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Identidade e imaginário no cinema contemporâneo : análise dos conflitos político-culturais nos Bálcãs /Guimarães, Rafael Siqueira de. January 2007 (has links)
Orientador: Elda Rizzo de Oliveira / Banca: Claudio Bertolli Filho / Banca: Silas Guemero / Banca: Augusto Caccia-Bava Júnior / Banca: Dora Isabel Paiva de Costa / Resumo: Por meio do estudo do imaginário representado em filmes, portanto, em seus sentidos e em seus usos, objetivo, com esta Tese de Doutorado, uma possibilidade de compreensão das identidades e culturas envolvidas nos conflitos ocorridos nos Bálcãs nos meados da década de 1990. Utilizo, como campo empírico, cinco produções fílmicas que enfocam os conflitos por mim estudados, especificamente realizadas na região e por autores da região: Beautiful People, Vukovar, Bela Aldeia, Bela Chama, Antes da Chuva e Terra de Ninguém. Tomo como paradigma de análise a Antropologia do Imaginário em suas possibilidades metodológicas de leitura da imagem, a partir de sua crítica ao Positivismo e ao Historicismo. Foco a análise das imagens visando compreender dois aspectos principais, que assinalam a crítica ao Pensamento Ocidental: as identidades construídas na modernidade e a condição humana encrustada nos símbolos que ancoram essas imagens, o que me permite construir uma hermenêutica de sentido, nos meandros da relação entre o sensível e o inteligível. Este trabalho possibilitou relacionar as questões culturais e as identidades construídas em seu interior e as questões postas pela modernidade, primeiramente, a partir do Iluminismo, bem como compreender, a partir da manifestação artística (e das imagens e símbolos representados nesta), como o homem tem repensado a sua condição frente aos desafios dessa modernidade que rui. / Abstract: My objective, in this Doctoral Thesis, is to organize through a study of the imaginariness represented on films (therefore, in their senses and uses) a possibility to study the identities and cultures involved in the Balkans conflicts occurred in the 1990's. My empirical camp was based on five film productions which show the conflict, such as Beautiful People, Vukovar, Lepa Sela, Lepo Gore, Before The Rain and No Man's Land, specifically produced in the region and by authors who lived in the Balkans. I take as a paradigm of analyses, the Anthropology of Imaginariness and their methodological possibilities in order to have a reading of those images, from their criticism of Positivism and Historicism. The images have been analysed in pursuit of understanding two main aspects: the identities built on modernity and the human condition projected on symbols which can be interpreted from such images, using a hermeneutic of senses, seeking relations between emotional and rational. This work could show relations between the cultures (and the identities inside these cultures) and the modernity questions, at first, which come from the Illuminism, as well as comprehend, in artistic manifestation (and the images and symbols represented by the art), how man has thought of his condition before the challenges of this modernity which tends to collapse. / Doutor
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Formação estética em Rousseau e o cultivo da naturezaSilva, Eduardo Caldas da 26 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-26T05:29:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1
292272.pdf: 657782 bytes, checksum: b18813f3b826c8f81b0fc7ab3adc273c (MD5) / Crítico do excessivo status atribuído à razão pelo século XVIII, Rousseau põe em dúvida o otimismo e o artificialismo da época, propondo uma outra visão de educação: a educação que incorpora o sensível à capacidade racional do homem. Essa é a divisa que irá orientar seu projeto educativo, cujos fins formativos emanam da natureza. O campo aparece como metáfora de uma educação conforme os ditames da boa e sábia natureza, pois é por meio dela que pode o homem retirar o véu que ele mesmo dispôs sobre si. Portanto, as imagens da natureza são associadas com a proposta de educação nos moldes da natureza. Assim, temos como pergunta norteadora desta pesquisa: como a natureza em Rousseau está imbricada nas concepções estéticas de formação do homem? Esta pesquisa irá desbravar a concepção rousseauniana da natureza na amarrada relação que estabelece com os processos formativos. Dessa maneira, está posto esse processo sob duas óticas: a primeira esboça o cultivo e a formação como método de manutenção da ordem da natureza, da infância à adolescência; a segunda, o devaneio e a solidão como processo de auto-formação, último estágio