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Índice glicêmico e carga glicêmica da dieta de mulheres com a síndrome dos ovários policísticos : associações com variáveis metabólicas, antropométricas e de composição corporalGraff, Scheila Karen January 2013 (has links)
Objective: To compare glycemic index and load (GI and GL) in the usual diet of PCOS and control women and to investigate whether dietary GI and GL are associated with body composition and anthropometric and metabolic variables across PCOS phenotypes. Design: Cross-sectional study. Setting: University hospital outpatient clinic. Patients: 61 women with PCOS and 44 non-hirsute women with ovulatory cycles. Interventions: Metabolic work-up, biochemical and hormonal assays, assessment of body composition and rest metabolic rate, physical activity (pedometer), and food consumption (food frequency questionnaire). Main outcome measure(s): GI and GL. Results: Mean age was 23.7±6.3 years. The prevalence of obesity was 44.3% in PCOS women and 31.8% in controls. Median GI for the group was 58. PCOS patients with GI>58 had higher BMI, worse metabolic profile, and lower intake of fibers. GI was correlated with BMI in controls and with lipid accumulation product (LAP) in the PCOS group, and was higher in classic PCOS vs. other groups. Conclusions: Dietary GI is increased in PCOS patients, especially in the classic PCOS phenotype. Increased dietary GI is associated with a less favorable anthropometric and metabolic profile in PCOS.
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Efeito da metformina sobre IL-8 e IL-1b em um modelo de células estromais endometriais hiperinsulinêmicas e hiperandrogênicas in vitroMachado, Amanda de Barros January 2013 (has links)
O endométrio é a mucosa que reveste o útero. A receptividade uterina é definida como um estado em que o endométrio se encontra receptivo à implantação do blastocisto. E, a preparação do endométrio para a implantação não é somente uma questão de estimulação hormonal adequada, depende da interação entre o blastocisto e o endométrio. Esta interação envolve uma complexa sequência de eventos de sinalização e uma variedade de moléculas. As concentrações de interleucina-8 (IL-8) e interleucina-1β (IL-1β) estão correlacionadas com o processo de implantação. Em humanos, a taxa de insucesso desse processo é alta e ocasionada por diversos fatores. A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é um distúrbio endócrino-ginecológico que afeta de 6 a 8 % das mulheres em idade reprodutiva, e se caracteriza, principalmente, por anovulação crônica e hiperandrogenismo, estando diretamente relacionada à infertilidade feminina. Apesar da incerteza sobre a causa primária da SOP, há relatos sobre a importância da hiperinsulinemia na sua promoção. O objetivo deste trabalho foi estabelecer um modelo de hiperinsulinemia e hiperandrogenismo em células estromais endometriais in vitro, simulando características de SOP; identificar o melhor gene normalizador para estudos de expressão gênica em amostras das células em cultivo; avaliar o efeito da metformina sobre a proliferação celular e expressão gênica da IL-8 e IL-1β no modelo proposto. O tecido endometrial foi obtido de pacientes submetidas a histerectomia. A cultura primária das células estromais foi padronizada e as células foram divididas em sete grupos de tratamento: estradiol (G1); estradiol e progesterona (G2); estradiol, progesterona e insulina (G3); estradiol, progesterona e diidrotestosterona (G4); estradiol, progesterona e metformina (G5); estradiol, progesterona, insulina e diidrotestosterona (G6); estradiol, progesterona, insulina, diidrotestosterona e metformina (G7). Foi realizada análise de imunocitoquímica para vimentina para confirmação do cultivo com células estromais. Para avaliar a viabilidade e proliferação celular ao longo do tempo foi utilizado o ensaio de MTT em dois tempos diferentes de cultivo. As extrações de RNA foram realizadas e o cDNA obtido das amostras foi utilizado para a amplificação do mRNA de cinco genes candidatos a normalizadores e para avaliar a expressão dos genes da IL-8 e IL-1β através de PCR em tempo real.O estabelecimento da cultura de células estromais foi confirmado através da coloração positiva para a proteína vimentina. As células mantiveram-se viáveis durante todo o período de cultivo, apresentando aumento significativo na proliferação celular no tempo 8 em relação ao tempo 4 em todos os grupos. O grupo G7 (tratado durante 48 horas com metformina) apresentou uma menor taxa de proliferação em relação aos grupos G2, G3 e G6. Para análise de expressão gênica nestas células, o gene que mostrou os melhores parâmetros de estabilidade de expressão no modelo celular proposto foi o gene HPRT1. Observamos uma maior expressão do gene da IL-8 no grupo G5 tratado durante 48 horas em relação ao mesmo grupo tratado durante o período de 24 horas. Verificou-se maior expressão do gene da IL-1β no grupo G5 quando comparado a todos os outros grupos no período de 48 horas de tratamento com metformina. Entretanto, o grupo G7, também tratado com metformina, não apresentou diferença estatística em relação ao tempo de tratamento em nenhum dos genes estudados. Esses resultados demonstram que o modelo de hiperinsulinemia e hiperandrogenismo em cultura de células estromais endometriais é viável. Neste modelo, em que foram testados cinco genes em relação à sua estabilidade de expressão, o gene HPRT1 apresentou uma boa estabilidade, ao contrário de outros genes frequentemente utilizados como genes de referência. O tratamento com metformina apresentou um efeito antiproliferativo nas células do grupo hiperinsulinêmico e hiperandrogênico. No período de 48 horas aumentou a expressão do gene da IL-1β no grupo tratado somente com o medicamento. Sugerindo uma ação inibitória da insulina sobre a expressão dos genes da IL-8 e IL-1β no grupo hiperinsulinêmico e hiperandrogênico. Mais estudos são necessários para melhor entendimento do efeito da metformina nos fatores envolvidos durante a implantação. / The endometrium is the mucosa lining the uterus. The uterine receptivity is