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Avaliação de gestantes inadvertidamente vacinadas contra a rubéola e de seus recém-nascidosOliveira, Lenice Minussi January 2006 (has links)
A rubéola é uma doença virótica aguda cuja importância clínica e epidemiológica deve-se à possibilidade da transmissão vertical da mãe para o feto principalmente quando acomete a gestante no primeiro trimestre, podendo levar à morte fetal ou a ocorrência da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), apresentando graves defeitos congênitos, como lesões oculares (retinopatia, catarata, glaucoma e microftalmia), perda da audição sensorioneural, anomalias cardiovasculares (persistência do ducto arterial, estenose pulmonar e aórtica, defeitos do septo atrial e/ou ventricular) e retardo mental. As vacinas contra a rubéola foram introduzidas em 1969 e, desde então, aquela constituída pela cepa do vírus vivo atenuado RA 27/3 tem sido amplamente utilizada em muitos países. Devido ao fato da vacina ser constituída por vírus vivo, a principal preocupação é a possibilidade que sua administração, durante a gravidez, possa causar a SRC. Portanto, mulheres que receberam a vacina são recomendadas a evitar a concepção em até 1 mês após a imunização. Até o momento não existem relatos de casos observados de SRC após a vacinação na gravidez, mas há ainda um risco teórico de aproximadamente 1,6% dos fetos expostos, considerando o poder estatístico da amostra mundial disponível até o momento. No Brasil, o Ministério da Saúde realizou campanhas de vacinação, imunizando a população feminina entre os 12 e 39 anos de idade no período de 1998-2002. O objetivo principal deste trabalho foi fazer um acompanhamento especial e prospectivo das mulheres, que por não saberem que estavam grávidas foram imunizadas contra a rubéola ou engravidaram logo após a vacinação. O número total da população feminina vacinada, durante a campanha realizada no Rio Grande do Sul (RS), em 2002, foi de 1.878.308. Destas, 4.398 estavam grávidas ou engravidaram em até 30 dias após a vacinação e 421 (9,6%) foram classificadas como suscetíveis, pois tiveram sorologia com resultado positivo para IgM anti-rubéola após a vacinação. A coleta sorológica foi realizada em 152 bebês das gestantes suscetíveis e houve uma taxa de infecção pelo vírus vacinal em 10 deles. Os dados do presente trabalho foram comparados com resultados obtidos da população total de nascimentos do RS, fornecidos pelo Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC/RS). Dos 152 bebês, 2,0% foram natimortos e entre os nascidos vivos, 8,7% tiveram baixo peso ao nascimento e houve uma taxa de prematuridade em 10,7%. Esses dados não diferem dos resultados obtidos da população total de nascimentos do RS. Da mesma forma, não foram encontradas diferenças entre os bebês IgM+ e o total de nascimentos do RS, quanto à média de peso ao nascimento e baixo peso. Todos os bebês IgM+ foram avaliados clinicamente, por um dismorfologista e oftalmologista, e exames complementares como ecocardiografia e triagem auditiva por emissão otoacústica foram realizados. Nenhum dos dez bebês IgM+ apresentou defeitos congênitos relacionados à SRC durante o exame físico ao nascimento e aos três meses de idade. Da mesma maneira, após a realização dos exames específicos, não foi encontrado nenhum bebê com defeitos cardíacos, déficit auditivo ou problemas oftalmológicos, tais como catarata, retinopatia pigmentosa e glaucoma. Foram realizados exames complementares para citomegalovírus, toxoplasmose, sífilis e herpes; todos tiveram resultados normais. Mesmo que nossos dados não possam excluir completamente o risco, pois ainda existe um risco teórico máximo de 0,4%, eles contribuem para aumentar o poder estatístico a respeito da segurança da vacina contra a rubéola durante a gravidez e, com isso, oferecem uma maior tranqüilização àquelas mulheres que engravidaram logo após a vacinação contra rubéola ou que se vacinaram mesmo sem saber que estavam grávidas. / Rubella is an acute viral disease that is medically and epidemiologically important because it can be transmitted vertically from the mother to the fetus, especially during the first trimester. This may cause death of the fetus or Congenital Rubella Syndrome (CRS), severe congenital defects such as ocular lesions (retinopathy, cataract, glaucoma and microphthalmia), less of sensorineural hearing, cardiovascular anomalies (persistent ductus arteriosus, pulmonary and aortic stenosis, atrial and/or ventricular septal defects) and mental retardation. Rubella vaccines were introduced in 1969 and, since then that made with the attenuated live virus strain RA 27/3 has been widely used in many countries. Since it uses live virus, the main concern is the possibility that it might cause CRS if given during pregnancy. Therefore, women who have received it are advised to avoid conceiving for up to 1 month after immunization. There have been no reports of cases of CRS observed following immunization during pregnancy, but there is still a theoretical risk of approximately 1.6% of fetuses exposed, considering the statistical power of the world sample available until now. In Brazil the Ministry of Health held campaigns, immunizing the female population aged 12 to 39 years during the 1998-2002 period.The main purpose of this study was to perform a special, prospective follow-up of the women who, because they did not know they were pregnant, were vaccinated against rubella or became pregnant right after vaccination.The total female population immunized during the campaign in the state of Rio Grande do Sul (RS), in 2002, was 1,878,308. Of these, 4,398 were pregnant or became pregnant within 30 days after vaccination, and 421 (9.6%) were classified as susceptible, since they had a serology result positive for anti-rubella IgM after vaccination. Collection for serology was performed on 152 infants of susceptible pregnant women, and 10 of them presented some infection by the vaccine virus. The data in this study were compared to the results of the total births in RS, supplied by the System of Information on Live Births (SINASC/RS- Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos) Of the 152 infants, 2.0% were stillborn 8.7% had low birth weight, and 10.7% were premature These data are not different from the results obtained for the total population for births in RS. Likewise, no differences were found between IgM+ and the total number of births in RS regarding mean birth weight and low weight. All IgM+ infants were medically assessed by a dysmorphologist and ophthalmologist, and complementary exams were performed, such as echocardiography and auditory screening by otoacoustic emission. None of the ten IgM+ infants presented congenital defects due to CRS during the physical examination at birth and at three months of age. Likewise, after specific exams, no infant was found with cardiac defects, auditory deficit or ophthalmological problems such as cataracts, pigmentary retinopathy and glaucoma. Complementary tests for cytomegalovirus, toxoplasmosis, syphilis and herpes were performed with normal results. Even though our data do not exclude risk completely, since there is still a maximum theoretical risk of 0.4%, they help increase statistical power about the safety of the rubella vaccine during pregnancy and thus provide more peace of mind to women who became pregnant immediately after being vaccinated for rubella, or did not know that they were pregnant when they were vaccinated.
