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Da família à creche : narrativas de mães sobre processos de transição de seus bebês

Fernandes, Marina Ribeiro da Cunha 08 December 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2014. / Submitted by Ana Cristina Barbosa da Silva (annabds@hotmail.com) on 2015-01-28T17:43:26Z No. of bitstreams: 1 2014_MarinaRibeirodaCunhaFernandes.pdf: 1609890 bytes, checksum: d5bcf978e67c765a39c97ecbd27d502c (MD5) / Approved for entry into archive by Ruthléa Nascimento(ruthleanascimento@bce.unb.br) on 2015-02-13T14:43:01Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2014_MarinaRibeirodaCunhaFernandes.pdf: 1609890 bytes, checksum: d5bcf978e67c765a39c97ecbd27d502c (MD5) / Made available in DSpace on 2015-02-13T14:43:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2014_MarinaRibeirodaCunhaFernandes.pdf: 1609890 bytes, checksum: d5bcf978e67c765a39c97ecbd27d502c (MD5) / Com base na ideia de que a creche é um direito da criança, e não somente de seus responsáveis, observa-se a tendência de mudança no padrão de educação de crianças de 0 a 3 anos. Antes, exclusividade da família, modelos atuais passam a contemplar contextos externos ao espaço doméstico, sem que a família seja considerada portadora de alguma patologia social (ROSEMBERG, 1995). Nesse quadro é importante conhecer como mães percebem e descrevem esse processo de transição, pois ainda poucos estudos têm dado atenção a esse processo. O objetivo desta dissertação de mestrado é descrever e interpretar narrativas de mães acerca dos processos de transição de seus bebês no contexto familiar à creche. Tratando família e creche como instituições sociais, este trabalho propõe uma discussão teórica sobre o conceito de transição para abranger esse processo que ocorre do espaço doméstico para a instituição educativa. A pesquisa de campo foi realizada com duas mães de classe média de Brasília/Distrito Federal, cujos bebês foram inseridos na creche durante o primeiro ano de vida. Foram realizadas duas entrevistas com cada mãe, que abordaram os temas família e creche. Como estratégia metodológica, esta pesquisa considerou a fotografia e as entrevistas para captar nas narrativas das mães como vivenciaram o processo de transição de seus bebês. Além disso, as fotografias motivaram a discussão das entrevistas e serviram de suporte para evocar memórias e comentários das entrevistadas através da estratégia de foto-elicitação. A análise dos dados identificou duas categorias explicativas do processo de transição, a saber: socialização e eventos preparatórios para a inserção do bebê na creche. Dessa forma, foi possível concluir que as mães buscam instituições educativas como parceiras na educação e cuidado de seus bebês motivadas pela socialização que promovem. Igualmente, o momento de inserção é de fundamental importância para as mães e requer preparação antecipada e contínua para vivenciarem o processo de transição de seus bebês. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Based on the idea that early childhood education is a child’s right – and not only the parent’s - one may observe a changing tendency in the education pattern of children aged 0 to 3. Once exclusive to the family, current models have now begun to contemplate external contexts beyond the domestic space without the family being regarded a carrier of any social pathology (ROSEMBERG, 1995). In this context, it is important to see how mothers perceive and describe the transition process involved as not many studies have addressed it yet. This master's degree dissertation seeks to describe and interpret mothers' accounts of their babies' transition process into early childhood education in a family context. Treating family and early childhood education as social institutions, this paper offers a theoretical discussion on the concept of transition including this process from the domestic space to the educational institution. Field research involved two middle class mothers from Brasília - Federal District, whose babies were placed in early childhood education during the first year of life. Two interviews were held with each mother addressing the themes of family and early childhood education. The methodological strategy considered photographs and interviews to obtain the mothers' narratives on how they saw their babies' transition process. In addition, the pictures encouraged the discussion in the interviews and served as support to jog the interviewees' memories and spur comments using the strategy of photo-elicitation. Data analysis identified two explanatory categories of the transition process namely socialization and preparatory events for placing the baby in early childhood education. It was thus possible to conclude that the mothers seek educational institutions as partners in education and care of their babies based on the socialization they offer. The moment of ingression is of equal fundamental importance to the mothers and requires both prior and continual preparation, in order to follow their babies' transition process.