defined as a condition in which the endometrium is receptive to implantation of the blastocyst. The preparation of the endometrium for implantation is not only a matter of proper hormonal stimulation, it depends on the interaction between the blastocyst and the endometrium. This interaction involves a complex sequence of events and a variety of signaling molecules. The concentrations of interleukin-8 (IL-8) and interleukin-1β (IL-1β) are correlated to the implantation process. In humans, the failure rate of this process is high and caused by several factors. The polycystic ovary syndrome (PCOS) is an endocrine-gynecological disorder that affects from 6 to 8 % of women of reproductive age. It is characterized mainly by chronic anovulation and hyperandrogenism and directly related to female infertility. Despite the uncertainty about the primary cause of PCOS, there are reports about the importance of hyperinsulinemia in promoting it. The aim of this study was to establish a model of hyperinsulinemia and hyperandrogenism in endometrial stromal cells in vitro, simulating features of PCOS; to identify the best housekeeping gene for gene expression studies in the cultured cells; to evaluate the effects of metformin on cell proliferation, as well as IL-8 and IL-1β gene expression in the proposed culture model. The human endometrial tissue was obtained from patients undergoing hysterectomy. The primary culture of stromal cells was standardized and divided into seven treatment groups: estradiol (G1); estradiol and progesterone (G2); estradiol, progesterone and insulin (G3); estradiol, progesterone and dihydrotestosterone (G4); estradiol, progesterone and metformin (G5); estradiol, progesterone, insulin and dihydrotestosterone (G6); estradiol, progesterone, insulin, dihydrotestosterone and metformin (G7). Immunocytochemistry analysis for vimentin were performed. Cell viability and proliferation were evaluated by MTT assay at two days in different times of cultivation. RNA extractions were performed and the cDNA obtained from primary culture was used to amplify five candidates to housekeeping genes mRNA and to evaluate IL-8 and IL1β expression by real time PCR. The stromal culture cell establishment was confirmed by positive staining for vimentin. The cells remained viable throughout the cultivation period, with significant cell proliferation increase at day 8 compared to day 4 in all groups. The G7 group (metformin treated for 48 hours) showed lower proliferation rate than G2, G3 and G6 groups. For gene expression analysis in these cells, the gene showing the best parameters of stability of expression was HPRT1. Increased gene expression of IL-8 was observed in G5 group treated for 48 hours compared to the same group during 24 hours. Similarly, the G5 group showed higher IL-1β gene expression when compared to all other groups treated with metformin for 48 hours. However, the G7 group, also metformin treated, did not show statistically significant difference in treatment time of any studied genes. These results suggest that model of hyperinsulinemia and hyperandrogenism in endometrial stromal cells is viable and provides a good cell sampling to molecular analysis under different experimental conditions. In this model, several genes were tested for expression stability. HPRT1 presented the best values, unlike others classical housekeeping genes. The metformin treatment showed an antiproliferative effect on cells in hyperinsulinemic and hyperandrogenic group and at 48 hours increased IL-1β gene expression in the treated group with the drug alone. It suggests an inhibitory action of insulin on these genes expression in the hyperinsulinemic and hyperandrogenic group. More studies are needed to better understand the effect of metformin on the factors involved during implantation.
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Efeito da metformina sobre IL-8 e IL-1b em um modelo de células estromais endometriais hiperinsulinêmicas e hiperandrogênicas in vitroMachado, Amanda de Barros January 2013 (has links)
O endométrio é a mucosa que reveste o útero. A receptividade uterina é definida como um estado em que o endométrio se encontra receptivo à implantação do blastocisto. E, a preparação do endométrio para a implantação não é somente uma questão de estimulação hormonal adequada, depende da interação entre o blastocisto e o endométrio. Esta interação envolve uma complexa sequência de eventos de sinalização e uma variedade de moléculas. As concentrações de interleucina-8 (IL-8) e interleucina-1β (IL-1β) estão correlacionadas com o processo de implantação. Em humanos, a taxa de insucesso desse processo é alta e ocasionada por diversos fatores. A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é um distúrbio endócrino-ginecológico que afeta de 6 a 8 % das mulheres em idade reprodutiva, e se caracteriza, principalmente, por anovulação crônica e hiperandrogenismo, estando diretamente relacionada à infertilidade feminina. Apesar da incerteza sobre a causa primária da SOP, há relatos sobre a importância da hiperinsulinemia na sua promoção. O objetivo deste trabalho foi estabelecer um modelo de hiperinsulinemia e hiperandrogenismo em células estromais endometriais in vitro, simulando características de SOP; identificar o melhor gene normalizador para estudos de expressão gênica em amostras das células em cultivo; avaliar o efeito da metformina sobre a proliferação celular e expressão gênica da IL-8 e IL-1β no modelo proposto. O tecido endometrial foi obtido de pacientes submetidas a histerectomia. A cultura primária das células estromais foi padronizada e as células foram divididas em sete grupos de tratamento: estradiol (G1); estradiol e progesterona (G2); estradiol, progesterona e insulina (G3); estradiol, progesterona e diidrotestosterona (G4); estradiol, progesterona e metformina (G5); estradiol, progesterona, insulina e diidrotestosterona (G6); estradiol, progesterona, insulina, diidrotestosterona e metformina (G7). Foi realizada análise de imunocitoquímica para vimentina para confirmação do cultivo com células estromais. Para avaliar a viabilidade e