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Encontros e desencontros na trajetória percorrida pelos adolescentes a partir da gravidez

Silva, Jeane Barros de Souza January 2004 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública. / Made available in DSpace on 2012-10-21T23:24:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 202404.pdf: 473845 bytes, checksum: 80bbd5b4b6acc70376ca479448ef5b1c (MD5) / No Brasil e no mundo, a gravidez na adolescência vem sendo há várias décadas problematizada, sendo que seu estudo se justifica pelo aumento da ocorrência da mesma e os possíveis problemas a ela associados. Entretanto, observa-se que geralmente os estudos partem da perspectiva da adolescente grávida, havendo um silêncio sobre a paternidade nesta faixa etária. Assim, o presente trabalho tem como objetivo conhecer a trajetória percorrida por alguns adolescentes a partir da gravidez. Foram entrevistados dezoito adolescentes/pais - nove do sexo masculino e nove do sexo feminino - que tiveram filhos no período de 1998 a 2002, cadastrados no Programa Saúde da Família do município de Itapema. Foi realizada uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, utilizando-se algumas etapas da análise de conteúdo, proposta por Bardin (1997), evidenciando-se quatro categorias: as atitudes dos adolescentes diante da gravidez, tendo como subcategorias o planejamento e a confirmação da gravidez; as transformações na vida dos adolescentes a partir da gravidez, tendo como subcategorias o relacionamento entre os adolescentes, a interrupção dos estudos e adquirindo responsabilidades; as diversas faces do apoio destinado aos adolescentes, tendo como subcategorias o apoio da família, o apoio do namorado e o apoio dos amigos; a vivência da maternidade e paternidade adolescente, tendo como subcategorias o arrependimento na vida dos adolescentes, a adolescente mãe e o adolescente pai. Concluiu-se que existem diferentes vivências da maternidade e paternidade adolescente, podendo ser esta experiência não apenas negativa, mas por vezes, repleta de significados positivos, evidenciando, principalmente, que a família, os amigos e os profissionais da saúde devem cumprir seu papel, ou seja, o de não apenas informar sobre a "prevenção" da gravidez e DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), mas também auxiliar os jovens que já são pais e mães, a vivenciarem sua trajetória de forma saudável, sendo cidadãos conscientes de seus deveres e direitos.
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A experiência da amamentação e os papéis sociais mulher mãe e mãe mulher

Silva, Daniele Piccoli da January 2017 (has links)
Orientadora : Profª. Drª. Claudia Choma Bettega Almeida / Coorientadora : Profª Dra. Rubia Carla Formighieri Giordani / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Alimentação e Nutrição. Defesa: Curitiba, 11/07/2017 / Inclui referências : f. 122-129 / Resumo: Experiências corporais durante a amamentação, quando associadas às representações sobre o corpo "mãe-mulher" e "mulher-mãe", estão centradas na (re) construção da identidade, no desempenho dos papeis sociais assumidos, nas tensões, sentimentos e conflitos os quais permeiam a vida privada, íntima e social da mulher. Neste sentido, a amamentação é um fenômeno plural e quando compreendida apenas como um processo biológico e funcional , em relação ao sexo feminino, suas experiências tendem ser percebidas como um cumprimento do dever materno. Associações entre corpo e identidade fundam o gênero e os papéis mulher e mãe e podem interferir na amamentação. O estudo objetiva descrever o conteúdo das experiências corporais durante o aleitamento materno e as representações sobre o corpo: "mãe-mulher" ou "mulher-mãe", bem como, compreender a partir do viés de gênero como ocorre a (re) construção da identidade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada em uma Unidade de Saúde da Família, no Município da região metropolitana de Curitiba, PR, com mulheres que estavam amamentando. Foram realizados dois tipos de entrevistas: individuais (n=09 mulheres) e um grupo focal (n=04 mulheres), utilizando-se o mesmo roteiro de entrevistas, denominadas narrativas. As entrevistas ocorreram entre os meses de julho e