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Descrição da comunidade microbiana associada à rizosfera de cana-de-açúcar / Description of Microbial Community in the Rhizosphere of SugarcaneCosta, Diogo Paes da 24 January 2013 (has links)
A cana-de-açúcar é uma cultura importante no contexto agrário brasileiro, sobretudo com relação a manutenção e sustentabilidade dos agroecossistemas e da biodiversidade do solo. As comunidades microbianas associadas à canade- açúcar são participantes da manutenção dos ciclos biogeoquímicos, podendo ter sua estrutura e diversidade alteradas por mudanças no manejo da cultura e nas condições climáticas. Esse estudo teve como objetivo avaliar a diversidade microbiana associada à rizosfera de diferentes genótipos de cana-de-açúcar e empregar a metodologia de Stable Isotope Probing (DNA-SIP) para se avaliar a estrutura dos grupos responsivos a este ambiente. Para tanto, variedades de cana-de-açúcar foram selecionadas, extraindo-se o DNA total rizosférico e do bulk soil para análise por PCR-DGGE das regiões do gene 16S rDNA de bactérias, selecionando-se amostras representativas para o sequenciamento da região V6 do gene 16S rDNA através da plataforma Ion Torrent(TM). Os resultados demonstraram diferenças entre a diversidade das comunidades microbianas da rizosfera e do bulk soil, havendo a predominância dos grupos Actinobacteria, Proteobacteria e Acidobateria. Para o estudo da estrutura dos grupos responsivos na rizosfera, plantas da variedade RB86-7515 foram cultivadas sob duas concentrações de CO2 (350 e 700 ppm), realizando-se o enriquecimento com 13CO2, e posteriormente realizando a extração do DNA rizosférico para aplicação na técnica de DNA-SIP. A eficiência desta técnica foi avaliada por meio da técnica de PCR-DGGE para as regiões 16S rDNA de bactérias e ITS de fungos, onde foi verificado que após 48 horas já ocorre a incorporação de 13C pelas comunidades microbianas, havendo diferença entre os grupos que incorporaram o 13C. Diferenças foram também observadas para as distintas concentrações de CO2, indicando o DNA-SIP como uma poderosa ferramenta de estudos da ecologia das comunidades microbianas na rizosfera de cana-deaçúcar. / The sugarcane is an important crop in Brazilian agrarian context, especially in respect to maintenance and sustainability of agroecosystems and soil biodiversity. The microbial communities associated to sugarcane are involved biogeochemical cycles processes and it may have their structure and diversity changed due to crop management and climatic conditions. The aim of this study was to evaluate the microbial diversity associated to the rhizosphere of different sugarcane\'s genotypes and employ the Stable Isotope Probing tecnique (DNASIP) to evaluate the structure of the groups that are responding to this environment attributes. Therefore, some sugarcane varieties were selected and the total DNA in bulksoil and rhizosphere for analysis by PCR-DGGE of 16S rDNA gene regions of bacteria was extracted, selecting representative samples for sequencing the 16S rDNA gene of V6 region by Ion Torrent (TM) platform. The results showed differences between the diversity of microbial communities in the rhizosphere and bulk soil, with the predominance of Actinobacteria, Proteobacteria and Acidobateria groups. To study the structure of the responsive rhizosphere groups, the genotype RB86-7515 were grown under two CO2 concentrations (350 and 700 ppm), performing the 13CO2 enrichment. Afterwards, was performed the extraction of DNA for application of the SIP-rhizosphere DNA technique. The efficiency of this technique was assessed by PCR-DGGE over the regions of bacteria 16S rDNA and fungi ITS, which of these showed that occurs after 48 hours the incorporation of 13C by microbial communities, and it elucidate differences between the groups that incorporate the 13C. These differences were also observed for those different CO2 concentrations, indicating that the DNA-SIP is a powerful tool for studies of the ecology of microbial communities in the rhizosphere of sugarcane.
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Estimativas de biomassa e carbono e indicadores para restauração de florestas secundárias em Paragominas, Pará / Biomass and cabon estimations and ecological indicators for secondary forest restoration in Paragominas, ParáNunes, Sâmia do Socorro Serra 13 May 2011 (has links)
Os ecossistemas florestais são considerados reservatórios de carbono e têm sido apontados como alternativas para redução de gases do efeito estufa, principais responsáveis pelas mudanças climáticas globais, devido ao acúmulo de biomassa em seus tecidos durante seu desenvolvimento. Assim, surgiu uma grande demanda por pesquisas que quantifiquem o potencial dos ecossistemas florestais - principalmente as florestas secundárias - em sequestrar carbono da atmosfera e por investimentos em recuperação de áreas degradadas. Desta forma, este estudo tem como objetivo comparar florestas do município de Paragominas, Pará, em seis diferentes estágios de desenvolvimento: uma floresta primária e florestas secundárias com 4, 10, 15, 20 e 25 anos de abandono. A comparação entre as florestas se deu por meio da estimativa de carbono e biomassa, de indicadores ecológicos para fins de restauração florestal e de análises espectrais usando imagens de satélite Landsat. Para isso foi realizado um inventário florestal nas regiões de interesse, utilizando 32 parcelas experimentais. Os dados de DAP e altura coletados no inventário foram utilizados no cálculo de biomassa e carbono por meio de equações alométricas. Dados do inventário também foram utilizados para a elaboração dos indicadores para fins de restauração florestal, baseados nas características funcionais e estruturais das florestas estudadas, como diversidade de espécies, cipós, hábitos de vida, incidência de luz, etc. Após alocação das parcelas nas imagens de satélite Landsat e processamento dos dados, foi possível extrair informações quantitativas para comparar espectralmente as florestas. Para avaliar os indicadores para fins de restauração florestal, foi usada uma análise por componentes principais. Esta análise mostrou uma clara distinção entre as diferentes idades de florestas, sendo que a floresta intacta é mais semenhante às florestas secundárias mais maduras. Para a estimativa de biomassa, as análises mostraram que houve diferença estatística entre a floresta primária e todas as outras classes de floresta secundária quanto à biomassa média por hectare calculada por todas as equações utilizadas no estudo. Além disso, houve um aumento de biomassa com a idade das florestas, para todas as