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Da pena em punho ao olho da câmera: a dialogia na (re)construção da identidade nacional em O GuaraniCorsi, Margarida da Silveira [UNESP] 19 June 2007 (has links) (PDF)
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corsi_ms_dr_assis.pdf: 1329512 bytes, checksum: 6a41ef9904009dd8b26191d43add26db (MD5) / Neste trabalho, averiguamos em que medida a identidade nacional forjada pelo Romantismo de José de Alencar pôde ser retomada (ou ampliada) no filme O Guarani (1996), de Norma Bengell. Através de um discurso essencialmente verbal, o romancista apresenta um contexto sócio-histórico-ideológico da nação brasileira, tendo na descrição da paisagem e na composição dos perfis do colonizador e do indígena alguns dos elementos-chave para a constituição da identidade do país. No filme, dispondo de recursos áudio(verbo)visuais, Bengell retoma os elementos componentes da construção da identidade nacional proposta por Alencar, com a focalização abrangente das matas, da silhueta do indígena e dos colonizadores. A partir de conceitos da Teoria da Literatura, da Teoria Crítica e da teoria bakhtiniana sobre a enunciação, propomos uma análise das imagens verbais e verbo-visuais do texto cinematográfico O Guarani em comparação com o romance homônimo de Alencar (1857). Nessa investigação, pautada especialmente nas leituras de Bakhtin (1992; 1997; 1998) e Adorno (1991), averiguamos se a transposição da linguagem alencariana para o cinema retoma e/ou amplia os elementos constituintes da identidade nacional proveniente da posição ideológica dos românticos. A nossa proposta procura compreender o modo como se efetua essa adaptação do discurso verbal para o discurso áudio(verbo)visual, na descrição e interpretação desses textos. A fim de esclarecer o funcionamento dos mecanismos discursivos e imagéticos acionados pela composição cinematográfica, analisamos a relação entre os enunciados do filme e a retomada de elementos constitutivos... / In this work, we inquire how much the national identity proposed by the romantic writer Jose de Alencar can be retaken or extended in the movie The Guarani (1996), by Norma Bengell. Through an essentially verbal speech, the novel writer presents a sociologichistoric- ideological context of the Brazilian nation. It is presented by the description of the landscape and the composition of the profiles of the colonizers and the indigenous people, and some of the key elements for the constitution of the identity of the country. In the film, making use of audio(verb)visual resources, Bengell retakes these elements of the national identity proposed by Alencar focusing it in the forests, on the indigenous people and on the colonizers. From concepts of the Theory of Literature, of the Critical Theory and the Theory of Bakhtin on articulation, we consider an analysis of the verbal images and verbappearances of the cinematographic text of The Guarani in comparison with the homonym romance of Alencar (1857). In this inquiry, based specially in the readings of Bakhtin (1992, 1997, 1998) and Adorno (1991), we inquire if the transposition of Alencar's language retakes and/or extends the constituent elements of the national identity proceeding from the ideological position of the romantic ones. Our proposal looked for to understand how this adaptation of the verbal speech to the audio(verb)visual speech occurs, in the description and interpretation of these texts. In order to clarify the function of the mechanisms of the speech and mechanism of image set for the cinematographic composition, we analyze the relationship between... (Complete abstract click electronic access below)
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LINEARIDADE E FRAGMENTAÇÃO NO ROMANCEAraújo, Evandro Rosa de 01 August 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-08-01 / This thesis, a study of the evolution of the novel, reflects on the changes that literary narrative
underwent over time, until it reached more evolved forms of writing. In traditional narrative
the theme, space, time and characters were externally developed and the plot was linear. The
models were pre-established, inspired by Walter Scott's narratives and by various historical
