Doce, sugerindo que ambas correspondam a um contínuo de distribuição. O maior aporte de umidade das bacias RPS e do rio Doce deve ser o principal fator responsável pela distribuição de diversas espécies de forma exclusiva entre as florestas estacionais destas bacias e as florestas ombrófilas. Sugeriu-se que as variáveis mais fortemente ligadas à diferenciação florística entre as florestas comparadas sejam a duração da estação seca (estacionalidade das chuvas), a precipitação total, a altitude e a proximidade espacial entre as áreas. A alta riqueza e o elevado número de espécies de ocorrência restrita ou pouco frequentes na Floresta Atlântica denotam a importância da conservação dos fragmentos de florestas estacionais desta região. Ressaltamos ainda que o Vale do Paraíba paulista não possui unidades de conservação de proteção integral que incluam remanescentes de Floresta Estacional Semidecidual, o que compromete seriamente a conservação de parte importante da biota que é exclusiva deste tipo florestal, como constatado neste estudo. / The Paraíba do Sul River Basin (southeastern Brazil) is inserted into the Atlantic Rain Forest domain, at elevations from sea leval to 2797 a.s.l.. Ample topografic and climatic complexity is evident, as a result of diverse phytophysionomies, such as the high mountain grassland and savana, as well as seasonal Semi-deciduous, Tropical Rain and Araucaria forests. In spite of evident forest complexity, this basin has not come under the scope of phytogeographical studies. Through an analysis of floristic similarity among tree communities, it is possible to detect species pattern occurrence, as well as to explain conditioning factors. The Seasonal Semi-deciduous Forest of the Vale do Paraíba river basin occurs in highly fragmented areas, and has received but little attention as to floristic and phytosociological factors. With this in mind, the aim was to characterize and compare pertinent aspects of floristic composition, structure and ecology. The study areas were compared with other forests in the Atlantic domain, 17 of which occurring in this basin (RPS basin). Attention was focused on three fragments, two of 14 ha and another of 300.. 135 quarter-centered-points were sampled in each 189 fragment, by considering trees with circumferences equal or wider than 15 cm. 1620 individuals, belonging to 227 species, 138 genera and 51 families, were recorded. 64 species were compounded by random collectioning, to a total of 290. Those families with the highest number of species were Leguminosae, Myrtaceae, Rubiaceae, Lauraceae, Euphorbiaceae and Annonaceae. The total number of species varied from 165 to 178, and Shannon diversity indexes from 3,88 to 4,4. 13 species were first-time- encounters in São Paulo state (e.g. Casearia selloana, Mollinedia longifolia, Pseudolmedia hirtula), and five threatened (Dalbergia nigra, Melanoxylon brauna, Mollinedia glabra, Ocotea odorifera, Urbanodendron bahiense). The fragments were in advanced stages of succession, with predominant zoochory, making their maintenance essential in regional fauna conservation. Through the analysis of floristic and species composition, there was every indication that, in spite of the transitional character between seasonal semi-deciduous and dense ombrophylous forests, there was a stronger link of tree-flora fragments with the former. There was greater similarity between the seasonal semi-deciduous forests of the Paraíba do Sul and those of the Doce river basins, thereby implying continuous distribution. Higher humidity could be the main factor inducing the exclusive distribution of many species among seasonal semi- deciduous forests of the Paraíba do Sul and Doce river basins, as well as dense ombrophylous forests. We suggest that variables, such as rainfall seasonality and volume, altitude and spatial proximity, are those that most strongly influence floristic differences. The richness and number of rare and restricted species emphasize the importance of preserving these regional fragments. In the Paraíba do Sul River Basin, there are no conservation units that include remnant semi-deciduous forest. This aspect seriously compromises the conservation of a unique biota, exclusive to this type of forest.
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Relações florísticas, estruturais e ecológicas entre as florestas do topo da Serra do Mar e as florestas de restinga no Estado de São Paulo / Floristic, structural and ecological relationships between restinga florest and upper montane rain florest in Serra do Mar, SP, Brazil

Micheletti Neto, Joao Carlos Miguel Tomaz 18 December 2007 (has links)
As comunidades florestais periféricas às florestas que recobrem o sopé e as médias encostas da Serra do Mar apresentam uma convergência de fisionomias e aspectos xeromórficos, sustentada por floras que estão relacionadas quanto às suas origens. Como estas semelhanças podem indicar condições ecológicas similares, o trabalho investigou qualitativa e quantitativamente se as semelhanças fisionômicas, entre a Floresta do Topo dos Morros da Serra do Mar e a Floresta Seca de Restinga no Estado de São Paulo, são acompanhadas por semelhanças florísticas e estruturais. Esta investigação teve como objetivos: caracterizar e comparar, em termos fitossociológicos, as florestas secas de restinga e as florestas do topo das escarpas atlânticas; e analisar as relações entre possíveis padrões florísticos e estruturais do componente arbóreo destas florestas e condições edáficas e climáticas de seus ambientes. A amostragem foi realizada a partir de 10 parcelas de 10 m X 10 m em cada uma das seis áreas de estudo. Para o topo da Serra do Mar considerou-se a floresta nas seguintes Unidades de Conservação: Estação Biológica de Boracéia; Núcleo Curucutu do PESM e Parque Estadual Intervales. Para a floresta seca de restinga, as áreas de estudo foram: Núcleo Picinguaba do PESM, Estação Ecológica Juréia-Itatins e Parque Estadual Ilha do Cardoso. Através da descrição fitossociológica das comunidades e de