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A construção da identidade da infância na Amazônia Ribeirinha : Ilha de Cotijuba Belém - Pará

Lopes, Adrea Simone Canto January 2012 (has links)
Trata-se de um estudo sobre infância e identidade ribeirinha na ilha de Cotijuba, Belém do Pará – Amazônia Oriental, tendo como eixo metodológico a interpretação dos desenhos e a fala das crianças sobre a infância e os processos de construção da identidade articuladas ao tema desenvolvimento, mais especificamente sobre a ruralidade. De certa maneira, tentar compreender as formas de socialização das crianças por meio da constituição de suas identidades e participação no contexto do lugar. O objetivo era identificar componentes que influem sobre o processo de construção da identidade das crianças ribeirinhas da ilha de Cotijuba, a partir das vivências oferecidas pelos processos da educação formal e não formais promovidas pelo ambiente socioespacial em que residem e sua relação com o rural. Observa-se, nas últimas décadas, uma mudança significativa no que se refere ao povoamento e o surgimento de nova lógica de reprodução econômica e social, comércio e atividades de lazer. Isso gerou novas estratégias no sistema de produção familiar, novas relações sociais, transformando o contexto do lugar e implicando na constituição da identidade das crianças. A problemática central reside em compreender como a identidade das crianças está se constituindo em meio a essas transformações do espaço rural, com as ruralidades e urbanidades presentes nesse lugar. / This is a study of childhood and identity in the riverine island of Cotijuba, Belem do Para - eastern Amazon, with its central methodological interpretation of children's drawings and talk about childhood and the processes of identity construction articulated the theme development, more specifically on rurality. In a way, trying to understand the forms of socialization of children through the establishment of their identities and participation in the context of the place. The objective was to identify components that influence the process of identity construction of children's riverine island of Cotijuba, from the experiences offered by the processes of formal and non formal environment promoted by socio-where they reside and their relationship with the countryside. It is observed in recent decades, a significant change with regard to settlement and the emergence of new logic of economic and social reproduction, commercial and leisure activities. This led to new strategies in the system of household production, new social relations, transforming the context of place and implying the formation of the identity of children. The central problem lies in understanding how the identity of children is forming in the midst of such transformations of rural areas, with ruralities urbanities and gifts there.
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A construção social da identidade : um estudo nas organizações de agricultura ecológica em duas regiões do RS

Bauer, Márcio André Leal January 2004 (has links)
O presente trabalho tem como objetivo estudar a identidade enquanto fenômeno, verificando seus elementos constituintes e seu processo social de construção. O estudo foi realizado junto a organizações de agricultores ecologistas em duas regiões do Rio Grande do Sul - Zona Sul e Vale do Rio Pardo. O método escolhido foi o fenomenológico porque, além de incorporar a reflexão filosófica, investiga problemas relacionados à experiência vivida. Para captar a experiência dos agricultores foram realizadas entrevistas semi-estruturadas, visitas a propriedades, acompanhamento de feiras ecológicas, reuniões de grupo e participação em eventos ligados à agroecologia. A análise dos dados foi baseada em três etapas. A primeira buscou uma compreensão intuitiva do fenômeno através de uma visão aberta, tanto do objeto como do campo de estudo. A segunda fase representou uma pré interpretação, onde foi possível a intuição de algumas essências gerais. Já a terceira fase buscou a relação fundamental entre todas as essências. As primeiras essências trataram, respectivamente, das identidades individuais, sociais e culturais presentes nas falas dos agricultores. Outra essência retomou os motivos de adesão e abandono da agr icultura ecológica. O resultado da relação entre as essências foi a constatação de que a agroecologia apresenta dois significados distintos: é uma realidade social vivida pelos agricultores em geral; e é uma identidade, assumida pelas ONGs, em contraste à agricultura convencional. A título de conclusão, podese dizer que realidade e identidade estão em uma mútua relação de dependência. A realidade da agroecologia depende das identidades dos agricultores para ser introduzida e mantida. Por outro lado, esta nova realidade é capaz de resgatar, manter ou dar um novo significado às identidades desses agricultores.
