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Efeitos do treinamento físico sobre a regeneração do nervo isquiático no diabetes experimentalMalysz, Tais January 2010 (has links)
O objetivo deste estudo foi descrever os efeitos do treinamento físico sobre a regeneração nervosa periférica no diabetes experimental. Ratos Wistar machos foram aleatoriamente distribuídos nos grupos não-diabético (ND; n=6), não-diabético treinado (NDT; n=6), não-diabético com lesão isquiática por esmagamento (NDE; n=6), não-diabético com lesão isquiática por esmagamento e treinado (NDET; n=6), diabético (D; n=6), diabético treinado (DT; n=8), diabético com lesão isquiática por esmagamento (DE; n=9) ou diabético com lesão isquiática por esmagamento e treinado (DET; n=7). O diabetes foi induzido pela injeção intravenosa de estreptozotocina (50 mg/kg) e o treinamento na esteira ergométrica (2X ao dia, 5 dias/semana/10 semanas) foi iniciado 4 semanas após o esmagamento cirúrgico do nervo isquiático direito. Semanalmente após o procedimento cirúrgico a recuperação funcional da marcha foi monitorada através do índice de funcionalidade no nervo isquiático (IFI). Testes de esforço máximo foram realizados para cada rato antes (TEM 1), durante (TEM 2) e após o término do protocolo de treinamento físico (TEM 3). A glicemia capilar e o peso corporal foram monitorados desde o início até o final do protocolo experimental. Os animais foram mortos e porções do nervo isquiático (segmento proximal e segmento distal à lesão) e do músculo sóleo foram retiradas, seccionadas transversalmente e usadas para análises histomorfométricas. Adicionalmente também foram realizadas análises ultraestruturais de secções transversais e longitudinais do músculo sóleo. Os TEM 1 dos grupos DE e DET foram menores que os valores do grupo ND (p=0,001) e os grupos NDET e DET mostraram progressivo aumento nos valores de TEM ao longo do período de treinamento (p<0,05). Não houve alterações nos valores de TEM nos grupos sedentários. Os grupos NDE, NDET, DE e DET atingiram valores normais de IFI na 4ª, 4a, 9ª e 7a semana após a lesão nervosa, respectivamente. Após 13 semanas da lesão isquiática por esmagamento, o segmento distal do nervo de todos os grupos lesionados e o segmento proximal do grupo DE apresentaram parâmetros histomorfométricos anormais, como diminuição do diâmetro de fibras nervosas mielínicas (~7,4±0,3μm vs ~4,8±0,2μm), do diâmetro axonal (~5±0,2μm vs ~3,5±0,1μm) e da espessura da bainha de mielina (~1,2±0,07μm vs ~0,65±0,07μm) e um aumento do percentual de área ocupada conjuntamente por endoneuro, tecido de degeneração e fibras amielínicas (~28±3% vs ~60±3%). Em adição, no grupo NDE, o segmento proximal do nervo mostrou uma diminuição do diâmetro das fibras mielinizadas (7,4±0.3μm vs 5,8±0.3μm) e da espessura da bainha de mielina (1,29±0,08μm vs 0,92±0,08μm). As alterações histomorfométricas do segmento proximal dos grupos DE e NDE foram prevenidas/revertidas a valores similares aos atingidos pelo grupo ND pela prática do treinamento físico. Foram observadas maiores densidades e menores áreas de fibras musculares nos grupos DE (468 fibras/mm2; 1647,1 μm2) e DET (385 fibras/mm2; 1839,4 μm2) quando comparados com os outros grupos (p<0,05). No grupo DET a densidade de fibras musculares e o percentual de pequenas fibras musculares foram menores que no grupo DE. O grupo DE mostrou desalinhamento dos sarcômeros das linhas-Z, alterações estruturais nos vasos sanguíneos, sarcolema e na forma do núcleo e de mitocôndrias. No grupo DET as fibras musculares e os vasos sanguíneos apresentaram aspecto muito similar ao normal. Adicionalmente este grupo apresentou polirribossomos, retículo sarcoplasmático rugoso, complexo de Golgi desenvolvido e novas miofibrilas localizadas entre condensações de mitocôndrias localizadas próximas ao sarcolema e ao núcleo. Nossos achados indicam que em ratos com lesão por esmagamento do nervo isquiático, o diabetes causa atraso na regeneração nervosa assim como atrofia e alterações ultraestruturais no músculo sóleo. O treinamento físico pode acelerar a recuperação funcional da marcha em ratos diabéticos lesionados, prevenir/reverter alterações histomorfométricas do segmento proximal do nervo isquiático de ratos não-diabéticos e diabéticos lesionados e reverter parcialmente as alterações morfológicas do músculo sóleo de ratos diabéticos lesionados. / The aim of this study was to describe the effects of physical training in the peripheral nerve regeneration in experimental diabetic. Male Wistar rats were assigned to either a non-diabetic (N; n=6), trained non-diabetic (TN; n=6), non-diabetic with sciatic nerve crush (NC; n=6), trained non-diabetic with sciatic nerve crush (TNC; n=6), diabetic (D; n=6), trained diabetic (TD; n=8), diabetic with sciatic nerve crush (DC; n=9) or trained diabetics with sciatic nerve crush group (TDC; n=7). Diabetes was induced by intravenous injection of streptozotocin (50 mg/kg) and treadmill training (twice a day, 5 days/week/10 weeks) was begun 4 weeks after right sciatic nerve crush, realized surgically. Over the