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Violência no Estado de Minas Gerais : análise do sistema de informação de agravos de notificação compulsóriaFILARDI, Monique Borsato Silva 13 February 2014 (has links)
Diante da caracterização da violência como problema de saúde pública, o Brasil tem implementado estratégias de notificação do agravo para possibilitar a identificação de prioridades a serem tratadas pelas políticas públicas que realmente possam coibir e prevenir esse fenômeno e promover a saúde da população exposta. Este é um estudo epidemiológico descritivo-exploratório de desenho individual-observacional-transversal que objetivou analisar a qualidade das informações sobre violência doméstica, sexual e outras geradas a partir do banco de dados do Sistema de Agravos de Notificação compulsória (SINAN) no estado de Minas Gerais nos anos de 2010-2011, bem como caracterizar os atendimentos notificados. Para a análise da qualidade, foram avaliadas as incompletitudes e inconsistências dos dados nas fichas de notificação/investigação. As inconsistências foram verificadas por meio um instrumento elaborado com definição das possíveis inconformidades entre os campos relacionados. Como incompletitudes, foram considerados os registros preenchidos como ignorados ou em branco. A categorização foi realizada da seguinte forma: baixa (< 10% de registros sem preenchimento); regular (11 a 30%) e alta (> 30%). A caracterização dos casos notificados foi realizada por meio da análise do sexo; da faixa etária; da raça/cor da pele das vítimas; do local de ocorrência e da relação com o agressor, comparadas à tipologia da violência. Para as análises estatísticas descritivas e analíticas, foi empregado o software SPSS, versão 17, utilizando o teste Qui-quadrado, o Exato de Fischer com estabelecimento de 95% de confiança e margem de erro de 5%. Por meio de análise de 22.755 registros, verificou-se que 36,5% das fichas de notificações continham ao menos uma inconformidade; 0,4 % apresentavam características de acidentes e 5,1 % referiam-se a casos de violência extrafamiliar (criminalidade/delinquência), cujas vítimas eram adultos (20 a 59 anos) do sexo masculino, que, por estratégia adotada pelo Ministério da Saúde, não são objeto de notificação por esse banco de dados. Totalizaram-se, assim, 42 % de inconsistências. O perfil das pessoas atendidas, de forma geral, consiste principalmente de mulheres, jovens (20-29 anos) e pretos. O principal local de ocorrência é a residência e a relação com o agressor sofre variação de acordo com a faixa-etária analisada e com a tipologia da violência. Excetuando a violência sexual e a negligência/abandono, nas demais tipologias o principal agressor foi representado pelos cônjuges/companheiros. Houve maior predomínio de mães (20,3%) como executoras do ato violento nas negligências/abandonos e de desconhecidos (34,4%) nas notificações de violência sexual. Entre os adolescentes de 10-14 anos os conhecidos da vítima (25,6%) foram os maiores agressores e entres aqueles de 15-19 anos a maior parcela foi representada pelos parceiros amorosos (19,9%). Em crianças (0-9 anos) os agressores mais reportados foram a mãe (17%) e o pai (14,8%). Nas notificações em idosos (60 anos e mais) houve predominância dos filhos (20,9%) como agressores. Em relação ao sexo dos autores da agressão 51% deles foram homens. Os resultados permitem, por meio de análise crítica do banco de dados, com exclusão das inconsistências, a caracterização do perfil da violência para o direcionamento das ações de saúde no enfrentamento ao problema. Ainda são necessários esforços no aprimoramento da incompletitude e da consistência das informações. A notificação compulsória de violência pelo setor saúde é uma estratégia que possibilita o avanço na visibilidade e o enfrentamento ao flagelo, no entanto, evidencia-se, ainda, a necessidade da instituição de uma política nacional de monitoramento regular da qualidade das informações produzidas no Brasil, conduzida pelo Ministério da Saúde. / Given the characterization of violence as a public health problem, Brazil has implemented strategies notification of this disease to enable the identification of priorities to be treated by public policies that might actually restrain, prevent and promote health. This is an epidemiological descriptive exploratory observational, cross-individual study design aimed analyze the quality of information on domestic, sexual and other violence generated from the database of Disease Notification System compulsory ( SINAN ) in the state of Minas Gerais in the years 2010-2011, as well as characterize the calls reported. To analyze the quality of the incomplete data and inconsistencies in data reporting forms / research were evaluated. Inconsistencies were assessed using an instrument designed to define the possible noncompliance among related fields. How incomplete data were considered as the records filled ignored or unfilled. A categorization was performed as follows: low (<10% of records without filling), fair (11-30%) and high (> 30%). The characterization of notified cases was performed by analysis of sex, age group, race / skin color of the victims, place of occurrence and relationship to the perpetrator, compared to the typology of violence. For descriptive and analytical statistical analyzes SPSS version 17 software was used, using the Chi-square test, Fisher's Exact settled 95% confidence and a margin of error of 5%.Through analysis of 22,755 records it was found 36.5 % of the notification forms contained at least one unconformity , 0.4 % had characteristics of accidents and 5.1% referred to the cases of extra-familial violence ( crime / delinquency ), whose victims were adults ( 20-59 years) male, which in strategy adopted by the Ministry of Health, is not subject to notification in this database. Thus, totaling 42% of inconsistencies. The characterization was performed by analysis sex of victims, age group, race / ethnicity, place of occurrence and relationship to the perpetrator, compared to the typology of violence. The profile of the victims, in general, consists mainly of women, youth (20-29), and blacks. The primary site of occurrence is the residence and the relationship with the abuser undergoes variation according to age group analyzed the typology of violence. Except sexual violence and neglect / abandonment, in other typologies main offender was represented by intimate partners. There was a higher prevalence of mothers (20.3%) as executors of the violent act in neglect / abandonment and unknown (34.4%) in reports of sexual violence. Among adolescents aged 10-14 known by the victim (25.6%) were the biggest offenders and those aged 15-19 the largest portion was represented by romantic partners (19.9%). In children (0-9 years) the most commonly reported perpetrators were the mother (17%) and father (14.8%). In the elderly (60 and over) were prevalent, sons (20.9%) as aggressors. Regarding the sex of the authors of aggression 51% of them were men.The results allow, through critical analysis of the database, excluding inconsistencies, collect data on violence for targeting of health in addressing the problem. Further efforts are needed in improving the completeness and consistency of information. The mandatory reporting of violence by the health sector is a strategy that enables the advancement in visibility and in confronting the scourge, however, is still evident, the necessity of establishing a national policy for regular monitoring of the quality of information produced in Brazil, conducted by the Ministry of Health
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Notificação da violencia domestica contra crianças e adolescentes (Procedimentos de profissionais de saude do setor publico de Campinas SP)Rossi, Dalva 15 December 2004 (has links)
Orientador: João Luiz Pinto e Silva / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-04T01:08:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2004 / Resumo: A pesquisa teve como objetivo constatar se os profissionais da saúde que atuam no setor público da cidade de Campinas, ao se depararem com a Violência Doméstica praticada contra crianças e adolescentes, no seu quotidiano de trabalho, utilizam a notificação como recurso de intervenção, estabelecido no Estatuto da Criança e do Adolescente como mecanismo legitimo para a interrupção do fenômeno. A metodologia de ação consistiu na distribuição de 3004 questionários pré-estruturados aos profissionais que atuam no campo da saúde, com questões específicas e direcionadas ao fenômeno da violência nos quatro tipos: física, sexual, psicológica e negligência. Optou-se por inserir no próprio instrumental os
conceitos referentes a cada tipo, como ferramenta que proporcionasse aos sujeitos da pesquisa a mínima compreensão do tema em pauta. untamente com os questionários foram entregues os consentimentos livre e esclarecido, que possibilitaram ao profissional a liberdade de decisão. Após a opção em participar do estudo e em responder os questionários, a devolução do material foi realizada no próprio local de trabalho. Os resultados obtidos, a partir de 594 respondidos (19,8%), foram inseridos em um banco de dados, e posteriormente analisados e sistematizados em tabelas, possibilitando a leitura e apreensão de questões pouco discutidas na rotina do exercício profissional. A discussão foi realizada confrontando
os resultados obtidos com fundamentações e matrizes teóricas de pesquisadores da área da violência em um movimento reflexivo e propositivo, apontando os avanços do estudo em vários aspectos, direcionados aos sinais que podem apontar a existência do fenômeno, as parcerias com os chefes ou com os colegas, a existência do medo acerca da eventual possibilidade de depor juridicamente e, em especial, aos impedimentos determinantes para a não notificação. As conclusões apresentam dados confirmando adequado conhecimento da violência e percentuais significativos de profissionais que, de alguma maneira, registram as suspeitas ou confirmações procedendo à notificação do problema e os obstáculos vivenciados no exercício profissional que podem determinar e impedir essa atitude. Revelam os sinais indicadores da ocorrência e as atitudes tomadas imediatamente após a confirmação ou suspeita. As instituições da cidade de Campinas, responsáveis por acolher as notificações, foram avaliadas pelos profissionais participantes da pesquisa, e foram registradas as contribuições ou a falta de discussão sobre o assunto ocorrida durante o período de formação profissional, associada ao encaminhamento da existência de adequado respaldo do código de ética profissional nas situações de violência / Abstract: The objective of this study was to evaluate whether public sector health workers in the city of Campinas, when confronted with a case of domestic violence, make use of notification, established in the Statute for the Protection of the Child and the Adolescent, as an intervention resource and a legitimate mechanism for stopping this phenomenon. A total of 3004 pre-structured questionnaires, containing specific questions on four types of violence: physical violence, sexual violence, psychological violence and negligence, were distributed to health workers. It was decided to insert concepts into this instrument regarding each type of violence as a tool that would offer the research subjects some basic knowledge of the
