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Avaliação do fluxo sanguíneo do sistema porta na mielite pelo Schistosoma mansoniHenrique Fernandes Vidal, Claudio January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / A esquistossomose é considerada um problema de saúde pública mundial, sendo endêmica em aproximadamente 74 países e acometendo cerca de 200 milhões de pessoas. Das formas clínicas consideradas como ectópicas da infecção pelo Schistossoma mansoni, o acometimento do sistema nervoso é a mais freqüente, tendo na medula, o sítio de predileção. A fisiopatogênese da mielopatia esquistossomótica não é completamente entendida, sendo escassas as publicações que tentam inferir a relação entre o estágio clínico sistêmico da doença e suas manifestações neurológicas. A hipertensão porta é descrita como excepcional no momento que o paciente desenvolve o quadro mielopático. O objetivo desse estudo foi avaliar o fluxo sanguíneo do sistema porta em pacientes com mielite esquistossomótica, e compará-lo em relação a portadores das formas intestinal ou hepatointestinal da esquistossomose mansônica, e controles sadios. Material e métodos: Foram avaliados 43 indivíduos pela dopplerfluxometria portal, divididos em três grupos, quanto às variáveis: velocidade venosa, fluxo venoso e índice de congestão. O grupo I constou de 13 pacientes com esquistossomose medular, sendo o grupo II composto por 10 portadores de formas leves da infecção pelo Schistossoma mansoni (intestinal e hepatointestinal) e o grupo III, por 20 controles sadios. Resultados: A velocidade venosa portal e o fluxo venoso portal foram significativamente mais elevados (p-valor < 0,001) no grupo I, em relação aos demais. Conclusão: A dopplerfluxometria demonstrou a presença de estados hiperdinâmicos do leito vascular porta em pacientes com mielite pelo Schistossoma mansoni, quando comparados a indivíduos sadios e portadores das formas intestinal e hepatointestinal da esquistossomose mansônica
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Perfil clínico e epidemiológico dos portadores de mielorradiculopatia esquistossomótica atendidos em uma unidade de saúde de Pernambuco / Clinical and epidemiological profile of persons with Schistosomiasis Mielorradiculopathy treated in a unit of Health of PernambucoSilva, Cristiana Machado da Rosa e January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / A esquistossomose mansônica (EM) ainda representa um dos maiores e mais graves problemas de saúde pública no Brasil. A população acometida geralmente reside em áreas endêmicas e enfrenta problemas relacionados a precárias condições de higiene e de recursos sanitários. A parasitose encontra-se em processo de urbanização, passando a envolver cada vez mais os centros urbanos e áreas litorâneas. Pernambuco é considerado um dos Estados de maior prevalência da doença no Nordeste e grande parte de seus municípios localizam-se em áreas endêmicas. Hoje, a mielorradiculopatia esquistossomótica (MRE) é considerada uma das formas ectópicas mais graves da infecção pelo S. mansoni, sendo bastante freqüente entre as mielopatias não traumáticas. Diante da subnotificação do número de casos, do aumento dos relatos da neuroparasitose e da carência de estudos sistemáticos, o estudo propõe-se a descrever e caracterizar as manifestações clínicas e questões epidemiológicas do grupo populacional com MRE atendido em uma unidade de saúde no Estado de Pernambuco, no período de 2002 a 2006. Foram avaliados 6277 prontuários, dos quais 82 (18 por cento) eram de casos de MRE, com faixa etária compreendida entre 14 a 75 anos, sendo predominantemente oriundos da região metropolitana de Recife, não mais restritos a regiões consideradas endêmicas. Os resultados mais importantes encontrados foram: sexo masculino (63,4 por cento), contato com coleção hídrica (92 por cento), nível da lesão torácica (51,2 por cento), forma mielorradicular (80 por cento), parasitológico de fezes (32,6 por cento), terapêutica específica associada à corticoterapia (55 por cento) / As manifestações clínicas mais freqüentes foram: fraqueza muscular (100 por cento), dificuldade para deambular (52 por cento), hipo ou arreflexia aquiliana (56 por cento) e patelar (57,3 por cento). Espera-se que os resultados apresentados colaborem para um maior reconhecimento da parasitose. A pesquisa aponta para a necessidade de se estabelecer uma padronização propedêutica a fim de se considerar a EM como etiologia provável das mielorradiculopatias, independente do município de procedência, favorecendo o prognóstico e evitando a subnotificação da MRE. Recomenda-se a realização de novos estudos que levem ao conhecimento da prevalência da MRE em Pernambuco
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Prevalência de doença celíaca em pacientes com doenças desmielinizantes do sistema nervoso centralOliveira, Pérola de 31 January 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, 2014. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2014-05-07T14:33:04Z
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2014_PerolaOliveira.pdf: 1195383 bytes, checksum: 4a98f936c74babeb72de17f0574f4866 (MD5) / Esclerose múltipla, neuromielite óptica ou doença de Devic e mielites são desordens inflamatórias, autoimunes e neurodegenerativas que envolvem o sistema nervoso central. A doença celíaca é uma afecção imunomediada caracterizada por intolerância permanente a proteínas contidas no glúten que, em indivíduos geneticamente susceptíveis, resulta em progressivas e graves lesões da mucosa entérica. A coexistência entre doença celíaca e doença desmielinizante do sistema nervoso central é sugerida desde a década de 1960, contudo há poucos trabalhos publicados e os resultados encontrados são conflitantes. O objetivo do presente estudo foi ddeterminar a prevalência de doença celíaca em pacientes com diagnóstico de doença desmielinizante do sistema nervoso central, especificamente, esclerose múltipla, neuromielite óptica e mielites de causa não