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Violência física contra a criança : fatores de risco e proteção e padrões de interação na família

Villas Boas, Ana Carolina Villares Barral 12 1900 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, 2013. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2014-03-24T15:28:16Z No. of bitstreams: 1 2013_AnaCarolinaVillaresBarralVillasBoas.pdf: 2779682 bytes, checksum: 2e624fd359d7cb2930307596d2738012 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2014-03-27T14:26:50Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2013_AnaCarolinaVillaresBarralVillasBoas.pdf: 2779682 bytes, checksum: 2e624fd359d7cb2930307596d2738012 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-03-27T14:26:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2013_AnaCarolinaVillaresBarralVillasBoas.pdf: 2779682 bytes, checksum: 2e624fd359d7cb2930307596d2738012 (MD5) / A violência física contra a criança na família tem despertado muitos debates sobre as práticas de socialização das gerações mais novas e a violação dos direitos da criança. A violência física atinge milhares de famílias, e muitos casos ocorrem em situações em que os pais punem os filhos como forma de educá-los. Diversas pesquisas apontam para fatores de risco relacionados a esse tipo de violência, tais como a experiência dos pais na família de origem, suas crenças sobre a punição física e a dinâmica das interações familiares. Este estudo teve por objetivo identificar características das relações entre mães e filhos em famílias com e sem histórico de violência física contra a criança, focalizando as interações, as crenças maternas e o uso da punição física na educação das crianças, bem como a transgeracionalidade da violência. A pesquisa foi conduzida com 12 díades compostas por crianças com idade entre 7 e 12 anos e suas mães biológicas. As díades foram divididas em três grupos: o GA foi formado por quatro díades que possuíam histórico de violência física das mães contra os filhos e cujas mães haviam vivenciado a violência de forma frequente na sua família de origem; o GB1 e o GB2 foram compostos por mães que não possuíam histórico conhecido de violência contra seus filhos; porém, enquanto no GB1 quatro mães haviam vivenciado a violência física de forma frequente na família de origem, no GB2 havia quatro mães que não relataram essa experiência ou vivenciaram um único episódio dessa natureza. Para a coleta de dados, as mães responderam a um Questionário de Caracterização do Sistema Familiar, à Escala de Apoio da Família, ao Questionário de Atitude em Relação à Palmada e à Escala de Táticas de Conflitos Pais-Filhos. Mães e crianças também participaram, individualmente, de uma entrevista semiestruturada e de uma sessão conjunta de observação da interação, na qual discutiram situações do cotidiano da família. Os resultados mostraram que nas interações entre mães e filhos, o GA obteve mais indicadores negativos relacionados ao comportamento materno do que o GB1 e o GB2, dentre os quais um estilo de interação competitivo. O GB1 e o GB2, ao contrário, obtiveram mais indicadores positivos, como um clima mais amigável entre a díade. As mães com histórico de violência na família de origem não apenas foram mais favoráveis ao uso da punição física como prática educativa como a empregavam com maior frequência, tendo sido encontradas diferenças significativas entre o GA e o GB2. O GB1 foi o grupo que mais sofreu violência severa na família de origem, porém, relatou a presença de uma figura de apoio, o que pode ter amenizado os efeitos deletérios da experiência. Os dados sugerem que características da interação em famílias com histórico de violência física podem dificultar a resolução de conflitos e atuar como fatores de risco para a violência. Além disso, se por um lado a experiência com punição e violência contribui para a aceitação e o uso da força como forma de educar os filhos, por outro lado, quando muito severa, pode afetar as mães de tal modo que elas passam a adotar práticas alternativas em sua família atual. Nesse contexto, a identificação de uma figura de apoio parece atuar como fator de proteção, fornecendo modelos mais saudáveis de interação. Considera-se que a violência física envolve mais do que as práticas de punição em si, mas os valores e crenças da família, sendo que a experiência na família de origem desempenha um importante papel. O estudo indica a necessidade de elaboração de programas de educação familiar centrados nos modos de socialização das novas gerações e de campanhas sobre os prejuízos da violência e os riscos associados ao uso dos castigos corporais, em contraposição aos benefícios do emprego de estratégias positivas, em médio e longo prazos. ______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Physical violence against children in the family has generated many debates on the socialization practices of the new generations and on the violation of child rights. Physical violence affects thousands of families, and many cases occur in situations in which the parents punish children to educate them. Several researches indicate risk factors for physical violence, such as parents’ childhood experience in their families of origin, parental beliefs about physical punishment and dynamics of family interactions. This study investigated mother-child relations in families with and without a history of physical violence against the child, focusing on their interactions, maternal beliefs and the use of physical punishment, and the transgenerationality of violence. The participants of this study were twelve dyads of biological mothers and their children aged between 7 and 12 years old. The dyads had been divided in three groups: GA consisted of four dyads with a history of physical violence of the mother against the child and whose mothers had been frequently exposed to physical violence in their families of origin. GB1 and GB2 consisted of eight dyads with no history of violence against children; however, in GB1 four mothers had suffered physical violence frequently during their childhood, while in GB2 the four mothers had no history of violence or reported only one episode of this nature. Mothers answered a Questionnaire for Characterizing the Family System, the Family Support Scale, the Attitude toward Spanking Questionnaire and the Parent-Child Conflict Tactics Scales. Mothers and children also participated, individually, in an interview and in an interactional session, in which they were asked to discuss daily situations of the family. Results indicated that during mother-child interactions, GA demonstrated more negative indicators related to maternal behavior then GB1 and GB2, including a competitive style of interaction. GB1 and GB2, in contrast, demonstrated more positive indicators, such as a friendlier climate in the dyad. Mothers with a history of violence in the family of origin had not only more favorable attitudes toward physical punishment, but also used it more frequently, with significant differences between GA and GB2. GB1 was a group that suffered more severe violence in the family of origin than GA; however, the presence of a supportive figure can have buffered the deleterious effects of this experience. Data suggests that interaction characteristics in families with a history of physical violence can undermine conflict resolution and act as risk factors for violence. Moreover, although childhood experience with physical punishment and violence contribute for the acceptance and the use of physical force as a discipline practice, when mothers experience very severe violence, they can be affected in such a way that makes them use alternative practices in their current family. In this context, the identification of a supportive figure seems to act as a protective factor, modeling healthier behaviors. It is considered that physical violence involves more than physical punishment itself, including families’ values and beliefs, in which the experience in the family of origin plays an important role. The study indicates the need to develop family education programs focusing on ways of socialization of the new generations, and to promote campaigns about the deleterious effects of violence and the risks associated with physical punishment, in contrast with the benefits of positive practices, in medium- and long-term.