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Brasileiros Imigrantes na Europa: Das Representações Sociais aos Processos Identitários

BATISTA, R. R. 18 August 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2018-08-01T23:41:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_6139_ROBERTA RANGEL BATISTA - DISSERTAÇÃO DE MESTRADO.pdf: 7826275 bytes, checksum: 9be8cb6cddf247f06f21d0f963f794e4 (MD5) Previous issue date: 2014-08-18 / A migração de brasileiros para a Europa fortaleceu-se na crença de que os países de destino contribuiriam para a mudança de status do sujeito migrante, com o acesso a melhores recursos financeiros e qualidade de vida. Mesmo em tempos de crise econômica no bloco europeu, este território ainda permanece como modelo e referência de sociabilidade. A partir da articulação entre a Teoria das Representações Sociais e a Teoria da Identidade Social, objetivou-se, neste estudo, analisar os processos identitários de brasileiros imigrantes na Europa a partir da investigação das representações sociais acerca do fenômeno migração. Os países selecionados para o desenvolvimento do trabalho foram os seis territórios que concentram maior número de brasileiros no continente europeu, de acordo com dados do Ministério das Relações Exteriores do Brasil: Reino Unido, Portugal, Espanha, Itália, Alemanha e França. Orientada pela referida proposição, a pesquisa foi desenvolvida por meio de três estudos complementares: (E1) pesquisa documental, que visou a conhecer as representações sociais de imigração e de imigrantes difundidas por jornais de referência nos seis territórios europeus em estudo; (E2) estudo que investigou as representações sociais de Brasil e Europa e de brasileiros, europeus e imigrantes, bem como as metarrepresentações de brasileiros e imigrantes para 180 brasileiros residentes nos seis países em análise; e (E3) que objetivou analisar os processos identitários de brasileiros no Reino Unido, a partir de suas experiências de imigração. Para tratamento dos dados foram utilizados os softwares ALCESTE e EVOC e o método fenomenológico para investigação em Psicologia, considerando-se a natureza dos dados e os objetivos de cada estudo. Os resultados encontrados demonstraram que as representações sociais de imigrantes difundidas pelos jornais europeus fundamentam-se em significados como a ilegalidade, criminalidade e violência contra o imigrante, refletindo a imagem deste grupo como problema social, ameaçador e estranho à sociedade de destino. Entre os imigrantes brasileiros, como sujeitos da representação, os significados associados aos territórios Europa e Brasil, indicaram que, apesar da presença de elementos afetivos positivos referentes ao país de origem, a cultura e qualidade de vida apontam para a 22 Europa como território mais favorável para se viver. Dos territórios aos grupos sociais, aos grupos europeus e brasileiros são atribuídos elementos majoritariamente positivos: o primeiro visto como reservado e mais educado, enquanto o segundo é associado, principalmente, à imagem da alegria e receptividade, que na metarrepresentação passa a vincular-se a temas como sexualidade (sexo e prostituição) e festividades (carnaval e samba). Relativo ao imigrante identificou-se no campo representacional características tanto positivas (corajosos, oportunidade e batalhadores) quanto negativas (preconceito e dificuldades), sendo essa última dimensão a mais saliente no que se refere à metarrepresentação de imigrantes (roubam empregos e oportunistas). A análise da experiência do processo migratório entre os brasileiros migrantes, por sua vez, indicou que apesar de expressarem identificação com o grupo europeu, principalmente, devido às relações conjugais e às condições sociais e culturais possibilitadas pela vivência no país estrangeiro, todos os brasileiros afirmam reconhecer sua pertença aos grupos brasileiro e imigrante. Discute-se que as representações sociais hegemônicas acerca dos imigrantes atuam em favor da ideologia dos grupos dominantes, lançando o imigrante à função depositária de grupo desconhecido e ameaçador, estranho e não familiar às sociedades de destino. Em contrapartida, o imigrante brasileiro manifesta representações sociais polêmicas que resistem à caracterização negativa dos grupos de referência, dinâmica que se reflete nos processos identitários, que operam permitindo-os transitar entre os diferentes grupos a fim de reunir os elementos necessários para a composição e manutenção de sua autoimagem social positiva.
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Nos caminhos da roça: representações sociais e processos identitários entre jovens rurais do estado do Espírito Santo.

EPIFANIO, P. Z. 29 June 2016 (has links)