agosto de 2016. Para a sistematização das falas das mulheres foi utilizada a Análise de Conteúdo, por análise temática. Verificou-se que o sucesso da amamentação fortalece o papel social de ser mãe, em que amamentar é percebido como um ato de amor, doação, abdicação, responsabilidade, comprometimento e zelo. Amamentar assegura um status de "supermãe" e cumprimento de um "dever sagrado", e tal subjetividade é construída por um desejo social. O corpo da mulher que amamenta é marcado por um dilema de papéis e influenciado por normas sociais e pela objetificação. A maternidade e o cumprimento do dever sagrado se interligam, em que o sagrado permanece isolado do contato, pois o corpo materno passa a ser interditado e protegido do profano. Neste contexto, é fácil compreender a razão da dramatização social quando mulheres amamentam em público, uma vez que o corpo materno não pode ser identificado ao corpo sexualizado, tampouco misturado ou integrado em espaços sociais considerados profanos. Conclui-se que amamentar é um fenômeno social multifacetado e complexo que envolve tensões, conflitos e emoções. Destacaram-se alguns pontos: primeiro que ao se tornar mãe, a mulher experimenta uma ruptura em relação à sua sexualidade; há perda de autonomia corporal, e finalmente que sua escolha pessoal e a forma como será desempenhado o papel de mãe (amamentar ou não) pode não coincidir com as expectativas sociais. Palavras chaves: experiência da amamentação; gênero, corpo; papéis sociais. / Abstract: Corporal experiences during breastfeeding, when associated with representations about the "mother-woman" and "woman-mother" body, are centered in the (re) construction of the identity, the performance of the assumed social roles, the tensions, feelings and conflicts which permeate the private, intimate and social life of women. In this sense, breastfeeding is a plural phenomenon and when understood only as a biological and functional process, to women, their experiences are perceived as the fulfillment of maternal duty. Associations between body and identity stablish the gender and the woman and mother roles and may interfere with breastfeeding. The study aims to describe the content of corporal experiences during breastfeeding and the representations about the body: "woman-mother" or "mother-woman", as well as to understand from the gender bias on how the (re) construction of the identity happen. This is a qualitative research carried out in a Family Health Unit in a city in the metropolitan region of Curitiba, PR, with women who were breastfeeding. Two types of interviews were conducted: individually (n = 09 women) and a focus group (n = 04 women), the same interview scripts, called narratives, were used. The interviews took place between the months of July and August of 2016. For the systematization of the women's speech the Analysis of Content, with thematic analysis was used. It was verified that successful breastfeeding strengthens the social role of being a mother, in which breastfeeding is perceived as an act of love, giving, abdication, responsibility, commitment and zeal. Breastfeeding assures a status of "supermom" and the fulfillment of a "sacred duty", such subjectivity is built by a social desire. The body of the breastfeeding woman is marked by a dilemma of roles and is influenced by social rules and its objectification. The motherhood and the fulfillment of sacred duty are interconnect, in which the sacred remains isolated from contact, for the maternal body is now interdicted and protected from the profane. In this context, it is easy to comprehend the reason of the social drama when women breastfeed in public, since the maternal body cannot be identified with the sexualized body, nor mixed or integrated into social spaces considered profane. Breastfeeding is a multifaceted and complex social phenomenon involving tensions, conflicts and emotions. Some points were highlighted: first, when becoming a mother, the woman experiences a rupture with her sexuality; there is loss of bodily autonomy, and finally her personal choice and how she will play the role of mother (breastfeed or not) may not concur with the social expectations. Key words: breastfeeding experience; gender, body; social roles.
