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Estética do humor no conto O Kágado de Almada NegreirosSaraiva, Maria Teresa Lopes Coelho de Macarenhas January 2010 (has links)
Inserido num contexto vanguardista, da autoria de um assumido futurista, Almada Negreiros, o conto O Kágado, de 1921, revela-se um texto produtor de um sorriso de comprazimento junto do leitor, sem que, no entanto, tal reacção se deva a um mero sentimento de alegria. Na verdade, o seu efeito de diversão está longe de ser inofensivo, relacionado com um simples contentamento, tratando-se sobretudo de uma sistemática operação de crítica intencional, agressiva e ácida, dirigida ao alvo concreto anunciado na dedicatória: "(Aos portugueses, meus compatriotas)". Por essa razão, o ponto de vista adoptado no presente trabalho é o da percepção estética -plano onde os processos literários geradores desse efeito são globalmente sintetizados como experiência da leitura -, visando descrever as principais coordenadas do efeito sorriso que, fundado numa lógica satírico-alegórica, não deixa de se emedar na teia de ironias que suporta o peso crescente de um humor corrosivo
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Todas as manhãs da arte : reflexões sobre a criação artística, a partir das ficções biográficas gémeos, de Mário Cláudio, e Tous les Matins du Monde, de Pascal QuignardQuental, Sónia Cristina Pereira, Mendes, Ana Paula Coutinho January 2009 (has links)
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O itinerário simbólico em a Bolsa Amarela de Lygia Bojunga : Fantasiar para incluirCristófano, Sirlene de Lima Corrêa, Carneiro, Maria do Nascimento Oliveira January 2009 (has links)
Esta pesquisa pretende abordar algumas questões que se prendem com a literatura infantil, no que ela tem de atraente e sugestivo, mas também mostrar que ela é susceptível de promover a inclusão social. Defacto, este tipo de literatura desperta a possibilida de no jovem leitor de fantasiar, actividade que lhe poderá permitir melhorar as suas potencialidades de inclusão social e afectiva, dada adiversidade de arquétipos e de símbolos que compõem este tipo de narrativa. Ela abre espaços par ao desenvolvimento e para a reflexão e dá “voz” às crianças socialmente excluídas. Este trabalho propõe - se investigar o modo como a literatura infanto-juvenil interfere no desenvolvimento do pensamento e da linguagem de seus leitores, particularmente a partir da interacção destes, com a obra de Lygia Bojunga Nunes. Nesta autora existe uma preocupação evidente com o crescimento e amadurecimento da criança já que questiona os modelos impostos, valoriza o indivíduo com as suas diferenças, possibilita o reconhecimento de si próprio, permite que estes e observa tal qual é, ou seja permite-lhe constituir-se para além das aparências. Estes aspectos tornam proveitosa a leitura destas obras literárias pois permitem ao jovem leitor descobrir-se e, ao mesmo tempo, descobrir o outro. A facilidade de Lygia Bojunga em dialogar directamente com o imaginário infantil torna-se evidente. Além do mais, ela respeita a perspectiva do leitor, estimula interessese, deste modo, a leitura age como trampolim para o autoconhecimento, de modo impulsionadora para um amadurecimento intelectual, ajudando ao desenvolvimento e à evolução psíquica da criança.
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Memória e ficção em L'Africain e em Ritournelle de la faim de J.-M. G. Le ClézioMaia, Maria Fernanda Costa Moreira de Oliveira January 2010 (has links)
L‟Africain e Ritournelle de la faim são as duas últimas obras publicadas por J.M.G. Le Clézio. Ambas convocam a memória de um passado, ambas trazem recordações de vivências ligadas ao par parental, ambas gritam contra o esquecimento de factos históricos que não podem ficar apagados no pó do tempo. Mas este grito não tem nada de panfletário ou sequer político. A escrita permite um auto-conhecimento e um dar a conhecer-se que não esgota a vontade de contrariar a efemeridade da vida. O autor, ao revelar o percurso de Ethel em Ritournelle de la faim, ecoando e ficcionando a heroicidade da vida da mãe, serve-se da voz de um narrador que vai deixando transparecer a sua visão do mundo. O mesmo sucedendo com o narrador subjectivo que encontramos em L‟Africain. Aqui, o filho/narrador/ biógrafo traça o retrato não só do médico que viveu em África, grande parte da sua vida, como expõe a sua quota-parte de africaneidade herdada. A ficção em Le Clézio associou-se muitas vezes a uma ideia de regresso às origens. Nesta duas obras, mais do nunca, esse voltar-se para as suas raízes resulta evidente. Em L‟Africain procura perceber o pai que teve e as suas atitudes, bem como as marcas que deixou nele filho/ narrador. A figura da mãe é mais apagada em L‟Africain mas sobressai como figura feminina excepcional em Ritournelle de la faim. Quanto à definição geneológica, L‟Africain situa-se na fronteira entre a biografia, a autobiografia e mantém ainda alguns pontos de contacto com a autoficção. Ritournelle de la faim é indubitavelmente uma ficção, contudo o contexto histórico está recheado de elementos retirados da realidade e a protagonista reflecte traços biográficos da mãe do autor. (...)