determinada. Foi realizado estudo de prevalência com pacientes assistidos na Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação com idade igual ou superior a 16 anos, de ambos os sexos, em acompanhamento médico regular no período compreendido entre março de 2012 e setembro de 2013, com diagnóstico de esclerose múltipla, neuromielite óptica ou mielite idiopática. Foi realizada pesquisa sérica para anticorpos antitransglutaminase tissular (IgA-tTG) e antiendomísio (IgA-EMA). Os resultados obtidos foram comparados com a literatura sobre prevalência da doença celíaca na população brasileira. Foram avaliados 379 pacientes com diagnóstico de doença desmielinizante do sistema nervoso central. Deste total, 249 (65,70%) pacientes tinham diagnóstico de esclerose múltipla, 37 (9,56%) de neuromielite óptica e 96 (24,54%) de mielites idiopáticas. Dois pacientes (0,53%) apresentaram IgA-tTG e IgA-EMA positivos, sendo um com diagnóstico de esclerose múltipla e outro de mielite. A prevalência de doença celíaca encontrada entre os pacientes com doenças desmielinizantes do SNC (0,53%) foi maior que a prevalência de doença celíaca na população brasileira obtida em estudo de 2003 com 2371 adultos em região geográfica semelhante ao estudo atual e que foi de 0,21%. Estes dados reforçam a suspeita de que a doença celíaca seja mais frequente em pacientes com doença desmielinizante do sistema nervoso central (SNC). Outros estudos são necessários para confirmar estes achados. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Introduction: Multiple sclerosis, neuromyelitis optica or Devic's disease and myelitis are inflammatory, autoimmune and neurodegenerative disorders involving the central nervous system. The celiac disease is an immune-mediated condition characterized by a permanent intolerance to the gluten protein in genetically susceptible individuals, leading to in progressive, severe enteric mucosal lesions. The coexistence between celiac disease and demyelinating illness of central nervous system is suggested since the 1960s; however, there are few published studies and the results are controversial. Objective: Determining the prevalence of celiac disease in patients diagnosed with demyelinating disease of the central nervous system, specifically multiple sclerosis, neuromyelitis optica and myelitis of undetermined etiology. Methods: A prevalence study was conducted with patients assisted in the Sarah Network of Rehabilitation Hospitals, minimum age of 16 years, of both gender, in regular medical monitoring between March 2012 and September 2013, with a diagnosis of multiple sclerosis, neuromyelitis optica and myelitis of unknown etiology. It was performed a laboratory serum research for anti-tissue transglutaminase and antiendomysium antibodies. The results were compared with the literature about the prevalence of celiac disease in Brazilian population. Results: We evaluated 379 patients with a diagnosis of demyelinating disease of the central nervous system. From the total, 249 (65.70%) individuals were diagnosed with multiple sclerosis, 37 (9.56%) with neuromyelitis optica and 96 (24.54%) with idiopathic myelitis. Two patients (0.53 %) presented positive IgA - tTG and IgA –EMA; one of them was diagnosed with multiple sclerosis, and the other with myelitis. Discussion: The prevalence of celiac disease found among patients with demyelinating diseases of the CNS, 0.53 %, was higher than the prevalence of celiac disease in Brazilian population obtained in the 2003 study with 2371 adults in a similar geographic region to the current study and that it was 0.21%. Conclusion: These data reinforce the suspicion that celiac disease is more frequent in patients with demyelinating disease of the central nervous system (CNS).
Other population studies are necessary to confirm these findings.
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Estudo comparativo do acometimento medular entre a mielite transversa aguda idiopática e a neuromielite óptica / Comparative study of spinal cord involvement between idiopathic acute transverse myelitis and neuromyelitis opticaFeitoza, Pablo Vinícius Silveira 22 July 2016 (has links)
Introdução: A mielite transversa aguda é uma lesão inflamatória da medula espinhal, expressa por acometimento dos sistemas sensitivo, motor e autonômico. Entidade nosológica que pode representar um episódio de doença desmielinizante primária do sistema nervoso central e determina grande grau de incapacidade funcional. Objetivo: Caracterizar os aspectos clínicos, laboratoriais e de imagem que permitam distinguir o padrão de acometimento medular da mielite transversa aguda idiopática (MTAi) e a neuromielite óptica (NMO). Casuística e métodos: Estudo de casos e controles, retrospectivo, comparativo entre indivíduos com critérios diagnósticos para MTAi e NMO. Admitindo-se como dados estatisticamente significantes p < 0,05. Resultados: Foram incluídos 33 pacientes divididos em dois grupos, sendo 16 pacientes com o diagnóstico de MTAi e 17 pacientes com NMO. A evolução ao nadir deficitário foi de 6,25 ± 3,87 e 10 ± 4,04 dias nos grupos MTAi e NMO, respectivamente. As escalas de funcionalidade Rankin modificada e EDSS modificada aplicadas à admissão e à alta diferiram entre os grupos denotando maior comprometimento pela MTAi (p=0,001). O número de pacientes com EDSS à alta <= 3 foi 10,06 + 4,15 e > 3 foi 6,41 + 3,82 (p=0,014). Houve maior comprometimento axial > 50% da medula na MTAi (p=0,001). A mielite recorreu em 79% dos casos de NMO, enquanto em apenas 25% da MTAi. O anticorpo antiaquaporina 4 (82,35%) e a neurite óptica (88,2%) apresentaram maior associação à NMO. Conclusão: A MTAi apresenta uma evolução mais precoce ao nadir deficitário clínico, maior comprometimento concomitante dos sistemas sensitivo, motor e esfincteriano, maior grau de incapacidade funcional, mais frequentemente curso monofásico, maior comprometimento axial medular e mais dor lombar comparativamente à NMO. Enquanto a NMO apresentou mais frequentemente mielite