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A interação mãe-bebê e a experiência da maternidade de mães com e sem indicadores de depressão no final do primeiro ano de vida do bebê

Schwengber, Daniela Delias de Sousa January 2002 (has links)
O presente estudo examinou as eventuais diferenças na interação mãe-bebê entre mães com e sem indicadores de depressão, bem como as impressões das mães sobre a experiência da maternidade no final do primeiro ano de vida do bebê. Participaram do estudo 26 díades mãe-bebê, sendo 15 com mães sem indicadores de depressão e 11 com mães com indicadores de depressão. As mães foram designadas aos dois grupos com base nos escores obtidos no Inventário Beck de Depressão. Foi realizada uma observação da interação das díades durante uma sessão de brinquedo livre. As mães também responderam a uma entrevista sobre a experiência da maternidade. Análise multivariada dos totais de comportamentos maternos e infantis revelou que mães com indicadores de depressão apresentaram menos comportamentos facilitadores da exploração de brinquedos pelos bebês, assim como seus filhos mostraram mais afeto negativo durante a interação. Análise de variância realizada separadamente para cada categoria de comportamentos maternos mostrou que mães com indicadores de depressão evidenciaram mais apatia, mantiveram menos a atenção de seus filhos nos brinquedos e demonstraram menos ternura e afeição. Análise de variância realizada separadamente para cada categoria de comportamentos infantis mostrou que bebês de mães com indicadores de depressão apresentaram mais vocalizações negativas. Análise de conteúdo das entrevistas mostrou que, apesar da ocorrência de várias semelhanças entre os grupos, mães com indicadores de depressão apresentaram mais impressões negativas do que mães sem indicadores de depressão. Estes resultados apoiam as expectativas de que a presença de indicadores de depressão materna no final do primeiro ano de vida do bebê está associada a uma relação mãe-bebê menos adequada e a manifestações mais negativas das mães sobre a experiência da maternidade.
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A experiência da maternidade e a interação mãe-criança em crianças com e sem doença crônica durante o segundo ano de vida

Castro, Elisa Kern de January 2002 (has links)
O presente estudo investigou os sentimentos de mães de crianças com e sem doença crônica com relação à sua experiência de maternidade e examinou a interação das díades nesses dois grupos. Participaram do estudo dezesseis díades mãe-criança, sendo oito com crianças portadoras de doença crônica física há pelo menos um ano, e oito cujas crianças não apresentavam problemas crônicos de saúde. As crianças eram de ambos os sexos e tinham entre 24 e 25 meses de idade. As mães responderam a uma entrevista sobre o desenvolvimento infantil e a experiência da maternidade, e as mães do grupo com doença crônica também foram solicitadas a responder a uma entrevista sobre as impressões e sentimentos sobre a doença crônica da criança. Além disso, foi realizada uma observação da interação das díades durante uma sessão de interação livre. A análise de conteúdo das entrevistas mostrou que a experiência da maternidade foi afetada pela presença de doença crônica na criança. Isto apareceu especialmente no sofrimento vivido por essas mães que despertam sentimentos ambivalentes em relação às crianças, culpa, ansiedade, superproteção, ansiedade de separação e sentimentos de pouca ajuda de outras pessoas. Contudo, os resultados da análise da interação da díade revelou apenas uma tendência a diferenças, indicando que as mães de crianças com doença crônica foram menos responsivas quando comparadas ao outro grupo. Dessa forma, as particularidades existentes na experiência da maternidade entre os grupos não tenham aparecido de forma significativa na interação da díade devido à grande variabilidade de comportamentos no grupo com doença crônica, ou por aspectos relacionados ao número de participantes e ao protocolo utilizado.
