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Avaliação imunohistoquímica da densidade microvascular em adenocarcinoma gástrico / Immunohistochemistry avaliation of microvascular density in gastric adenocarcinoma

Marinho, Eneida Ribeiro 13 October 2003 (has links)
O crescimento e a progressão tumorais estão associados à indução da angiogênese. O objetivo deste estudo foi avaliar a imunoexpressão do VEGF e a densidade de microvasos em adenocarcinomas gástricos. Espécimes cirúrgicos de 89 pacientes submetidos à ressecção gástrica com dissecção linfonodal a D2 foram analisados quanto à densidade microvascular tumoral. Testes imunohistoquímicos foram realizados utilizando-se os anticorpos CD31, CD34, Fator VIII e VEGF através do método da streptavidina-biotina. Os vasos foram contados nas áreas de maior vascularização tumoral e o VEGF foi graduado de 0 a 3, de acordo com a intensidade da imunocoloração. Os resultados imunohistoquímicos foram comparados com os dados patológicos e de extensão loco-regional da doença. Sessenta pacientes (67,4%) eram do sexo masculino e a média de idade foi 59,9 (±13,8) anos. Os tumores foram classificados em tipo intestinal em 62 casos (69,7%) e em difuso em 27 (30%). Onze pacientes (12,4%) apresentaram tumores precoces. A densidade microvascular apresentou média de 67,8 (±31,5) para o anticorpo CD31 e 94,2 (±39,0) para o CD34. A média do número de vasos corados pelo Fator VIII foi 9,2 (±8,2). Houve uma correlação entre os resultados imunohistoquímicos para CD31 e CD34, com r=0,57 e p=0,01. Segundo o VEGF os tumores foram: grau 0 = 16 (18%), I = 48 (53,9%), II = 16 (18%) e III = 9 (10,1%). Não houve associação entre a DMV e os dados patológicos: tipo histológico, grau de diferenciação, tamanho do tumor, invasão da parede gástrica, metástases linfonodais e metástase à distância. A imunoexpressão do VEGF foi associada com alta DMV (p=0,03) e com o estádio tumoral - TNM (p=0,003). Os resultados deste estudo permitiram concluir que a coloração imunohistoquímica com o Fator VIII não é segura como um marcador de células endoteliais; que os anticorpos CD31 e CD34 foram úteis na avaliação da DMV; e que a imunoexpressão do VEGF pode identificar um comportamento biológico mais agressivo / Tumor growth and progression, particularly in aggressive and malignant tumors, are associated with the induction of angiogenesis. The aim of this study was to evaluate the role of VEGF immunoexpression and microvascular density in gastric adenocarcinomas. Specimens from eightynine patients who underwent gastric resection with DII lymph node dissection were analyzed regarding microvascular density of the tumors. Immunohistochemistry for CD31, CD34, Factor VIII and VEGF were performed using the streptavidin-biotin-method. The vessels were counted in a hot spot area of the tumors and VEGF was categorized as grade 0 to III, according to the intensity. Immunohistochemical results were compared to pathological data and loco-regional extension of the disease. In the results of 89 patients, sixty (67.4%) were men, and the mean age was 59.9 ± 13.8 years. The tumors were classified as intestinal type in 62 (69.7%) and diffuse in 27 (30.3%). Eleven (12.4%) were early gastric tumors. Microvascular density showed a mean of 67.8 (± 31.5) for CD31 and 94.2 (± 39) for CD34 vessels. The mean number of vessels revealed by the antibody Fator VIII was 9.2 (± 8.2). There was a correlation between immunohistochemistry for CD31 and CD34, r = 0.57, p < 0.01. The tumors were classified for VEGF as: grade 0 = 16 (18%); I = 48 (53,9%); II = 16 (18%) and III = 9 (10,1%). There was no association between immunohistochemistry and pathological data including: histologic type, grade of differentiation, tumor size, tumor depth, lymph node metastasis and distant metastasis. However, VEGF immunoexpression was associated with high microvascular density (p = 0,03) and there was an association between the immunoexpression of VEGF and the tumor stage - TNM (p = 0,003). It was concluded that immunohistochemical staining for anti-Factor VIII was not reliable as a microvascular density marker; CD31 and CD34 were useful to demonstrate microvascular density and VEGF immunoexpression may identify tumors with more aggressive biological behavior
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Estudo da expressão dos receptores do peptídeo insulinotrópico dependente de glicose (GIPR) e do hormônio luteinizante (LHCGR) em tumores e hiperplasias do córtex adrenal / Expression Study of Glucose-dependent insulinotropic peptide receptor (GIPR) and luteinizing hormone receptor (LHCGR) in adrenocortical tumors and hyperplasia

Costa, Marcia Helena Soares 16 July 2007 (has links)
Introdução: Os receptores do peptídeo insulinotrópico dependente de glicose (GIPR) e do hormônio luteinizante (LHCGR) são receptores acoplados à proteína G com amplo padrão de expressão tecidual. A expressão anômala destes receptores tem sido descrita em casos de hiperplasia adrenal macronodular independente de ACTH (AIMAH) e em alguns adenomas, resultando em aumento da secreção hormonal (cortisol, andrógenos e aldosterona) pelo cortex adrenal. O papel destes receptores em outras formas de hiperplasia, como a doença adrenocortical nodular pigmentosa primária (PPNAD), aumento da adrenal associado à neoplasia endócrina múltipla tipo 1 (MEN1), e em carcinoma do córtex adrenal tem sido pouco investigado; sendo assim, considera-se relevante estudar a expressão destes receptores nos pacientes com tumores adrenocorticais esporádicos, nos pacientes com AIMAH, PPNAD e aumento adrenal associado à MEN1. Objetivos: 1) Caracterização molecular dos casos de neoplasia endócrina múltipla tipo 1 e PPNAD: pesquisa de mutações dos genes MEN1 e PRKAR1A e análise da perda de heterozigose (LOH) destes genes no tecido adrenal destes pacientes. 2) Quantificar a expressão do GIPR e do LHCGR em tecido adrenocortical normal, tumoral, hiperplásico e correlacionar a expressão destes com a classificação histológica dos tumores adrenocorticais. Pacientes: 55 pacientes (30 adultos) com tumores adrenocorticais (37 adenomas e 18 carcinomas); 7 pacientes com AIMAH, 4 com MEN1, 1 com PPNAD e tecidos controles (adrenal; testículo e pâncreas). Métodos: extração de DNA genômico, RNA e síntese de DNA complementar (cDNA); amplificação por PCR das regiões codificadoras dos genes MEN1 e PRKAR1A seguida por seqüenciamento automático. Pesquisa de LOH pela amplificação de microssatélites por PCR e análise pelo programa GeneScan. Quantificação da expressão do GIPR e do LHCGR por PCR em tempo real pelo método TaqMan e estudo de imunohistoquímica para GIPR nos tumores adrenocorticais. Resultados: identificação de 3 mutações (893+ 1G>A, W183X e A68fsX118) e dois polimorfirmos (S145S e D418D) no gene MEN1 e uma mutação (Y21X) no PRKAR1A. Ausência de LOH nos tecidos adrenais estudados. A expressão do GIPR e do LHCGR foi identificada em tecidos adrenais normais, tumorais e hiperplásicos. O nível de expressão do GIPR foi mais elevado nos tumores adrenocorticais malignos que nos benignos tanto no grupo pediátrico (mediana= 18,1 e 4,6, respectivamente; p <0,05), quanto no grupo adulto (mediana = 4,8 e 1,3 respectivamente; p <0,001). O nível de expressão do LHCGR, no grupo pediátrico, foi elevado tanto nos tumores benignos quanto nos malignos (mediana= 6,4 e 4,3, respectivamente). No grupo adulto os níveis de expressão deste receptor foram extremamente baixos nos tumores malignos em relação aos benignos (mediana= 0,06 e 2,3, respectivamente; p <0,001). A imunohistoquímica para o GIPR foi variável e não correlacionada à expressão do gene GIPR. Não houve diferença nos níveis de expressão do GIPR e do LHCGR nas hiperplasias do córtex adrenal. Conclusões: a presença de LOH e mutação em heterozigose composta do gene MEN1 e do PRKAR1A foram afastadas como mecanismos responsáveis pelo aumento adrenal tanto nos pacientes com MEN1 como no paciente com PPNAD. A hiperexpressão de GIPR está associada a malignidade nos tumores adrenocorticais nos grupos adulto e pediátrico e a baixa expressão de LHCGR está associada a malignidade nos tumores adrenocorticais somente no grupo adulto. / Introduction: The glucose- dependent insulinotropic peptide receptor (GIPR) and luteinizing hormone receptor (LHCGR) are G-protein coupled receptors with a wide tissue expression pattern. The aberrant expression of these receptors has been described in cases of ACTH-independent macronodular adrenal hyperplasia (AIMAH) and in some adenomas, resulting in the increase of adrenal cortex hormonal secretion (cortisol, androgens and aldosterone). The role of these receptors in other forms of adrenocortical hyperplasia, such as primary pigmented nodular adrenocortical disease (PPNAD), adrenal enlargement associated with multiple endocrine neoplasia type 1 (MEN1), and adrenocortical carcinoma has been scarcely investigated. Thus, the study of the expression of these receptors in patients with sporadical adrenocortical tumors, AIMAH, PPNAD and adrenal enlargement associated to MEN1 was considered important. Objectives: 1) Molecular study in patients with multiple endocrine neoplasia type 1 and PPNAD: mutation screening of MEN1 and PRKAR1A genes and analysis of the loss of heterozygosis (LOH) of these genes in the adrenal lesions of these patients. 