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Estudo imunoistoquímico de filamentos intermediários astrocitários de subnúcleos da amígdala medial sob ação de hormônios gonadais em ratos durante o desenvolvimento pós-natal e em ratas adultas

Martinez, Flavia Gomes January 2007 (has links)
A amígdala medial (MeA) é uma área sexualmente dimórfica que modula atividades neuroendócrinas e comportamentais e onde hormônios desempenham um importante papel na plasticidade neuro-glial e sináptica. Filamentos intermediários, como a proteína ácida fibrilar glial (GFAP) e a vimentina (VIM) são eficientes marcadores do citoesqueleto de astrócitos e sofrem modificações sob ação de hormônios gonadais. Os objetivos do presente estudo foram mensurar e estudar pela densitometria óptica a imunorreatividade dos filamentos intermediários e marcadores astrocitários GFAP e VIM (GFAP-ir; VIM-ir) nos três subnúcleos da amígdala medial, ântero-dorsal (MeAD), póstero-dorsal (MePD) e pósteroventral (MePV), de ratos machos e fêmeas durante o desenvolvimento pós-natal. Além disso, também foi investigada a GFAP-ir nas mesmas regiões de fêmeas adultas, tanto em condições fisiológicas de variação hormonal (ao longo do ciclo estral), como em situações suprafisiológicas (reposição hormonal após ovariectomia). Três experimentos foram realizados: o primeiro utilizou ratas Wistar nulíparas adultas durante as fases do ciclo estral (diestro, proestro, estro e metaestro; n = 20) para revelar diferenças provocadas pelos hormônios gonadais femininos na composição astrocitária dos subnúcleos da MeA. No segundo experimento, utilizaram-se fêmeas adultas nulíparas submetidas à ovariectomia (OVX) (n = 18) e tratadas com substituição hormonal de benzoato de estradiol adicionado ou não à progesterona. No terceiro experimento foram utilizados ratos machos e fêmeas durante o desenvolvimento pós-natal (n=72), cujas idades foram: 1 dia pós-natal (PN1), 5, (PN5), 11 (PN11), 21 (PN21), 31 (PN31) e 45 (PN45). Todos os animais foram fixados por perfusão transcardíaca e seus encéfalos foram removidos, pós-fixados e processados para técnica de imunoistoquímica do anticorpo não marcado. Os dados foram comparados entre os grupos por meio de um teste de análise da variância (ANOVA) de duas vias para medidas repetidas,sendo aplicados testes post-hoc Tukey-Kramer. Além disso, ratas em proestro apresentaram maior GFAP-ir do que nas outras fases do ciclo estral (diestro, estro e metaestro; P<0,02). GFAP-ir é maior no MePD do que no MePV ou no MeAD (P<0,02). Em fêmeas ovariectomizadas, injeções de estradiol adicionado ou não à progesterona provocaram aumento da GFAP-ir no MePD e no MePV (P<0,001), mas não no MeAD (P>0,3). Esses achados sugerem que a GFAP astrocitária pode ser afetada tanto por níveis fisiológicos de hormônios ovarianos quanto por manipulação hormonal destes esteróides, o que pode contribuir para a plasticidade neuro-glial relacionada a atividades locais e integradas destas áreas encefálicas em fêmeas. Ratos em desenvolvimento apresentam dimorfismo sexual nos subnúcleos da MeA investigados. VIM é substituída por GFAP ao longo do desenvolvimento pós-natal. Houve diferença entre os sexos na VIM-ir em PN1, sendo que machos apresentaram maior VIM-ir no MeAD (P=0,001) e no MePV, (P<0,0001); em PN5, no MePD, com fêmeas apresentando maior VIM-ir (P<0,0001); e, em PN21, em todos os três subnúcleos estudados, machos apresentaram maior VIM-ir (MeAD, P = 0,009; MePD, P<0,001; e, MePV, P=0,012). A comparação dos dados de GFAP-ir também apresentou diferenças significativas. A interação entre sexo e idade demonstrou que há dimorfismo sexual em PN1 (machos com maior GFAP-ir; P < 0,001) e em PN45 (fêmeas com maior GFAP-ir; P=0,033). Quanto à interação de sexo e subregiões da MeA, houve diferença estatística no MePV, onde machos apresentaram maior GFAP-ir (P<0,001). Já quanto à interação das idades e subregiões da MeA, houve diferenças entre as áreas estudadas em PN1 (MePV>MeAD e MePD; P<0,001), em PN5 (MePV>MeAD; P<0,003), e em PN45 (MePD>MeAD e MePV; P<0,001). Esses achados permitem concluir que o dimorfismo sexual da MeA está presente ainda em fases iniciais do desenvolvimento do SN de ratos, apresentando particularidades subregionais nesta estrutura.Além disso, as diferenças de composição astrocitárias encontradas nas subregiões estudadas da MeA, ao longo dodesenvolvimento, provavelmente se relacionam com a interação neurônio-glia em consonância com aspectos comportamentais e ajustes neuroendócrinos pertinentes a cada sexo, e a cada fase de diferenciação do sistema nervoso. / The medial amygdala (MeA) is a sexually dimorphic area that modulates neuroendocrinol and behavioral activities and where gonadal hormones play an important role in neuron-gial and synaptic plasticity. Intermediate filaments, like the glial fibrillary acidic protein (GFAP) and vimentin (VIM) are efficient markers of astrocytic cytoskeleton and are modified by gonadal hormones. The present study aimed to measure and study the optic densitometry of immunoreactivity in intermediate filaments and astrocytic markers GFAP and VIM (GFAP-ir; VIM-ir) in the three subnuclei; anterodorsal (MeAD), posterodorsal (MePD) and posteroventral (MePV) of the medial amygdala, of male and female rats during postnatal development. Moreover, the GFAP-ir in the same regions of adult females were also studied, in physiological conditions (across the estrous cycle), and by ovariectomy followed by ovarian hormone treatment. Three experiments were performed: the first used adult virgin females across the different phases of estrous cycle, diestrus, proestrus, estrus and metaestrus (n=20) in order to reveal any ovarian hormone induced alterations to astrocytic morphology in the MeA subnuclei. The second experiment used ovariectomized adult virgin (OVX) females (n=18) that received hormonal substitution with estradiol benzoate alone or plus progesterone. The third experiment used male and female Wistar rats (n=72) at different stages of postnatal development; postnatal day 1 (PN1), PN5, PN11, PN21, PN31 and PN45. All the animals were fixed by transcardiac perfusion and had their brains removed, post-fixed and processed following the unlabeled antibody procedure. The data were compared by two-way ANOVA for repeated measures and by the post-hoc Tukey-Kramer and t tests. The results show that the structural characteristics of GFAP-ir astrocytes in the MeA subnuclei are similar to those of other areas of the brain. Also, females in proestrus phase show higher GFAP-ir than the other phases of estrous cycle (diestrus, estrus and metaestrus) (P<0.02). GFAP-ir is higher in the MePD than in either the MePV or MeAD (P<0.02). In ovariectomized females,injections of estradiol alone or combined with progesterone led to an increase in GFAP-ir in both the MePD and MePV (P<0.001), but not in the MeAD (P>0.3), when compared to the control group data. These findings suggest that astrocytic GFAP may be affected by physiologic levels of ovarian hormones as well as by hormonal manipulation of these steroids, which may contribute to the neural plasticity related to local and integrated activities of these areas in the female rat brain. Developing rats showed sexual dimorphism in the investigated subnuclei of the MeA. VIM is apparently substituted by GFAP during postnatal development. In relation to VIM-ir, differences were found between the sexes: at PN1, males showed higher VIM-ir in the MeAD (P=0.001) and in the MePV (P<0.0001); at PN5, females showed higher VIM-ir in the MePD, (P<0.0001); and, at PN21, in all studied subnuclei, males showed higher VIM-ir in the (MeAD, P=0.009; MePD, P<0.001 and MePV, P=0.012). Significant differences were also found in relation to the GFAP-ir data. The interaction between sex and age showed that there is sexual dimorphism at PN1 (males with higher GFAP-ir; P<0.001) and at PN45 (females with higher GFAP-ir; P=0.033). The interaction between sex and the MeA subregions showed a significant difference in the MePV, where males showed higher GFAP-ir (P<0.001). With regard the interaction between age and the MeA subregions there were differences at PN1 (MePV>MeAD and MePD; P<0.001), at PN5 (MePV>MeAD; (P<0.003), and at PN45 (MePD>MeAD and MePV; P<0.001 in both sexes). These findings suggest the presence of sexual dimorphism in the MeA at early developmental phases of rat nervous system, exhibiting regional particularities in the MeA. Moreover, the morphological differences found in the astrocytes from the studied MeA subnuclei across the development are probably related to the neuron-glia interaction, in accordance with behavioral aspects and neuroendocrine adjustments pertinent to each sex, and each phase of differentiation of the nervous system.
