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Amongst shadows and labyrinths : a visual poetics for Samuel Beckett's Ohio Impromptu

Boessio, Ana Lúcia Montano January 2010 (has links)
O objeto de estudo desta tese é a composição pictórica de Ohio Impromptu, de Samuel Beckett. Sendo assim, apresenta uma poética visual como estratégia interdisciplinar de análise da obra, incluindo a sua versão em filme. A partir de sua contextualização histórico-social na pós-modernidade, tendo por base autores como Zygmunt Bauman e David Harvey, juntamente com a definição, delimitação e contextualização das referências artísticas presentes na peça e no filme, é analisado o modo como as escolhas pictóricas feitas pelo autor interferem no conceito de espaço e suas relações com o tempo, assim como o espaço do livro enquanto elemento de conexão entre espaço e tempo em relação ao espectador-leitor, Listener, Reader e autor. O espaço é analisado por dois ângulos: o pictórico, ou seja, de que modo o espaço é trabalhado e tratado na obra de arte contemporânea, especialmente no que se refere à ruptura do espaço do quadro e o derretimento das fronteiras da obra enquanto categoria; o literário, a partir do que Gaston Bachelard propõe como poética do espaço – uma topoanálise da obra enquanto espaço de síntese do imemorial com a memória, um estudo psicológico sistemático dos locais da nossa vida privada. Nesse teatro do passado, que é a nossa memória, às vezes acreditamos nos conhecer no tempo; no entanto, o que realmente conhecemos é apenas uma série de fixações nos espaços de estabilidade de seres que não querem seguir adiante no tempo, que no seu próprio passado, quando vão à procura do tempo perdido, querem suspender a passagem do mesmo. A poética do espaço lida com o espaço da nossa solidão e, ali, espaço é tudo, já que o tempo não anima a memória. As metáforas apresentadas por Gaston Bachelard podem ser facilmente relacionadas com o universo de Ohio Impromptu, não somente porque Listener e Reader estão colocados em uma sala, ao redor de uma mesa, mas principalmente porque o texto está imerso no espaço do devaneio que é, de acordo com o autor, a casa das memórias. Ohio Impromptu é uma casa com sótãos e porões, cantos e corredores cheios de memórias não reveladas, palavras não ditas, sentimentos e faces inesquecíveis – uma síntese perfeita do imemorial com a memória. Através de uma poética visual, somada a uma topoanálise, chegamos à presença velada do autor e sua própria história permeando o espaço da obra, e a um conceito de tempo como antítese do tempo pósmoderno; um tempo que persiste pela repetição, que resiste ao apagamento; o tempo do mito. Através destes procedimentos de análise, chegamos a uma noção de tempo em Beckett enquanto kairos. / The object of study of this dissertation is the pictorial composition of Ohio Impromptu, by Samuel Beckett. Therefore, it presents a visual poetics as an interdisciplinary strategy of analysis of the work, including its film version. From its socialhistorical contextualization within postmodernity, based on authors such as Zygmunt Bauman and David Harvey, altogether with the definition, delimitation and contextualization of the artistic references present in the play and in the film, it is analyzed the way the pictorial choices made by the author interfere in the concept of space and its relations with time, as much as the space of the book as an element of connection between space and time in regard to the reader-spectator, Listener, Reader, and author. The space is analyzed from two perspectives: the pictorial one, that is, the way the space is constructed and treated in contemporary artwork, especially in regard to the rupture of the space of the painting and the melting of the frontiers of the work as category; the literary one, from what Gaston Bachelard proposes as a poetics of the space – a topoanalysis of the work as a space of synthesis of the immemorial with memory, a systematic psychological study of the locals of our private life. In this theater of the past, which is our memory, sometimes we believe to know ourselves in time; instead, what we really know is just a series of fixations in the spaces of stability of human beings who do not want to move on in time, who in their own past, when they go in search of the lost time, want to suspend the passage of time. Space retains the compressed time. The poetics of space deals with the space of our loneliness. Here, space is everything, for time does not animate memory. The metaphors presented by Gaston Bachelard can be easily related to the universe of Ohio Impromptu, not only because Listener and Reader are set in a room, around a table, but especially because the text is immersed in the space of reverie which is, according to the author, the house of memories. Ohio Impromptu is a house of attics and basements, corners and corridors full of unrevealed memories, unspoken words, unforgettable feelings and faces – a perfect synthesis of the immemorial with memory. Through a visual poetics, added to a topoanalysis, we reach the veiled presence of the author and his own story permeating the space of the work, and a concept of time as an antithesis of the postmodern time; a time that persists through repetition, a time that resists erasure; the time of myth. Through these procedures of analysis, we reach a concept of time in Beckett as kairos.