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Gênero e cuidado no ambiente familiar

Mareco, Thereza Cristina de Souza 28 July 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ceilândia, Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologias em Saúde, 2017. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-10-17T18:31:39Z No. of bitstreams: 1 2017_TherezaCristinadeSouzaMareco.pdf: 1499853 bytes, checksum: 7bb67c1287f55b436f3e3384e19c114f (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2017-10-20T13:32:33Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2017_TherezaCristinadeSouzaMareco.pdf: 1499853 bytes, checksum: 7bb67c1287f55b436f3e3384e19c114f (MD5) / Made available in DSpace on 2017-10-20T13:32:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2017_TherezaCristinadeSouzaMareco.pdf: 1499853 bytes, checksum: 7bb67c1287f55b436f3e3384e19c114f (MD5) Previous issue date: 2017-10-20 / As questões de gênero pouco são discutidas, principalmente no que norteiam as questões familiares. Dessa maneira, o presente trabalho buscou aprofundar os tópicos referentes ao cuidado com a criança no ambiente familiar a partir de mães chefes de família, do período que vai do nascimento da criança até ela completar os dois anos de idade. Além disso, a pesquisa buscou identificar quais as políticas do Distrito Federal que atendem o grupo estudado. O estudo tem relevância cientifica por ser uma temática de baixa visibilidade em artigos científicos. Esses, embora tratem as questões inerentes ao cuidado com a criança, pouco abordam a questão do gênero nesse cuidado. Assim, foi notório perceber que as mães se sentem na obrigação de cuidar da sua prole, não apenas por questões pessoais, mas por serem cobradas pela sociedade a fazerem o mesmo. Vale salientar que o pai foi tido como coadjuvante no cuidado com a criança, aparecendo em momentos pontuais. Também é preciso notar que as entrevistadas que elas tinham pouco conhecimento sobre as políticas do Distrito Federal e, quando recordavam de alguma, frisavam já “terem escutado falar” sobre ela (s). Assim, é importante enfatizar que as políticas de saúde devem ser divulgadas e elaboradas de forma que atendam o público ao qual foram destinados. Ademais, quando falamos de cuidado com a saúde das crianças, devem ser levados em consideração os conhecimentos prévios das mães e de suas redes de cuidado, pois foi relatado que muitas vezes essas mulheres buscam resolver os seus problemas de saúde por meio de conhecimentos pré-adquiridos, deixando a rede de atenção oficial para um segundo momento. / This work sought to deepen the topics related to the working mother and take care with the child in the family environment from the birth period until the child reaches the age of two years, as well as to identify the policies of the Federal District that serve the group studied. The study has scientific relevance because it is a topic that is little found in scientific articles, because they treat the issues inherent to the childcare, but they do not address the issue of gender in this care. Thus, it was notorious to realize that mothers feel obliged to care for their offspring, not only for personal reasons, but also for being charged by society to do the same. It is important to point out that the father has seen as a coadjuvant in the care of the child, appearing at specific moments. It was been noticed by the interviewees that they knew a little about the Federal District policies and when they remembered some they stressed, they have already “heard" about it. Thus, it is important to emphasize that health policies should be disseminated and elaborated in a way that will serve the intended audience, as well as when we speak of children's health care should be taken into account the prior knowledge of mothers and their Networks of care, as it has been reported that many times these women seek to solve their health problems through pre-acquired knowledge leaving the network of official attention for a second time.
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Crianças vítimas de abuso sexual intrafamiliar e suas respectivas mães: autopercepção, relações interpessoais e representação de objeto

Wassermann, Virginia Graciela January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T19:08:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000430614-Texto+Completo-0.pdf: 1400298 bytes, checksum: 9e434b35b9941a3b9b566ef7e2bcf1bd (MD5) Previous issue date: 2011 / In Brazil, as in the world, the violence that victimizes the child is considered a serious public health problem. Among the forms of hideous expression of violence, sexual abuse comes out against the child practiced in the core of the family. The repercussions of this violence pervade the roles of aggressor-victim, spreading throughout the whole family structure. This type of violence generates in the child social, psychological and cognitive problems throughout his/her whole life. The aim of this study is to understand and identify the quality of self-perception, interpersonal relations and object representation in children who are victims of sexual abuse, as well as in their mothers. For this, two study sections were elaborated: a theoretical and an empirical. The theoretical section refers to a review which aimed to explain the object representation and interpersonal relations of individuals through dialogue between different theoretical contributions such as the dynamic of attachment, cognitive development and object relations approach. In the empirical section, it is retracted a cross-sectional study of quantitative research that focuses the investigation of the responses to the Rorschach test of victim children and their mothers as well as nonvictimized children and their mothers trying to understand aspects about self-esteem, interpersonal relations and object representation of the subjects. The sample, located for convenience, had the participation of 48 subjects, divided into two groups. The first (G1) consists of 12 children, aged 6 to 11, victims of intrafamilial sexual abuse and their respective mothers (12). The second (G2) consists of children with no experience of sexual abuse (with age and gender equivalent to G1) of the general population and their respective mothers (12).To that end, it was used a socio-demographic data sheet, the Behavior Inventory for Children and Adolescents, the Colored Progressive Matrices Test Raven – Special Scale and the Rorschach Method (Comprehensive System – CS). The results show that children and mothers of G1 and G2 when compared with normative data on the CS present, in general, low self-image and self-esteem and distorted notion of identity. In turn, for these same categories, children and mothers of G1 had lower scores than children and mothers of G2. Moreover, children of G1 present, when compared with children of G2, impaired interpersonal relations with negative object relations. Analyzing these same variables with the mothers who form G1 and G2 groups, it is observed that the responses do not differ from the normative group, yet for these variables and practically for all others investigated in this study, the group G2 presents more positive results. / No Brasil, assim como no mundo, a violência que vitima a criança é considerada um grave problema de saúde pública. Dentre as formas de expressão hediondas da violência, insurge o abuso sexual contra o menor praticado no âmago familiar. As repercussões desta violência perpassam os papéis de agressor-vítima, alastrando-se por toda a estrutura familiar. Este tipo de violência gera na criança problemas sociais, psicológicos e cognitivos por toda a sua vida. O objetivo geral deste estudo é compreender e identificar a qualidade da autopercepção, das relações interpessoais e da representação de objeto nas crianças vítimas de abuso sexual intrafamiliar, assim como, nas suas respectivas mães. Para isso, foram elaboradas duas seções de estudo: uma teórica e uma empírica. A seção teórica refere-se a uma revisão que objetiva discutir a relevância e a importância do papel das relações interpessoais e das relações de objeto no desenvolvimento do individuo por meio do diálogo entre diferentes aportes teóricos: como