novels which had been developing in Europe. But the different changes in the behavior of the
post-Industrial Revolutionary urban man influenced the manner of writing novels. So, in order
to show a little of the process of change in the way narratives were written, this study uses
José de Alencar’s O Guarani and James F. Cooper’s The Last of the Mohicans, both historical
narratives which provide a little of the early demonstrations of the genre, in an artistic setting
with idealized characters and linearity of events, where the narrator is omniscient. James
Joyce’s Ulysses was also used to show some aspects of the evolution of novelistic narrative,
in which the artist developed a story which completely abandons the moulds pre-defined by
the early idealized, romantic phase. Written in the interwar period, Ulysses focuses on the
strains and uncertainties of modern life. In the pages of his book, Joyce presents the daily life
of the citizens of contemporary Dublin, breaks with linearity and uses innovative techniques
to show that time is far more complex than one could imagine. Theorists of the novel, such as
Rosenthal (1974), Rosenfeld (1969), Humphrey (1976), D'Onofrio (1982), served as a basis
for this study. / Esta dissertação desenvolve um estudo sobre a evolução do romance, refletindo sobre as
mudanças que se processaram na narrativa literária ao longo do tempo, até chegar a formas
mais evoluídas de escrita. Nas narrativas tradicionais, a temática, o espaço, as personagens e o
tempo eram desenvolvidos de forma exterior, e o enredo primava pela linearidade. Os
modelos eram pré-estabelecidos, inspirados nas narrativas de Walter Scott e nos muitos
romances de tendência histórica que vinham sendo desenvolvidos na Europa. Mas as diversas
mudanças ocorridas no comportamento do homem citadino pós-Revolução Industrial
influenciaram também a maneira de produzir romances. Desse modo, para mostrar um pouco
dessa mudança na maneira de se construir narrativas, processada ao longo do tempo, foram
utilizadas nesta dissertação as obras O Guarani, de José de Alencar, e O Último dos
Moicanos, de James F. Cooper, que são narrativas históricas que trazem um pouco das
primeiras manifestações desse gênero, em um cenário plástico, com personagens idealizadas e
uma preocupação com a linearidade dos acontecimentos, e cujo narrador é onisciente. Foi
usado também na pesquisa o livro Ulisses, de James Joyce, para mostrar alguns aspectos da
evolução da narrativa romanesca, em que o artista conseguiu desenvolver uma história que
foge completamente aos moldes pré-definidos pela primeira fase romântico-idealista.
Produzida no período entreguerras, o livro Ulisses focaliza, em muitos momentos da
narrativa, as mazelas e incertezas da vida moderna. Joyce representa nas páginas do seu livro
o cotidiano do cidadão da Dublin contemporânea, rompe com a linearidade e utiliza técnicas
inovadoras para mostrar que o tempo é muito mais complexo do que se imagina. Serviram de
lastro para este estudo as reflexões dos teóricos do romance Rosenthal (1974), Rosenfeld
(1969), Humphrey (1976), D’Onofrio (1982) entre outros.
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Embrionary forms of the Josà de Alencarâs indianist novels: a contribution to Brazilian literary nationality / Formas EmbrionÃrias dos Romances Indianistas Alencarinos: uma ContribuiÃÃo à Nacionalidade LiterÃria BrasileiraSandra Mara Alves da Silva 21 February 2014 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de NÃvel Superior / The brazilian romantics sought to assure the independence of Brazil also into the cultural context, and, for that, used the indianist literature, which explored typically national elements, such as nature, the indigenous populations and their culture, making a distinction between what was properly Brazilian from what was alien to us. Such search was set by GonÃalves de MagalhÃes when writing the epic poem A ConfederaÃÃo dos Tamoios (1856), which was a target of harsh criticism by Josà de Alencar in a series of letters that emphasized the formal, thematic and linguistic weaknesses of the text which was intended to be the poem of our nation. The Cartas sobre A confederaÃÃo dos tamoios (1856) also revealed flaws made by MagalhÃes and suggested likely âcorrectionsâ for them. An incisive reading of such writings allows the observation of estethic set-ups that would be present among our indianism and, consequently, present on the base of the indianist production of the Cearense writer. The intimate relationship between esthetic precepts seen on the epistles and the writing of Alencarâs indianist works took scholars such as Araripe JÃnior, Josà Aderaldo Castello e Marcelo Peloggio to declare that the great indianist works of the writer, O guarani (1857) e Iracema (1865), would all had been based on the letters of 1856. Taking the discussion among the relation between epistolary writings and indianist romances, a parallel is seen between those texts that may identify the possible Embrionary Thematic Forms and Embrionary Structural Forms of the romances in the letters, observing how the ideas present in the letters collaborated with the creation process of the literary works, not giving away the most relevant discussion about the nationalization of Brazilian literature, deeply studying the romantic-age concept of nationality in Brazil and relating the thoughts of Alencar to the thoughts defended by his contemporary intellectuals, in order to showcase the importance of the alencarinas letters to the discussion around Brazilian literary formation. As a matter of fact, we believe that the discussion around the criteria of Brazilian literary nationality gets a new dimension, if once considered the esthetic premises of the letters objectified from works such as O guarani e Iracema, on which the indigenous peoplesâ lives, their habits and cultural premises, ideas and feelings, as well as the exhibition of nature, earn relevance and are central to romantic Brazilian literature. / Os romÃnticos brasileiros buscaram firmar a independÃncia do Brasil tambÃm no Ãmbito cultural e, para isso, contaram com a literatura indianista, que explorava elementos caracteristicamente nacionais, a saber, a natureza, o Ãndio e a sua cultura, diferenciando, assim, aquilo que era propriamente brasileiro daquilo que nos era estranho. Essa busca foi cunhada por GonÃalves de MagalhÃes ao compor o poema Ãpico A confederaÃÃo dos tamoios (1856), que foi alvo de severas crÃticas de Josà de Alencar numa sÃrie de cartas que destacavam a fraqueza formal, temÃtica e linguÃstica do texto que intencionava ser o poema da nossa naÃÃo. As Cartas sobre A confederaÃÃo dos tamoios (1856) revelam âfalhasâ cometidas por MagalhÃes e sugerem possÃveis âcorreÃÃesâ para elas. Uma leitura atenta desses escritos permite observar preceitos estÃticos que estariam na base do nosso Indianismo e, consequentemente, na base da produÃÃo indianista do escritor cearense. A Ãntima relaÃÃo entre os preceitos estÃticos presentes nas epÃstolas e a realizaÃÃo das obras indianistas de Alencar levou estudiosos como Araripe JÃnior, Josà Aderaldo Castello e Marcelo Peloggio a afirmarem que as grandes obras indianistas do escritor, O guarani (1857) e Iracema (1865), teriam por fundamento as cartas de 1856. Partindo da discussÃo em torno da relaÃÃo entre os escritos epistolares e os romances indianistas, traÃa-se um paralelo entre esses textos de modo a identificar as possÃveis Formas EmbrionÃrias TemÃticas e Estruturais dos romances nas cartas, observando como as ideias contidas nas missivas colaboraram com o processo de criaÃÃo das obras literÃrias, nÃo deixando de lado a discussÃo maior sobre a nacionalizaÃÃo da literatura brasileira, estudando a fundo o ideal de nacionalidade da era romÃntica no Brasil e relacionando os pensamentos de Alencar aos pensamentos defendidos pelos intelectuais contemporÃneos a ele, a fim de destacar a importÃncia das cartas alencarinas para o debate em torno da formaÃÃo literÃria brasileira. Destarte, acreditamos que a discussÃo acerca dos critÃrios da nacionalidade literÃria no Brasil ganha nova dimensÃo, uma vez consideras as premissas estÃticas das cartas objetivadas em obras como O guarani e Iracema, nos quais a vida dos indÃgenas, seus usos e costumes, ideias e sentimentos, bem como a exaltaÃÃo da natureza, ganham relevo e estÃo, ao mesmo, no centro da literatura romÃntica indianista.