period after surgical procedures, functional recovery was monitored weekly using the sciatic functional index (SFI). Maximal exercise tests were performed for each rat before (MET 1), at the middle (MET 2) and at the end of the training protocol (MET 3). Glycemia and body weight were monitored since began until the end of experimental protocol. Animals were killed and the right proximal and distal sciatic nerve portions (PS and DS, respectively) and soleus muscle portions were cross-sectioned and used in histomorphometrical analysis. In addition, soleus muscle transverse and longitudinal sections were used to ultrastructural analyses. The MET1 of the DC and TDC groups was lower than the values of the N group (p=0.001) and the TNC and TDC groups showed a progressive increase in MET values along the training period (p<0.05).There were no significant alterations in MET values in the sedentary groups over time. The NC, TNC, DC and TDC groups attained normal SFI from the 4th, 4th, 9th to the 7th week after injury, respectively. At post-injury week 13, the distal nerve portion of all injured groups and the proximal nerve portion of the diabetic with sciatic nerve crush group presented altered morphometric parameters, such as decreased myelinated fiber diameter (~7.4±0.3μm vs ~4.8±0.2μm), axonal diameter (~5±0.2μm vs ~3.5±0.1μm) and myelin sheath thickness (~1.2±0.07μm vs ~0.65±0.07μm) and an increase in the percentage of area occupied by endoneurium (~28±3% vs ~60±3%). In addition, in the non-diabetic with sciatic nerve crush group the proximal nerve portion showed a decreased myelinated fiber diameter (7.4±0.3μm vs 5.8±0.3μm) and myelin sheath thickness (1.29±0.08μm vs 0.92±0.08μm). Morphometric alterations in the proximal nerve portion of the diabetic with sciatic nerve crush and non-diabetic with sciatic nerve crush groups were either prevented/reverted to values similar to the non-diabetic group by treadmill training. The soleus muscle showed higher fiber density and a smaller average muscle fiber area in both the DC (468 fiber/mm2; 1647.1 μm2) and TDC (385 fiber/mm2; 1839.4 μm2) groups when compared with the others groups (p<0.05). Furthermore, in the TDC group the muscle fiber density and percentage of small muscle fiber area were lower than in the DC. The DC group showed misalignment of the sarcomeres and Z-lines, and structural alterations in the blood vessels, sarcolemma and in the shape of the nucleus and mitochondria. In the TDC group the myofibers and blood vessels were seen to have a similar, normal aspect. Additionaly, polyribosomes, rough sarcoplasmic reticulum, developed Golgi apparatus and new myofibrils were observed located among condensed mitochondria near of the sarcolemma. We conclude that in rats with sciatic nerve crush nerve, the diabetic condition promoted delay in sciatic nerve regeneration and soleus muscle atrophy and ultrastructural alterations. The physical training could accelerate motor functional recovery of injured diabetic rats, prevent/revert morphometric alterations in proximal nerve portions in non-diabetic and diabetic injured rats and partially revert the morphologic alterations of the soleus muscle in diabetic injured rats.
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Efeitos do treinamento físico na água aquecida sobre a recuperação funcional e a regeneração nervosa periférica após lesão do nervo ciático em ratos machos adultosAraújo, Rafaela Trois de January 2008 (has links)
Lesões experimentais do nervo ciático, seguidas de exercício físico, têm sido usadas para induzir à degeneração nervosa periférica, como um modelo de neuropatia periférica, e estudar as alterações degenerativas e os processos regenerativos que ocorrem após a lesão. Entretanto, parâmetros como tempo e especificidade do exercício e seus efeitos sobre a regeneração ainda não estão bem esclarecidos. Neste estudo, analisamos os efeitos do exercício físico moderado na água aquecida durante cinco semanas, na regeneração do nervo ciático, após uma lesão nervosa por compressão, sendo para isso utilizado análises funcional, bioquímica e morfométrica. Os ratos foram divididos em 3 grupos, sendo um controle, um sedentário e um nado livre. Os grupos sedentário e nado livre foram submetidos a lesão do nervo ciático direito por esmagamento, sendo que, o grupo nado livre, após a lesão, foi submetido a cinco semanas de treinamento na água aquecida 31° C, iniciado com 10 minutos até alcançar 1 hora de nado livre. Os resultados obtidos neste estudo indicam que o exercício físico na água aquecida não interfere na recuperação funcional dos ratos, visto que, tanto os animais treinados quanto os animais sedentários recuperaram a função do membro posterior direito. A atividade da enzima acetilcolinesterase nos grupos experimentais não apresentou diferença significativa entre eles, porém foram diferentes do controle. Este resultado se repetiu em relação a diferenciação morfológica dos nervos em regeneração, onde os grupos sedentário e nado livre não apresentaram diferença significativa, mas permaneceram diferentes do grupo controle.