técnicas de análise multivariada para classificação e ordenação, observou-se que as áreas de floresta do topo das encostas são pouco similares florística e estruturalmente em relação às florestas secas de restinga. As pequenas semelhanças entre as florestas estudadas dizem respeito às espécies de grande plasticidade ecológica e que, por isso, possuem ampla distribuição geográfica. As diferenças florísticas e estruturais foram determinadas pelas espécies oriundas das florestas que recobrem as encostas da Serra do Mar, sendo que nehuma das espécies consideradas importantes é endêmica de um dos tipos florestais, não sustentando, assim, a convergência ecológica. / Plant communities at the periphery of the Atlantic rainforest that recover the lower and middle slopes of Serra do Mar presents a convergence of physiognomy and xeromorphycs aspects, supported by floras that are related on its origins. As these convergence can indicate similar ecological conditions, this present work investigated if the similarities between Upper Slope Forest and the Restinga Forest in the State of São Paulo, Brazil, are followed by floristic and structural similarities. This inquiry had two objectives: characterize and compare the Upper Slope Forest and the Restinga Forest in its phytosociological aspects; analyze the relationships between edaphic and climatic conditions and floristic and structural patterns of the arboreal component of these forests. To characterize the Upper Slope Forest was considered forests in the following Conservation Units: Estação Biológica de Boracéia, Núcleo Curucutu do Parque Estadual da Serra do Mar and Parque Estadual Intervales; and to characterize the Restinga Forest the study areas were in the following Conservation Units: Núcleo Picinguaba do PESM, Estação Ecológica Juréia-Itatins and Parque Estadual Ilha do Cardoso. For structural vegetation analysis, were used 10 plots of 10 x 10 m in each area. The phytosociological description and multivaried analysis of classification and ordination showed that areas of Upper Slope Forest and Restinga Forest have low similarity. The resemblances are based on occurrence of broad ecological plasticity species and, therefore, of wide distribution. On the other hand, the floristic and structural heterogeneity is consequence of the predominance, in each forests type, of different species from the Atlantic rainforest that recover the lower and middle slopes of Serra do Mar, not supporting the ecological convergence hypothesis.
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Albert Löfgren: resgate, sistematização e atualidade do pensamento de um pioneiro nos campos da climatologia, fitogeografia e conservação da natureza no Brasil / Albert Löfgren: rescue, systematization and the current thinking of a pioneer in the fields of climatology, plant geography and nature conservation in Brazil

Persiani, Adriana 09 November 2012 (has links)
Esta pesquisa analisou a trajetória intelectual e a produção científica do naturalista sueco Johan Albert Constantin Löfgren (1854-1918) contribuindo, assim, com a história das ciências naturais no Brasil na transição entre os séculos XIX e XX. Para atingirmos este objetivo realizamos uma análise do conteúdo da sua produção técnico-científica para identificamos a estruturação das suas publicações (temáticas e abordagens predominantes). Este processo possibilitou a seleção dos tópicos aprofundados na análise do discurso, cuja decodificação revelou a visão de ciência e o papel do conhecimento; o conteúdo geográfico a ele inerente, vinculado à formação e organização do espaço e de formação da identidade nacional; seu pioneirismo em várias áreas do saber; sua atuação em importantes instituições de pesquisa; e, a atualidade de seu pensamento. Apesar de estrangeiro, Löfgren inseriu-se muito bem na sociedade brasileira do século XIX: estabeleceu relações sociais; manteve contato com o governo de diversas províncias e com instituições científicas nacionais e internacionais; e, assumiu a chefia de importantes seções ligadas a institutos de pesquisas, tais como a Seccção Botanica e Meteorologia da Commissão Geographica e Geologica de São Paulo, o Museu Sertório (atual Museu Paulista), o Horto Botânico (atualmente conhecido como Horto Florestal, Parque Estadual Albert Löfgren), a Secção de Botânica da Inspetoria de Obras Contra as Seccas, e Secção de Botânica do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Revelando a influência que as visões de ciência de Humblodt e Ritter tiveram em sua formação, Löfgren valorizou o entendimento da influência do meio físico nas sociedades e se dedicou à preservação de peças de arqueologia e de história natural, em particular dos sambaquis do litoral paulista. Por sua iniciativa, foi organizado o serviço meteorológico em São Paulo e no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Dedicou-se ao estudo da flora brasileira sob a ótica evolucionista, descrevendo seus aspectos fisionômicos e florísticos, sendo o primeiro a indicar um sistema para caracterizar os tipos e formas de vegetação do Cerrado. Löfgren envolveu-se no discurso científico durante o processo de formação e organização do espaço e da identidade nacional. Seus estudos sobre o potencial agrícola dos campos paulistas e do semiárido nordestino o levaram a combater a prática das queimadas e a dedicação exclusiva à monocultura. Ao denunciar os danos ambientais provocados pelo avanço das atividades econômicas e pelo crescimento desordenado das cidades, conseguiu o apoio de outros conservacionistas, que também se ergueram em defesa dos recursos florestais. Sua maior luta foi pela implantação de um serviço florestal que, por força de lei, garantisse a conservação das florestas. Albert Löfgren foi um cientista de seu tempo e criativo nas análises, propostas e prognósticos futuros. Um personagem da história da ciência paulista e brasileira, pouco conhecido e valorizado, cuja ampla contribuição, se colocada em prática, teria resultado em cenários melhores dos que existem hoje. O resgate