que reinventa novos saberes numa espécie de refazer a si mesmo. Como fio condutor de nossa pesquisa, propomos quatro caminhadas: Na primeira caminhada, iremos adentrar o século XVIII, os movimentos e conflitos de um século que se inicia nas luzes da razão e termina na valoração do sentimento, em que, a partir de Rousseau, busca-se valorizar a união harmônica entre razão e sensibilidade. Na segunda caminhada, propomo-nos pensar como se dá o enfrentamento do homem degenerado que, corrompido pela sociedade, afasta-se de si mesmo. Dessa forma, Rousseau busca em sua filosofia o retorno à pureza da consciência natural, como dever fundamental de todo homem. No terceiro caminhar, reconhecemos a mão do mestre que conduz tal natureza. É assim que percebemos a conciliação entre natureza e cultura, sem desequilíbrio entre ambas. A arte de cultivar jardins oferece, para tanto, essa possibilidade entre educação e cultivo. Por fim, no quarto caminhar, tomamos "Os Devaneios do Caminhante Solitário" como o livro que proporciona inúmeros elementos para se pensar a formação. Dessa forma, nessa última caminhada, desbravamos o devaneio rousseauniano: estado que proporciona ao homem estar diante dele mesmo numa espécie de reflexão da sua vida. Assim, o devaneio, como movimento em si mesmo no fluxo continuo da própria vida, provoca uma constante auto-formação. Um refazer a si mesmo que põe à prova a própria vida, tecendo assim novos saberes.
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Identidade e imaginário no cinema contemporâneo: análise dos conflitos político-culturais nos BálcãsGuimarães, Rafael Siqueira de [UNESP] 29 November 2007 (has links) (PDF)
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guimaraes_rs_dr_arafcl.pdf: 555391 bytes, checksum: 518e5fe4de94a27ab77a83e21f0e58a0 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Por meio do estudo do imaginário representado em filmes, portanto, em seus sentidos e em seus usos, objetivo, com esta Tese de Doutorado, uma possibilidade de compreensão das identidades e culturas envolvidas nos conflitos ocorridos nos Bálcãs nos meados da década de 1990. Utilizo, como campo empírico, cinco produções fílmicas que enfocam os conflitos por mim estudados, especificamente realizadas na região e por autores da região: Beautiful People, Vukovar, Bela Aldeia, Bela Chama, Antes da Chuva e Terra de Ninguém. Tomo como paradigma de análise a Antropologia do Imaginário em suas possibilidades metodológicas de leitura da imagem, a partir de sua crítica ao Positivismo e ao Historicismo. Foco a análise das imagens visando compreender dois aspectos principais, que assinalam a crítica ao Pensamento Ocidental: as identidades construídas na modernidade e a condição humana encrustada nos símbolos que ancoram essas imagens, o que me permite construir uma hermenêutica de sentido, nos meandros da relação entre o sensível e o inteligível. Este trabalho possibilitou relacionar as questões culturais e as identidades construídas em seu interior e as questões postas pela modernidade, primeiramente, a partir do Iluminismo, bem como compreender, a partir da manifestação artística (e das imagens e símbolos representados nesta), como o homem tem repensado a sua condição frente aos desafios dessa modernidade que rui. / My objective, in this Doctoral Thesis, is to organize through a study of the imaginariness represented on films (therefore, in their senses and uses) a possibility to study the identities and cultures involved in the Balkans conflicts occurred in the 1990´s. My empirical camp was based on five film productions which show the conflict, such as Beautiful People, Vukovar, Lepa Sela, Lepo Gore, Before The Rain and No Man´s Land, specifically produced in the region and by authors who lived in the Balkans. I take as a paradigm of analyses, the Anthropology of Imaginariness and their methodological possibilities in order to have a reading of those images, from their criticism of Positivism and Historicism. The images have been analysed in pursuit of understanding two main aspects: the identities built on modernity and the human condition projected on symbols which can be interpreted from such images, using a hermeneutic of senses, seeking relations between emotional and rational. This work could show relations between the cultures (and the identities inside these cultures) and the modernity questions, at first, which come from the Illuminism, as well as comprehend, in artistic manifestation (and the images and symbols represented by the art), how man has thought of his condition before the challenges of this modernity which tends to collapse.