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Crash, romance e filme, expressão máxima da representação do desastre automobilístico em manifestações artísticas

Medeiros, Rosângela Fachel de January 2002 (has links)
Utilizando a teoria do polissistema literário de Itamar Even-Zohar, as concepções psicanalíticas de Sigmund Freud e de Erich Fromm, como também posições defendidas por teóricos tais como Roland Barthes, Christian Metz, Julia Kristeva e pelos líderes do movimento Futurista Italiano, entre outros, o presente trabalho analisa duas obras: Crash, romance de J. G. Ballard e Crash, filme de David Cronenberg. O objetivo não é de contrapôlas. Ao contrário, muitas vezes elas serão tratadas como se fossem partes de uma mesma obra, servindo assim uma para expandir a outra. Em relação ao filme, é destacada a forma como Cronenberg assume a autoria de Crash e como o filme rompe os limites do polissistema cinematográfico. É questão central deste trabalho a representação do desastre automobilístico, bem como dos elementos a ele associados, em Crash, romance e filme, especialmente sua reconstituição, bem como o acidente sendo encarado como uma maneira de concretizar o desejo de cometer suicídio e as conseqüências no corpo humano causadas por esse tipo de evento. Para expandir essa análise, aborda-se ainda a maneira como esse repertório é apresentado em outras formas de manifestação artística, fato do qual resulta um diálogo entre cada uma delas e Crash. / Making use of Itamar Even-Zohar’s theory of the literary polysystem, the psychoanalytical ideas expressed by Sigmund Freud and Erich Fromm, as well as point of view expressed by theorists such as Roland Barthes, Christian Metz, and Julia Kristeva, and the leaders of the Italian Futurist movement, among others, this thesis has as its basic aim to analyse two works: Crash, a novel by J. G. Ballard, and Crash, the film by David Cronenberg. The intention here is not to oppose them. On the contrary, in many cases they are to be considered as if they were parts of the same work, each one contributing to expand the other. Concerning the film, special attention is paid to the way Cronenberg takes hold of the authorship of Crash and how the movie breaks through the limits of the cinematographic polysystem. The focus of this thesis is centred upon the representation of automobile disasters as well related elements in Crash, novel and film, especially their reproduction, as well as the accident regarded as a means to commit suicide, and the consequences upon the human body caused by the violence of such events. In order to expand this analysis, the presence of the automobile accident in other forms of artistic expression is examined, a fact which will lead to a dialogue between each one of them and Crash.