2) To quantify the GIPR and LHCGR expression, in normal, tumor and hyperplasic tissue and to correlate the expression of these receptors with the adrenocortical tumor histology. Patients: 55 patients (30 adults) with adrenocortical tumors (37 adenomas and 18 carcinomas); 7 patients with AIMAH, 4 with MEN1, 1 with PPNAD and control tissue (adrenal, testis and pancreas). Methods: Extraction of genomic DNA, RNA and synthesis of complementary DNA (cDNA); PCR-amplification of the coding regions of MEN1 and PRKAR1A, followed by direct sequencing. LOH study using polymorphic marker amplification by PCR and GeneScan software analysis. Quantification of GIPR and LHCGR expression using realtime PCR -TaqMan method and GIPR immunohistochemistry study in adrenocortical tumors. Results: Identification of 3 mutations (893+ 1G>A, W183X and A68fsX118) and two polymorphic alterations (S145S and D418D) in MEN1 and a mutation (Y21X) in the PRKAR1A gene; LOH was not identified in adrenal tissue. The GIPR and LHCGR expression was identified in normal, tumor and hyperplasic adrenal tissues; the GIPR expression level was more elevated in malignant tumors compared to benign tumors in pediatric (median = 18.1 and 4.6, respectively; p <0.05) and adult patients (median = 4.8 and 1.3 respectively; p <0.001). The LHCGR expression in pediatric patients was elevated in benign as well as in malignant tumors (median = 6.4 and 4.3, respectively). In the adult group, the expression level of these receptors was extremely low in malignant tumors in relation to benign ones (median = 0.06 and 2.3, respectively; p <0.001). The GIPR immunohistochemistry was variable and did not correlate with GIPR gene expression. No difference between GIPR and LHCGR expression levels was observed in the different forms of hyperplasia. Conclusions: The presence of LOH and mutations in compound heterozygosis of MEN1 and PRKAR1A genes were ruled out as the mechanisms responsible for the adrenal enlargement in patients with multiple endocrine neoplasia type 1. GIPR overexpression is associated with malignant adrenocortical tumors in the adult and pediatric patients and low LHCGR expression is associated with malignant adrenocortical tumors only in the adult patients.
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Distúrbio do desenvolvimento sexual 46,XX testicular SRY negativo sindrômico devido à mutação missense no gene RSPO1: estudo clínico, molecular e histológico de grande família consanguínea brasileira / SRY-negative syndromic 46,XX testicular disorder of sex development due to missense homozygous RSPO1 mutation: clinical, molecular and histological study of a large consanguineous Brazilian family

Silva, Rosana Barbosa 22 October 2015 (has links)
Nos mamíferos, a determinação sexual é governada pelo equilíbrio entre duas vias de sinalização paralelas e antagônicas: a via masculina SOX9/FGF9 e a via feminina RSPO1/beta-catenina/WNT4. A R-spondina 1 é uma importante reguladora do processo de diferenciação ovariana e atua modulando a via de sinalização Wnt canônica (Wnt/beta-catenina). Em humanos, mutações em RSPO1 causam uma rara síndrome genética autossômica recessiva caracterizada por Distúrbios do Desenvolvimento Sexual (DDS) 46,XX Testicular ou Ovotesticular, hiperceratose palmoplantar (HPP) e predisposição para o desenvolvimento de carcinoma de células escamosas (MIM 610644). Identificamos um paciente brasileiro, proveniente de uma grande família consanguínea, que apresentava a associação de HPP e DDS 46,XX Testicular SRY negativo. A avaliação da região codificadora do gene RSPO1 identificou a nova variante alélica c.305G>A (p.Cys102Tyr). O estudo de segregação realizado em 67 familiares demonstrou que a variante c.305G>A segrega em perfeita concordância com o fenótipo de HPP, exibindo um padrão de herança autossômico recessivo. Na família foram identificados 10 indivíduos afetados pelo fenótipo de HPP. As avaliações clínica e hormonal e os estudos molecular e citogenético nesses indivíduos resultou na caracterização de: (a) quatro indivíduos do sexo masculino 46,XX e/ou SRY negativo, com ambiguidade genital e perfil hormonal alterado; (b) cinco indivíduos do sexo masculino 46,XY e/ou SRY positivo, sem ambiguidade genital, com perfil hormonal normal e (c) uma mulher 46,XX, fértil. Experimentos de transfecção transitória in vitro demostraram que a proteína mutante tem menor capacidade de transativação do plasmídio reporter da via Wnt. As simulações de dinâmica molecular constataram que a troca p.Cys102Tyr aumenta a flexibilidade do backbone da R-spondina-1, diminuindo a energia de ligação da proteína ao complexo de receptores, LGR5 e RNF43. Em conjunto, nossos achados demonstram que a variante c.305G > A é patogênica, sendo responsável pela síndrome genética diagnosticada na família brasileira. As análises de expressão gênica e os estudos de imuno-histoquímica, por sua vez, detectaram um aumento da expressão do gene SOX9 e maior imonorreatividade para a proteína Sox9 no tecido testicular do caso índice. Esses resultados sugerem que o processo de reversão sexual nos indivíduos XX ocorra por uma hiperexpressão de SOX9 secundária à menor ativação da via Wnt/beta-catenina na gônada durante a embriogênese. No presente estudo também relatamos o primeiro caso de indivíduo de cariótipo 46,XX portador de mutação em homozigose no gene RSPO1 que não desenvolveu DDS. A variabilidade do fenótipo sexual não está associada com alterações no número de cópias dos genes WNT4 ou do SOX9 e região cis-regulatória. No entanto, a avaliação do exoma da família encontrou uma associação entre o polimorfismo do receptor LGR5 rs17109924 e a atenuação do fenótipo de DDS. Todavia, serão necessários estudos funcionais para esclarecer o impacto biológico da interação das variantes RSPO1 p.Cys102Tyr e LGR5 rs171099 / In mammals, sex determination is governed by the balance between two parallel and antagonic signaling pathways: the male SOX9/FGF9 and the female, RSPO1/beta-catenin/WNT4 pathways. R-spondin 1 regulates the ovarian differentiation process by its modulating action through the canonic Wnt pathway (Wnt/beta-catenin). In humans, patogenic mutations in RSPO1 cause a rare, autosomic recessive syndrome characterized by 46,XX Testicular or Ovotesticular disorders of sexual development (DSD), palmoplantar keratosis (PPK) and predisposition to squamous cell carcinoma (MIM 610644). We identified and studied a SRY-negative 46,XX DSD patient with PPK from a large, consaguineous, brazillian family. Through a \"candidate gene\" approach we identified in the proband a new allelic variant in the coding region of RSPO1, c.305G > A. This variant presented full concordance with the PPK phenotype by segregation analyses in 10 of 67 members of this family. Clinical, hormonal, cytogenetic and molecular genetic studies characterized three patterns in individuals with this variant: (a) four 46,XX and/or SRY-negative males with ambiguous genitalia and altered hormonal profile; (b) five 46,XY and/or SRY-positive males without ambiguous genitalia with normal hormonal profile; (c) one 46,XX fertile woman. In vitro experiments demonstrated that transient transfection of the mutant protein resulted in lower transactivation of the Wnt pathway-reporter plasmid. Moreover, molecular dinamic studies showed that p.Cys102Tyr increased the R-spondin-1 backbone flexibility, thus decreasing the interaction between this protein and its receptors, LGR5 and RNF43. Thus, both in vitro and in silico analysis demonstrate the pathogenicity of the RSPO1 variant c.305G > A. In addition, in the index case, a higher expression of SOX9, corroborated by a reactive immunohistochemistry in testicular tissue, suggested that the process of sexual reversal in the XX individual is driven by a higher SOX9 expression possibly due to a lower Wnt/beta-catenin signaling pathway activation during embriogenesis. In this study, we also reported the first 46,XX individual with RSPO1 mutation without DSD, in which no copy number abnormality was detected in WNT4, SOX9 and its cisregulatory regions. Whole exome sequencing of the affected individuals revealed, in turn, that the LGR5 rs17109924 polymorphism associates with a protacted DSD phenotype in the fertile woman with normal hormonal profile. Despite this evidence, future studies are nedded to address causality and biological impact between RSPO1 p.Cys102Tyr and LGR5 rs17109924 variants
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Hipercromia cutânea idiopática da região orbital: avaliação clínica, histopatológica e imunohistoquímica antes e após tratamento com luz pulsada de alta energia / Cutaneous idiopathic hyperchromia of the orbital region: clinical, histopathological and immunohistochemestric evaluation before and after the treatment with intense pulsed light

Cymbalista, Natalia Cymrot 24 June 2004 (has links)