recorrente, maior positividade para anticorpo antiaquaporina 4 e episódios de neurite óptica. / Introduction: Acute transverse myelitis is an inflammatory injury of the spinal cord, expressed by involvement of sensory, motor and autonomic systems. This nosological entity may represent an episode of primary demyelinating disease of the central nervous system and result in high degree of disability. Objective: To characterize the clinical, laboratory and imaging that can distinguish the pattern of spinal cord involvement of idiopathic acute transverse myelitis (iATM) and neuromyelitis optica (NMO). Methods: Retrospective, cases and controls study, comparison between individuals with diagnostic criteria for iATM and NMO. Admitting statistically significant data p <0.05. Results: 33 patients were included divided into two groups, 16 patients diagnosed with MTAi and 17 patients with NMO. The evolution to deficit nadir was 6.25 ± 3.87 and 10 ± 4.04 days in iATM and NMO groups, respectively. The admission and outcome Rankin functionality scales modified and modified EDSS differed between the groups showing greater commitment by iATM (p = 0.001). The number of patients with outcome EDSS <= 3 was 10.06 + 4.15 and > 3 was 6,41 + 3,82 (p=0,014). There was a greater axial involvement > 50% of the spinal cord in iATM (p = 0.001). The myelitis recurred in 79% of cases of NMO, whereas in only 25% of iATM. The antiaquaporina antibody 4 (82.35%) and optic neuritis (88.2%) showed greater association with NMO. Conclusion: iATM presents an early clinical evolution to deficit nadir, higher concomitant compromise of sensitive, motor and sphincter systems, higher degree of disability, most often monophasic course, most spinal axial involvement and more back pain compared to NMO. Meanwhile, NMO presented more often recurrent myelitis, higher positivity for antiaquaporina antibody 4 and episodes of optic neuritis.
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Estudo comparativo do acometimento medular entre a mielite transversa aguda idiopática e a neuromielite óptica / Comparative study of spinal cord involvement between idiopathic acute transverse myelitis and neuromyelitis opticaPablo Vinícius Silveira Feitoza 22 July 2016 (has links)
Introdução: A mielite transversa aguda é uma lesão inflamatória da medula espinhal, expressa por acometimento dos sistemas sensitivo, motor e autonômico. Entidade nosológica que pode representar um episódio de doença desmielinizante primária do sistema nervoso central e determina grande grau de incapacidade funcional. Objetivo: Caracterizar os aspectos clínicos, laboratoriais e de imagem que permitam distinguir o padrão de acometimento medular da mielite transversa aguda idiopática (MTAi) e a neuromielite óptica (NMO). Casuística e métodos: Estudo de casos e controles, retrospectivo, comparativo entre indivíduos com critérios diagnósticos para MTAi e NMO. Admitindo-se como dados estatisticamente significantes p < 0,05. Resultados: Foram incluídos 33 pacientes divididos em dois grupos, sendo 16 pacientes com o diagnóstico de MTAi e 17 pacientes com NMO. A evolução ao nadir deficitário foi de 6,25 ± 3,87 e 10 ± 4,04 dias nos grupos MTAi e NMO, respectivamente. As escalas de funcionalidade Rankin modificada e EDSS modificada aplicadas à admissão e à alta diferiram entre os grupos denotando maior comprometimento pela MTAi (p=0,001). O número de pacientes com EDSS à alta <= 3 foi 10,06 + 4,15 e > 3 foi 6,41 + 3,82 (p=0,014). Houve maior comprometimento axial > 50% da medula na MTAi (p=0,001). A mielite recorreu em 79% dos casos de NMO, enquanto em apenas 25% da MTAi. O anticorpo antiaquaporina 4 (82,35%) e a neurite óptica (88,2%) apresentaram maior associação à NMO. Conclusão: A MTAi apresenta uma evolução mais precoce ao nadir deficitário clínico, maior comprometimento concomitante dos sistemas sensitivo, motor e esfincteriano, maior grau de incapacidade funcional, mais frequentemente curso monofásico, maior comprometimento axial medular e mais dor lombar comparativamente à NMO. Enquanto a NMO apresentou mais frequentemente mielite recorrente, maior positividade para anticorpo antiaquaporina 4 e episódios de neurite óptica. / Introduction: Acute transverse myelitis is an inflammatory injury of the spinal cord, expressed by involvement of sensory, motor and autonomic systems. This nosological entity may represent an episode of primary demyelinating disease of the central nervous system and result in high degree of disability. Objective: To characterize the clinical, laboratory and imaging that can distinguish the pattern of spinal cord involvement of idiopathic acute transverse myelitis (iATM) and neuromyelitis optica (NMO). Methods: Retrospective, cases and controls study, comparison between individuals with diagnostic criteria for iATM and NMO. Admitting statistically significant data p <0.05. Results: 33 patients were included divided into two groups, 16 patients diagnosed with MTAi and 17 patients with NMO. The evolution to deficit nadir was 6.25 ± 3.87 and 10 ± 4.04 days in iATM and NMO groups, respectively. The admission and outcome Rankin functionality scales modified and modified EDSS differed between the groups showing greater commitment by iATM (p = 0.001). The number of patients with outcome EDSS <= 3 was 10.06 + 4.15 and > 3 was 6,41 + 3,82 (p=0,014). There was a greater axial involvement > 50% of the spinal cord in iATM (p = 0.001). The myelitis recurred in 79% of cases of NMO, whereas in only 25% of iATM. The antiaquaporina antibody 4 (82.35%) and optic neuritis (88.2%) showed greater association with NMO. Conclusion: iATM presents an early clinical evolution to deficit nadir, higher concomitant compromise of sensitive, motor and sphincter systems, higher degree of disability, most often monophasic course, most spinal axial involvement and more back pain compared to NMO. Meanwhile, NMO presented more often recurrent myelitis, higher positivity for antiaquaporina antibody 4 and episodes of optic neuritis.