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Estudo imunoistoquímico de filamentos intermediários astrocitários de subnúcleos da amígdala medial sob ação de hormônios gonadais em ratos durante o desenvolvimento pós-natal e em ratas adultas

Martinez, Flavia Gomes January 2007 (has links)
A amígdala medial (MeA) é uma área sexualmente dimórfica que modula atividades neuroendócrinas e comportamentais e onde hormônios desempenham um importante papel na plasticidade neuro-glial e sináptica. Filamentos intermediários, como a proteína ácida fibrilar glial (GFAP) e a vimentina (VIM) são eficientes marcadores do citoesqueleto de astrócitos e sofrem modificações sob ação de hormônios gonadais. Os objetivos do presente estudo foram mensurar e estudar pela densitometria óptica a imunorreatividade dos filamentos intermediários e marcadores astrocitários GFAP e VIM (GFAP-ir; VIM-ir) nos três subnúcleos da amígdala medial, ântero-dorsal (MeAD), póstero-dorsal (MePD) e pósteroventral (MePV), de ratos machos e fêmeas durante o desenvolvimento pós-natal. Além disso, também foi investigada a GFAP-ir nas mesmas regiões de fêmeas adultas, tanto em condições fisiológicas de variação hormonal (ao longo do ciclo estral), como em situações suprafisiológicas (reposição hormonal após ovariectomia). Três experimentos foram realizados: o primeiro utilizou ratas Wistar nulíparas adultas durante as fases do ciclo estral (diestro, proestro, estro e metaestro; n = 20) para revelar diferenças provocadas pelos hormônios gonadais femininos na composição astrocitária dos subnúcleos da MeA. No segundo experimento, utilizaram-se fêmeas adultas nulíparas submetidas à ovariectomia (OVX) (n = 18) e tratadas com substituição hormonal de benzoato de estradiol adicionado ou não à progesterona. No terceiro experimento foram utilizados ratos machos e fêmeas durante o desenvolvimento pós-natal (n=72), cujas idades foram: 1 dia pós-natal (PN1), 5, (PN5), 11 (PN11), 21 (PN21), 31 (PN31) e 45 (PN45). Todos os animais foram fixados por perfusão transcardíaca e seus encéfalos foram removidos, pós-fixados e processados para técnica de imunoistoquímica do anticorpo não marcado. Os dados foram comparados entre os grupos por meio de um teste de análise da variância (ANOVA) de duas vias para medidas repetidas,sendo aplicados testes post-hoc Tukey-Kramer. Além disso, ratas em proestro apresentaram maior GFAP-ir do que nas outras fases do ciclo estral (diestro, estro e metaestro; P<0,02). GFAP-ir é maior no MePD do que no MePV ou no MeAD (P<0,02). Em fêmeas ovariectomizadas, injeções de estradiol adicionado ou não à progesterona provocaram aumento da GFAP-ir no MePD e no MePV (P<0,001), mas não no MeAD (P>0,3). Esses achados sugerem que a GFAP astrocitária pode ser afetada tanto por níveis fisiológicos de hormônios ovarianos quanto por manipulação hormonal destes esteróides, o que pode contribuir para a plasticidade neuro-glial relacionada a atividades locais e integradas destas áreas encefálicas em fêmeas. Ratos em desenvolvimento apresentam dimorfismo sexual nos subnúcleos da MeA investigados. VIM é substituída por GFAP ao longo do desenvolvimento pós-natal. Houve diferença entre os sexos na VIM-ir em PN1, sendo que machos apresentaram maior VIM-ir no MeAD (P=0,001) e no MePV, (P<0,0001); em PN5, no MePD, com fêmeas apresentando maior VIM-ir (P<0,0001); e, em PN21, em todos os três subnúcleos estudados, machos apresentaram maior VIM-ir (MeAD, P = 0,009; MePD, P<0,001; e, MePV, P=0,012). A comparação dos dados de GFAP-ir também apresentou diferenças significativas. A interação entre sexo e idade demonstrou que há dimorfismo sexual em PN1 (machos com maior GFAP-ir; P < 0,001) e em PN45 (fêmeas com maior GFAP-ir; P=0,033). Quanto à interação de sexo e subregiões da MeA, houve diferença estatística no MePV, onde machos apresentaram maior GFAP-ir (P<0,001). Já quanto à interação das idades e subregiões da MeA, houve diferenças entre as áreas estudadas em PN1 (MePV>MeAD e MePD; P<0,001), em PN5 (MePV>MeAD; P<0,003), e em PN45 (MePD>MeAD e MePV; P<0,001). Esses achados permitem concluir que o dimorfismo sexual da MeA está presente ainda em fases iniciais do desenvolvimento do SN de ratos, apresentando particularidades subregionais nesta estrutura.Além disso, as diferenças de composição astrocitárias encontradas nas subregiões estudadas da MeA, ao longo dodesenvolvimento, provavelmente se relacionam com a interação neurônio-glia em consonância com aspectos comportamentais e ajustes neuroendócrinos pertinentes a cada sexo, e a cada fase de diferenciação do sistema nervoso. / The medial amygdala (MeA) is a sexually dimorphic area that modulates neuroendocrinol and behavioral activities and where gonadal hormones play an important role in neuron-gial and synaptic plasticity. Intermediate filaments, like the glial fibrillary acidic protein (GFAP) and vimentin (VIM) are efficient markers of astrocytic cytoskeleton and are modified by gonadal hormones. The present study aimed to measure and study the optic densitometry of immunoreactivity in intermediate filaments and astrocytic markers GFAP and VIM (GFAP-ir; VIM-ir) in the three subnuclei; anterodorsal (MeAD), posterodorsal (MePD) and posteroventral (MePV) of the medial amygdala, of male and female rats during postnatal development. Moreover, the GFAP-ir in the same regions of adult females were also studied, in physiological conditions (across the estrous cycle), and by ovariectomy followed by ovarian hormone treatment. Three experiments were performed: the first used adult virgin females across the different phases of estrous cycle, diestrus, proestrus, estrus and metaestrus (n=20) in order to reveal any ovarian hormone induced alterations to astrocytic morphology in the MeA subnuclei. The second experiment used ovariectomized adult virgin (OVX) females (n=18) that received hormonal substitution with estradiol benzoate alone or plus progesterone. The third experiment used male and female Wistar rats (n=72) at different stages of postnatal development; postnatal day 1 (PN1), PN5, PN11, PN21, PN31 and PN45. All the animals were fixed by transcardiac perfusion and had their brains removed, post-fixed and processed following the unlabeled antibody procedure. The data were compared by two-way ANOVA for repeated measures and by the post-hoc Tukey-Kramer and t tests. The results show that the structural characteristics of GFAP-ir astrocytes in the MeA subnuclei are similar to those of other areas of the brain. Also, females in proestrus phase show higher GFAP-ir than the other phases of estrous cycle (diestrus, estrus and metaestrus) (P<0.02). GFAP-ir is higher in the MePD than in either the MePV or MeAD (P<0.02). In ovariectomized females,injections of estradiol alone or combined with progesterone led to an increase in GFAP-ir in both the MePD and MePV (P<0.001), but not in the MeAD (P>0.3), when compared to the control group data. These findings suggest that astrocytic GFAP may be affected by physiologic levels of ovarian hormones as well as by hormonal manipulation of these steroids, which may contribute to the neural plasticity related to local and integrated activities of these areas in the female rat brain. Developing rats showed sexual dimorphism in the investigated subnuclei of the MeA. VIM is apparently substituted by GFAP during postnatal development. In relation to VIM-ir, differences were found between the sexes: at PN1, males showed higher VIM-ir in the MeAD (P=0.001) and in the MePV (P<0.0001); at PN5, females showed higher VIM-ir in the MePD, (P<0.0001); and, at PN21, in all studied subnuclei, males showed higher VIM-ir in the (MeAD, P=0.009; MePD, P<0.001 and MePV, P=0.012). Significant differences were also found in relation to the GFAP-ir data. The interaction between sex and age showed that there is sexual dimorphism at PN1 (males with higher GFAP-ir; P<0.001) and at PN45 (females with higher GFAP-ir; P=0.033). The interaction between sex and the MeA subregions showed a significant difference in the MePV, where males showed higher GFAP-ir (P<0.001). With regard the interaction between age and the MeA subregions there were differences at PN1 (MePV>MeAD and MePD; P<0.001), at PN5 (MePV>MeAD; (P<0.003), and at PN45 (MePD>MeAD and MePV; P<0.001 in both sexes). These findings suggest the presence of sexual dimorphism in the MeA at early developmental phases of rat nervous system, exhibiting regional particularities in the MeA. Moreover, the morphological differences found in the astrocytes from the studied MeA subnuclei across the development are probably related to the neuron-glia interaction, in accordance with behavioral aspects and neuroendocrine adjustments pertinent to each sex, and each phase of differentiation of the nervous system.