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"The tree that bears a million of blossoms" : a revaluation of George Eliot's Romola

Donada, Jaqueline Bohn January 2012 (has links)
Ao refletir sobre o seu próprio romance anos depois de tê-lo escrito, George Eliot disse a respeito de Romola que foi esse o romance que ela escreveu com seu melhor sangue, indicando assim uma predileção por esse livro. Uma análise de sua fortuna crítica, ainda que superficial, revela que Romola é o menos conhecido entre os seus romances. Ao passo que alguns poucos críticos contemporâneos, como Henry James e Robert Browning, por exemplo, publicaram elogios entusiasmados, o tom geral das opiniões contemporâneas sobre a obra é de decepção. O motivo mais comumente apresentado para isso é que o quarto romance de Eliot se desvincula da realidade que a autora muito bem conhecia e, por isso, falha ao tentar representar verdadeiramente o estado de espírito de Florença e dos florentinos ao final do século quinze. O resultado de tal fracasso seria a produção de um romance construído a partir de esforço intelectual e não de imaginação poética, com uma fuga desnecessária ao passado e a um cenário estrangeiro que teria produzido personagens e eventos improváveis. O conflito entre a apreciação de Eliot sobre sua própria obra e a opinião geralmente expressa em sua fortuna crítica é notável e prove a motivação inicial do presente trabalho. Ao resumir o foco central da crítica de Romola, a professora Felicia Bonaparte diz que George Eliot jamais desapontou seus leitores tanto quanto o fez em Romola. O objetivo deste trabalho é investigar o que considero ser os principais motivos para tal desapontamento: que, em Romola, mais especificamente do que em seus outros romances, George Eliot estava experimentando com a forma do romance e alargando os seus limites para acomodar convenções formais e efeitos estéticos que, até então, eram entendidos como pertencentes, quase que exclusivamente, a outros gêneros literários que não o romance. O efeito imediato desse experimento é uma reconfiguração do realismo e da interação entre os gêneros literários que pareceu aos contemporâneos uma junção descriteriosa de elementos soltos. Em Romola, observa-se a escritura de George Eliot progredindo para um tipo mais moderno de romance. O presente trabalho terá atingido seus objetivos se argumentar coerentemente que, ao invés de uma mistura aleatória de convenções, Romola é um precursor do romance modernista. O trabalho seminal de Georg Lukács na Teoria do Romance ilumina o potencial de Romola em conter boa parte dos gêneros literários dentro de si e a coleção O Romance, de Franco Moretti, fornece à presente reflexão um valioso suporte crítico e teórico em pontos nos quais se percebe lacunas deixadas pela obra de Lukács. O trabalho de Felicia Bonaparte sobre George Eliot e os estudos de George Levine sobre realismo embasam a reflexão sobre a literatura inglesa do século dezenove que se desenvolve aqui. / Looking back on her own novel several years after its composition, George Eliot said of Romola that it had been the novel she had written with her best blood, thus indicating a predilection for it among her other books. A survey of her critical fortune, even if a quick one, reveals that Romola is the least popular of her novels. Whereas a few contemporary critics, such as Henry James and Robert Browning, have published enthusiastic reviews, the general tone of these opinions is of disappointment. The most common reason presented is that George Eliot’s fourth novel departs too much from the reality the author knew so well and fails to represent truthfully the zeitgeist of Florence and Florentine people at the close of the fifteenth century. The result of such failure would be a novel constructed out of intellectual effort rather than poetic imagination, with an unnecessary flight to the past and foreign setting which produced improbable events and characters. The clash between George Eliot’s appraisal of her book and the general opinion expressed in its critical fortune is noteworthy and provides the initial motivation of this thesis. Summarising the bulk of criticism about Romola, professor Felicia Bonaparte states that George Eliot never disappointed her readers as much as she did with Romola. The goal of this work is to investigate what I consider to be the main reason for this disappointment: that in Romola, more explicitly than in her other novels, George Eliot was experimenting with the form of the novel and stretching its limits to accommodate formal conventions and aesthetic effects until then generally thought to belong almost exclusively to other genres. The immediate effect of this experiment is a reconfiguration of realism and of the interplay between literary genres which looked like an unselective assortment of loose elements. In Romola, we see George Eliot’s writing progressing towards a more modern kind of novel. This work will have been successful if it can coherently argue that, rather than a random mixture of conventions Romola is a harbinger of the modernist novel. The seminal work of Georg Lukács in The Theory of the Novel sheds some light on the potential of Romola for containing most genres within it and Franco Moretti’s collection The Novel provides valuable critical and theoretical support for this thesis at points in which blanks are left by Lukács’s book. Felicia Bonaparte’s work on George Eliot and George Levine’s studies on realism contribute valuably to the interpretation of English nineteenthcentury that unfolds in the present work.