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Estudo longitudinal dos aspectos clínicos, laboratoriais e imagenológicos de pacientes MOG-IgG positivo / Longitudinal study of clinical, laboratorial and imaging aspects of MOG-IgG positive patientsSalles, Luana Michelli Oliveira de Paula 28 February 2019 (has links)
Introdução: A doença associada ao anticorpo MOG-IgG tem sido reconhecida como uma entidade clínica distinta de neuromielite óptica (NMO) e esclerose múltipla (EM). As principais apresentações clínicas associadas ao MOG-IgG são neurite óptica (NO), mielite e encefalite. Apesar das crescentes evidências na literatura, o papel da análise longitudinal de MOG-IgG ainda não é conhecido. Os objetivos deste estudo foram 1) descrever os aspectos clínicos, laboratoriais e imagenológicos dos pacientes MOG-IgG positivo; 2) estudar as diferenças clínicas e laboratoriais entre os pacientes MOG-IgG com curso monofásico e recorrente; 3) analisar a existência de fatores preditores de recorrência de surtos; 4) investigar se a persistência de MOG-IgG determina doença recorrente; 5) comparar as características clínicas e laboratoriais de pacientes MOG-IgG com pacientes NMOSD AQP4-IgG positivo e negativo. Casuística e métodos: após avaliação de elegibilidade de 574 sujeitos, foram incluídos 31 pacientes MOG-IgG positivos. Estes pacientes foram divididos em dois grupos segundo o padrão de surto, monofásico ou recorrente. Os pacientes foram acompanhados por dois anos em consulta clínica semestral e coleta anual de amostra de sangue para avaliação de MOG-IgG e AQP4-IgG. Resultados: neurite óptica (NO) foi frequente em ambos os grupos sem diferença significativa. Mielite foi encontrada em maior proporção nos pacientes recorrentes, porém sem significância estatística. NO acarretou maior risco para novos surtos, RC= 3,66 (IC 95 % 1,03- 29,91) (p 0,048). Após um primeiro surto de NO, existe uma probabilidade de 75% de que o segundo surto seja também NO. A mesma análise foi realizada para pacientes com mielite no primeiro surto, com uma probabilidade de 80% de mielite no segundo surto. A mediana de EDSS foi maior no grupo de pacientes recorrentes, sendo a diferença significativa entre o grupo recorrente e monofásico (p 0,013). A doença associada ao MOG-IgG possui bom prognóstico com melhora significante de EDSS e acuidade visual (AV) no desfecho quando comparados aos do evento inicial. O desfecho de AV não se correlacionou diretamente com número de episódios de NO. O tratamento imunossupressor profilático reduziu de forma significativa a ocorrência de surtos (p < 0,001). Na análise longitudinal de sorologias de MOG-IgG, a permanência de MOG-IgG esteve associada à atividade clínica de doença e o tratamento imunossupressor reduziu de forma significativa a taxa de amostras positivas. Altos títulos de MOG-IgG tiveram correlação com maior número de surtos de neurite óptica. As sorologias de pacientes com curso monofásico se tornaram negativas ao longo do seguimento clínico, e pacientes recorrentes em remissão clínica também apresentaram menor proporção de amostras positivas / Introduction: The MOG-IgG-associated disease has been recently recognized as different from multiple sclerosis and neuromyelitis optica spectrum disorders. The main phenotypes associated with MOG-IgG are optic neuritis, myelitis and encephalitis. Although there is a growing body of evidence in the literature, the role of longitudinal MOG-IgG analysis is still unknown. The objectives of this study were: 1) to describe clinical and laboratorial aspects of MOG-IgG positive patients; 2) to study the differences between monophasic and relapsing group in clinical and laboratorial aspects; 3) to analyze predictors factors associated with risk of recurrence; 4) to investigate if the persistence of MOG-IgG is associated with risk of relapses; 5) to compare clinical and laboratorial aspects of MOG-IgG patients with NMOSD AQP4-IgG positive and negative patients. Methods: After assessment of eligibility in 574 subjects, 31 patients have been included. These patients have been divided in two groups, according to the course of the disease, if monophasic or relapsing. They have been followed for two years. During this period, annual blood samples have been collected to detect MOG-IgG and AQP4-IgG. Results: optic neuritis (ON) phenotype was frequent in both, monophasic and relapsing group; there were no statistically significant differences between them. Myelitis predominates in the relapsing group, with no significance though. The risk of recurrence is increased by having ON OR 3,66 (CI 95 % 1,03- 29,91) (p 0,048). In a logistic regression analysis, when the patient had ON in the first attack, we found a 75 % probability of having ON in the second attack. When analyzing myelitis, the risk of having a second myelitis as a phenotype was 80%. There were significant differences in EDSS scores between monophasic and relapsing patients (p 0,013). Good outcomes have been found when evaluating EDSS scores and visual acuity at the last visit. Immunossupressor treatment has significantly reduced the number of relapses (p < 0,001). When analyzing longitudinal MOG-IgG samples, relapses have been associated with positive serostatus and the immunosuppressor treatment has significantly reduced the proportion of MOG-IgG positivity. High MOG-IgG titers have been associated with higher proportion of optic neuritis relapses. Monophasic patients became MOG-IgG negative during follow-up, as well as relapsing patients on clinical remission
