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Caracterização da assistência pré-natal prestada por profissionais de enfermagem na atenção qualificada ao ciclo grávido-puerperal no município de Ribeirão Preto - SP / Characterization of prenatal care by nursing personnel in the qualified attention to the pregnant-puerperal cycle in Ribeirão Preto - SPNogueira, Lilian Donizete Pimenta 17 September 2010 (has links)
A mortalidade materna é um indicador de disparidade e iniquidade entre homens e mulheres, sua extensão revela o lugar das mulheres na sociedade e o acesso delas aos serviços sociais, de saúde e nutrição, assim como as oportunidades econômicas. As mortes maternas continuam sendo um problema a ser combatido. A atenção qualificada ao pré-natal é uma estratégia fundamental para tornar as gestações e partos mais seguros, contribuindo significativamente na redução das mortes maternas. O pré-natal não necessita de alta tecnologia, pode ser conduzido na atenção básica em saúde e depende de condutas simples, que conseguem contornar a maior parte das necessidades das gestantes, pode ser acompanhado pelo enfermeiro, respaldado pela Lei do Exercício Profissional. Considerando que o profissional de saúde que atende à gestação deve possuir competências essenciais para o exercício da prática obstétrica com qualidade, o objeto desse estudo são as competências desenvolvidas pelo pessoal de enfermagem no atendimento à mulher durante o pré-natal. Objetivos: Conhecer o atendimento à mulher durante o pré-natal no município de Ribeirão Preto - SP por meio das ações realizadas por profissionais de enfermagem, tendo por base as competências essenciais em Obstetrícia para a atenção qualificada ao parto e a redução da mortalidade materna e neonatal. Metodologia: estudo descritivo, com abordagem quantitativa. Os dados foram colhidos nas unidades de saúde do município de Ribeirão Preto. Foram entrevistados 156 profissionais: 69 enfermeiros, 9 técnicos e 78 auxiliares de enfermagem. Para análise dos dados foi utilizada estatística descritiva. Resultados: Perfil da equipe de enfermagem: houve predominância de profissionais do sexo feminino, casadas, com média de idade de 45,1 anos, com filhos e mais de dez anos de formação. A renda dos auxiliares é de 37,9% da renda dos enfermeiros e a dos técnicos de 49,7%. A maioria dos profissionais aprendeu atuar na assistência pré-natal na rede de atenção básica à saúde e não participou de cursos de atualização ou eventos científicos na área de saúde da mulher nos últimos anos. A maior parte dos enfermeiros possui algum tipo de pós-graduação, destes seis possuem especialização em obstetrícia. Grande parte dos profissionais possui apenas um emprego, trabalha 40 horas semanais há mais de 10 anos nas instituições estudadas e há mais de cinco anos na assistência pré-natal, negaram dificuldades na atenção à gestante e referiram ter curso de gestantes em sua unidade de atuação. Encontram-se mais satisfeitos com a atuação profissional que com o reconhecimento. Competências Essenciais: os enfermeiros realizam o primeiro atendimento, tem participação discreta no pré-natal, que é centrado no médico. Não realizam exame físico geral ou obstétrico. Os auxiliares e técnicos em enfermagem realizam a pré e pós-consulta. Conclusões: O acúmulo de funções do enfermeiro constitui um entrave para a plena realização do cuidado prénatal. O município de Ribeirão Preto necessita que toda a equipe de enfermagem que atua no cuidado pré-natal na atenção básica lute por maior autonomia, solidificando sua assistência, fortalecendo o vínculo com a população e oferecendo atenção qualificada e humanizada, baseada nas habilidades e competências essenciais preconizadas pela Confederação Internacional das Parteiras e pelo Ministério da Saúde. / Maternal mortality is an indicator of disparity and inequity between men and women, the extension shows the place of women in society and their access to health and nutrition social services, as well as economic opportunities. Maternal deaths are still a problem to be tackled. Qualified attention to prenatal care is a key strategy to make pregnancy and childbirth safer, contributing significantly to reducing maternal deaths. Prenatal care does not require high technology, it can be conducted in primary health care and it depends on simple behaviors that can bypass most of the needs of pregnant women, it may be accompanied by nurses, supported by the Law of Professional Practice. Considering that the health professional that cares for pregnancy must have essential skills to the pursuit of quality obstetric practice, the object of this study is the skills developed by nurses in caring for women during prenatal care. Objectives: Getting to know the care for women during prenatal care in Ribeirão Preto - SP by the actions performed by nurses, based on core competencies in Obstetrics for skilled attention at delivery and the reduction of maternal and neonatal mortality. Methodology: a descriptive study with quantitative approach. Data were collected at health units in the city of Ribeirão Preto. 156 professionals were interviewed: 69 nurses, 9 technicians and 78 nursing assistants. Descriptive statistics was used to data analysis. Results: Profile of the nursing team: a predominance of female professionals, married, with an average age of 45.1 years, with children and more than ten years of graduation. The assistants\' income is 37.9% of the nurses\' and the technicians\' income is 49.7%. Most professionals learned to act in prenatal care in the network of basic health care and did not participate in refresher courses and scientific events in the area of women\'s health in recent years. Most nurses have some sort of post-graduation, six of them have specialization in Obstetrics. Most professionals have only one job, working 40 hours a week for over 10 years in the mentioned institutions and for more than five years in prenatal care, denied difficulties in caring for pregnant women and reported there are pregnancy courses in their unities of action. They are more satisfied with the performance than with professional recognition. Essential Skills: nurses perform the first meeting, participate discretely in the prenatal care, which is centered on the doctor. They do not perform general physical exam or obstetrics. Assistants and nursing technicians perform pre and post-consultation. Conclusions: The accumulation of functions of nurses is an obstacle to the full performance of prenatal care. The city of Ribeirão Preto requires that all nursing staff that works in prenatal care fight for greater autonomy, solidifying their assistance, strengthening the bond with the population and providing qualified and humanized care, based on the skills and core competencies recommended by the International Confederation of Midwives and the Ministry of Health.