proliferação celular ao longo do tempo foi utilizado o ensaio de MTT em dois tempos diferentes de cultivo. As extrações de RNA foram realizadas e o cDNA obtido das amostras foi utilizado para a amplificação do mRNA de cinco genes candidatos a normalizadores e para avaliar a expressão dos genes da IL-8 e IL-1β através de PCR em tempo real.O estabelecimento da cultura de células estromais foi confirmado através da coloração positiva para a proteína vimentina. As células mantiveram-se viáveis durante todo o período de cultivo, apresentando aumento significativo na proliferação celular no tempo 8 em relação ao tempo 4 em todos os grupos. O grupo G7 (tratado durante 48 horas com metformina) apresentou uma menor taxa de proliferação em relação aos grupos G2, G3 e G6. Para análise de expressão gênica nestas células, o gene que mostrou os melhores parâmetros de estabilidade de expressão no modelo celular proposto foi o gene HPRT1. Observamos uma maior expressão do gene da IL-8 no grupo G5 tratado durante 48 horas em relação ao mesmo grupo tratado durante o período de 24 horas. Verificou-se maior expressão do gene da IL-1β no grupo G5 quando comparado a todos os outros grupos no período de 48 horas de tratamento com metformina. Entretanto, o grupo G7, também tratado com metformina, não apresentou diferença estatística em relação ao tempo de tratamento em nenhum dos genes estudados. Esses resultados demonstram que o modelo de hiperinsulinemia e hiperandrogenismo em cultura de células estromais endometriais é viável. Neste modelo, em que foram testados cinco genes em relação à sua estabilidade de expressão, o gene HPRT1 apresentou uma boa estabilidade, ao contrário de outros genes frequentemente utilizados como genes de referência. O tratamento com metformina apresentou um efeito antiproliferativo nas células do grupo hiperinsulinêmico e hiperandrogênico. No período de 48 horas aumentou a expressão do gene da IL-1β no grupo tratado somente com o medicamento. Sugerindo uma ação inibitória da insulina sobre a expressão dos genes da IL-8 e IL-1β no grupo hiperinsulinêmico e hiperandrogênico. Mais estudos são necessários para melhor entendimento do efeito da metformina nos fatores envolvidos durante a implantação. / The endometrium is the mucosa lining the uterus. The uterine receptivity is defined as a condition in which the endometrium is receptive to implantation of the blastocyst. The preparation of the endometrium for implantation is not only a matter of proper hormonal stimulation, it depends on the interaction between the blastocyst and the endometrium. This interaction involves a complex sequence of events and a variety of signaling molecules. The concentrations of interleukin-8 (IL-8) and interleukin-1β (IL-1β) are correlated to the implantation process. In humans, the failure rate of this process is high and caused by several factors. The polycystic ovary syndrome (PCOS) is an endocrine-gynecological disorder that affects from 6 to 8 % of women of reproductive age. It is characterized mainly by chronic anovulation and hyperandrogenism and directly related to female infertility. Despite the uncertainty about the primary cause of PCOS, there are reports about the importance of hyperinsulinemia in promoting it. The aim of this study was to establish a model of hyperinsulinemia and hyperandrogenism in endometrial stromal cells in vitro, simulating features of PCOS; to identify the best housekeeping gene for gene expression studies in the cultured cells; to evaluate the effects of metformin on cell proliferation, as well as IL-8 and IL-1β gene expression in the proposed culture model. The human endometrial tissue was obtained from patients undergoing hysterectomy. The primary culture of stromal cells was standardized and divided into seven treatment groups: estradiol (G1); estradiol and progesterone (G2); estradiol, progesterone and insulin (G3); estradiol, progesterone and dihydrotestosterone (G4); estradiol, progesterone and metformin (G5); estradiol, progesterone, insulin and dihydrotestosterone (G6); estradiol, progesterone, insulin, dihydrotestosterone and metformin (G7). Immunocytochemistry analysis for vimentin were performed. Cell viability and proliferation were evaluated by MTT assay at two days in different times of cultivation. RNA extractions were performed and the cDNA obtained from primary culture was used to amplify five candidates to housekeeping genes mRNA and to evaluate IL-8 and IL1β expression by real time PCR. The stromal culture cell establishment was confirmed by positive staining for vimentin. The cells remained viable throughout the cultivation period, with significant cell proliferation increase at day 8 compared to day 4 in all groups. The G7 group (metformin treated for 48 hours) showed lower proliferation rate than G2, G3 and G6 groups. For gene expression analysis in these cells, the gene showing the best parameters of stability of expression was HPRT1. Increased gene expression of IL-8 was observed in G5 group treated for 48 hours compared to the same group during 24 hours. Similarly, the G5 group showed higher IL-1β gene expression when compared to all other groups treated with metformin for 48 hours. However, the G7 group, also metformin treated, did not show statistically significant difference in treatment time of any studied genes. These results suggest that model of hyperinsulinemia and hyperandrogenism in endometrial stromal cells is viable and provides a good cell sampling to molecular analysis under different experimental conditions. In this model, several genes were tested for expression stability. HPRT1 presented the best values, unlike others classical housekeeping genes. The metformin treatment showed an antiproliferative effect on cells in hyperinsulinemic and hyperandrogenic group and at 48 hours increased IL-1β gene expression in the treated group with the drug alone. It suggests an inhibitory action of insulin on these genes expression in the hyperinsulinemic and hyperandrogenic group. More studies are needed to better understand the effect of metformin on the factors involved during implantation.