histórico, a sistematização e a análise de sua produção permitiram fazer jus à sua memória científica e divulgar seu papel no entendimento do mundo geográfico paulista nos finais do século XIX e início do XX. / This research analyzed the intellectual and scientific history of the swedish naturalist Johan Albert Constantin Löfgren (1854-1918) thereby contributing to the history of natural sciences in Brazil in the transition between the nineteenth and twentieth centuries. To achieve this goal we performed a content analysis of its technical-scientific production, to identify the structuring of his publications (predominant themes and approaches). This process enabled the selection of topics in-depth discourse analysis, which revealed the decoding view of science and the role of knowledge; geographic content to it inherently linked to the formation and organization of space and formation of national identity; his pioneering work in several areas of knowledge; his performance in major research institutions; and the current of his thought. Despite being foreign, Löfgren was introduced into Brazilian society of the nineteenth century: established social relations; maintained contact with the government of various provinces and with national and international scientific institutions; and assumed leadership of important sections linked to research institutes, such as Section Botany and Meteorology of Geographical and Geological Commission of São Paulo, the Museum Sertório (now Museu Paulista), the Horto Botânico (now Horto Florestal, Albert Löfgren State Park), Section of Botany, of Inspetoria de Obras Contra as Seccas, and the Section of Botany of Botanical Garden of Rio de Janeiro. Revealing the influence that the visions of science of Humblodt and Ritter had in his formation, Löfgren gave importance to the understanding of the influence of the physical environment in the societies, and was dedicated to the preservation of archaeological and natural history artifacts, in particular the sambaquis on the coast of São Paulo. By his initiative, was organized the weather service in São Paulo and in the Botanical Garden of Rio de Janeiro. He devoted himself to the study of flora in the evolutionary perspective, describing its physiognomic and floristic aspects, and was the first to indicate a system to characterize the types and forms of Cerrado vegetation. Löfgren engaged in scientific discourse during the formation and organization of space and national identity. His studies on the agricultural potential of the fields in São Paulo and of semi-arid Northeast led him to combat the practice of burning and the dedication to monoculture. Denouncing the environmental damage caused by the advancement of economic activities and the unplanned growth of cities, won the backing of other conservationists, who also rose in defense of forest resources. His biggest fight was for the establishment of a forest service that, by law, guarantees the conservation of forests. Albert Löfgren was a scientist of his time and creative in the analyzes, proposals and future predictions. A character in the history of São Paulo and Brazilian science, little known and valued, whose large contribution, if put into practice, would result in the best scenarios that exist today. The historical review, systematization and analysis of his production allowed doing justice to his memory scientific and disseminating his role in the understanding of the São Paulo geographic world in the late nineteenth and early twentieth centuries.
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Fitogeografia urbana e condicionantes socioambientais em Aracaju-SE (1978-2018)

Malta, Judson Augusto Oliveira 24 August 2018 (has links)
The conformation of urban green spaces comes from a historical construction, resulting from the configurations in the society-nature relationship that shapes this landscape. It is observed in the phytogeography of the urban space, a dialectical process between the thesis of its natural determinants and, the antithesis of its socio-cultural scope. The urban landscape is established as a materialization of a political project of society in the cities which intensifies and concentrates exploration and social-environmental impact. The present thesis analyzes phytogeography in Aracaju / SE and its correlations with urban socioenvironmental aspects, based on geographical and historical conditions, modeling techniques and geoprocessing. With this purpose, bibliographic, statistical and geographic data surveys were carried out; besides fieldwork with the use of Unmanned Aerial Vehicle to elaborate an audiovisual collection. The results were gathered in a geographic database, in which editing, restitution, photointerpretation, geostatistical modeling and analysis were performed. These results allowed a socio-environmental characterization of Aracaju wich was made through a integrated approach by the spheres of water, land and air and their impacts; of urbanization, population and their services; and finally, of the uses of the soil, phytogeographic and socioenvironmental modeling. The roads and sidewalks of Aracaju have some afforestation; orthogonal aspect, longitudinal and woody structures that have their local contexts and need species selection and diversification. There is also a lack of better distribution of the squares, since they are more concentrated and better equipped in the historical or higher-income neighborhoods. The neighborhoods Jardins, Treze de Julho and Coroa do Meio are emblematic examples of a socio-spatial segregation process that has resulted in high investments and environmental impacts. It should be emphasized that changes in landscape dynamics, socio-environmental impacts and phytogeography need to be explained from the society-nature relationship, in order to promote a more functional, structural and equitable afforestation in the urban space. / A conformação dos espaços verdes urbanos é proveniente de uma construção histórica, resultante das configurações na relação