equações, ou seja, quanto mais madura a floresta, maior sua biomassa. As análises estatísticas mostraram que é possível distinguir floresta primária da maioria das classes de idade de floresta secundária utilizando um ou uma combinação de dados espectrais avaliados neste estudo. Imagens-fração, GV and shade, foram mais eficientes em diferenciar as florestas. Os resultados mostraram que é possível usar imagens Landsat para monitorar florestas secundárias e mapear classes de idades. / Forest ecosystems are considered carbon sinks and have been pointed as an alternative for reducing the amount of greenhouse gases in the atmosphere, main drivers of global climate changes, due to biomass accumulation in their tissues during growth. Thus, there is great demand for research to quantify the potential of forest ecosystems - especially regrowing secondary forests - in absorbing carbon from the atmosphere and by investments in forest restoration. Therefore, this study aims to compare forests located in Paragominas, Pará, in six different stages: a primary forest and secondary forests with 4, 10, 15, 20 and 25 years of abandonment. The comparison among forests was made by estimating biomass and carbon, ecological indicators for forest restoration and spectral analysis using Landsat satellite imagery. For that purpose, forest inventories were conducted over regions of interest, at 32 experimental plots. The DBH and height data collected in the inventories were used to calculate biomass and carbon using allometric equations. Inventory data were also used to calculate indicators of forest restoration, based on functional and structural characteristics of the studied forests, such as species diversity, lianas, life habits, incidence of light, etc. After allocation of plots in the Landsat imagery and data processing, it was possible to extract quantitative information to compare forests regarding their spectral signature. To assess indicators for restoration purposes, was used a principal component analysis. The results showed a clear distinction among the different ages of forest, in which intact forest is showed more similarity to mature secondary forests then to young secondary forests. For biomass estimation, the analysis showed that there was statistical difference between the primary forest and all other classes of secondary forest considering the average biomass per hectare calculated for all equations used in the study. Furthermore, there was an increase in biomass with age of forests, for all equations, that is, the older the forest, the greater its biomass. The spectral analysis showed that it is possible to distinguish primary forest from most ages of secondary forests using one or a combination of spectral features evaluated in this study. Fraction images, GV and shade, showed more efficient in separating forest types. These results showed that it is possible to use Landsat imagery spectral features to remotely monitor secondary forest and to map age classes.
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Tratamento diferenciado dos países em desenvolvimento e mudanças climáticas : perspectivas a partir do acordo de ParisOliveira, André Soares January 2017 (has links)
O tratamento diferenciado dos países em desenvolvimento surge a partir da década de 70 como expressão de resistência dos países do então Terceiro Mundo a uma ordem mundial pós-guerra entendida essencialmente como injusta e cuja doutrina do desenvolvimento tal como prescrita não conseguia equalizar. A partir de movimentações políticas, os países em desenvolvimento emplacaram tal tratamento no âmbito de importantes documentos internacionais e acordos multilaterais. O tratamento diferenciado dos países em desenvolvimento se expressa no direito internacional ambiental por meio do princípio das responsabilidades comuns mas diferenciadas e respectivas capacidades, consagrado da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, de 1992, e cuja expressão máxima é a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (CQMC). Tendo como objeto o tratamento diferenciado dos países em desenvolvimento, delimitado às obrigações centrais no âmbito da CQMC, a presente pesquisa encara o problema de sua operacionalização desde a mencionada Convenção até o seu Acordo de Paris. Para tanto, a pesquisa vale-se do método dedutivo, uma abordagem estruturalista e materialista-histórica para a análise de conteúdo dos textos jurídicos, observando a operacionalização do tratamento diferenciado em nas obrigações em termos de vinculatividade, precisão e delegação. O resultado foi que as mudanças climáticas são necessariamente um debate sobre desigualdades em termos de responsabilidade, mitigação e vulnerabilidade. Sob a alegação de um mundo mais complexo, onde a expressão ‘Terceiro Mundo’ é substituída pela noção de ‘Sul Global’, afirma-se que tal enquadramento de uma dívida Norte-Sul não seria mais pertinente, esvaziando o significado do tratamento diferenciado dos países em desenvolvimento. Porém, a persistência da dívida Norte-Sul em termos dinâmicos aponta que tal tratamento diferenciado dos países em desenvolvimento também continua atual. No intuito de instrumentalizar as obrigações da Convenção, o Protocolo de Quioto – endossado principalmente pelos países europeus – estabelece uma arquitetura descendente, apoiado em normas diferenciais por meio de compromissos de redução precisos, vinculantes e firmados internacionalmente, tendo como destinatários, em um primeiro momento, os países desenvolvidos. O Acordo de Paris – que reflete a estratégia dos Estados Unidos desde antes da própria Convenção – estabelece uma arquitetura ascendente, recorrendo a normas contextuais, onde os compromissos são nacionalmente determinados e isentos de um escrutínio internacional. O Acordo – cuidadosamente redigido – não estabelece nenhuma obrigação substancial precisa ou mesmo vinculante sobre tais contribuições, deixando ampla margem para todos os países e tornando a liderança dos países desenvolvidos no enfrentamento das mudanças climáticas apenas uma obrigação retórica. Deste modo, conclui-se que, sob o argumento de prover diferenciação para todos, o Acordo de Paris esvazia o significado do tratamento diferenciado dos países em desenvolvimento. Entretanto, apenas no âmbito da delegação, ou seja, dos mecanismos de cumprimento estabelecidos pelo Acordo, notadamente o balanço geral de implementação por meio de ‘naming and shaming’ que os países em desenvolvimento poderão exigir a necessária liderança dos países desenvolvidos. / In the 1970s, countries recognised as ‘developing’ began to be treated differently with regard to international