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Efeito do exercício físico aeróbico sobre o padrão de imunorreatividade da serotonina localizada nos núcleos dorsal e magno da rafe e na medula espinal de ratos submetidos à secção do nervo ciáticoKorb, Arthiese January 2009 (has links)
Diversos estudos têm demonstrado que o sistema serotoninérgico participa ativamente da regulação do circuito nociceptivo e locomotor da medula espinal. A atividade física induz analgesia e é um dos tratamentos efetivos para a melhora da função sensorial e motora de indivíduos com lesão nervosa periférica. Estudos demonstram que o exercício físico ocasiona mudanças em diferentes neurotransmissores. Para melhor compreensão da relação entre exercício físico e alterações no sistema serotoninérgico, o presente estudo demonstra os efeitos do treinamento aeróbico em esteira ergométrica sobre o padrão de imunorreatividade serotonina nos núcleos dorsal e magno da rafe, e na medula espinal lombossacral de ratos submetidos à secção do nervo ciático, mediante emprego de imunoistoquímica e densitometria óptica. Para isto os animais foram divididos em seis grupos: (1) ratos sem qualquer manipulação experimental e sedentários (NS, n = 5); (2) ratos sem qualquer manipulação experimental e treinados (NT, n = 5); (3) ratos com secção do nervo ciático e treinamento aeróbico (SNTT, n = 5); (4) ratos com secção do nervo ciático e sedentários (SNTS, n=5); (5) ratos com nervo ciático isolado, mas não seccionado (sham) e submetidos ao treinamento (ST, n=5); e (6) ratos com nervo ciático isolado, mas não seccionado, e sedentários (SS , n=5). Sete dias após o procedimento cirúrgico, os animais dos grupos com treinamento foram adaptados em esteira ergométrica diariamente por 10 minutos, durante 4 dias, a velocidade de 5 m/min. No quinto dia, esses ratos foram submetidos ao teste de esforço máximo, o qual consistiu em exercício graduado na esteira, com acréscimos da velocidade em 5 m/min a cada 3 min, iniciando com velocidade de 5 m/min e tendo como limite a intensidade máxima de cada animal. O valor máximo alcançado foi utilizado para planejamento do programa de treinamento aeróbico dos ratos. Após uma semana da secção do nervo ciático, os animais iniciaram o programa de treinamento aeróbico em esteira ergométrica, o qual teve duração de quatro semanas. A densitometria óptica revelou aumento da imunorreatividade no citoplasma de neurônios do núcleo magno da rafe (NMR) nos grupos de animais SNTT e SNTS. No núcleo dorsal da rafe (DNR), o acréscimo ocorreu apenas no citoplasma de neurônios de ratos do grupo ST. No corno ventral da medula espinal, apenas o grupo SNTT teve aumento dos valores de densitometria óptica. Apesar de este grupo ter mostrado os maiores valores de densitometria óptica no corno dorsal, este acréscimo não foi estatisticamente significativo. O teste dos filamentos de Von Frey mostrou a presença de analgesia nos grupos de animais com lesão nervosa periférica e treinamento físico. O índice de funcionalidade do nervo ciático indicou recuperação apenas no grupo SNTT. Com base nesses resultados, pode-se sugerir que tanto o treinamento aeróbico em esteira como a lesão nervosa contribuem para o aumento da imunorretividade à serotonina mostrada neste estudo. Todavia, ainda é necessária a realização de estudos mais detalhados relacionando serotonina, exercício físico e lesão de nervo periférico para melhor entendimento das relações funcionais entre estes parâmetros.