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Características das gestantes infectadas pelo HIV, de acordo com o momento do seu diagnósticoSilva, Márcia Menezes Gomes da January 2007 (has links)
Objetivo: Analisar fatores socioeconômicos, demográficos e as características do pré-natal das gestantes infectada pelo HIV, de acordo com o momento do seu diagnóstico. Métodos: Realizou-se estudo transversal com 199 gestantes infectadas pelo HIV que tiveram seu atendimento pré-natal em três centros públicos de referência de Porto Alegre, no período de julho de 2005 a janeiro de 2006. O questionário avaliou informações sócio-econômicas, demográficas e do prénatal. Durante a análise, elas foram divididas em 2 grupos: Grupo1 composto de 135 gestantes (68%) que sabiam previamente a gestação o seu diagnóstico para HIV e o Grupo 2 com 64 gestantes (32%) que conheceram o diagnóstico naquele pré-natal. Resultados: A mediana de idade das gestantes foi 26 anos (variando 15 a 42 anos). Quanto à escolaridade, 59% (n=117) delas não chegaram a concluir o ensino fundamental. 74% (n=147) não tinham nenhum tipo de renda. Em termos conjugais, 81% (n=153) das gestantes possuíam um relacionamento estável com o pai da criança e 66% (n=132) possuíam menos de 20 anos de idade quando tiveram a primeira gestação. O número mediano de gestações prévias foi 3 (variando de 1 a 13 gestações), e 37% (n=73) tiveram pelo menos um aborto prévio. Comparando os grupos, observou-se que o início do prénatal no primeiro trimestre e o desejo de realizar ligadura tubária foi significativamente mais freqüente no Grupo 1 do que no Grupo 2. p=0,005 e p=0, 012, respectivamente. Conclusões: Não houve diferenças estatisticamente significante entre os grupos nos aspectos sócio-demográficos, todavia as gestantes que já tinham o seu diagnóstico para HIV prévio a gestação iniciaram mais precocemente seu pré-natal e mais freqüentemente requisitavam a ligadura tubária.
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Gestantes portadoras de diabete : características e vivências durante a gestaçãoMoretto, Virgínia Leismann January 2001 (has links)
Estudo de caráter exploratório e descritivo, que tem como objetivos descrever as características das gestantes portadoras de diabete melito atendidas em um hospital universitário de referência para atendimento de gestantes de alto risco e conhecer como essas mulheres vivenciam o tratamento e cuidado do diabete na gestação. O caminho metodológico escolhido envolveu duas etapas: levantamento de dados de prontuários para descrever as características das gestantes diabéticas atendidas no hospital e o desenvolvimento de Grupo Focal para conhecer como as mulheres vivenciam o tratamento e cuidado do diabete melito na gestação. Nesta pesquisa, estão apresentados os dados de identificação das gestantes atendidas no hospital, no período de janeiro de 2000 a janeiro de 2001, as condições em que ocorreu o parto, as condições do bebê e os valores do perfil glicêmico durante a gestação. Nas discussões do Grupo Focal as gestantes relataram o medo que estavam vivenciando durante toda a gestação em relação à saúde do bebê e em relação ao seu futuro. Questionam também a sistemática de atendimento das gestantes diabéticas, no que se refere ao tempo que necessitam dispor para o tratamento, o qual acarreta o afastamento da família e da atividade profissional. Observa-se uma forte convergência entre os dados coletados nos prontuários e os temas abordados nas discussões do Grupo Focal, os quais se complementam. Os resultados desta pesquisa permitem conhecer as principais preocupações das gestantes diabéticas, ao mesmo tempo que apresentam informações sobre o desfecho das gestações das mulheres diabéticas que realizam seu pré-natal no hospital. Este conhecimento proporciona subsídios importantes para a equipe de saúde que atende esse grupo de gestantes, trazendo segurança para a atuação da equipe e, conseqüentemente, para as gestantes.