agreements and doctrines that affected those countries development, following a widespread consensus among developing countries that the post-war order was unjust. As a result of political moves, developing countries have introduced such treatment in the framework of important international documents and multilateral agreements. The differentiated treatment of developing countries is expressed in international environmental law through the principle of common but differentiated responsibilities and respective capacities enshrined in the 1992 Rio Declaration on Environment and Development and culminated in the United Nations Framework Convention on Climate Change (UNFCCC). Having as its object the differentiated treatment of developing countries, limited to the central obligations under the UNFCCC, this research faces how international climate agreements operated within the differentiated treatment for developing countries. The research is based on the deductive method, a structuralist and historical materialist approach to the analysis of the content of legal texts, observing the differential treatment in obligations in terms of obligation, precision and delegation. The result was that climate change is necessarily a debate on inequalities in terms of responsibility, mitigation and vulnerability. Under the claim of a more complex world, where the expression 'Third World' is replaced by the notion of 'Global South', it is stated that such framing of a North-South divide would not be more relevant, depriving the meaning of differential treatment of developing countries. However, the persistence of the North-South divide in dynamic terms points out that such differentiated treatment of the developing countries is still relevant. In order to implement the obligations of the Convention, the Kyoto Protocol - endorsed mainly by European countries - establishes a downward architecture, supported by differential norms through precise, binding and internationally agreed reduction commitments, directed primarily to developed countries. The Paris Agreement - which reflects the US strategy prior to the Convention itself - establishes an upward architecture, using contextual norms where commitments are nationally determined and thus exempt from international scrutiny. The Agreement - carefully worded - does not establish any substantive or precise binding obligation on such contributions, leaving wide scope for all countries and does not require substantive efforts from developed countries in tackling climate change. In this way, it is concluded that, under the argument of providing differentiation for all, the Paris Agreement emptied the meaning of the differential treatment of developing countries. However, only within the scope of the delegation, through compliance mechanisms established by the Agreement, notably the global stocktake through naming and shaming that developing countries may require the necessary leadership of the developed countries.
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Sistema de suporte à decisão para previsão de crises em mananciaisCunha, Juliana Bilecki da January 2016 (has links)
Orientador: Prof. Dr. Patrícia Belfiore Fávero / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do ABC, Programa de Pós-Graduação em Engenharia da Informação, 2016. / As dificuldades para gerenciar recursos hídricos aumentaram por conta dos efeitos das mudanças climáticas. É por meio da água que a maioria dos impactos destas mudanças, como secas e inundações, são sentidos. Como consequência destes impactos em mananciais destinados ao abastecimento, a população pode ser prejudicada tanto pela diminuição na oferta de água potável quanto pelas inundações em regiões de barragens. A ocorrência destes eventos meteorológicos extremos vem se intensificando nos últimos anos. Para o Brasil, estudos preveem modificações nos padrões de chuvas com a possibilidade de ocorrência de fenômenos naturais severos. Um exemplo é o caso do Sistema Cantareira, responsável por abastecer parcialmente a Região Metropolitana da cidade de São Paulo, que experimentou ambas as situações críticas de inundação e estiagem entre os anos de 2010 e 2015. Como estes fenômenos naturais são difíceis de prever e não podem ser evitados, este estudo pretende investigar medidas que envolvam informação e comunicação para auxiliar gestores e reduzir os danos causados à população. Esta pesquisa incluiu a elaboração de um modelo de simulação que foi incorporado a um Sistema de Suporte à Decisão. Desta forma, serão apresentadas as contribuições desta ferramenta que propõe uma abordagem diferente para avaliar riscos, simulando cenários de crise e emitindo alertas com antecedência. Esta ferramenta foi testada para as crises ocorridas no Sistema Cantareira entre 2010 e 2015 e apresentou resultados satisfatórios. A conclusão deste trabalho indica que novas formas de abordar este problema podem ser avaliadas e propostas para se tentar reduzir as incertezas que envolvem os impactos das mudanças climáticas no gerenciamento de recursos hídricos. / The difficulties to manage water resources increased due to the effects of climate changes. It is through water that most impacts of these changes, such as droughts and floods, are felt. As a result of these impacts on water sources for the supply, the population may be affected by both the decrease in the supply of drinking water as flood in dams regions. The occurrence of these extreme weather events has intensified in recent years. For Brazil, studies predict changes in rainfall patterns with the possibility of severe natural phenomena. An example is the case of the "Sistema Cantareira" (Cantareira System), responsible for partially supply the metropolitan region of São Paulo, who experienced both critical situations of flood and drought between 2010 and 2015. As these natural phenomena are difficult to predict and can't be avoided, this study aims investigate measures involving information and communication to assist managers and reduce population damage. This research included the development of a simulation model that was incorporated into a Support System Decision. Thus, this paper presents the contributions of this tool that proposes a different approach to assessing risks, simulating crisis scenarios and sending advance alerts. This tool has been tested for the "Sistema Cantareira" crises occurred between 2010 and 2015 and showed good mresults. The conclusion of this study indicates that new ways of approaching this problem can be evaluated and proposed to try to reduce uncertainties surrounding the impacts of climate changes on water resources management.
