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Refigurando monstros: a perspectiva parcial de Donna Haraway como crítica da ciência / Refiguring monsters: a partial perspective Donna Haraway as a critique of science

Marília Rodrigues da Silva 29 May 2009 (has links)
Esta dissertação trata das relações de poder que marcam a produção científica ocidental moderna a partir da abordagem dos estudos sobre Gênero e Ciência da feminista historiadora da ciência estadunidense Donna Haraway. Esta autora propõe a concepção de toda a produção de conhecimento como pratica política, assumindo a perspectiva parcial como fundamento para uma ciência objetiva e apontando a perspectiva de objetividade calcada na ideia de imparcialidade como produtora de um tipo de saber que historicamente serviu como instrumento de dominação: o conhecimento que se propõe como universal. Em sua narrativa, o androcentrismo, o etnocentrismo, o racismo e as divisões de classe operam na conformação e nas transformações desta ciência a partir da construção de um sujeito privilegiado do conhecimento, o cientista, figura constituída a imagem e semelhança do homem branco ocidental independente. Meu recorte de sua obra são as reformulações dessas relações ao longo da historia da ciência ocidental moderna observadas por ela na emergência e nas produções de um conjunto especifico de disciplinas do campo das ciências naturais biológicas, fortemente marcadas pelas teorias e tecnologias da informação e da comunicação produzidas no campo da cibernética. Na construção de um discurso critico sobre os saberes / poderes hegemônicos, Haraway traz para a cena da ciência figuras monstruosas, entre elas o ciborgue, tanto como meio de revelar categorias culturais atuando na produção do conhecimento como para materializar novos significados para natureza, os corpos e as relações de diferença. Em conexão com esses monstros, refigurados em suas narrativas, a autora defende uma relação de conexão, e não de divisão, entre sujeito e objeto do saber. / This dissertation abords the power relations that mark the modern occidental scientific production from the point of view of the Gender and Science studies of the north-american feminist and historian of science Donna Haraway. The author proposes a conception of all the knowledge production as a political practice, assuming a partial perspective as a fundament to an objective science and pointing the objectivity perspective based on the idea of impartiality as a producer of a type of knowledge that historically served as an instrument of domination: the knowledge that proposes itself as universal. In her narrative, the androcentrism, ethnocentrism, racism and the class divisions operate on the conformation and the transformations of this science from the construction of a knowledge privileged persona, the scientist, character developed from the image and similarity of an independent western white man. My extract of the book is the reformulations of these relationships along with the modern western science observed by the author in the emerging and in the productions of a specific group of disciplines in the field of biological natural science, which were strongly marked by the theory and technology of information and communication produced in the cybernetic science. In the construction of a critic discussion about the hegemonic nowerpowers, Haraway brings monstrous characters to light, among them a cyborg, as much as a way to revel cultural categories acting in the knowledge production as to materialize new meanings to the nature, bodies and the differences relationships. Compromised with these monsters, human figures and non-human redefined in her narratives, the author defends a relationship of connection, and not of division, between the subject and the object of knowledge.
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Para além da construção dos personagens = o conceito de monstruosidade em Lavoura Arcaica, de Raduan Nassar / Beyond the procedure of characterization of the personages : the concept of monstrosity in Lavoura Arcaica, by Raduan Nassar