sociedade-natureza que modelam essa paisagem. Observa-se na fitogeografia do espaço urbano, um processo dialético entre a tese de seus condicionantes naturais e, a antítese de seu âmbito sociocultural. A paisagem urbana é estabelecida como a cristalização de um fazer geopolítico de sociedade que promove a intensificação e concentração da exploração e dos impactos socioambientais. A presente tese analisa a fitogeografia em Aracaju/SE e suas correlações com aspectos socioambientais urbanos, com base em condicionantes geográficos e históricos, técnicas de modelagem e geoprocessamento. Com esta finalidade, foram realizados levantamentos de dados bibliográficos, estatísticos e geográficos; além de trabalhos de campo com a utilização de Veículo Aéreo Não Tripulado para elaboração de um acervo audiovisual. Os dados coletados foram congregados em um banco de dados geográfico, no qual foram realizados processos de edição, restituição, fotointerpretação, modelagem geoestatística e análises. Esses resultados possibilitaram uma caracterização socioambiental de Aracaju a partir da abordagem integrada das esferas das águas, da terra, do ar e seus impactos; da urbanização, população e serviços; e por fim, dos usos do solo, fitogeografia e modelagem socioambiental. As vias e calçadas de Aracaju possuem certa arborização; aspecto ortogonal, a partir de eixos estruturantes longitudinais arborizados que apresentam seus contextos locais e necessitam de seleção e diversificação de espécies. Observa-se ainda, uma carência de melhor distribuição das praças, pois elas estão mais concentradas e melhor equipadas nos bairros históricos ou de maior renda. Os bairros Jardins, Treze de Julho e Coroa do Meio são exemplos emblemáticos de um processo de segregação socioespacial que acarretou em elevados investimentos e impactos ambientais. Salienta-se portanto, que as transformações na dinâmica da paisagem, os impactos socioambientais e a fitogeografia precisam ser explicados a partir da relação sociedade-natureza, com a finalidade de promover ao espaço urbano uma arborização mais funcional, estrutural e equitativa. / São Cristóvão, SE
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Diversidade de espécies em comunidades arbóreas: aplicação de índices de distinção taxonômica em três formações florestais do Estado de São Paulo / Tree species community diversity: aplication of taxonomic distinctness indices in three forest phytophysionomies in São Paulo State

Gorenstein, Mauricio Romero 27 August 2009 (has links)
Este trabalho faz parte do projeto Biota/FAPESP, Métodos de Inventário da Biodiversidade de Espécies Arbóreas, e analisou a diferença na estrutura florística entre as áreas estudadas. Na Estação Ecológica de Assis, SP, área de Cerradão, foram amostradas 102 espécies, 72 gêneros e 43 famílias; 67% das espécies foram exclusivas desta fitofisionomia. Na Floresta Estacional Semidecidual da Estação Ecológica dos Caetetus, município de Gália-SP, foram amostradas 208 espécies, 138 gêneros e 49 famílias; sendo 65% das espécies exclusivas. Na Floresta Ombrófila Densa do Parque Estadual de Carlos Botelho, município de São Miguel Arcanjo-SP, foram encontradas 410 espécies, pertencentes a 152 gêneros e 64 famílias; 84% das espécies exclusivas desta fitofisionomia. A Floresta Estacional apresentou maior similaridade com a Floresta Ombrófila do que com o Cerradão. Apesar de apresentar maior número de espécies, a Floresta Ombrófila Densa apresenta concentração de espécies nas famílias Myrtaceae e Lauraceae. Em outra análise foram calculados os índices de distinção taxonômica nas 5 grades amostrais para os métodos de amostragem testados. O método de Bitterlich apresentou tendência nos índices de diversidade e distinção taxonômica, conforme a diversidade taxonômica do sub-bosque. Esses índices apresentaram média independente e variância decrescente com o aumento da amostra. Os índices de distinção taxonômica média e variância da distinção taxonômica média também apresentaram variância decrescente. Porém, a estabilização da média ocorreu com amostras de maior tamanho, principalmente para as parcelas de área fixa na Estação Ecológica dos Caetetus. Na Floresta Ombrófila Densa, a distinção taxonômica média foi menor e a variância da distinção taxonômica média foi maior, devido a alta concentração de espécies de Myrtales e Laurales nesta fitofisionomia. / This research is part of the project Biota / FAPESP, \"Tree Species Biodiversity Inventory Methods, and analised floristic structural differences among three areas. In Assis Ecological Station, Forest Savanna area were sampled 102 species, 72 genus and 43 families, 67% of this species were exclusive of this phytophisiognomy. Semideciduous seasonal forest in the Caetetus Ecological Station, 208 species were sampled, 138 genus and 49 families, with 65% of exclusive species. Rain Forest in the Carlos Botelho State Park, were found 410 species, belonging to 152 genus and 64 families, 84% of exclusive species. The seasonal forest showed greater similarity to the rain forest than the Savanna. In spite of the greater number of species, the Rain Forest presents concentration of species in the Myrtaceae and Lauraceae families. In another analysis were calculated the taxonomic indices in tree species data provided by sampling methods tested in five sampling grids. The Bitterlich sampling method was tendecious in estimates the taxonomic diversity and taxonomic distinctness indices because the taxonomic diversity in the understory. These indices showed average independent and variance decreasing with increasing sample. The average taxonomic distinctness and variation in taxonomic distinctness also showed decreased, but the stabilization of the average occurred with samples of greater size, mainly for fixed area plots at Caetetus Ecological Station. In the Rain Forest the average taxonomic distinctness was lower and the variation of taxonomic distinctness was higher due to high concentration of species of Myrtales and Laurales in this phytophisiognomy.