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O bom leitor : a ética da leitura e a intelecção amorosa da obra de arte literáriaCarreira, Luiz Augusto Antunes Netto 28 May 2015 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Programa de Pós-graduação em Literatura, 2015. / Submitted by Felipe Rodrigues (felipe.rodrigues87@gmail.com) on 2015-12-04T12:02:23Z
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2015_Luiz Augusto Antunes Netto Hazin.pdf: 1889986 bytes, checksum: f90961ae94310db43df908e36bce172d (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2015-12-04T12:32:07Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2015_Luiz Augusto Antunes Netto Hazin.pdf: 1889986 bytes, checksum: f90961ae94310db43df908e36bce172d (MD5) / Made available in DSpace on 2015-12-04T12:32:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2015_Luiz Augusto Antunes Netto Hazin.pdf: 1889986 bytes, checksum: f90961ae94310db43df908e36bce172d (MD5) / Esta tese propõe o conceito de intelecção amorosa para definir os princípios e os modos mais adequados para a leitura das obras de arte literárias. É essa noção de adequação que nos permite falar em um bom leitor. A literatura é aqui definida como arte e símbolo verbal da imaginação da experiência humana. Ela se caracteriza, portanto, como uma atividade de comunicação. Antes da apresentação da tese em si, investigamos três problemas fundamentais: primeiro, o sentido moral da linguagem, em que apresentamos as implicações entre a linguagem, a realidade e a relação com a alteridade; segundo, a sabedoria da imaginação, ou seja, o que seria o conhecimento próprio das obras e da tradição literária; terceiro, o modo próprio como esse conteúdo se articula nas obras por meio das personagens e da voz do texto.Considerando esses componentes da comunicação literária, afirmamos que a interpretação da obra não é o mesmo que a sua análise. O conteúdo das obras de arte literárias não se oferece como informação objetiva e a sua leitura não corresponde ao procedimento analítico. A leitura será, então, caracterizada por um tipo de atenção capaz de apreender e compreender obras literárias como alteridades, não como objetos. A ética da leitura é, portanto, o horizonte dentro do qual o leitor exerce a sua atenção em relação ao outro simbólico. Essa dinâmica implica a compreensão de uma voz e de um drama alheios, em relação aos quais o chamado bom leitor empreende uma inteligência especial, caracterizada por uma abertura à experiência alheia, que denominamos intelecção amorosa. / This thesis proposes the concept of loving intellection to define the principles and the most appropriate ways to read literary works of art. It is this notion of adequacy that allows us to speak of a “good reader”. Literature is here defined as art and verbal symbol of the imagination of the human experience. It is characterized, therefore, as an act of communication. Before presenting the thesis itself, we will investigate three key issues: first, the moral sense of language, in which we present the inter-relations between language, reality and otherness; secondly, the wisdom of the imagination, i.e., what would be the own knowledge of the works and literary tradition; Thirdly, the very way that content is articulated in the works through the characters and the text voice. Considering these components of literary communication, we state that the interpretation of the work is not the same as its analysis. The content of literary works is not offered as objective information and its reading does not match the analytical procedure. The reading will then be characterized by a kind of attention able to grasp and understand literary work as otherness, not as object. The ethics of reading is therefore the horizon within which the reader exerts his attention towards the symbolic otherness. This dynamic implies the understanding of someone else's voice and drama, for which the so-called “good reader” undertakes a special intelligence, characterized by an opening up to other people's experience, which we call loving intellection.