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Pensamento, natureza e sentimento: a anÃlise do belo em Josà de AlencarPatrÃcia Rodrigues Fontineli 19 December 2013 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Muito se tem estudado e pesquisado acerca do Alencar escritor e pouco sobre sua constituiÃÃo enquanto crÃtico de literatura e sobre como sua forma de perceber tal arte poderia justificar o significado de sua obra. Partindo desse pressuposto, a nossa dissertaÃÃo considera como estudo as Cartas sobre a ConfederaÃÃo dos Tamoios, de Josà de Alencar, nas quais critica a GonÃalves de MagalhÃes, sobretudo, pela conformaÃÃo estÃtica do seu poema A confederaÃÃo dos tamoios, sua fraca musicalidade e unidade narrativa, alÃm da falta de arte na descriÃÃo da natureza brasileira e dos costumes indÃgenas. Quanto ao tipo de composiÃÃo adotado, critica-se ainda a escolha do modelo Ãpico em versos, afinal, conforme afirma na segunda carta, a forma com que Homero cantou os gregos nÃo serve para cantar os Ãndios. E assim, Alencar propÃe uma nova estÃtica, nos moldes do projeto romÃntico arquitetado por ele. Procura-se, entÃo, delinear de que maneira esse projeto abre espaÃo, a partir das Cartas sobre A confederaÃÃo dos tamoios, para uma caracterizaÃÃo e definiÃÃo do belo, que Alencar divide em Belo do Pensamento, Belo da Natureza e Belo do Sentimento. E como epopeias romanceadas que retratam os dramas do Novo Mundo, O guarani e Iracema resguardariam a estÃtica alencariana do belo, trabalhando pensamento, natureza e sentimento em unÃssono.
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Romances Históricos Americanos: The Last of The Mohicans (1826), Xicoténcatl (1826) e O Guarani (1857) Configurações das Identidades Ameríndias / American Historical Novels: The Last of the Mohicans (1826), Xicoténcatl (1826) e O Guarani (1857) Amerindian Identities CharacterizationLopes, Rodrigo Smaha 13 March 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-03-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Several images enshrined in American History written by Europeans that not always corroborated with the reality of the time and much less with the contemporaneity were also immortalized into the romantic literature. However, the literary art sought, in many of its expressions, bring to society other images of natives not only those stereotyped ones presented in historical documents produced by the conquerors, such as those reported in the Journal of Columbus (1492) and in Caminha s Letter (1500). Within a vast number of historical novels that address the issue of characterization of the native, we decided to examine the following works: The Last of the Mohicans (1826), by James Fenimore Cooper, Xicoténcatl (1826), written anonymously and O Guarani (1857), by José de Alencar. This corpus includes settings of Amerindians from the realities of Northern Anglo-Saxon, the Spanish-American universe and also Brazil and all of them are designed within the period of American Romanticism. These works depict the figure the native and thus indicate a desire to build up American identities. Thus, we asked ourselves about what are the literary devices employed in their settings; how these settings conducted in different geocultural spaces of the continent move toward or away from each other; among others, in order to understand how romantic writers portrayed the natives during the formation of a national identity, confirming, or not, the integration of this group as part of the society. To support this work, we will use concepts of Alexis Márquez Rodríguez (1991), García Gual (2002), Mata Indurain (1995), Fernández Prieto (2003), Aínsa (1991, 2003, 2008), Trouche (2006), Fleck (2005, 2007, 2008, 2013), Lukács (1977), Milton (1992), Leenhardt (1998), Hutcheon (1991) Bernd (1998), among others that may be helpful. We hope thus enable literary scholars, specifically those who are dedicated to the reading of historical novel, by analyzing the works, a significant characterization of the natives in the romantic era, as well as strengthen the studies on the historical novel area and on comparative studies / Várias imagens consagradas na história das Américas escrita pelos europeus que nem sempre corroboravam com a realidade da época e muito menos com a da contemporaneidade , foram, também, imortalizadas pela literatura romântica. Contudo, a arte literária buscou, em várias de suas expressões, trazer à sociedade outras imagens dos nativos que não apenas aquelas estereotipadas nos documentos históricos produzidos pelos conquistadores, como aquelas relatadas no Diário de Colombo (1492) e n A Carta de Caminha (1500). Em um vasto número de romances históricos que abordam a questão da representação do nativo, decidimos examinar as seguintes obras: The last of the Mohicans (1826), de James Fenimore