a dinâmica do apego, o desenvolvimento cognitivo e a abordagem das relações objetais. Na seção empírica, é retratado um estudo quantitativo de tipo transversal, que enfoca a investigação das respostas ao Rorschach das crianças vítimas de abuso e de suas mães, bem como de crianças não vítimas e de suas progenitoras, procurando conhecer aspectos sobre autoestima, relacionamento interpessoal e representação de objeto dos sujeitos. A amostra, localizada por conveniência, contou com a participação de 48 sujeitos, divididos em dois grupos.O primeiro (G1) é constituído por 12 crianças, com idades entre 6 a 11 anos, vítimas de abuso sexual intrafamiliar e suas respectivas mães (12). O segundo (G2) é constituído por crianças sem vivência de abuso sexual, (com idade e gênero equivalente ao grupo G1) da população geral e suas respectivas mães (12). Para o levantamento de dados, foram utilizados a Ficha de Dados Sociodemográficos, o Inventário de Comportamento da Infância e Adolescência, o Teste Matrizes Progressivas Coloridas de Raven – Escala Especial e o Método de Rorschach (Sistema Compreensivo-SC). Os resultados mostram que as crianças e as mães dos grupos G1 e G2, quando comparadas com os dados normativos do SC, apresentam, de maneira geral, baixas autoimagem e autoestima e noção distorcida de identidade. Por sua vez, para estas mesmas categorias, as crianças e as mães do grupo G1 apresentaram resultados mais baixos do que as crianças e as mães do G2. Por outro lado, as crianças do grupo G1 apresentam, quando comparadas com as crianças do G2, prejuízo nas relações interpessoais, com negativas relações objetais. Analisando estas mesmas variáveis com as mães que compõem o grupo G1 e G2 observa-se que as respostas não diferem do grupo normativo, contudo para estas variáveis e para a maioria das outras investigadas neste estudo, o grupo G2 apresenta resultados mais positivos.
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Intervenção em criatividade com professoras e mães : efeitos no rendimento escolar, autoconceito, motivação e criatividade de alunos do 3º ano do ensino fundamental

Santos, Fernanda do Carmo Gonçalves dos 19 December 2014 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, 2014. / Submitted by Ana Cristina Barbosa da Silva (annabds@hotmail.com) on 2015-03-04T18:45:25Z No. of bitstreams: 1 2014_FernandadoCarmoGonçalvesdosSantos.pdf: 2393017 bytes, checksum: 58ee3bf3e4cc17e6f4767b6164b37a66 (MD5) / Approved for entry into archive by Ruthléa Nascimento(ruthleanascimento@bce.unb.br) on 2015-04-30T18:57:14Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2014_FernandadoCarmoGonçalvesdosSantos.pdf: 2393017 bytes, checksum: 58ee3bf3e4cc17e6f4767b6164b37a66 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-30T18:57:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2014_FernandadoCarmoGonçalvesdosSantos.pdf: 2393017 bytes, checksum: 58ee3bf3e4cc17e6f4767b6164b37a66 (MD5) / A criatividade tem sido cada vez mais reconhecida como recurso importante para a promoção do bem-estar mental do indivíduo, bem como para o avanço econômico e social de um país. Desde que haja condições favoráveis e uso de estratégias adequadas, essa habilidade pode ser desenvolvida e aprimorada. A escola e a família são contextos críticos de incentivo à criatividade e fontes para a emergência do comportamento criativo. Entretanto, o potencial criador nem sempre é estimulado e compreendido por educadores e pais. Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar os efeitos, a curto e médio prazo, de dois programas de criatividade – um para professoras e outro para mães – na habilidade criativa, autoconceito, motivação para aprender, rendimento escolar e percepção do clima para criatividade em sala de aula de alunos do 3º ano do ensino fundamental. Participaram da pesquisa 128 crianças, cinco docentes e nove mães de uma escola pública de Minas Gerais. Cinco instrumentos foram utilizados: Teste Torrance de Pensamento Criativo, Escala de Avaliação da Motivação para Aprender de Alunos do Ensino Fundamental, Escala de Autoconceito Infanto-Juvenil, Escala de Percepção de Clima para Criatividade em Sala de Aula e boletim escolar. Os dados foram examinados por meio de análise univariada e multivariada de variância. O treinamento com as professoras ocorreu em 11 encontros semanais com duração média de 1h30 cada um e com as mães aconteceu em 4 encontros semanais com duração de 2h cada. Os resultados, de maneira geral, indicaram que, a curto prazo, a intervenção com as professoras gerou aumento nos escores dos alunos em três medidas de criatividade – Fluência Verbal, Flexibilidade Figurativa, Originalidade Figurativa –, na Motivação Intrínseca e nos cinco fatores avaliados pela Escala de Percepção de Clima para Criatividade. A médio prazo, a intervenção com as professoras contribuiu para o incremento da Fluência Verbal, Flexibilidade Verbal, Motivação Intrínseca e dos cinco fatores da percepção do clima para criatividade em aula. Quanto ao autoconceito, a médio prazo, o programa envolvendo as professoras parece ter contribuído para que não houvesse diminuição do Autoconceito Escolar e do Autoconceito Global dos alunos. Os achados relativos ao programa com mães evidenciaram efeitos positivos apenas na medida de Originalidade Verbal, a curto prazo, e no Autoconceito Global, a médio prazo. Espera-se que este estudo tenha chamado a atenção para a importância, e demonstrado a viabilidade de se promover um ambiente favorável à criatividade tanto no contexto familiar quanto escolar. __________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Creativity has been increasingly recognized as an important resource for the promotion of the mental well-being of the individual as well as for the social and economic development of a country. Since there are favourable conditions and the use of appropriate strategies, such ability can be developed and improved. The school and the family are critical contexts to encourage creativity and sources for the emergence of creative behaviour. However, the creative potential is not always encouraged and understood by educators and parents. Therefore, the aim of this study is to investigate the short and medium term effects of two creative programs, one for teachers and one for mothers, involving creative ability, self-concept, motivation to learn, school performance and perception of the climate for creativity classroom of 3rd grade students. The participants were 128 children, 5 teachers and 9 mothers from a public school in the State of Minas Gerais. Five instruments were used: The Torrance Test of Creative Thinking, the Scale for Evaluation of Motivation to Learn for Elementary School Student, the Self-concept Scale for Children and Youth, the Classroom Climate for Creativity Scale, and the report card. Data were examined by univariate and multivariate analysis of variance. The training of the teachers occurred in 11 weekly meetings with an average duration of 1.5 hours each and the program with mothers totalled 4 weekly meetings lasting 2 hours each. In general, the results indicated that the intervention with the teachers produced, in the short term, an increase in the scores of the students in three measures of creativity – Verbal Fluency, Figurative Flexibility, and Figurative Originality – in Intrinsic Motivation and in the five factors evaluated by the Classroom Climate for Creativity Scale. In the medium term, the intervention with teachers contributed to the increase of the Verbal Fluency, Verbal Flexibility, Intrinsic Motivation and the five factors of perception of the climate for creativity in the classroom. About the Self-concept, in the medium term, the program involving the teachers seemed to have contributed so that there was no decrease in the School Self-concept and the Global Self-concept of the students. Findings related to the program with mothers showed positive effects only to the extent of Verbal Originality in the short term and the Global Self-concept in the medium term. It is expected that this study has highlighted the importance, as well as demonstrated the feasibility of promoting a favourable environment for creativity both in the family and in the school contexts.