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The many journeys in Jane Austen's Persuasion : social, geographical and emotional crossings

Simionato, Deborah Mondadori January 2016 (has links)
Com apenas seis romances completos, Jane Austen foi capaz de pintar um retrato ímpar da sociedade rural da Inglaterra do final do século dezoito e início do século dezenove. Através da obra de Austen, o leitor é transportado para duzentos anos atrás, entra em contato com os desafios e problemas enfrentados pelas personagens, aproximando-se assim da vida dos ingleses daquele período. O conhecimento minucioso que Austen possuía daquilo que a cercava e a forma como foi capaz de inserir esse mundo em seus escritos são o motor desta tese de Mestrado, que propõe uma leitura de Persuasão (1817), o último romance completo escrito por Jane Austen, com foco nas jornadas geográficas, sociais e psicológicas apresentadas; e explorando tais jornadas com o objetivo de melhor compreender a obra de Austen. O trabalho vem dividido em quatro capítulos. O primeiro traz um panorama da vida da Austen e das circunstâncias políticas e econômicas da Inglaterra em que ela viveu. Os três capítulos seguintes analisam Persuasão: o capítulo dois discute as principais jornadas sociais apresentadas no romance, com atenção especial ao declínio da aristocracia em contraste com a ascensão do homem empreendedor que “se fez” por conta própria, representados aqui por Sir Walter Elliot e pelo Capitão Frederick Wentworth, respectivamente. O capítulo três viaja com os personagens pela Inglaterra e explora os lugares que eles visitam, priorizando os dois locais mais proeminentes para a história visitados por eles, a cidade costal de Lyme Regis, e a cidade turística de Bath, investigando – com a ajuda de acadêmicos especialistas em Austen como Maggie Lane e John Whiltshire – o impacto desses locais nas personagens e no modo como influenciam seus movimentos. O capítulo quatro analisa as jornadas pessoais das personagens, com atenção especial para as mudanças de espírito e humor em Anne Elliot, através do texto “Luto e Melancolia” de Sigmund Freud, objetivando compreender o que acontece com a personagem, e como ela supera o luto, recupera sua vivacidade e encontra seu caminho. Ao final deste trabalho, espero que as considerações aqui apresentadas possam contribuir, através do uso dessas “lentes de viagem”, para o conjunto de análises críticas sobre Persuasão, pois jornadas são mais do que apenas movimentos físicos de um local a outro: elas podem ter efeitos profundos e permanentes. / With only six complete novels, Jane Austen was able to paint a unique portrait of the genteel society of England in the late eighteenth and early nineteenth centuries. Through Austen’s works, the twenty-first century reader is transported two hundred years back in time, gets in touch with the trials and tribulations of her characters, and gains an insight into the lives of English people during that time. Austen’s thorough knowledge of her surroundings, and how she expertly inserted them into her writings, are the motors of this thesis. This Master’s Degree Thesis proposes a reading of Persuasion (1817), the last complete novel written by Jane Austen, considering the geographical, social and psychological journeys presented, exploring said journeys in order to better comprehend Austen’s final novel. This thesis is divided into four chapters. The first contextualizes Austen’s life and the social and political circumstances of the England she knew. The three ensuing chapters analyse Persuasion: chapter two discusses the main social journeys found in the novel, with special attention to the decline of the aristocracy and the rise of the self-made-man, here represented by Sir Walter Elliot and Captain Wentworth, respectively. Chapter three travels with the characters around England and surveys the places they visit, with focus in the two most prominent locations in the novels, the seaside town of Lyme Regis, and the watering resort of Bath, exploring – with the help of Austen scholars such as Maggie Lane and John Wiltshire – the impact of those places on the characters, their relationships with said places and how they face their movements. Lastly, chapter four delves into the main characters’ personal journeys, focusing on Anne’s shifting states-of-mind, utilising Sigmund Freud’s text “Mourning and Melancholy” to understand what happens to her, how she overcomes her mourning, regains her bloom and finds her way back to Wentworth. At the end of the work, I hope to shed light on the importance of the “travel goggles” when it comes to analysing literary texts, Persuasion in particular, as I believe that journeys are more than just trips undertaken to get from one place to the other physically: they can have deeper and ever-lasting effects.