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Estudo imunoistoquímico de filamentos intermediários astrocitários de subnúcleos da amígdala medial sob ação de hormônios gonadais em ratos durante o desenvolvimento pós-natal e em ratas adultas

Martinez, Flavia Gomes January 2007 (has links)
A amígdala medial (MeA) é uma área sexualmente dimórfica que modula atividades neuroendócrinas e comportamentais e onde hormônios desempenham um importante papel na plasticidade neuro-glial e sináptica. Filamentos intermediários, como a proteína ácida fibrilar glial (GFAP) e a vimentina (VIM) são eficientes marcadores do citoesqueleto de astrócitos e sofrem modificações sob ação de hormônios gonadais. Os objetivos do presente estudo foram mensurar e estudar pela densitometria óptica a imunorreatividade dos filamentos intermediários e marcadores astrocitários GFAP e VIM (GFAP-ir; VIM-ir) nos três subnúcleos da amígdala medial, ântero-dorsal (MeAD), póstero-dorsal (MePD) e pósteroventral (MePV), de ratos machos e fêmeas durante o desenvolvimento pós-natal. Além disso, também foi investigada a GFAP-ir nas mesmas regiões de fêmeas adultas, tanto em condições fisiológicas de variação hormonal (ao longo do ciclo estral), como em situações suprafisiológicas (reposição hormonal após ovariectomia). Três experimentos foram realizados: o primeiro utilizou ratas Wistar nulíparas adultas durante as fases do ciclo estral (diestro, proestro, estro e metaestro; n = 20) para revelar diferenças provocadas pelos hormônios gonadais femininos na composição astrocitária dos subnúcleos da MeA. No segundo experimento, utilizaram-se fêmeas adultas nulíparas submetidas à ovariectomia (OVX) (n = 18) e tratadas com substituição hormonal de benzoato de estradiol adicionado ou não à progesterona. No terceiro experimento foram utilizados ratos machos e fêmeas durante o desenvolvimento pós-natal (n=72), cujas idades foram: 1 dia pós-natal (PN1), 5, (PN5), 11 (PN11), 21 (PN21), 31 (PN31) e 45 (PN45). Todos os animais foram fixados por perfusão transcardíaca e seus encéfalos foram removidos, pós-fixados e processados para técnica de imunoistoquímica do anticorpo não marcado. Os dados foram comparados entre os grupos por meio de um teste de análise da variância (ANOVA) de duas vias para medidas repetidas,sendo aplicados testes post-hoc Tukey-Kramer. Além disso, ratas em proestro apresentaram maior GFAP-ir do que nas outras fases do ciclo estral (diestro, estro e metaestro; P<0,02). GFAP-ir é maior no MePD do que no MePV ou no MeAD (P<0,02). Em fêmeas ovariectomizadas, injeções de estradiol adicionado ou não à progesterona provocaram aumento da GFAP-ir no MePD e no MePV (P<0,001), mas não no MeAD (P>0,3). Esses achados sugerem que a GFAP astrocitária pode ser afetada tanto por níveis fisiológicos de hormônios ovarianos quanto por manipulação hormonal destes esteróides, o que pode contribuir para a plasticidade neuro-glial relacionada a atividades locais e integradas destas áreas encefálicas em fêmeas. Ratos em desenvolvimento apresentam dimorfismo sexual nos subnúcleos da MeA investigados. VIM é substituída por GFAP ao longo do desenvolvimento pós-natal. Houve diferença entre os sexos na VIM-ir em PN1, sendo que machos apresentaram maior VIM-ir no MeAD (P=0,001) e no MePV, (P<0,0001); em PN5, no MePD, com fêmeas apresentando maior VIM-ir (P<0,0001); e, em PN21, em todos os três subnúcleos estudados, machos apresentaram maior VIM-ir (MeAD, P = 0,009; MePD, P<0,001; e, MePV, P=0,012). A comparação dos dados de GFAP-ir também apresentou diferenças significativas. A interação entre sexo e idade demonstrou que há dimorfismo sexual em PN1 (machos com maior GFAP-ir; P < 0,001) e em PN45 (fêmeas com maior GFAP-ir; P=0,033). Quanto à interação de sexo e subregiões da MeA, houve diferença estatística no MePV, onde machos apresentaram maior GFAP-ir (P<0,001). Já quanto à interação das idades e subregiões da MeA, houve diferenças entre as áreas estudadas em PN1 (MePV>MeAD e MePD; P<0,001), em PN5 (MePV>MeAD; P<0,003), e em PN45 (MePD>MeAD e MePV; P<0,001). Esses achados permitem concluir que o dimorfismo sexual da MeA está presente ainda em fases iniciais do desenvolvimento do SN de ratos, apresentando particularidades subregionais nesta estrutura.Além disso, as diferenças de composição astrocitárias encontradas nas subregiões estudadas da MeA, ao longo dodesenvolvimento, provavelmente se relacionam com a interação neurônio-glia em consonância com aspectos comportamentais e ajustes neuroendócrinos pertinentes a cada sexo, e a cada fase de diferenciação do sistema nervoso. / The medial amygdala (MeA) is a sexually dimorphic area that modulates neuroendocrinol and behavioral activities and where gonadal hormones play an important role in neuron-gial and synaptic plasticity. Intermediate filaments, like the glial fibrillary acidic protein (GFAP) and vimentin (VIM) are efficient markers of astrocytic cytoskeleton and are modified by gonadal hormones. The present study aimed to measure and study the optic densitometry of immunoreactivity in intermediate filaments and astrocytic markers GFAP and VIM (GFAP-ir; VIM-ir) in the three subnuclei; anterodorsal (MeAD), posterodorsal (MePD) and posteroventral (MePV) of the medial amygdala, of male and female rats during postnatal development. Moreover, the GFAP-ir in the same regions of adult females were also studied, in physiological conditions (across the estrous cycle), and by ovariectomy followed by ovarian hormone treatment. Three experiments were performed: the first used adult virgin females across the different phases of estrous cycle, diestrus, proestrus, estrus and metaestrus (n=20) in order to reveal any ovarian hormone induced alterations to astrocytic morphology in the MeA subnuclei. The second experiment used ovariectomized adult virgin (OVX) females (n=18) that received hormonal substitution with estradiol benzoate alone or plus progesterone. The third experiment used male and female Wistar rats (n=72) at different stages of postnatal development; postnatal day 1 (PN1), PN5, PN11, PN21, PN31 and PN45. All the animals were fixed by transcardiac perfusion and had their brains removed, post-fixed and processed following the unlabeled antibody procedure. The data were compared by two-way ANOVA for repeated measures and by the post-hoc Tukey-Kramer and t tests. The results show that the structural characteristics of GFAP-ir astrocytes in the MeA subnuclei are similar to those of other areas of the brain. Also, females in proestrus phase show higher GFAP-ir than the other phases of estrous cycle (diestrus, estrus and metaestrus) (P<0.02). GFAP-ir is higher in the MePD than in either the MePV or MeAD (P<0.02). In ovariectomized females,injections of estradiol alone or combined with progesterone led to an increase in GFAP-ir in both the MePD and MePV (P<0.001), but not in the MeAD (P>0.3), when compared to the control group data. These findings suggest that astrocytic GFAP may be affected by physiologic levels of ovarian hormones as well as by hormonal manipulation of these steroids, which may contribute to the neural plasticity related to local and integrated activities of these areas in the female rat brain. Developing rats showed sexual dimorphism in the investigated subnuclei of the MeA. VIM is apparently substituted by GFAP during postnatal development. In relation to VIM-ir, differences were found between the sexes: at PN1, males showed higher VIM-ir in the MeAD (P=0.001) and in the MePV (P<0.0001); at PN5, females showed higher VIM-ir in the MePD, (P<0.0001); and, at PN21, in all studied subnuclei, males showed higher VIM-ir in the (MeAD, P=0.009; MePD, P<0.001 and MePV, P=0.012). Significant differences were also found in relation to the GFAP-ir data. The interaction between sex and age showed that there is sexual dimorphism at PN1 (males with higher GFAP-ir; P<0.001) and at PN45 (females with higher GFAP-ir; P=0.033). The interaction between sex and the MeA subregions showed a significant difference in the MePV, where males showed higher GFAP-ir (P<0.001). With regard the interaction between age and the MeA subregions there were differences at PN1 (MePV>MeAD and MePD; P<0.001), at PN5 (MePV>MeAD; (P<0.003), and at PN45 (MePD>MeAD and MePV; P<0.001 in both sexes). These findings suggest the presence of sexual dimorphism in the MeA at early developmental phases of rat nervous system, exhibiting regional particularities in the MeA. Moreover, the morphological differences found in the astrocytes from the studied MeA subnuclei across the development are probably related to the neuron-glia interaction, in accordance with behavioral aspects and neuroendocrine adjustments pertinent to each sex, and each phase of differentiation of the nervous system.