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O braço mirradoQuintelas, Dalila Cabral January 2010 (has links)
Thomas Hardy foi o autor escolhido para ser traduzido no âmbito desta tese. Dentro da sua extensa obra escolhemos o conto “The Withered Arm”, para o qual sugerimos o título “O Braço Mirrado” como sendo a melhor tradução do original. Na sequência da tradução foi feito um trabalho de investigação que procura mostrar qual a imagem do autor em Portugal. Dado que grande parte da sua obra romanesca está traduzida para português, procuramos encontrar na imprensa portuguesa ecos do autor e da sua obra e definir qual a recepção de Thomas Hardy em Portugal. Aquilo que conseguimos encontrar demonstra que o autor não foi esquecido, porém também não teve o destaque que outros autores britânicos lograram ter.
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Nathalie Granger, Le Camion, L'Homme Atlantique : três filmes durasiano para abordar a escrita branca, a imagem negra e a não voz da vozNeves, Matilde Ferreira January 2011 (has links)
Num mesmo sopro de escrita, Marguerite Duras fez livros e filmes, e fez filmes-livros. Pela análise e confronto de três obras – Nathalie Granger, Le camion e L’homme atlantique, explora-se essa matéria em fusão constante, morfologicamente em movimento, que pretende escapar a limites e fronteiras (alargando o espaço literário e cinematográfico). Uma matéria que cabe ao espectador-leitor-ouvinte moldar. Questionamento e problematização do mundo pelo olhar e pelo pensamento, a obra desta autora-realizadora transforma a escrita e a sala de cinema numa experiência decisiva e eminentemente política. Procura-se descrever, a partir das obras analisadas, esta poética-potência.
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Die Alpen im Buch : Ausblicke auf eine topographie in der gegenwartsliteratur der deutschsprachigen schweiz : 1970-2000Munz, Susanne January 2001 (has links)
Nesta tese, pretende-se analisar a representação dos Alpes em textos literários contemporâneos da Suiça de língua alemã. Depois de uma retrospectiva histórico-cultural sobre a descoberta dos Alpes como tema literário, interpreta a partir de narrativas escolhidas qual a imagem dos Alpes que revelam. Torna-se evidente que os Alpes não desempenham apenas um papel enquanto realidade topográfica, com a sua cultura e mitologia específicas, mas enquanto são tomados como argumento de outros discursos nomeadamente políticos, históricos e ecológicos.
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Amin Maalouf : a literatura como mediação entre Oriente e OcidenteDias, Maria José Carneiro, Mendes, Ana Paula Coutinho January 2009 (has links)
Preocupado com as fricções do mundo contemporâneo que, motivadas por essencialismos segregacionistas, esfacelam comunidades e fazem perigar a paz e o equilíbrio mundiais, Amin Maalouf, autor libanês radicado em França, tem vindo a assumir-se como um construtor de pontes de entendimento entre os mundos árabe e ocidental. A sua condição de escritor desterritorializado, fronteiriço e minoritário, educado na confluência da cultura árabe e ocidental, legitima o seu estatuto de mediador empenhado, que se tem vindo a distribuir sobretudo pelo terreno da ficção e o de ensaio. O presente trabalho observa a forma como, na generalidade da sua ficção, centrada no Médio Oriente, Literatura e História se aliam na configuração de quadros históricos de convivência, através de uma mitificação positiva da História e de estratégias de reconfiguração identitária.
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A pulverização das dicotomias em Myra, de Maria Velho da CostaFloquet, Daniel Damasceno January 2010 (has links)
O conceito de dicotomia assume papel primordial na produção do significado, pois o modo como a mente humana percebe o mundo estrutura-se sobre dualismos, como luz e sombra, corpo e alma, sensível e inteligível, humano e animal, masculino e feminino. Este não é, contudo, um gesto inocente: o processo de divisão dicotómica traz consigo conflitos de poder e exclusão, pois uma de suas faces tende a reprimir e controlar a outra. O presente estudo tem como objectivo investigar o modo como o romance Myra (2008), da autora portuguesa Maria Velho da Costa, aborda o tema. Tendo em vista a considerável atenção que este tema tem recebido no cmapo dos estudos filosóficos, este foi incorporado aos instrumentos teóricos utilizados para análise, em particular as obras De la Grammatologie (1967) e Position (1972), de Jacques Derrida; L'Archéologie du Savoir (1969), L'ordre du discours (1971) e surveiller et Punir (1975), de Michel Foucault; The Human Condition (1958), de HannaH Arendt. No campo dos estudos literários, destaca-se a obra A Poetics of Postmodernism (1988), de Linda Hutcheon, assim como a fortuna crítica da obra de Maria Velho da Costa. A pesquisa constatou que o romance Myra põe em causa não apenas as relações de poder associadas às dicotomias, mas igualmente o aspecto redutor de suas divisões.
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O circo eterno : grotesco e expressionismo em A morte do palhaço e o mistério da árvore de Raul BrandãoSilva, Maria Inês Castro e January 2011 (has links)
A obra A Morte do Palhaço e o Mistério da Árvore (1926), da autoria de Raul Brandão, estrutura-se a partir de diversos traços expressionistas, com destaque para a figura do Palhaço. Motivo recorrente da estética expressionista, o Palhaço manifesta de forma singular a deformação grotesca que constitui um dos traços mais elementares do Expressionismo. Aliando o tópico da mascara à deformidade, é possível aproximar o grotesco da condição humana, reposicionando assim o lugar não-humano histórica mente reservado para esta categoria estética. A angustia e a morte, fazendo inevitavelmente parte do universo brandoniano, não deixam de estabelecer estreitas relações com o grotesco, contribuindo para uma configuração disfórica, tao cara a Raul Brandão.
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