subject in question. Each participant of the study signed an informed consent form, which was handed over together with the questionnaires, thereby giving the health worker the right to choose whether to participate or not. After making the decision to participate in the study and after answering the questionnaire, the material was collected by researchers at the subject¿s place of work. A total of 594 (19.8%) questionnaires were completed and the results obtained were entered into a data base, analyzed and summarized into tables with the aim of providing information that would be simple to read and understand with respect to questions that are seldom discussed during the daily routine of health workers. A reflexive, propositional discussion was carried out during which the results obtained were compared with the theoretical bases and sources established by scientists working in
the field of violence, demonstrating the advances found in various aspects of the study. Subjects discussed during the debate included the signals that may serve as an alert to the existence of violence, forming partnerships with supervisors and colleagues, fear of having to appear in court, and, in particular, the decisive barriers to non-notification. The conclusions reached in this study confirm an adequate knowledge with respect to violence, and a significant percentage of health workers who in some form or another register their suspicions, confirmed or not, leading to notification of the problem. The obstacles encountered by health workers while carrying out their occupational activities that may influence and obstruct this attitude were also identified. Signs of the occurrence of violence were described, as well as the attitudes taken immediately following confirmation of the suspicion. The health workers participating in this study also evaluated the institutions in the city of Campinas that are responsible for receiving notifications
of violence, and the level of information and discussion provided on the subject during their professional training. In addition, participants gave their opinion regarding whether or not they believed that their professional code of ethics offered them adequate support in situations of violence / Doutorado / Ciencias Biomedicas / Doutor em Tocoginecologia
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A notificação da violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes e a constituição do habitus de professoras e gestoras de escolas públicas / The notification of family violence against children and adolescents and the constitution of the habitus of teachers and administrators of public schoolsFarias, Marilurdes Silva 09 March 2018 (has links)
A violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes é resultante de um processo social que se configura, em todas as suas formas, como grave problema que impacta o desenvolvimento e a saúde das vítimas. Sua ocorrência é associada a aspectos multifacetados e multideterminados, sendo agravada pela não notificação. Este estudo objetiva analisar o habitus de professoras e gestoras de escolas públicas frente à violência intrafamiliar vivida pelos alunos, que pode ou não se materializar na notificação dos casos identificados aos serviços e órgãos de defesa e da proteção da criança e do adolescente. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo, desenvolvida por meio do método praxiológico bourdieusiano com ênfase no conceito de habitus e em seus componentes. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas com 18 professoras e gestoras de 6 escolas públicas de Ribeirão Preto-SP. Os resultados revelaram que as participantes provêm de famílias numerosas, com reduzido capital cultural, capital econômico e capital social. Demonstrou-se ainda que as professoras e gestoras tomam decisões em relação aos casos de violência intrafamiliar identificados. Entretanto, de modo recorrente, elas optam por soluções pontuais como conversar com os pais no interior da própria escola, registrar no livro de ocorrências ou, no caso das professoras, repassar a responsabilidade da notificação para a Direção. Apenas dois casos identificados foram compartilhados com o Conselho Tutelar. A não notificação, baseada nas relações de força de base material, aparece como uma regularidade do habitus, adquiridas precocemente pelas experiências familiares que, necessariamente, passaram a integrar e relacionar-se com o habitus das educadoras - disposições estas que, associadas a determinações do espaço social da escola e da comunidade, continuam orientando e condicionando a tomada de decisão em relação à efetivação da notificação. Em outras palavras, as educadoras acabam produzindo ações e, por sua vez, estratégias ajustadas às suas disposições enquanto pertencentes às classes dominadas e reafirmam essa materialidade na prática. Em geral, a não notificação ocorre pelo sentimento de medo, ou seja, um habitus estruturado desde a infância e reestruturado no espaço escolar. No entanto, é possível problematizar estratégias para a reestruturação do habitus das educadoras, aumentando o índice das notificações. Dessa forma, é possível romper com o ciclo da violência criando habitus de prevenção, promoção e combate às violações do direito da criança e do adolescente / Family violence against children and adolescents is the result of a social process that is configured, in all its forms, as a serious problem that has an impact on the development and health of victims. Its occurrence is associated with multifaceted and multidetermined aspects, being aggravated by non-notification. This