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Estudo das vivências infantis por meio da contação de históriaJubé, Úrsula Raquel Ramos January 2014 (has links)
Submitted by Haia Cristina Rebouças de Almeida (haia.almeida@uniceub.br) on 2015-05-06T12:03:34Z
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61200870.pdf: 686812 bytes, checksum: 48043fefdf28dce924b8d77169292ce8 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-05-06T12:03:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1
61200870.pdf: 686812 bytes, checksum: 48043fefdf28dce924b8d77169292ce8 (MD5) / O presente trabalho apresenta um estudo das vivências infantis por meio da contação de história. Com base nas ideias de Lev Semionovitch Vigotski sobre o conceito de vivência, faz-se uma breve análise sobre o desenvolvimento da imaginação na infância, apresentando as quatro formas de relação indicadas pelo autor entre fantasia e realidade. Em seguida, disserta-se sobre contação de história, sua origem e desenvolvimento na sociedade. Também, aborda o papel do contador e da literatura infantil ao longo dos séculos. Em seguida, faz uma análise do conceito de vivência nos estudos da psicologia histórico-cultural, fundamentalmente, nos estudos de Vigotski e, com base nos dados da pesquisa de campo, realiza-se uma análise das vivências das crianças envolvidas em três atividades de contação de histórias: com uma contadora profissional, com uma contadora não-profissional e com uma criança contadora. Nas atividades organizadas e observadas revelou-se um alto grau de inibição das ações das crianças causado pela primeira contadora, e um pouco menor pela segunda, sendo a atividade em que a criança era a contadora a única a permitir ações espontâneas e livres, podendo, assim, ocorrer partilha de vivências e enriquecimento das vivências coletivas ao longo da contação da história.
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A compreensão do psíquico na teoria do imaginário de SartreSpohr, Bianca 24 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2009. / Made available in DSpace on 2012-10-24T15:19:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1
272818.pdf: 718096 bytes, checksum: 6e74d5c81a9003e02a329f4e5f006a6d (MD5) / A definição da psicologia como ciência e de seu objeto de estudo tem sido discutida ao longo dos anos de desenvolvimento desta disciplina. E, embora os psicólogos reconheçam a importância desta problemática e tenham se dedicado a ela, ainda se consideram distantes de uma delimitação consensual. Considerando esta situação, este estudo apresenta a teoria do imaginário de Sartre como um instrumento para se compreender o psíquico - objeto de estudo da psicologia. Para tanto, é realizada a análise das obras Imaginaire e La Transcendance de LEgo de Sartre, pois estudar a imaginação e seu correlato, o imaginário, pressupõe o estudo da consciência e seu correlato, o psíquico. A análise da teoria do imaginário de Sartre demonstra que a imaginação é uma consciência que tem como objeto algo que está fora dela e se dá em imagem. E sendo um dos tipos de consciência possíveis, a imaginação pode ser considerada uma das principais funções psíquicas. Deste modo, a compreensão do psíquico deve passar, obrigatoriamente, pelo exame das experiências de imaginação. É possível concluir que Sartre forneceu importantes contribuições para a elucidação do psíquico a partir de sua teoria do imaginário. Em primeiro lugar, porque reformulou a noção de imagem através da reconstituição da consciência e do psíquico. E, em segundo lugar, porque afirmou a imaginação como uma consciência autônoma que representa, em essência, a noção de liberdade. Pois se imaginar é transcender o real, somente uma consciência livre pode ser capaz de tal movimento.
