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Moral e direito em Kant

Samuel, Álvaro Milani 28 August 2014 (has links)
O presente trabalho dissertativo tem como objetivo examinar a natureza das relações existentes entre as esferas da moral e do direito no âmbito da filosofia de Kant, a fim de compreender como é sustentada a legitimidade do exercício coercitivo das normas jurídicas, como elemento de justiça, de delimitação dos arbítrios, e pressuposto de uma convivência social racional. O problema que tencionamos investigar diz respeito a saber, em que medida se verifica uma eventual vinculação entre moral e direito nos escritos kantianos. Nessa perspectiva, o primeiro capítulo busca explicitar os conceitos de lei moral, boa vontade e imperativos, bem como as noções de autonomia e heteronomia, elementos esses diretamente implicados na hipótese kantiana da adequação humana necessária às leis prescritas pela razão, no âmbito da liberdade interna. A partir da base conceitual então estabelecida, busca-se, no segundo capítulo, examinar a proposta de um direito natural (racional) como conjunto de princípios a priori da razão pura prática que visam garantir a realização da liberdade na esfera da exterioridade. Para tanto, examina-se o modo através do qual se dá a construção do conceito kantiano de direito e seu respectivo princípio universal, tendo em conta ainda a forma a partir da qual se estabelece a relação entre liberdade (externa) e lei, e o papel da coerção. Uma vez demarcados os dois âmbitos, busca-se, no terceiro capítulo, aprofundar as distinções entre as esferas da interioridade e da exterioridade da liberdade, para então avaliar a hipótese de trabalho que está assentada sobre a possibilidade de uma conexão entre moral e direito na filosofia de Kant. Duas são as principais teses consideradas na investigação: i) a tese da independência e ii) a tese da dependência. A primeira é sustentada pelo grupo de interpretações que afirmam a separação entre moral e direito no pensamento de Kant, assumindo a coerção como elemento característico do direito e a não derivação de seu princípio em relação ao imperativo categórico. A segunda é sustentada pelos interpretes que entendem haver em Kant uma conexão entre moral e direito, baseando-se na desvalorização do elemento coerção e numa acentuação do elemento do dever, pelo que defendem a derivação dos deveres jurídicos da teoria moral kantiana e a derivação do princípio do direito diretamente do princípio da moralidade. Explicitados os elementos constitutivos dessas interpretações, realiza-se, então, ao final, a consideração da possibilidade do vínculo entre moral e direito, e o exame da consistência de uma eventual dependência/derivação dos princípios a priori do direito em relação ao princípio da moralidade, tudo de modo a avaliar em que medida se dá a validade da hipótese assumida e quais pontos sustentam a sua eventual plausibilidade. / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. / This argumentative paper aims to examine the nature of the relationship between the spheres of morality and law in the context of Kant's philosophy in order to understand how the legitimacy of coercive exercise of legal rules is sustained, as justice element of delimitation of wills, and assumption of rational social life. The problem we intend to investigate concerns the extent to which there is a possible link between morality and law in the Kantian writings. In this perspective, the first chapter seeks to clarify the concepts of moral law, goodwill and imperatives as well as the notions of autonomy and heteronomy, these elements directly involved in the Kantian hypothesis of human adaptation necessary laws prescribed by reason, within the internal freedom . From then established conceptual basis, we seek to, in the second chapter, consider the proposal for a natural right (rational) as a set of a priori principles of pure practical reason intended to ensure the attainment of freedom in the sphere of externality. To do so, it examines the way in which it gives the construction of the Kantian concept of law and its respective universal principle, taking into account also the form from which establishes the relationship between freedom (external) and law, and the role of coercion. Once marked the two areas, we seek to, in the third chapter, further distinctions between the spheres of interiority and exteriority of freedom, and then evaluate the working hypothesis that sitteth upon the possibility of a connection between morality and law Kant. There are two main theses considered in research: i) the independence thesis and ii) the theory of dependency. The first is supported by the group of interpretations that affirm the separation between morality and law in Kant's thought, assuming coercion as a characteristic element of the right and not to bypass principle in relation to the categorical imperative. The second is supported by interpreters that understand Kant in a connection between morality and law, based on the devaluation of coercion element and an accentuation of the element of duty, by defending the derivation of the legal duties of Kantian moral theory and the derivation of principle of the right directly from the principle of morality. Explained the elements of these interpretations, takes place then at the end, consideration of the possibility of the link between morality and law, and the examination of the consistency of a possible dependence / derivation of a priori principles of the right to the principle of morality all in order to assess the extent to which gives the validity of the assumed hypothesis and points which support the eventual plausibility.
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Autoconciencia: presupuesto y origen de todo conocimiento: una comparación entre los sistemas filosóficos de Kant y Fichte en torno al llamado punto más alto de unidad, (el) Yo

Castillo Vallez, Javier January 2017 (has links)
Informe de Seminario para optar al grado de Licenciado en Filosofía
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Estilo y subjetividad : la multiplicidad de estilos de Nietzsche