study aims to analyze the habitus of teachers and administrators of public schools in the face of family violence experienced by students, which may or may not materialize in the notification of identified cases to the services and defense agencies and protection of children and adolescents. It is a qualitative research, developed through the bourdieusiano praxiological method with emphasis on the concept of habitus and its components. Data collection was done through interviews with 18 teachers and managers of 6 public schools in Ribeirão Preto-SP. The results revealed that the participants came from large families with low cultural, economic and social capital. It was demonstrated at the same time that the teachers and managers make decisions regarding the identified cases of family violence. However, on a recurring basis, they opt for specific solutions such as talking with parents inside the school, registering in the book of occurrences or, in the case of teachers, pass on the responsibility of notification to the Board. Only two identified cases were shared with the Guardianship Council. Non-notification, based on material-base force relationships, appears as a regularity of the habitus, acquired early by family experiences that necessarily began to integrate and relate to the habitus of educators - dispositions that, associated to determinations of the social space of the school and the community, continue to guide and condition the decision- making regarding the effectiveness of the notification. In other words, the educators end up producing actions and, in turn, strategies adjusted to their dispositions as belonging to the dominated classes and reaffirm this materiality in practice. In general, nonnotification occurs because of the fear feeling, that is, a habitus structured from childhood and restructured in the school space. However, it is possible to problematize strategies for the restructuring of the educators\' habitus, increasing the rate of notifications. In this way, it is possible to break with the cycle of violence by creating habitus of prevention, promotion and combat to violations of the right of the child and the adolescent
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NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DA VIOLÊNCIA NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA EM SANTA MARIA, RS / COMPULSORY NOTIFICATION OF VIOLENCE IN CHILDHOOD AND ADOLESCENCE IN SANTA MARIA, RSCezar, Pamela Kurtz 24 April 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This study aimed to investigate the process of compulsory notification of violence in childhood and adolescence in the city of Santa Maria/RS, through articulation of epidemiological data with the experiences of professionals involved in this process. For this purpose, a quantitative and qualitative research with descriptive and exploratory design was carried out. Data collection on the quantitative section comprised a documentary survey conducted in the Notifiable Diseases Information System (SINAN-Net) database: domestic and sexual violence and/or others. In order to collect qualitative data, four focus groups with professionals involved in the process of compulsory notification of violence management and/or execution were organized. The data analysis was performed using descriptive statistics and content analysis technique. The results are displayed in three articles. In the first one the results of quantitative research were presented by describing the epidemiological data of compulsory notification of violence in child and adolescent age group, from 2009 to 2013, occurred and reported in Santa Maria/RS. The findings show that victims were predominantly female; physical violence was the most commonly reported; the residence was the place where more violence occurred; and the mother and father were presented as the biggest offenders. In the second and third articles the results of qualitative research were presented. The second one referred to the deployment and implementation process of compulsory notification of violence in Santa Maria/RS. The results showed that in everyday services this procedure was not routine. Weaknesses were identified both in the professionals training in order to carry out the compulsory notification of violence and in the dissemination and use of epidemiological data. Also, some progress was identified through the growing number of services involved with this procedure, in addition to the notification records increase in recent years. The third article presented the professionals perceptions and feelings regarding compulsory notification of violence in childhood and adolescence as well as the interdisciplinary and intersectoral work. The results indicated that the professionals perceived the compulsory notification of violence as a most difficult procedure when it involved children and adolescents. Among all the feelings mobilized by violence in childhood and adolescence were impotence, dismay, anger, and desire to do something. On the other hand, the feelings mobilized by the notification of violence were fear and frustration. With regard to care services and protection network, professionals said that in order to confront violence, an integrated, interdisciplinary and intersectoral work was needed. Given the results from the three articles, it is concluded that compulsory notification of violence can be an important instrument for children and adolescence protection. Thus, this process needs to be improved in Santa Maria city by investing in qualification and support to professionals, compilation and distribution of assistance flows, and appropriate use of