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Percepções de profissionais da estratégia saúde da família sobre atenção à saúde bucal da gestante / Perceptions of Family Health Strategy professionals about oral health care with pregnant womenHenrique, Fabiana Silva January 2014 (has links)
HENRIQUE, Fabiana Silva. Percepções de profissionais da estratégia saúde da família sobre atenção à saúde bucal da gestante. 2014. 70 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Saúde da Família) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2014. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2014-08-26T13:06:35Z
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Previous issue date: 2014 / This study has investigated the perceptions of physicians, nurses and dentists from the Family Health Strategy – FHS, on attention to the oral health of pregnant women, using a qualitative approach. Data collection was performed at Basic Health Units of Regional III, in the city of Fortaleza, in the period September-November 2013, by using semi-structured interviews, which were taped, transcribed and then analyzed through thematic analysis of Minayo. The content and meaning of the statements were grouped into thematic groups and then considering the similarities and differences, were organized into three categories: The way of working of the FHS team for the oral health of pregnant women; Perceptions of FHS professionals about oral health during pregnancy and the structure and organization of services. The results showed the need for joint work of professionals in activities to promote oral health of pregnant women, having been stressed the importance of performing dental treatment during pregnancy, considering that oral health of pregnant women can affect their overall health and of your baby. While some doctors and nurses FHS perform oral hygiene instructions and either refer the pregnant women to dental services, others simply adopt this approach considering any oral complaints or problems. Pregnant women’s self-care in relation to oral health was deemed deficient by professionals and should be reinforced during the consultations and collective activities. Myths still persist among pregnant women who understand that they cannot undergo dental treatment and that pregnancy causes oral problems. The great demand, lack of supplies and equipment damaged were constantly difficulties for beginning, follow-up and completion of the treatments and educational activities. We conclude that the FHS presents the conditions for integrated oral health of pregnant women because the presence of a multidisciplinary team and the great possibility of interaction between the dentist and the professionals who perform prenatal. However, there is need to organize demand and invest in ongoing professional training, physical structure, equipment and inputs of units. / Este estudo objetivou conhecer as percepções de médicos, enfermeiros e dentistas da Estratégia Saúde da Família-ESF sobre a atenção à saúde bucal das gestantes, utilizando uma abordagem qualitativa. A coleta dos dados foi realizada em Unidades Básicas de Saúde da Regional III, no município de Fortaleza-CE, no período de setembro a novembro de 2013, por meio de entrevistas, utilizando roteiro semiestruturado, as quais foram gravadas, transcritas e posteriormente analisadas à luz da análise temática de Minayo. O conteúdo e o significado das falas foram agrupados em núcleos temáticos e, posteriormente, considerando as semelhanças e diferenças, organizados em três categorias: Condutas da equipe da ESF em relação à saúde bucal da gestante; Percepções de profissionais da ESF sobre a saúde bucal da gestante e Estrutura e organização dos serviços. Os resultados mostraram a necessidade da atuação conjunta dos profissionais nas atividades de promoção da saúde bucal de gestantes, tendo sido ressaltada a importância da realização do tratamento odontológico durante o período gestacional, considerando que a saúde bucal da gestante pode impactar em sua saúde geral e do bebê. Enquanto alguns médicos e enfermeiros da ESF realizam instruções de higiene oral e, ou encaminham a gestante para o serviço odontológico, outros só adotam esta conduta diante de alguma queixa ou problema bucal. O autocuidado da gestante em relação à saúde bucal foi considerado deficiente pelos profissionais, devendo ser reforçado durante as consultas e atividades coletivas. Ainda persistem mitos entre as gestantes de que não podem se submeter a tratamento odontológico e que a gravidez causa problemas bucais. A grande demanda, a falta de insumos e equipamentos constantemente danificados foram dificuldades apontadas para início, seguimento e conclusão dos tratamentos e realização de atividades educativas. Conclui-se que na ESF encontram-se condições para a atenção integrada à saúde bucal da gestante devido à presença de equipe multiprofissional e a grande possibilidade de interação entre o dentista e os profissionais que realizam o pré-natal. Contudo, há necessidade de organizar a demanda e investir na capacitação permanente dos profissionais, estrutura física, equipamentos e insumos das unidades.
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Efeitos da acupuntura no tratamento de dor lombar em gestantes / The effects of acupuncture in the treatment of low back pain in pregnant womenMartins, Eveliny Silva 31 January 2017 (has links)
MARTINS, E. S. Efeitos da acupuntura no tratamento de dor lombar em gestantes. 2017. 85 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017. / Submitted by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2017-02-06T13:43:01Z