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Da gestação ao primeiro ano de vida do bebê : apoio social e ingresso na creche

Rapoport, Andrea January 2003 (has links)
O contexto familiar modifica-se com o nascimento do primeiro filho e exige novas formas de lidar com as inúmeras situações que cercam a parentalidade. A rede de apoio social é fundamental para a adaptação a estas novas circunstâncias, especialmente para a mãe. Neste sentido, o presente estudo investigou o apoio social dado às mães, o ingresso dos bebês em cuidados alternativos e a relação com o emprego materno, ao longo do primeiro ano bebê. Participaram 44 mães, entrevistadas na gestação, terceiro e décimo segundo mês do bebê. Os dados foram inicialmente examinados através de análise de conteúdo e, num segundo momento, analisou-se as diferenças estatísticas nas freqüências de respostas de cada categoria. Os principais provedores de apoio social mencionados nos três momentos investigados foram as avós, a creche e o pai do bebê. Na gestação poucas mães referiram que não iriam contar com nenhum apoio, o que se confirmou ao longo do primeiro ano. De uma forma geral, a mãe foi a principal cuidadora do bebê no seu primeiro ano, seguida pela creche. Análise estatística revelou diferença significativa no terceiro e no décimo segundo mês quanto a associação entre o principal cuidador e o emprego materno - o cuidador diferiu quando a mãe trabalhava fora ou não. As mães receberam geralmente apoio de um ou dois provedores, não havendo diferença significativa entre a média de provedores mencionados nos períodos investigados. A maior parte do apoio provido às mães teve freqüência eventual ou integral, aumentando no décimo segundo mês o apoio integral. Neste último período, as mães que trabalhavam apresentaram um número médio de provedores significativamente maior do que aquelas que não trabalhavam. A expectativa de solicitação de apoio ao pai do bebê foi alta desde a gestação, confirmando-se ao longo do primeiro ano de vida do bebê. Desde a gestação houve uma expectativa de que os pais se envolveriam nos cuidados do bebê, o que se confirmou em muitos casos, principalmente quanto aos cuidados básicos do bebê. De uma forma geral, as mães se mostraram satisfeitas com o apoio do companheiro e com as suas atitudes com o bebê, apesar de também terem mencionado várias queixas. Quanto ao apoio de outros provedores, várias mães o apreciavam, embora nem todas ficaram satisfeitas com o mesmo. Durante as situações estressantes houve maior solicitação de apoio. As principais situações geradoras de estresse relacionaram-se ao cansaço materno, ao fato da mãe ter sua vida regrada pelos horários e necessidades do bebê e pelo adoecimento deste. Os principais motivos para as mães optarem pela creche estiveram relacionados aos benefícios para o bebê e à restrição ou falta de provedores de apoio. Em relação à idade que as mães pretendiam colocar o bebê na creche, estas variaram bastante, sendo algumas vezes condicionadas a fatores externos. Foi significativa a relação entre o ingresso do bebê na creche e o emprego materno, no terceiro mês e no décimo segundo mês. A adaptação foi um período muitas vezes difícil para as mães e seus bebês. Juntos os resultados revelaram a diversidade de provedores de apoio que ajudaram as mães ao longo do primeiro ano e indicaram a importância deste apoio tanto para a mãe como para o bebê.
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Situação da amamentação e licença-maternidade no Brasil / Status of Breastfeeding and Maternity Leave in Brazil

Monteiro, Fernanda Ramos 12 May 2017 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2017. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2017-08-01T12:54:20Z No. of bitstreams: 1 2017_FernandaRamosMonteiro.pdf: 1279172 bytes, checksum: ac22b8e3b9ee459dfa9a04dbe391adea (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2017-09-05T16:40:21Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2017_FernandaRamosMonteiro.pdf: 1279172 bytes, checksum: ac22b8e3b9ee459dfa9a04dbe391adea (MD5) / Made available in DSpace on 2017-09-05T16:40:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2017_FernandaRamosMonteiro.pdf: 1279172 bytes, checksum: ac22b8e3b9ee459dfa9a04dbe391adea (MD5) Previous issue date: 2017-09-05 / Introdução: A amamentação entre mulheres trabalhadoras tornou-se uma questão importante devido à crescente participação das mulheres no mercado de trabalho, bem como na renda familiar. Consequentemente, é impossível que as mulheres permaneçam fora do trabalho por um período não remunerado e dediquem-se ao cuidado de seus filhos, o que