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Efeito dos hormônios gonadais sobre os filamentos intermediários de astrócitos hipocampais, durante o desenvolvimento e o ciclo estral : uma abordagem imunoistoquímica

Gehlen, Gunther January 2009 (has links)
O hipocampo compõe uma das estruturas do sistema límbico, suas funções são variadas, tendo seu papel na regulação do comportamento emocional e em processos relacionados com a estocagem de memórias. Apesar de ter pouco ou nenhum papel no controle da função reprodutiva, o hipocampo é ainda assim um alvo sensível aos esteróides gonadais. Filamentos intermediários, como a proteína ácida fibrilar glial (GFAP) é um eficiente marcador do citoesqueleto de astrócitos e sofrem modificações sob ação de hormônios gonadais. Os objetivos do presente estudo foram mensurar o numero de células imunorretivas à GFAP (GFAP-ir), avaliar a imunorreatividade dos marcadores para filamentos intermediários astrocitários, bem como sua morfologia pelo método de Scholl, a GFAP-ir, no estrato radiatum da região CA1 do hipocampo, de ratos machos e fêmeas durante o desenvolvimento pós-natal. Além disso, também foi investigada a GFAP-ir nas mesmas regiões de fêmeas adultas, tanto em condições fisiológicas de variação hormonal (ao longo do ciclo estral), como em situações suprafisiológicas (reposição hormonal após ovariectomia). Três experimentos foram realizados: no primeiro foram utilizados ratos machos e fêmeas durante o desenvolvimento pós-natal (n = 48), cujas idades foram: 11 dias pós-natal (PN11), 21 (PN21), 31 (PN31) e 45 (PN45). No segundo experimento, utilizou-se ratos Wistar adultos machos e fêmeas nulíparas adultas durante as fases do ciclo estral (diestro, proestro, estro e metaestro; n = 30) para revelar diferenças provocadas pelos hormônios gonadais femininos na composição astrocitária do hipocampo. No terceiro experimento utilizaram-se fêmeas adultas nulíparas submetidas à ovariectomia (OVX) (n = 18) e tratadas com substituição hormonal de benzoato de estradiol adicionado ou não à progesterona. Os dados foram comparados entre os grupos por meio de um teste de análise da variância (ANOVA) de uma via, sendo aplicado o teste post-hoc Bonfferoni. A comparação dos dados de GFAP-ir apresentou diferenças significativas no número de células e na orientação dos prolongamentos. O número de prolongamentos centrais, aumentaram com a idade, sendo mais significativo para as fêmeas (F45xF11, p≤ 0,001, F45xF21, p≤ 0,01 e F45xF31 p≤ 0,01) que nos machos (M45x M21 p≤ 0,05). Já o número de processos laterais mostrou um aumento mais significativo com a idade nos machos (M45XM11, p≤ 0,001; M45XM21, p≤ 0,001 e M45xM31, p≤ 0,01) que nas fêmeas (F45xF11, p≤ 0,01). Havendo ainda diferenças quando analisados a orientação dos processos primários separadamente de suas ramificações. Os ratos machos apresentaram maior GFAP-ir do que as fêmeas em todas as fases do ciclo estral (diestro, proestro, estro e metaestro; p < 0,001), assim como apresentaram mais células que as fêmeas (p<0,001). Para orientação mais uma vez as diferenças ficaram restritas aos machos, tanto para os processos centrais como para os laterais (p<0,001 e p<0,05 respectivamente). Em fêmeas ovariectomizadas, injeções de estradiol provocaram aumento da GFAP-ir (P < 0,001), assim como houve um aumento do numero de células (P < 0,05) enquanto a morfologia não mostrou diferenças entre os grupos. Esses achados sugerem que a GFAP astrocitária pode ser afetada tanto por níveis fisiológicos de hormônios ovarianos quanto por manipulação hormonal destes esteróides, o que pode contribuir para a plasticidade neuro-glial relacionada a atividades locais e integradas destas áreas encefálicas em machos e fêmeas. Esses achados permitem concluir que esta influência hormonal sobre o hipocampo está presente ainda em fases iniciais do desenvolvimento do SN de ratos, apresentando particularidades morfológicas acima de tudo. Além disso, as diferenças de composição astrocitárias encontradas, ao longo do desenvolvimento, provavelmente se relacionam com a interação neurônio-glia em consonância com aspectos comportamentais e ajustes neuroendócrinos pertinentes a cada sexo, e a cada fase de diferenciação do sistema nervoso. / The hippocampus is part of the limbic system, its functions are varied, and their role in the regulation of emotional behavior and in processes related to the memories storage. Despite having little or no role in the control of reproductive function, the hippocampus still a sensitive target to gonadal steroids. Intermediate filaments such as glial fibrillary acidic protein (GFAP) is an efficient marker of the cytoskeleton of astrocytes and the action of gonadal hormones could alter this structure. The objectives of this study were to measure the number of GFAP imunorreactive cells (GFAP-ir), analysing the immunoreactivity the intermediate filaments of astrocyte, and their morphology by the Scholl‟s method, GFAP-ir in the stratum radiatum of the CA1 region from dorsal hippocampus of male and female rats during postnatal development. In addition, we investigated the GFAP-ir in the same regions of adult males and females, these under physiological hormonal changes (during the estrous cycle), as shown by supraphysiological (hormone replacement after ovariectomy). Three experiments were performed: the first was used male and female rats during postnatal development (n = 48), whose ages were 11 days postnatal (PN11), 21 (PN21), 31 (PN31) and 45 ( PN45). In the second experiment, we used adult male Wistar rats and nulliparous adult females during the estrous cycle (diestrus, proestrus, estrus and metestrus, n= 30) to reveal differences caused by female gonadal hormones on the content of astrocytes in the hippocampus. In the third experiment, a nulliparous adult females subjected to ovariectomy (OVX) (n = 18) and treated with hormone replacement therapy of estradiol benzoate added or not with progesterone. Data were compared between groups by means of a test analysis of variance (ANOVA) one-way, and applied post-hoc Bonfferoni‟s test. A comparison of the GFAP-ir showed significant differences in cell number and orientation of the extensions. The number of central extensions, increased with age, being more significant for females (F45xF11, p ≤ 0,001, F45xF21, p ≤ 0,01 and F45xF31 p ≤ 0,01) than in males (M45x M21 p ≤ 0,05). Since the number of lateral processes showed more significantly with age in males (M45XM11, p ≤ 0,001; M45XM21, p ≤ 0,001 and M45xM31, p ≤ 0,01) than in females (F45xF11, p ≤ 0,01). We also found differences when analyzed the orientation of primary processes separately from their branches. Male rats showed higher GFAP-ir than females at all stages of the estrous cycle (diestrus, proestrus, estrus and metestrus, p <0,001) and had more cells than females (p <0,001). About cell orientation, the differences were observed just in males, both for the core processes and to the lateral (p <0,001 and p <0,05 respectively). In ovariectomized females, injections of estradiol benzoate caused an increase in GFAP-ir (P <0,001), as well as an increase in the number of cells (p <0,05), but the morphology did not differ between groups. These findings suggest that the GFAP astrocyte can be affected both by physiological levels of ovarian hormones and on the hormonal manipulation of these steroids, which may contribute to neuro-glial plasticity related to local activities and integrated these brain areas in males and females. These findings show that hormonal influence on the hippocampus were present in early stages of development of the SN of rat, specially in the morphological characteristics. In addition, differences in astrocytic composition found throughout the development, probably were related to the neuron-glia interaction in accordance with aspects of behavioral and neuroendocrine adjustments, specific to each gender, and each stage of differentiation of the nervous system.