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Intertextuality in Neil Gaiman's American Gods

Amaral, Tiago Kern do January 2016 (has links)
A presente dissertação consiste em um estudo do romance Deuses americanos de Neil Gaiman levando em consideração suas conexões a outros textos bem como inserções de diversos textos provenientes de outros trabalhos na prosa do romance. A proposta de leitura do texto de Gaiman segundo este trabalho utiliza os conceitos de intertextualidade e arquétipos de forma a analisar a relação entre a trama de Deuses americanos às várias utilizações de textos cuja escrita “original” não é atribuída ao autor do livro inseridos (ou referenciados) na prosa do romance. Embora o objeto de estudo seja comumente visto como um livro difícil de ser categorizado dentre de um certo gênero, a proposta desta dissertação é demonstrar que o movimento e o fluxo contínuo de discursos (textos) e estilos na prosa do romance remonta a uma visão de um estrangeiro sobre os Estados Unidos e como o país foi criado: ou seja, que ele é não somente um ponto geográfico de confluência de muitos povos, mas também de muitas crenças e culturas que, de um modo ou outro, trouxeram os seus deuses consigo. A análise do uso de intertextos, intratextos e arquétipos no romance está estruturada em três capítulos centrais: o primeiro contextualiza os mitos que aparecem no romance e discute a questão de gênero literário do livro, além do conceito de América no texto de Gaiman. O segundo capítulo examina o uso de mitos por Gaiman em relação a outros trabalhos, tanto os manuscritos antigos de crenças pagãs quanto instâncias mais modernas de mito e alegoria, além de estudar as conexões entre Deuses americanos e outros textos escritos por Gaiman de acordo com o conceito de intratextualidade proposto por Affonso de Sant’Anna. Por fim, o terceiro capítulo se concentra no uso pontual de intertextos no romance, organizando-os entre alusões literárias, referências à cultura pop, além de estudar o conflito entre a era digital e o antigo reinado da fé religiosa, sem deixar de investigar o uso de arquétipos e apropriação na prosa do romance. O trabalho, assim, tem como objetivo verificar a alegação de que a qualidade intertextual do romance é essencial tendo em vista sua trama e cenário, bem como a afirmação de que ele redefine o conceito da América do final dos anos 90 como um espaço multicultural, dinâmico e mítico. / This thesis consists of a study of Neil Gaiman’s American Gods in the light of its connections to other texts as well as the punctual insertions of various texts from other works in the novel’s prose. The proposed reading of Gaiman’s text employs the concepts of intertextuality and archetypes in order to further analyze the relation of the plot of American Gods to the various uses of texts - that were not originally written by the book’s author – which are inserted (or alluded to) in the novel’s prose. Although the object of study is generally seen as a book that is hard to brand within a certain genre, this thesis’ approach to the novel demonstrates that movement and the continuous flow of speeches (texts) and styles in the novel’s prose comprises an outsider’s view of America and how the country came into existence – that is, that it is the geographical conflux not only of many peoples, but also of many beliefs and cultures, which in some way or other brought their gods with them. This examination of the use of intertexts, intratexts and archetypes in the novel is structured in three main chapters: The first chapter contextualizes the myths that appear in the novel and discusses the issues of genre and the concept of America in Gaiman’s text. The second chapter analyzes Gaiman’s use of myths in relation to other works – the original manuscripts of ancient beliefs as well as modern instances of myth and allegory – along with the connections between American Gods and Gaiman’s other works according to Affonso de Sant’Anna’s concept of intratextuality. Finally, the third chapter focuses on the punctual uses of intertexts in the novel, breaking them down into literary allusions, references to pop culture and the conflict between the digital era and the age of religious faith, and the use of archetypes and appropriation in the novel’s prose. At the end of the work, I aim to assert my belief that the intertextual nature of the novel is essential to its plot and setting, and re-defines the concept of late-90’s/early 2000’s America as a multicultural, dynamic mythical space.