epidemiological data provided by the compulsory notifications of violence. / O presente estudo teve como objetivo investigar o processo de notificação compulsória da violência na infância e na adolescência na cidade de Santa Maria/RS, por meio da articulação de dados epidemiológicos com as vivências dos profissionais envolvidos nesse processo. Para tanto foi realizada uma pesquisa quantitativa e qualitativa, com delineamento descritivo e exploratório. A coleta de dados na parte quantitativa compreendeu uma pesquisa documental, realizada na base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação/SINAN-Net: violência doméstica, sexual e/ou outras. Para a coleta de dados na parte qualitativa realizaram-se quatro grupos focais com profissionais envolvidos com a gestão e/ou a execução do processo de notificação compulsória da violência. A análise dos dados foi realizada por meio da estatística descritiva e da técnica de análise de conteúdo. Os resultados foram expostos em três artigos. No primeiro foram apresentados os resultados da pesquisa quantitativa, no qual foram descritos os dados epidemiológicos das notificações compulsórias da violência na faixa etária da infância e da adolescência, no período de 2009 a 2013, ocorridos e notificados em Santa Maria/RS. Identificou-se que o sexo feminino predominou no número de vítimas, a violência física foi a mais notificada, a residência foi o local onde mais ocorreram as violências, além da mãe e do pai aparecerem como os maiores agressores. Nos segundo e terceiro artigos foram apresentados os resultados da pesquisa qualitativa. O segundo artigo referiu-se ao processo de implantação e implementação da notificação compulsória da violência em Santa Maria/RS. Os resultados observados evidenciaram que no cotidiano dos serviços esse procedimento não era rotina. Identificaram-se fragilidades tanto na capacitação dos profissionais para realizarem a notificação compulsória da violência como na divulgação e utilização dos dados epidemiológicos. Também foram visualizados progressos, por meio do crescente número de serviços envolvidos com esse procedimento, somados ao aumento nos registros de notificação nos últimos anos. O terceiro artigo apresentou as percepções e os sentimentos dos profissionais quanto à notificação compulsória da violência na infância e na adolescência e o trabalho interdisciplinar e intersetorial. Os resultados indicaram que os profissionais percebiam a notificação compulsória da violência, quando envolvia crianças e adolescentes, como um procedimento mais difícil. Entre os sentimentos mobilizados pela violência na infância e na adolescência estava a impotência, o espanto, a revolta e o desejo de fazer algo. Entre os sentimentos mobilizados pela notificação da violência estava o medo e a e a frustração. No que diz respeito aos serviços de atendimento e a rede de proteção, os profissionais expuseram que para enfrentar a violência era necessário um trabalho integrado, interdisciplinar e intersetorial. Diante dos dados obtidos nos três artigos, conclui-se que a notificação compulsória da violência pode ser um importante instrumento de proteção à infância e a adolescência. Para tanto é preciso aperfeiçoar esse processo na cidade de Santa Maria/RS, investindo na qualificação e no apoio aos profissionais, na organização e divulgação dos fluxos de atendimento e na utilização adequada dos dados epidemiológicos fornecidos pelas notificações compulsórias da violência.
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A notificação da violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes e a constituição do habitus de professoras e gestoras de escolas públicas / The notification of family violence against children and adolescents and the constitution of the habitus of teachers and administrators of public schoolsMarilurdes Silva Farias 09 March 2018 (has links)
A violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes é resultante de um processo social que se configura, em todas as suas formas, como grave problema que impacta o desenvolvimento e a saúde das vítimas. Sua ocorrência é associada a aspectos multifacetados e multideterminados, sendo agravada pela não notificação. Este estudo objetiva analisar o habitus de professoras e gestoras de escolas públicas frente à violência intrafamiliar vivida pelos alunos, que pode ou não se materializar na notificação dos casos identificados aos serviços e órgãos de defesa e da proteção da criança e do adolescente. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo, desenvolvida por meio do método praxiológico bourdieusiano com ênfase no conceito de habitus e em seus componentes. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas com 18 professoras e gestoras de 6 escolas públicas de Ribeirão Preto-SP. Os resultados revelaram que as participantes provêm de famílias numerosas, com reduzido capital cultural, capital econômico e capital social. Demonstrou-se ainda que as professoras e gestoras tomam decisões em relação aos casos de violência intrafamiliar identificados. Entretanto, de modo recorrente, elas optam por soluções pontuais como conversar com os pais no interior da própria escola, registrar no livro de ocorrências ou, no caso das professoras, repassar a responsabilidade da notificação para a Direção. Apenas dois casos identificados foram compartilhados com o Conselho Tutelar. A não notificação, baseada nas relações de força de base material, aparece como uma regularidade do habitus, adquiridas precocemente pelas experiências familiares que, necessariamente, passaram a integrar e relacionar-se com o habitus das educadoras - disposições estas que, associadas a determinações do espaço