Made available in DSpace on 2018-08-01T23:41:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_8390_DISSERTAÇÃO_PAOLA ZANOTTI_VERSÃO FINAL OFICIAL.pdf: 1099743 bytes, checksum: ecb662a0736a9d3abedb9e8f4b2cf8ba (MD5) Previous issue date: 2016-06-29 / O Brasil é um país reconhecidamente agrário, todavia, na atualidade, a categoria camponesa está relacionada a representações embasadas em estereótipos geradores de preconceitos e consequente exclusão social deste grupo social. A sociabilidade urbana, valorada de forma positiva, passa a ser assumida como modo de vida de referência aos grupos sociais, e a divergência grupal atua de modo a aumentar a cisão psicossocial entre cidade e campo. A partir da articulação entre a Teoria das Representações Sociais e a Teoria da Identidade Social, buscou-se investigar o fenômeno da identidade social no contexto sociocultural rural, a partir da análise dos processos identitários e representacionais vinculados às categorias sócio-territoriais (ruralidade/urbanidade) e de gênero (masculinidade/feminilidade), entre homens e mulheres de segmento juvenil de áreas rurais do estado do Espírito Santo. A pesquisa foi desenvolvida por meio de quatro estudos complementares: (E1) estudo que buscou identificar a razão de masculinidade do campo no estado do Espírito Santo a partir de dados do Datasus referentes aos censos de 1980, 1991, 2000 e 2010 para população com idades entre 15 e 24 anos; (E2) que objetivou analisar os processos identitários vinculados à categoria social juventude rural, entre jovens rurais do estado do Espírito Santo com idades entre 15 e 24 anos, a partir da comparação campo-cidade e da avaliação de projeto de vida e futuro; (E3) que visou investigar as representações sociais de mulher rural e homem rural entre jovens rurais, com idades entre 15 e 24 anos, estudantes de escolas rurais do estado do Espírito Santo; e (E4) que analisou as relações de gênero e a dinâmica do mundo do trabalho entre jovens camponeses que constituíram núcleos familiares em áreas rurais do estado do Espírito Santo, com maiores índices de masculinização (Boa Esperança e São José do calçado) e de feminização (Mantenópolis e Piúma) do campo. Considerando-se a natureza dos dados e os objetivos de cada estudo, utilizou-se no tratamento das informações coletadas: (E1) o cálculo de razão de masculinidade, e os programas computacionais TabWin32 e Microsoft Excel 2007; (E2) a Análise de Conteúdo; (E3) o software SPAD-T, através do qual foi obtida análise fatorial de correspondência e formação de clusters; e (E4) o software ALCESTE, que forneceu a Classificação Hierárquica Descendente e a Análise Fatorial de Correspondência. Os resultados encontrados demonstraram que os sujeitos buscam romper com os estereótipos negativos direcionados ao ser rural, e visam enaltecer os valores e a coerência positiva da identidade rural. O trabalho rural é central e constitui-se como importante elemento identitário, uma vez que nutre o sujeito campesino de valores e afetos positivos, mesmo diante da realidade dura a que está condicionado. As análises também apontam que o jovem camponês busca a mudança social, ressignificando as estereotipias atribuídas ao rural e reivindicando melhorias necessárias no campo. Conclui-se, portanto, que o contexto rural, a partir da análise dos últimos 30 anos, reflete constantes mudanças estruturais e demográficas que são fortemente influenciadas pelas relações laborais e de gênero estabelecidas. Palavras chave: gênero, identidade social, jovens rurais, psicologia social, representações sociais, ruralidade
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Como eles se divertem (e se entendem) : teatro de revista, cultura de massa e identidades sociais no Rio de Janeiro dos anos 1920

Gomes, Tiago de Melo 28 March 2003 (has links)
Orientador: Robert Wayne Andrew Slenes / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-03T14:35:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Gomes_TiagodeMelo_D.pdf: 23147427 bytes, checksum: 1bc1e0dd436f64dfb67a1c25cabdf09d (MD5) Previous issue date: 2003 / Resumo: A tese visa compreender os mecanismos de difusão cultural na década de 1920, em especial o papel da cultura de massas como campo de articulação de identidades e diferenças. A principal ênfase do trabalho está no teatro de revista carioca, sendo privilegiados elementos como sua grande importância no ambiente cultural daquela cidade e sua função de servir como espaço de negociação de identidades sociais / Abstract: This thesis aims to understand the mechanics of cultural diffusion during the 1920s, specially the role of mass culture as a field of articulation of the identities and confrontations. The main focus from this work deals with the musical revue fiom Rio de Janeiro, where are emphasized such elements as its relevance at the cultural scene fiom that city e its role as space fiom negotiation of social identities / Doutorado / Doutor em História
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A produção discursiva da identidade social no contexto de uma torcida jovem organizada

SANTOS, Vanessa Conceição Alves dos 31 January 2013 (has links)
Submitted by Felipe Lapenda (felipe.lapenda@ufpe.br) on 2015-03-04T12:15:21Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Dissertação Vanessa Santos.pdf: 799918 bytes, checksum: 611c35fd10a0590ad415d80933bd05e9 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-04T12:15:21Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Dissertação Vanessa Santos.pdf: 799918 bytes, checksum: 611c35fd10a0590ad415d80933bd05e9 (MD5) Previous issue date: 2013 / Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais / O esporte é, historicamente, um dos fenômenos socioculturais mais importantes e presentes na humanidade, mobilizando um grande número de pessoas devido a sua capacidade de evocar as mais diversas manifestações. Ao enfocar o futebol, modalidade desportiva mais popular do mundo, e no Brasil em particular, como o desporto detentor de grande fascínio para a sociedade, observa-se que o torcedor não se reconhece mais, apenas, como um mero espectador de uma partida de futebol. Notoriamente conhecidas como Torcidas Organizadas, estas associações têm se destacado nos últimos anos, como um fenômeno crescente em torno de organizações desportivas comumente avaliadas como responsáveis pela difusão de novas