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Vivências alimentares e sentimentos de mães de filhos obesos: relação entre duas gerações / Mothers of obese children feeding experiences and feelings: relationship between two generations

Bechara, Ana Paula do Vale 03 September 2015 (has links)
A obesidade, ou o corpo obeso, é uma condição que vem atingindo a adultos e a crianças, análises sobre esta realidade merecem ser investigadas na perspectiva das emoções. Sabe-se que a alimentação é um fenômeno complexo, possuindo múltiplos determinantes. Com relação ao fator psicológico, sabe-se que suas bases estão relacionadas à figura materna e que alterações no desenvolvimento da criança relacionadas a esta são um dos fatores etiológicos de problemas alimentares, como o da obesidade. Este estudo teve como objetivo compreender as vivências relacionadas à alimentação de mães de filhos obesos com as suas próprias mães e a forma como esta relação pode influenciar no cuidado com a alimentação de seus filhos. A abordagem é qualitativa, utilizando a entrevista compreensiva como abordagem empírica. Foram entrevistadas doze mães, com filhos crianças ou adolescentes que tiverem o diagnóstico de obesidade. Observou-se que a alimentação, dentro do contexto de vida contemporâneo, traz o paradoxo do excesso de objetos disponíveis ao consumo, de novos produtos a todo tempo no mercado, acompanhado de relações vazias e da falta de laços. A obesidade traz a questão do vazio e do alimento como um objeto preenchedor do mesmo. A pesquisa em questão apontou para a existência de processos identitários entre mães e filhos, havendo questões mal resolvidas das mães projetadas em suas relações com seus filhos com obesidade, mediadas pelo ato de alimentar. Outros fatores como crenças sócio- culturais e relacionadas ao gênero também estariam exercendo influência sobre os comportamentos maternos frente a alimentação de seus filhos. / The obesity, or the obese body, is a condition that is affecting adults and children, analysis of this reality deserve to be investigated from the emotions perspective. Its known that feeding is a complex phenomenon, with multiple determinants. About the psychological factors, its known that theyre linked to the maternal figure and changes in the children development related to this are one of the etiological factors of eating problems such as obesity. This study aimed to understand the mothers of obese children feeding experiences, with their own mothers, and how this relationship can influence the feeding care with their children. The research is qualitative, using the comprehensive interview as empirical approach. Twelve mothers of children or teenagers, diagnosed with obesity, were interviewed. It was observed that food, at the context of contemporary life, brings the paradox of the excess objects available for consumption, new products all the time on the market, accompanied by shallow relationships and lack of ties. Obesity raises the question of emptiness and food as a filler object. This research pointed to the existence of identity processes between mothers and obese children, involving unresolved mothers issues projected in their relationships with their children, mediated by the feeding practice. Other factors such as socio-cultural and gender beliefs were also influencing maternal feeding behaviors with their children.
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Vivências alimentares e sentimentos de mães de filhos obesos: relação entre duas gerações / Mothers of obese children feeding experiences and feelings: relationship between two generations

Ana Paula do Vale Bechara 03 September 2015 (has links)
A obesidade, ou o corpo obeso, é uma condição que vem atingindo a adultos e a crianças, análises sobre esta realidade merecem ser investigadas na perspectiva das emoções. Sabe-se que a alimentação é um fenômeno complexo, possuindo múltiplos determinantes. Com relação ao fator psicológico, sabe-se que suas bases estão relacionadas à figura materna e que alterações no desenvolvimento da criança relacionadas a esta são um dos fatores etiológicos de problemas alimentares, como o da obesidade. Este estudo teve como objetivo compreender as vivências relacionadas à alimentação de mães de filhos obesos com as suas próprias mães e a forma como esta relação pode influenciar no cuidado com a alimentação de seus filhos. A abordagem é qualitativa, utilizando a entrevista compreensiva como abordagem empírica. Foram entrevistadas doze mães, com filhos crianças ou adolescentes que tiverem o diagnóstico de obesidade. Observou-se que a alimentação, dentro do contexto de vida contemporâneo, traz o paradoxo do excesso de objetos disponíveis ao consumo, de novos produtos a todo tempo no mercado, acompanhado de relações vazias e da falta de laços. A obesidade traz a questão do vazio e do alimento como um objeto preenchedor do mesmo. A pesquisa em questão apontou para a existência de processos identitários entre mães e filhos, havendo questões mal resolvidas das mães projetadas em suas relações com seus filhos com obesidade, mediadas pelo ato de alimentar. Outros fatores como crenças sócio- culturais e relacionadas ao gênero também estariam exercendo influência sobre os comportamentos maternos frente a alimentação de seus filhos. / The obesity, or the obese body, is a condition that is affecting adults and children, analysis of this reality deserve to be investigated from the emotions perspective. Its known that feeding is a complex phenomenon, with multiple determinants. About the psychological factors, its known that theyre linked to the maternal figure and changes in the children development related to this are one of the etiological factors of eating problems such as obesity. This study aimed to understand the mothers of obese children feeding experiences, with their own mothers, and how this relationship can influence the feeding care with their children. The research is qualitative, using the comprehensive interview as empirical approach. Twelve mothers of children or teenagers, diagnosed with obesity, were interviewed. It was observed that food, at the context of contemporary life, brings the paradox of the excess objects available for consumption, new products all the time on the market, accompanied by shallow relationships and lack of ties. Obesity raises the question of emptiness and food as a filler object. This research pointed to the existence of identity processes between mothers and obese children, involving unresolved mothers issues projected in their relationships with their children, mediated by the feeding practice. Other factors such as socio-cultural and gender beliefs were also influencing maternal feeding behaviors with their children.