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Estudo prospectivo da mielite transversa longitudinalmente extensa: análise dos fatores clínicos, laboratoriais e imagenológicos / Prospective study of longitudinally extensive transverse myelitis: analysis of clinical, diagnosis and prognosis factorsPereira, Samira Luisa dos Apóstolos 01 February 2013 (has links)
ntrodução: A mielite transversa longitudinal extensa (MTLE), uma forma grave de síndrome medular (SM) inflamatória associada à lesão da medula espinhal (LME) propagada por três ou mais segmentos vertebrais (SV) à ressonância magnética (RM), é considerada um espectro da neuromielite óptica (ENMO). A neuromielite óptica (NMO), caracterizada por episódios graves e recorrentes de neurite óptica e mielite, é associada a um anticorpo específico, direcionado contra a aquaporina-4 (AQP4-IgG), presente em cerca de 80% dos casos da NMO e 40% dos casos de MTLE isolada. O uso de terapia imunossupressora de manutenção, indicada em pacientes com NMO, é indefinido naqueles com primeiro episódio de MTLE (PEMTLE), cujos casos soronegativos podem representar o evento inicial da NMO ou uma forma isolada da MTLE (MTLEI). A distinção entre estas entidades, por critérios clínicos, paraclínicos e evolutivos, ainda não foi estudada e constitui o objetivo deste estudo. Métodos: Entre 2005 e 2011, 182 pacientes consecutivos admitidos na Clinica Neurológica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo com MTLE foram avaliados. Critérios de exclusão: doença vascular, desmielinizante, infecciosa ou sistêmica que justificasse o quadro de MTLE. Critérios de inclusão: 41 pacientes com PEMTLE, sem etiologia definida. A casuística consistiu de 27 (65,9%) mulheres, e 33 (80,5%) afrodescendentes, com idade média de 39,5 anos. Avaliados quanto à sorologia para o AQP4-IgG (imunofluorescência indireta) e quanto à recorrência, os pacientes foram classificados como ENMO ou MTLEI ao final do acompanhamento prospectivo. Os dados clinicos, laboratoriais, imagenológicos e evolutivos foram comparados, e o modelo de análise discriminante (AD) foi utilizado para diferenciar as duas condições clínicas. Resultados: Após o seguimento prospectivo médio de 3,7 anos (DP±2,2), 22 pacientes (53,%) apresentaram MTLE isolada monofásica e soronegativa e 19 (46,3%) receberam diagnóstico de ENMO, em razão da soropositividade para AQP4-IgG em 11 (26,8%) e/ou recorrência em 12 (29,3%) pacientes. O perfil demográfico não distinguiu os grupos (p>0,5), e as seguintes variáveis clínicas sugeriram o diagnóstico de MTLEI (p<0,05): SM estrita de instalação aguda, com média de 7 dias, com déficit motor moderado, menor freqüência de sinal de Lhermitte e espasmos tônicos, ausência de sintomas sistêmicos e sugestivos de comprometimento do tronco, tais como mialgia, astenia, anorexia, soluços, náuseas ou vômitos. As seguintes variáveis paraclínicas suportaram o diagnóstico de MTLEI (p<0,05): discreta pleocitose no líquido cefalorraquidiano, sobretudo com menos de 50 células/mm3, e LME à RM com extensão menor que 6 SV, associado à ausência de lesões bulbares e alterações encefálicas inespecíficas. A distinção entre a MTLE isolada e o ENMO foi validada pelo modelo de AD (p=0,005). Na fase aguda, a redução na incapacidade funcional ocorreu em todos os pacientes tratados (p<0,05). Na fase crônica, o uso de tratamento imunossupressor associou-se à menor chance de recorrência quando comparada à historicamente estimada, em pacientes soropositivos, e não implicou em menor chance de recorrência no grupo de soronegativos (p=1,0). Conclusão: O primeiro episódio de MTLEI apresenta características clinicas, laboratoriais e radiológicas distintas do ENMO. O perfil clínico, a soronegatividade ao AQP4-IgG e a evolução monofásica no período de 3 anos, permitem delinear uma entidade clínica restrita à medula espinhal / Background: Longitudinally extensive transverse myelitis (LETM), refers to severe inflammatory spinal cord syndrome associated with propagate lesion spanning over three or more vertebral segments (VS) on spinal cord Magnetic Resonance Image (MRI), and is regarded a spectrum of NMO (NMOSD). NMO, characterized by recurrent course of severe optic neuritis and myelitis, is associated with serum antibody that target aquaporin-4 (AQP4-IgG) in 80% of NMO and around 40% of LETM. Chronic immunosupression is suggested in NMO, while is uncertain in first-ever LETM (FELETM). In this context, seronegative cases may represent a limited form of NMO or an isolated LETM (ILETM). Discriminate between this clinical conditions, through significant therapeutic implications, are not clear. The aim of present study is distinguish ILETM from NMOSD by clinical, paraclincal and evolution parameters. Methods: We evaluated all 182 consecutive patients admitted with LETM at Neurologic Clinic of Sao Paulo University School of Medicine between 2005 until 2011. Exclusion criteria were vascular, demyelinating, infectious or systemic disease associated with LETM. The sample consists