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Índice glicêmico e carga glicêmica da dieta de mulheres com a síndrome dos ovários policísticos : associações com variáveis metabólicas, antropométricas e de composição corporalGraff, Scheila Karen January 2013 (has links)
Objective: To compare glycemic index and load (GI and GL) in the usual diet of PCOS and control women and to investigate whether dietary GI and GL are associated with body composition and anthropometric and metabolic variables across PCOS phenotypes. Design: Cross-sectional study. Setting: University hospital outpatient clinic. Patients: 61 women with PCOS and 44 non-hirsute women with ovulatory cycles. Interventions: Metabolic work-up, biochemical and hormonal assays, assessment of body composition and rest metabolic rate, physical activity (pedometer), and food consumption (food frequency questionnaire). Main outcome measure(s): GI and GL. Results: Mean age was 23.7±6.3 years. The prevalence of obesity was 44.3% in PCOS women and 31.8% in controls. Median GI for the group was 58. PCOS patients with GI>58 had higher BMI, worse metabolic profile, and lower intake of fibers. GI was correlated with BMI in controls and with lipid accumulation product (LAP) in the PCOS group, and was higher in classic PCOS vs. other groups. Conclusions: Dietary GI is increased in PCOS patients, especially in the classic PCOS phenotype. Increased dietary GI is associated with a less favorable anthropometric and metabolic profile in PCOS.
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Peso ao nascimento e Síndrome dos Ovários Policísticos: mais uma associação tardia dentro da reprogramação fetal? / Birth weight and Polycystic Ovary Syndrome: an additional association within fetal reprogramming?Melo, Anderson Sanches de 19 May 2009 (has links)
Introdução:A história natural da Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) tem início durante a fase do crescimento fetal, que é umperíodo em que ocorre a diferenciação e a maturação funcional dos órgãos e tecidos. Quando surgem condições adversas durante a vida fetal, existe predomínio do processo catabólico, que promove a restriçãode crescimento intra-útero e o nascimento de recém-nascidos (RN) pequenos para a idade gestacional (PIG). Durante esta fase de hipoxemia fetal crônica, surgem alterações na expressão gênica de proteínas nucleares (reprogramação fetal) que poderão codificar manifestações fenotípicas na vida adulta, a depender das células que foram acometidas. Este processo, associado à predisposição genética e aos fatores ambientais, pode favorecer o surgimento da SOP. Objetivo:Avaliar se os RN de termo PIG (femininos) têm maior prevalência de SOP na idade adulta quando comparados aos RN Adequados para Idade Gestacional (AIG) na população da coorte de indivíduos nascidos em Ribeirão Preto durante o período de 31.05.1978 e 01.06.1979. Casuística e Métodos:Foram convocadas 440 mulheres de novembro/2007 à outubro/2008 para avaliação de repercussões reprodutivase metabólicas no menacme. Deste total, concordaram em participar da pesquisa 355 pacientes (268 AIG e 87 PIG), sendo que 138 AIGs e 37 PIGs foram excluídas devido ao uso de anticoncepcional hormonal (97) e pela presença de gestação ou amamentação (78). Todas as mulheres foram submetidas à anamnese (com avaliação da idade, das características do ciclo menstrual, dos sinais/sintomas do hiperandrogenismo, do peso, da altura e do índice de massa corpórea). Realizamos a dosagem hormonal (FSH, LH, prolactina, testosterona, DHEAS, 17-OH progesterona, insulina), a avaliação bioquímica (lipidograma, glicemia e teste de tolerância oral com 75 gramas de glicose), a SHBG e a ultra-sonografia pélvica para definição do diagnóstico de SOP. Também avaliamos o índice de androgênios livres (FAI),a resistência insulínica (RI) (através do HOMA) e a prevalência da síndrome metabólica (SMET). A coleta foi realizada entre o terceiro e o quinto dia do ciclo menstrual, após jejum de 12 horas. Resultados:a prevalência de SOP foi mais elevada no grupo PIG (32%) do que em mulheres do grupo AIG (13,8%), com risco relativo de 2,02 (IC95%: 1,27 - 3,21, p=0,0097) . Em relação aos critérios de SOP,a irregularidade menstrual (PIG: 51% vs AIG: 25,4%, p=0,0012) e o hiperandrogenismo (PIG: 41,2% vs AIG:22,3%, p=0,01) foram mais elevados nas pacientes PIG. Já a ultrassonografia, os exames bioquímicos, o FAI, e a avaliação hormonal não apresentaram diferenças significativas entre os grupos. Também não houve diferenças entre os grupos em relação às prevalências de SMET e RI. Conclusão: Mulheres PIG ao nascimento representam um grupo de risco para o desenvolvimento da SOP durante o menacme. Estudos de seguimento destas mulheres devem ser realizados para avaliar a relação do pesoao nascer com a prevalência de doenças cardiovasculares e metabólicas ao longo da vida. / Introduction:The natural history of Polycystic Ovary Syndrome (POS) starts during fetal growth, a period during which the differentiation and functional maturation of organs and tissues occurs. When adverse conditions arise during fetal life there is a predominance of the catabolic process, which promotes intrauterine growth restriction and the birth of small for gestational age (SGA) newborns (NB). During this phase of chronic fetal hypoxemia, changes in the gene expression of nuclearproteins arise (fetal reprogramming) that might code for phenotypic manifestations during adult life depending on the affected cells. This process, together with genetic predisposition and environmental factors, may favor the onset of POS. Objective:To determine whether term female SGA NB have a higher prevalence of POS during adult age compared to women adequate for gestational age (AGA) at birth in the population of the cohort of individuals born in Ribeirão Preto during the period from 31.05.1978 to 01.06.1979. Cases and Methods:From November 2007 to October 2008, 440 women have been convoked for the assessment of reproductive and metabolic repercussions during menacme. Among them, 355 appeared (268 AGA and 87 SGA), with 137 AGAs and 38 SGAs being excluded from the study due to the use of a hormonal contraceptive (98) and to the presence of pregnancy or breast-feeding (77). The medical history of all women was taken, including age, characteristics of the menstrual cycle and of signs and symptoms of hyperandrogenism, height, and body mass index. We performed hormone determination (FSH, LH, prolactin, testosterone, DHEAS, 17-OH progesterone), biochemical evaluation (lipid profile, glycemia and 75 g oral glucose tolerance test), and pelvic ultrasound for the definition of the diagnosis of POS. Blood was collected between the third and fourth day ofthe menstrual cycle after a 12 hour fast. Results:The prevalence of POS was higher in the SGA group (32%) than in the AGA group (13.8%), with relative risk of 2,02 (IC 95%: 1,27- 3,21, p=0,0097). Regarding the criteria for a diagnosis of POS, chronic anovulation (SGA:51% vs AGA: 25,4%, p = 0.0012) and clinical hyperandrogenism (SGA: 41.2% vs AGA: 22.3%, p = 0.01) were more elevated in SGA patients. In contrast, ulrasonography and the biochemical and hormonal exams did not show significant differences between groups. Conclusion:Women who were SGA at birth represent a risk group for the development of POS during menacme. Following studies this women should be performed to assess the relation to birth weight with the prevalence of cardiovascular and metabolic diseases during of life.