Introdução: A hipercromia cutânea idiopática (HCIRO) não tem sua etiopatogenia bem esclarecida. Parecem estar envolvidos fatores genéticos (herança familiar autossômica dominante), aumento de melanina na derme, vasculatura proeminente e frouxidão da pele palpebral. Encontraram-se, na revisão da literatura, alguns artigos que contribuíram para o esclarecimento da etiopatogenia. Objetivos: Avaliar clínica e histologicamente indivíduos portadores de HCIRO, antes e após o tratamento com luz pulsada de alta energia (LPAE), considerando-se a quantidade de melanina na epiderme e na derme antes e após o tratamento e, assim, avaliar a eficácia da LPAE no clareamento da HCIRO. Avaliar possível diferença na quantidade de melanina da pálpebra inferior (afetada) em relação à pele pré-auricular (controle). Avaliar a qualidade das células dérmicas na pálpebra inferior, contendo melanina antes do tratamento (observação através de imuno-histoquímica para determinação do tipo de célula dérmica, se macrófagos ou melanócitos). Avaliar a presença ou não de hemossiderina na derme. Avaliar e seguir os indivíduos, clinicamente, após um ano do término do tratamento, para verificar a manutenção da melhora ou a recidiva da HCIRO. Casuística e Método: Selecionaram-se 12 indivíduos portadores de HCIRO, os quais foram submetidos à avaliação clínica através de fotografias e à avaliação histológica antes e após a aplicação de LPAE para o tratamento de HCIRO. Realizaram-se biopsias na pálpebra inferior, antes e após o tratamento com LPAE, e biopsia na pele pré-auricular esquerda para comparar a quantidade de melanina existente nela e na pálpebra inferior, antes do tratamento. Os indivíduos foram submetidos a uma série de uma a quatro sessões de aplicação de LPAE nas pálpebras inferiores, com intervalos de aproximadamente trinta dias entre as sessões. Sete observadores independentes, dermatologistas, analisaram fotografias da região palpebral inferior dos participantes antes e após o tratamento e classificaram os resultados como melhor, pior, ou inalterado. A reprodutibilidade dessa avaliação foi testada através do coeficiente Kappa. A quantificação de melanina, por área, antes e após o tratamento, foi realizada através de morfometria com análise de imagens por computador (método digital). A verificação de presença ou não de hemossiderina dérmica foi realizada pela coloração de Perls e a identificação da célula dérmica que contém melanina foi feita pela imunohistoquímica, com anticorpos monoclonais antimacrófagos humanos tipo CD68 e anticorpos monoclonais antimelanócitos humanos tipo Melan A. Resultados: Segundo os sete observadores, houve melhora clínica (clareamento da pele palpebral inferior) estastisticamente significativa (p=0,024) e o coeficiente Kappa mostrou boa concordância entre os observadores. Todos os indivíduos (100%) apresentaram hipercromia pós-inflamatória transitória, com tempo médio de desaparecimento de seis meses, enquanto 58,33% apresentaram hipocromia transitória, no local das biopsias palpebrais, com duração média de sete meses. A análise histológica mostrou ausência de hemossiderina dérmica na pele palpebral, antes e após o tratamento. A quantificação de melanina, por morfometria, mostrou diminuição da mesma após o tratamento tanto na epiderme como na derme, com significância estatística. A morfometria também mostrou, maior quantidade de melanina na epiderme e na derme da pele palpebral inferior, antes do tratamento, em relação à pele pré-auricular, com diferença estatisticamente significativa. A imunohistoquímica com anticorpos monoclonais antimacrófagos humanos tipo CD68 e anticorpos monoclonais antimelanócitos humanos tipo Melan A caracterizaram o macrófago como sendo a célula dérmica que contém melanina na HCIRO, não havendo melanócitos dérmicos. Conclusões: A quantidade de melanina, tanto da epiderme quanto da derme, diminuiu após o tratamento com LPAE na pálpebra inferior. Há maior quantidade de melanina, tanto na epiderme quanto na derme da pálpebra inferior em comparação com a pele pré-auricular, com diferença estatisticamente significativa. As células que contêm melanina na derme palpebral inferior dos indivíduos portadores de HCIRO são macrófagos (e não melanócitos). Nos espécimes examinados neste estudo, não houve presença de hemossiderina na derme da pálpebra inferior. Houve clareamento da pele palpebral inferior após o tratamento com LPAE, e o seguimento clínico após um ano do tratamento mostrou que esse clareamento se manteve, não havendo recidiva da HCIRO. No entanto, um seguimento mais longo é necessário para a avaliação de possível recidiva tardia da pigmentação palpebral. / Introduction: The cutaneous idiopathic hyperchromia (HCIRO) does not have a clear etiopathogeny. Genetic factors seem to be involved (familiar autossomic dominant heredity), increase of melanin in the dermis, proeminent vascularity and eyelid skin slackness. In the literature revision, a few articles were encountered, which contributed in clarifying the etiopathogeny. Objectives: Evaluate clinically and histologically individuals bearer of HCIRO, before and after the treatment with intense pulsed light (LPAE), considering the melanin quantity in the epidermis and dermis, before and after the treatment, in order to evaluate the efficacy of LPAE in the clearing up of HCIRO. Evaluate possible difference in the melanin quantity of the lower eyelid in relation to the pre-auricular skin. Evaluate the quality of the dermic cells in the lower eyelid, containing melanin before the treatment (observation through immunohistochemistry to determine the dermic cell type, whether macrophages or melanocytes). Evaluate the presence or not of hemossiderine in dermis. Evaluate and follow up clinically of the individuals after a year treatment to check the improvement maintenance or HCIRO recurrence. Casuistry and Method: There were selected 12 individuals, bearer of HCIRO, and these were submitted to a clinical evaluation through photographies and to histological evaluation before and after LPAE application for HCIRO treatment. Biopsies were made in the lower eyelid, before and after treatment with LPAE, and in the left pre-auricular skin to compare the melanin quantity with the lower eyelid, before the treatment. The individuals were submitted to one to four sessions of LPAE application in the lower eyelid with approximately thirty day intervals between sessions. Seven independent observers (dermatologists) analysed photos of the participants lower eyelids, before and after the treatment and classified the results as better, inaltered or worse. The reproducibility of this affraisal was tested through the Kappa coefficient. The quantification of melanin, per area, before and after the treatment, was made through morphometry, with image analysis by computer (digital method). The verification of the presence or not of dermic hemossiderin was made through the Perls colouring and the cell identification, which contains melanin, was made through immunohistochemistry with monoclonal antibodies anti human macrophages type CD68 and monoclonal antibodies anti human melanocytes type Melan-A. Results: According to seven observers, there was a clinical improvement (clearing up of the eyelid skin) statistically significant (p= 0.24) and the Kappa coefficient showed a good concordance between the observers. All of the of the individuals (100%) showed a temporary post-inflammatory hyperchromia with an average duration of six months, while 58.33% presents a transitory hypochromia, in the place of palpebral biopsies, of an average duration of seven months. The histological analysis showed absence of dermic hemossiderin in the palpebral skin, before and after the treatment. The melanin quantification, per morphometry, showed decrease of same after the treatment both in the epidermis and dermis, of statistical significance. Melanin quantity was higher in the lower eyelid (before treatment), comparing with pre-auricular skin, with significant difference statistically. Immunohistochemistry with monoclonal antibodies anti human macrophages type CD68 and monoclonal antibodies anti human melanocytes type Melan-A, characterized the macrophages as being the dermic cell which contains melanin in HCIRO, showing no dermic melanocytes. Conclusions: The melanin quantity, both in the epidermis and dermis, decreased after the treatment with LPAE in the lower eyelid. There was more melanin in the epidermis and dermis of the eyelid skin, comparing with the pre-auricular skin, with a statistically significant difference. The cells that contain melanin in the lower eyelid dermis of the individuals bearer of HCIRO, are macrophages (and not melanocytes). In the specimens examined in this study, there was absence of hemossiderin in the dermis of the lower eyelid. There was a clearing up of the lower eyelid skin after the treatment with LPAE, and the clinical follow-up after one year of treatment showed that this clearing up was maintained and no HCIRO reincidence occurred. In the meantime, a longer follow-up is necessary to evaluate a later possible reincidence of the palpebral pigmentation.