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Gerenciamento de contingências climáticas: do monitoramento de riscos aos benefícios oriundos pela adoção de práticas de baixo carbono / Climate contingency management: from risk monitoring to benefits arising from adoption low carbon practiceAlves, Marcelo Wilson Furlan Matos [UNESP] 30 March 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-03-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / O objetivo desta pesquisa é entender sob a perspectiva da teoria da contingência, como os fatores contingenciais climáticos e o gerenciamento interno organizacional realizado por um conjunto de empresas podem explicar a percepção de benefícios ao adotar práticas operacionais de baixo carbono. Para atingir este objetivo, o método de pesquisa escolhido foi entrevista, o qual foi conduzido com profissionais de seis empresas dividas em quatro setores industriais diferentes, utilizando para a análise dos dados o software NVivo a fim de entender as percepções dessas empresas estudadas. Os resultados encontrados foram: a) a percepção e o monitoramento de riscos climáticos disparam um gerenciamento interno organizacional mais estruturado pelas empresas; b) as empresas tendem a manter o modelo de gestão ambiental estabelecido para inserir fatores de mudanças climáticas em seus procedimentos; c) uma incipiente estrutura de gerenciamento interno organizacional presente nas empresas afeta suas percepções de benefícios ao adotarem práticas de baixo carbono, mesmo que diversifiquem suas ações; d) o gerenciamento de carbono sob os aspectos contingenciais pode explicar a inação das empresas neste contexto de mudança climática. Com isso, as contribuições deste trabalho consistem em fornecer à literatura evidências empíricas de como se estabelece a relação entre a percepção e o monitoramento de riscos com o gerenciamento de fatores climáticos organizacionais a partir do uso da teoria da contingência. Além disso, a pesquisa também contribui com discussões sobre a efetividade das ações em resposta aos eventos climáticos encarados pelas organizações. / The aim of this research is to understand, by the contingency theory perspective, how contingency climate factors and organizational internal factors management can explain the perception of benefits from adoption of low carbon operations practices by a set of enterprises. The research method chosen was interviews with specialists, which were made with professional of six enterprises in four different industries. The NVivo software was used to analyze data from interviews in order to understand the perceptions of those enterprises studied. The results found were: a) the perception and the monitoring of climate risks trigger organizational climate factors management better structured by enterprises; b) enterprises tend to keep the environmental management established to implant climate factors management in their procedures; c) incipient structure of climate factors management stand by in enterprises affect their perceptions of benefits when they have adopted low carbon operations practices, even they have diversified their actions; d) management carbon under contingencies aspects can explain the inaction of the enterprises in the climate change context. Therefore, this research contributes to literature through empirical evidences about how is the relationship between perception and monitoring of climate risks and organizational climate factors management by the perspective of contingency theory. Furthermore, the research contributes to discussion about the effectiveness of the actions in responding climate events faced by organizations.
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Tendência histórica e variabilidade do brilho solar e modelagem da radiação solar em Santa Maria, RS / Historical trends and variability of sunshine and solar radiation modeling in Santa Maria, RSPaula, Gizelli Moiano de 02 February 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The objectives of this study were to test the homogeneity of monthly data of sunshine period from 1912 to 2010 hours of sunshine and the period from 1968 to 2010, recalculate the descriptive statistics of sunshine daily, monthly and seasonal Santa Maria, RS, characterize the secular trend and interdecadal and interannual variability of monthly sunshine hours and adjust and test the Ångström - Prescott and Penman equation to estimate the flux density of incident solar radiation level and in different time periods of the day for Santa Maria , RS. The data of sunshine duration and solar radiation were measured at the meteorological station of the Brazilian National Weather Center (8o DISME/INMET), located in the Experimental Department, Federal University of Santa Maria. The Run tests, and the Mann-Kendall and Pettitt tests were used for analysis of homogeneity and trends in the series respectively, and the power spectral density was used for detecting annual and decadal cicles related to El Nino Oscillation Southern and Pacific Decadal Oscillation. The time series of monthly and seasonal sunshine in Santa Maria, in the period 1912-2010 are homogeneous for all months and seasons, except for the months of December and autumn. In the time series of monthly and seasonal sunshine in Santa Maria, in the period 1912 to 2010 there is no trends to increase or decrease, ie the series are stationary. There are large interannual and interdecadal variability in the time series of sunshine in Santa Maria, RS, indicating a sign of El Nino Oscillation Southern and Pacific Decadal Oscillation climate in this element. The number of sunshine daily and average monthly number of sunshine during the periods of the day, in the range from 9 to 15 hours showed decreasing trends, especially in October and spring. There is interannual variability in the series of monthly average daily sunshine and the series of sunlight at different times of day. In La Niña years increased the mean daily sunshine and the different times of day in October, November and December. In El Niño years increased the mean daily sunshine and the different times of day during the months of January and February. The estimation of the global solar radiation by the Ångström equation modified by Prescott and Penman was not precise level and time in the different sub-periods of the day, it is suggested to be tested models of other estimates of the estimate of global radiation hourly. / Os objetivos deste trabalho foram testar a homogeneidade dos dados mensais de brilho solar do período de 1912 a 2010 e horários de brilho solar do período de 1968 a 2010, recalcular as estatísticas descritivas do brilho solar diário, mensal e sazonal em Santa Maria, RS, caracterizar a tendência secular e a