Caetano, Paulo Roberto Barreto 17 August 2018 (has links)
Orientador: Mario Luiz Frungillo / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-17T22:14:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Caetano_PauloRobertoBarreto_M.pdf: 587967 bytes, checksum: 1d7432ee7974f2b24848a218c0e9938a (MD5) Previous issue date: 2011 / Resumo: O romance Lavoura Arcaica, de Raduan Nassar, é um rico objeto para se pensar o caráter referencial dos personagens. A figura paterna, encarnando uma tradição que valoriza o trabalho, o comedimento como valores essenciais à vida, encontra forte resistência nos filhos Ana e André. Assim sendo, o embate que se delineia reflete um clássico confronto entre tradição e liberdade. Tal disputa é fruto (e estopim) para atos tidos como monstruosos: o incesto e o filicídio. Indo além do procedimento da caracterização dos personagens como recurso de análise do romance, esta dissertação se ocupa em discutir a prática de ações capazes de "monstrificar" os personagens. Destarte, a investigação menciona peculiaridades que fazem com que um ser seja visto como ente horrífico. A pesquisa se ocupa também com a noção de concatenação de situações-limite como elemento construtor das idiossincrasias. Com isso, o modo como as pessoas dessa família se tratam, como tratam o tempo e algumas leis fornece subsídios para que eles sejam vistos como "ameaças morais". O lugar do incesto e do filicídio fulgura, portanto, como elemento fundamental na análise desses personagens / Abstract: The novel Lavoura Arcaica, by Raduan Nassar, is a rich object to think the referential character of the personages. The father, embodying a tradition that says how worthy is work, the restraint as values essential to life, finds strong resistance in Ana and André. Thus, the conflict that emerges reflects a classic clash between tradition and freedom. Such dispute is a result (and wick) for acts taken as monstrosity: incest and filicide. Going beyond the procedure of characterization of the personages as an analysis resource of the novel, this paper is concerned about discussing the practice of actions capable of "monsterizing" personages. Therefore, this research mentions the peculiarities that make someone to be seen as being horrifying. This research also deals with the notion of extreme concatenation of the on-the-edge situations such as a building element of the idiosyncrasies. With that, the way the personages treat the time, each other in this family and some laws provides subsidy so they can be seen as "moral threats". The incest and filicide altogether, thus, appear as a key element in the analysis of the personages / Mestrado / Literatura Brasileira / Mestre em Teoria e História Literária
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Representações monstruosas em A paixão segundo G.H de Clarice Lispector

Oliveira, Amael 29 October 2012 (has links)
Monsters have always been present in the popular imaginary and in many artistic expressions, including literature, practically in very era of human history. As a cultural construct, monstruosity can be shown under many shapes, by means of a monstrification process of the Other in an alterity relation. In view of this aspect, this work analyzes the novel A Paixão Segundo G.H. by Clarice Lispector especially its monstruous representations both in content (theme) and in form (writing). The monstruosities are built in the novel, from the perspective proposed here, by the narrator´s point of view who, with a |microscope look| exaggerates the dimensions of objects and beings, metamorphosing them as monsters. Among these beings, the cockroach is converted by this strangeness effect in a real monster, gifted with an ancestrality that universalizes it. By means of an interdisciplinary approach, that links contribution arising from cultural studies, philosophy, psychoanalysis, history and Brazilian literature critique, this work is based on theoretical aspects relative to the notion of monstruosity basically developed by Luiz Nazário (1998), Julio Jeha (2007), Michel Foucault (2002), Jeffrey Jerome Cohen (2000) e Nöel Carrol (1999). It is argued that the writer´s novel builds an |Aesthetic of the Negative|, a term used by Yudith Rosenbaum (1999) to characterize the rebellion posture of the novelist in relation to civility precepts, in favor of a more instinctive, wild stance, that requires from the narrator the deconstruction of her own human condition. G.H.´s itinerary is, hence, a trajectory from the human to the inhuman, from culture to nature. / Os monstros sempre foram figuras presentes no imaginário popular e nas diversas manifestações artísticas, inclusive na literatura, em praticamente todas as épocas da história da humanidade. Como construto cultural, a monstruosidade pode se apresentar sob vários contornos, por meio de um processo de monstrificação do Outro numa relação de alteridade. Tendo em vista esse aspecto, o presente trabalho analisa o romance A Paixão segundo G.H. de Clarice Lispector a partir das representações monstruosas elaboradas, tanto no nível do conteúdo (tema) como no nível da forma (escrita). As monstruosidades na obra são construídas, através do viés aqui proposto, pelo ponto de vista da própria narradora que com um olhar microscópio exagera as dimensões dos objetos e seres, metamorfoseando-os em monstros. Dentre esses seres, a barata se converte por esse efeito de estranhamento em um verdadeiro monstro, dotado de uma ancestralidade que o universaliza. Por meio de uma abordagem interdisciplinar que conjuga contribuições advindas dos estudos culturais, filosofia, psicanálise, história e crítica da literatura brasileira, este trabalho se fundamentou em aspectos teóricos relativos à noção de monstruosidade desenvolvidos basicamente por Luiz Nazário (1998), Julio Jeha (2007), Michel Foucault (2002), Jeffrey Jerome Cohen (2000) e Nöel Carroll (1999). Argumenta-se que a obra da escritora constrói uma Estética do Negativo , termo utilizado por Yudith Rosenbaum (1999) para caracterizar a postura de rebeldia da romancista em relação aos preceitos da civilidade, em favor de um posicionamento mais instintivo, selvagem, que exige da narradora a própria desconstrução de sua condição humana. O itinerário de G.H. é, por isso, um percurso do humano para o inumano, da cultura para a natureza.
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O grotesco e o monstruoso entre culturas: do discurso científico aos folhetos de cordel brasileiros / The grotesque and the monstrous between cultures: from scientific discourse to Brazilian chapbooks