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Distribuição espacial de espécies arbóreas na área de vida de Sapajus nigritus (Primates, Cebidae) na Mata Atlântica, Parque Estadual Carlos Botelho, estado de São Paulo / Spatial distribution of tree species present in the home range of Sapajus nigritus (Primates, Cebidae) in the Atlantic, Carlos Botelho State Park, State of Sao Paulo

Sevghenian, Eliza 29 October 2012 (has links)
Apesar dos esforços na realização de pesquisas com primatas na Mata Atlântica, ainda existem poucos estudos relacionando topografia, composição e distribuição de vegetação com o padrão de ocupação da área por primatas. Pela escassez dessas pesquisas, essas relações foram analisadas em duas áreas dentro da área de vida de um grupo de Sapajus nigritus numa área de Floresta Ombrófila Densa, localizada no Parque Estadual Carlos Botelho (PECB), Estado de São Paulo. Com o objetivo de descobrir se há ou não relação entre distribuição da vegetação arbórea com o padrão de uso da área (relacionadas com as rotas realizadas em 2007) pelo grupo deSapajus nigritus. Com o auxílio de uma imagem do IBGE de 1:50.000 da área do PECB, cedido pelo Instituto Florestal, em São Paulo, foi feito um recorte da área de vida do grupo no software ArcView 9.3 para seleção duas áreas; a primeira conhecida como área central (ou área núcleo) onde o grupo utiliza com mais frequência, foi denominada de área A, e a segunda área, uma pequena porção mais periférica da área de vida com inclinação mais acentuada, denominada de área B. Em cada uma dessas áreas foram instaladas três unidades amostrais; uma em área de topo de morro, uma em área de encosta e uma em área de fundo de vale, totalizando seis unidades amostras (G1, G2, G3, G4, G5 e G6). Cada unidade amostral, contendo quatro parcelas de 20 x 20 m (400 m2), espaçadas de 40 m e 60 m e subdivididas em subparcelas de 5 x 5 m (25 m2), totalizando 24 parcelas e 384 subparcelas, perfazendo uma área de 9.600 m2. O critério de inclusão foi DAP (diâmetro à altura do peito) 10 cm. Os resultados florísticos amostraram 672 indivíduos pertencentes a 146 espécies e 84 famílias (levando em conta os indivíduos não identificados e os mortos). As famílias que apresentaram maior riqueza de espécies foram respectivamente, Myrtaceae, Lauraceae e Fabaceae para todas as unidades amostrais. Das 146 espécies amostradas, 70 são espécies utilizadas pelo grupo de Sapajus nigritus como alimento, dentre elas, 43 (a maioria) estão amostradas em ambas as áreas e estão distribuídas na menor classe diamétrica.Quanto a fitossociologia, as espécies com maior valor no índice de importância (IVI) foram: Ocotea catharinensis (Canela-preta) para as grades amostrais em áreas de topo de morro e encosta, e Alchornea triplinervia (Tapiá) para as grades amostrais em áreas de fundo de vale. Os resultados indicaram que a composição fitossociológica da vegetação das parcelas amostradas em diferentes situações de topografia, não apresentou relação com o padrão de ocupação da área pelo grupo de macacos-prego, pois as espécies arbóreas estão amostradas em ambas as áreas de maneira homogênea. O fato de o grupo utilizar com mais frequência a área central da área de vida não está relacionado com a distribuição da vegetação e nem com as feições topográficas, mas sim pode estar relacionada a outros fatores, como a disponibilidade de frutos, variação sazonal, proteção contra predadores e outros fatores comportamentais. / Despite efforts in conducting research with primates in the Atlantic, there are still few studies topography, composition and distribution of vegetation with the pattern of occupation of the area by primates. Scarcity of such research, these relationships were analyzed in two areas within the home range of a group of Sapajus nigritus an area of dense rain forest, located in the Parque Estadual Carlos Botelho (PECB), State of Sao Paulo. Aiming to discover whether there is relationship between the distribution of trees with the usage pattern of the area (related to the routes taken in 2007) by the group Sapajus nigritus. With the aid of an image of the IBGE of 1:50.000 area PECB, assigned by the Forestry Institute, in São Paulo, a cut was made in the area of group life in ArcView 9.3 for selecting two areas, the first area known as central area (or core area) - where the group frequently used, was called area A, and the second area, a small portion of the peripheral area of life - with steepest slope, called Area B. In each of these areas were installed three sample units, one on top of the hill area, one in the hilly area and a background area in the valley, totaling six units strains (G1, G2, G3, G4, G5 and G6) . Each sample unit, containing four plots of 20 x 20 m (400 m2), spaced 40 m 60 m divided into subplots of 5 x 5 m (25 m2), totaling 24 plots and 384 plots, totaling an area of 9,600 m2. The inclusion criterion was DBH (diameter at breast height) 10 cm. The results floristic sampled 672 individuals belonging to 146 species and 84 families (taking into account the unidentified individuals and the dead). The families with the highest species richness were respectively Myrtaceae, Lauraceae and Fabaceae for all sample units. Of the 146 sampled species, 70 species are used by the group Sapajus nigritus as food, among them, 43 (the majority) are sampled in both areas and are distributed in the smallest diameter class. As for phytosociology, the species with the highest importance index (IVI) were: Ocotea catharinensis (Shin-black) for the sampling grids in areas of hill top and slope, and Alchornea triplinervia (Tapia) for the sampling grids in areas the valley bottom. The results indicated that the composition of phytosociological vegetation plots sampled in different situations topography was not related to the pattern of occupation of the area by the group of capuchin monkeys, because the tree species are sampled in both areas evenly. The fact that the group used more often to the central area of life is not related to the distribution of vegetation and with no topographic features, but may be related to other factors such as the availability of fruits, seasonal variation, protection against predators and other behavioral factors.