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Efeito dos hormônios gonadais sobre os filamentos intermediários de astrócitos hipocampais, durante o desenvolvimento e o ciclo estral : uma abordagem imunoistoquímica

Gehlen, Gunther January 2009 (has links)
O hipocampo compõe uma das estruturas do sistema límbico, suas funções são variadas, tendo seu papel na regulação do comportamento emocional e em processos relacionados com a estocagem de memórias. Apesar de ter pouco ou nenhum papel no controle da função reprodutiva, o hipocampo é ainda assim um alvo sensível aos esteróides gonadais. Filamentos intermediários, como a proteína ácida fibrilar glial (GFAP) é um eficiente marcador do citoesqueleto de astrócitos e sofrem modificações sob ação de hormônios gonadais. Os objetivos do presente estudo foram mensurar o numero de células imunorretivas à GFAP (GFAP-ir), avaliar a imunorreatividade dos marcadores para filamentos intermediários astrocitários, bem como sua morfologia pelo método de Scholl, a GFAP-ir, no estrato radiatum da região CA1 do hipocampo, de ratos machos e fêmeas durante o desenvolvimento pós-natal. Além disso, também foi investigada a GFAP-ir nas mesmas regiões de fêmeas adultas, tanto em condições fisiológicas de variação hormonal (ao longo do ciclo estral), como em situações suprafisiológicas (reposição hormonal após ovariectomia). Três experimentos foram realizados: no primeiro foram utilizados ratos machos e fêmeas durante o desenvolvimento pós-natal (n = 48), cujas idades foram: 11 dias pós-natal (PN11), 21 (PN21), 31 (PN31) e 45 (PN45). No segundo experimento, utilizou-se ratos Wistar adultos machos e fêmeas nulíparas adultas durante as fases do ciclo estral (diestro, proestro, estro e metaestro; n = 30) para revelar diferenças provocadas pelos hormônios gonadais femininos na composição astrocitária do hipocampo. No terceiro experimento utilizaram-se fêmeas adultas nulíparas submetidas à ovariectomia (OVX) (n = 18) e tratadas com substituição hormonal de benzoato de estradiol adicionado ou não à progesterona. Os dados foram comparados entre os grupos por meio de um teste de análise da variância (ANOVA) de uma via, sendo aplicado o teste post-hoc Bonfferoni. A comparação dos dados de GFAP-ir apresentou diferenças significativas no número de células e na orientação dos prolongamentos. O número de prolongamentos centrais, aumentaram com a idade, sendo mais significativo para as fêmeas (F45xF11, p≤ 0,001, F45xF21, p≤ 0,01 e F45xF31 p≤ 0,01) que nos machos (M45x M21 p≤ 0,05). Já o número de processos laterais mostrou um aumento mais significativo com a idade nos machos (M45XM11, p≤ 0,001; M45XM21, p≤ 0,001 e M45xM31, p≤ 0,01) que nas fêmeas (F45xF11, p≤ 0,01). Havendo ainda diferenças quando analisados a orientação dos processos primários separadamente de suas ramificações. Os ratos machos apresentaram maior GFAP-ir do que as fêmeas em todas as fases do ciclo estral (diestro, proestro, estro e metaestro; p < 0,001), assim como apresentaram mais células que as fêmeas (p<0,001). Para orientação mais uma vez as diferenças ficaram restritas aos machos, tanto para os processos centrais como para os laterais (p<0,001 e p<0,05 respectivamente). Em fêmeas ovariectomizadas, injeções de estradiol provocaram aumento da GFAP-ir (P < 0,001), assim como houve um aumento do numero de células (P < 0,05) enquanto a morfologia não mostrou diferenças entre os grupos. Esses achados sugerem que a GFAP astrocitária pode ser afetada tanto por níveis fisiológicos de hormônios ovarianos quanto por manipulação hormonal destes esteróides, o que pode contribuir para a plasticidade neuro-glial relacionada a atividades locais e integradas destas áreas encefálicas em machos e fêmeas. Esses achados permitem concluir que esta influência hormonal sobre o hipocampo está presente ainda em fases iniciais do desenvolvimento do SN de ratos, apresentando particularidades morfológicas acima de tudo. Além disso, as diferenças de composição astrocitárias encontradas, ao longo do desenvolvimento, provavelmente se relacionam com a interação neurônio-glia em consonância com aspectos comportamentais e ajustes neuroendócrinos pertinentes a cada sexo, e a cada fase de diferenciação do sistema nervoso. / The hippocampus is part of the limbic system, its functions are varied, and their role in the regulation of emotional behavior and in processes related to the memories storage. Despite having little or no role in the control of reproductive function, the hippocampus still a sensitive target to gonadal steroids. Intermediate filaments such as glial fibrillary acidic protein (GFAP) is an efficient marker of the cytoskeleton of astrocytes and the action of gonadal hormones could alter this structure. The objectives of this study were to measure the number of GFAP imunorreactive cells (GFAP-ir), analysing the immunoreactivity the intermediate filaments of astrocyte, and their morphology by the Scholl‟s method, GFAP-ir in the stratum radiatum of the CA1 region from dorsal hippocampus of male and female rats during postnatal development. In addition, we investigated the GFAP-ir in the same regions of adult males and females, these under physiological hormonal changes (during the estrous cycle), as shown by supraphysiological (hormone replacement after ovariectomy). Three experiments were performed: the first was used male and female rats during postnatal development (n = 48), whose ages were 11 days postnatal (PN11), 21 (PN21), 31 (PN31) and 45 ( PN45). In the second experiment, we used adult male Wistar rats and nulliparous adult females during the estrous cycle (diestrus, proestrus, estrus and metestrus, n= 30) to reveal differences caused by female gonadal hormones on the content of astrocytes in the hippocampus. In the third experiment, a nulliparous adult females subjected to ovariectomy (OVX) (n = 18) and treated with hormone replacement therapy of estradiol benzoate added or not with progesterone. Data were compared between groups by means of a test analysis of variance (ANOVA) one-way, and applied post-hoc Bonfferoni‟s test. A comparison of the GFAP-ir showed significant differences in cell number and orientation of the extensions. The number of central extensions, increased with age, being more significant for females (F45xF11, p ≤ 0,001, F45xF21, p ≤ 0,01 and F45xF31 p ≤ 0,01) than in males (M45x M21 p ≤ 0,05). Since the number of lateral processes showed more significantly with age in males (M45XM11, p ≤ 0,001; M45XM21, p ≤ 0,001 and M45xM31, p ≤ 0,01) than in females (F45xF11, p ≤ 0,01). We also found differences when analyzed the orientation of primary processes separately from their branches. Male rats showed higher GFAP-ir than females at all stages of the estrous cycle (diestrus, proestrus, estrus and metestrus, p <0,001) and had more cells than females (p <0,001). About cell orientation, the differences were observed just in males, both for the core processes and to the lateral (p <0,001 and p <0,05 respectively). In ovariectomized females, injections of estradiol benzoate caused an increase in GFAP-ir (P <0,001), as well as an increase in the number of cells (p <0,05), but the morphology did not differ between groups. These findings suggest that the GFAP astrocyte can be affected both by physiological levels of ovarian hormones and on the hormonal manipulation of these steroids, which may contribute to neuro-glial plasticity related to local activities and integrated these brain areas in males and females. These findings show that hormonal influence on the hippocampus were present in early stages of development of the SN of rat, specially in the morphological characteristics. In addition, differences in astrocytic composition found throughout the development, probably were related to the neuron-glia interaction in accordance with aspects of behavioral and neuroendocrine adjustments, specific to each gender, and each stage of differentiation of the nervous system.