of 41 FELETM patients, 27 (65.9%) female, e 33 (80.5%) afro-brazilian, with mean age of onset of 39.5 (±15.5 of standard deviation (SD). Patients, evaluated to AQP4-IgG serologic status and recurrence, were classified as ILETM or NMOSD at end of follow-up. Clinical, serological, neuroimaging and evolutive data were compared and discriminant analysis model were done to distinguish between both conditions. Results: Over the mean time of follow-up of 3.7 years (±2.2SD), 22 patients presents as monophasic seronegative ILETM, while 19 (46.3%) were diagnosed as NMOSD due AQP4-IgG seropositivity in 11 (26.8%) or recurrent evolution in 12 (29.3%) patients. Demographic data did not discern groups (p>0.5), while following clinical features suggested ILETM (p<0.05): acute installation, over seven days mean, of strict spinal cord syndrome, characterized by moderate motor impairment, and lower frequency of Lhermitte sign and tonic spasms, associated without systemic and brainstem symptoms such as myalgia, anorexia, asthenia, nausea, hiccups or vomiting. Subsequent paraclinical findings discern both conditions and endured ILETM (p<0.05): mild pleocitosis, typically under 30 cels/mm3, and SCL propagate over lesser then six VS on MRI beside absence of bulbar and nonspecific brains abnormalities. AD model validate distinction between ILETM and NMOSD (p=0.005). Reduction in disability occurred in all patients treated with immunesuppressors at acute stage (p<0.001). Seropositive LETM patients developed lower recurrence rate when compared with hystoric controls. In seronegative LETM patients, relapse rate did not correlate with chronic imunossupression (p=1.0). Conclusion: First-ever LETM presents clinical and paraclinical features distinctive from NMOSD. Thus, clinical pattern, AQP4-IgG negative serologic status and monophasic evolution over three years follow-up, allowed us delineate a spinal cord-restrict clinical entity
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Investigação sobre a ocorrencia de eaquistossomose mansonica medular autoctonse em uma região com baixa endemicidade (Campinas - SP) / Study on the occurence of spinal cord neuroschistosomiasis mansoni in a low prevalence area (Campinas, SP, Brazil)Freitas, Andre Ricardo Ribas 13 August 2018 (has links)
Orientador: Luiz Jacintho Silva / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-13T10:32:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2007 / Resumo: Os programas de controle da esquistossomose têm obtido relativo sucesso ao controlar a morbidade relacionada a altas cargas parasitárias desta doença, sem, no entanto, diminuir a área de transmissão no Brasil. Como a neuroesquistossomose medular á uma forma grave de esquistossomose não relacionada a altas cargas parasitárias existe risco teórico de ocorrer em áreas de baixa endemicidade. O objetivo deste estudo foi estudar a ocorrência da NE (neuroesquistossomose) medular em uma região de baixa endemicidade, região de Campinas, estado de São Paulo. Foi feito um estudo retrospectivo, descritivo de base hospitalar com busca ativa em múltiplas fontes de informação. Utilizou-se como base os dois maiores hospitais públicos da região de Campinas. Os pacientes com diagnóstico de NE medular tiveram seus diagnósticos ratificados por critérios padronizados e baseados em quadro clínico típico, comprovação da infecção por Schistosoma mansoni e exclusão de outras causas de mielopatia. Os pacientes foram classificados como autóctones, importados, sem informação e indeterminado. Após esta classificação os dados clínicos e epidemiológicos foram analisados. Foram identificados 27 pacientes com NE medular dos quais 19 (85,2%) homens e 4 (14,8%) mulheres, as idades no momento do diagnóstico foram de 13 a 57 anos (média=31,2; desvio padrão=12,8 e mediana=29). Os pacientes foram classificados quanto ao local provável de infecção da seguinte forma: 14(51,9%) autóctones, 11(40,7%) importados e 2(7,4%) sem informações, não houve paciente classificado como indeterminado. Todos os pacientes importados se infectaram em municípios de áreas de alta endemicidade. A clínica deste grupo de pacientes não foi diferente do encontrado na literatura, nem foi diferente quando comparados os pacientes autóctones com os importados. Houve uma demora média de 70,6 dias (mediana=19; dp=166,9) entre a primeira consulta e o diagnóstico. A demora foi em média 88,1 dias maior entre os pacientes autóctones (média=112 dias; mediana=26; dp=224,3) do que entre os importados (média=23,9 dias; mediana=9; dp=42,7) e esta diferença foi estatisticamente significativa p=0,0247. A sensibilidade da sorologia foi de 87,5%, da imunologia de LCR 93,8% e dos exames parasitológicos foi de 40,0%. Apenas 4 (14,8%) tiveram evolução com melhora completa, 6 (22,2%) apresentaram melhora sem limitações, 13 (48,1%) apresentaram melhora com limitações e 4 (14,8%) não apresentaram melhora alguma. Apenas 11 pacientes (41%) com NE medular incluídos neste estudo estavam notificados à vigilância epidemiológica e a informação de que estes pacientes tinham quadros neurológicos não constavam no banco de informações do SINAN. Concluiu-se que a NE medular ocorre mesmo em áreas de baixa endemicidade e nestas áreas existe uma demora muito grande no diagnóstico, principalmente