pode levar a mudanças na estrutura de cuidado e alimentação da criança. Assim, é importante identificar o impacto da Licença- maternidade (LMAT) sobre as taxas de aleitamento materno para apoiar a formulação de políticas públicas. Objetivo: Analisar a associação entre a licença-maternidade e o Aleitamento Materno Exclusivo (AME) em dois inquéritos epidemiológicos realizados pelo Ministério da Saúde do Brasil. Métodos: Estudo com delineamento transversal com dados extraídos da II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno realizada em 2008 (PPAM) e do Monitoramento de Práticas de Alimentação Infantil realizado em 2014. O primeiro manuscrito visou a analisar a associação entre interrupção do AME e ausência da LMAT, utilizando dados de crianças menores de 4 meses de todas as capitais do Brasil da II PPNAM (2008). No segundo manuscrito objetivou-se analisar a associação entre a LMAT e o comportamento do AME em crianças menores de 4 meses ao longo do tempo, utilizando os dados do Distrito Federal das pesquisas II PPNAM (2008) e MPAI (2014). A II PPNAM foi realizada na 2ª campanha de vacinação de 2008 com crianças menores de 1 ano de idade. Foi desenvolvida adotando-se amostras por conglomerados, com sorteio em dois estágios. O MPAI consistiu num inquérito telefônico dirigido às mães de crianças menores de dois anos que nasceram em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) aplicado no Distrito Federal (DF). A amostragem consistiu no sorteio sistemático de 2.000 crianças menores de 24 meses, nascidas em hospitais do SUS. Para o alcance dos objetivos deste estudo, o critério de inclusão foi o extrato de crianças menores de quatro meses, faixa etária em que seria possível, em 2008, que as mães trabalhadoras formais estivessem em licença-maternidade de 120 dias. O questionário de ambas pesquisas continha questões fechadas incluindo perguntas sobre a alimentação da criança nas últimas 24 horas e trabalho materno. A variável independente explicativa principal foi a licença-maternidade, e o desfecho adotado no presente estudo foi a interrupção do AME. Utilizou-se o modelo de regressão de Poisson para uma análise bivariada e múltipla com vistas a estimar a Razão de prevalência (RP) e o Intervalo de coeficientes (IC 95%) na amostra agrupada para cada inquérito individualmente. Considerando que o tamanho da amostra das duas pesquisas foi diferente, em todas as etapas da análise da amostra agrupada foi aplicado um peso amostral para que cada pesquisa obtivessem a mesma representatividade na análise agrupada. Resultado: No primeiro manuscrito observou-se um aumento na prevalência de interrupção do AME em mulheres que não estavam em licença-maternidade nas capitais, nem no Distrito Federal, após ajuste para covariáveis, (PR [CI 95% I] 1,23 [1,11 - 1,37]). O baixo peso ao nascer, o uso de chupeta e as mães primíparas foram fatores associados à maior prevalência de interrupção do AME. Além disso, observou-se um componente dose-resposta entre a escolaridade materna e a interrupção do AME, ou seja, quanto menor a escolaridade da mulher, maior a prevalência de interrupção do AME. No segundo manuscrito, verificou-se que a ausência da LMAT entre mulheres residentes no Distrito Federal estava fortemente associada à interrupção do AME nas análises agrupadas (PR [CI 95% I] 2,19 [1,44-3,34]. Conclusão: Não estar em licença-maternidade foi fato fortemente associado à interrupção do AME em 2008, tanto no nível nacional quanto no período (2008-2014) no Distrito Federal. Essa constatação reforça a importância da discussão da extensão da LMAT para 6 meses pelos formuladores de políticas no Congresso Federal Brasileiro, pois a LMAT pode permitir e facilitar o processo do AME até seis meses, de acordo com a recomendação da OMS. / Introduction: Breastfeeding among working women has become a major issue because of the increasing participation of women in the labor market as well as in the family income. Consequently, it unable women to stay out of working for an unpaid period and dedicate themselves to the care of their children, which may lead to changes in the care and feeding structure of the child. Thus, it is important to identify the impact of Maternity Leave (ML) on breastfeeding rates to support the formulation of new public policies. Objective: To analyze the association between maternity leave and exclusive breastfeeding (EBF) in two epidemiological surveys conducted by the Ministry of Health of Brazil. Methods: A cross-sectional study was conduct using data from the II Prevalence Survey on Breastfeeding held in 2008 (PPNAM) and the Monitoring of Child Feeding Practices