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Estudo de polimorfismos nos genes TP53 e p21(WAF1) e do perfil imunohistoquímico das proteínas p53, p21(WAF1), p16(INK4a) e ciclina D1 pela técnica de Tissue Microarray (TMA) e sua importância para o desenvolvimento e/ou severidade das neoplasias cervicais / The role of TP53 and p21(WAF1) gene polymorphisms and immunohistochemical expression of p53, p21 (WAF1), p16 (INK4a) and cyclin D1 and their importance in the development and / or severity of cervical neoplasias

Elyzabeth Avvad Portari 19 September 2012 (has links)
O câncer de colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais frequente em mulheres no mundo, e a infecção persistente pelo papilomavirus humano (HPV) oncogênico é condição necessária, mas não suficiente para seu desenvolvimento. As oncoproteínas virais E6 e E7 interferem direta ou indiretamente na ação de várias proteínas celulares. Entretanto, as variantes proteicas, resultantes de polimorfismos genéticos, podem apresentar comportamento distinto mediante a infecção pelo HPV. O objetivo deste estudo foi avaliar possíveis associações entre polimorfismos nos genes TP53 (p53 PIN3, p53 72C>G) e p21 (p21 31C>A) e o desenvolvimento de neoplasias cervicais, considerando os níveis de expressão das proteínas p53, p21, p16 e ciclina D1, e fatores de risco clássicos para o câncer cervical. Foram selecionadas 466 mulheres residentes no Rio de Janeiro, 281 com diagnóstico histopatológico de neoplasia cervical de baixo (LSIL) e alto grau (HSIL) e câncer (grupo de casos) e 185 sem história atual ou pregressa de alteração citológica do colo uterino (grupo controle). A técnica de PCR-RFLP (reação em cadeia da polimerase - polimorfismo de comprimento de fragmento de restrição), foi empregada na análise dos polimorfismos p53 72C>G e p21 31C>A, usando as enzimas de restrição BstUI e BsmaI, respectivamente. A avaliação do polimorfismo p53 PIN3 (duplicação de 16 pb) foi feita por meio da análise eletroforética direta dos produtos de PCR. A expressão das proteínas p53, p21, p16, ciclina D1 e Ki-67 e a pesquisa de anticorpos anti-HPV 16 e HPV pool foram avaliadas por imunohistoquímica (Tissue Microarray - TMA) em 196 biópsias do grupo de casos. O grupo controle se mostrou em equilíbrio de Hardy-Weinberg em relação aos três polimorfismos avaliados. As distribuições genotípicas e alélicas relativas a p53 PIN3 e p53 72C>G nos grupos controles e de casos não apresentaram diferenças significativas, embora o genótipo p53 72CC tenha aumentado o risco atribuído ao uso de contraceptivos das pacientes apresentarem lesões mais severas (OR=4,33; IC 95%=1,19-15,83). O genótipo p21 31CA(Ser/Arg) conferiu proteção ao desenvolvimento de HSIL ou câncer (OR=0,61, IC 95%=0,39-0,97), e modificou o efeito de fatores de risco associados à severidade das lesões. A interação multiplicativa de alelos mostrou que a combinação p53 PIN3A1, p53 72C(Pro) e p21 31C(Ser), representou risco (OR=1,67, IC95%=1,03-2,72) e a combinação p53 PIN3A1, p53 72C(Pro) e p21 31A(Arg) conferiu efeito protetor (OR=0,26, IC95%=0,08-0,78) para o desenvolvimento de HSIL e câncer cervical. Observou-se correlação positiva da expressão de p16 e p21 e negativa da ciclina D1 com o grau da lesão. A distribuição epitelial de p16, Ki-67, p21 e p53 se mostrou associada à severidade da lesão. Os polimorfismos analisados não apresentaram associação com a expressão dos biomarcadores ou positividade para HPV. Nossos resultados sugerem a importância do polimorfismo p21 31C>A para o desenvolvimento das neoplasias cervicais e ausência de correlação dos polimorfismos p53 PIN3 e p53 72C>G com a carcinogênese cervical, embora alguns genótipos tenham se comportado como modificadores de risco. Nossos resultados de TMA corroboram o potencial de uso de biomarcadores do ciclo celular para diferenciar as lesões precursoras do câncer cervical. / Cervical cancer is the third most common female cancer worldwide, and persistent infection by the Human Papillomavirus (HPV) is a necessary but not sufficient condition to cause it. The viral oncoproteins E6 and E7 interfere directly or indirectly with the action of various cellular proteins. However, the protein variants, resulting from genetic polymorphisms, may act differently when encountering HPV infection. The aim of this study was to evaluate possible associations between polymorphisms in the TP53 (p53 PIN3, p53 72C>G) and p21 (p21 31C>A) genes, and the development of cervical neoplasia, considering the expression levels of p53, p21, p16 and cyclin D1 proteins, together with classic risk factors for cervical cancer. A total of 466 women resident in Rio de Janeiro were selected, being 281 with histopathological diagnosis of low (LSIL) or high grade (HSIL) cervical neoplasia or cancer (test group), and 185 with no current or previous history of alteration of cervical cytology (control group). The PCR-RFLP technique (polymerase chain reaction restriction fragment length polymorphism) was used to analyze the p53 72C>G and p21 31C>A polymorphisms, using BstUI and BsmaI restriction enzymes, respectively. Genotyping of the p53 PIN3 (duplication of 16 pb) polymorphism was performed by direct electrophoretic analysis of the PCR products. The expression of p53, p21, p16, cyclin D1 and Ki-67 proteins and the study of anti-HPV 16 and anti-HPV pool positivities were evaluated by immunohistochemisty (Tissue Microarray - TMA) in 196 biopsies of cases. The control group obeyed the Hardy-Weinberg principle in relation to the three polymorphisms analysed. The genotypic and allelic frequencies regarding p53 PIN3 and p53 72C>G in the control and test groups were not significantly different, although the p53 72CC genotype has increased the risk of more severe lesions attributed to the use of contraceptives (OR=4.33; IC 95%=1.19-15.83). The p21 31CA(Ser/Arg) genotype showed to protect against the development of HSIL or cancer (OR=0,61, IC 95%=0,39-0,97), and modified the effect of risk factors associated to the lesion severity. The multiplicative interaction of alleles showed that the combination p53 PIN3A1, p53 72C(Pro) and p21 31C(Ser) represented risk (OR=1,67, IC95%=1,03-2,72) and the combination p53 PIN3A1, p53 72C(Pro) and p21 31A(Arg) conferred protection (OR=0,26, IC95%=0,08-0,78) against the development of HSIL and cervical cancer. It was observed positive and negative correlations of, respectively, p16 and p21, and cyclin D1 expression with the cervical lesion grade. The epithelial distribution of p16, Ki-67, p21 and p53 was associated with the lesion severity. The polymorphisms analyzed showed neither association with the expression of the biomarkers nor positivity for HPV. Our results suggest the importance of polymorphism p21 31C>A in the development of cervical neoplasia and the lack of correlation between the polymorphisms p53 PIN3 and p53 72C>G with cervical carcinogenesis, although some genotypes acted as risk modifiers. Our TMA results corroborated the potential use of cell cycle biomarkers as an adjunctive tool to differentiate cervical precursor lesions.