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Exercício físico de baixa intensidade na terapêutica da dor neuropática e regeneração nervosa periférica: efeitos neurobiológicos e estudo dos mecanismos de açãoBobinski, Franciane January 2015 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Neurociências, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-11-10T03:06:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / A dor neuropática que surge em decorrência da lesão de nervos espinais é caracterizada por uma resposta anormal das vias de transmissão da dor. Além disso, as alterações geradas pela desnervação muscular prejudicam a função motora, que juntamente com a dor neuropática diminuem a qualidade de vida dos pacientes. O exercício físico regular é capaz de beneficiar positivamente a saúde física e mental, melhorando a qualidade de vida e diminuindo a incidência de doenças crônicas relacionadas ao estilo de vida sedentário. O exercício físico também é eficaz na reabilitação de pacientes após lesões de nervos espinais, por manter as propriedades musculares e promover a recuperação funcional. No entanto, apesar da grande relevância clínica, poucos estudos identificaram o efeito benéfico do exercício na dor neuropática e recuperação funcional, bem como os seus mecanismos neurobiológicos. O objetivo deste trabalho foi estudar o efeito anti-hiperalgésico e neuroregenerativo do exercício físico de baixa intensidade, realizado na esteira, após a lesão por esmagamento do nervo isquiático em camundongos. Para isto, camundongos Swiss e BALB/cJ selvagens (WT) e BALB/cJ knockouts para IL-4 (IL-4-/-) machos foram submetidos à lesão do nervo isquiático, e, três dias após a lesão, foram submetidos a um programa de exercício físico de baixa intensidade na esteira (30 min/dia, velocidade de 10 m/min, 5 dias/semana), por duas semanas. O exercício físico apresentou importante efeito anti-hiperalgésico reduzindo os comportamentos relacionados à dor neuropática quando avaliados nos testes de von Frey, fuga/esquiva e campo aberto. Parte do efeito neurobiológico do exercício físico é dependente das células do sistema imunológico que migram para o nervo lesionado, pois, a analgesia produzida pelo exercício foi prevenida pela fucoidina (100 µg/animal, i.p.), a qual inibe a migração de leucócitos da circulação sanguínea para o local da lesão. Além disso, o exercício físico promoveu o aumento das concentrações das citocinas anti-inflamatórias, IL-4 e IL-1ra, e das neurotrofinas BDNF e ß-NGF, no nervo isquiático, e IL-4, IL-5 e IL-1ra na medula espinal, bem como, reduziu as concentrações do BDNF e ß-NGF na medula espinal. O efeito anti-hiperalgésico do exercício físico observado em camundongos BALB/cJ WT foi reduzido em camundongos IL-4-/-, confirmando o importante papel da IL-4 neste efeito. Ademais, foi demonstrado que a IL-4 pode modular o perfil fenotípico de macrófagos, pois, camundongos WT exercitados mostraram maior marcação para macrófagos M2a/c, enquanto os camundongos IL-4-/- exercitados apresentaram maior marcação para macrófagos M1. Estes achados fornecem evidências de que o exercício físico promove a alteração fenotípica de macrófagos via liberação da IL-4, o que pode induzir uma resposta das células Th2 e reduzir a dor neuropática, a inflamação e auxiliar no processo de regeneração nervosa. Além disso, foi observado o aumento da expressão da PMP22 no nervo isquiático de animais exercitados, indicando maior concentração de mielina nos axônios em regeneração. O efeito anti-hiperalgésico do exercício físico foi dependente da redução da ativação de astrócitos e microglia na medula espinal. A analgesia causada pelo exercício físico também foi prevenida pelo PCPA (100 mg/kg i.p., um inibidor da síntese de serotonina [5-HT]), mas não pelo AMPT (100 mg/kg i.p., um inibidor da síntese de catecolaminas), sugerindo importante papel do sistema serotoninérgico no efeito do exercício. Ademais, o exercício físico promoveu aumento da concentração de 5-HT e seu metabólito, o ácido 5-hidroxi-indolacético (5-HIAA) no tronco encefálico, e este efeito foi prevenido pelo PCPA. O conteúdo de noradrenalina (NA) foi aumentado com o exercício físico, mas não o de dopamina (DA), e o PCPA também preveniu este aumento, demonstrando a interação entre os sistemas serotoninérgico e noradrenérgico. No entanto, a expressão gênica das enzimas triptofano hidroxilase 2 (Tph2) e dopamina beta hidroxilase (Dbh) não foram alteradas após a lesão, nos animais submetidos ou não ao exercício físico. O exercício também foi capaz de aumentar a expressão gênica dos receptores 5-HT1AR, 5-HT1BR, 5-HT2AR, 5-HT2CR e 5-HT3AR no tronco encefálico. Por fim, o exercício físico reduziu a densidade dos transportadores de serotonina (SERT) nos núcleos da rafe (RPa, RMg e Rob), os quais estavam aumentados após a lesão, sendo este efeito dependente da redução da IL-1ß e do TNF-a, no tronco encefálico. Em conjunto, estes resultados mostram o efeito terapêutico do exercício físico na redução da dor neuropática e regeneração nervosa, através de mecanismos que dependem da ativação do sistema neuroimunológico no local da lesão e na medula espinal, bem como a ativação do sistema endógeno descendente de controle da dor, em especial, da neurotransmissão serotoninérgica no tronco encefálico.