entre os pacientes autóctones. O exame de fezes não se mostrou sensível para diagnóstico e rastreamento de pacientes vulneráveis a NE medular por se tratarem de pacientes com baixas cargas parasitárias. Portanto métodos diagnósticos mais sensíveis deveriam ser utilizados pelos programas de controle de esquistossomose / Abstract: Programs for schistosomiasis control have enjoyed relative success in controlling death associated to high parasitary loads for this illness, without, however, decreasing the area of transmission in Brazil. Since spinal neuroschistosomiasis is a grave form of neuroschistosomiasis unrelated to high parasitary loads, there is a theoretical risk of its occurrence even when not in a particularly endemic area. The goal of this study was to study the occurrence of spinal NE (neuroschistosomiasis) in a non-endemic area, the region of Campinas, in the Sate of São Paulo. A retrospective, descriptive, hospital-based study was carried, with information actively sought after from various sources of information. The two largest public hospitals in the region of Campinas were used as bases. The patients diagnosed with spinal NE had their diagnoses ratified according to standard criteria and based on typical clinical status, proof of infection by Schistosoma mansoni and the exclusion of other causes for myelopathy. Patients were classified as autochthonous, imported, without information and undetermined. After this classification, the clinical and epidemiological data were analyzed. A total of 27 patients with spinal NE were identified, of which 19 (85.2%) were men and 4 (14.8%) women. The ages on diagnosis ranged from 13 to 57 (average=31.2; standard deviation=12.8 and median=29). The patients were classified as to their probable location of infection the following way: 14(51.9%) autochthonous, 11(40.7%) imported and 2(7.4%) without information. No patients were deemed undetermined. All imported patients were infected in municipalities located in highly endemic areas. Clinical evaluation of this group of patients was no different from that found in the literature, nor was it different when autochthonous patients were compared to imported patients. There was an average period of 70.6 days (median=19; sd=166.9) between the first consultation and diagnosis. The period was on average 88.1 days longer for autochthonous patients (average=112 days; median=26; sd=224.3) than for imported patients (average=23.9 days; median=9; sd=42.7) and this difference was statistically significant p=0.0247. Sensitivity of the serology was 87.5%, LCR immunology 93.8% and for parasitological exams it was 40.0%. Only 4 (14.8%) had evolution with complete recovery, 6 (22.2%) presented improvement without limitations, 13 (48.1%) presented improvement with limitations and 4 (14.8%) did not present improvement. Only 11 patients (41%) with spinal NE included in the study had been notified to epidemiological surveillance and the information that these patients had neurological patterns of symptoms was not present in the SINAN data base. It can be concluded that spinal NE occurs even in non-endemic areas and that diagnosis in such locations can take excessively long, especially for autochthonous patients. Feces exams were not shown to be sensitive for diagnosis and tracing of patients vulnerable to spinal NE since such patients presented low parasitary loads. Therefore more sensitive means of diagnosis should be utilized by schistosomiasis control programs / Mestrado / Ciencias Biomedicas / Mestre em Clinica Medica
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Estudo prospectivo da mielite transversa longitudinalmente extensa: análise dos fatores clínicos, laboratoriais e imagenológicos / Prospective study of longitudinally extensive transverse myelitis: analysis of clinical, diagnosis and prognosis factorsSamira Luisa dos Apóstolos Pereira 01 February 2013 (has links)
ntrodução: A mielite transversa longitudinal extensa (MTLE), uma forma grave de síndrome medular (SM) inflamatória associada à lesão da medula espinhal (LME) propagada por três ou mais segmentos vertebrais (SV) à ressonância magnética (RM), é considerada um espectro da neuromielite óptica (ENMO). A neuromielite óptica (NMO), caracterizada por episódios graves e recorrentes de neurite óptica e mielite, é associada a um anticorpo específico, direcionado contra a aquaporina-4 (AQP4-IgG), presente em cerca de 80% dos casos da NMO e 40% dos casos de MTLE isolada. O uso de terapia imunossupressora de manutenção, indicada em pacientes com NMO, é indefinido naqueles com primeiro episódio de MTLE (PEMTLE), cujos casos soronegativos podem representar o evento inicial da NMO ou uma forma isolada da MTLE (MTLEI). A distinção entre estas entidades, por critérios clínicos, paraclínicos e evolutivos, ainda não foi estudada e constitui o objetivo deste estudo. Métodos: Entre 2005 e 2011, 182 pacientes consecutivos admitidos na Clinica Neurológica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo com MTLE foram avaliados. Critérios de exclusão: doença vascular, desmielinizante, infecciosa ou sistêmica que justificasse o quadro de MTLE. Critérios de inclusão: 41 pacientes com PEMTLE, sem etiologia definida. A casuística consistiu de 27 (65,9%) mulheres, e 