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Discurso de mães doadoras : motivos e sentimentos subjacentes à doação

Karla Fabiana Figueiredo Luna de Menezes 30 March 2007 (has links)
Este trabalho visou compreender as motivações e os sentimentos que estão subjacentes ao discurso da mãe biológica que doa o filho, bem como as repercussões desse ato em suas vidas. Atendimentos psicológicos a essas mães, ainda na maternidade, por vezes, revelam uma racionalização de tal motivação, deixando implícito algo que se supõe ser da ordem do desejo. Foram entrevistadas seis mães na faixa etária entre 22 a 40 anos, com escolaridade e nível sócio-econômico baixos e que doaram, no mínimo, 2 filhos. As idades das crianças doadas variaram de 0 a 3 anos. Foi realizada uma entrevista semi-estruturada com cada mãe compreendendo dados sócio-demográficos e questões que atendem aos objetivos da pesquisa. Foram analisados os conteúdos verbais e não-verbais do discurso das genitoras sob uma perspectiva psicanalítica, buscando identificar as possíveis motivações e os sentimentos relacionados ao ato de doar o filho. Constataram-se as condições de pobreza material e emocional que permeiam as vidas dessas mães, impedindo-as de terem um desenvolvimento emocional equilibrado que lhes possibilitem maternar. Elas tiveram uma infância marcada por privações, violências, carências, incompreensões e abandono. O contexto econômico e familiar vivenciado no momento da gestação era desfavorável ao equilíbrio psíquico, somado ainda à gravidez prematura. Em relação aos motivos que favoreceram a doação, encontrou-se a imaturidade como causa principal aliada à falta de apoio familiar e do pai da criança somados as dificuldades sócio-econômicas. Quanto aos sentimentos experimentados por elas após a doação, identificou-se culpa, tristeza, angústia, pesar e arrependimento. Foram percebidos sentimentos de incapacidade e insuficiência como também motivadores inconscientes para a doação. No que se refere às repercussões da doação na vida dessas mães, constatou-se que mesmo tendo vislumbrado um recomeço após a doação, todas se mostraram amarguradas, cansadas, insatisfeitas e infelizes. A conclusão a qual se chegou com este estudo, é que a motivação do ato de doar um filho é contextualizada e individual, dependendo de fatores sociais, porém, muito mais, dos intrapsíquicos. É um assunto complexo, impossível de ser generalizado. Há que se observar as peculiaridades de cada caso e os fatores a eles subjacentes. / This work aimed at understanding the motives and feelings that underlie the speech of biological mothers who give away their children as well as the consequences of such act in their lives. Psychological attendance to those mothers, still in the maternity ward, reveal a rationalization of such a motive, making it implicit something supposed to belong to the area of desire. Six mothers between the ages of 22 and 40 years old were interviewed. They presented low education and low social-economic levels and gave away two children at least. Children ages varied between 0 to 3 years old. A semi-structured interview was conducted with each mother comprehending social-demographic data and questions that met the objectives of this research. Verbal and non-verbal contents of genitors discourse under a psychoanalyst perspective were analyzed with the aim of identifying possible motives and feelings related to the act of giving away a child. It was verified that the mothers presented poor material and emotional conditions that permeate their lives hindering them from having a balanced emotional development that would enable them to be mothers. Their childhood was characterized by hardships, violence, needs, incomprehension and abandonment. Their social-economic and family context during pregnancy was unfavorable to a psychological balance, adding to that premature pregnancy. It was found that the main cause for giving away a child was immaturity together with the lack of family support and absence of the childs father as well as social-economic difficulties. The feelings experienced by the mother after giving away their children, are guilty, sadness, anguish, grief and repentance. Feelings of insufficiency or incapacity were also found to be unconscious motivators to the act of giving away. In relation to the impact of the act of giving away in the mothers lives, it was found that even after wondering about re-starting a new life after giving away a child, all of them appeared to be bitter, tired, dissatisfied and unhappy. It is concluded with this work that the motives for giving away a child is contextual and individual depending on social factors and much more on intra-psychological factors. It is a complex subject, impossible to be generalized. The particularity of each case should be carefully studied as well as the factors underlying them.