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Previous issue date: 2017-01-31 / In the spine triggers one of the most disabling symptoms in an individual: low back pain. Lumbar pain related to pregnancy has gained more importance due to the impact and impact on the quality of life of the pregnant woman, which may be incapacitating, limiting daily activities and should not be ignored without treatment. A therapy for low back pain during pregnancy is acupuncture, this being a health intervention technology, originating from traditional Chinese medicine that involves a set of procedures that are based on the stimulation of precise anatomical points of the body, defined through the insertion of Metal filiform needles to aid in the promotion, maintenance and recovery of health. The objective of this study was to evaluate the effects of acupuncture in the treatment of low back pain in pregnant women in the second and third gestational trimesters. Almost experimental study, before and after, occurred in the period from June to October 2016, at the Federal University of Ceará. All pregnant women with complaints of low back pain, with gestational age between 14 and 37 weeks participated in the study. Six sessions were performed, being twice a week, with 30 minutes each, with the application of systemic and auricular points. The Visual Analog Scale and the McGill questionnaire were used to assess the pain, as well as the sociodemographic, clinical and obstetrical identification tool. Statistical analysis and cross-checking of variables were performed in order to verify statistical associations through SPSS software version 21.0. At the end of the study, 242 acupuncture sessions were performed, and 56 women with low back pain were included in the study. There was a statistically significant reduction (p <0.05) in the scores, descriptors and pain index of the instruments applied. Mean pain scores decreased in the second (4.92), fourth (3.24) and sixth (1.00) sessions. The entire sample had a more than 50% reduction in pain. Some women had their pain ceased before completing the six sessions and there was improvement in activities impaired by pain after treatment in all pregnant women. In addition to lower back pain, the pregnant women referred to perceived improvements in other aspects, such as: relaxation, stress, headache, anxiety, mood and mood. No serious adverse events were reported in the treatment. It was evidenced that acupuncture provided favorable positive effects to the participants' health, since there was a reduction in pain right from the second session and presented a gradual decrease with the advancement of the number of sessions. / Na coluna vertebral se desencadeia um dos sintomas mais incapacitantes em um indivíduo: a dor lombar. A dor lombar relacionada à gravidez ganhou mais importância devido ao acometimento e impacto sob a qualidade de vida da gestante, podendo ser incapacitante, limitando as atividades diárias e não deve ser ignorada sem realização de tratamento. Uma terapia para dor lombar durante a gravidez é a acupuntura, sendo esta uma tecnologia de intervenção em saúde, oriunda da medicina tradicional chinesa que envolve um conjunto de procedimentos que se baseiam na estimulação de pontos anatômicos precisos do corpo, definidos por meio da inserção de agulhas filiformes metálicas para auxiliar na promoção, manutenção e recuperação da saúde. Objetivou-se avaliar os efeitos da acupuntura no tratamento da dor lombar em gestantes do segundo e terceiro trimestre gestacional. Estudo quase experimental, do tipo antes e depois, ocorrido no período de junho a outubro de 2016, na Universidade Federal do Ceará. Participaram do estudo todas as gestantes com queixas de dor lombar, com idade gestacional entre 14 e 37 semanas. Foram realizadas seis sessões, sendo duas vezes por semana, com 30 minutos, cada uma, com a aplicação de pontos sistêmicos e auriculares. Para avaliação da dor utilizou-se a Escala Analógica Visual e o questionário McGill, além do instrumento de identificação do perfil sociodemográfico, clínico e obstétrico. A análise estatística e cruzamento das variáveis foram realizados a fim de verificar associações estatísticas por meio do software SPSS versão 21.0. Ao término do estudo, foram realizadas 242 sessões de acupuntura, sendo participantes da pesquisa 56 gestantes com dor lombar referida. Encontrou-se redução estatisticamente significante (p<0,05) dos escores, descritores e índice de dor dos instrumentos aplicados. A média de pontos da dor diminuiu na avaliação da segunda (4,92), quarta (3,24) e sexta (1,00) sessão. Toda a amostra teve uma redução de mais de 50% na dor. Algumas mulheres tiveram sua dor cessada antes de completar as seis sessões e houve melhora nas atividades prejudicadas pela dor, depois do tratamento em todas as gestantes. Além da dor lombar, as gestantes referiam melhorias percebidas em outros aspectos, como: relaxamento, stress, cefaléia, ansiedade, humor e ânimo. Não foram evidenciados eventos adversos graves no tratamento. Evidencia-se que a acupuntura proporcionou efeitos positivos favoráveis à saúde das participantes, pois houve redução na dor logo a partir da segunda sessão e apresentou diminuição gradativa com os avançar do número de sessões.
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Avaliação dos níveis séricos de IL-6, IL-10, BDNF E TBARS em gestantes usuárias de crack e no sangue do cordão umbilical dos seus filhosMardini, Victor January 2016 (has links)
A presente tese abordou o tema de potenciais biomarcadores em uma população altamente vulnerável – díades mães/bebês com história de exposição ao crack na gestação. Foram avaliados 57 bebês expostos e 99 não expostos, e as suas mães. No primeiro artigo, a ênfase foi à ativação inflamatória, onde se detectou um aumento da IL-6 (perfil pró-inflamatório) nos expostos, mesmo mediante ajuste para confundidores (10.208,54 IC95% 1.328,54–19.088,55 vs. 2.323,03 IC95% 1.484,64–3.161,21; p= 0.007). A IL-10 (perfil antiinflamatório) também se mostrou elevada nos bebês expostos (432,22 IC95% 51,44–812,88 vs. 75,52 IC95% 5,64– 145,39, p = 0.014). A IL-6 esteve aumentada nas mães expostas ao crack (25.160,05, IC95% 10.958,15–39.361,99 vs. 8.902,14 IC95% 5.774,97–12.029,32; p = 0.007), sem alterações de IL-10 entre as puérperas. Não houve correlação entre os níveis de citocina materna e do bebê (Spearman test; p ≥ 0.28). Neste estudo, concluiu-se que IL-6 e IL-10 podem ser marcadores da ativação inflamatória precoce em bebês com exposição intrauterina ao crack. Nossos resultados corroboram com os achados da literatura indicando que as citocinas possam ser mediadores