variabilidade interanual e interdecadal do brilho solar mensal e horário e ajustar e testar a equação de Ångström - Prescott e Penman para estimativa da densidade de fluxo de radiação solar global incidente em nível horário e em diferentes períodos do dia para Santa Maria, RS. Os dados de brilho solar e de radiação solar analisados foram medidos na Estação Climatológica Principal do Instituto Nacional de Meteorologia (8º DISME/INMET), localizada no Campo Experimental do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Maria. Foram usados os testes Run, Mann-Kendall e Pettitt para análise de homogeneidade e tendências respectivamente, e o método da função densidade espectral de potências para detectar ciclos anuais e interdecadais relacionados aos fenômenos El Niño Oscilação Sul e Oscilação Decadal do Pacífico. As séries históricas mensais e sazonais de brilho solar em Santa Maria, RS, no período de 1912 a 2010 são homogêneas para todos os meses e estações do ano, exceto para o mês de dezembro e outono. Nas séries históricas mensais e sazonais de brilho solar em Santa Maria, RS, no período de 1912 a 2010 não há tendência de aumento ou diminuição, ou seja, as séries são estacionárias. Há grande variabilidade interanual e interdecadal nas séries históricas de brilho solar em Santa Maria, RS, indicando sinal do fenômeno El Niño Oscilação Sul e da Oscilação Decadal do Pacífico neste elemento climático. A série de brilho solar médio mensal diário e a série de brilho solar nos períodos do dia, no intervalo das 9 às 15 horas apresentou tendências decrescentes, principalmente no mês de outubro e primavera. Existe variabilidade interanual na série de brilho solar média mensal diário e nas séries de brilho solar no diferentes períodos do dia. Em anos de La Niña aumenta a média de brilho solar diário e nos diferentes períodos do dia nos meses de outubro, novembro e dezembro. Em anos de El Niño aumenta a média de brilho solar diário e nos diferentes períodos do dia nos meses de janeiro e fevereiro. A estimativa da radiação solar global pela a equação de Ångström modificada por Prescott e Penman não foi precisa em nível horário e nos diferentes sub-períodos do dia, por isso sugere-se que sejam testados por outros modelos as estimativas da estimativa da radiação solar global horária.
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A atuação do Brasil no regime internacional de mudanças climáticas de 1995 a 2004Moreira, Helena Margarido [UNESP] 31 July 2009 (has links) (PDF)
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moreira_hm_me_mar.pdf: 911026 bytes, checksum: 174a0c5e5977679ae4b7eb7f29c2e79f (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / O regime internacional de mudanças climáticas é um dos mais complexos regimes ambientais, por tratar simultaneamente de questões políticas, econômicas, energéticas, de desenvolvimento e ambientais. Tal regime começou a ser formado com a assinatura da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em 1994, e adquiriu importância com a elaboração de diversos documentos para lhe conferir maior eficácia, como o Mandato de Berlim, o Protocolo de Kyoto e os Acordos de Marraqueche. Durante o processo negociador desse regime, várias coalizões de países com interesses diversos se formaram, e dentre estas coalizões, o Grupo dos 77/China. Neste processo, alguns países adquiriram maior proeminência nas negociações, contribuindo de forma substancial para a conformação do regime do clima. Um desses países é o Brasil, um país emergente com características muito particulares e que exerce um papel importante nas negociações ambientais internacionais, e que foi o objeto de análise desta dissertação. A hipótese desta pesquisa é que o Brasil possui certas particularidades, como a maior parte da floresta amazônica e sua matriz energética majoritariamente limpa, e estas ajudaram a definir grande parte da posição assumida pelo país nas negociações do regime internacional de mudanças climáticas. Para provar isso, estudamos e analisamos a posição defendida pelo Brasil nos dois principais tópicos de negociação para os países em desenvolvimento no Protocolo de Kyoto: o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e os compromissos de redução das emissões de gases de efeito estufa, durante o período de 1995 a 2004. A metodologia utilizada para testar essa hipótese foi uma revisão bibliográfica de artigos e livros, bem como a análise de documentos oficiais e depoimentos de representantes das delegações brasileiras... / International regime of climate change is one of the most complex environmental regimes because it simultaneously addresses political, economic, energetic, environmental and development issues. This regime was launched with the signature of the United Nations Framework Convention on Climate Change in 1994. The impact of the international regime of climate change was increased through the elaboration of several documents intended to make the regime more efficient, such as the Berlin Mandate, the Kyoto Protocol and the Marrakech Accords. Throughout the negotiation process (of the regime or the mandate/protocol/accords), many coalitions of countries with different interests were formed, such as the G77/China. Within this coalition, some countries play a prominent role in the negotiations, contributing substantially to the current climate regime configuration. Brazil is one of these countries and, therefore, it is the subject of this dissertation. The hypothesis of this thesis is that certain particular characteristics of the country, especially the Brazilian Amazon rainforest and its renewable energy resources, greatly affect the country’s position on climate change negotiations. In order to prove this hypothesis, we will analyze Brazil’s position regarding two specific topics of the Kyoto Protocol: Clean Development Mechanism (CDM) and the greenhouse gases emission reduction commitments to developing countries, during the period from 1995 to 2004. The methodology used to conduct this analysis included the bibliographical review of articles and books, and the study of official documents and reports from the Brazilian delegates present at the aforementioned meetings. Finally, we will analyze the way that Brazil’s particular characteristics influence the country’s position on these main two topics and contributed to the current configuration of the... (Complete abstract click electronic access below)