<br> / Abstract : Neuropathic pain which arises as a result of spinal nerve injury is characterized by an abnormal response of the pain transmission routes. In addition, changes generated by muscle denervation impair motor function, which together with neuropathic pain reduce the quality of life of these patients. Regular physical exercise can positively benefit physical and mental health, improving the quality of life and reducing the incidence of chronic diseases associated with sedentary lifestyle. Physical exercise is also effective in the rehabilitation of patients after spinal nerve injuries through support muscle properties and promotes functional recovery. However, despite the great clinical relevance, few studies have identified the beneficial effect of exercise on neuropathic pain and functional recovery, as well as it neurobiological mechanisms. The aim of this work was to study the anti-hyperalgesic and neuroregenerative effect of low-intensity exercise, performed on the treadmill, after the sciatic nerve crush injury in mice. Then, Swiss and BALB/cJ wild-types (WT) and BALB/cJ IL-4 knockouts (IL-4-/-) males mice were subjected to sciatic nerve injury, after that, three days after injury, mice performed low-intensity exercise on the treadmill (30 min/day, speed of 10 m/min, 5 days/week), for two weeks. Physical exercise showed significant anti-hyperalgesic effect reducing neuropathic pain-related behaviors when assessed by von Frey, escape/avoidance and open field test. Part of the neurobiological effect of physical exercise is dependent on immune cells that migrate to the injured nerve, because the analgesia produced by exercise was prevented by fucoidin (100 µg/mouse, i.p.), that inhibits leukocytes migration from bloodstream to the site of injury. Furthermore, physical exercise promoted increasing concentrations of anti-inflammatory cytokines levels, IL-4 and IL-1ra, and neurotrophins BDNF and ß-NGF, in the sciatic nerve, and IL-4, IL-5 and IL-1ra in the spinal cord, as well as it reduced ß-NGF and BDNF levels in the spinal cord. The noted analgesic effect of physical exercise in BALB/cJ WT mice was reduced in IL-4-/- mice, it confirming the important role of IL-4 on this effect. Furthermore, it was shown that IL-4 can modulate the phenotypic profile of macrophages, because WT exercised mice showed stronger staining for M2a/c macrophages, while IL-4-/- exercised mice presented marked staining for M1 macrophages. These findings provide evidence that physical exercise promotes the phenotypic switch of macrophages by release of IL-4, which can induces Th2 cells response and reducing neuropathic pain, inflammation and helps nerve regeneration process. Furthermore, an increased PMP22 level in the sciatic nerve of exercised animals was observed, indicating higher concentration of myelin in regenerating axons. The anti-hyperalgesic effect of physical exercise was dependent on reduction of astrocytes and microglia activation in the spinal cord. The analgesia caused by physical exercise was also prevented by PCPA (100 mg/kg i.p., an inhibitor of serotonin [5-HT] synthesis), but not by AMPT (100 mg/kg i.p., an inhibitor of catecholamine synthesis), it suggesting the important role of the serotonergic system in the effect of exercise. Furthermore, physical exercise promotes increased 5-HT concentration and its metabolite, the 5-hydroxy-indoleacetic acid (5-HIAA) in the brainstem, and its effect was prevented by the PCPA. The noradrenaline (NA) content was increased by physical exercise, but not the dopamine (DA) content, and the PCPA also prevented this increase, demonstrates the interaction between serotonergic and noradrenergic systems. However, tryptophan hydroxylase 2 (Tph2) and dopamine beta hydroxylase (Dbh) enzymes gene expression were not changed after injury, in the animals submitted or not to physical exercise. The exercise was also able of increasing 5-HT1AR, 5-HT1BR, 5-HT2AR, 5-HT2CR e 5-HT3AR receptors gene expression in the brainstem. Finally, physical exercise reduced serotonin transporter (SERT) density in the raphe nuclei (RPa, RMg and ROb), which were increased after injury, and this effect was dependent of IL-1ß and TNF-a reduced levels in the brainstem. Together, these results demonstrate the therapeutic effect of physical exercise on neuropathic pain reducing and nerve regeneration, through mechanisms that depending on the neuroimmune system activation at the site of injury and spinal cord, as well as the activation of endogenous descending pain control system, especially of serotonergic neurotransmission in the brainstem.
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Avaliação termográfica e recuperação funcional da locomoção após esmagamento do nervo ciático em ratos adultosSacharuk, Viviane Zechlinski January 2009 (has links)
Os nervos periféricos são freqüentemente lesionados por lesão mecânica direta, doenças metabólicas ou tumores. As lesões dos NPs resultam em perda parcial ou total das funções motoras, sensoriais e vegetativas no segmento corporal envolvido. Ratos machos adultos Wistar foram divididos em três grupos: controle (n=7), sham (n=25) e crush (n=25). Todos os grupos foram submetidos à avaliação termográfica, funcional e histológica. A ∆ T do grupo crush foi diferente do grupo controle no 1°, 3°e 7° dia pós-operatório, e do grupo sham no 1°, 3°e 28° dia pós-operatório (p0.05). No grupo crush, a recuperação funcional retornou ao aos valores normais entre a 3ª e 4ª semanas após a lesão, enquanto a análise morfológica do nervo mostrou uma regeneração incompleta na 4ª semana após a lesão. Este estudo é a primeira demonstração que a temperatura da pele é aumentada pela compressão do nervo ciático e esta mudança provavelmente não é correlacionada com a recuperação funcional.