potenciais para explicar os efeitos comportamentais e cognitivos do estresse prénatal sobre o feto, integrando imunologia e a hipótese da neuroinflamação a saúde mental da criança. No segundo artigo, avaliou-se uma medida de estresse oxidativo (EO), o TBARS, e de Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF), nas referidas díades. Os resultados encontrados na análise multivariada do TBARS no sangue de cordão umbilical (SCU) apontam para um menor EO nos bebês expostos (63,97 IC95% 39,43 – 88,50 em expostos vs 177,04 IC95% 140,93 – 213,14 em não expostos, p < 0.001). Trata-se de um achado inovador, apontando na direção de uma ativação do sistema antioxidante endógeno nos recém-nascidos expostos, em função da ruptura da homeostase causada pela toxicidade do crack durante a gestação. O feto mobilizaria rotas de antioxidantes endógenos desde muito precocemente no seu desenvolvimento, como a promovida pela Cocaine and Amphetamine Regulated Transcript (CART). Ainda neste estudo, pode-se ver um aumento de BDNF nos bebês expostos (3,86 IC95% 2,29 – 5,43 vs 0,85 IC95% 0,47- 1,23; p < 0.001), mas uma diminuição nas gestantes expostas em relação às não expostas (4,03 IC95% 2.87 – 5.18 vs 6,67 IC95% 5,60 – 7,74; p = 0.006). Os dados de BDNF em bebês expostos ao crack são bastante inovadores, mas coerentes com a literatura, no sentido de uma reação de neuroplasticidade. Em gestantes, o dado surpreende, tendo em vista que a literatura de adultos indica aumento de BDNF em usuários de crack em relação a controles. Uma possibilidade para explicar este achado é uma possível variação na cronicidade e intensidade no consumo de crack do grupo teste. Alternativamente, a maior prevalência de estresse pós-traumático (TEPT) nas gestantes usuárias de crack poderia justificar este achado. Pacientes com TEPT tendem a apresenta níveis de BDNF menores que os controles normais. Em suma, apontam-se quatro possíveis biomarcadores, em uma população de difícil acesso e de alta relevância em saúde pública. Percebe-se que pode haver diferentes respostas de acordo com a etapa do desenvolvimento e que gestantes podem ter um perfil de recrutamento de neurotrofinas, e talvez outros biomarcadores, diferentes do que não gestantes. Portanto, observa-se que as mudanças estruturais, fisiológicas e moleculares promovidas pela cocaína resultam do envolvimento de uma vasta rede de neurotransmissores, interligados, e atuantes em diferentes áreas do cérebro e em diferentes momentos de maturação. / The present thesis addressed the theme on potential biomarkers in a highly vulnerable population – dyads mothers/babies with a history of exposure to crack/cocaine during the pregnancy 57 exposed babies and 99 not exposed babies and their mothers were assessed. In the first article, the emphasis was the inflammatory activation, were detected an increase of IL-6 (pro-inflammatory profile) in exposed, even within adjustments for confounders (10,208.54, 95%CI 1,328.54–19,088.55 vs. 2,323.03, 95%CI 1,484.64–3,161.21; p= 0.007). The IL-10 (anti-inflammatory profile) was also shown elevated on exposed babies (432.22, 95%CI 51.44–812.88 vs. 75.52, 95%CI 5.64–145.39, p = 0.014). The IL-6 was increased in the mothers exposed to crack (25,160.05, 95%CI 10,958.15–39,361.99 vs. 8,902.14, 95%CI 5,774.97–12,029.32; p = 0.007), without alterations of IL-10 amongst the mothers. There were no correlation amongst the levels of maternal cytosine and the babies (Spearman test; p>0.28). In this study, it was concluded that IL-6 and IL-10 could be markers of early inflammatory activation on babies exposed to crack/cocaine. Our results support the findings of the literature indicating that the cytosine could be potential mediators to explain the behavior and cognitive effects of prenatal stress on the fetus, integrating immunology and the hypothesis of the neuroinflammation to the child’s mental health. In the second article, we assessed a measurement of oxidative stress, the TBARS and the BDNF in the referred dyads. The results found in the multivariate analysis of the TBARS in the umbilical chord’s blood (UCB) point to a less oxidative stress in the babies exposed to (63.97, 95%CI 39.43 – 88.50 in exposed vs. 177.04, 95%CI 140.93 – 213.14 non exposed, p < 0.001). This is an innovative finding, pointing in the direction of an endogenous antioxidant activation system on the newly born exposed, on the basis of the homeostasis rupture caused by the crack toxicity during the pregnancy. The fetus would mobilize endogenous antioxidant routes since very early in its development, as promoted by Cocaine and Amphetamine Regulated Transcript (CART). Still in this study, we can see the increase of the BDNF in the exposed babies (3.86, 95%CI 2.29 – 5.43 vs 0.85, 95%CI 0.47- 1.23; p < 0.001), but a decrease in the exposed pregnant women in relation to the non-exposed (4.03, 95%CI 2.87 – 5.18 vs. 6.67, 95%CI 5.60 – 7.74; p = 0.006). The data of BDNF in babies exposed to crack are highly innovative, but consistent to the literature in the sense of a reaction of neuroplasticity. In pregnant women the data is surprising, having in mind that the adult literature indicates an increase of BDNF in crack/cocaine users in relation to controllers. A possibility to explain this finding is a possible variation in the practicality and intensity of usage of crack/cocaine from the test group. Alternatively the most prevalence post-traumatic stress (PTSD) in the crack pregnant users could justify this finding. Patients with PTSD tend to present levels of BDNF less than the normal controllers. This leads us to four possible biomarkers, in a population difficult to access and in a highly relevance to public health. We can tell that there are different answers according to the development stage and that the pregnant women could have a neurotrophins recruitment profile and perhaps other biomarkers, different to non pregnant. Therefore, we can observe that structural, physiological, molecular changes promoted by cocaine result from an involvement from a vast network of neurotransmitters integrated and active in different areas of the brain and in different moments of maturation.