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A long way down to redemption : Nick Hornby's four sides to the same story

Pinto, Helena Leite January 2014 (has links)
Este trabalho apresenta uma análise dos narradores homodiegéticos e de suas respectivas focalizações na obra A Long Way Down, de Nick Hornby, publicada em 2005, com o intuito de estimular os estudos sobre este autor no Brasil e de elucidar discussões aprofundadas sobre a narrativa deste escritor. Primeiro, apresentamos brevemente sua biografia e informações relevantes sobre a obra em análise. Em seguida, apresentamos os conceitos de narrador, bem como discutimos a ideia de sujeito de focalização e de objeto de focalização, valendo-nos de autores como Gerard Genette, Mieke Bal e Shlomith Rimmon-Kenan, para embasar a análise deste estudo. A terceira parte deste estudo consiste na análise dos quatro narradores homodiegéticos de A Long Way Down. Esta análise consiste principalmente em explorar os discursos narrativos desses quatro narradores – respectivamente Martin, Maureen, Jess e JJ – e explorar como cada um articula-se como focalizador ou objeto de focalização dentro da narrativa. Através das palavras desses múltiplos narradores a história se desenrola, bem como todo humor e dramaticidade é criado a partir de tal mecanismo. As quatro personagens, que se conhecem em uma tentativa frustrada de suicídio, compartilham ao longo da narrativa diversas experiências e criam um vínculo afetivo que lhes possibilita sobreviver e, consequentemente, contar essa história retrospectivamente. No final, refletimos acerca das últimas considerações apresentadas pelos narradores, discutindo de que forma cada um deles encontrou sua própria redenção e resolveu seus problemas com a vida, ainda que temporariamente. Este estudo destaca a importância de explorar a narrativa de Nick Hornby em termos acadêmicos, bem como salienta a relevância de A Long Way Down em sua obra. / This work presents an analysis of the homodiegetic narrators and their respective focalizations in Nick Hornby’s A Long Way Down, published in 2005, aiming at stimulating further investigation on this author in Brazil and at elucidating deeper discussions regarding this writer’s narrative. First, we briefly present his biography and relevant information about the book under analysis. Then, we present the concepts of narrator, and we discuss the idea of subject of focalization and object of focalization, based on the studies of scholars such as Gerard Genette, Mieke Bal and Shlomith Rimmon-Kenan. The third part of this study is the analysis of the four homodiegetic narrators in A Long Way Down. This analysis mainly consists in exploring the speech patterns of these four narrators - respectively Martin, Maureen, Jess and JJ - and investigating how each one of them works as both the focalizer and object of focalization. Through the words of these multiple narrators the story unfolds, as well as all humor and drama is created from such a mechanism. The four characters, who meet in an unsuccessful suicide attempt, share along the narrative different experiences and end up creating an emotional bond that allows them to survive and, hence, tell this story retrospectively. Finally, we reflect on the latest considerations presented by these narrators, discussing how they find their own way to redemption and solve their problems with life, even if temporarily. This study highlights the importance of exploring the narrative of Nick Hornby in academic terms, and emphasizes the relevance of A Long Way Down in his oeuvre.
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Amongst shadows and labyrinths : a visual poetics for Samuel Beckett's Ohio Impromptu

Boessio, Ana Lúcia Montano January 2010 (has links)
O objeto de estudo desta tese é a composição pictórica de Ohio Impromptu, de Samuel Beckett. Sendo assim, apresenta uma poética visual como estratégia interdisciplinar de análise da obra, incluindo a sua versão em filme. A partir de sua contextualização histórico-social na pós-modernidade, tendo por base autores como Zygmunt Bauman e David Harvey, juntamente com a definição, delimitação e contextualização das referências artísticas presentes na peça e no filme, é analisado o modo como as escolhas pictóricas feitas pelo autor interferem no conceito de espaço e suas relações com o tempo, assim como o espaço do livro enquanto elemento de conexão entre espaço e tempo em relação ao espectador-leitor, Listener, Reader e autor. O espaço é analisado por dois ângulos: o pictórico, ou seja, de que modo o espaço é trabalhado e tratado na obra de arte contemporânea, especialmente no que se refere à ruptura do espaço do quadro e o derretimento das fronteiras da obra enquanto categoria; o literário, a partir do que Gaston Bachelard propõe como poética do espaço – uma topoanálise da obra enquanto espaço de síntese do imemorial com a memória, um estudo psicológico sistemático dos locais da nossa vida privada. Nesse teatro do passado, que é a nossa memória, às vezes acreditamos nos conhecer no tempo; no entanto, o que realmente conhecemos é apenas uma série de fixações nos espaços de estabilidade de seres que não querem seguir adiante no