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Efeitos do treinamento físico na água aquecida sobre a recuperação funcional e a regeneração nervosa periférica após lesão do nervo ciático em ratos machos adultosAraújo, Rafaela Trois de January 2008 (has links)
Lesões experimentais do nervo ciático, seguidas de exercício físico, têm sido usadas para induzir à degeneração nervosa periférica, como um modelo de neuropatia periférica, e estudar as alterações degenerativas e os processos regenerativos que ocorrem após a lesão. Entretanto, parâmetros como tempo e especificidade do exercício e seus efeitos sobre a regeneração ainda não estão bem esclarecidos. Neste estudo, analisamos os efeitos do exercício físico moderado na água aquecida durante cinco semanas, na regeneração do nervo ciático, após uma lesão nervosa por compressão, sendo para isso utilizado análises funcional, bioquímica e morfométrica. Os ratos foram divididos em 3 grupos, sendo um controle, um sedentário e um nado livre. Os grupos sedentário e nado livre foram submetidos a lesão do nervo ciático direito por esmagamento, sendo que, o grupo nado livre, após a lesão, foi submetido a cinco semanas de treinamento na água aquecida 31° C, iniciado com 10 minutos até alcançar 1 hora de nado livre. Os resultados obtidos neste estudo indicam que o exercício físico na água aquecida não interfere na recuperação funcional dos ratos, visto que, tanto os animais treinados quanto os animais sedentários recuperaram a função do membro posterior direito. A atividade da enzima acetilcolinesterase nos grupos experimentais não apresentou diferença significativa entre eles, porém foram diferentes do controle. Este resultado se repetiu em relação a diferenciação morfológica dos nervos em regeneração, onde os grupos sedentário e nado livre não apresentaram diferença significativa, mas permaneceram diferentes do grupo controle.
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Efeito do exercício físico aeróbico sobre o padrão de imunorreatividade da serotonina localizada nos núcleos dorsal e magno da rafe e na medula espinal de ratos submetidos à secção do nervo ciáticoKorb, Arthiese January 2009 (has links)
Diversos estudos têm demonstrado que o sistema serotoninérgico participa ativamente da regulação do circuito nociceptivo e locomotor da medula espinal. A atividade física induz analgesia e é um dos tratamentos efetivos para a melhora da função sensorial e motora de indivíduos com lesão nervosa periférica. Estudos demonstram que o exercício físico ocasiona mudanças em diferentes neurotransmissores. Para melhor compreensão da relação entre exercício físico e alterações no sistema serotoninérgico, o presente estudo demonstra os efeitos do treinamento aeróbico em esteira ergométrica sobre o padrão de imunorreatividade serotonina nos núcleos dorsal e magno da rafe, e na medula espinal lombossacral de ratos submetidos à secção do nervo ciático, mediante emprego de imunoistoquímica e densitometria óptica. Para isto os animais foram divididos em seis grupos: (1) ratos sem qualquer manipulação experimental e sedentários (NS, n = 5); (2) ratos sem qualquer manipulação experimental e treinados (NT, n = 5); (3) ratos com secção do nervo ciático e treinamento aeróbico (SNTT, n = 5); (4) ratos com secção do nervo ciático e sedentários (SNTS, n=5); (5) ratos com nervo ciático isolado, mas não seccionado (sham) e submetidos ao treinamento (ST, n=5); e (6) ratos com nervo ciático isolado, mas não seccionado, e sedentários (SS , n=5). Sete dias após o procedimento cirúrgico, os animais dos grupos com treinamento foram adaptados em esteira ergométrica diariamente por 10 minutos, durante 4 dias, a velocidade de 5 m/min. No quinto dia, esses ratos foram submetidos ao teste de esforço máximo, o qual consistiu em exercício graduado na esteira, com acréscimos da velocidade em 5 m/min a cada 3 min, iniciando com velocidade de 5 m/min e tendo como limite a intensidade máxima de cada animal. O valor máximo alcançado foi utilizado para planejamento do programa de treinamento aeróbico dos ratos. Após uma semana da secção do nervo ciático, os animais iniciaram o programa de treinamento aeróbico em esteira ergométrica, o qual teve duração de quatro semanas. A densitometria óptica revelou aumento da imunorreatividade no citoplasma de neurônios do núcleo magno da rafe (NMR) nos grupos de animais SNTT e SNTS. No núcleo dorsal da rafe (DNR), o acréscimo ocorreu apenas no citoplasma de neurônios de ratos do grupo ST. No corno ventral da medula espinal, apenas o grupo SNTT teve aumento dos valores de densitometria óptica. Apesar de este grupo ter mostrado os maiores valores de densitometria óptica no corno dorsal, este acréscimo não foi estatisticamente significativo. O teste dos filamentos de Von Frey mostrou a presença de analgesia nos grupos de animais com lesão nervosa periférica e treinamento físico. O índice de funcionalidade do nervo ciático indicou recuperação apenas no grupo SNTT. Com base nesses resultados, pode-se sugerir que tanto o treinamento aeróbico em esteira como a lesão nervosa contribuem para o aumento da imunorretividade à serotonina mostrada neste estudo. Todavia, ainda é necessária a realização de estudos mais detalhados relacionando serotonina, exercício físico e lesão de nervo periférico para melhor entendimento das relações funcionais entre estes parâmetros.