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Padrões de diferenciação florística no extremo sul da Mata Atlântica: influências ambientais e histórica

Gonçalves, Erivelton Tomazzoni 18 February 2011 (has links)
Submitted by CARLA MARIA GOULART DE MORAES (carlagm) on 2015-05-07T14:18:15Z No. of bitstreams: 1 EriveltonTomazzoniGoncalves.pdf: 514129 bytes, checksum: 16d68cb85838c6e25971df9dbe3e7cf1 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-05-07T14:18:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 EriveltonTomazzoniGoncalves.pdf: 514129 bytes, checksum: 16d68cb85838c6e25971df9dbe3e7cf1 (MD5) Previous issue date: 2011 / Nenhuma / A variação espacial da abundância das espécies pode ser determinada por uma série de causas históricas e ambientais. Visando a identificação de grupos florísticos e a sua relação com um conjunto de variáveis edáficas e climáticas (ambientais), do espaço geográfico (histórico) na estruturação da composição arbórea ao longo de formações ombrófilas e estacionais do extremo sul do bioma Mata Atlântica-Brasil, extraiu-se da literatura dados de composição e abundância da flora arbórea (Dap >9.5 cm), de 52 unidades amostrais com cerca de 1 ha de extensão. As comunidades foram caracterizadas através de sete variáveis climáticas, nove variáveis edáficas, três estruturais, além da diversidade Jost, altitude e suas coordenadas geográficas. Análises de ordenação foram empregadas para síntese dos descritores edafo-climáticos e características estruturais (PCA), na estruturação florística entre as parcelas (NMDS) e posterior correlação com os fatores ambientais. Através de análise de agrupamento hierárquico identificou-se grupos florísticos com utilização de espécies indicadoras, as quais foram classificadas quanto aos seus corredores migratórios. Com o uso do teste G, avaliou-se a independência das rotas históricas de dispersão com a composição das espécies indicadoras dos grupos florísticos. Fatores relacionados ao nicho das espécies, como a temperatura, precipitação total e secundariamente a drenagem, fertilidade e profundidade do solo são consistentes com a distribuição da composição arbórea. Do mesmo modo a longitude configurou-se um forte preditor desta variação florística formando um gradiente ao longo dos corredores de dispersão tropicais, bem como os grupos florísticos obtidos apresentaram espécies indicadoras dependentes dos seus contingentes de origem. Identificou-se um gradiente estrutural de variação de área basal, altura média e densidade entre Florestas Ombrófilas Mistas e Florestas Estacionais, ao contrário da diversidade. Os grupos florestais exibem diferentes graus de separação entre si. As Florestas Estacionais e a Floresta Ombrófila Densa formam um gradiente florístico contínuo ao longo de dois corredores migratórios de modo a consistir um bloco único. A Floresta Ombrófila Mista constitui um grupo dissimilar a estas formações com uma subdivisão marcada por espécies indicadoras exclusivas. Fatores ambientais e históricos são responsáveis tanto pela divisão entre grupos, que podem ser de forma abrupta ou gradativa, quanto pela diferenciação interna destas formações. / The spatial variation of species abundance can be determined by a series of historical and environmental causes. In order to identify floristic groups and their relationship to a set of soil and climatic variables (environmental), the geographic area (historical) in structuring the composition of trees along formations and seasonal rainforests from southern Atlantic forest, Brazil drew from the literature data on the composition and abundance of tree flora (DBH> 9.5 cm) of 52 sample units with about 1 ha in extension. The communities were characterized using seven climate, nine soil and three structural variables, as well as the Jost diversity, altitude and geographic coordinates. Ordination analysis were employed for the synthesis of soil, climatic and structural descriptors (PCA), the floristic structure between plots (NMDS) and subsequent correlation with environmental factors. Through hierarchical cluster analysis identified himself with floristic groups using indicator species, which were classified according to their migratory corridors. By using the G test, we evaluate the independence between the historic routes of dispersion and the composition of indicator species groups. Factors related to the niche of the species, such as temperature, total precipitation, and secondarily drainage, fertility and soil depth, are consistent with the distribution of the composition tree. Likewise the longitude is a strong predictor of floristic variation forming a gradient along the corridors of dispersal tropical flora, and the groups obtained were dependent indicator species of origin of their contingents Unlike the diversity, it was identified a structural gradient of basal area variation, average height and density between Araucaria forest and seasonal forests,. The forestry groups exhibit different degrees of separation between themselves. Seasonal forests and form a dense rain forest floristic gradient along two continuous migration corridors in order to consist a single block. The Araucaria forest is a group dissimilar to these formations with a subdivision marked by unique indicator species. Environmental and historical factors are responsible for both, the division between groups that may be abrupt or gradual, as well as the internal differentiation of these formations.