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Trajetos de sentidos sobre a mudança climática na discursivização da revista superinteressante (1995-2015)Winch, Rafael Rangel January 2017 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / In a context marked by the environmental crisis, climate change emerges as a multidimensional problem, gathering scientific, political, economic, sociocultural factors and implications, among other types. Besides their physical properties, climate phenomenon is also constructed discursively, largely, by journalism. Based on this, the research aims to understand how the discourse on climate change is constructed in magazine Superinteressante, by Abril Company, between 1995 and 2015. The study discusses central aspects related to climate change, highlighting some their historical elements. It also reflects on journalistic coverage of climate change, magazine journalism, and relation between journalism and science. In order to interpret the meanings about climate change in Superinteressante, we use theoretical-methodological French Discourse Analysis. The corpus is formed by 343 discursive sequences, taken from 21 texts, and that are inserted in ten Paraphrastic Networks. These networks, in turn, are encompassed in four Discursive Formations that represent forms of understanding climate change from specific domains, they are: (DF1) Climate change has undesirable effects; (DF2) Climate change is about human action; (DF3) Climate change is a controversial issue; (DF4) Climate change is an unequal problem. Discursive listening points to a significant predominance of (DF1) and, soon after, of (DF2), which shows that the meanings most frequently reiterated by magazine concern negative consequences and human dimensions associated with the problem. In addition, we verified that Superinteressante not just reiterates discourses about the various dimensions of phenomenon, but also updates them over the years. / Num contexto marcado pela crise ambiental, a mudança climática desponta como uma problemática multidimensional, congregando fatores e implicações científicas, políticas, econômicas, socioculturais, entre outras ordens. Além de suas propriedades físicas, o fenômeno do clima também é construído discursivamente, em grande medida, pelo jornalismo. Diante desse entendimento, a pesquisa busca compreender o funcionamento da discursivização sobre a mudança climática na revista Superinteressante, da editora Abril, entre os anos 1995 e 2015. O trabalho reflete acerca dos aspectos centrais relacionados à questão do clima, destacando alguns de seus elementos históricos. Questões da cobertura jornalística sobre a alteração do clima, do jornalismo de revista e da relação entre jornalismo e ciência também compõem a reflexão. Para interpretar os sentidos sobre a mudança do clima em Superinteressante, emprega-se o aporte teórico-metodológico da Análise de Discurso de linha francesa (AD). O corpus é formado por 343 sequências discursivas, recortadas de 21 textos, e que se inserem em dez Redes Parafrásticas. Tais redes, por sua vez, estão englobadas em quatro Formações Discursivas que representam formas de compreensão da mudança climática a partir de domínios específicos, são elas: (FD1) A mudança climática reúne efeitos indesejáveis; (FD2) A mudança climática concerne à ação humana; (FD3) A mudança climática é uma questão controversa; e (FD4) A mudança climática é um problema desigual. A escuta discursiva sinaliza a predominância significativa da (FD1) e, logo depois, da (FD2), o que evidencia que os sentidos mais reiterados pela revista dizem respeito às consequências negativas e às dimensões humanas atreladas ao problema. Além disso, verifica-se que Superinteressante não apenas reitera dizeres acerca das variadas dimensões do fenômeno, mas também os atualiza ao longo dos anos.
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Tratamento diferenciado dos países em desenvolvimento e mudanças climáticas : perspectivas a partir do acordo de ParisOliveira, André Soares January 2017 (has links)
O tratamento diferenciado dos países em desenvolvimento surge a partir da década de 70 como expressão de resistência dos países do então Terceiro Mundo a uma ordem mundial pós-guerra entendida essencialmente como injusta e cuja doutrina do desenvolvimento tal como prescrita não conseguia equalizar. A partir de movimentações políticas, os países em desenvolvimento emplacaram tal tratamento no âmbito de importantes documentos internacionais e acordos multilaterais. O tratamento diferenciado dos países em desenvolvimento se expressa no direito internacional ambiental por meio do princípio das responsabilidades comuns mas diferenciadas e respectivas capacidades, consagrado da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, de 1992, e cuja expressão máxima é a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (CQMC). Tendo como objeto o tratamento diferenciado dos países em desenvolvimento, delimitado às obrigações centrais no âmbito da CQMC, a presente pesquisa encara o problema de sua operacionalização desde a mencionada Convenção até o seu Acordo de Paris. Para tanto, a pesquisa vale-se do método dedutivo, uma abordagem estruturalista e materialista-histórica para a análise de conteúdo dos textos jurídicos, observando a operacionalização do tratamento diferenciado em nas obrigações em termos de vinculatividade, precisão e delegação. O resultado foi que as mudanças climáticas são necessariamente um debate sobre desigualdades em termos de responsabilidade, mitigação e vulnerabilidade. Sob a alegação de um mundo mais complexo, onde a expressão ‘Terceiro Mundo’ é substituída pela noção de ‘Sul Global’, afirma-se que tal enquadramento de uma dívida Norte-Sul não seria mais pertinente, esvaziando o significado do tratamento diferenciado dos países em desenvolvimento. Porém, a persistência da dívida Norte-Sul em termos dinâmicos aponta que tal tratamento diferenciado dos países em desenvolvimento também continua atual. No intuito de instrumentalizar as obrigações da Convenção, o Protocolo de Quioto – endossado principalmente pelos países europeus – estabelece uma arquitetura descendente, apoiado em normas diferenciais por meio de compromissos de redução precisos, vinculantes e firmados internacionalmente, tendo como destinatários, em um primeiro momento, os países desenvolvidos. O Acordo de Paris – que reflete a estratégia dos Estados Unidos desde antes da própria Convenção – estabelece uma arquitetura ascendente, recorrendo a normas contextuais, onde os compromissos são nacionalmente determinados e isentos de um escrutínio internacional. O Acordo – cuidadosamente redigido – não estabelece nenhuma obrigação substancial precisa ou mesmo vinculante sobre tais contribuições, deixando ampla margem para todos os países e tornando a liderança dos países desenvolvidos no enfrentamento das mudanças climáticas apenas uma obrigação retórica. Deste modo, conclui-se que, sob o argumento de prover diferenciação para todos, o Acordo de Paris esvazia o significado do tratamento diferenciado dos países em