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Avaliação da prevalência e das características da síndrome dos ovários policísticos em adolescentes obesas / Prevalence and characteristics of polycystic ovary syndrome in obese adolescentsOliveira, Marina Pereira Ybarra Martins de 06 June 2016 (has links)
Introdução: o diagnóstico da Síndrome do Ovário Policístico (SOP) na adolescência é desafiador e vem sendo alvo de intensas discussões. Sua prevalência em mulheres adultas em idade fértil varia de 5-10%. Entretanto, a prevalência em adolescentes obesas ainda não foi descrita na literatura. Somado a isso, ainda não é bem estabelecida a relação da SOP com alterações metabólicas e cardiovasculares nesta população. Dessa maneira, objetivamos avaliar a prevalência e as características da SOP na população de adolescentes obesas acompanhadas em um centro hospitalar quaternário. Métodos: realizamos um estudo transversal com 49 adolescentes obesas pós-menarca, com idade média de 15,6 anos. Foi realizada avaliação antropométrica e revisão de prontuários médicos. O hiperandrogenismo clínico e laboratorial foram quantificados utilizando o índice de Ferriman-Gallwey e as dosagens androgênicas, respectivamente. A morfologia ovariana foi avaliada por ultrassonografia suprapúbica. Todas as pacientes tiveram seus perfis metabólicos analisados. Resultados: ao adotarmos a nova Diretriz para SOP na adolescência da Sociedade de Endocrinologia Pediátrica Americana, encontramos uma prevalência de 18,4% de SOP em nossa população de adolescentes obesas. Quando utilizamos os critérios de Rotterdam, da Sociedade de Excesso Androgênico e SOP e do Instituto Nacional de Saúde Americano, as prevalências foram de 26,4%, 22,4% e 20,4%, respectivamente. A irregularidade menstrual foi constatada em 65,3% das pacientes. O hiperandrogenismo clínico foi observado em 16,3% das meninas, e 18,4% tinham concentrações de testosterona total acima do valor de normalidade. A ultrassonografia revelou que 18,4% das meninas tinham ovários policísticos. Adolescentes obesas com SOP apresentaram maior prevalência de síndrome metabólica. Conclusão: a prevalência de SOP em adolescentes obesas é alta quando comparada àquela observada na literatura / Background: polycystic ovary syndrome (PCOS) in adolescence is a challenging diagnosis and therefore has raised intense discussions. Its prevalence in childbearing age women ranges from 5 to 10%. However, the prevalence in obese adolescents has not yet been reported. Besides, the relationship of PCOS with metabolic and cardiovascular disorders in this specific population has not been established. Thus, we aimed to assess the prevalence and characteristics of PCOS in a population of obese adolescents followed at a quarternary hospital. Methods: we performed a cross-sectional study with 49 postmenarcheal obese adolescents with a mean age of 15.6 years. Anthropometric assessment and review of medical records were performed. Clinical and laboratory hyperandrogenism were evaluated using Ferriman-Gallwey index and serum androgens, respectively. The ovarian morphology was evaluated by supra-pubic ultrasound. All patients had their metabolic profile evaluated. Results: the prevalence of PCOS in obese adolescents, according to the new guideline for PCOS in adolescence of the American Pediatric Endocrinology Society, was 18.4%. When assessed by the Rotterdam, the Androgen Excess and PCOS Society and the National Institute of Health criteria, the prevalence of PCOS was 26.4%, 22.4% and 20.4%, respectively. Menstrual irregularity was found in 65.3% of the patients. Clinical hyperandrogenism was observed in 16.3% while 18.4% had total testosterone concentrations above the normal range. Ultrasonography revealed that 18.4% had polycystic ovaries. Obese adolescents with PCOS had higher prevalence of metabolic syndrome. Conclusion: the prevalence of PCOS in obese adolescents is high compared to that observed in the literature
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Efeitos do treinamento físico aeróbio contínuo e intermitente sobre parâmetros endócrino-metabólicos, composição corporal e comprimento do telômero em mulheres com síndrome dos ovários policísticos: ensaio clínico controlado / Effects of continuous and intermittent aerobic physical training on endocrine-metabolic parameters, body composition and telomere lenght in women with polycystic ovary syndrome: a randomized clinical trialVictor Barbosa Ribeiro 25 October 2018 (has links)