conducted held in 2014 (MPAI). The first manuscript aimed to analyze the association between EBF interruption and absence of ML using data from children with less than 4 months’ participants of the II PPNAM (2008). The second manuscript aimed to analyze the association between ML and EBF interruption in children under four over time using data from the Federal District from the II PPNAM (2008) and the MPAI (2014) surveys. The II PPNAM was performed in the 2nd multivaccination campaign carried on all Brazilian capitals and the Federal District (DF) including children under 1 year. It was used samples by conglomerates, drawn in two stages. The MPAI was a telephone survey carried with mothers of children under two years of age, who were born in hospitals of the Unified Health System (SUS) in the DF. The of the sampling consisted of the systematic draw of 2,000 children born in hospitals of SUS and less than 24 months. In order to achieve the objectives of this study, the inclusion criteria for both surveys were use data of children under four months of age, in which it would be possible, in 2008, for formal working mothers to be on ML for 120 days. The questionnaire for both surveys comprised closed questions including questions about infant feeding in the last 24 hours and maternal work. The main explanatory independent variable was ML and the outcome was the EBF interruption. We used Poisson regression models for a bivariate and multiple analysis to estimate the prevalence ratio (PR) and the coefficient interval (CI95%) in the pooled sample and for each survey wave. Since the sample size from the two surveys were different, a sample weight was applied for each survey to have same representativeness in the pooled analysis. Results: In the first manuscript we observed an increase on the national EBF interruption prevalence after adjustment for co-variables (PR [CI95%] 1.23 [1.11 - 1.37]). Low birth weight, pacifier use, and primiparous mothers were factors associated with a higher EBF interruption prevalence. In addition, a dose-response component was observed between maternal schooling and EBF interruption, EBF. In the second manuscript we found that the absence of ML among women living in Federal District was strongly associated with EBF interruption in the pooled analyses (PR [CI95%] 2.19 [1.44-3.34]). Maternal and child age, pacifier use was also associated with EBF interruption. Conclusion: Not being on maternity leave was a strong factor associated with EBF interruption in 2008 at the national level as well as over time (2008-2014) in Federal District. This finding reinforces the importance of the discussion of the extension of ML to 6 months by policy makers in the Brazilian Federal Congress, because the ML can enable and facilitate the EBF process until six months according to the WHO recommendation.
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Maternidade e ativismo político : a luta de mães por democracia e justiça

Quintela, Débora Françolin 05 December 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciência Política, Programa de Pós-Graduação em Ciência Política, 2017. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2018-04-09T16:30:40Z No. of bitstreams: 1 2017_DéboraFrançolinQuintela.pdf: 1147166 bytes, checksum: f19b98af40530d17e7e4c1feb53b1a7d (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2018-04-11T17:40:27Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2017_DéboraFrançolinQuintela.pdf: 1147166 bytes, checksum: f19b98af40530d17e7e4c1feb53b1a7d (MD5) / Made available in DSpace on 2018-04-11T17:40:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2017_DéboraFrançolinQuintela.pdf: 1147166 bytes, checksum: f19b98af40530d17e7e4c1feb53b1a7d (MD5) Previous issue date: 2018-04-11 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). / A proposta desta dissertação é analisar a relação entre mulheres, maternidade e ativismo político, à luz das desigualdades de gênero, raça e classe. Parte-se do exame crítico da teoria do pensamento maternal, corrente da teoria feminista que afirma uma associação entre a responsabilização prioritária das mulheres pelos cuidados das crianças e o desenvolvimento de uma ética do cuidado, a qual pautaria o posicionamento político delas, em oposição à ética corrente na política, a da justiça. A hipótese é que essa abordagem não abarca a diversidade de experiências de mulheres, as quais estão localizadas em diferentes posições sociais, de modo que a afirmação da associação entre mulher e ética do cuidado, em detrimento da ética da justiça, é uma forma restritiva de pensar um contexto complexo. Com o objetivo