33 (80,5%) afrodescendentes, com idade média de 39,5 anos. Avaliados quanto à sorologia para o AQP4-IgG (imunofluorescência indireta) e quanto à recorrência, os pacientes foram classificados como ENMO ou MTLEI ao final do acompanhamento prospectivo. Os dados clinicos, laboratoriais, imagenológicos e evolutivos foram comparados, e o modelo de análise discriminante (AD) foi utilizado para diferenciar as duas condições clínicas. Resultados: Após o seguimento prospectivo médio de 3,7 anos (DP±2,2), 22 pacientes (53,%) apresentaram MTLE isolada monofásica e soronegativa e 19 (46,3%) receberam diagnóstico de ENMO, em razão da soropositividade para AQP4-IgG em 11 (26,8%) e/ou recorrência em 12 (29,3%) pacientes. O perfil demográfico não distinguiu os grupos (p>0,5), e as seguintes variáveis clínicas sugeriram o diagnóstico de MTLEI (p<0,05): SM estrita de instalação aguda, com média de 7 dias, com déficit motor moderado, menor freqüência de sinal de Lhermitte e espasmos tônicos, ausência de sintomas sistêmicos e sugestivos de comprometimento do tronco, tais como mialgia, astenia, anorexia, soluços, náuseas ou vômitos. As seguintes variáveis paraclínicas suportaram o diagnóstico de MTLEI (p<0,05): discreta pleocitose no líquido cefalorraquidiano, sobretudo com menos de 50 células/mm3, e LME à RM com extensão menor que 6 SV, associado à ausência de lesões bulbares e alterações encefálicas inespecíficas. A distinção entre a MTLE isolada e o ENMO foi validada pelo modelo de AD (p=0,005). Na fase aguda, a redução na incapacidade funcional ocorreu em todos os pacientes tratados (p<0,05). Na fase crônica, o uso de tratamento imunossupressor associou-se à menor chance de recorrência quando comparada à historicamente estimada, em pacientes soropositivos, e não implicou em menor chance de recorrência no grupo de soronegativos (p=1,0). Conclusão: O primeiro episódio de MTLEI apresenta características clinicas, laboratoriais e radiológicas distintas do ENMO. O perfil clínico, a soronegatividade ao AQP4-IgG e a evolução monofásica no período de 3 anos, permitem delinear uma entidade clínica restrita à medula espinhal / Background: Longitudinally extensive transverse myelitis (LETM), refers to severe inflammatory spinal cord syndrome associated with propagate lesion spanning over three or more vertebral segments (VS) on spinal cord Magnetic Resonance Image (MRI), and is regarded a spectrum of NMO (NMOSD). NMO, characterized by recurrent course of severe optic neuritis and myelitis, is associated with serum antibody that target aquaporin-4 (AQP4-IgG) in 80% of NMO and around 40% of LETM. Chronic immunosupression is suggested in NMO, while is uncertain in first-ever LETM (FELETM). In this context, seronegative cases may represent a limited form of NMO or an isolated LETM (ILETM). Discriminate between this clinical conditions, through significant therapeutic implications, are not clear. The aim of present study is distinguish ILETM from NMOSD by clinical, paraclincal and evolution parameters. Methods: We evaluated all 182 consecutive patients admitted with LETM at Neurologic Clinic of Sao Paulo University School of Medicine between 2005 until 2011. Exclusion criteria were vascular, demyelinating, infectious or systemic disease associated with LETM. The sample consists of 41 FELETM patients, 27 (65.9%) female, e 33 (80.5%) afro-brazilian, with mean age of onset of 39.5 (±15.5 of standard deviation (SD). Patients, evaluated to AQP4-IgG serologic status and recurrence, were classified as ILETM or NMOSD at end of follow-up. Clinical, serological, neuroimaging and evolutive data were compared and discriminant analysis model were done to distinguish between both conditions. Results: Over the mean time of follow-up of 3.7 years (±2.2SD), 22 patients presents as monophasic seronegative ILETM, while 19 (46.3%) were diagnosed as NMOSD due AQP4-IgG seropositivity in 11 (26.8%) or recurrent evolution in 12 (29.3%) patients. Demographic data did not discern groups (p>0.5), while following clinical features suggested ILETM (p<0.05): acute installation, over seven days mean, of strict spinal cord syndrome, characterized by moderate motor impairment, and lower frequency of Lhermitte sign and tonic spasms, associated without systemic and brainstem symptoms such as myalgia, anorexia, asthenia, nausea, hiccups or vomiting. Subsequent paraclinical findings discern both conditions and endured ILETM (p<0.05): mild pleocitosis, typically under 30 cels/mm3, and SCL propagate over lesser then six VS on MRI beside absence of bulbar and nonspecific brains abnormalities. AD model validate distinction between ILETM and NMOSD (p=0.005). Reduction in disability occurred in all patients treated with immunesuppressors at acute stage (p<0.001). Seropositive LETM patients developed lower recurrence rate when compared with hystoric controls. In seronegative LETM patients, relapse rate did not correlate with chronic imunossupression (p=1.0). Conclusion: First-ever LETM presents clinical and paraclinical features distinctive from NMOSD. Thus, clinical pattern, AQP4-IgG negative serologic status and monophasic evolution over three years follow-up, allowed us delineate a spinal cord-restrict clinical entity
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