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Ler, escrever, inscreverMunhóz, Simara Carina Dornelas January 2008 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Psicologia. / Made available in DSpace on 2012-10-23T20:56:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
260432.pdf: 2340568 bytes, checksum: 8d0b47cdd495a454ed390d6fb92e4ebf (MD5) / A linguagem é condição para o ser humano produzir cultura e, simultaneamente, constituir-se como sujeito. É, ao mesmo tempo, uma via de comunicação que transcende limites espaciais e temporais, viabiliza a produção/apropriação da história e uma realidade axiológica habitada por um conjunto de vozes sociais que dialogam entre si. Essas vozes, por sua vez, são constitutivas do sujeito, dos seus modos de vida, pensar, sentir e agir. Em relação à linguagem escrita, a dialogia e sua dimensão constitutiva são também características: nota-se, que a aguçada imaginação da criança percorre o universo das letras e, dessa viagem, emergem novas possibilidades de leituras da realidade em que se insere e diferentes maneiras de inscrever-se no contexto. Entretanto, é comum a idéia, tanto em contextos escolares como familiares, de que a linguagem escrita consiste somente em um conjunto de sinais regidos por sentidos fixos, imutáveis e a-históricos, a serem transmitidos ao outro e por este assimilado. Contudo, nesta tese afirma-se que, mesmo nesses contextos, os sujeitos estabelecem (ou podem vir a estabelecer) relações estéticas com a linguagem escrita. Relações estéticas viabilizam a realização de outras leituras do mundo, fundadas em diferentes possibilidades de sentir, escutar, olhar que, por sua vez, são condições para transformar o instituído. Para o desenvolvimento da pesquisa foram realizadas entrevistas individuais com nove crianças, sendo cinco meninos e quatro meninas, com idade entre nove e doze anos, alunos de 4º e 5º anos do Ensino Fundamental de uma Escola Classe (pública) do Plano Piloto, na cidade de Brasília - DF. Também participaram do estudo suas respectivas professoras.
As crianças tinham sido sujeitos de pesquisa anterior (Munhoz, 2003), o que consistiu uma oportunidade ímpar para o reencontro da pesquisadora com as crianças. Foram analisados, à luz do enfoque Histórico-Cultural em Psicologia e das contribuições do Círculo de Bakhtin, o discurso dos educandos e suas professoras em relação às (im)possibilidades de constituírem relações estéticas com a linguagem escrita. O estudo evidenciou que as crianças são capazes de estabelecer este tipo de relação em contextos diversos, possibilitando a (des) (re)construção de sentidos até então considerados fixos e, assim, (re)inventaremse como sujeitos. As professoras, por sua vez, têm mais dificuldade de estranhar e resistir ao instituído. Faltam-lhes contextos e experiências significativas que permitam o estabelecimento de relações estéticas com o mundo das letras e de (re)inscreverem a própria história. A trajetória percorrida nesta pesquisa viabilizou reconhecer a complexidade, relações e movimentos que constituem sujeitos e suas (im)possibilidades de imaginar e criar por intermédio da linguagem escrita.
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Escultura e imaginação infantilOliveira, Alessandra Mara Rotta de January 2008 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação / Made available in DSpace on 2012-10-24T03:38:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1
249547.pdf: 11124425 bytes, checksum: ae8906bec6b81d2f2e89420fb3111f16 (MD5) / Considerando as crianças como produtoras de culturas infantis - com modos singulares de apropriação e criação nas diversas linguagens - esta investigação busca, a partir dos estudos advindos do campo da arte, - em particular da escultura - da filosofia, da sociologia da infância, da história, da psicologia, da antropologia social e da educação, sinalizar algumas bases teóricas e metodológicas que possibilitem olhar para as produções tridimensionais das crianças, promovendo-as enquanto esculturas plenas de valor estético, artístico e cultural, cultivando e ampliando assim, os processos de imaginação infantil. Para tal, realizou-se com as crianças -"brincantes de histórias" -, um mergulho em narrativas mitológicas universais e fantásticas da Ilha de Santa Catarina de modo a inspirar a criação escultórica das crianças; procurou-se promover e intensificar as experiências das crianças com esculturas de diversos estilos, tempos, dentro e fora dos museus da Ilha. Discute-se as relações entre os processos imaginativos infantis na criação escultórica, indicando-se a necessidade de diversificação das matérias disponibilizadas às crianças e dos tempos&espaços adequados para a fruição e a criação na linguagem da escultura. Todas estas ações e reflexões foram realizadas com um grupo de crianças de 4 a 5 anos de idade, inseridas numa instituição pública de educação infantil de Florianópolis-SC, visando, a contribuir para a valorização da infância e de sua produção cultural, no âmbito da construção de uma Pedagogia da Infância.