Cooper, Xicoténcatl (1826), de autoria anônima, e O Guarani (1857), de José de Alencar. Esse corpus engloba configurações dos ameríndios nas realidades do norte anglo-saxônico, no universo hispano-americano e também no Brasil, todas elas concebidas dentro do período do Romantismo. Tais obras retratam a figura do nativo e apontam para um desejo de construção de identidades americanas. Frente a elas, indagamo-nos sobre quais são os recursos literários empregados em suas configurações; como estas configurações, realizadas em diferentes espaços geoculturais do continente, aproximam-se ou se distanciam; entre outros, a fim de entender como os escritores românticos retrataram os nativos no período da formação de uma identidade nacional, corroborando, ou não, para a integração desse grupo na sociedade. Para respaldar o trabalho, utilizaremos conceitos de Márquez Rodríguez (1991), García Gual (2002), Mata Induráin (1995), Fernández Prieto (2003), Aínsa (1991, 2003, 2008), Trouche (2006), Fleck (2005, 2007, 2008, 2013), Lukács (1977), Milton (1992), Leenhardt (1998), Hutcheon (1991), Bernd (1998), entre outros que se façam necessários. Esperamos, dessa forma, possibilitar aos estudiosos de literatura, mais especificamente àqueles que se dedicam à leitura do romance histórico, por meio da análise das obras, uma caracterização significativa dos nativos na época romântica, bem como fortalecer as pesquisas na área do romance histórico e dos estudos comparados
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"Gótico tropical: o sublime e o demoníaco em O Guarani" / Tropical Gothic: the sublime and the demoniac in The GuaranySá, Daniel Serravalle de 26 September 2006 (has links)
O trabalho que apresento aqui pretende relacionar o romance O Guarani (1857), de José de Alencar, com os principais romances góticos que proliferaram na Inglaterra na segunda metade do século XVIII e no começo do século XIX. Mais celebrado por seu conteúdo indianista e considerado um dos expoentes do Romantismo brasileiro, O Guarani parece tomar emprestado do romance inglês aspectos imagéticos e discursivos. A intertextualidade se manifestaria especificamente na apropriação da retórica do sublime (efeito condutor do gótico) e na representação do antagonista (a noção de lawlessness), elementos que são aclimatados pelo autor para a realidade brasileira. O enfoque gótico se apresentaria no romance brasileiro em caráter periférico, pontuando uma tensão entre os ideais progressistas pretendidos por Alencar e a realidade de um Brasil largamente incivilizado em busca de sua identidade nacional pós-emancipação. Na construção da identidade brasileira pensada por Alencar, há a incorporação de alguns traços específicos do romance inglês ao mesmo tempo em que outros são rejeitados. O trabalho apresenta uma reflexão sobre os motivos góticos no Guarani e procura oferecer uma interpretação do significado de um vilão gótico" no Brasil pré-republicano. / This work associates the Brazilian novel The Guarany (1857), by José de Alencar, to the main gothic novels that flourished in England in the second half of the 18th century. Traditionally celebrated by its indigenous content and considered a key text to Brazilian Romanticism, The Guarany shows evidence of graphic and discursive appropriations from the English fiction. This intertextuality can be seen specifically in the use of a sublime rhetoric (conductor of the gothic effect) and in the representation of the antagonist (lawlessness model). These elements are acclimatised by the author to the Brazilian context. The gothic features stem in the Brazilian novel as peripheral characteristics, comprising a tension between the progressive ideals intended by Alencar and the reality of an uncivilized country, marked by a quest for national identity post-emancipation. In the construction of the Brazilian identity thought out by Alencar there is the incorporation of specific traces of the English gothic at the same time other traces are rejected. This research provides evidences of gothic motives in The Guarany and offers an interpretation of the meaning of a gothic villain in a pre-republican Brazil.
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A ficção da realidade: sociologia de O Guarani de José de Alencar / The fiction of reality: sociology of The Guarani of Jose de AlencarAlmeida, Rodrigo Estramanho de 05 December 2016 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-01-10T11:26:50Z
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Previous issue date: 2016-12-05 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This thesis aims to carry out an analysis of the Brazilian novel “The Guarani”
(1857) by José de Alencar (1829-1877) undertaking a sociological understanding
about a book written in the mid-nineteenth century Brazil that was transfigured into a
national myth.