Vanessa Simon da Silva 16 February 2016 (has links)
Seres insólitos estiveram presentes no cordel europeu, especialmente entre os séculos XVIII e XIX, alimentando debates sobre verossimilhança, fé, ciência e política. Mais de um século depois, o fenômeno do cordel arrefece na Europa, mas tem vida no Brasil. Parte desses folhetos trata de criaturas insólitas, especialmente transformações, ou nascimentos extraordinários, abordados como curiosidade ou, mais frequentemente, relacionados à intervenção divina. Ainda que nem sempre datados, é possível presumir que os exemplares coletados para este trabalho tenham sido publicados entre as décadas de 1960 e 1980. Neles, a aparição de monstros é frequente e se situa principalmente entre o satírico e o religioso / Uncanny beings were present in European chapbooks, especially during the eighteenth and nineteenth centuries, stimulating debates concerning verisimilitude, faith, science and politics. Over a century later, the chapbook phenomenon loses strength in Europe but gains life in Brazil. Some of these brochures deal with uncanny creatures, mainly metamorphoses, or bizarre births, considered as curiosities or, more frequently, as results of divine intervention. Even though they may not bear a date, it can be presumed that the chapbooks analyzed in this dissertation were published from the 1960s to the 1980s. Monsters appear quite frequently in this material, in registers that are situated mainly between the satirical and the religious
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Monstrumanidade: o encontro entre o humano e o monstro no cinema de Tod Browning

Piqueira, Verônica D'agostino 23 January 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-03-15T19:42:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Veronica DAgostino Piqueira.pdf: 959865 bytes, checksum: af3af03c97b9613293c5dcfac01b96ee (MD5) Previous issue date: 2013-01-23 / Universidade Presbiteriana Mackenzie / Hoping to contribute to broaden the discussion on the issue of popular American cultural imaginary, the objective of this dissertation is to reflect on the concept of normality and abnormality featured in the movie Freaks (1932), dedicated to the representation of the social and cultural universe of sideshows. We will present the influences that pierced the way director Tod Browning, searching referrals for the formation of his author cinema in his history since his youth as itinerant artist until the dimension of slapstick actor, director and writer of his own films. We'll also discuss some of the reasons that led to the emancipation of the horror genre during the Great Depression, seeking aesthetic, literary and political references in the narrative of his major classics. Based on these studies, this research transits in an interdisciplinary way by languages History of Culture and Film, presenting an encounter between monsters and humans and the way how they are expressed in the body exposed in Freaks. / Esperando contribuir para ampliar as discussões sobre a questão do imaginário cultural popular americano, o objetivo da presente dissertação é refletir sobre o conceito de normalidade e anormalidade apresentado no filme Freaks (1932), dedicado à representação do universo social e cultural dos sideshows. Apresentaremos as influências que transpassaram o caminho do diretor Tod Browning, buscando referências para a formação do seu cinema autoral em sua história vivida desde a juventude como artista itinerante até a dimensão como ator de pastelão, diretor e roteirista de seus próprios filmes. Discutiremos também algumas razões que levaram à emancipação do gênero de horror no período da Grande Depressão, buscando referências estéticas, literárias e políticas na narrativa de seus principais clássicos. Baseando-se nesses estudos, esta pesquisa transita de forma interdisciplinar pelas linguagens História da Cultura e Cinematográfica, apresentando o encontro entre monstros e humanos e o modo como são expressos no corpo exposto em Freaks.
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Monstro-máscaras videográficas: vontade de potência na lei do eterno retorno / -