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Imaginaçao e razao no tratado da natureza humanaAlves, Derley Menezes 12 November 2013 (has links)
Resumo: O objetivo do presente trabalho é compreender como se articulam no Tratado da Natureza Humana os conceitos de razão e imaginação. Para tanto, estabelecemos dois grandes momentos em nossa leitura, em primeiro lugar, analisamos a explicação humeana acerca da causalidade e apontamos neste passo, que o fundamento da causalidade reside na faculdade de imaginar, na medida em que tal faculdade opera associando idéias segundo regras gerais fundadas na experiência. O segundo momento de nosso trabalho foi entender em que medida é possível para Hume, a partir dos resultados alcançados com a análise da causalidade resolver o problema da existência contínua e distinta. Pretendemos mostrar que esta crença é explicada de modo suficiente na medida em que Hume empreende e explicação do processo da imaginação que lhe dá origem. Chamamos a solução presente neste momento de solução naturalista, uma vez que, a crença na existência contínua e distinta se resolve em tendências naturais de nossa imaginação.
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Por uma impossível fenomenologia dos afetos : imaginação e presença na experiência literáriaDiniz, Ligia Gonçalves 21 September 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2016. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2017-02-20T12:58:37Z
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2016_LigiaGonçalvesDiniz.pdf: 2222538 bytes, checksum: 7aa92873ae9c32292a6ca8c6bcbd7fa5 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2017-03-22T15:18:27Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2016_LigiaGonçalvesDiniz.pdf: 2222538 bytes, checksum: 7aa92873ae9c32292a6ca8c6bcbd7fa5 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-22T15:18:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2016_LigiaGonçalvesDiniz.pdf: 2222538 bytes, checksum: 7aa92873ae9c32292a6ca8c6bcbd7fa5 (MD5) / Esta tese apresenta um modo de ler literatura que se concentra na possibilidade de mobilização dos afetos, e no envolvimento somático do leitor no mundo das coisas, via imaginação. Como dimensão híbrida da consciência – sujeita ao fluxo temporal, mas aberta a
possibilidades espaciais –, a imaginação é a potência que, disparada pelo texto literário, insere o corpo do leitor na experiência viva da leitura, que, de outro modo, se reduziria à produção de sentido, com toda a energia do texto e do leitor se convertendo em reflexão. Proponho que aquilo que da experiência viva resiste à interpretação: 1) proporciona, de forma fugaz, um lugar cosmológico ao leitor, o que entendo como uma “volta para casa”; e
2) permite a vivência afetiva de possibilidades múltiplas por meio da interação entre imaginário e fictício.
Para isso, desenvolvo, a partir da ideia de presença em Gumbrecht, uma teoria da
imaginação aplicável à leitura, em que as noções de consciência, autoconsciência e atenção, emprestadas às ciências cognitivas e à filosofia da mente, são postas em diálogo com o debate
sobre a relação entre corpo e subjetividade em Merleau-Ponty e Jean-Luc Nancy e com a fenomenologia husserliana e sartriana, para a reflexão sobre um estado afetivo da consciência. Atribuo, então, um caráter plástico à imaginação, que a aproxima da memória, como dimensões em que se interpenetram a realidade externa e os afetos. Com Costa Lima, Iser e, finalmente, Castoriadis, questiono então a possibilidade de se pensar a experiência literária como um modo de representação-afeto. / This dissertation explores a way of approaching literary texts that focuses on the possibility of engaging our affects, and on the somatic immersion of the reader in the world of things through imagination. As a hybrid state of consciousness, subject to the temporal flux but also open to spatial possibilities, imagination appears as the potentiality that, once triggered by the literary text, engages the reader’s body in the living experience of reading,
which would otherwise be confined to producing meaning, thus channeling both the reader’s and the text’s energy to reflexive thought. I propose that there is something in the reading experience that resists interpretation and which: 1) affords, very fleetingly, a cosmological place to the reader, in an event that I