Introdução: A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma doença que implica em várias alterações como metabólicas, endócrinas e de composição corporal. Atualmente têm se discutido sobre medidas não farmacológicas para seu tratamento, e o exercício tem sido indicado como primeira conduta para melhora de diversos parâmetros. Objetivos: Avaliar os efeitos de dois protocolos de treinamento físico aeróbio sobre parâmetros hormonais, metabólicos, inflamatórios, de composição corporal, índices antropométricos e comprimento do telômero em mulheres com SOP. Material e Métodos: Trata-se de um ensaio clínico controlado com alocação aleatória e randomização estratificada pelo índice de massa corporal em 3 grupos: treinamento aeróbio contínuo (AC) com 28 voluntárias, treinamento aeróbio intermitente (AI) com 29 voluntárias e controle sem treinamento (GC) com 30 voluntárias. As avaliações dos parâmetros hormonais, metabólicos, inflamatórios e comprimento do telômero, foram realizadas por meio da dosagem sanguínea; os índices da composição corporal, avaliados pela circunferência de cintura e quadril e a composição corporal por meio da avaliação da absortometria de raio x de dupla energia. As avalições ocorreram antes e após o período de 16 semanas de intervenção do treinamento físico aeróbio ou de observação no grupo controle. Resultados: No grupo AC houve redução da circunferência de cintura (CC) (p = 0,045), circunferência de quadril (p = 0,032), níveis de colesterol total (p <= 0,01), LDL (p = 0,03) e testosterona (p <= 0,01). No grupo AI houve redução da CC (p = 0,014), relação cintura-quadril (p = 0,012), testosterona (p = 0,019) e índice de androgênio livre (p = 0,037). No grupo GC houve aumento da CC (p = 0,049), gordura corporal total (p = 0,015) e percentual da gordura corporal total (%) (p = 0,034), massa total dos braços (p < 0,01), percentual de gordura do tronco (p = 0,033), % de gordura das pernas (p = 0,021) e massa total ginóide (p = 0,011). Não houve alteração nas demais variáveis. Conclusão: Ambos os protocolos de treinamento reduziram índices antropométricos e hiperandrogenismo. O treinamento intermitente foi mais eficiente no controle do hiperandrogenismo, enquanto ocontínuo além de melhorar o hiperandrogenismo, promoveu redução nos parâmetros lipídicos, sem correlação entre a melhora de ambos parâmetros. Adicionalmente, ambos foram eficazes na prevenção do ganho de gordura corporal e do aumento da CC. Não ocorreram alterações após a intervenção no comprimento do telômero e demais variáveis analisadas. / Introduction: A Polycystic Ovary Syndrome (PCOS) is a disease that implicates in various changes like metabolic, endocrine and body composition. At present, non-pharmacological measures have been discussed for its treatment, and exercise has been indicated as the first conduit for improvement of several parameters.. Objectives: To evaluate the effects of two aerobic physical training protocols on hormonal, metabolic, inflammatory parameters, body composition, anthropometric indices and telomere length in women with PCOS. Material and methods: This was a randomized controlled trial and stratified randomized to body mass index into 3 groups: continuous aerobic training (CA) with 28 volunteers, intermittent aerobic training (IA) with 29 volunteers, and control without training with 30 volunteers. The evaluations of hormonal, metabolic, inflammatory parameters and telomere length were performed by means of a blood sample; body composition indices evaluated by waist and hip circumference and body composition by means of dual energy x-ray absorptiometry. The evaluations occurred before and after the 16-week intervention period of aerobic physical training or observation in the control group. Results: In the AC group, waist circumference (WC) (p = 0.045), hip circumference (HC) (p = 0.032), total cholesterol levels (p <= 0.01), LDL (p = 0.03) and testosterone (p <= 0.01). In the AI group there was a reduction in WC (p = 0.014), waist-hip ratio (p = 0.012), testosterone (p = 0.019) and free androgen index (p = 0.037). In the CG group there was an increase in WC (p = 0.049), total body fat (p = 0.015) and percentage (%) (p = 0.034), total arms mass (p <0.01), % trunk fat (p = 0.033), % of leg fat (p = 0.021) and total gynoid mass (p = 0.011). There was no change in the other variables. Conclusion: Both training protocols reduced anthropometric indices and hyperandrogenism. Intermittent training was more efficient in the control of hyperandrogenism, while the continuous, besides improving hyperandrogenism, promoted a reduction in lipid parameters, without correlation between the improvement of both parameters. Additionally, both wereeffective in preventing body fat gain and increased CC. There were no changes after intervention in telomere length and other variables analyzed.