dimensões culturais e simbólicas no comportamento dos envolvidos. De acordo com a literatura, o compartilhamento de idéias de um determinado grupo contribui para o sentimento de pertença a esse grupo. A partir do instante que se identifica com os ideais do grupo, o jovem tende a expressar, em alguns casos de forma extrema, seus sentimentos de pertencimento em um grupo que o acolhe. É nessa perspectiva que comumente as torcidas organizadas têm sido associadas a atos de violência, em especial pela mídia impressa. Considerando que a formação de uma identidade grupal geralmente é materializada por sinais visíveis de afiliação, bem como o entendimento que os marcadores de pertencimento vão além de características externas, há de se considerar ainda o discurso empregado e disseminado por esses grupos. Nesse sentido, é que esse estudo buscou relativizar a violência como única forma de caracterização desses jovens torcedores e se propôs a investigar a produção discursiva da identidade social, no contexto de uma torcida jovem organizada da cidade do Recife - PE. A pesquisa caracterizou-se por uma análise descritivo-exploratória com abordagem qualitativa onde se adotou enquanto instrumento de geração de dados, a observação participante, análise documental, em especial dos cânticos e entrevistas individuais do tipo semiestruturada. Participaram do estudo, 15 (quinze) associados à Torcida Jovem do Sport. Na análise dos dados, utilizou-se o referencial teórico-metodológico da Análise do Discurso proposto pela Psicologia Social Discursiva. Dessa forma, através dos discursos construídos pelos jovens torcedores identificamos várias explicações para a entrada na torcida. Uma delas atribui o desejo de ingressar na torcida à performance da mesma, dentro do estádio. Outras narrativas acrescentam às anteriores a importância dos familiares nesse processo, em especial da figura masculina. Vale ressaltar, que o desejo de pertença e fidelidade clubística foram mencionados recorrentemente pelos participantes. Os resultados da pesquisa revelaram ainda, tendência a atribuir valorização negativa aos membros das outras torcidas, através do uso de termos pejorativos e desqualificadores. Percebeu-se, na análise dos cânticos, o uso de um repertório que destaca o poder, superioridade e a força da torcida em estudo, por meio de metáforas e imagens que remetem a guerras e batalhas e que, por conseguinte, provocam o acirramento da rivalidade entre os times locais. Por fim, destacou-se ao longo da pesquisa, a divulgação das ações sociais promovidas pela torcida, visando desqualificar a imagem de violência divulgada pela mídia.
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Literatura das Pedras: a Fortaleza de São José de Macapá como lócus das identidades amapaenses / Literature of stones: the Fortaleza de São José de Macapá as locus of amapaens identities

Canto, Fernando Pimentel January 2016 (has links)
CANTO, Fernando Pimentel. Literatura das pedras: a Fortaleza de São José de Macapá como lócus das identidades amapaenses 2016. 251f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Fortaleza (CE), 2016. / Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2017-02-22T11:46:25Z No. of bitstreams: 1 2016_tese_fpcanto.pdf: 3205105 bytes, checksum: 6ee70086ba10e18f4ac277a10d3f0695 (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2017-03-03T12:53:23Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_tese_fpcanto.pdf: 3205105 bytes, checksum: 6ee70086ba10e18f4ac277a10d3f0695 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-03T12:53:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_tese_fpcanto.pdf: 3205105 bytes, checksum: 6ee70086ba10e18f4ac277a10d3f0695 (MD5) Previous issue date: 2016 / O processo político e social do Amapá é analisado neste trabalho através da literatura escrita sobre a mais importante edificação da cidade de Macapá, localizada na margem do rio Amazonas, construída no período de 1764 a 1782. É a Fortaleza de São José de Macapá -FSJM, que hoje é a grande referência icônica da cidade e seu principal símbolo imagético, que é apropriado pelas instituições e pelos seus habitantes. Entretanto, no bojo de suas representações simbólicas, ela ancora significados diversos, assim como as identidades dos sujeitos sociais que se elastificam no tempo e no espaço. A tese é apresentada em quatro temporalidades distintas sobre a construção da FSJM, sendo que a primeira trata especificamente de sua edificação no meio da floresta amazônica por militares portugueses, diante do olhar de sofrimento dos índios, negros escravos e degredados. A segunda temporalidade trata da transformação do lugar em Território Federal (1943), onde a fortificação foi referendada como uma realização heroica dos tempos coloniais no discurso fundador dos governantes. A terceira temporalidade se refere ao período em que ela foi usada como prisão de subversivos do golpe militar de 1964 e na década de 1970. A quarta temporalidade se dá no período da redemocratização do país, quando o Amapá foi transformado em Estado da Federação e, com isso, vem fazendo sucessivas reformas e restaurações no monumento. As reflexões sobre literatura a respeito da fortificação dão margem para diversas percepções, inclusive o sentido de memória na prática intelectual dos escritores, do discurso e da formação de novas identidades em seus percursos. O primeiro capítulo traz um mosaico identitário do Amapá, o seu zeitgeist, importante para a compreensão do Amapá na contemporaneidade. Os quatro capítulos seguintes são as temporalidades.