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Efeito dos hormônios gonadais sobre os filamentos intermediários de astrócitos hipocampais, durante o desenvolvimento e o ciclo estral : uma abordagem imunoistoquímica

Gehlen, Gunther January 2009 (has links)
O hipocampo compõe uma das estruturas do sistema límbico, suas funções são variadas, tendo seu papel na regulação do comportamento emocional e em processos relacionados com a estocagem de memórias. Apesar de ter pouco ou nenhum papel no controle da função reprodutiva, o hipocampo é ainda assim um alvo sensível aos esteróides gonadais. Filamentos intermediários, como a proteína ácida fibrilar glial (GFAP) é um eficiente marcador do citoesqueleto de astrócitos e sofrem modificações sob ação de hormônios gonadais. Os objetivos do presente estudo foram mensurar o numero de células imunorretivas à GFAP (GFAP-ir), avaliar a imunorreatividade dos marcadores para filamentos intermediários astrocitários, bem como sua morfologia pelo método de Scholl, a GFAP-ir, no estrato radiatum da região CA1 do hipocampo, de ratos machos e fêmeas durante o desenvolvimento pós-natal. Além disso, também foi investigada a GFAP-ir nas mesmas regiões de fêmeas adultas, tanto em condições fisiológicas de variação hormonal (ao longo do ciclo estral), como em situações suprafisiológicas (reposição hormonal após ovariectomia). Três experimentos foram realizados: no primeiro foram utilizados ratos machos e fêmeas durante o desenvolvimento pós-natal (n = 48), cujas idades foram: 11 dias pós-natal (PN11), 21 (PN21), 31 (PN31) e 45 (PN45). No segundo experimento, utilizou-se ratos Wistar adultos machos e fêmeas nulíparas adultas durante as fases do ciclo estral (diestro, proestro, estro e metaestro; n = 30) para revelar diferenças provocadas pelos hormônios gonadais femininos na composição astrocitária do hipocampo. No terceiro experimento utilizaram-se fêmeas adultas nulíparas submetidas à ovariectomia (OVX) (n = 18) e tratadas com substituição hormonal de benzoato de estradiol adicionado ou não à progesterona. Os dados foram comparados entre os grupos por meio de um teste de análise da variância (ANOVA) de uma via, sendo aplicado o teste post-hoc Bonfferoni. A comparação dos dados de GFAP-ir apresentou diferenças significativas no número de células e na orientação dos prolongamentos. O número de prolongamentos centrais, aumentaram com a idade, sendo mais significativo para as fêmeas (F45xF11, p≤ 0,001, F45xF21, p≤ 0,01 e F45xF31 p≤ 0,01) que nos machos (M45x M21 p≤ 0,05). Já o número de processos laterais mostrou um aumento mais significativo com a idade nos machos (M45XM11, p≤ 0,001; M45XM21, p≤ 0,001 e M45xM31, p≤ 0,01) que nas fêmeas (F45xF11, p≤ 0,01). Havendo ainda diferenças quando analisados a orientação dos processos primários separadamente de suas ramificações. Os ratos machos apresentaram maior GFAP-ir do que as fêmeas em todas as fases do ciclo estral (diestro, proestro, estro e metaestro; p < 0,001), assim como apresentaram mais células que as fêmeas (p<0,001). Para orientação mais uma vez as diferenças ficaram restritas aos machos, tanto para os processos centrais como para os laterais (p<0,001 e p<0,05 respectivamente). Em fêmeas ovariectomizadas, injeções de estradiol provocaram aumento da GFAP-ir (P < 0,001), assim como houve um aumento do numero de células (P < 0,05) enquanto a morfologia não mostrou diferenças entre os grupos. Esses achados sugerem que a GFAP astrocitária pode ser afetada tanto por níveis fisiológicos de hormônios ovarianos quanto por manipulação hormonal destes esteróides, o que pode contribuir para a plasticidade neuro-glial relacionada a atividades locais e integradas destas áreas encefálicas em machos e fêmeas. Esses achados permitem concluir que esta influência hormonal sobre o hipocampo está presente ainda em fases iniciais do desenvolvimento do SN de ratos, apresentando particularidades morfológicas acima de tudo. Além disso, as diferenças de composição astrocitárias encontradas, ao longo do desenvolvimento, provavelmente se relacionam com a interação neurônio-glia em consonância com aspectos comportamentais e ajustes neuroendócrinos pertinentes a cada sexo, e a cada fase de diferenciação do sistema nervoso. / The hippocampus is part of the limbic system, its functions are varied, and their role in the regulation of emotional behavior and in processes related to the memories storage. Despite having little or no role in the control of reproductive function, the hippocampus still a sensitive target to gonadal steroids. Intermediate filaments such as glial fibrillary acidic protein (GFAP) is an efficient marker of the cytoskeleton of astrocytes and the action of gonadal hormones could alter this structure. The objectives of this study were to measure the number of GFAP imunorreactive cells (GFAP-ir), analysing the immunoreactivity the intermediate filaments of astrocyte, and their morphology by the Scholl‟s method, GFAP-ir in the stratum radiatum of the CA1 region from dorsal hippocampus of male and female rats during postnatal development. In addition, we investigated the GFAP-ir in the same regions of adult males and females, these under physiological hormonal changes (during the estrous cycle), as shown by supraphysiological (hormone replacement after ovariectomy). Three experiments were performed: the first was used male and female rats during postnatal development (n = 48), whose ages were 11 days postnatal (PN11), 21 (PN21), 31 (PN31) and 45 ( PN45). In the second experiment, we used adult male Wistar rats and nulliparous adult females during the estrous cycle (diestrus, proestrus, estrus and metestrus, n= 30) to reveal differences caused by female gonadal hormones on the content of astrocytes in the hippocampus. In the third experiment, a nulliparous adult females subjected to ovariectomy (OVX) (n = 18) and treated with hormone replacement therapy of estradiol benzoate added or not with progesterone. Data were compared between groups by means of a test analysis of variance (ANOVA) one-way, and applied post-hoc Bonfferoni‟s test. A comparison of the GFAP-ir showed significant differences in cell number and orientation of the extensions. The number of central extensions, increased with age, being more significant for females (F45xF11, p ≤ 0,001, F45xF21, p ≤ 0,01 and F45xF31 p ≤ 0,01) than in males (M45x M21 p ≤ 0,05). Since the number of lateral processes showed more significantly with age in males (M45XM11, p ≤ 0,001; M45XM21, p ≤ 0,001 and M45xM31, p ≤ 0,01) than in females (F45xF11, p ≤ 0,01). We also found differences when analyzed the orientation of primary processes separately from their branches. Male rats showed higher GFAP-ir than females at all stages of the estrous cycle (diestrus, proestrus, estrus and metestrus, p <0,001) and had more cells than females (p <0,001). About cell orientation, the differences were observed just in males, both for the core processes and to the lateral (p <0,001 and p <0,05 respectively). In ovariectomized females, injections of estradiol benzoate caused an increase in GFAP-ir (P <0,001), as well as an increase in the number of cells (p <0,05), but the morphology did not differ between groups. These findings suggest that the GFAP astrocyte can be affected both by physiological levels of ovarian hormones and on the hormonal manipulation of these steroids, which may contribute to neuro-glial plasticity related to local activities and integrated these brain areas in males and females. These findings show that hormonal influence on the hippocampus were present in early stages of development of the SN of rat, specially in the morphological characteristics. In addition, differences in astrocytic composition found throughout the development, probably were related to the neuron-glia interaction in accordance with aspects of behavioral and neuroendocrine adjustments, specific to each gender, and each stage of differentiation of the nervous system.
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Influência da flutuação hormonal feminina na força de mordida e performance mastigatória de pacientes portadoras de desordens temporomandibulares / Influence of the feminine hormonal fluctuation on bite force and masticatory performance in patients with temporomandibular disorders

Gonçalves, Thais Marques Simek Vega, 1980- 16 August 2018 (has links)