social da escola e da comunidade, continuam orientando e condicionando a tomada de decisão em relação à efetivação da notificação. Em outras palavras, as educadoras acabam produzindo ações e, por sua vez, estratégias ajustadas às suas disposições enquanto pertencentes às classes dominadas e reafirmam essa materialidade na prática. Em geral, a não notificação ocorre pelo sentimento de medo, ou seja, um habitus estruturado desde a infância e reestruturado no espaço escolar. No entanto, é possível problematizar estratégias para a reestruturação do habitus das educadoras, aumentando o índice das notificações. Dessa forma, é possível romper com o ciclo da violência criando habitus de prevenção, promoção e combate às violações do direito da criança e do adolescente / Family violence against children and adolescents is the result of a social process that is configured, in all its forms, as a serious problem that has an impact on the development and health of victims. Its occurrence is associated with multifaceted and multidetermined aspects, being aggravated by non-notification. This study aims to analyze the habitus of teachers and administrators of public schools in the face of family violence experienced by students, which may or may not materialize in the notification of identified cases to the services and defense agencies and protection of children and adolescents. It is a qualitative research, developed through the bourdieusiano praxiological method with emphasis on the concept of habitus and its components. Data collection was done through interviews with 18 teachers and managers of 6 public schools in Ribeirão Preto-SP. The results revealed that the participants came from large families with low cultural, economic and social capital. It was demonstrated at the same time that the teachers and managers make decisions regarding the identified cases of family violence. However, on a recurring basis, they opt for specific solutions such as talking with parents inside the school, registering in the book of occurrences or, in the case of teachers, pass on the responsibility of notification to the Board. Only two identified cases were shared with the Guardianship Council. Non-notification, based on material-base force relationships, appears as a regularity of the habitus, acquired early by family experiences that necessarily began to integrate and relate to the habitus of educators - dispositions that, associated to determinations of the social space of the school and the community, continue to guide and condition the decision- making regarding the effectiveness of the notification. In other words, the educators end up producing actions and, in turn, strategies adjusted to their dispositions as belonging to the dominated classes and reaffirm this materiality in practice. In general, nonnotification occurs because of the fear feeling, that is, a habitus structured from childhood and restructured in the school space. However, it is possible to problematize strategies for the restructuring of the educators\' habitus, increasing the rate of notifications. In this way, it is possible to break with the cycle of violence by creating habitus of prevention, promotion and combat to violations of the right of the child and the adolescent
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Entre as amarras do medo e o dever sociossanitário: notificação da violência contra crianças e adolescentes sob a perspectiva de rede na atenção primáriaSilva, João Luís da 31 January 2012 (has links)
Submitted by Heitor Rapela Medeiros (heitor.rapela@ufpe.br) on 2015-03-06T18:10:18Z
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Previous issue date: 2012 / CAPES / Os profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) parecem estar mais bem posicionados
para identificar, notificar, prestar assistência e encaminhar os casos de violência contra
crianças e adolescentes que chegam às unidades de saúde, uma vez que lidam diretamente
com as particularidades de cada família numa posição de grande proximidade. Não obstante a
isso, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seus artigos 13º e 245º, e as Portaria
nº 1968/2001 e nº 104/2011 do Ministério da Saúde (MS) tornam compulsória a notificação
desses agravos por parte de tais profissionais, o que constitui uma ação de grande importância
para mensurar a dimensão epidemiológica desses agravos e formular políticas voltadas à sua
prevenção, ainda que sejam muitos os entraves para executar essa notificação. Este trabalho
objetivou identificar os fatores que influenciam (propiciando ou dificultando) a notificação da
violência contra crianças e adolescentes sob a perspectiva de rede pelos profissionais de saúde
de nível superior atuantes na ESF da cidade de Olinda-PE. Trata-se de um estudo
epidemiológico de corte transversal quanti-qualitativo utilizando a triangulação de métodos,
no qual foram entrevistados 107 dos 120 profissionais de nível superior (cirurgiões-dentistas,
enfermeiros e médicos) da ESF de Olinda-PE e cuja realização se deu por meio da aplicação
de um questionário semi-estruturado entre outubro de 2011 e fevereiro de 2012. Através do
software Epi Info 2000, construiu-se um banco de dados que foi submetido à análise
estatística de frequência e bivariada (baseada no teste de significância do qui-quadrado de
Pearson), sendo a notificação de maus-tratos contra crianças e adolescentes considerada como
a variável dependente. Além das análises quantitativas, os dados também foram submetidos à
Análise de Conteúdo segundo Bardin. Nos resultados, mostraram-se como fatores que atuam
facilitando o processo de notificação (p < 0,05): o fato de o profissional ter pós-graduação em