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Fatores de risco ao envolvimento materno com filhos préescolares : associações com estresse e burnout

Zanfelici, Tatiane Oliveira 11 March 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:46:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2359.pdf: 1333601 bytes, checksum: b4596b8e9cd0eee7eec054d789340ba3 (MD5) Previous issue date: 2009-03-11 / Universidade Federal de Sao Carlos / Healthy infant development greatly depends on the quality of interactions between the children and their primary caregivers. In its turn, based on Bronfrenbrenner´s bioecological model, parental involvement is affected by the responsibilities and relationships that parents must attend to in various spheres of their lives, which can contribute to the intensification or distancing of the parent-child relationship. As such, it is hypothesized that the parents jobs can have a positive or negative influence on their children s development, depending on the frequency with which job-related demands interfere with their family involvement, generating insatisfaction and stress. The effect of such problems should be even more intense when occupational stress is extreme and chronic, leading to burnout. In view of the importance of identifying factors that can affect the quality of parental involvement, the overall objective of this study was to examine the relationships that exist among stress, burnout and parental involvement among mothers whose children attend preschool. In total, 56 working mothers were interviewed, whose children (between three and five years old) attended a public daycare for at least half days. Using instruments previously tested in other studies, measures were made of the frequency of demands in the family and work spheres and of conflicts between these demands, of the adequacy of various practical resources (support provided by their husband and other relatives) and psychological resources (work satisfaction, perception of the adequacy of their family role performance) to help them deal with these demands, and of the results of the stress process on the well-being of the mothers (stress and burnout symptoms) and on their involvement with the target child. Mothers who reported spending a greater number of hours on domestic chores had higher stress and burnout scores and made lower evaluations of the frequency of their involvement with the target child. In addition, on days with a heavy workload, the respondents reported that they had less frequent positive parenting interactions with their child, such as playing and conversing. With respect to stress and burnout, the regression analyses indicated that mothers who said that work demands interfered with their family life had lower job satisfaction at the same time that the more the mothers could allow family tasks to reduce work performance (without losing their jobs), the greater their job satisfaction. The greater the mothers job satisfaction (fewer extra demands and more flexibility) the lower their stress. Reinforcing this, mothers whose job demands interfered more frequently with their family life had less positive perceptions of the adequacy of their parental role performance and presented symptoms of burnout with a higher frequency. These results provide information that contributes to a better understanding of a critical phase in the life of working women, while their children are young, pointing to a need for a widening of the social support network of workers with children in this age group, and for the review of policies and worker s rights, so as to reduce the stress and burden felt by working parents and to promote more positive parenting involvements in the lives of their children. / O desenvolvimento infantil saudável depende significativamente da qualidade das interações entre a criança e seus cuidadores principais. Por sua vez, segundo o modelo bioecológico de Bronfenbrenner, o envolvimento parental é afetado pelas responsabilidades e relacionamentos que os pais mantêm nas diferentes esferas de suas vidas que podem contribuir para a estreitamento ou distanciamento da relação pai-filho. Assim, levanta-se a hipótese de que o trabalho dos pais pode influenciar positiva ou negativamente no desenvolvimento dos filhos, a depender da freqüência com a qual demandas na esfera profissional interfiram no envolvimento familiar, gerando insatisfações e estresse. O efeito destes problemas deveria ser ainda mais intenso quando o estresse ocupacional fosse extremo e crônico, levando ao burnout. Tendo em vista a importância de identificar fatores que podem afetar a qualidade do envolvimento parental, o objetivo geral desta pesquisa foi de examinar as relações entre estresse, burnout e envolvimento parental em mães trabalhadoras, cujos filhos freqüentam escolas infantis. Foram entrevistadas 56 trabalhadoras, mães de filhos de três a cinco anos que freqüentavam uma creche pública em pelo menos meio período. Utilizando instrumentos previamente testados em outros estudos, foram aferidas a freqüência das demandas nas esferas de trabalho e família e dos conflitos entre estas, a adequação de diferentes recursos práticos (apoio recebido do marido e familiares) e psicológicos (satisfação no trabalho, percepção da adequação do desempenho no papel familiar) para lidar com estas demandas e os resultados do processo de estresse para o bem-estar das mães (sintomas de estresse e burnout ) e no seu envolvimento com o filho alvo. Verificou-se que as mulheres que afirmavam dedicar mais horas às atividades domésticas atingiram mais altos escores de estresse e burnout e se avaliaram como estando menos envolvidas com seus filhos alvo. Além disso, em dias de carga de trabalho pesada, as respondentes disseram que interagiam menos com seus filhos em atividades relacionadas ao envolvimento parental positivo, como brincar e conversar. Em relação ao estresse e ao burnout, as análises de regressão apontaram que quanto mais freqüentemente as demandas no trabalho interferiam na vida familiar, menor a satisfação no trabalho, ao mesmo tempo em que mães que puderam deixar demandas familiares reduzirem seu desempenho no trabalho (sem perder o emprego) estavam mais satisfeitas no trabalho. Quanto maior a satisfação no trabalho (menos tarefas extras e maior flexibilidade), menores os escores de estresse. Reforçando isso, quanto mais freqüentes foram as demandas do âmbito profissional que interferiam na família, mais baixa a percepção da adequação do desempenho no papel familiar e mais freqüentes foram os sintomas de burnout. Estes resultados trazem informações que contribuem para uma melhor compreensão de uma fase crítica na vida de mulheres que trabalham enquanto seus filhos são pequenos, apontando para a necessidade de ampliação da rede de suporte social de trabalhadores que têm filhos nessa faixa etária, bem como a revisão de políticas e direitos trabalhistas, a fim de reduzir a sobrecarga e o estresse parental e para promover um envolvimento mais positivo na vida dos filhos.
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Prevenindo fracasso escolar: comparando o autoconceito e desempenho acadêmico de filhos de mães que trabalham fora e donas de casa.