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Identidades sociais na escola : gênero, etnicidade, língua e as práticas de letramento em uma comunidade rural multilíngüe

Jung, Neiva Maria January 2003 (has links)
Este estudo investiga o modo como alunos e professores da escola-núcleo de ensino fundamental Joaquim Nabuco, do município de Missal, oeste do Paraná, constroem conhecimento em eventos de letramento em língua portuguesa. Foram adotados procedimentos de trabalho de campo da pesquisa etnográfica e microetnográfica. O trabalho de campo na comunidade envolveu participação em eventos de letramento que aconteceram em domínios sociais como Igreja, associações de agricultores, reuniões da Pastoral da Criança, acompanhamento de crianças da escola até as suas casas e visitas às suas famílias. Na escola-núcleo, esse trabalho implicou observação participante continuada, anotações em diário de campo, coleta de documentos, entrevistas e registros de interações em áudio e vídeo. O processamento e a análise de dados consistiu em catalogação e indexação dos dados de observação participante e coleção de registros e transcrições de dados audiovisuais de falaem- interação. A análise microetnográfica de mais de dez horas de aula registradas em vídeo na 1ª série ocorreu em etapas: a) análise inicial de todos os dados; b) tipificação das atividades realizadas com o texto escrito; c) análise da (co)sustentação do(s) piso(s) conversacional(is) (SULTZ, FLORIO e ERICKSON, 1982); d) transcrição seletiva de dados audiovisuais. Para a articulação das ações sociais dos participantes, adotei as posições ontológicas da Sociolingüística Interacional (RIBEIRO e GARCEZ, 2002). Os resultados da pesquisa mostram que a identidade de gênero e a identidade étnico-lingüística alemã estão em uma relação complexa na comunidade, o que fica evidenciado no comportamento que homens e mulheres adotam em relação aos valores associados à urbanidade. Dentre esses valores, estão o letramento em português, o uso do brasileiro (variedade não-padrão da língua portuguesa, assim denominada pelos usuários) e o conforto, itens almejados pelas mulheres para a conquista de status de prestígio local. A identidade masculina local, reconhecida na comunidade por meio de traços também equacionados com a identidade de colono alemão, proprietário de terra, se fortalece na relação com os habitantes da área do município ocupada pelo sistema de posses e é ameaçada na relação com os habitantes de Medianeira (cidade-pólo microrregional), que representam os valores +urbano, +letramento, +brasileiro. A língua alemã é, assim, um traço da identidade masculina local que as mulheres procuram apagar, uma vez que a vida rural mostra-se uma escolha pouco atraente para elas. A escola reforça essa realidade presente na comunidade, uma vez que ratifica positivamente em sala de aula uma identidade feminina hegemônica, que corresponde à identidade feminina prestigiosa na comunidade local. Os traços dessa identidade feminina são co-sustentar os pisos conversacionais propostos pela professora, apresentar a resposta esperada, produzir a segunda parte do par adjacente inicial da seqüência Iniciação-Resposta-Avaliação, apresentar voluntariamente o caderno para a correção, organizar devidamente a atividade no caderno e zelar pelo asseio corporal. As meninas e os meninos que tornam relevantes traços de outras identidades, como a identidade masculina, a identidade étnico-lingüística alemã, a identidade racial negra, a identidade religiosa evangélica pentecostal ou a identidade de repetente, vivem conflitos de identidade na escola. Vários meninos da 1ª série, por exemplo, respondem por traços, como desorganização e falta de asseio corporal, que estão associados à identidade de colono alemão na comunidade. São construtos sociais e/ou identidades, com percurso histórico anterior, que emergem na atuação dos alunos em sala de aula. Alguns meninos da 4ª série aprenderam a negociar os traços da identidade feminina hegemônica da escola, conquistando status de ótimos alunos. Em termos de contribuição teórica, os resultados deste trabalho mostram que os indivíduos estão sempre negociando identidades sociais na interação face a face. Essas identidades foram construídas através de um contato intenso em determinadas comunidades de prática (ECKERT e McCONNELL-GINET, 1992). Assim, ressalta-se a visão de que membros aparentemente próximos e que, em princípio, pertencem à mesma comunidade lingüística (GUMPERZ, 1993) podem construir diferentemente uma identidade, como a identidade étnico-lingüística alemã no município de Missal. / This study examines how students and teachers co-construct literacy events in Portuguese at an elementary school in Missal, a municipality in the state of Paraná which was settled by German-speaking peasants in the 1960s. Ethnographic and microethnographic fieldwork procedures were adopted. The fieldwork in the community embraced participation in literacy events which took place in domains such as the local Catholic church, the local farmers’ associations, as children were bussed from school to their homes and during visits to their families. At the school, this study consisted of continuous participant observation, fieldnote taking, document collection, interviews and audio and video recording of classroom interaction, more than ten hours of which were video recorded for microethnographic analysis. In order to articulate the participants’ social actions, understood as closely as possible from their own perspective, I adopted ontological positions from Interactional Sociolinguistics (RIBEIRO e GARCEZ, 2002). The results demonstrate that gender and German ethnic/linguistic identities are organized in complex relationships within the community as evidenced in the ways men and women regard values associated to urban life styles. Women tend to value participation in literacy events in Portuguese, favor the use of Brazilian (the non-standard variety of Portuguese spoken locally, as the speakers themselves refer to it) and be drawn to consumer items associated with urban comfort as symbolic avenues toward the acquisition of local prestige status. The local masculine identity is strongly attached to the German settler identity and to ownership of land for tilling. Such masculine identity is molded in its relationship of opposition to squatters living in a small section of the municipality settled by non-German ethnics, and it is threatened by Medianeira, the regional commercial hub town, which is associated to the mainstream values + urban, + literacy, + Brazilian. The school contributes to this symbolic landscape by reinforcing a hegemonic feminine identity in the classroom which corresponds to the prestigious feminine identity in the local community. The boys and girls who make relevant any traces of other identities, such as masculine identities, German ethnic-linguistic identities or non-Catholic religious identities, must face identity conflicts at school. Contrary to expectations held at the start of this study, such conflict is not experienced by students as a result of their use of the German language, which is absent in the classroom. Other social constructs and/or identities with a previous historical track in the community emerge in the interaction among students and their teachers in the classroom, revealing the complex workings of the multilingual situation in the local community. Some boys in the 4th grade learned to negotiate traces of the local hegemonic feminine identity at school, acquiring the status of good students. The results of this study reveal that individuals are always negotiating social identities in face-to-face interaction. Such identities are built through intense contact in communities of practice (ECKERT & McCONNELL-GINET, 1992). Thus members of a same linguistic community (GUMPERZ, 1993) may build their identities differently, as is the case of the German ethnic and linguistic identities in Missal, which are being downplayed by local women and reinforced by local men.