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Estudo de polimorfismos nos genes TP53 e p21(WAF1) e do perfil imunohistoquímico das proteínas p53, p21(WAF1), p16(INK4a) e ciclina D1 pela técnica de Tissue Microarray (TMA) e sua importância para o desenvolvimento e/ou severidade das neoplasias cervicais / The role of TP53 and p21(WAF1) gene polymorphisms and immunohistochemical expression of p53, p21 (WAF1), p16 (INK4a) and cyclin D1 and their importance in the development and / or severity of cervical neoplasias

Elyzabeth Avvad Portari 19 September 2012 (has links)
O câncer de colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais frequente em mulheres no mundo, e a infecção persistente pelo papilomavirus humano (HPV) oncogênico é condição necessária, mas não suficiente para seu desenvolvimento. As oncoproteínas virais E6 e E7 interferem direta ou indiretamente na ação de várias proteínas celulares. Entretanto, as variantes proteicas, resultantes de polimorfismos genéticos, podem apresentar comportamento distinto mediante a infecção pelo HPV. O objetivo deste estudo foi avaliar possíveis associações entre polimorfismos nos genes TP53 (p53 PIN3, p53 72C>G) e p21 (p21 31C>A) e o desenvolvimento de neoplasias cervicais, considerando os níveis de expressão das proteínas p53, p21, p16 e ciclina D1, e fatores de risco clássicos para o câncer cervical. Foram selecionadas 466 mulheres residentes no Rio de Janeiro, 281 com diagnóstico histopatológico de neoplasia cervical de baixo (LSIL) e alto grau (HSIL) e câncer (grupo de casos) e 185 sem história atual ou pregressa de alteração citológica do colo uterino (grupo controle). A técnica de PCR-RFLP (reação em cadeia da polimerase - polimorfismo de comprimento de fragmento de restrição), foi empregada na análise dos polimorfismos p53 72C>G e p21 31C>A, usando as enzimas de restrição BstUI e BsmaI, respectivamente. A avaliação do polimorfismo p53 PIN3 (duplicação de 16 pb) foi feita por meio da análise eletroforética direta dos produtos de PCR. A expressão das proteínas p53, p21, p16, ciclina D1 e Ki-67 e a pesquisa de anticorpos anti-HPV 16 e HPV pool foram avaliadas por imunohistoquímica (Tissue Microarray - TMA) em 196 biópsias do grupo de casos. O grupo controle se mostrou em equilíbrio de Hardy-Weinberg em relação aos três polimorfismos avaliados. As distribuições genotípicas e alélicas relativas a p53 PIN3 e p53 72C>G nos grupos controles e de casos não apresentaram diferenças significativas, embora o genótipo p53 72CC tenha aumentado o risco atribuído ao uso de contraceptivos das pacientes apresentarem lesões mais severas (OR=4,33; IC 95%=1,19-15,83). O genótipo p21 31CA(Ser/Arg) conferiu proteção ao desenvolvimento de HSIL ou câncer (OR=0,61, IC 95%=0,39-0,97), e modificou o efeito de fatores de risco associados à severidade das lesões. A interação multiplicativa de alelos mostrou que a combinação p53 PIN3A1, p53 72C(Pro) e p21 31C(Ser), representou risco (OR=1,67, IC95%=1,03-2,72) e a combinação p53 PIN3A1, p53 72C(Pro) e p21 31A(Arg) conferiu efeito protetor (OR=0,26, IC95%=0,08-0,78) para o desenvolvimento de HSIL e câncer cervical. Observou-se correlação positiva da expressão de p16 e p21 e negativa da ciclina D1 com o grau da lesão. A distribuição epitelial de p16, Ki-67, p21 e p53 se mostrou associada à severidade da lesão. Os polimorfismos analisados não apresentaram associação com a expressão dos biomarcadores ou positividade para HPV. Nossos resultados sugerem a importância do polimorfismo p21 31C>A para o desenvolvimento das neoplasias cervicais e ausência de correlação dos polimorfismos p53 PIN3 e p53 72C>G com a carcinogênese cervical, embora alguns genótipos tenham se comportado como modificadores de risco. Nossos resultados de TMA corroboram o potencial de uso de biomarcadores do ciclo celular para diferenciar as lesões precursoras do câncer cervical. / Cervical cancer is the third most common female cancer worldwide, and persistent infection by the Human Papillomavirus (HPV) is a necessary but not sufficient condition to cause it. The viral oncoproteins E6 and E7 interfere directly or indirectly with the action of various cellular proteins. However, the protein variants, resulting from genetic polymorphisms, may act differently when encountering HPV infection. The aim of this study was to evaluate possible associations between polymorphisms in the TP53 (p53 PIN3, p53 72C>G) and p21 (p21 31C>A) genes, and the development of cervical neoplasia, considering the expression levels of p53, p21, p16 and cyclin D1 proteins, together with classic risk factors for cervical cancer. A total of 466 women resident in Rio de Janeiro were selected, being 281 with histopathological diagnosis of low (LSIL) or high grade (HSIL) cervical neoplasia or cancer (test group), and 185 with no current or previous history of alteration of cervical cytology (control group). The PCR-RFLP technique (polymerase chain reaction restriction fragment length polymorphism) was used to analyze the p53 72C>G and p21 31C>A polymorphisms, using BstUI and BsmaI restriction enzymes, respectively. Genotyping of the p53 PIN3 (duplication of 16 pb) polymorphism was performed by direct electrophoretic analysis of the PCR products. The expression of p53, p21, p16, cyclin D1 and Ki-67 proteins and the study of anti-HPV 16 and anti-HPV pool positivities were evaluated by immunohistochemisty (Tissue Microarray - TMA) in 196 biopsies of cases. The control group obeyed the Hardy-Weinberg principle in relation to the three polymorphisms analysed. The genotypic and allelic frequencies regarding p53 PIN3 and p53 72C>G in the control and test groups were not significantly different, although the p53 72CC genotype has increased the risk of more severe lesions attributed to the use of contraceptives (OR=4.33; IC 95%=1.19-15.83). The p21 31CA(Ser/Arg) genotype showed to protect against the development of HSIL or cancer (OR=0,61, IC 95%=0,39-0,97), and modified the effect of risk factors associated to the lesion severity. The multiplicative interaction of alleles showed that the combination p53 PIN3A1, p53 72C(Pro) and p21 31C(Ser) represented risk (OR=1,67, IC95%=1,03-2,72) and the combination p53 PIN3A1, p53 72C(Pro) and p21 31A(Arg) conferred protection (OR=0,26, IC95%=0,08-0,78) against the development of HSIL and cervical cancer. It was observed positive and negative correlations of, respectively, p16 and p21, and cyclin D1 expression with the cervical lesion grade. The epithelial distribution of p16, Ki-67, p21 and p53 was associated with the lesion severity. The polymorphisms analyzed showed neither association with the expression of the biomarkers nor positivity for HPV. Our results suggest the importance of polymorphism p21 31C>A in the development of cervical neoplasia and the lack of correlation between the polymorphisms p53 PIN3 and p53 72C>G with cervical carcinogenesis, although some genotypes acted as risk modifiers. Our TMA results corroborated the potential use of cell cycle biomarkers as an adjunctive tool to differentiate cervical precursor lesions.