This initial question does unfold others since it is a novel widely imitated in
hundreds of versions carried out over more than 150 years in various formats and
media, such as opera, music, cinema, theater, literature and comics.
Therefore, the present work is an attempt to comprehend the conditions under
which the author conceived his book, analyzing also its storyline and its adaptations in
order to prepare a thesis on the consecration of a literary product, its transfiguration
into the imaginary field as well as in the Brazilian political culture.
Thus, in our proposal, fiction and reality amalgamate each other so that one
can know the composition and permanence aspects of “The Guarani” novel in a
dependent and peripheral capitalist country / A presente tese é uma proposta de análise de O Guarani: romance brasileiro
(1857) de José de Alencar (1829-1877). O objetivo do trabalho é empreender uma
compreensão sociológica da obra a fim de perscrutar como um livro escrito em
meados do século XIX no Brasil se transfigurou em um mito nacional.
Essa pergunta inicial faz desdobrar outras, uma vez que se trata de um
romance fartamente imitado em centenas de versões e adaptações realizadas ao longo
de mais de 150 anos em diversos formatos e mídias, tais como ópera, música, cinema,
teatro, literatura e quadrinhos.
Assim, o presente trabalho é uma tentativa de compreensão das condições nas
quais o livro foi pensado e realizado por seu autor, analisando, também, seu enredo,
bem como suas versões e adaptações a fim de elaborar uma tese sobre a consagração
de um produto literário, bem como sua transfiguração no imaginário e na cultura
política do país.
Deste modo, em nossa proposta, ficção e realidade se fundem para que se
possa conhecer aspectos de composição e permanência de um romance, O Guarani,
em país de capitalismo dependente e periférico, o Brasil
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A contribuição do romance-folhetim O Guarani na formação do público leitor brasileiro do século XIXCRUZ, Patricia Cezar da 01 September 2011 (has links)
Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2012-09-19T18:03:19Z
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Previous issue date: 2011 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O Guarani, de José de Alencar, publicado em 1857 nas folhas do Diário do Rio de Janeiro, foi um grande sucesso sob a forma do folhetim. Nesse período, de grandes modificações e contrastes no Brasil do Segundo Reinado, o público leitor do brasileiro estava em formação, embora já apreciasse o gênero do romance e também do romance-folhetim. Nesse contexto, O Guarani foi amplamente aclamado pelo público, o qual pareceu encontrar na obra uma correspondência para suas expectativas de conhecer uma literatura nacional. Nessa pesquisa, se pretende mostrar O Guarani como um grande sucesso no século XIX e ainda demonstrar que a obra permanece atemporal, atraindo o interesse do público. / O Guarani the novel by José de Alencar was published in 1857 through
Diário do Rio de Janeiro newspaper reaching a huge success as a feuillton.
This one was adopted in Brazil with a lot of acceptation. Studies reveal that
at that time of modifications and contrasts in Brazil of the Second Reign the
brazilian public reader was just in formation, though their tastes in therms
of reading included romance and the feuillton. In this context, O Guarani
had a huge acclamation by the public which could find a correspondence of
their expectations of find out a national literature in the story. This research
intends to show O Guarani as a huge success of the XIX century as well as
a timeless novel which attracts the interest of the public.