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Identidades sociais na escola : gênero, etnicidade, língua e as práticas de letramento em uma comunidade rural multilíngüe

Jung, Neiva Maria January 2003 (has links)
Este estudo investiga o modo como alunos e professores da escola-núcleo de ensino fundamental Joaquim Nabuco, do município de Missal, oeste do Paraná, constroem conhecimento em eventos de letramento em língua portuguesa. Foram adotados procedimentos de trabalho de campo da pesquisa etnográfica e microetnográfica. O trabalho de campo na comunidade envolveu participação em eventos de letramento que aconteceram em domínios sociais como Igreja, associações de agricultores, reuniões da Pastoral da Criança, acompanhamento de crianças da escola até as suas casas e visitas às suas famílias. Na escola-núcleo, esse trabalho implicou observação participante continuada, anotações em diário de campo, coleta de documentos, entrevistas e registros de interações em áudio e vídeo. O processamento e a análise de dados consistiu em catalogação e indexação dos dados de observação participante e coleção de registros e transcrições de dados audiovisuais de falaem- interação. A análise microetnográfica de mais de dez horas de aula registradas em vídeo na 1ª série ocorreu em etapas: a) análise inicial de todos os dados; b) tipificação das atividades realizadas com o texto escrito; c) análise da (co)sustentação do(s) piso(s) conversacional(is) (SULTZ, FLORIO e ERICKSON, 1982); d) transcrição seletiva de dados audiovisuais. Para a articulação das ações sociais dos participantes, adotei as posições ontológicas da Sociolingüística Interacional (RIBEIRO e GARCEZ, 2002). Os resultados da pesquisa mostram que a identidade de gênero e a identidade étnico-lingüística alemã estão em uma relação complexa na comunidade, o que fica evidenciado no comportamento que homens e mulheres adotam em relação aos valores associados à urbanidade. Dentre esses valores, estão o letramento em português, o uso do brasileiro (variedade não-padrão da língua portuguesa, assim denominada pelos usuários) e o conforto, itens almejados pelas mulheres para a conquista de status de prestígio local. A identidade masculina local, reconhecida na comunidade por meio de traços também equacionados com a identidade de colono alemão, proprietário de terra, se fortalece na relação com os habitantes da área do município ocupada pelo sistema de posses e é ameaçada na relação com os habitantes de Medianeira (cidade-pólo microrregional), que representam os valores +urbano, +letramento, +brasileiro. A língua alemã é, assim, um traço da identidade masculina local que as mulheres procuram apagar, uma vez que a vida rural mostra-se uma escolha pouco atraente para elas. A escola reforça essa realidade presente na comunidade, uma vez que ratifica positivamente em sala de aula uma identidade feminina hegemônica, que corresponde à identidade feminina prestigiosa na comunidade local. Os traços dessa identidade feminina são co-sustentar os pisos conversacionais propostos pela professora, apresentar a resposta esperada, produzir a segunda parte do par adjacente inicial da seqüência Iniciação-Resposta-Avaliação, apresentar voluntariamente o caderno para a correção, organizar devidamente a atividade no caderno e zelar pelo asseio corporal. As meninas e os meninos que tornam relevantes traços de outras identidades, como a identidade masculina, a identidade étnico-lingüística alemã, a identidade racial negra, a identidade religiosa evangélica pentecostal ou a identidade de repetente, vivem conflitos de identidade na escola. Vários meninos da 1ª série, por exemplo, respondem por traços, como desorganização e falta de asseio corporal, que estão associados à identidade de colono alemão na comunidade. São construtos sociais e/ou identidades, com percurso histórico anterior, que emergem na atuação dos alunos em sala de aula. Alguns meninos da 4ª série aprenderam a negociar os traços da identidade feminina hegemônica da escola, conquistando status de ótimos alunos. Em termos de contribuição teórica, os resultados deste trabalho mostram que os indivíduos estão sempre negociando identidades sociais na interação face a face. Essas identidades foram construídas através de um contato intenso em determinadas comunidades de prática (ECKERT e McCONNELL-GINET, 1992). Assim, ressalta-se a visão de que membros aparentemente próximos e que, em princípio, pertencem à mesma comunidade lingüística (GUMPERZ, 1993) podem construir diferentemente uma identidade, como a identidade étnico-lingüística alemã no município de Missal. / This study examines how students and teachers co-construct literacy events in Portuguese at an elementary school in Missal, a municipality in the state of Paraná which was settled by German-speaking peasants in the 1960s. Ethnographic and microethnographic fieldwork procedures were adopted. The fieldwork in the community embraced participation in literacy events which took place in domains such as the local Catholic church, the local farmers’ associations, as children were bussed from school to their homes and during visits to their families. At the school, this study consisted of continuous participant observation, fieldnote taking, document collection, interviews and audio and video recording of classroom interaction, more than ten hours of which were video recorded for