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Estudo da expressão dos receptores do peptídeo insulinotrópico dependente de glicose (GIPR) e do hormônio luteinizante (LHCGR) em tumores e hiperplasias do córtex adrenal / Expression Study of Glucose-dependent insulinotropic peptide receptor (GIPR) and luteinizing hormone receptor (LHCGR) in adrenocortical tumors and hyperplasia

Marcia Helena Soares Costa 16 July 2007 (has links)
Introdução: Os receptores do peptídeo insulinotrópico dependente de glicose (GIPR) e do hormônio luteinizante (LHCGR) são receptores acoplados à proteína G com amplo padrão de expressão tecidual. A expressão anômala destes receptores tem sido descrita em casos de hiperplasia adrenal macronodular independente de ACTH (AIMAH) e em alguns adenomas, resultando em aumento da secreção hormonal (cortisol, andrógenos e aldosterona) pelo cortex adrenal. O papel destes receptores em outras formas de hiperplasia, como a doença adrenocortical nodular pigmentosa primária (PPNAD), aumento da adrenal associado à neoplasia endócrina múltipla tipo 1 (MEN1), e em carcinoma do córtex adrenal tem sido pouco investigado; sendo assim, considera-se relevante estudar a expressão destes receptores nos pacientes com tumores adrenocorticais esporádicos, nos pacientes com AIMAH, PPNAD e aumento adrenal associado à MEN1. Objetivos: 1) Caracterização molecular dos casos de neoplasia endócrina múltipla tipo 1 e PPNAD: pesquisa de mutações dos genes MEN1 e PRKAR1A e análise da perda de heterozigose (LOH) destes genes no tecido adrenal destes pacientes. 2) Quantificar a expressão do GIPR e do LHCGR em tecido adrenocortical normal, tumoral, hiperplásico e correlacionar a expressão destes com a classificação histológica dos tumores adrenocorticais. Pacientes: 55 pacientes (30 adultos) com tumores adrenocorticais (37 adenomas e 18 carcinomas); 7 pacientes com AIMAH, 4 com MEN1, 1 com PPNAD e tecidos controles (adrenal; testículo e pâncreas). Métodos: extração de DNA genômico, RNA e síntese de DNA complementar (cDNA); amplificação por PCR das regiões codificadoras dos genes MEN1 e PRKAR1A seguida por seqüenciamento automático. Pesquisa de LOH pela amplificação de microssatélites por PCR e análise pelo programa GeneScan. Quantificação da expressão do GIPR e do LHCGR por PCR em tempo real pelo método TaqMan e estudo de imunohistoquímica para GIPR nos tumores adrenocorticais. Resultados: identificação de 3 mutações (893+ 1G>A, W183X e A68fsX118) e dois polimorfirmos (S145S e D418D) no gene MEN1 e uma mutação (Y21X) no PRKAR1A. Ausência de LOH nos tecidos adrenais estudados. A expressão do GIPR e do LHCGR foi identificada em tecidos adrenais normais, tumorais e hiperplásicos. O nível de expressão do GIPR foi mais elevado nos tumores adrenocorticais malignos que nos benignos tanto no grupo pediátrico (mediana= 18,1 e 4,6, respectivamente; p <0,05), quanto no grupo adulto (mediana = 4,8 e 1,3 respectivamente; p <0,001). O nível de expressão do LHCGR, no grupo pediátrico, foi elevado tanto nos tumores benignos quanto nos malignos (mediana= 6,4 e 4,3, respectivamente). No grupo adulto os níveis de expressão deste receptor foram extremamente baixos nos tumores malignos em relação aos benignos (mediana= 0,06 e 2,3, respectivamente; p <0,001). A imunohistoquímica para o GIPR foi variável e não correlacionada à expressão do gene GIPR. Não houve diferença nos níveis de expressão do GIPR e do LHCGR nas hiperplasias do córtex adrenal. Conclusões: a presença de LOH e mutação em heterozigose composta do gene MEN1 e do PRKAR1A foram afastadas como mecanismos responsáveis pelo aumento adrenal tanto nos pacientes com MEN1 como no paciente com PPNAD. A hiperexpressão de GIPR está associada a malignidade nos tumores adrenocorticais nos grupos adulto e pediátrico e a baixa expressão de LHCGR está associada a malignidade nos tumores adrenocorticais somente no grupo adulto. / Introduction: The glucose- dependent insulinotropic peptide receptor (GIPR) and luteinizing hormone receptor (LHCGR) are G-protein coupled receptors with a wide tissue expression pattern. The aberrant expression of these receptors has been described in cases of ACTH-independent macronodular adrenal hyperplasia (AIMAH) and in some adenomas, resulting in the increase of adrenal cortex hormonal secretion (cortisol, androgens and aldosterone). The role of these receptors in other forms of adrenocortical hyperplasia, such as primary pigmented nodular adrenocortical disease (PPNAD), adrenal enlargement associated with multiple endocrine neoplasia type 1 (MEN1), and adrenocortical carcinoma has been scarcely investigated. Thus, the study of the expression of these receptors in patients with sporadical adrenocortical tumors, AIMAH, PPNAD and adrenal enlargement associated to MEN1 was considered important. Objectives: 1) Molecular study in patients with multiple endocrine neoplasia type 1 and PPNAD: mutation screening of MEN1 and PRKAR1A genes and analysis of the loss of heterozygosis (LOH) of these genes in the adrenal lesions of these patients. 2) To quantify the GIPR and LHCGR expression, in normal, tumor and hyperplasic tissue and to correlate the expression of these receptors with the adrenocortical tumor histology. Patients: 55 patients (30 adults) with adrenocortical tumors (37 adenomas and 18 carcinomas); 7 patients with AIMAH, 4 with MEN1, 1 with PPNAD and control tissue (adrenal, testis and pancreas). Methods: Extraction of genomic DNA, RNA and synthesis of complementary DNA (cDNA); PCR-amplification of the coding regions of MEN1 and PRKAR1A, followed by direct sequencing. LOH study using polymorphic marker amplification by PCR and GeneScan software analysis. Quantification of GIPR and LHCGR expression using realtime PCR -TaqMan method and GIPR immunohistochemistry study in adrenocortical tumors. Results: Identification of 3 mutations (893+ 1G>A, W183X and A68fsX118) and two polymorphic alterations (S145S and D418D) in MEN1 and a mutation (Y21X) in the PRKAR1A gene; LOH was not identified in adrenal tissue. The GIPR and LHCGR expression was identified in normal, tumor and hyperplasic adrenal tissues; the GIPR expression level was more elevated in malignant tumors compared to benign tumors in pediatric (median = 18.1 and 4.6, respectively; p <0.05) and adult patients (median = 4.8 and 1.3 respectively; p <0.001). The LHCGR expression in pediatric patients was elevated in benign as well as in malignant tumors (median = 6.4 and 4.3, respectively). In the adult group, the expression level of these receptors was extremely low in malignant tumors in relation to benign ones (median = 0.06 and 2.3, respectively; p <0.001). The GIPR immunohistochemistry was variable and did not correlate with GIPR gene expression. No difference between GIPR and LHCGR expression levels was observed in the different forms of hyperplasia. Conclusions: The presence of LOH and mutations in compound heterozygosis of MEN1 and PRKAR1A genes were ruled out as the mechanisms responsible for the adrenal enlargement in patients with multiple endocrine neoplasia type 1. GIPR overexpression is associated with malignant adrenocortical tumors in the adult and pediatric patients and low LHCGR expression is associated with malignant adrenocortical tumors only in the adult patients.