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Comparação entre o tratamento com metformina e orientação dietética associada a exercícios físicos em mulheres com síndrome dos ovários policísticos / Comparison between treatment with metformin and diet associated with exercises in women with polycystic ovary syndromeCuri, Daniella de Grande 07 August 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: A metformina tem sido amplamente utilizada no tratamento da síndrome dos ovários policísticos (SOP), porém poucos estudos comparam a metformina e a dieta associada a exercícios físicos. O objetivo deste estudo é comparar parâmetros clínicos e laboratoriais de mulheres com SOP em uso de metformina ou através de dieta e exercícios físicos. MÉTODOS: Foram avaliadas 30 mulheres com SOP, com idades entre 18 a 34 anos, as quais foram divididas em dois grupos: grupo A- tratamento com metformina 1.800mg/dia e grupo B- dieta hipocalórica associada a exercícios físicos. Avaliações clínica e laboratorial foram feitas antes dos tratamentos e a cada três meses, por período de seis meses. RESULTADOS: Não houve diferença significativa entre os tratamentos quanto à regularização do ciclo menstrual (p=0,711), acne (p=0,271), hirsutismo (p=0,146) e índice de massa corpórea (IMC) p=0,328; assim como nas dosagens laboratoriais de LH (p=0,147), FSH (p=0,891), testosterona total (p=0,226) e livre(p=0,455), androstenediona (p=0,066), 17alfa-hidroxiprogesterona (p=0,914), SHBG (p=0,791), colesterol total (p=0,692) e frações, triglicérides (0,291) e nos índices de avaliação de resistência insulínica HOMA-R (p=0,111) e relação glicemia/insulina (p=0,976). Os dois tratamentos apresentaram melhora do ciclo menstrual (76%) e do IMC (p<0,001). A diminuição da circunferência abdominal foi maior no grupo B (p=0,006). CONCLUSÕES: Comparando os dois tratamentos não houve diferença nos parâmetros clínicos e laboratoriais avaliados. Ambos foram eficazes na redução do peso corpóreo e na regularização do ciclo menstrual. / Metformin has been widly used in treatment of polycystic ovary syndrome (PCOS) but only few studies compare metformin with diet and exercises. The aim of this study is to compare clinical and laboratorial parameters of women with PCOS using metformin or under diet and exercises. Methods: Thirty women with PCOS were evaluated with ages between 18- 34 years old, who were divided in two groups: group A- treatment with metformin 1.800mg/day and group B- hypocaloric diet and exercises. Clinical and laboratorial evaluations were done before treatment and each three months during a period of six months. RESULTS: There were no significant differences between treatments for menstrual disturbances (p=0,711), acne (p=0,271), hirsutism (p=0,146) and body mass index (BMI), p=0,328; in laboratorial parameters there were no significant differences for LH (p=0,147); FSH (p=0,891), total testosterone (p=0,226), free testosterone (p=0,455), androstenedione (p=0,066), 17alfa-hidroxiprogesterone (p=0,914), SHBG (p=0,791), total cholesterol (p=0,692) and fractions and indexes for evaluation of insulin resitence HOMA-IR (p=0,111) and glycemia and insulin ratio (p=0,976). Both treatments improved menstrual disturbances (76%) and BMI (p<0,001). The abdominal circunference decreasing was greater in group B (p<0,006). CONCLUSIONS: Comparing both treatments there were no differences in clinical and laboratorial parameters evaluated. Both were efficient in improving body mass index and menstrual disturbances.
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Efeitos do treinamento físico aeróbio contínuo e intermitente sobre parâmetros endócrino-metabólicos, composição corporal e comprimento do telômero em mulheres com síndrome dos ovários policísticos: ensaio clínico controlado / Effects of continuous and intermittent aerobic physical training on endocrine-metabolic parameters, body composition and telomere lenght in women with polycystic ovary syndrome: a randomized clinical trialRibeiro, Victor Barbosa 25 October 2018 (has links)
Introdução: A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma doença que implica em várias alterações como metabólicas, endócrinas e de composição corporal. Atualmente têm se discutido sobre medidas não farmacológicas para seu tratamento, e o exercício tem sido indicado como primeira conduta para melhora de diversos parâmetros. Objetivos: Avaliar os efeitos de dois protocolos de treinamento físico aeróbio sobre parâmetros hormonais, metabólicos, inflamatórios, de composição corporal, índices antropométricos e comprimento do telômero em mulheres com SOP. Material e Métodos: Trata-se de um ensaio clínico controlado com alocação aleatória e randomização estratificada pelo índice de massa corporal em 3 grupos: treinamento aeróbio contínuo (AC) com 28 voluntárias, treinamento aeróbio intermitente (AI) com 29 voluntárias e controle sem treinamento (GC) com 30 voluntárias. As avaliações dos parâmetros hormonais, metabólicos, inflamatórios e comprimento do telômero, foram realizadas por meio da dosagem sanguínea; os índices da composição corporal, avaliados pela circunferência de cintura e quadril e a composição corporal por meio da avaliação da absortometria de raio x de dupla energia. As avalições ocorreram antes e após o período de 16 semanas de intervenção do treinamento físico aeróbio ou de observação no grupo controle. Resultados: No grupo AC houve redução da circunferência de cintura (CC) (p = 0,045), circunferência de quadril (p = 0,032), níveis de colesterol total (p <= 0,01), LDL (p = 0,03) e testosterona (p <= 0,01). No grupo AI houve redução da CC (p = 0,014), relação cintura-quadril (p = 0,012), testosterona (p = 0,019) e índice de androgênio livre (p = 0,037). No grupo GC houve aumento da CC (p = 0,049), gordura corporal total (p = 0,015) e percentual da gordura corporal total (%) (p = 0,034), massa total dos braços (p < 0,01), percentual de gordura do tronco (p = 0,033), % de gordura das pernas (p = 0,021) e massa total ginóide (p = 0,011). Não houve alteração nas demais variáveis. Conclusão: Ambos os protocolos de treinamento reduziram índices antropométricos e hiperandrogenismo. O treinamento intermitente foi mais eficiente no controle do hiperandrogenismo, enquanto ocontínuo além de melhorar o hiperandrogenismo, promoveu redução nos parâmetros lipídicos, sem correlação entre a melhora de ambos parâmetros. Adicionalmente, ambos foram eficazes na prevenção do