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Análise espacial da infecção pelo HIV em crianças e gestantes do município de Recife, Pernambuco / Spatial analysis of HIV infection in children and pregnant women in the city of Recife, PernambucoHolanda, Eliane Rolim de January 2013 (has links)
HOLANDA, Eliane Rolim de. Análise espacial da infecção pelo HIV em crianças e gestantes do município de Recife, Pernambuco. 2013. 178 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2013. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2014-06-30T14:18:53Z
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Previous issue date: 2013 / The spread of AIDS is a dynamic process, which focuses on the most vulnerable populations, involving a network of biopsychosocial, behavioral and environmental factors. This study aimed at analyzing the spatial distribution of reported cases of children with AIDS and positiveHIV pregnant women residing in the city of Recife and its correlation with social and health indicators. This is an epidemiological study, ecological-type , conducted with data from the Information System on Notifiable Diseases, Information System on Live Births and Mortality Information System from 2001-2011. Social data were collected from the neighborhoods by census 2010. Epidemiological, socioeconomic and healthindicators were constructed in order to characterize the neighborhoods and its relationship with the HIV disease. The addresses were geocoded and matched with the base map of Recife. Epidemiological characteristics were analyzed using descriptive statistics, and for the pregnant data was applied the chi-square test with adjusted residuals using the SPSS.To identify the spatial pattern, data were analyzed by the Moran Global and Local Index, and the mapping techniques BoxMap, LISAMap and MoranMap generated by the software Terraview v4.2.2 and space modules R v2.15.3. The Pearson correlation coefficient and multiple linear regression models were used to test associations between the explanatory variables and the incidence rates of children and pregnant women infected. The significance was set at 5%. The results showed increasing linear trend of the epidemics among pregnant women during the spatial period investigated. There was a statistically significant association between the prenatal accomplishment and variables of education (p = 0.037), type of birth (p < 0.001), use of antiretroviral prophylaxis during pregnancy (p = 0.002), at birth (p < 0.001) and in the newborn (p < 0.001). Not accomplishing the prenatal was associated withpregnant women of lower education. All cases of pediatric AIDS were acquired by vertical transmission and 27.2% of children had died.The spatial analysis identified cluster of infected pregnant women in the downtown area and the distal part of the northwestern city, as well as cluster of high incidence of children with AIDS also located in downtown neighborhoods. The bivariate and multivariate analysis showed association of detection rates of HIV in pregnant women and AIDS incidence in children with most socioeconomic and health indicators studied. Precarious living conditions evidenced by low-income areas, high illiteracy and inadequate infrastructure were predictors of vertical transmission of HIV converging to increased cases among underserved populations. Geoprocessing methods were effective in identifying vulnerable groups and high-risk areas for which should be directed preventive care and intersectoral interventions aiming at controlling such a condition. It is concluded that the geographical spread of HIV/AIDS among children and pregnant women in Recife did not occur randomly; reflecting therefore in areas of spatial dependence of the vertical transmission and socioeconomic inequalities and access to health influenced the increased susceptibility of the spread of disease. / A disseminação da aids representa processo dinâmico, que incide sob grupos populacionais mais vulneráveis, envolvendo uma rede de determinantes biopsicossociais, comportamentais e ambientais. Teve-se como objetivo geral analisar a distribuição espacial dos casos notificados de crianças com aids e de gestantes soropositivas ao HIV residentes no município de Recife e sua correlação com indicadores sociais e de saúde. Trata-se de estudo epidemiológico, do tipo ecológico, realizado com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos e Sistema de Informação sobre Mortalidade, de 2001 a 2011. Dados sociais por bairros foram captados do Censo Demográfico de 2010. Construíram-se indicadores epidemiológicos, socioeconômicos e de saúde para caracterizar os bairros e sua relação com o adoecimento pelo HIV. Os endereços foram georreferenciados e compatibilizados com a base cartográfica de Recife. Características epidemiológicas foram analisadas por meio da estatística descritiva e para os dados das gestantes aplicou-se o teste qui-quadrado com resíduos ajustados, usando o programa SPSS. Para identificação do padrão espacial, os dados de áreas foram analisados pelo Índice de Moran Global e Local, e pelas técnicas de mapeamento BoxMap, LISAMap e MoranMap gerados por meio do software Terraview v4.2.2 e dos módulos espaciais do R v2.15.3. Empregou-se o coeficiente de correlação de Pearson e modelos de regressão linear múltipla para testar associações entre as variáveis explicativas e as taxas de incidência de crianças e gestantes infectadas. O nível de significância estabelecido foi de 5%. Os resultados demonstraram tendência linear crescente da epidemia entre gestantes ao longo do recorte temporal investigado. Verificou-se associação estatisticamente significante entre a realização do pré-natal com as variáveis de escolaridade (p=0,037), tipo de parto (p<0,001), uso da profilaxia antirretroviral na gestação (p=0,002), no parto (p<0,001) e no recém-nascido (p<0,001). Não fazer o pré-natal esteve associado com gestantes de menor escolaridade. Todos os casos de aids pediátrica foram adquiridos por transmissão vertical e 27,2% das crianças evoluíram para óbito. Com a análise espacial identificaram-se clusters de gestantes infectadas na região do centro e na parte distal do noroeste do município, assim como aglomerado de alta incidência de crianças com aids situado também em bairros do centro. A análise bivariada e multivariada apontou associação das taxas de detecção de HIV em gestantes e de incidência de aids em crianças com a maioria dos indicadores socioeconômicos e de saúde estudados. Precárias condições de vida evidenciadas por regiões de baixa renda, elevado analfabetismo e infraestrutura inadequada foram preditores da transmissão vertical do HIV, convergindo para aumento dos casos entre populações carentes. Métodos de geoprocessamento mostraram-se eficazes na identificação de grupos vulneráveis e de áreas de alto risco para os quais devem ser direcionados cuidados e intervenções preventivas intersetoriais com vistas ao controle deste agravo. Conforme se conclui, a difusão geográfica do HIV/aids entre crianças e gestantes do Recife não ocorreu aleatoriamente, refletindo-se, por conseguinte, em áreas de dependência espacial da transmissão vertical, e as desigualdades socioeconômicas e de acesso à saúde influenciaram na maior suscetibilidade da disseminação da doença.