Saúde Coletiva; ter sofrido violência em alguma fase da vida; ter discutido a questão da
violência ao longo da formação profissional e no ambiente de trabalho; ter participado de
algum treinamento voltado à temática e conhecer a ficha de notificação, o ECA e alguma lei
que compulsorize a notificação pelos profissionais de saúde; entre outros. Algumas das
dificuldades mais relatadas e que atuam como fatores obstaculizadores do processo de
notificação dos maus-tratos constatadas na pesquisa são: o receio dos profissionais sofrerem
represálias por parte do agressor e consequências no trabalho, a falta de articulação e
comunicação entre a Saúde e outros setores da sociedade, a ausência de uma rede de suporte
que forneça um respaldo aos profissionais, despreparo dos profissionais para identificar e
notificar os casos e o pacto de silêncio existente na comunidade. Pode-se concluir que muitos
fatores influenciam o processo de notificação da violência contra crianças e adolescentes e
que todas as dificuldades apontadas pelos profissionais, aliadas muitas vezes à falta de
estrutura dos serviços de saúde, colaboram para que a violência contra crianças e adolescentes
continue subnotificada. Ao incluir a violência na lista de doenças e agravos de notificação
compulsória, o MS avança na ampliação do reconhecimento da violência como um problema
de saúde pública. Contudo, há de se analisar se é prudente e justo obrigar a notificação dos
casos num cenário onde, muitas vezes, não há um respaldo que resguarde, ampare e auxilie os
profissionais de saúde encarregados de notificar a violência.
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Entre as amarras do medo e o dever sociossanitário: notificação da violência contra crianças e adolescentes sob a perspectiva de rede na atenção primáriaSilva, João Luís da 31 January 2012 (has links)
Submitted by Susimery Vila Nova (susimery.silva@ufpe.br) on 2015-04-10T14:54:50Z
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Previous issue date: 2012 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Os profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) parecem estar mais bem posicionados
para identificar, notificar, prestar assistência e encaminhar os casos de violência contra
crianças e adolescentes que chegam às unidades de saúde, uma vez que lidam diretamente
com as particularidades de cada família numa posição de grande proximidade. Não obstante a
isso, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seus artigos 13º e 245º, e as Portaria
nº 1968/2001 e nº 104/2011 do Ministério da Saúde (MS) tornam compulsória a notificação
desses agravos por parte de tais profissionais, o que constitui uma ação de grande importância
para mensurar a dimensão epidemiológica desses agravos e formular políticas voltadas à sua
prevenção, ainda que sejam muitos os entraves para executar essa notificação. Este trabalho
objetivou identificar os fatores que influenciam (propiciando ou dificultando) a notificação da
violência contra crianças e adolescentes sob a perspectiva de rede pelos profissionais de saúde
de nível superior atuantes na ESF da cidade de Olinda-PE. Trata-se de um estudo
epidemiológico de corte transversal quanti-qualitativo utilizando a triangulação de métodos,
no qual foram entrevistados 107 dos 120 profissionais de nível superior (cirurgiões-dentistas,
enfermeiros e médicos) da ESF de Olinda-PE e cuja realização se deu por meio da aplicação
de um questionário semi-estruturado entre outubro de 2011 e fevereiro de 2012. Através do
software Epi Info 2000, construiu-se um banco de dados que foi submetido à análise
estatística de frequência e bivariada (baseada no teste de significância do qui-quadrado de
Pearson), sendo a notificação de maus-tratos contra crianças e adolescentes considerada como
a variável dependente. Além das análises quantitativas, os dados também foram submetidos à
Análise de Conteúdo segundo Bardin. Nos resultados, mostraram-se como fatores que atuam
facilitando o processo de notificação (p < 0,05): o fato de o profissional ter pós-graduação em
Saúde Coletiva; ter sofrido violência em alguma fase da vida; ter discutido a questão da
violência ao longo da formação profissional e no ambiente de trabalho; ter participado de
algum treinamento voltado à temática e conhecer a ficha de notificação, o ECA e alguma lei
que compulsorize a notificação pelos profissionais de saúde; entre outros. Algumas das
dificuldades mais relatadas e que atuam como fatores obstaculizadores do processo de
notificação dos maus-tratos constatadas na pesquisa são: o receio dos profissionais sofrerem
represálias por parte do agressor e consequências no trabalho, a falta de articulação e
comunicação entre a Saúde e outros setores da sociedade, a ausência de uma rede de suporte
que forneça um respaldo aos profissionais, despreparo dos profissionais para identificar e
notificar os casos e o pacto de silêncio existente na comunidade. Pode-se concluir que muitos
fatores influenciam o processo de notificação da violência contra crianças e adolescentes e
que todas as dificuldades apontadas pelos profissionais, aliadas muitas vezes à falta de
estrutura dos serviços de saúde, colaboram para que a violência contra crianças e adolescentes
continue subnotificada. Ao incluir a violência na lista de doenças e agravos de notificação
compulsória, o MS avança na ampliação do reconhecimento da violência como um problema
de saúde pública. Contudo, há de se analisar se é prudente e justo obrigar a notificação dos
casos num cenário onde, muitas vezes, não há um respaldo que resguarde, ampare e auxilie os
profissionais de saúde encarregados de notificar a violência.