de investigar uma amplitude maior de experiências de mulheres como mães e ativistas políticas, realizou-se uma revisão bibliográfica da produção de intelectuais negras sobre temas correlatos e uma pesquisa empírica com um grupo específico de mulheres militantes: o de mães periféricas cujos filhos foram assassinados pela polícia. Assumiu-se uma perspectiva interseccional, observando como se intercruzam as opressões de gênero, classe e raça na conformação das experiências desses sujeitos. Por meio de entrevistas de profundidade e análise documental, buscou-se compreender qual a orientação e linguagem das militantes em suas reivindicações e as concepções de justiça e cuidado que emergem da luta. Constatou-se que, embora motivadas a engajarem-se politicamente pelo amor e responsabilidade para com os filhos, essas mulheres o fazem orientadas por um robusto senso de justiça, a partir do qual julgam a ilegalidade dos crimes cometidos contra os filhos e também a desigualdade estruturante da sociedade brasileira, a qual, argumentam, distancia o país da consolidação democrática. / This thesis proposal is to analyze the relation between women, motherhood and political activism, considering gender, race and class inequalities. It starts with a critical examination of the theory of maternal thinking, a theoretical approach from within the feminist theory which affirms an association between women's prior responsibility for childcare and the development of an ethic of care, which would guide their political positioning, in contrast with the current ethic in politics, that of justice. The hypothesis of this study is that this approach does not cover the diversity of women's experiences (taking into account that they are located in different social positions), so that the statement of an association between woman and an ethic of care, to the detriment of an ethic of justice, is a restrictive way of analyzing a complex context. In order to investigate a greater range of women's experiences as mothers and as political activists, a review and an empirical research were carried out. It was a bibliographical review of the production of black intellectuals on related themes and an empirical research with a specific group of women activists, that of peripheral mothers whose children were murdered by the police. An intersectional perspective was adopted, which means that it was observed how the oppressions of gender, class and race intersect on the constitution of the experiences of these subjects. Through in-depth interviews and documentary analysis, an understanding of the orientation and language of the activists in their political claims was pursued, as well as the conceptions of justice and care that emerge from their struggle. It was found that, although motivated to engage politically by the love and responsibility towards their children, these women are guided by a robust sense of justice, from which they judge the illegality of the crimes committed against their children, as well as the structuring inequality of Brazilian society, which, they argue, keeps the country away from democratic consolidation.
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Maternidade em situação de infecção pelo HIV : um estudo sobre os sentimentos de gestantes soropositivas

Carvalho, Fernanda Torres de January 2005 (has links)
O presente estudo examinou os sentimentos de gestantes soropositivas para HIV a respeito da própria infecção, da maternidade e do bebê. Participaram do estudo seis gestantes com idades entre 26 e 35 anos, de nível sócio-econômico baixo, selecionadas em uma unidade de tratamento para HIV/AIDS. Realizou-se uma entrevista semi-estrutura com cada participante. Análise de conteúdo qualitativa foi utilizada, para examinar as respostas das participantes, baseada em três categorias: Experiência de infecção pelo HIV, Sentimentos no contexto da gestação e do HIV e Relações familiares e HIV. As gestantes relataram comportamentos sexuais de risco e, após a contaminação, dificuldade de assimilação do diagnóstico, com necessidade de justificar a origem da infecção. Também apareceram medos, culpas, preconceitos e a busca de religiosidade. Frustração com a própria mãe, perda da figura materna, falta de apoio familiar e instabilidade na relação com o pai do bebê foram características presentes entre as gestantes. A gestação impulsionou à busca de tratamento, já que não apresentavam boa adesão anterior à gravidez. Discute-se a importância de intervenções interdisciplinares dirigidas a gestantes soropositivas, contribuindo para sua adesão ao tratamento e para a prevenção da infecção do bebê.