desenvolvimento. Entretanto, apenas no âmbito da delegação, ou seja, dos mecanismos de cumprimento estabelecidos pelo Acordo, notadamente o balanço geral de implementação por meio de ‘naming and shaming’ que os países em desenvolvimento poderão exigir a necessária liderança dos países desenvolvidos. / In the 1970s, countries recognised as ‘developing’ began to be treated differently with regard to international agreements and doctrines that affected those countries development, following a widespread consensus among developing countries that the post-war order was unjust. As a result of political moves, developing countries have introduced such treatment in the framework of important international documents and multilateral agreements. The differentiated treatment of developing countries is expressed in international environmental law through the principle of common but differentiated responsibilities and respective capacities enshrined in the 1992 Rio Declaration on Environment and Development and culminated in the United Nations Framework Convention on Climate Change (UNFCCC). Having as its object the differentiated treatment of developing countries, limited to the central obligations under the UNFCCC, this research faces how international climate agreements operated within the differentiated treatment for developing countries. The research is based on the deductive method, a structuralist and historical materialist approach to the analysis of the content of legal texts, observing the differential treatment in obligations in terms of obligation, precision and delegation. The result was that climate change is necessarily a debate on inequalities in terms of responsibility, mitigation and vulnerability. Under the claim of a more complex world, where the expression 'Third World' is replaced by the notion of 'Global South', it is stated that such framing of a North-South divide would not be more relevant, depriving the meaning of differential treatment of developing countries. However, the persistence of the North-South divide in dynamic terms points out that such differentiated treatment of the developing countries is still relevant. In order to implement the obligations of the Convention, the Kyoto Protocol - endorsed mainly by European countries - establishes a downward architecture, supported by differential norms through precise, binding and internationally agreed reduction commitments, directed primarily to developed countries. The Paris Agreement - which reflects the US strategy prior to the Convention itself - establishes an upward architecture, using contextual norms where commitments are nationally determined and thus exempt from international scrutiny. The Agreement - carefully worded - does not establish any substantive or precise binding obligation on such contributions, leaving wide scope for all countries and does not require substantive efforts from developed countries in tackling climate change. In this way, it is concluded that, under the argument of providing differentiation for all, the Paris Agreement emptied the meaning of the differential treatment of developing countries. However, only within the scope of the delegation, through compliance mechanisms established by the Agreement, notably the global stocktake through naming and shaming that developing countries may require the necessary leadership of the developed countries.
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A história evolutiva de uma perereca Sul-Americana Scinax squalirostris (Lutz, 1925) (Anura, Hylidae): um resgate do passado e consequências futuras / The evolutionary history of a South American treefrog Scinax squalirostris (Lutz, 1925) (Anura, Hylidae): a rescue of the past and future consequencesJardim, Tatianne Piza Ferrari Abreu 31 October 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-10-31 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / Geological events of the Neogene and the climatic fluctuations of the Quaternary played an
important role in shaping the landscape and climate of South America therefore directly
influencing the evolutionary history of the organisms of this area over the last million years. These
changes led to the alternation between warm and humid, cold and dry periods. Such alternation
dictated the dynamics of retraction and expansion of open and forest landscapes. Species
associated to these environments evolved following this dynamic, which lead to alteration in
genetic conformation, lineage differentiation and even speciation. As in the past, future changes inclimate can modify the landscape causing changes in the geographical distribution of species. In
addition, predicted global warming may lead to a decline in genetic diversity as well as lead to
extinction due to species' low ability to adapt to drastic and quick changes. In this thesis two
regions of mitochondrial DNA (Cytb and 12S) and one nuclear (RAG-1) were used together with
coalescing simulations, and ecological niche modelling to access the evolutionary history of a
Scinax squalirostris (Lutz, 1925), a species associated to the South American grasslands. In the
first chapter, we sought to understand how Neogene and Quaternary geological or climatic events,
respectively, may have shaped the current disjunct distribution and the genetic diversity pattern of
S. squalirostris. The populations of S. squalirostris were found to have high genetic diversity, with
no sign of current gene flow, a high genetic differentiation, and a stable demographic history over
time with scattered origin in southern Brazil. Coalescence events date from Pliocene-Pleistocene,
with haplotype sharing among geographically distant populations, which indicates incomplete
lineage sorting. The paleodistribution models suggests that S. squalirostris lineages were widely
distributed during the last glacial maximum (LGM) but afterwards contracting and changing their
area of occurrence. These results indicate that the current geographic distribution and genetic
diversity of S. squalirostris is due to the contraction of an area widely distributed in the past,
generated by the dynamics of retraction of grasslands in warmer periods due to the loss of areas
suitable for their occurrence. In the second chapter, we tested the hypothesis that the current
populations of S. squalirostris could represent distinct lineages with candidate species not
previously described, due to the current disjunct distribution. Using molecular and morphometric
data the formation of two groups was rescued. One of them consists in a candidate species to be
described, which is a lineage restricted to the Central-West region of Brazil. The other one
comprises of populations from the South and Southeast Brazil, Paraguay, Uruguay and Argentina.