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Abuso sexual infantil intrafamiliar e a escuta dos pediatras / Sexual child abuse within the family and the pediatricians‘ ways of listeningPavao, Maria Theresa [UNIFESP] 30 March 2011 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2011-03-30 / O presente trabalho pretende, por meio da abordagem qualitativa e do estudo de caso, analisar as narrativas de pediatras da atenção básica básica de saúde do município do Embu e de um ambulatório de especialidades do município de São Paulo, com o objetivo de apreender como esses profissionais lidam com a questão do abuso sexual infantil. Para a coleta de dados, foram utilizadas as técnicas de observação não participante, entrevistas gravadas com roteiro semiestruturado e registro em diário de campo. A partir das entrevistas gravadas, foram construídas narrativas, analisadas segundo a orientação de Pope (2009), o que resultou na construção dos eixos empíricos, a saber: a) os pediatras frente à situação de abuso sexual; b) ambiguidade ante a notificação; c) necessidade de encontrar marcas físicas e d) a questão do vínculo com o paciente e com a instituição. Os resultados mostraram que o abuso sexual infantil provoca nos profissionais reações emocionais que prejudicam a objetividade diagnóstica. Por outro lado, apontam que o vínculo com o paciente ajuda a conhecê-lo melhor, permitindo suspeitar de maus-tratos, apesar de a maioria insistir na necessidade de encontrar sinais físicos de abuso. Em que pese o treinamento em matéria do abuso sexual, pelo qual a maioria dos profissionais passa, persiste o entendimento de que a notificação de suspeita de abuso poderá gerar problemas, tanto pessoais quanto profissionais. Resta apontar, enquanto perdurar a ineficácia da lei, e considerando os cuidados demandados quando a criança entra no serviço de saúde, a importância para a sensibilização do papel protetivo exercido por esses profissionais, no momento em que não perdem a oportunidade de notificação dos casos suspeitos ou diagnosticados, considerando sua co-responsabilidade pela continuidade ou não da violência sofrida pela criança. / This research intends to analyze, through a qualitative approach and a case study, the narratives of Pediatricians from the basic health care service of Embu County and one specialized clinic in Sao Paulo County, with the purpose of learning how these professionals deal with the question of child sexual abuse. The data collection was made through non-participative observation techniques, semi-structured recorded interviews and registrations in a field notebook. The data were presented through the construction of narratives from the analysis of the recorded interviews following the orientation of Pope et al. (2009), which resulted in the construction of empiric axels, to be noted: a) the pediatricians facing the sexual abuse situation; b) ambiguity upon the notification; c) the necessity for finding physical signs and d) the question of ties with the patient and with the institution. The results show that sexual child abuse brings out emotional reactions in the professionals which harm the diagnostic objectiveness. On the other hand, they point out that bonding with patients helps better knowing them, thus allowing the detection of foul play, outthought most insist in finding evidence of physical signs of abuse. Despite all the training on sexual abuse which the majority of professionals go through, a common notion persists that when one notifies the suspicion of a case of abuse, it may cause not only personal, but also professional problems. We still point out that while the inefficiency of the law exists and considering the care demanded when a child enters the health care service, the importance of the sensitivity of the protective role exercised by these professionals at the moment they elect not to miss the opportunity of notification of suspicious or detected abuse cases, taking into consideration their co-responsibility for the continuation or not of the violence suffered by such child. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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