ganho de gordura corporal e do aumento da CC. Não ocorreram alterações após a intervenção no comprimento do telômero e demais variáveis analisadas. / Introduction: A Polycystic Ovary Syndrome (PCOS) is a disease that implicates in various changes like metabolic, endocrine and body composition. At present, non-pharmacological measures have been discussed for its treatment, and exercise has been indicated as the first conduit for improvement of several parameters.. Objectives: To evaluate the effects of two aerobic physical training protocols on hormonal, metabolic, inflammatory parameters, body composition, anthropometric indices and telomere length in women with PCOS. Material and methods: This was a randomized controlled trial and stratified randomized to body mass index into 3 groups: continuous aerobic training (CA) with 28 volunteers, intermittent aerobic training (IA) with 29 volunteers, and control without training with 30 volunteers. The evaluations of hormonal, metabolic, inflammatory parameters and telomere length were performed by means of a blood sample; body composition indices evaluated by waist and hip circumference and body composition by means of dual energy x-ray absorptiometry. The evaluations occurred before and after the 16-week intervention period of aerobic physical training or observation in the control group. Results: In the AC group, waist circumference (WC) (p = 0.045), hip circumference (HC) (p = 0.032), total cholesterol levels (p <= 0.01), LDL (p = 0.03) and testosterone (p <= 0.01). In the AI group there was a reduction in WC (p = 0.014), waist-hip ratio (p = 0.012), testosterone (p = 0.019) and free androgen index (p = 0.037). In the CG group there was an increase in WC (p = 0.049), total body fat (p = 0.015) and percentage (%) (p = 0.034), total arms mass (p <0.01), % trunk fat (p = 0.033), % of leg fat (p = 0.021) and total gynoid mass (p = 0.011). There was no change in the other variables. Conclusion: Both training protocols reduced anthropometric indices and hyperandrogenism. Intermittent training was more efficient in the control of hyperandrogenism, while the continuous, besides improving hyperandrogenism, promoted a reduction in lipid parameters, without correlation between the improvement of both parameters. Additionally, both wereeffective in preventing body fat gain and increased CC. There were no changes after intervention in telomere length and other variables analyzed.
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Avaliação da prevalência e das características da síndrome dos ovários policísticos em adolescentes obesas / Prevalence and characteristics of polycystic ovary syndrome in obese adolescentsMarina Pereira Ybarra Martins de Oliveira 06 June 2016 (has links)
Introdução: o diagnóstico da Síndrome do Ovário Policístico (SOP) na adolescência é desafiador e vem sendo alvo de intensas discussões. Sua prevalência em mulheres adultas em idade fértil varia de 5-10%. Entretanto, a prevalência em adolescentes obesas ainda não foi descrita na literatura. Somado a isso, ainda não é bem estabelecida a relação da SOP com alterações metabólicas e cardiovasculares nesta população. Dessa maneira, objetivamos avaliar a prevalência e as características da SOP na população de adolescentes obesas acompanhadas em um centro hospitalar quaternário. Métodos: realizamos um estudo transversal com 49 adolescentes obesas pós-menarca, com idade média de 15,6 anos. Foi realizada avaliação antropométrica e revisão de prontuários médicos. O hiperandrogenismo clínico e laboratorial foram quantificados utilizando o índice de Ferriman-Gallwey e as dosagens androgênicas, respectivamente. A morfologia ovariana foi avaliada por ultrassonografia suprapúbica. Todas as pacientes tiveram seus perfis metabólicos analisados. Resultados: ao adotarmos a nova Diretriz para SOP na adolescência da Sociedade de Endocrinologia Pediátrica Americana, encontramos uma prevalência de 18,4% de SOP em nossa população de adolescentes obesas. Quando utilizamos os critérios de Rotterdam, da Sociedade de Excesso Androgênico e SOP e do Instituto Nacional de Saúde Americano, as prevalências foram de 26,4%, 22,4% e 20,4%, respectivamente. A irregularidade menstrual foi constatada em 65,3% das pacientes. O hiperandrogenismo clínico foi observado em 16,3% das meninas, e 18,4% tinham concentrações de testosterona total acima do valor de normalidade. A ultrassonografia revelou que 18,4% das meninas tinham ovários policísticos. Adolescentes obesas com SOP apresentaram maior prevalência de síndrome metabólica. Conclusão: a prevalência de SOP em adolescentes obesas é alta quando comparada àquela observada na literatura / Background: polycystic ovary syndrome (PCOS) in adolescence is a challenging diagnosis and therefore has raised intense discussions. Its prevalence in childbearing age women ranges from 5 to 10%. However, the prevalence in obese adolescents has not yet been reported. Besides, the relationship of PCOS with metabolic and cardiovascular disorders in this specific population has not been established. Thus, we aimed to assess the prevalence and characteristics of PCOS in a population of obese adolescents followed at a quarternary hospital. Methods: we performed a cross-sectional study with 49 postmenarcheal obese adolescents with a mean age of 15.6 years. Anthropometric assessment and review of medical records were performed. Clinical and laboratory hyperandrogenism were evaluated using Ferriman-Gallwey index and serum androgens, respectively. The ovarian morphology was evaluated by supra-pubic ultrasound. All patients had their metabolic profile evaluated. Results: the prevalence of PCOS in obese adolescents, according to the new guideline for PCOS in adolescence of the American Pediatric Endocrinology Society, was 18.4%. When assessed by the Rotterdam, the Androgen Excess and PCOS Society and the National Institute of Health criteria, the prevalence of PCOS was 26.4%, 22.4% and 20.4%, respectively. Menstrual irregularity was found in 65.3% of the patients. Clinical hyperandrogenism was observed in 16.3% while 18.4% had total testosterone concentrations above the normal range. Ultrasonography revealed that 18.4% had polycystic ovaries. Obese adolescents with PCOS had higher prevalence of metabolic syndrome. Conclusion: the prevalence of PCOS in obese adolescents is high compared to that observed in the literature
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