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Avaliação termográfica e recuperação funcional da locomoção após esmagamento do nervo ciático em ratos adultosSacharuk, Viviane Zechlinski January 2009 (has links)
Os nervos periféricos são freqüentemente lesionados por lesão mecânica direta, doenças metabólicas ou tumores. As lesões dos NPs resultam em perda parcial ou total das funções motoras, sensoriais e vegetativas no segmento corporal envolvido. Ratos machos adultos Wistar foram divididos em três grupos: controle (n=7), sham (n=25) e crush (n=25). Todos os grupos foram submetidos à avaliação termográfica, funcional e histológica. A ∆ T do grupo crush foi diferente do grupo controle no 1°, 3°e 7° dia pós-operatório, e do grupo sham no 1°, 3°e 28° dia pós-operatório (p0.05). No grupo crush, a recuperação funcional retornou ao aos valores normais entre a 3ª e 4ª semanas após a lesão, enquanto a análise morfológica do nervo mostrou uma regeneração incompleta na 4ª semana após a lesão. Este estudo é a primeira demonstração que a temperatura da pele é aumentada pela compressão do nervo ciático e esta mudança provavelmente não é correlacionada com a recuperação funcional.
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Imagem ultra-sonográfica de nervo ciático íntegro, após secçao e rafia experimental em caesTranquilim, Marcos Vinicius January 2002 (has links)
Orientadora: Itaíra Susko / Dissertaçao (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias Agrárias, Programa de Pós-Graduaçao em Ciencias Veterinárias. Defesa: Curitiba, 2002 / Inclui bibliografia / Área de concentraçao: Patologia veterinária / Resumo: As lesões em nervos periféricos são comuns nos animais de companhia e podem resultar de compressão, laceração, distensão, esmagamento ou completa secção dessas estruturas. A paresia de um ou ambos os membros pélvicos causados por acidentes é uma alteração clínica bastante conhecida e o exame físico é o principal meio diagnóstico para a determinação dessas lesões. Com a introdução da ultrasonografia na Medicina Veterinária no início da década de 80, apresentou-se aos profissionais um forte aliado no diagnóstico das mais diferentes enfermidades que acometem os animais domésticos: desde distúrbios reprodutivos até alterações em sistema locomotor. O presente trabalho teve como finalidade descrever a imagem ultra-sonográfica do nervo ciático íntegro de cães, bem como de descrever as alterações ultra-sonográficas do nervo após ser submetido à secção e rafia experimental. Para a determinação da imagem íntegra, foram utilizados 30 cães, machos e fêmeas, com massa corporal compreendida entre 4 e 45 quilogramas. Após prévia contenção física e depilação do membro, o transdutor ultra-sonográfico era colocado sobre o músculo quadríceps femural no sentido longitudinal ao nervo. Para a imagem lesionai, foram utilizados 6 cães, machos e fêmeas, com massa corporal compreendida entre 9 e 13 quilogramas. Esses animais foram submetidos à secção e rafia cirúrgica do nervo ciático do membro pélvico direito e foram acompanhados durante 30 dias. A imagem do nervo íntegro mostrou-se clara, sem dificuldades de diferenciação de tecidos e estruturas adjacentes, como duas linhas hiperecogênicas paralelas e com bandas hipo ou anecogênicas entre as mesmas. Na imagem após secção e rafia notou-se que não existe padrão de imagem satisfatória até o sétimo dia após o procedimento. Ocorreu também perda de ecogenicidade do nervo no local da lesão, durante os 30 dias de acompanhamento. Nenhum animal do experimento foi submetido à eutanásia e a maioria deles teve retorno da função do membro operado satisfatória. / Abstract: Injuries of peripheral nerves are common in pet animals, and can result in compression, laceration, distension and crushing or complete resection of these structures. Paresia in one or both pelvic limbs by trauma is very common. Physical examination is the diagnostic method more used to peripheral neuropathy. In veterinary medicine ultrasonography was introduced in the 80's, it has been used in clinical and surgical medicine with Small and large animals. Ultrasonography has been used with success in the reproductive and locomotion system. The goal of this study was to describe ultrasonography of the sciatic nerve in dogs, and to describe ultrasonography of the sciatic nerve in dogs, and to describe the ultrasound alterations after the nerve was submitted to transection and suture. 30 adult dogs, male or female, between 4 to 45 kg were used. After pelvic limbs tricotomy, limbs were scanned fro the region of the quadriceps muscle to obtain images of the sciatic. In 6 dogs, male or female, between 9to13 kg surgery was performed. Right sciatic was transection and sutured in place. These animals were observed for 30 days. In the first group the nerve imaging showed no abnormalities, with no difficult to differentiate peripheral tissues. Nerve could be identified like two hyper echoic parallel bands with a hipo or anechoic band between them. After the nerve transection and suture, the image showed satisfactory until the 7th day. In 30 days it showed lost of ecogenicity. No animals were submitted to euthanasia and all had almost all of them the limb function back to normal.