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Distúrbio do desenvolvimento sexual 46,XX testicular SRY negativo sindrômico devido à mutação missense no gene RSPO1: estudo clínico, molecular e histológico de grande família consanguínea brasileira / SRY-negative syndromic 46,XX testicular disorder of sex development due to missense homozygous RSPO1 mutation: clinical, molecular and histological study of a large consanguineous Brazilian family

Rosana Barbosa Silva 22 October 2015 (has links)
Nos mamíferos, a determinação sexual é governada pelo equilíbrio entre duas vias de sinalização paralelas e antagônicas: a via masculina SOX9/FGF9 e a via feminina RSPO1/beta-catenina/WNT4. A R-spondina 1 é uma importante reguladora do processo de diferenciação ovariana e atua modulando a via de sinalização Wnt canônica (Wnt/beta-catenina). Em humanos, mutações em RSPO1 causam uma rara síndrome genética autossômica recessiva caracterizada por Distúrbios do Desenvolvimento Sexual (DDS) 46,XX Testicular ou Ovotesticular, hiperceratose palmoplantar (HPP) e predisposição para o desenvolvimento de carcinoma de células escamosas (MIM 610644). Identificamos um paciente brasileiro, proveniente de uma grande família consanguínea, que apresentava a associação de HPP e DDS 46,XX Testicular SRY negativo. A avaliação da região codificadora do gene RSPO1 identificou a nova variante alélica c.305G>A (p.Cys102Tyr). O estudo de segregação realizado em 67 familiares demonstrou que a variante c.305G>A segrega em perfeita concordância com o fenótipo de HPP, exibindo um padrão de herança autossômico recessivo. Na família foram identificados 10 indivíduos afetados pelo fenótipo de HPP. As avaliações clínica e hormonal e os estudos molecular e citogenético nesses indivíduos resultou na caracterização de: (a) quatro indivíduos do sexo masculino 46,XX e/ou SRY negativo, com ambiguidade genital e perfil hormonal alterado; (b) cinco indivíduos do sexo masculino 46,XY e/ou SRY positivo, sem ambiguidade genital, com perfil hormonal normal e (c) uma mulher 46,XX, fértil. Experimentos de transfecção transitória in vitro demostraram que a proteína mutante tem menor capacidade de transativação do plasmídio reporter da via Wnt. As simulações de dinâmica molecular constataram que a troca p.Cys102Tyr aumenta a flexibilidade do backbone da R-spondina-1, diminuindo a energia de ligação da proteína ao complexo de receptores, LGR5 e RNF43. Em conjunto, nossos achados demonstram que a variante c.305G > A é patogênica, sendo responsável pela síndrome genética diagnosticada na família brasileira. As análises de expressão gênica e os estudos de imuno-histoquímica, por sua vez, detectaram um aumento da expressão do gene SOX9 e maior imonorreatividade para a proteína Sox9 no tecido testicular do caso índice. Esses resultados sugerem que o processo de reversão sexual nos indivíduos XX ocorra por uma hiperexpressão de SOX9 secundária à menor ativação da via Wnt/beta-catenina na gônada durante a embriogênese. No presente estudo também relatamos o primeiro caso de indivíduo de cariótipo 46,XX portador de mutação em homozigose no gene RSPO1 que não desenvolveu DDS. A variabilidade do fenótipo sexual não está associada com alterações no número de cópias dos genes WNT4 ou do SOX9 e região cis-regulatória. No entanto, a avaliação do exoma da família encontrou uma associação entre o polimorfismo do receptor LGR5 rs17109924 e a atenuação do fenótipo de DDS. Todavia, serão necessários estudos funcionais para esclarecer o impacto biológico da interação das variantes RSPO1 p.Cys102Tyr e LGR5 rs171099 / In mammals, sex determination is governed by the balance between two parallel and antagonic signaling pathways: the male SOX9/FGF9 and the female, RSPO1/beta-catenin/WNT4 pathways. R-spondin 1 regulates the ovarian differentiation process by its modulating action through the canonic Wnt pathway (Wnt/beta-catenin). In humans, patogenic mutations in RSPO1 cause a rare, autosomic recessive syndrome characterized by 46,XX Testicular or Ovotesticular disorders of sexual development (DSD), palmoplantar keratosis (PPK) and predisposition to squamous cell carcinoma (MIM 610644). We identified and studied a SRY-negative 46,XX DSD patient with PPK from a large, consaguineous, brazillian family. Through a \"candidate gene\" approach we identified in the proband a new allelic variant in the coding region of RSPO1, c.305G > A. This variant presented full concordance with the PPK phenotype by segregation analyses in 10 of 67 members of this family. Clinical, hormonal, cytogenetic and molecular genetic studies characterized three patterns in individuals with this variant: (a) four 46,XX and/or SRY-negative males with ambiguous genitalia and altered hormonal profile; (b) five 46,XY and/or SRY-positive males without ambiguous genitalia with normal hormonal profile; (c) one 46,XX fertile woman. In vitro experiments demonstrated that transient transfection of the mutant protein resulted in lower transactivation of the Wnt pathway-reporter plasmid. Moreover, molecular dinamic studies showed that p.Cys102Tyr increased the R-spondin-1 backbone flexibility, thus decreasing the interaction between this protein and its receptors, LGR5 and RNF43. Thus, both in vitro and in silico analysis demonstrate the pathogenicity of the RSPO1 variant c.305G > A. In addition, in the index case, a higher expression of SOX9, corroborated by a reactive immunohistochemistry in testicular tissue, suggested that the process of sexual reversal in the XX individual is driven by a higher SOX9 expression possibly due to a lower Wnt/beta-catenin signaling pathway activation during embriogenesis. In this study, we also reported the first 46,XX individual with RSPO1 mutation without DSD, in which no copy number abnormality was detected in WNT4, SOX9 and its cisregulatory regions. Whole exome sequencing of the affected individuals revealed, in turn, that the LGR5 rs17109924 polymorphism associates with a protacted DSD phenotype in the fertile woman with normal hormonal profile. Despite this evidence, future studies are nedded to address causality and biological impact between RSPO1 p.Cys102Tyr and LGR5 rs17109924 variants
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Avaliação imunohistoquímica da densidade microvascular em adenocarcinoma gástrico / Immunohistochemistry avaliation of microvascular density in gastric adenocarcinoma

Eneida Ribeiro Marinho 13 October 2003 (has links)
O crescimento e a progressão tumorais estão associados à indução da angiogênese. O objetivo deste estudo foi avaliar a imunoexpressão do VEGF e a densidade de microvasos em adenocarcinomas gástricos. Espécimes cirúrgicos de 89 pacientes submetidos à ressecção gástrica com dissecção linfonodal a D2 foram analisados quanto à densidade microvascular tumoral. Testes imunohistoquímicos foram realizados utilizando-se os anticorpos CD31, CD34, Fator VIII e VEGF através do método da streptavidina-biotina. Os vasos foram contados nas áreas de maior vascularização tumoral e o VEGF foi graduado de 0 a 3, de acordo com a intensidade da imunocoloração. Os resultados imunohistoquímicos foram comparados com os dados patológicos e de extensão loco-regional da doença. Sessenta pacientes (67,4%) eram do sexo masculino e a média de idade foi 59,9 (±13,8) anos. Os tumores foram classificados em tipo intestinal em 62 casos (69,7%) e em difuso em 27 (30%). Onze pacientes (12,4%) apresentaram tumores precoces. A densidade microvascular apresentou média de 67,8 (±31,5) para o anticorpo CD31 e 94,2 (±39,0) para o CD34. A média do número de vasos corados pelo Fator VIII foi 9,2 (±8,2). Houve uma correlação entre os resultados imunohistoquímicos para CD31 e CD34, com r=0,57 e p=0,01. Segundo o VEGF os tumores foram: grau 0 = 16 (18%), I = 48 (53,9%), II = 16 (18%) e III = 9 (10,1%). Não houve associação entre a DMV e os dados patológicos: tipo histológico, grau de diferenciação, tamanho do tumor, invasão da parede gástrica, metástases linfonodais e metástase à distância. A imunoexpressão do VEGF foi associada com alta DMV (p=0,03) e com o estádio tumoral - TNM (p=0,003). Os resultados deste estudo permitiram concluir que a coloração imunohistoquímica com o Fator VIII não é segura como um marcador de células endoteliais; que os anticorpos CD31 e CD34 foram úteis na avaliação da DMV; e que a imunoexpressão do VEGF pode identificar um comportamento biológico mais agressivo / Tumor growth and progression, particularly in aggressive and malignant tumors, are associated with the induction of angiogenesis. The aim of this study was to evaluate the role of VEGF immunoexpression and microvascular density in gastric adenocarcinomas. Specimens from eightynine patients who underwent gastric resection with DII lymph node dissection were analyzed regarding microvascular density of the tumors. Immunohistochemistry for CD31, CD34, Factor VIII and VEGF were performed using the streptavidin-biotin-method. The vessels were counted in a hot spot area of the tumors and VEGF was categorized as grade 0 to III, according to the intensity. Immunohistochemical results were compared to pathological data and loco-regional extension of the disease. In the results of 89 patients, sixty (67.4%) were men, and the mean age was 59.9 ± 13.8 years. The tumors were classified as intestinal type in 62 (69.7%) and diffuse in 27 (30.3%). Eleven (12.4%) were early gastric tumors. Microvascular density showed a mean of 67.8 (± 31.5) for CD31 and 94.2 (± 39) for CD34 vessels. The mean number of vessels revealed by the antibody Fator VIII was 9.2 (± 8.2). There was a correlation between immunohistochemistry for CD31 and CD34, r = 0.57, p < 0.01. The tumors were classified for VEGF as: grade 0 = 16 (18%); I = 48 (53,9%); II = 16 (18%) and III = 9 (10,1%). There was no association between immunohistochemistry and pathological data including: histologic type, grade of differentiation, tumor size, tumor depth, lymph node metastasis and distant metastasis. However, VEGF immunoexpression was associated with high microvascular density (p = 0,03) and there was an association between the immunoexpression of VEGF and the tumor stage - TNM (p = 0,003). It was concluded that immunohistochemical staining for anti-Factor VIII was not reliable as a microvascular density marker; CD31 and CD34 were useful to demonstrate microvascular density and VEGF immunoexpression may identify tumors with more aggressive biological behavior