Barbosa, Roberto Gomes 01 December 2014 (has links)
A pesquisa analisa como a forma do monstro e o conceito da máscara atravessam o tempo histórico como elementos paradoxalmente de coerção social e política, como também exercem a função de objeto de transformação pessoal. Munidos destas duas abstrações, o videoperformer brasileiro Otávio Donasci e o encenador canadense Denis Marleau utilizam máscaras videográficas e, através de suas obras, revelam respectivamente as aspirações das sociedades de controle: prometeica e fáustica. / La recherche analyse comment la forme du monstre et le concept du masque traversent le temps historique comme des éléments, paradoxalement, de coercition sociale et politique, mais aussi exercent la fonction d\'objet de transformation personnelle. Á partir de ces deux abstractions, le videoperformer brésilien, Otávio Donasci et le régisseur canadien Denis Marleau utilisent des masques vidéographiques et, à travers ses oeuvres, révèlent respectivement les aspirations des sociétés de contrôle: prometheique et faustienne.
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Onde vivem os monstros: criaturas prodigiosas na poesia hexamétrica arcaica / Where the monsters are: prodigious creatures in archaic hexametric poetry

Zanon, Camila Aline 15 September 2016 (has links)
O objetivo desta tese é analisar as criaturas amiúde consideradas monstruosas bem como os termos geralmente traduzidos por monstro presentes em três poemas da tradição de poesia hexamétrica arcaica, a saber, a Teogonia de Hesíodo, o Hino Homérico a Apolo e a Odisseia de Homero. A análise dessas criaturas tem como foco o modo como são descritas e o papel que desempenham nas narrativas contidas nesses poemas, para a qual são utilizadas como abordagem teórico-metodológica a referencialidade tradicional proposta e desenvolvida por John Miles Foley ao longo da década de 1990 bem como a perspectiva de que os poemas que constituem a tradição hexamétrica arcaica compõem uma história do cosmo, conforme desenvolvida por Barbara Graziosi e Johannes Haubold na década de 2000. Como resultado da análise das criaturas, de um lado, e dos termos traduzidos por monstro, de outro, questiona-se a pertinência da categoria monstro como geralmente pressuposta para essas criaturas no mundo moderno, tendo-se em vista que ela possa não existir na poesia hexamétrica arcaica, já que fazem parte de um sistema de pensamento em um mundo ainda não desencantado em termos weberianos, no qual a realidade empírica e a esfera divina enquanto representativa do sobrenatural estão profundamente imbricadas. Como instrumental teórico-metodológico para o questionamento acerca da existência ou não do monstro enquanto categoria em tal tradição poética, lançou-se mão das teorias de categorização de Wittgenstein, desenvolvida nas décadas de 1940 e 1950, daquelas desenvolvidas por Eleanor Rosch e sua equipe durante a década de 1970, bem como as presentes nas obras de George Lakoff a partir da década de 1980. A proposição de que a categoria monstro como pressuposta e entendida no mundo moderno é inexistente para a poesia hexamétrica arcaica tem implicações na compreensão moderna dessas criaturas, que devem ser percebidas enquanto integrantes de um cosmo que não separa o sobrenatural, o maravilhoso e o divino nos mesmos termos que o faz a sociedade moderna ocidental, revelando a necessidade de compreender essas criaturas sob o ponto de vista da tradição que as criou ou as incorporou e ressignificou. / The aim of this thesis is to analyse the creatures often considered monstrous as well as the words generally translated as monster in three poems belonging to the tradition of archaic hexametric poetry, namely, Hesiod\'s Theogony, the Homeric Hymn to Apollo, and Homer\'s Odyssey. The analysis of the creatures focuses on the ways they are described and the role they play in the narratives presented in those poems. The theoretical and methodological approach used to such analysis is the traditional referenciality proposed and developed by John Miles Foley in the 1990\'s in addition to the perspective that such poems that inform the archaic hexametric tradition constitute a history of the cosmos, as developed by Barbara Graziosi and Johannes Haubold during the 2000\'s. The analysis of the creatures, in one hand, and of the words translated by monster, in the other, results in questioning the validity of the monster category as usually taken for granted in the modern world, considering that it might not exist in archaic hexametric poetry, since those creatures are part of a system of thought in a world not yet disenchanted in Weberian terms, in which the empirical reality and the divine sphere as representative of the supernatural are deeply entangled. As theoretical and methodological framework for questioning the existence of monster as a category in such poetical tradition, this thesis adopted the theories of categorization formulated by Wittgenstein during the 1940\'s and 1950\'s, as well as the theories developed by Eleanor Rosch and her team during the 1970\'s, along with the ones presented by George Lakoff from 1980\'s onward. The proposition that the category of monster as pressuposed and understood by the modern world is non-existent in archaic hexametric poetry has consequences to the modern understanding of those creatures which must be perceived as part of a cosmos that does not separate the supernatural, the wonderful, and the divine in the same terms as the modern western world does, revealing the need to understand those creatures under the point of view of the tradition that created them or incorporated and ressignified them.
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Onde vivem os monstros: criaturas prodigiosas na poesia hexamétrica arcaica / Where the monsters are: prodigious creatures in archaic hexametric poetry