understand as “home coming”; and 2) allows for the reader to affectively experience multiple possibilities by way of the interaction between fiction and imagination. Starting from the notion of presence as put forth by Gumbrecht, I present a theory of imagination which is suited for literary reading, in which the concepts of consciousness, selfconsciousness and attention, borrowed from cognitive science and philosophy of mind, complement both the discussion about subjectivity and the body in Merleau-Ponty and Jean- Luc Nancy, and Husserlian and Sartrian phenomenology. My objective is to define the qualities of an affective state of consciousness. I describe imagination as a plastic dimension, neighbored by memory, both being conscious states in
which external reality and affects are intertwined. Finally, with Costa Lima, Iser and Castoriadis, I question whether it is possible to reflect upon literary experiences as a type of affective representation. / Esta tesis propone un modo de leer literatura que se concentra en la posibilidad de movilización de los afectos y en la inserción somática del lector en el mundo de las cosas a través de la imaginación. Como una dimensión híbrida de la conciencia - sometida al flujo
temporal y, sin embargo, abierta a posibilidades espaciales - la imaginación es la potencia que, iniciada por el texto literario, introduce el cuerpo del lector en la experiencia viva de la lectura, que, de otra manera, se reduciría a la producción de sentido, con toda la energía del texto y del lector convirtiéndose en reflexión. Propongo que aquello que proviene de la experiencia viva y resiste a la interpretación: 1) proporciona al lector, de forma fugaz, un sitio cosmológico, el cual lo comprendo como un
“regreso al hogar”; y 2) permite la vivencia afectiva de múltiples posibilidades mediante la interacción entre el imaginario y el ficticio.
Para esto, desarrollo, a partir de la idea de presencia en Gumbrecht, una teoría de la imaginación aplicable a la lectura, en la cual las nociones de conciencia, auto conciencia y atención, prestadas de las ciencias cognitivas y a la filosofía de la mente, establecen diálogo con el debate sobre la relación entre cuerpo y subjetividad en Merleau-Ponty y Jean-Luc
Nancy y con la fenomenología husserliana y sartriana, para la reflexión sobre un estado afectivo de la conciencia.
Atribuyo, desde esta perspectiva, un carácter plástico a la imaginación, que la acerca de la memoria, como dimensiones en las cuales se interrelacionan la realidad externa y los afectos. A partir de Costa Lima, Iser y, finalmente, Castoriadis, cuestiono, por tanto, la posibilidad de pensar la experiencia literaria como un modo de representación-afecto. / Cette thèse propose une manière de lire de la littérature concentrée sur la possibilité de mobiliser les affects, e sur l’engagement somatique du lecteur dans le monde des choses, par l’imagination. Dimension hybride de la conscience, l’imagination est la potence qui,
déclenchée par le texte littéraire, insère le corps du lecteur dans l’expérience vive de la lecture, qui, d’autre façon, resterait toujours confinée à la production de sens, processus dans
lequel toute l’énergie du lecteur et la force du texte seront réduites à la pensée réflexive. Je propose que tout ce qui de l’expérience vive résiste à l’interprétation : 1) offre, d’une façon fugitive, une place cosmologique au lecteur, ce que je définirai comme un
« retour à la maison » ; et 2) ouvre l’espace pour vivre affectivement des possibilités multiples par l’interaction entre l’imaginaire et le fictive.
Pour y arriver, je développe, dés l’idée de présence de Gumbrecht, une théorie de
l’imagination qui s’applique à la lecture, dans laquelle les concepts de conscience, conscience de soi et attention, empruntés aux sciences cognitives e à la philosophie de l’esprit, sont mis en dialogue avec le débât sur la relation entre corps et subjectivité chez Merleau-Ponty e la
phénoménologie husserlienne et sartrienne, pour qu’on puisse réfléchir sur un état affectif de la conscience.
J’attribue, alors, une qualité plastique à l’imagination, qui l’approche de la mémoire, et je propose qu’on comprenne les deux comme des dimensions où la réalité extérieure et celle des affects s’interpénètrent. Avec Costa Lima, Iser et, finalement, Castoriadis, je questionne la possibilité de penser l’expérience littéraire comme une espèce de représentation-affect.
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