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Modelando ocorrência e abundância de espécies arbóreas no entorno de uma usina hidroelétrica no sul do Brasil

Guarino, Ernestino de Souza Gomes January 2010 (has links)
Modelos de ocorrência e abundância de espécies são importantes ferramentas para a elaboração de estrategias para a conservação da biodiversidade. Nestes artigos aplicamos, pela primeira vez, modelos de distribuição e abundância no entorno de uma Usina Hidroelétrica no Sul do Brasil, com o objetivo de mostrar possíveis aplicações destas técnicas no planejamento de ações de coleta e conservação, in situ e ex situ, destas espécies. Nossos objetivos secundários foram (i) modelar a ocorrência e abundância de plantas em um trecho da bacia do rio Pelotas e (ii) verificar o efeito da detectabilidade em modelos de ocorrência. Para tanto dividimos a tese em dois capítulos e cinco questões. No primeiro capítulo procuramos responder as seguintes questões: (1) existe relação entre a probabilidade de ocorrência e a abundância observada? (2) Modelos baseados na abundância são melhores para predizer a ocorrência de espécies do que modelos baseados apenas na ocorrência das espécies? No segundo capítulo, tentamos responder se (3) amostragens exaustivas, com presenças e ausências bem descritas, produzem modelos de ocorrência mais precisos? (4) Se a relação entre a ocorrência da espécie e as variáveis ambientais que descrevem sua distribuição é alterada de acordo com a detectabilidade? (5) Qual o impacto de falsos zeros na área ocupada estimada para a espécie? O trabalho foi realizado no entorno da UHE Barra Grande, erguida no rio Pelotas, entre os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Localizada na bacia do rio Pelotas, seu reservatório ocupa uma área de aproximadamente 90 km2 e seu entorno perfaz uma área aproximada de 4.600 km2, onde amostramos 388 parcelas georreferenciadas (10 x 50 m) distribuídas aleatoriamente. Em cada parcela contamos o número de indivíduos de nove espécies arborescente com altura ≥ 1,5 m. No primeiro artigo, modelamos, utilizando modelos lineares generalizados (GLM), a distribuição e abundância das nove espécies estudadas em relação a 15 variáveis ambientais, e demonstramos que modelos de ocorrência são mais precisos do que modelos de abundância. Demonstramos também que a probabilidade de ocorrência é positivamente correlacionada com a abundância observada, o que abre a possibilidade de utilizarmos a probabilidade de ocorrência como um indicador da abundância das espécies. No segundo capítulo, verificamos o impacto de falhas de detecção em modelos de distribuição de espécies, utilizando como espécie modelo A. angustifolia. Simulamos o impacto de falsos zeros na precisão dos modelos, na seleção das variáveis resposta (variáveis ambientais) e nas estimativas de área ocupada pela espécie. A redução da detectabilidade ocasionou alterações tanto na precisão dos modelos quanto na área estimada de ocorrência e nas variáveis ambientais que explicam a ocorrência de A. angustifolia. A área ocupada não apresentou padrão bem definido, porém mostrou tendência de elevação de acordo com a diminuição da detectabilidade, elevando com isso o erro de comissão dos modelos. A precisão dos modelos (AUC e correlação entre probabilidade de ocorrência e abundância observada), apresentou queda em relação ao redução da detectabilidade, enquanto apenas uma variável ambiental foi incluída em todos os modelos (pH do solo). Existe um grande possibilidade de uso destas técnicas como informação básica para planos de conservação, monitoramento e manejo da biodiversidade no entorno de empreendimentos hidroelétricos, porém, para que possamos tirar inferências fortes sobre as espécies e ecossistemas em questão, devemos observar sempre a necessidade de levar em conta os impactos da detecção imperfeita das espécies. / Species occurrence and abundance models are important tools in the development of biodiversity conservation strategies. This study presents, for the first time, the application of distribution and abundance models in the environment surrounding a hydropower dam in southern Brazil. The aim is to demonstrate the possible application of these techniques in planning collection and conservation strategies of the species inhabiting the area, in situ and ex situ. We also aimed at (i) modeling the occurrence and abundance of plants in a section of the Pelotas River basin and (ii) verifying the effect of detectability in occurrence models. This thesis was therefore divided into two chapters and five questions. The first chapter is an attempt to answer the following questions: (1) Is there a relationship between occurrence probability and abundance? (2) Are models based on abundance better to predict the occurrence of species as compared to models that utilize only species occurrence? The second chapter addresses the questions: (3) Do exhaustive sampling procedures, with well-sampled presences and absences, lead to more accurate occurrence models? (4) Does detectability influence the relationship between species occurrence and environmental variables? (5) What is the impact of false zeros in the estimated area occupied by one given species? This study was conducted in the area surrounding the hydropower plant “Barra Grande”, in the Pelotas River, on the border of the Rio Grande do Sul and Santa Catarina states. Located in the Pelotas River basin, the dam occupies an area of approximately 90 km². The surrounding area accounts for 4,600 km², where 388 plots with 10 x 50 m were randomly distributed and georeferenced. In each plot, individuals of nine selected tree species taller than 1.5 m were surveyed. In the first paper, we modeled the distribution and abundance of the species studied using generalized linear models (GLMs), utilizing 15 environmental variables. Occurrence models were proved to be more accurate than abundance models. The positive correlation between occurrence probability and observed abundance was also demonstrated, which opens the possibility to utilize occurrence probability as an indicator of species abundance. The second chapter reports the impact of failures in detection in species distribution models, using A. angustifolia as model species. We simulated the impact of false zeros in model accuracy, in the selection of response variables (environmental variables) and in estimates of the area occupied by A. angustifolia. The decrease in detectability caused changes in both model accuracy and in the environmental variables that explain the occurrence of A. angustifolia. The area occupied did not have a well-defined pattern, though it showed a trend towards elevation, in accordance with the decrease in detectability, thus raising the commission error in the model. The accuracy of models (AUC and correlation between occurrence probability and observed abundance) decreased with the decrease in detectability, while only one environmental variable was included in all models (soil pH). These techniques offer great potential in the collection of essential information in biodiversity conservation, monitoring and managements strategies in hydropower projects. However, robust inferences about species and ecosystems in question can only be drawn considering the need to evaluate the impact caused by defective species detection.