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Tornar-se mãe : a maternidade da gestação ao primeiro ano de vida do bebê

Gianlupi, Andrea Ferrari January 2003 (has links)
Este estudo investigou o processo de tornar-se mãe em mulheres primíparas. Foram examinados quatro estudos de casos em três momentos: no final da gestação e no terceiro e oitavo mês de vida do bebê. As entrevistas realizadas nestes momentos foram analisadas com base na teoria psicanalítica, utilizando-se de quatro eixos teóricos interpretativos. O primeiro deles, o narcisismo, refere-se à necessidade de a mãe atualizar e reeditar o narcisismo infantil na relação com o seu bebê. O segundo, o mito familiar, refere-se ao lugar revelado através do discurso dirigido ao personagem que o bebê encarna e que será determinante para a constituição subjetiva dessa criança em particular. O terceiro, o Complexo de Édipo, refere-se ao destino possível para a maternidade esboçado pela herança identificatória infantil. Por fim, o quarto, o bebê imaginado (na gestação) e características do bebê (depois do nascimento), relacionam-se ao processo imaginativo materno sobre o futuro bebê e às atualizações do bebê imaginado ao bebê da realidade. Além de enfatizarem o momento atual, os relatos das mães durante as entrevistas acentuaram questões da própria infância e a relação com os próprios pais ou substitutos, o que permitiu compreender as atualizações e reedições da sua história constitutiva na relação com o bebê. Discutidos à luz da literatura os relatos e análises permitem pensar o processo de tornar-se mãe como uma reconstituição psíquica das mães pela atualização e reedição da própria constituição infantil.
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Maternidade e práticas de saúde: o instituído e o possível

Moura, Solange Maria Sobottka Rolim de [UNESP] 12 December 2003 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:29:04Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2003-12-12Bitstream added on 2014-06-13T18:58:27Z : No. of bitstreams: 1 moura_smsr_me_assis.pdf: 747183 bytes, checksum: 1545f3f26717d129f05d202d1d54a49a (MD5) / Este trabalho problematiza as práticas discursivas e não discursivas referentes ao papel materno que circulam no âmbito da saúde pública e no contexto da família. Para isso utilizamos um programa de saúde materno-infantil - o Programa Canguru, contextualizando historicamente os elementos envolvidos tanto em sua concepção quanto em sua efetivação: o conceito de maternidade, as práticas de maternagem e as políticas de humanização ao atendimento desenvolvido nas instituições hospitalares. Nosso objetivo foi analisar como estes elementos se articulam na construção de novos sentidos para o papel materno. Para isso entrevistamos dez mulheres usuárias do Programa Canguru num hospital da rede pública e também as observamos durante esta prática. Na análise dos dados utilizamos como método a análise do discurso. A partir de núcleos de sentidos apreendidos nos discursos das entrevistadas, definimos quatro dimensões de análise: família e religião; o impacto do nascimento prematuro; desconfiança e resistência nas relações com instituições e profissionais de saúde; e a experiência com o Programa Canguru. No trabalho analítico buscamos apreender o processo de singularização e as estratégias utilizadas pelas entrevistadas na produção de sentidos sobre a maternidade e as práticas de maternagem. A família, estruturada de forma hierárquica e com rígida divisão de papéis segundo o sexo, aparece como o principal organizador das experiências das entrevistadas e dos sentidos atribuídos à maternidade. O exercício da maternidade é descrito como essencial para a constituição do papel feminino. A religião surge... / This paper question the speech practices and non speech referring at the maternal function that are around the ambit of the public health and in the family context. For that was used a health program of maternal-childish - The Kangaroo Care, putting on the historical context the elements that are involved as much the conception as the effectuation: the concept of maternity, the practices of maternal care and the policy of humanization of the service developed at the hospital institutions. Our goal was analyze how these elements are articulate at the construction of new feelings to maternal play. So we interviewed ten women that was usurers of the Kangaroo Care in a public hospital and we observed them during the practice too. At the analyze of the dates it was used as a method the analyze of the speech. From the nucleus of the senses took at the speech of the subject, were define four dimensions to analyze: family and religion; the impact of the premature birth; suspicion and resistance in relations with institutions and health workers; and the experience with the Kangaroo Care. At the analytic work we tried to took the process of the signalize and the strategies used by the subjects at the production of the feelings about the maternity and the practices of maternal care. The family that has a hierarchy structure and rigid division of places according to the sex, appears as a mainly organizer of the experiences of the subjects and of the feelings attributed to maternity. The exercise of the maternity is descript as essential to the constitution of the feminine place. Religion shows up as an important element to guarantee the emotional support to the family in situation of crises, such as a premature birth of a child... (Complete abstract, click electronic access below)

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