Camila Aline Zanon 15 September 2016 (has links)
O objetivo desta tese é analisar as criaturas amiúde consideradas monstruosas bem como os termos geralmente traduzidos por monstro presentes em três poemas da tradição de poesia hexamétrica arcaica, a saber, a Teogonia de Hesíodo, o Hino Homérico a Apolo e a Odisseia de Homero. A análise dessas criaturas tem como foco o modo como são descritas e o papel que desempenham nas narrativas contidas nesses poemas, para a qual são utilizadas como abordagem teórico-metodológica a referencialidade tradicional proposta e desenvolvida por John Miles Foley ao longo da década de 1990 bem como a perspectiva de que os poemas que constituem a tradição hexamétrica arcaica compõem uma história do cosmo, conforme desenvolvida por Barbara Graziosi e Johannes Haubold na década de 2000. Como resultado da análise das criaturas, de um lado, e dos termos traduzidos por monstro, de outro, questiona-se a pertinência da categoria monstro como geralmente pressuposta para essas criaturas no mundo moderno, tendo-se em vista que ela possa não existir na poesia hexamétrica arcaica, já que fazem parte de um sistema de pensamento em um mundo ainda não desencantado em termos weberianos, no qual a realidade empírica e a esfera divina enquanto representativa do sobrenatural estão profundamente imbricadas. Como instrumental teórico-metodológico para o questionamento acerca da existência ou não do monstro enquanto categoria em tal tradição poética, lançou-se mão das teorias de categorização de Wittgenstein, desenvolvida nas décadas de 1940 e 1950, daquelas desenvolvidas por Eleanor Rosch e sua equipe durante a década de 1970, bem como as presentes nas obras de George Lakoff a partir da década de 1980. A proposição de que a categoria monstro como pressuposta e entendida no mundo moderno é inexistente para a poesia hexamétrica arcaica tem implicações na compreensão moderna dessas criaturas, que devem ser percebidas enquanto integrantes de um cosmo que não separa o sobrenatural, o maravilhoso e o divino nos mesmos termos que o faz a sociedade moderna ocidental, revelando a necessidade de compreender essas criaturas sob o ponto de vista da tradição que as criou ou as incorporou e ressignificou. / The aim of this thesis is to analyse the creatures often considered monstrous as well as the words generally translated as monster in three poems belonging to the tradition of archaic hexametric poetry, namely, Hesiod\'s Theogony, the Homeric Hymn to Apollo, and Homer\'s Odyssey. The analysis of the creatures focuses on the ways they are described and the role they play in the narratives presented in those poems. The theoretical and methodological approach used to such analysis is the traditional referenciality proposed and developed by John Miles Foley in the 1990\'s in addition to the perspective that such poems that inform the archaic hexametric tradition constitute a history of the cosmos, as developed by Barbara Graziosi and Johannes Haubold during the 2000\'s. The analysis of the creatures, in one hand, and of the words translated by monster, in the other, results in questioning the validity of the monster category as usually taken for granted in the modern world, considering that it might not exist in archaic hexametric poetry, since those creatures are part of a system of thought in a world not yet disenchanted in Weberian terms, in which the empirical reality and the divine sphere as representative of the supernatural are deeply entangled. As theoretical and methodological framework for questioning the existence of monster as a category in such poetical tradition, this thesis adopted the theories of categorization formulated by Wittgenstein during the 1940\'s and 1950\'s, as well as the theories developed by Eleanor Rosch and her team during the 1970\'s, along with the ones presented by George Lakoff from 1980\'s onward. The proposition that the category of monster as pressuposed and understood by the modern world is non-existent in archaic hexametric poetry has consequences to the modern understanding of those creatures which must be perceived as part of a cosmos that does not separate the supernatural, the wonderful, and the divine in the same terms as the modern western world does, revealing the need to understand those creatures under the point of view of the tradition that created them or incorporated and ressignified them.

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