tempo, que no seu próprio passado, quando vão à procura do tempo perdido, querem suspender a passagem do mesmo. A poética do espaço lida com o espaço da nossa solidão e, ali, espaço é tudo, já que o tempo não anima a memória. As metáforas apresentadas por Gaston Bachelard podem ser facilmente relacionadas com o universo de Ohio Impromptu, não somente porque Listener e Reader estão colocados em uma sala, ao redor de uma mesa, mas principalmente porque o texto está imerso no espaço do devaneio que é, de acordo com o autor, a casa das memórias. Ohio Impromptu é uma casa com sótãos e porões, cantos e corredores cheios de memórias não reveladas, palavras não ditas, sentimentos e faces inesquecíveis – uma síntese perfeita do imemorial com a memória. Através de uma poética visual, somada a uma topoanálise, chegamos à presença velada do autor e sua própria história permeando o espaço da obra, e a um conceito de tempo como antítese do tempo pósmoderno; um tempo que persiste pela repetição, que resiste ao apagamento; o tempo do mito. Através destes procedimentos de análise, chegamos a uma noção de tempo em Beckett enquanto kairos. / The object of study of this dissertation is the pictorial composition of Ohio Impromptu, by Samuel Beckett. Therefore, it presents a visual poetics as an interdisciplinary strategy of analysis of the work, including its film version. From its socialhistorical contextualization within postmodernity, based on authors such as Zygmunt Bauman and David Harvey, altogether with the definition, delimitation and contextualization of the artistic references present in the play and in the film, it is analyzed the way the pictorial choices made by the author interfere in the concept of space and its relations with time, as much as the space of the book as an element of connection between space and time in regard to the reader-spectator, Listener, Reader, and author. The space is analyzed from two perspectives: the pictorial one, that is, the way the space is constructed and treated in contemporary artwork, especially in regard to the rupture of the space of the painting and the melting of the frontiers of the work as category; the literary one, from what Gaston Bachelard proposes as a poetics of the space – a topoanalysis of the work as a space of synthesis of the immemorial with memory, a systematic psychological study of the locals of our private life. In this theater of the past, which is our memory, sometimes we believe to know ourselves in time; instead, what we really know is just a series of fixations in the spaces of stability of human beings who do not want to move on in time, who in their own past, when they go in search of the lost time, want to suspend the passage of time. Space retains the compressed time. The poetics of space deals with the space of our loneliness. Here, space is everything, for time does not animate memory. The metaphors presented by Gaston Bachelard can be easily related to the universe of Ohio Impromptu, not only because Listener and Reader are set in a room, around a table, but especially because the text is immersed in the space of reverie which is, according to the author, the house of memories. Ohio Impromptu is a house of attics and basements, corners and corridors full of unrevealed memories, unspoken words, unforgettable feelings and faces – a perfect synthesis of the immemorial with memory. Through a visual poetics, added to a topoanalysis, we reach the veiled presence of the author and his own story permeating the space of the work, and a concept of time as an antithesis of the postmodern time; a time that persists through repetition, a time that resists erasure; the time of myth. Through these procedures of analysis, we reach a concept of time in Beckett as kairos.
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Sparkianas texto adentro: narrativa e relações humanas nos contos de Muriel Spark (1918-2006)

Ask, Celia Cristina de Azevedo [UNESP] 22 November 2012 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:32:48Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2012-11-22Bitstream added on 2014-06-13T18:44:14Z : No. of bitstreams: 1 ask_cca_dr_assis.pdf: 1033732 bytes, checksum: 63cf4cc3313aa02c9d461c59cd883799 (MD5) / Secretaria de Estado de Educação de São Paulo / Este trabalho tem por objetivo realizar uma leitura dos contos da autora escocesa Muriel Spark, nos quais a importância das práticas narrarativas se manifesta como a característica mais evidente: a estrutura narrativa e as construções significativas agem em favor da expressão de um modo de estar no mundo e, mais regularmente, representam também o grande desafio que a leitura poderá abrigar ao tratar das personagens, em especial as femininas. No entanto, é necessária a identificação das referências que constituem os mundos ficcionais, geralmente atreladas à realidade e à proposição de novas formas de inteligibilidade. Em geral, estas formas estão implícitas no texto e cabe às leitoras e aos leitores acessá-las; para que isto ocorra, devemos reconhecer que estrutura narrativa e caracterização de personagens encontram-se intrinsecamente relacionadas. Por meio dos contos sparkianos, é possível ter uma