microethnographic analysis. In order to articulate the participants’ social actions, understood as closely as possible from their own perspective, I adopted ontological positions from Interactional Sociolinguistics (RIBEIRO e GARCEZ, 2002). The results demonstrate that gender and German ethnic/linguistic identities are organized in complex relationships within the community as evidenced in the ways men and women regard values associated to urban life styles. Women tend to value participation in literacy events in Portuguese, favor the use of Brazilian (the non-standard variety of Portuguese spoken locally, as the speakers themselves refer to it) and be drawn to consumer items associated with urban comfort as symbolic avenues toward the acquisition of local prestige status. The local masculine identity is strongly attached to the German settler identity and to ownership of land for tilling. Such masculine identity is molded in its relationship of opposition to squatters living in a small section of the municipality settled by non-German ethnics, and it is threatened by Medianeira, the regional commercial hub town, which is associated to the mainstream values + urban, + literacy, + Brazilian. The school contributes to this symbolic landscape by reinforcing a hegemonic feminine identity in the classroom which corresponds to the prestigious feminine identity in the local community. The boys and girls who make relevant any traces of other identities, such as masculine identities, German ethnic-linguistic identities or non-Catholic religious identities, must face identity conflicts at school. Contrary to expectations held at the start of this study, such conflict is not experienced by students as a result of their use of the German language, which is absent in the classroom. Other social constructs and/or identities with a previous historical track in the community emerge in the interaction among students and their teachers in the classroom, revealing the complex workings of the multilingual situation in the local community. Some boys in the 4th grade learned to negotiate traces of the local hegemonic feminine identity at school, acquiring the status of good students. The results of this study reveal that individuals are always negotiating social identities in face-to-face interaction. Such identities are built through intense contact in communities of practice (ECKERT & McCONNELL-GINET, 1992). Thus members of a same linguistic community (GUMPERZ, 1993) may build their identities differently, as is the case of the German ethnic and linguistic identities in Missal, which are being downplayed by local women and reinforced by local men.
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Identidades sociais na escola : gênero, etnicidade, língua e as práticas de letramento em uma comunidade rural multilíngüe

Jung, Neiva Maria January 2003 (has links)
Este estudo investiga o modo como alunos e professores da escola-núcleo de ensino fundamental Joaquim Nabuco, do município de Missal, oeste do Paraná, constroem conhecimento em eventos de letramento em língua portuguesa. Foram adotados procedimentos de trabalho de campo da pesquisa etnográfica e microetnográfica. O trabalho de campo na comunidade envolveu participação em eventos de letramento que aconteceram em domínios sociais como Igreja, associações de agricultores, reuniões da Pastoral da Criança, acompanhamento de crianças da escola até as suas casas e visitas às suas famílias. Na escola-núcleo, esse trabalho implicou observação participante continuada, anotações em diário de campo, coleta de documentos, entrevistas e registros de interações em áudio e vídeo. O processamento e a análise de dados consistiu em catalogação e indexação dos dados de observação participante e coleção de registros e transcrições de dados audiovisuais de falaem- interação. A análise microetnográfica de mais de dez horas de aula registradas em vídeo na 1ª série ocorreu em etapas: a) análise inicial de todos os dados; b) tipificação das atividades realizadas com o texto escrito; c) análise da (co)sustentação do(s) piso(s) conversacional(is) (SULTZ, FLORIO e ERICKSON, 1982); d) transcrição seletiva de dados audiovisuais. Para a articulação das ações sociais dos participantes, adotei as posições ontológicas da Sociolingüística Interacional (RIBEIRO e GARCEZ, 2002). Os resultados da pesquisa mostram que a identidade de gênero e a identidade étnico-lingüística alemã estão em uma relação complexa na comunidade, o que fica evidenciado no comportamento que homens e mulheres adotam em relação aos valores associados à urbanidade. Dentre esses valores, estão o letramento em português, o uso do brasileiro (variedade não-padrão da língua portuguesa, assim denominada pelos usuários) e o conforto, itens almejados pelas mulheres para a conquista de status de prestígio local. A identidade masculina local, reconhecida na comunidade por meio de traços também equacionados com a identidade de colono alemão, proprietário de terra, se fortalece na relação com os habitantes da área do município ocupada pelo sistema de posses e é ameaçada na relação com os habitantes de Medianeira (cidade-pólo microrregional), que representam os valores +urbano, +letramento, +brasileiro. A língua alemã é, assim, um traço da identidade masculina local que as mulheres procuram apagar, uma vez que a vida rural mostra-se uma escolha