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Pensamento, natureza e sentimento: a análise do belo em José de AlencarFontineli, Patrícia Rodrigues January 2013 (has links)
FONTINELI, Patrícia Rodrigues. Pensamento, natureza e sentimento: a análise do belo em José de Alencar. 2013. 136f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Letras, Fortaleza (CE), 2013. / Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2017-09-01T12:20:35Z
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Previous issue date: 2013 / Muito se tem estudado e pesquisado acerca do Alencar escritor e pouco sobre sua constituição enquanto crítico de literatura e sobre como sua forma de perceber tal arte poderia justificar o significado de sua obra. Partindo desse pressuposto, a nossa dissertação considera como estudo as Cartas sobre a Confederação dos Tamoios, de José de Alencar, nas quais critica a Gonçalves de Magalhães, sobretudo, pela conformação estética do seu poema A confederação dos tamoios, sua fraca musicalidade e unidade narrativa, além da falta de arte na descrição da natureza brasileira e dos costumes indígenas. Quanto ao tipo de composição adotado, critica-se ainda a escolha do modelo épico em versos, afinal, conforme afirma na segunda carta, a forma com que Homero cantou os gregos não serve para cantar os índios. E assim, Alencar propõe uma nova estética, nos moldes do projeto romântico arquitetado por ele. Procura-se, então, delinear de que maneira esse projeto abre espaço, a partir das Cartas sobre A confederação dos tamoios, para uma caracterização e definição do belo, que Alencar divide em Belo do Pensamento, Belo da Natureza e Belo do Sentimento. E como epopeias romanceadas que retratam os dramas do Novo Mundo, O guarani e Iracema resguardariam a estética alencariana do belo, trabalhando pensamento, natureza e sentimento em uníssono.
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A oralidade poética nos romances do século XIX : "Iracema" e "O guarani" de Jose de AlencarPaula, Verusca Praciano de 01 March 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-03-01 / The purpose of the study and research The Poetical Orality in the novels of the XIX century: Iracema and The Guarani provided us a reading enlightening the poetical orality, in prose and rhyme. Talk and writing combined are submitted to a double linguistic and literary examination, involving double aspects, to make known: the talk, the characters, the semantics layers, structural stylish means (language, image, sonority) of the syntagma narration.
The orality opens its cleavage to poetical reading of novels, making dialogue talk and writing, at the historical moment of the Brazilian romantism, between critics and changes, when writing should substitute its traditional sovereignity by the specificity of the native Brazilian talk blended with Portuguese language.
In the first chapter, we approach the influence of poetical orality in use and application into prosaical speech of representation, discursiveness without generical boundary, taking into account the national novel in constitution by a set of stylish unities.
In the second chapter, we clarify the nature of prosaical language and of poetical one and the specifics proceedings to the double orality and writing, in the native novel.
In conclusives expressions the emphasis will be given to native poetical orality with Jose de Alencar and his interference in romantism since the saga novel and poetry, shaping the origin of the Brazilian national novel.
In our reckonning, José de Alencar and his native novel, begin a polemic regarding mixing form of the romance style, that he called essay, to be continued thru our research and purpose, in our dissertation, just as a conclusion / O objeto de estudo nomeia-se pelo próprio tema: A Oralidade Poética nos romances do século XIX: Iracema e O Guarani. Sua pesquisa nos propiciou uma leitura à luz da poética da oralidade, em prosa e verso. Fala e escritura conjuntas foram submetidas ao duplo exame lingüístico e literário, envolvendo aspectos, em paralelo: discurso; personagens; estratos semânticos e recursos estilísticos estruturadores (língua, imagem, sonoridade) do sintagma narrativo.
A oralidade abre sua clivagem para a leitura poética dos romances, na fronteira prosa e poesia, tomando o diálogo entre a fala e a escritura, no momento histórico do romantismo brasileiro, (séc. XIX), entre críticas e mudanças, quando a escritura deveria substituir sua soberania tradicional pela especificidade da fala do indígena brasileiro em fusão com fala lusitana.
No primeiro capítulo, abordamos a influência da oralidade poética em exercício e usos no discurso prosaico em representação, discursividade sem fronteira genérica, considerando o romance nacional em formação por um conjunto de unidades estilísticas.
No segundo capítulo, explanamos a natureza da língua da prosa e a língua da poesia e os procedimentos específicos à duplicidade oralidade e escritura, no romance indianista.
Em termos de finalização, a ênfase será dada às questões referentes à oralidade poética indianista, nos romances Iracema e O Guarani de José de Alencar e sua intervenção no romantismo, a partir da saga e da poesia, antecipando a matriz genérica do romance nacional brasileiro.
Por sua vez, José de Alencar e sua obra indianista inaugura uma polêmica referente à formação mista do gênero romance brasileiro por ele nomeado ensaio poético, cujos indicadores encontram-se nas considerações, à guisa de conclusão
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