Orientador: Renata Cunha Matheus Rodrigues-Garcia / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Odontologia de Piracicaba / Made available in DSpace on 2018-08-16T04:43:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Goncalves_ThaisMarquesSimekVega_M.pdf: 1027067 bytes, checksum: 92d491bec7f696929f36bacc93b9a487 (MD5) Previous issue date: 2010 / Resumo: A maior prevalência de desordens temporomandibulares (DTMs) ocorre especialmente em mulheres durante a fase reprodutiva, sugerindo uma possível influência dos hormônios reprodutivos na etiologia destas desordens. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a possível influência das flutuações hormonais ocorridas durante o ciclo menstrual, sobre a força máxima de mordida (FMM) e performance mastigatória (PM) de mulheres com e sem DTM. Foram selecionadas 62 voluntárias: 14 com DTM e usuárias de contraceptivos orais (CO) (idade média: 23,21 ± 3,01 anos); 16 sem DTM e usuárias de CO (controle, idade média: 22,8 ± 3,17 anos); 15 voluntárias com DTM e com ciclos menstruais regulares (idade média: 23,69 ± 5,73 anos) e 17 voluntárias sem DTM e com ciclos menstruais regulares (idade média: 23,9 ± 5,7 anos). A DTM foi diagnosticada por meio do Research Diagnostic Criteria (RDC/TMD) (Eixo I), sendo selecionadas as voluntárias com DTM de origem articular com ausência de sintomatologia dolorosa (deslocamento de disco articular). O índice de massa corporal (IMC) (Kg/m2) foi calculado por meio da razão entre o peso corporal (Kg) e o quadrado da altura (m). A avaliação da FMM foi realizada por meio de sensores instalados bilateralmente na região dos dentes molares, solicitando à voluntária que ocluísse com máxima força durante sete segundos, e permitido um intervalo de cinco minutos entre as duas mensurações realizadas. A PM foi avaliada por meio da mastigação de material teste artificial Optosil® e a separação do material triturado pelo fracionamento em peneiras acopladas a um agitador, expressando o valor da PM segundo o tamanho médio das partículas (X50). As variáveis foram mensuradas em todas as fases do ciclo menstrual, identificadas com auxílio de teste preditor de ovulação, sendo avaliados três ciclos menstruais completos. A homogeneidade da amostra segundo a idade e o IMC foi avaliada por meio do teste de variância um fator. Os valores de FMM e PM foram submetidos ao teste de esfericidade de Mauchly, e aplicado o procedimento PROC MIXED para medidas repetidas do programa estatístico SAS. Comparações múltiplas foram realizadas pelo teste de Tukey-Kramer com nível de significância de 5%. Não foram verificadas diferenças entre os grupos em relação à idade (p=0,92) e IMC (p=0,86), revelando a homogeneidade da amostra. Comparações entre as fases do ciclo menstrual não revelaram diferenças nos valores de FMM (p=0,5716). Independente do uso de CO, as voluntárias com DTM apresentaram os menores valores de FMM (p?0,05). Não houve diferença significante na FMM dentre as voluntárias que faziam ou não uso de CO (p=0,1522). Com relação à PM não houve diferenças entre voluntárias com e sem DTM (p>0,05), assim como entre as fases do ciclo menstrual (p=0,1177) e entre aquelas que faziam ou não uso de CO (p=0,3422). Desta forma, conclui-se que a flutuação hormonal feminina não influenciou a FMM e PM. A presença de DTM, mesmo na ausência de sintomatologia dolorosa, reduziu a FMM, entretanto, a PM não foi influenciada / Abstract: The higher prevalence of temporomandibular disorders (TMD) among women occurs during reproductive age suggesting that female reproductive hormones may play a role in TMD. The aim of the present study was to evaluate the possible influence of hormonal fluctuation at the menstrual cycle, on maximum bite force (MBF) and masticatory performance (MP) in women with or without TMD. Sixty two volunteers were selected: 14 women with TMD and taking oral contraceptives (OC) (mean age = 23.21 ± 3.01 years); 16 without TMD taking OC controls (mean age = 22.8 ± 3.17 years); 15 normally cycling women with TMD (mean age = 23.69 ± 5.73 years) and 17 normally cycling without TMD (mean age = 23.9 ± 5.7 years). TMD diagnosis was performed by Research Diagnostic Criteria (RDC/TMD) (Axis I) application, being selected those volunteers that presented articular TMD diagnosis without pain (joint disk displacement). Body mass index (BMI) was calculated by the ratio between the weight in kilograms (Kg) and the height in meters (m) squared (Kg/m2). MBF evaluation was performed through sensor in bilateral way at molar teeth area, requesting the volunteer to occlude with maximum force during seven second, allowed an interval of five minutes among the two measurements. MP was evaluated by chewing artificial test material Optosil®, and separation of chewed material at sieve system coupled an agitator, expressing MP value according to medium particle size (X50). The variables were evaluated in all menstrual cycle phases, identified with the aim of an ovulation test, and three complete menstrual cycles were analyzed. The sample homogenate according to age and BMI was analyzed by one way ANOVA. MBF an MP data were submitted to Mauchly's sphericity test and PROC MIXED procedure of SAS statistical program was applied for repeated measures. Multiple comparisons were accomplished by Tukey-Kramer test with significance level of 5%. No differences were found between the volunteers for age (p=0.92) or BMI (p=0.86), showing the homogeneity of the sample. Comparisons among menstrual cycle phases showed no difference in MBF values (p=0.5716). Independently of OC use, TMD volunteers presented the smallest MBF values (p?0.05). No differences on MBF were found between volunteers using or not OC (p=0.1522). In relation to MP, no differences were noticed among the volunteers with or without TMD (p>0.05), as well as between menstrual cycle phases (p=0.1177) or between groups taking or not OC (p=0.3422). This way, it can be concluded that feminine hormonal fluctuation did not influence MBF and MP. The presence of TMD, even without pain symptoms, reduced MBF, however, MP were not influenced / Mestrado / Protese Dental / Mestre em Clínica Odontológica
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Influência da flutuação hormonal sobre o movimento mandibular mastigatório de portadoras de deslocamento de disco articular / Influence of the femine hormonal fluctuations on jaw masticatory movement in patients with articular disc displacement

Oliveira, Jonas Alves de, 1979- 07 August 2011 (has links)
Orientador: Renata Cunha Matheus Rodrigues Garcia / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba / Made available in DSpace on 2018-08-18T19:59:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Oliveira_JonasAlvesde_D.pdf: 1670128 bytes, checksum: 578dc0d51fde913279b576735cdfeac0 (MD5) Previous issue date: 2011 / Resumo: A natureza multifatorial e os dados epidemiológicos envolvendo gênero sugerem que as Desordens Temporomandibulares (DTM) tenham como um dos componentes etiológico e de manutenção, os hormônios reprodutivos femininos. Este estudo avaliou a influência da flutuação hormonal nas fases menstrual, folicular, ovulatória, e lútea, sobre o padrão de movimento mandibular mastigatório de mulheres com e sem deslocamento de disco articular (DD). O deslocamento de disco articular com ausência de sintomatologia dolorosa foi diagnosticado por meio do Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disordes (RDC/TMD). Foram selecionadas 57 voluntárias (idade média de 23,3 anos ±3,9) e distribuídas da seguinte forma: grupo (1): 13 portadoras de deslocamento de disco articular e ciclo menstrual regular; grupo (2): 15 com deslocamento de disco articular e que faziam uso de contraceptivo oral; grupo (3): 16 sem deslocamento de disco articular e com ciclo menstrual regular; e grupo (4)-controle: 13 com ausência de deslocamento de disco articular e que faziam uso de contraceptivo oral. Todas tiveram o índice de massa corporal (IMC) (Kg/m2) calculado por meio da razão entre o peso corporal (Kg) e o quadrado da altura (m). Foram feitas 12 avaliações do movimento mastigatório por voluntária em três ciclos menstruais completos. Os traçados dos movimentos mandibulares foram registrados durante a mastigação de silicone Optosil®, utilizando o equipamento cinesiógrafo (K6-I Diagnostic System, Myotronics Research. Inc) nos planos frontal e sagital, avaliando-se as amplitudes (mm) vertical, lateral e ântero-posterior, área total (mm2) frontal e sagital do ciclo mastigatório, e velocidade (mm/s) de abertura e fechamento da boca. A homogeneidade entre os grupos, segundo a idade e o IMC, foi avaliada por meio do teste de variância de um fator. Sendo medidas repetidas no tempo, foi aplicado o teste de esfericidade de Mauchly com análise multivariada de modelo misto de três critérios, e o teste de Tukey (?= 0,05) nas comparações múltiplas (Statistic v 5.1). Os grupos foram homogêneos quanto à idade (p= 0,793) e ao índice de massa corporal (p= 0,927). Dentre as variáveis mensuradas, somente a área total do ciclo mastigatório no plano frontal (p= 0,011) e sagital (p= 0,035) apresentaram diferença significante para as fases do ciclo menstrual, em que a fase lútea (4a mensuração) foi maior para mulheres que faziam ou não uso de contraceptivo oral. A amplitude lateral apresentou diferença significante para o uso ou não de contraceptivo oral (p= 0,049), em que os grupos com uso tiveram maiores valores, mas sem diferença para as fases do ciclo (p=0,063). Não houve diferença estatística entre os grupos com e sem DD. Pode se concluir que a flutuação hormonal feminina não teve efeito no padrão de movimento mandibular mastigatório / Abstract: The multifactor nature and epidemiological data involving gender suggest that temporomandibular disorders (TMD) have as etiological and maintenance component the female reproductive hormones. The influence of hormonal fluctuation during menstrual, follicular, ovulation and luteal phases on the pattern of mandibular movement of women with and without articular disc displacement (DD) was investigated. The articular disc displacement with absence of pain was diagnosed using the Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorder (RDC / TMD). Fifty seven were selected (mean age 23.3 years ± 3.9) and distributed in groups as follows: Group 1: Thirteen women diagnosed with articular disc displacement and regular menstrual cycle; Group 2: Fifteen with articular disc displacement and who were using oral contraceptive; Group 3: Sixteen without articular disc displacement and with regular menstrual cycles; and Group 4 (Control Group): Thirteen without articular disc displacement and who were using oral contraceptive. The body mass index (BMI) (kg/m2) was calculated using the ratio of body weight (kg) and squared height (m). Twelve assessments for each volunteer were taken (three full menstrual cycles). The tracings of mandibular movements were recorded during chewing of silicone Optosil® using a kinesiographic device (K6-I Diagnostic System, Myotronics Research. Inc) on frontal and sagittal planes, evaluating vertical, lateral and anteroposterior amplitudes (mm), total area (mm2), frontal and sagittal masticatory cycle, and speed (mm/s) of opening and closing. The homogeneity between groups according to age and BMI was evaluated through one-way analysis of variance. Mauchly's Sphericity Test with a mixed multivariate analysis of three criteria was used to validate repeated measures. In addition, Tukey's test was carried (? = 0.05) in multiple comparisons (Statistica v 5.1). The groups were homogeneous in age (p = 0.793) and body mass index (p = 0.927). There was no statistical difference between groups with and without DD. Among the variables measured, only the total area of the chewing cycle in the frontal (p=0.011) and sagittal planes (p=0.035) showed significant difference for the female sexual cycle stages in which the luteal phase (4th measurement) was highest for women who did or did not use oral contraceptive. The lateral amplitude was significantly lower for non-use of oral contraceptive (p = 0.049), and the other groups showed highest values for contraceptive use, but no difference for cycle phases (p = 0.063) was found. There were no differences between groups with and without DD. It can be concluded that hormonal fluctuation on women had no effect on the pattern of jaw masticatory movement / Doutorado / Protese Dental / Doutor em Clínica Odontológica