pouco atraente para elas. A escola reforça essa realidade presente na comunidade, uma vez que ratifica positivamente em sala de aula uma identidade feminina hegemônica, que corresponde à identidade feminina prestigiosa na comunidade local. Os traços dessa identidade feminina são co-sustentar os pisos conversacionais propostos pela professora, apresentar a resposta esperada, produzir a segunda parte do par adjacente inicial da seqüência Iniciação-Resposta-Avaliação, apresentar voluntariamente o caderno para a correção, organizar devidamente a atividade no caderno e zelar pelo asseio corporal. As meninas e os meninos que tornam relevantes traços de outras identidades, como a identidade masculina, a identidade étnico-lingüística alemã, a identidade racial negra, a identidade religiosa evangélica pentecostal ou a identidade de repetente, vivem conflitos de identidade na escola. Vários meninos da 1ª série, por exemplo, respondem por traços, como desorganização e falta de asseio corporal, que estão associados à identidade de colono alemão na comunidade. São construtos sociais e/ou identidades, com percurso histórico anterior, que emergem na atuação dos alunos em sala de aula. Alguns meninos da 4ª série aprenderam a negociar os traços da identidade feminina hegemônica da escola, conquistando status de ótimos alunos. Em termos de contribuição teórica, os resultados deste trabalho mostram que os indivíduos estão sempre negociando identidades sociais na interação face a face. Essas identidades foram construídas através de um contato intenso em determinadas comunidades de prática (ECKERT e McCONNELL-GINET, 1992). Assim, ressalta-se a visão de que membros aparentemente próximos e que, em princípio, pertencem à mesma comunidade lingüística (GUMPERZ, 1993) podem construir diferentemente uma identidade, como a identidade étnico-lingüística alemã no município de Missal. / This study examines how students and teachers co-construct literacy events in Portuguese at an elementary school in Missal, a municipality in the state of Paraná which was settled by German-speaking peasants in the 1960s. Ethnographic and microethnographic fieldwork procedures were adopted. The fieldwork in the community embraced participation in literacy events which took place in domains such as the local Catholic church, the local farmers’ associations, as children were bussed from school to their homes and during visits to their families. At the school, this study consisted of continuous participant observation, fieldnote taking, document collection, interviews and audio and video recording of classroom interaction, more than ten hours of which were video recorded for microethnographic analysis. In order to articulate the participants’ social actions, understood as closely as possible from their own perspective, I adopted ontological positions from Interactional Sociolinguistics (RIBEIRO e GARCEZ, 2002). The results demonstrate that gender and German ethnic/linguistic identities are organized in complex relationships within the community as evidenced in the ways men and women regard values associated to urban life styles. Women tend to value participation in literacy events in Portuguese, favor the use of Brazilian (the non-standard variety of Portuguese spoken locally, as the speakers themselves refer to it) and be drawn to consumer items associated with urban comfort as symbolic avenues toward the acquisition of local prestige status. The local masculine identity is strongly attached to the German settler identity and to ownership of land for tilling. Such masculine identity is molded in its relationship of opposition to squatters living in a small section of the municipality settled by non-German ethnics, and it is threatened by Medianeira, the regional commercial hub town, which is associated to the mainstream values + urban, + literacy, + Brazilian. The school contributes to this symbolic landscape by reinforcing a hegemonic feminine identity in the classroom which corresponds to the prestigious feminine identity in the local community. The boys and girls who make relevant any traces of other identities, such as masculine identities, German ethnic-linguistic identities or non-Catholic religious identities, must face identity conflicts at school. Contrary to expectations held at the start of this study, such conflict is not experienced by students as a result of their use of the German language, which is absent in the classroom. Other social constructs and/or identities with a previous historical track in the community emerge in the interaction among students and their teachers in the classroom, revealing the complex workings of the multilingual situation in the local community. Some boys in the 4th grade learned to negotiate traces of the local hegemonic feminine identity at school, acquiring the status of good students. The results of this study reveal that individuals are always negotiating social identities in face-to-face interaction. Such identities are built through intense contact in communities of practice (ECKERT & McCONNELL-GINET, 1992). Thus members of a same linguistic community (GUMPERZ, 1993) may build their identities differently, as is the case of the German ethnic and linguistic identities in Missal, which are being downplayed by local women and reinforced by local men.

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