In the third chapter, ecological niche modelling, molecular techniques and simulations of genetic
groups were used to verify how future climate changes could alter the genetic diversity and
distribution of S. squalirostris. Through two climatic scenarios with different temperature changes
to 2100 (scenario 4.5 RCP increases 1.8 ° C and stabilizes, and scenario 8.5 increases 3.7 ° C and
continues to increase), ecological niche modelling analysis indicated a decrease of suitable areas in
the Central-West and Southeast regions, with a displacement towards the South of Brazil entering
the central region of Argentina towards more anthropized areas. Most of the Central West and
Northern Southeast populations may be extinct due to the absence of climatic suitable areas for
their occurrence and low genetic diversity. In addition, it was observed that Protections Areas
(PAs) currently harbors a large part of the genetic diversity of S. squalirostris. Thus, PAs in areas
that will be ideal for the occurrence of S. squalirostris will be able to maintain their high levels of
genetic diversity, but with losses of genetic diversity in the Midwest and Southeast regions. This
work indicates that future climate changes will negatively affect this species, since the appropriate
areas for its occurrence will be reduced and displaced. The loss and changes in genetic clusters
may lead to a possible loss of the evolutionary potential of S. squalirostris populations in
responding to future climate changes, which could result in the extinction of some populations. / Diferentes eventos, como geológicos do Neógeno e climáticos do Quaternário, tiveram um papel
importante com alterações da paisagem e do clima na América do Sul, influenciando diretamente a
história evolutiva dos organismos da região nos últimos milhões de anos. Essas mudanças levaram
à alternância entre períodos quentes e úmidos com frios e secos, e essa alternância iniciou a
dinâmica de retração e expansão de paisagens abertas e florestais. Espécies associadas a essesambientes evoluíram seguindo essa dinâmica, levando a alteração na conformação genética,
diferenciação de linhagens e até a especiação. Assim como no passado, mudanças climáticas
futuras podem alterar a paisagem causando mudanças na distribuição geográfica das espécies.
Além disso, o aquecimento global previsto pode levar a diminuição da diversidade genética e
ocasionar a extinção devido à baixa capacidade das espécies de se adaptarem as mudanças
drásticas tão rapidamente. Nesta tese utilizou-se duas regiões do DNA mitocondrial (Cytb e 12S) e
uma nuclear (RAG-1) juntamente com simulações coalescentes, e de Modelagem de Nicho
Ecológico para acessar a história evolutiva de uma espécie de perereca Scinax squalirostris (Lutz,
1925) associada aos Campos (grasslands) Sul-Americanos. No primeiro capítulo buscou-se
entender como eventos geológicos do Neógeno e climáticos do Quaternário podem ter moldado a
atual distribuição disjunta e o padrão de diversidade genética de S. squalirostris. Encontrou-se que
as populações de S. squalirostris possuem alta diversidade genética, com nenhum sinal de fluxo
gênico atual, uma alta diferenciação genética e história demográfica estável ao longo do tempo
com origem de dispersão no Sul do Brasil. Eventos de coalescência dataram do Plioceno-
Pleistoceno, com compartilhamento de haplótipos entre as populações geograficamente distantes,
indicando um arranjo incompleto de linhagens. A modelagem de paleodistribuição sugere que as
linhagens de S. squalirostris tinham uma ocorrência de ampla distribuição no último máximo
glacial (LGM) com contração e mudança de área no período pós-LGM. Tais resultados indicam
que a atual distribuição geográfica e diversidade genética de S. squalirostris é devido a contração
de uma área amplamente distribuída no passado, gerada pela dinâmica de retração de grasslands
nos períodos mais quentes devido à perda de áreas adequadas para sua ocorrência. No segundo
capítulo testou-se a hipótese de que as populações atuais de S. squalirostris poderiam representar
linhagens distintas, com potencial (is) espécie(s) candidata(s) não descrita(s), devido a atual
distribuição disjunta. Com a utilização de dados moleculares e dados morfométricos resgatou-se a
formação de dois grupos, sendo um destes com uma espécie a ser descrita, um grupo restrito a
região Centro-Oeste do Brasil, e outro grupo abrangendo populações do Sul e Sudeste do Brasil,
Paraguai, Uruguai e Argentina. No terceiro capítulo utilizou-se a modelagem de nicho ecológico,
juntamente com as análises moleculares e as simulações de agrupamentos genéticos para verificar
o quanto as mudanças climáticas futuras poderão alterar a diversidade genética e a distribuição de
S. squalirostris. Através de dois cenários climáticos com diferentes alterações na temperatura para
2100 (cenário 4.5 RCP aumenta 1.8oC e estabiliza, e o cenário 8.5 aumenta 3.7°C e continua
aumentando), a análise de modelagem de nicho indicou uma diminuição de áreas adequadas na
região Centro-Oeste e Sudeste, com um deslocamento em direção ao Sul do Brasil adentrando até a
região central da Argentina em direção a áreas mais antropizadas. A maioria das populações do
Centro-Oeste e norte da região Sudeste poderão ser extintas devido à ausência de áreas climáticas
adequadas para a sua ocorrência e sua baixa diversidade genética. Além disso, foi observado que as
Unidades de Conservação (UCs) detêm, atualmente, grande parte da diversidade genética de S.
squalirostris. Com as mudanças climáticas previstas, as UCs em áreas que serão ideais para a
ocorrência de S. squalirostris conseguirão manter altos níveis de diversidade genética, porém com
perdas de diversidade na região Centro-Oeste e Sudeste. Este trabalho indica que as mudanças
climáticas futuras afetarão negativamente essa espécie, pois as áreas adequadas para sua ocorrência
serão reduzidas e deslocadas. A perda e as alterações nos agrupamentos genéticos, podem levar a
uma possível perda do potencial evolutivo das populações de S. squalirostris em responder às
mudanças climáticas futuras, o que poderia resultar na extinção de algumas populações.
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