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Ocorrência de toxoplasmose congênita, avaliação do conhecimento sobre toxoplasmose e do acompanhamento sorológico das gestantes e implantação de medidas de prevenção primária nos programas de prénatal da rede pública de saúde do município de Niterói-RJMoura, Fernanda Loureiro de January 2016 (has links)
Submitted by Gilvan Almeida (gilvan.almeida@icict.fiocruz.br) on 2016-10-11T17:43:03Z
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Previous issue date: 2016 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Introdução: Toxoplasma gondii pode ocasionar infecção fetal por via transplacentária, sendo a toxoplasmose congênita um grave problema de saúde pública. É fundamental no pré-natal o diagnóstico laboratorial precoce, bem como a transmissão de informações sobre a doença. Objetivos: Avaliar o conhecimento sobre a toxoplasmose entre as gestantes e os profissionais de saúde e contribuir para a implantação da prevenção primária da toxoplasmose congênita nos Programas de pré-natal do município de Niterói-RJ. Metodologia: Participaram da pesquisa 500 gestantes e 141 profissionais de saúde provenientes de 17 módulos do Programa Médico de Família e de duas Policlínicas de Niterói-RJ, de 2013 a 2016. Todos assinaram o TCLE e responderam um questionário. Após esta etapa foram realizadas ações de educação e saúde, utilizando palestras, materiais educativos e um modelo educativo interativo. Após três meses, 145 gestantes responderam os questionários novamente. Resultados: Das 500 gestantes, 226 (45,2%) conheciam a toxoplasmose. Destas, 23,5% tiveram informações por amigos e 19,0% pelo médico. Do total de gestantes, 6,8% relataram contato com fezes de gatos, 14,0% contato com o solo sem luvas, 10,4% consumiam verduras, legumes e frutas cruas sem higiene adequada, 9,6% carne crua e 23,4% carne mal passada, 17,8% consumiam embutidos mal cozidos, 10,6% bebiam leite não pasteurizado e 24,0% água de abastecimento público sem filtrar
Ao comparar os questionários de 145 gestantes pré e pós atividades educativas, o contato com o solo sem uso de luvas teve redução significativa estatisticamente, de 11,0% para 4,8% (p=0,022) e o consumo de água sem filtro reduziu de 26,9% para 20,0% (p=0,000), consumo de carne crua reduziu para 6,9% e de carne mal cozida para 17,9%. Foram mais citados como medidas profiláticas: lavagem dos alimentos (62,1%), lavagem das mãos (62,1%) e consumo de carne cozida (61,4%). Dentre os profissionais de saúde, muitos erros foram relatados, um técnico de enfermagem e 13 agentes comunitários de saúde não conheciam a toxoplasmose. 90,6% dos profissionais de saúde fizeram associação da transmissão do T. gondii com o contato e ingestão de oocistos presentes nas fezes dos gatos, entretanto, as outras formas de transmissão foram menos citadas. A situação do controle da toxoplasmose congênita no município de Niterói é preocupante, pois a prevenção primária não é realizada e a secundária não funciona adequadamente. Também não há notificação dos casos de toxoplasmose adquirida na gestação e congênita na vigilância epidemiológica do município. Uma gestante teve reativação da toxoplasmose ocular e foi encaminhada ao pré-natal de alto risco, o tratamento não foi realizado e o recém-nascido não apresentou sinais e/ou sintomas de toxoplasmose ao nascimento e nem nos dois anos seguintes, segundo o relato da mãe. Conclusão: o atendimento pré-natal da rede pública de saúde desta localidade não está adequado para o controle efetivo da toxoplasmose congênita. É recomendada a implantação da prevenção primária bem como a notificação dos casos de toxoplasmose adquirida na gestação e congênita que são medidas fundamentais para garantir a qualidade de vida das gestantes e seus conceptos / Introduction:Toxoplasma gondii can cause fetal infection by transplacental route and congenital toxoplasmosis is a serious public health problem. It is fundamental in prenatal early laboratory diagnostics, as well as the transmission of information about the disease. Objectives: to evaluate the knowledge of toxoplasmosis among pregnant women and health professionals and to contribute to the congenital toxoplasmosis primary prevention implementation in prenatal programs in the city of Niterói, RJ. Methods: Participated in the study 500 pregnant women and 141 health professionals from 17 modules of the Family Doctor Program and two polyclinics in Niterói-RJ from 2013 to 2016. All signed the consent form and answered a questionnaire. After this stage, health education actions were conducted, using lectures, educational materials and interactive educational model. After three months, 145 pregnant women answered the questionnaires again. Results: Among 500 pregnant women, 226 (45.2%) knew toxoplasmosis. 23.5% had information from friends and 19.0% by the doctor. Of the total of pregnant women, 6.8% reported contact with cat feces, 14.0% contact with the ground without gloves, 10.4% consumed vegetables and raw fruits without proper hygiene, 9.6% raw meat and 23.4% undercooked meat, 17.8% consumed embedded meat, 10.6% drank raw milk and 24.0% water from public supply system without filtering
By comparing the questionnaires of 145 pregnant women pre and post educational activities, contact with the ground without gloves had statistically significant reduction of 11.0% to 4.8% (p = 0.022) and unfiltered water consumption reduced of 26.9% to 20.0% (p = 0.000), consumption of raw meat reduced to 6.9% and undercooked meat to 17.9%. The prophylactic measures most frequently cited were: washing food (62.1%), hand washing (62.1%) and consumption of cooked meat (61.4%). Among health professionals, many errors were reported, one nursing technician and 13 community health workers did not know toxoplasmosis. 90.6% of health professionals associated the transmission of T. gondii with contact and ingestion of oocysts present in the cats\2019 feces; however, other forms of transmission were less cited. The situation of congenital toxoplasmosis\2019 control in Niterói is worrying because primary prevention is not performed and the secondary does not work properly. There is also no notification of congenital and acquired toxoplasmosis cases during pregnancy in epidemiological surveillance of the city. A pregnant woman had reactivation of ocular toxoplasmosis and was referred to high risk prenatal, treatment was not carried out and the newborn did not present signs and / or symptoms of toxoplasmosis at birth and not the following two years, according to the report of the mother. Conclusion: prenatal care of this locality public health system is not adequate for the effective control of congenital toxoplasmosis. The implementation of primary prevention and the notification of congenital and acquired toxoplasmosis cases during pregnancy are recommended, that are essential measures to ensure the quality of life of pregnant women and their concepts