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Efeito do tacrolimus (FK506) aplicado em minibombas de infusão osmótica na regeneração do nervo ciático de ratos wistarGoldani, Eduardo January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / Introduction : Injuries in peripheral nerves are common in clinical practice being responsible for serious problems and often permanent as loss of motor, sensitive functions, acute and chronic pain. Although surgical, physiotherapy and diagnostic techniques have evolved in recent decades, the clinical outcomes of nerve recovery still unsatisfactory, which encourages many researchers to seek drugs and devices that may help regeneration (NOBLE et al, 1998; OLIVEIRA et al, 2004). Various trophic factors, also known as growth factors (GF) are used and tested in vitro and in vivo in an attempt to assist the regeneration of peripheral nerves. These proteins act directly on the proliferation and differentiation of various cell types, being able to promote tissue repair and functional recovery (BOYD AND GORDON, 2003). Among them, we highlight the FK506 (Tacrolimus), a ligand for immunophilins with strong immunosuppressive effect that has potential neurotrophic and neuroprotective actions. Studies have shown that FK506 increases the rate of axonal regeneration and also the level of necessary reinnervation after peripheral nerve injury, besides enhancing recovery from nerve damage. Objective : Evaluating in vivo the availability and effect of FK 506 on the repair of injury of rat sciatic nerve. Material and Methods : Thirty-six male adult Wistar rats were randomized into three groups (I - control, II - Systemic FK506 III - FK506 site;). To evaluate the effect of different treatments, the sciatic nerve of animals was transected, creating a defect of 10 mm and then tubulized with the silicone chamber. In the control group, no additional treatment was performed. In systemic group, FK506 (dose 0. 1 mg/kg/day) was administered systemically via osmotic minipump ALZET while in the local group the administration also occurred through the ALZET osmotic minipump, but adapted to release into the silicone chamber the same dose. The performed treatment lasted 90 days. Results : Data from the present study suggest that the immunosuppressive drug FK506 has a positive effect on the nervous functional improvement and the use of osmotic minipumps is effective in continuous dispensing of the drug. The most important finding of this research is that the degree of functional recovery, measured by the rate of sciatic function after injury with loss of substance and repair through tubing, it is better when FK506 is administered locally whether compared to systemic administration in animal models. No other studies have used local application of the drug with constant release rate for comparison were found. / Introdução : Lesões em nervos periféricos são frequentes na prática clínica sendo responsáveis por problemas graves e muitas vezes permanentes como perda de funções motoras, sensitivas, dor aguda e crônica. Embora as técnicas cirúrgicas, fisioterápicas e de diagnóstico tenham evoluído nas últimas décadas, os desfechos clínicos de recuperação nervosa continuam insatisfatórios, o que estimula diversos pesquisadores a buscarem drogas e dispositivos que possam auxiliar na regeneração (NOBLE et al, 1998; OLIVEIRA et al, 2004). Diversos fatores tróficos, também conhecidos como fatores de crescimento (FC), são utilizados e testados in vitro e in vivo como uma tentativa de auxiliar a regeneração de nervos periféricos. Essas proteínas atuam diretamente na proliferação e diferenciação de diversos tipos celulares, sendo capazes de promover reparo tecidual e recuperação funcional (BOYD E GORDON, 2003). Dentre eles, destaca-se o FK506 (Tacrolimus), um ligante de imunofilinas com forte efeito imunossupressor que apresenta potenciais ações neurotróficas e neuroprotetoras. Estudos têm mostrado que o FK506 aumenta a taxa de regeneração axonal e também o nível de reinervação necessária após lesão do nervo periférico, além de melhorar a recuperação após lesões no nervo. Objetivo : Avaliar in vivo a viabilidade e efeito do FK 506 sobre o reparo de lesão de nervo ciático de ratosMaterial e Métodos : Trinta e seis ratos Wistar, machos, adultos foram randomicamente distribuídos em três grupos (I – controle; II – FK506 sistêmico; III – FK506 local;). Para avaliar o efeito dos diferentes tratamentos, o nervo ciático dos animais foi transeccionado criando um defeito de 10mm e, em seguida, tubulizado com câmara de silicone. No grupo controle, nenhum tratamento adicional foi realizado. No grupo sistêmico, o FK506 (dose 0,1mg/kg/dia) foi administrado sistemicamente via minibomba osmótica ALZET enquanto que no grupo local a administração também ocorreu através da minibomba osmótica ALZET, mas adaptada para liberação dentro da câmara de silicone na mesma dose. O tratamento empregado teve duração de 90 dias. Resultados : Os dados do presente estudo sugerem que a droga imunossupressora FK506 possui efeito positivo na melhora funcional nervosa e o uso de minibombas osmóticas é eficaz na dispensação contínua da droga. O dado mais importante dessa pesquisa é que o grau de recuperação funcional, medido através do índice de função ciática após lesão com perda de substância e reparo através de tubulização, é melhor quando o FK506 é administrado localmente se comparado à administração sistêmica em modelos animais. Não foram encontrados outros trabalhos que tenham usado aplicação local da droga com taxa de liberação constante para efeitos de comparação.
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