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Modelando ocorrência e abundância de espécies arbóreas no entorno de uma usina hidroelétrica no sul do Brasil

Guarino, Ernestino de Souza Gomes January 2010 (has links)
Modelos de ocorrência e abundância de espécies são importantes ferramentas para a elaboração de estrategias para a conservação da biodiversidade. Nestes artigos aplicamos, pela primeira vez, modelos de distribuição e abundância no entorno de uma Usina Hidroelétrica no Sul do Brasil, com o objetivo de mostrar possíveis aplicações destas técnicas no planejamento de ações de coleta e conservação, in situ e ex situ, destas espécies. Nossos objetivos secundários foram (i) modelar a ocorrência e abundância de plantas em um trecho da bacia do rio Pelotas e (ii) verificar o efeito da detectabilidade em modelos de ocorrência. Para tanto dividimos a tese em dois capítulos e cinco questões. No primeiro capítulo procuramos responder as seguintes questões: (1) existe relação entre a probabilidade de ocorrência e a abundância observada? (2) Modelos baseados na abundância são melhores para predizer a ocorrência de espécies do que modelos baseados apenas na ocorrência das espécies? No segundo capítulo, tentamos responder se (3) amostragens exaustivas, com presenças e ausências bem descritas, produzem modelos de ocorrência mais precisos? (4) Se a relação entre a ocorrência da espécie e as variáveis ambientais que descrevem sua distribuição é alterada de acordo com a detectabilidade? (5) Qual o impacto de falsos zeros na área ocupada estimada para a espécie? O trabalho foi realizado no entorno da UHE Barra Grande, erguida no rio Pelotas, entre os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Localizada na bacia do rio Pelotas, seu reservatório ocupa uma área de aproximadamente 90 km2 e seu entorno perfaz uma área aproximada de 4.600 km2, onde amostramos 388 parcelas georreferenciadas (10 x 50 m) distribuídas aleatoriamente. Em cada parcela contamos o número de indivíduos de nove espécies arborescente com altura ≥ 1,5 m. No primeiro artigo, modelamos, utilizando modelos lineares generalizados (GLM), a distribuição e abundância das nove espécies estudadas em relação a 15 variáveis ambientais, e demonstramos que modelos de ocorrência são mais precisos do que modelos de abundância. Demonstramos também que a probabilidade de ocorrência é positivamente correlacionada com a abundância observada, o que abre a possibilidade de utilizarmos a probabilidade de ocorrência como um indicador da abundância das espécies. No segundo capítulo, verificamos o impacto de falhas de detecção em modelos de distribuição de espécies, utilizando como espécie modelo A. angustifolia. Simulamos o impacto de falsos zeros na precisão dos modelos, na seleção das variáveis resposta (variáveis ambientais) e nas estimativas de área ocupada pela espécie. A redução da detectabilidade ocasionou alterações tanto na precisão dos modelos quanto na área estimada de ocorrência e nas variáveis ambientais que explicam a ocorrência de A. angustifolia. A área ocupada não apresentou padrão bem definido, porém mostrou tendência de elevação de acordo com a diminuição da detectabilidade, elevando com isso o erro de comissão dos modelos. A precisão dos modelos (AUC e correlação entre probabilidade de ocorrência e abundância observada), apresentou queda em relação ao redução da detectabilidade, enquanto apenas uma variável ambiental foi incluída em todos os modelos (pH do solo). Existe um grande possibilidade de uso destas técnicas como informação básica para planos de conservação, monitoramento e manejo da biodiversidade no entorno de empreendimentos hidroelétricos, porém, para que possamos tirar inferências fortes sobre as espécies e ecossistemas em questão, devemos observar sempre a necessidade de levar em conta os impactos da detecção imperfeita das espécies. / Species occurrence and abundance models are important tools in the development of biodiversity conservation strategies. This study presents, for the first time, the application of distribution and abundance models in the environment surrounding a hydropower dam in southern Brazil. The aim is to demonstrate the possible application of these techniques in planning collection and conservation strategies of the species inhabiting the area, in situ and ex situ. We also aimed at (i) modeling the occurrence and abundance of plants in a section of the Pelotas River basin and (ii) verifying the effect of detectability in occurrence models. This thesis was therefore divided into two chapters and five questions. The first chapter is an attempt to answer the following questions: (1) Is there a relationship between occurrence probability and abundance? (2) Are models based on abundance better to predict the occurrence of species as compared to models that utilize only species occurrence? The second chapter addresses the questions: (3) Do exhaustive sampling procedures, with well-sampled presences and absences, lead to more accurate occurrence models? (4) Does detectability influence the relationship between species occurrence and environmental variables? (5) What is the impact of false zeros in the estimated area occupied by one given species? This study was conducted in the area surrounding the hydropower plant “Barra Grande”, in the Pelotas River, on the border of the Rio Grande do Sul and Santa Catarina states. Located in the Pelotas River basin, the dam occupies an area of approximately 90 km². The surrounding area accounts for 4,600 km², where 388 plots with 10 x 50 m were randomly distributed and georeferenced. In each plot, individuals of nine selected tree species taller than 1.5 m were surveyed. In the first paper, we modeled the distribution and abundance of the species studied using generalized linear models (GLMs), utilizing 15 environmental variables. Occurrence models were proved to be more accurate than abundance models. The positive correlation between occurrence probability and observed abundance was also demonstrated, which opens the possibility to utilize occurrence probability as an indicator of species abundance. The second chapter reports the impact of failures in detection in species distribution models, using A. angustifolia as model species. We simulated the impact of false zeros in model accuracy, in the selection of response variables (environmental variables) and in estimates of the area occupied by A. angustifolia. The decrease in detectability caused changes in both model accuracy and in the environmental variables that explain the occurrence of A. angustifolia. The area occupied did not have a well-defined pattern, though it showed a trend towards elevation, in accordance with the decrease in detectability, thus raising the commission error in the model. The accuracy of models (AUC and correlation between occurrence probability and observed abundance) decreased with the decrease in detectability, while only one environmental variable was included in all models (soil pH). These techniques offer great potential in the collection of essential information in biodiversity conservation, monitoring and managements strategies in hydropower projects. However, robust inferences about species and ecosystems in question can only be drawn considering the need to evaluate the impact caused by defective species detection.

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