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Gestantes envolvidas com álcool e outras drogas: estudo epidemiológico sobre suas vulnerabilidadesPorto, Priscilla Nunes 11 May 2015 (has links)
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Dissertação_Enf_ Priscilla Nunes Porto.pdf: 2558438 bytes, checksum: f076d2e2ff3c6470aa3735072c8f78ce (MD5) / CAPES; CNPq / As mulheres estão envolvidas com o fenômeno das drogas de diversas formas. A ideia de envolvimento não se limita ao consumo e/ou participação no narcotráfico, abrange a convivência com pessoas usuárias e/ou traficantes, especialmente nos papeis de mãe, companheira, filha e irmã. Independente da forma de envolvimento, as drogas acarretam vulnerabilidades para as mulheres, sobretudo, quando estão grávidas. Constitui-se como objetivo geral da pesquisa: analisar as vulnerabilidades de gestantes envolvidas com álcool e outras drogas atendidas em uma maternidade pública do município de Salvador-BA. E como objetivos específicos: estimar a prevalência de gestantes envolvidas com álcool e outras drogas; caracterizar o tipo de envolvimento de gestantes com álcool e outras drogas; verificar a associação entre as condições sociodemográficas, de saúde e de acesso aos serviços de saúde e o envolvimento com álcool e outras drogas. Trata-se de um estudo de corte transversal, descritivo e exploratório. Participaram da pesquisa 268 gestantes cadastradas em uma maternidade pública de Salvador-BA. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo CEP da EEUFBA, sob nº 268646. Os dados foram coletados no período de junho a dezembro de 2013, através de entrevista estruturada por um questionário que contemplava as características sociodemográficas, socioeconômicas, de saúde e de acesso aos serviços de saúde. Para o processamento e análise dos dados utilizou-se o software estatístico SPSS, versão 20. A análise descritiva foi realizada mediante números absolutos e índices percentuais. Para verificar a associação entre as condições sociodemográfica e a vulnerabilidade para o envolvimento com o álcool e outras drogas foram utilizados o teste Exato de Fisher e a odds ratio, com nível de significância de 5%. Houve predomínio de gestantes na faixa etária de 20 e 29 anos (57,8%), negras (92,2%), casadas ou em união estável (76,5%), com estudo até o ensino médio (70,7%), desempregadas ou exercendo atividade não remunerada (47,2%), com renda familiar de até 3 salários mínimos (76,6%), que tiveram a primeira relação sexual com idade entre 15 e 19 anos (67,2%), não fazia uso de método contraceptivo (62,7%) e com 1 ou 2 gestações (73,8%). Verificou-se uma prevalência de 98,1% para o envolvimento de gestantes com álcool e outras drogas. As substâncias mais consumidas pelas gestantes foram o álcool (81,0%) e o tabaco (12,7%) e pelos familiares foram o álcool (77,6%), o tabaco (31,0%) e a maconha (22,8%). Houve associação entre o consumo de drogas pela gestante e a escolaridade (p= 0,017), religião (p= 0,010), condição de moradia (p= 0,014) (IC95% 1,16 – 6,83), idade da primeira relação sexual (p= 0,027) e convivência com usuários de drogas (p= 0,030) (IC95% 1,21 – 14,20). Foi observada associação entre o consumo por familiares e o número de gestações das entrevistadas (0,033), conflito familiar (0,028) e violência na família (0,000). Os dados apontam o envolvimento com o álcool e outras drogas como agente potencializador de vulnerabilidades individuais, sociais e programáticas vivenciadas pelas mulheres. A identificação dessas vulnerabilidades possibilita a elaboração de ações e estratégias, pautadas na escuta, no intuito de atender as necessidades da população.
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Consumo alimentar ao longo da gestação e associação com o peso ao nascer: um estudo de coorteSantana, Jerusa da Mota 07 March 2014 (has links)
Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandarego@gmail.com) on 2016-05-24T11:42:41Z
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Dissertação_Nut_ Jerusa da Mota Santana.pdf: 1327858 bytes, checksum: 0c1c00ac12cf0d984dbe50d44872ef9d (MD5) / Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2016-05-24T14:07:12Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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Dissertação_Nut_ Jerusa da Mota Santana.pdf: 1327858 bytes, checksum: 0c1c00ac12cf0d984dbe50d44872ef9d (MD5) / Objetivo: Identificar os padrões de consumo alimentar ao longo da gestação em mulheres de
um município da Bahia. Metodologia: Trata-se de estudo de coorte prospectiva dinâmica
envolvendo 185 gestantes captadas no serviço de pré-natal das Unidades de Saúde da Família
de um município baiano entre os meses de abril de 2012 a junho de 2013. Utilizou-se o
questionário de frequência alimentar semi-quantitativo (QFA) para avaliar o consumo
alimentar da gestante ao longo do seguimento. Para identificar o padrão de consumo alimentar
das gestantes ao longo do período de acompanhamento, adotou-se a análise fatorial (AF) com
técnica de extração por componentes principais. Utilizou-se o teste de correlação de Pearson
para identificar a correlação entre os padrões correspondentes extraídos de cada trimestre
gestacional avaliado. Resultados: Foram identificados quatro padrões de consumo alimentar
para cada trimestre gestacional avaliado. O padrão 1, identificado no primeiro trimestre
gestacional, integrado por alimentos processados/industrializados, açúcares/doces, café e
gorduras. O padrão 2 composto por leguminosas, legumes/verduras, carnes e ovos. O padrão
3 caracterizado pelos grupos dos cereais/raízes/tubérculos, leite e salgados fritos. E o padrão 4
composto pelo grupo das frutas. No terceiro trimestre, o padrão 1 composto pelos grupos das
carnes, ovos, salgados fritos, produtos industrializados e processados. O padrão 2, integrado
pelos grupos dos cereais/raízes/tubérculos, leguminosas, verduras/legumes, frutas e leite. O
padrão 3 caracterizado pelo grupo do café e manteiga/margarina. E o Padrão 4, composto
pelo grupo dos açúcares e doces. Conclusão: O presente estudo permitiu identificar oito
padrões de consumo alimentar, quatro para cada trimestre avaliado ao longo da gestação. Os
resultados do presente estudo são consistentes e tornam-se relevante por caracterizar o padrão
alimentar de mulheres nos dois momentos da gestação, conhecimento que é escasso no Brasil
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