Frex Aguirre, Hans January 2016 (has links)
Magíster en artes, mención en teoría e historia del arte / Restringido su acceso a texto completo hasta marzo de 2017, por petición del autor. / Hay una opacidad de la crítica respecto al estilo de Nietzsche, que si bien es unánimemente reconocido nunca ha sido estudiado, especialmente su propia definición de estilo, que tras entregarla señala que él domina una gran pluralidad de estilos. Nuestro objetivo consiste dilucidar las consecuencias que tiene su multiplicidad estilística para la teoría de la subjetividad, que abordamos por medio de una exégesis de la referida definición. Revisamos estratégicamente la fundamentación kantiana de la expresión para sentar lo que sería el intento de una noción trascendental de estilo, lo que nos permite abordar la crítica de Nietzsche a Kant por medio del hilo conductor del cuerpo y responder a través de la teoría de la voluntad de poder a su definición de estilo. En un último momento describimos la operatividad de sus concepciones de libro, autor y sucesión. El principal resultado de la investigación consiste en invertir la noción metafísica de estilo a partir del cual se entiende la multiplicidad estilística como una consecuencia de su perspectivismo, para postular que es el perspectivismo lo que se gesta en el espacio diferencial de su despliegue estilístico, cuyo acogimiento del devenir escinde al autor de la obra, clausurando su reconocimiento.
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Sobre el conocimiento de la existencia de sí mismo en Descartes y su recepción en Kant

Fuentes González, Javier January 2019 (has links)
Tesis para optar al grado de Magíster en Filosofía / El problema abordado en esta tesis corresponde al carácter inferencial del cogito. Este problema surge a partir de las mismas afirmaciones de Descartes, pues pareciera que éstas son contradictorias entre sí en la medida en que se sostendría en algunos pasajes que el cogito es una inferencia, mientras que en otros se sostendría que no lo es. En primer lugar, se examina la propuesta según la cual el cogito no puede ser una inferencia porque la duda tendría un alcance tal que bajo ella caerían incluso las reglas de inferencia, de modo que éstas no podrían emplearse para conocer la propia existencia. A continuación, se considera la afirmación que realiza Descartes en las Segundas respuestas de las Meditaciones según la cual el cogito no es un silogismo porque, si así fuera, contendría la premisa universal todo lo que piensa, existe. Se determina que este pasaje puede ser leído de tal modo que no implique un rechazo del carácter inferencial del cogito, sino solamente del hecho de que éste contenga una premisa universal. Posteriormente, se propone una interpretación inferencial del cogito, pero no se encuentra evidencia textual suficiente como para defender esta posición, ni tampoco como para defender una interpretación inferencial en general. Luego, se reconsidera la comprensión no-inferencial, pero desde otro punto de vista. Es posible concluir que Descartes utiliza el término “deducción” en dos sentidos. Uno de ellos corresponde a la noción contemporánea de deducción válida, mientras que el otro corresponde a la intuición de la conexión necesaria entre dos verdades. A partir de una comprensión no-inferencial del cogito, junto con la distinción de los dos sentidos del término “deducción”, se puede realizar una lectura de los pasajes aparentemente contradictorios que dieron origen al problema aquí abordado de tal modo que estas contradicciones se eliminen. Por último, se presenta un apéndice con la recepción del cogito en Descartes por parte de Kant. En este apéndice se concluye que Kant rechaza que el cogito sea una inferencia. Además, Kant considera la proposición yo pienso desde tres puntos de vista, a saber, como problemática, como empíricamente determinada y como empíricamente indeterminada. Sólo en los dos últimos casos se puede conocer la proposición yo existo, aunque en distintos sentidos, mientras que en el primer caso no es posible.
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Sobre la dicotomía razón/sensibilidad en Kant: el sentimiento de lo bello como fundamento de unidad

Weil Parodi, María Weronika January 2018 (has links)
Tesis para optar al grado de Doctor en Filosofía / La presente investigación aborda la dicotomía razón/sensibilidad en el marco del sistema de la filosofía crítica de Immanuel Kant. En este contexto, estudia la propuesta kantiana de unificar una existencia humana disociada a partir de los argumentos ofrecidos por el filósofo en la Crítica de la facultad de juzgar. El estudio se centra en la fundamentación kantiana de la actividad estética y evalúa las instancias mediadoras que Kant propone en la primera parte de la mencionada obra, esto es, en la crítica de la facultad de juzgar estética y, en especial, en la crítica del gusto. Los argumentos kantianos son complementados con los postulados estético-filosóficos de Friedrich Schiller acerca de la condición dual del ser humano y su propuesta sobre la educación estética del hombre. La investigación concluye que la fundamentación kantiana del juzgar estético revela instancias que permiten postular la unidad del ser racional finito en la experiencia estética. La unidad propuesta se generaría en el orden de la subjetividad, esto es, a partir de la unidad lúdica y libremente armónica de las facultades internas del sujeto tal como lo entiende Kant. Dicha armonía es universalmente comunicable y ocurre con ocasión de formas naturales adecuadas. De este modo, el fundamento de unidad que aporta la experiencia estética se extiende al orden de lo intersubjetivo y a la unidad de los seres humanos con la naturaleza. Schiller incluye las ideas de Kant en sus Cartas sobre la educación estética del hombre y postula que en la experiencia estética el ser humano lograría el salto cualitativo que conduce a la libertad. Con ello, la belleza y el juego reciben el mayor valor concebible. La experiencia estética y lúdica sería una categoría existencial fundamental, un estado de libertad interna necesario para ejercer la libertad externa y lograr una convivencia humana saludable. Sobre la base de estos postulados, la investigación propone continuar esta línea de trabajo estudiando el papel que la educación estética del hombre podría tener en la formación actual de nuestros jóvenes.
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Towards an adequate theory of universalizability