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Hipercromia cutânea idiopática da região orbital: avaliação clínica, histopatológica e imunohistoquímica antes e após tratamento com luz pulsada de alta energia / Cutaneous idiopathic hyperchromia of the orbital region: clinical, histopathological and immunohistochemestric evaluation before and after the treatment with intense pulsed light

Natalia Cymrot Cymbalista 24 June 2004 (has links)
Introdução: A hipercromia cutânea idiopática (HCIRO) não tem sua etiopatogenia bem esclarecida. Parecem estar envolvidos fatores genéticos (herança familiar autossômica dominante), aumento de melanina na derme, vasculatura proeminente e frouxidão da pele palpebral. Encontraram-se, na revisão da literatura, alguns artigos que contribuíram para o esclarecimento da etiopatogenia. Objetivos: Avaliar clínica e histologicamente indivíduos portadores de HCIRO, antes e após o tratamento com luz pulsada de alta energia (LPAE), considerando-se a quantidade de melanina na epiderme e na derme antes e após o tratamento e, assim, avaliar a eficácia da LPAE no clareamento da HCIRO. Avaliar possível diferença na quantidade de melanina da pálpebra inferior (afetada) em relação à pele pré-auricular (controle). Avaliar a qualidade das células dérmicas na pálpebra inferior, contendo melanina antes do tratamento (observação através de imuno-histoquímica para determinação do tipo de célula dérmica, se macrófagos ou melanócitos). Avaliar a presença ou não de hemossiderina na derme. Avaliar e seguir os indivíduos, clinicamente, após um ano do término do tratamento, para verificar a manutenção da melhora ou a recidiva da HCIRO. Casuística e Método: Selecionaram-se 12 indivíduos portadores de HCIRO, os quais foram submetidos à avaliação clínica através de fotografias e à avaliação histológica antes e após a aplicação de LPAE para o tratamento de HCIRO. Realizaram-se biopsias na pálpebra inferior, antes e após o tratamento com LPAE, e biopsia na pele pré-auricular esquerda para comparar a quantidade de melanina existente nela e na pálpebra inferior, antes do tratamento. Os indivíduos foram submetidos a uma série de uma a quatro sessões de aplicação de LPAE nas pálpebras inferiores, com intervalos de aproximadamente trinta dias entre as sessões. Sete observadores independentes, dermatologistas, analisaram fotografias da região palpebral inferior dos participantes antes e após o tratamento e classificaram os resultados como melhor, pior, ou inalterado. A reprodutibilidade dessa avaliação foi testada através do coeficiente Kappa. A quantificação de melanina, por área, antes e após o tratamento, foi realizada através de morfometria com análise de imagens por computador (método digital). A verificação de presença ou não de hemossiderina dérmica foi realizada pela coloração de Perls e a identificação da célula dérmica que contém melanina foi feita pela imunohistoquímica, com anticorpos monoclonais antimacrófagos humanos tipo CD68 e anticorpos monoclonais antimelanócitos humanos tipo Melan A. Resultados: Segundo os sete observadores, houve melhora clínica (clareamento da pele palpebral inferior) estastisticamente significativa (p=0,024) e o coeficiente Kappa mostrou boa concordância entre os observadores. Todos os indivíduos (100%) apresentaram hipercromia pós-inflamatória transitória, com tempo médio de desaparecimento de seis meses, enquanto 58,33% apresentaram hipocromia transitória, no local das biopsias palpebrais, com duração média de sete meses. A análise histológica mostrou ausência de hemossiderina dérmica na pele palpebral, antes e após o tratamento. A quantificação de melanina, por morfometria, mostrou diminuição da mesma após o tratamento tanto na epiderme como na derme, com significância estatística. A morfometria também mostrou, maior quantidade de melanina na epiderme e na derme da pele palpebral inferior, antes do tratamento, em relação à pele pré-auricular, com diferença estatisticamente significativa. A imunohistoquímica com anticorpos monoclonais antimacrófagos humanos tipo CD68 e anticorpos monoclonais antimelanócitos humanos tipo Melan A caracterizaram o macrófago como sendo a célula dérmica que contém melanina na HCIRO, não havendo melanócitos dérmicos. Conclusões: A quantidade de melanina, tanto da epiderme quanto da derme, diminuiu após o tratamento com LPAE na pálpebra inferior. Há maior quantidade de melanina, tanto na epiderme quanto na derme da pálpebra inferior em comparação com a pele pré-auricular, com diferença estatisticamente significativa. As células que contêm melanina na derme palpebral inferior dos indivíduos portadores de HCIRO são macrófagos (e não melanócitos). Nos espécimes examinados neste estudo, não houve presença de hemossiderina na derme da pálpebra inferior. Houve clareamento da pele palpebral inferior após o tratamento com LPAE, e o seguimento clínico após um ano do tratamento mostrou que esse clareamento se manteve, não havendo recidiva da HCIRO. No entanto, um seguimento mais longo é necessário para a avaliação de possível recidiva tardia da pigmentação palpebral. / Introduction: The cutaneous idiopathic hyperchromia (HCIRO) does not have a clear etiopathogeny. Genetic factors seem to be involved (familiar autossomic dominant heredity), increase of melanin in the dermis, proeminent vascularity and eyelid skin slackness. In the literature revision, a few articles were encountered, which contributed in clarifying the etiopathogeny. Objectives: Evaluate clinically and histologically individuals bearer of HCIRO, before and after the treatment with intense pulsed light (LPAE), considering the melanin quantity in the epidermis and dermis, before and after the treatment, in order to evaluate the efficacy of LPAE in the clearing up of HCIRO. Evaluate possible difference in the melanin quantity of the lower eyelid in relation to the pre-auricular skin. Evaluate the quality of the dermic cells in the lower eyelid, containing melanin before the treatment (observation through immunohistochemistry to determine the dermic cell type, whether macrophages or melanocytes). Evaluate the presence or not of hemossiderine in dermis. Evaluate and follow up clinically of the individuals after a year treatment to check the improvement maintenance or HCIRO recurrence. Casuistry and Method: There were selected 12 individuals, bearer of HCIRO, and these were submitted to a clinical evaluation through photographies and to histological evaluation before and after LPAE application for HCIRO treatment. Biopsies were made in the lower eyelid, before and after treatment with LPAE, and in the left pre-auricular skin to compare the melanin quantity with the lower eyelid, before the treatment. The individuals were submitted to one to four sessions of LPAE application in the lower eyelid with approximately thirty day intervals between sessions. Seven independent observers (dermatologists) analysed photos of the participants lower eyelids, before and after the treatment and classified the results as better, inaltered or worse. The reproducibility of this affraisal was tested through the Kappa coefficient. The quantification of melanin, per area, before and after the treatment, was made through morphometry, with image analysis by computer (digital method). The verification of the presence or not of dermic hemossiderin was made through the Perls colouring and the cell identification, which contains melanin, was made through immunohistochemistry with monoclonal antibodies anti human macrophages type CD68 and monoclonal antibodies anti human melanocytes type Melan-A. Results: According to seven observers, there was a clinical improvement (clearing up of the eyelid skin) statistically significant (p= 0.24) and the Kappa coefficient showed a good concordance between the observers. All of the of the individuals (100%) showed a temporary post-inflammatory hyperchromia with an average duration of six months, while 58.33% presents a transitory hypochromia, in the place of palpebral biopsies, of an average duration of seven months. The histological analysis showed absence of dermic hemossiderin in the palpebral skin, before and after the treatment. The melanin quantification, per morphometry, showed decrease of same after the treatment both in the epidermis and dermis, of statistical significance. Melanin quantity was higher in the lower eyelid (before treatment), comparing with pre-auricular skin, with significant difference statistically. Immunohistochemistry with monoclonal antibodies anti human macrophages type CD68 and monoclonal antibodies anti human melanocytes type Melan-A, characterized the macrophages as being the dermic cell which contains melanin in HCIRO, showing no dermic melanocytes. Conclusions: The melanin quantity, both in the epidermis and dermis, decreased after the treatment with LPAE in the lower eyelid. There was more melanin in the epidermis and dermis of the eyelid skin, comparing with the pre-auricular skin, with a statistically significant difference. The cells that contain melanin in the lower eyelid dermis of the individuals bearer of HCIRO, are macrophages (and not melanocytes). In the specimens examined in this study, there was absence of hemossiderin in the dermis of the lower eyelid. There was a clearing up of the lower eyelid skin after the treatment with LPAE, and the clinical follow-up after one year of treatment showed that this clearing up was maintained and no HCIRO reincidence occurred. In the meantime, a longer follow-up is necessary to evaluate a later possible reincidence of the palpebral pigmentation.

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