D'affonseca, Sabrina Mazo 24 February 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:46:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DissSMD.pdf: 1751286 bytes, checksum: ff64068b906c5db05164a6be5d262882 (MD5) Previous issue date: 2005-02-24 / Universidade Federal de Sao Carlos / Researchers in the area of special education have shown that various factors outside the school system can lead children to develop learning problems. Poor quality family relationships, for example, can interfere with the healthy development of the various facets of a child s self concept which, in turn, can lower the child s academic achievement. As such, many criticisms are made concerning the way that parents especially mothers - divide their attention between their children and other involvements. Presently, most married women fall into one of two categories: some dedicate the great majority of their time to caring for their family and homes, while others divide their time between their family, homes and paid employment. Both options bring advantages and disadvantages to the task of parenting. For working mothers, the great amount of time required to meet both family and professional obligations is a source of stress, which can compromise the quality of parent-child relationships. On the other hand, in many families in which the mother is a housewife, financial resources are fewer and the women have lower selfesteem and poorer health than women who have paid employment, which can reduce the quality of their parenting behaviors. The objectives of this study were to: a) adapt existing instruments to evaluate work conditions, psychological wellbeing and the mothers involvement in bringing up their children; b) compare housewives and women who have paid employment with respect to the frequency of various types of involvements with their children; and c) investigate the relationship between the frequency of these interactions and three measures that reflect the adequacy of certain aspects of their children s development (self-concept, academic achievement and the children s perceptions of the mother-child relationship). Participants included 60 mother-child pairs -- 23 mothers with paid employment and 37 housewives. The average age of the mothers was 36.5 years. The children were in either fifth or sixth grade, with an average age of 11.9 years. The mothers responded to the Mother s vision about her family interaction and well being Questionnaire , and the children were evaluated using Portuguese versions of the Academic Achievement Test , the Self-Description Questionnaire I (SDQI) and the Mother-Child Relationship Questionnaire Child´s Vision . With respect to the mothers, both groups reported that they make frequent use of the majority of the parenting behaviors that lead to healthy family relationships, with very few statistically significant differences appearing between the two groups. With respect to the children, there were no statistically significant differences between those whose mothers were housewives and those whose mothers had paid employment, in terms of their academic achievement, selfconcept or their evaluations of the frequency of their interactions with their mothers. These results indicate that there was no relationship between these three measures of the children s wellbeing and their mothers employment status. However, correlations showed that the frequency of some types of maternal interaction make a positive contribution to the development of their children s academic self-concept, which, in turn, is positively related to their academic achievement. Thus, the frequency of the mothers involvement in their children s lives, in and of itself, and not her status as a housewife or a working mother, seems to be an important factor for the development of a positive selfconcept and achievement of academic success, among their children. / Pesquisadores na área de educação especial têm mostrado que vários fatores fora do sistema escolar podem levar ao desenvolvimento de problemas de aprendizagem. Relacionamentos familiares de baixa qualidade, por exemplo, dificultam a construção saudável das diferentes facetas do autoconceito das crianças, o que pode, por sua vez, desfavorecer seu desempenho escolar. Dessa forma, existem muitas críticas em relação à maneira como os pais sobretudo as mães dividem sua atenção entre seus filhos e outros compromissos. Hoje, a maior parte das mulheres casadas faz parte de uma de duas categorias: as que dedicam a maior parte do seu tempo à família e ao lar e as que dividem seu tempo entre a família, o lar e o trabalho remunerado. Ambas as opções trazem vantagens e desvantagens à tarefa de ser mãe. Para mulheres que trabalham fora, a alta demanda de tempo para cumprir as obrigações familiares e profissionais é um fator de estresse que pode comprometer a qualidade do relacionamento com os filhos. Por outro lado, em muitas das famílias com uma mãe dona de casa, os recursos financeiros são menores e as mulheres possuem níveis inferiores de auto-estima e saúde do que as mulheres que trabalham fora, o que pode diminuir a qualidade de seus comportamentos parentais. Nesse estudo, objetivou-se: a) adaptar instrumentos já existentes para avaliar as condições de trabalho, bem-estar psicológico e a participação materna na educação dos filhos; b) comparar mães donas de casa e mães que trabalham fora no que diz respeito à freqüência de vários tipos de envolvimento com seus filhos; e c) investigar a associação entre a freqüência dessas interações e três medidas que refletem a adequação de certos aspectos do desenvolvimento dos seus filhos (autoconceito, desempenho acadêmico e as percepções das crianças da relação mãe e filho). Este trabalho contou com a participação de 60 pares de mães e filhos - 23 mães que trabalhavam fora e 37 mães donas de casa. A média de idade entre as mães foi de 36,5 anos. As crianças estavam ou na 5ª ou na 6ª série, com média de idade de 11,9 anos. A coleta de dados envolveu o preenchimento do Questionário sobre a percepção materna a respeito do relacionamento familiar e de seu bem-estar pelas mães e a avaliação das crianças usando o Teste de Desempenho Escolar , o Questionário para avaliação do Autoconceito e o Questionário sobre a Relação da Mãe e Filho, na Visão do Filho . Em relação às mães, ambos os grupos relataram que usam, com alta freqüência, grande parte dos comportamentos desejáveis ao bom relacionamento familiar, havendo poucas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos. Em relação às crianças, também não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre aquelas cujas mães eram donas de casa e aquelas cujas mães trabalhavam fora, no que diz respeito ao seu desempenho acadêmico, seu autoconceito ou as avaliações da freqüência de interações com suas mães. Estes resultados indicam que não havia uma relação entre estes três medidas do bem-estar das crianças e o vínculo das mães com o mercado de trabalho. No entanto, as correlações mostram que alguns aspectos da freqüência da interação das mães com seus filhos contribuam positivamente para a formação do autoconceito acadêmico dos mesmos, o qual, por sua vez, está relacionado positivamente com o desempenho acadêmico das crianças. Assim, a freqüência do envolvimento das mães na vida de seus filhos, por si só, e não o fato de ser dona de casa ou trabalhar fora, parece ser um importante fator para o desenvolvimento de um autoconceito positivo e a obtenção de sucesso acadêmico, entre as crianças.

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