Ring, Marian-Ellen January 1993 (has links)
No description available.
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Antagonismo e inadecuación : la experiencia de lo sublime según Kant

Luna Málaga, Natasha 01 July 2011 (has links)
Suele remarcarse que la Crítica de la facultad de juzgar no ha recibido por parte de los intérpretes la atención que sí han recibido las otras dos Críticas. Sin embargo, es evidente que en los últimos años esto ha ido cambiando notablemente. Ahora bien, nuestra intención no es de ningún modo centrarnos en el interés que esta obra pueda tener, pero sí consideramos útil partir de esa observación para acentuar la propia "marginación" del tema de lo sublime. La Crítica de la facultad de juzgar lleva a cabo el examen de la facultad de juzgar reflexionante, es decir, de aquella facultad que realiza el tránsito entre el dominio de los conceptos de la naturaleza hacia el dominio del concepto de la libertad, entre dominios que fueron tan radicalmente diferenciados por Kant que él mismo señala que entre ellos existe un insondable e inabarcable abismo. Ahora, ese tránsito implica una concordancia entre Naturaleza y Libertad, problemática antes no abordada, para la cual es necesario suponer una conformidad de la naturaleza. Pero ¿por qué hablamos de una "marginación" de lo sublime?
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Arte y desinterés en la "Analítica de lo sublime" de Kant : una revisión del fundamento moral de la estética kantiana

Pérez García, Róger Antonio 26 April 2016 (has links)
La presente tesis se ocupa del problema de la relación entre lo sublime y el arte, particularmente en el contexto posmoderno, desde la estética kantiana. Para ello, se plantea una revisión general de la Crítica de la Facultad de juzgar y las bases sobre las cuales Kant fundamenta su teoría estética. Se argumenta en favor de dos conceptos de estética, a fin de flexibilizar los parámetros de comprensión de lo estético. Además, se indican los objetivos de Kant para con la estética, con el objetivo de comprender los propósitos sistemáticos de su investigación, y explicar, desde allí, el lugar que ocupa cada apartado en la “Crítica de la facultad de juzgar estética”. Llegado este punto, es posible, también, comprender la razón de los reparos de Kant para con la relación entre el arte y lo sublime. Ello nos conduce a hacer una revisión del fundamento moral que sostiene la teoría kantiana de lo sublime y los problemas que este fundamento conlleva para la relación entre arte y sublimidad. Finalmente, proponemos una teoría de lo sublime, en discusión con dos diferentes lecturas de lo sublime kantiano en el arte, desde la lectura de la posmodernidad sostenida por Vattimo en relación con el tópico del nihilismo y la interrogante puesta en la más elevada conformidad a fin propia de la teleología de lo sublime.
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L'héritage kantien en éthique internationale : le paradigme cosmopolitique

Chung, Ryoa January 2001 (has links)
Thèse numérisée par la Direction des bibliothèques de l'Université de Montréal.
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Lectures de la Critique de la faculté de juger à la lumière de la culture et de l'intersubjectivité du goût

Forget-Chiasson, Maude 03 December 2019 (has links)
Ce mémoire propose un commentaire linéaire de la section de la Critique de la faculté de juger consacrée à l’esthétique allant des paragraphes 1 à 60. En guise d’introduction, il s’agira de décrire l’environnement philosophique dans lequel s’insère l’ouvrage, et de cerner la nécessité systémique pour le corpus kantien de poser la question de l’esthétique. Ensuite, une conception du sujet transcendantal sera présentée dont il faut comprendre le fonctionnement pour mesurer la portée des thèses soutenues dans le cadre de la troisième Critique. Ceci étant fait, un commentaire mettra en relation différentes interprétations de l’Analytique du beau et du sublime au terme de quoi sera brièvement présenté le contexte artistique au sein duquel Kant évolua pour finalement étudier les paragraphes ayant trait aux beaux-arts et au génie. Au cours de l’étude de l’Analytique du beau et du sublime, nous nous sommes demandé, qui satisfait véritablement les exigences kantiennes du goût. Le goût est-il véritablement l’affaire de tous ? À michemin entre un anti-sensualisme et un anti rationalisme, le sentiment réfléchissant ou réflexif suppose un sujet conscient de ce qui l’affecte, et capable de se maintenir dans cet état satisfaisant de liberté que nous pouvons qualifier de facultaire ou spirituelle. Mais à l’aune de quoi au juste le sujet de goût évalue-t-il la satisfaction éprouvée ? À l’issue de cette analyse, seront présentées en conclusion quelques pistes interprétatives pouvant orienter la lecture des développements sur les Idées esthétiques.

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