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Influência de hormônios gonadais no eixo [ECA2/ANG(1-7)/Mas] encefálico para o controle da sede e apetite por sódio em ratos / Influence of gonadal hormones in the cerebral ACE2/ANG(1-7)/Mas axis for the control of thirst and sodium appetite in rats

Alves, Julio Cesar Santana 26 July 2013 (has links)
Sodium and water intake are important regulatory components of the hidromineral balance. In this context, human body regulates hidromineral imbalance through the neuro-immune-endocrine and behavioral response. Gonadal hormones are important players for the modulation of ingestive behaviors. The present study aimed to investigate the influence of male and female gonadal hormones in cerebral ECA2/ANG-(1-7)/Mas axis over the control of water sodium intake in rats. In this experiment, ovariectomized female rats were treated with estradiol benzoate (20μg/animal/day, sc; OVXE) or vehicle (sunflower oil; OVXV). Male rats underwent bilateral orchiectomy (ORQX) or sham surgery (SHAM). Guide cannulae were implanted into the right lateral ventricle for intracerebroventricular administration (icv) of drugs. We used angiotensin-converting enzyme type 2 (ACE2) activator, DIZE (diminazene of aceturate, 40 nmol / 2μl , icv ) or the antagonist of Ang-(1-7) Mas recetor, D-Ala7-ANG-(1-7) (A779, 10 nmol / 2μl, icv). The vehicle for both drugs was artificial cerebrospinal fluid (aCFS) administered in the same volume. For induction of thirst and sodium appetite, animals were subjected to hydrossaline depletion by administration of furosemide (20 mg / kg, sc) and access to distilled water and low sodium diet (corn ) for 24 hours. After microinjection of drugs, water and 0.3 M NaCl were reoffered and the ingested volume were recorded at the following 15, 30 , 60, 90 , 120, 180, 240 min and 24 h. Two-way analysis of variance was performed, followed by Bonferroni posthoc test when appropriate. The level of significance was p < 0.05. In females treated with vehicle or DIZE, sodium and water intake, as well as sodium preference index (SPI) did not differ between groups. However, OVXV ingested less water than OVXE when both were treated with A779 (p < 0.05). Twenty-four hours after reintroduction of fluids intake sodium ingestions was higher in OVXV than in OVXE when both received A779 (p<0.05). Similarly, OVXV rats showed greater preference for sodium when compared to OVXE, if both received icv injection of A779. Males ORQX microinjected with aCFS ingested more water than SHAM+aCSF. However, at 30 min, SHAM+DIZE male rats presented higher water intake when compared to their respective control. Up to 15 min after reintroduction of fluids, ORQX rats ingested less sodium than SHAM rats, regardless DIZE administration (p < 0.05). Water intake as well as SPI did not differ between groups in males undergoing A779 administrarion. However sodium intake was lower in ORQX+A779 than in ORQX+aCFS (p < 0.05) at 30, 60 , 90, 120 , 180 and 240 min after fluid presentation. Thus, we conclude that estrogen seems to exert inhibitory influences on sodium intake independent ECA2/ANG (1-7)/Mas activity. On the other hand, the male gonadal hormones act by raising intake for the regulation of salt intake shaft in the proposed protocol. / Os comportamentos de ingestão de sódio e água constituem importantes componentes regulatórios do equilíbrio hidroeletrolítico. Neste contexto, o organismo humano regula seu déficit hidromineral através de uma resposta neuroimunoendócrina e comportamental comandada majoritariamente pelo sistema nervoso central (SNC). Reconhecidamente, os hormônios gonadais representam importantes fatores moduladores dos comportamentos ingestivos. O presente estudo objetivou estudar a influência dos hormônios gonadais masculinos e femininos no eixo ECA2/ANG(1-7)/Mas sobre o controle da ingestão de água e NaCl 0,3 M em ratos e ratas. Neste experimento, fêmeas ovariectomizadas foram tratadas com benzoato de estradiol (20μg/animal/dia, s.c.; OVXE), ou com veículo (óleo de girassol; OVXV). Machos foram submetidos à orquiectomia bilateral (ORQX) ou cirurgia fictícia (SHAM). Por meio de cirurgia estereotáxica, cânulas-guia foram implantadas no ventrículo lateral direito para administração intracerebroventricular (icv) das drogas utilizadas. Foram utilizados o ativador da enzima conversora de angiotensina tipo 2 (ECA2), DIZE (Aceturato de Diminazeno, 40 nmol / 2 μL, i.c.v.) ou o antagonista do receptor Mas de ANG (1-7), o D-Ala7-ANG(1-7) (A779, 10 nmol / 2 μL, i.c.v.). O veículo para ambas as drogas foi líquido cerebro-espinhal artificial (LCEa), administrado nos animais controle em igual volume. Para indução da sede e apetite por sódio, os animais foram submetidos a depleção hidrossalina por administração de um diurético de alça (furosemida, 20 mg / kg, s.c.) e acesso à água destilada e dieta pobre em sódio (fubá de milho) por 24 horas. Após a microinjeção das drogas, água e de NaCl 0,3 M foram reapresentados e registrados os volumes ingeridos nos tempos 15, 30, 60, 90, 120, 180, 240 min e 24 h. Foram realizadas análises de variância de duas vias seguidas do pós-teste de Bonferroni, quando necessário. O nível de significância foi de p < 0,05. Os dados demonstraram que, em fêmeas tratadas com DIZE ou veículo, a ingestão de água, NaCl 0,3 M e o índice de preferência ao sódio (IPS) não diferiram entre os grupos. Porém, fêmeas OVXV ingeriram menos água quando comparadas às femeas OVXE, quando ambas foram tratadas com A779 (p < 0,05). Vinte e quatro horas após a reapresentação de fluidos, a ingestão de NaCl 0,3 M foi maior em ratas OVXV que nas OVXE, quando ambas receberam A779 (p < 0,05). No mesmo sentido, ratas OVXV apresentaram maior preferência por sódio que as OVXE, ambas tratadas com A779. Machos ORQX microinjetados com LCEa ingeriram mais água quando comparados aos animais do grupo SHAM+LCEa. Todavia, aos 30 min, os machos SHAM+DIZE apresentaram maior ingestão de água quando comparado ao seu respectivo controle. Até 15 min após a reapresentação de fluidos, a ingestão de NaCl 0,3 M em ratos ORQX foi menor em comparação aos ratos SHAM independente do tratamento com DIZE (p<0,05), o IPS não diferiu entre os grupos. Os dados referentes a ingestão de água e ao IPS em machos submetidos ao tratamento icv com A779, revelam não haver diferença entre os grupos estudados, porém para ingestão de NaCl 0,3 M, os ratos ORQX+A779 demonstraram menor ingestão quando comparados aos animais ORQX+LCEa (p<0,05) nos tempos 30, 60, 90, 120, 180 e 240 min. Assim, podemos concluir que o estrógeno parece exercer influencia inibitória na ingestão de sódio independente da atividade do eixo ECA2/ANG(1-7)/Mas. Por outro lado, os hormônios gonadais masculinos atuam elevando a ingestão hidrossalina para a regulação do eixo no protocolo proposto.
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"Avaliação da função gonadal em pacientes do sexo masculino com dermatomiosite juvenil" / Gonadal function evaluation in male patients with juvenile dermatomyiositis

Moraes, Ana Julia Pantoja de 09 September 2005 (has links)
Em sete adolescentes com dermatomiosite (DM) juvenil (DMJ) foi avaliada a função gonadal através do estadiamento puberal, aspectos da sexualidade, exame físico da genitália e exames complementares: análise seminal (duas amostras com intervalo de um mês), anticorpos anti-espermatozóides, ultra-sonografia escrotal e dosagens hormonais (testosterona, hormônio estimulante do folículo, hormônio luteinizante, prolactina, T3, T4, T4 livre e TSH). Todos os pacientes apresentaram terazospermia, dois tiveram varicocele e um anticorpo anti-espermatozóide localizado em peça intermediária. A futura fertilidade destes pacientes é incerta e estudos de prevalência de função gonadal em populações de jovens e adultos do sexo masculino com DM são necessários / In seven adolescents with dermatomyositis (MD) juvenile (JDM), gonadal function was evaluated through the puberal estadiamento, aspects of the sexuality, examination of the genitalia, semen analysis (two semen samples over a period of one month), anti-sperm, testicular ultrasound and hormones (testosterone, follicle stimulating hormone, luteinizing hormone, prolactin, T3, T4, free T4 and TSH).

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