ampla visão da obra da autora e, ao mesmo tempo, das práticas e experiências das mulheres historicamente situadas. Assim, a tese que defendemos é a de que os contos de Muriel Spark, com base nas construções significativas presentes no texto, permitem um diálogo entre o texto e a realidade sob o enfoque da personagem feminina. Servindo-se das referências adequadas, a leitura dos contos sparkianos pode contribuir para a compreensão das formas de interação das mulheres em seu próprio grupo e com o grupo dos homens / This study aims to perform a reading of the short stories of Scottish author Muriel Spark, in which the importance of the narrative practices manifests itself as their most evident feature: the narrative structure and the building of significances may favor the expression of a mode of being in the world and, more regularly, they also represent the great challenge that reading can accommodate concerning the characters, especially the female ones. However, it is necessary to identify the references that constitute the fictional worlds, usually tied to reality and proposing new forms of intelligibility. In general, these forms are implicit in the text and it is a readers’ task to access them; for this to occur, we must recognize that narrative structure and characterization are intrinsically linked. Through the sparkian characters it is possible to get a broad overview of the work of the author and, at the same time, the practices and experiences of women historically situated. Thus, the thesis we defend is that the stories written by Muriel Spark, based on significant buildings in the text, enable a dialogue between text and reality from the perspective of female characters. With the appropriate references, the reading of those sparkian short stories can contribute to the understanding of the ways by which women interact within their own group and with the male group
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Kew Gardens, de Virginia Woolf

Scaramuzza Filho, Mauro 04 November 2009 (has links)
No description available.
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Vida e morte em diálogo com a voz narrativa, o tempo e o espaço em Mrs. Dalloway, To The Lighthouse e Between the Acts de Virginia Woolf

Attie, Juliana Pimenta [UNESP] 19 December 2015 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-05-14T16:53:27Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2015-12-19Bitstream added on 2015-05-14T16:58:48Z : No. of bitstreams: 1 000822830.pdf: 601297 bytes, checksum: 638a950b8f38119eb61b4cc933a4759c (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / O objetivo desta tese é apresentar o diálogo entre vida e morte como estruturador dos romances Mrs. Dalloway, To the Lighthouse e Between the Acts de Virginia Woolf. Tal exposição será feita a partir do estudo da voz narrativa, tempo e espaço, destacando a participação da intertextualidade na configuração das instâncias, e terá como foco as guerras e seus desdobramentos, que estão presentes nas três referidas obras - e quiçá em praticamente toda a produção woolfiana. Respectivamente, os romances abrangem o pós-Primeira Guerra; um período de dez anos, no qual ocorre o conflito; e, por fim, o momento de eminência da Segunda Guerra Mundial. As análises serão empreendidas pelo viés psicanalítico, compreendendo, especialmente, as teorias freudianas sobre as pulsões, a memória, o luto e o trauma, além dos trabalhos de estudiosos que realizaram releituras do legado do psicanalista. Assim, nesta pesquisa, o foco é investigar como o conflito entre Eros e Thanatos, pulsão de vida e pulsão de morte, mostra-se nas narrativas de diversas maneiras, atuando constantemente e em conjunto nas existências das personagens, cujas feridas de guerra se revelam no texto por meio de lembranças e do não dito, isto é, daquilo que, por algum motivo, habita o inconsciente / The aim of this Dissertation is to present the dialogue between life and death as a structuring resource of Virginia Woolf's novels Mrs. Dalloway, To the Lighthouse and Between the Acts. This exposition will be made through the study of the narrative voice, of time and of space, emphasising the role of intertextuality in the configuration of the narrative instances. The focus is on the war and its unfoldings, present in the three works - and perhaps in almost all Woolf's production. Respectively, the novels comprehend the aftermath of the First World War; the period of ten years within which the conflict happens; and, at last, the eminence of the Second World War. The analysis will be developed under the psychoanalitical bias, comprising, especially, the Freudian theories about the drives, memory, mourning and the trauma, besides the rereadings of the psychoanalist's legacy. Thus, in this research, the focus is to investigate how the conflict between Eros e Thanatos, life drive and death drive, unveils itself through the narrative in several ways. The drives act constantly and jointly in the life of the characters, whose war injuries appear on the text by means of remembrances and of what is not stated, that is, of elements which inhabit the unconscious

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