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Atenção qualificada à mulher no parto: a realidade da assistência de enfermagem no município de Londrina/PR / Qualified care for women in childbirth: the reality of Nursing Care in the Municipality of Londrina/PREsser, Maria Angelica Motta da Silva 24 August 2010 (has links)
A redução da mortalidade materna é um dos indicadores de saúde cujo elemento principal é a assistência de qualidade ao parto e nascimento. A Confederação Internacional de Parteiras (ICM) preconiza as habilidades e competências necessárias para prestar uma assistência de enfermagem de qualidade em todo ciclo gravídico puérpera. Objetivos: caracterizar os profissionais de enfermagem que atuam na assistência ao parto e analisar as competências essenciais desenvolvidas por estes profissionais. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, realizado em três maternidades. A população estudada foi composta de 63 profissionais de enfermagem (28 auxiliares de enfermagem, 22 técnicos de enfermagem, 8 enfermeiras obstetras e 5 enfermeiras). Através da observação não participativa foram acompanhados 92 partos sequencialmente, durante a admissão, no trabalho de parto e parto e no pós-parto imediato, em todas as instituições pesquisadas. Para a análise dos dados foi utilizada a estatística descritiva. Resultados: perfil dos profissionais de enfermagem: todos os profissionais são do sexo feminino, com média de idade de 38,1 anos, 68,3% são casados ou vivem com parceiro fixo e a maioria apresenta dependentes financeiros; média de 64,25 horas semanais de trabalho. Observamos que a ausculta dos BCF e o toque vaginal foram realizados de forma incompleta, assim como a utilização do partograma, adotado em apenas uma das instituições. Notamos que os partos assistidos pelas enfermeiras obstetras são registrados como procedimento médico, contrariando a legislação brasileira. Conclusão: Observamos que existem diferenças na qualidade de assistência de enfermagem prestada, nas instituições participantes deste estudo. Portanto, não podemos afirmar que a assistência prestada no município atende a normatização da OMS e Ministério da Saúde, no que tange a qualidade da assistência prestada. Muitas competências essenciais para o atendimento ao trabalho de parto e parto não são desenvolvidas. As instituições necessitam de incentivo para a implementação de ações baseadas em evidências atualizadas. / The reduction of maternal mortality is one of the health indicators whose main element is the quality of assistance to the delivery and birth. The International Confederation of Midwives (ICM) recommends abilities and skills required to provide quality nursing care during the whole pregnancy puerpera cycle. Aims: to characterize nursing professionals active in delivery care and analyze the key competences developed by these professionals. Methodology: This is a descriptive study, with a quantitative approach, accomplished in three maternity hospitals. The population studied was composed of 63 nursing professionals (28 nursing assistants, 22 nursing technicians, 8 obstetric nurses and 5 nurses). Through non participatory observation 92 deliveries were followed sequentially from admission to labor, childbirth and immediate post-delivery in the partaking institutions. Data analysis was done by descriptive statistics. Results: profile of nursing professionals: all professionals are female, average age of 38.1 years; 68.3% are married or living with a stable partner and the majority presents financial dependants; average 64.25 hours working week. We observed that the auscultation of BCF and vaginal touch are not properly performed, and the partograph is adopted in only one of the institutions. We have noted that the deliveries attended by obstetric nurses are recorded as medical procedure, contrary to the Brazilian legislation. Conclusion: We observed that there are differences in the quality of the provided nursing care in the institutions participating in this study. Therefore, we cannot state that the assistance provided in the municipality conforms the norms of the WHO and Ministry of Health regarding the quality of assistance. Many essential competences for labor and childbirth care are not developed. The institutions need incentive in order to implement actions based on updated evidence.
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O ENFERMEIRO OBSTÉTRA NO PARTO DOMICILIAR PLANEJADO. / The obstetric nurse in planned home delivery.Mattos, Diego Vieira de 13 September 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-09-13 / The picture of childbirth assistance in Brazil has been changing in recent years.
Planned home delivery represents the recovery of a historical model of giving birth
that is compatible with social evolutions and the needs of modern women. Today,
obstetric care takes values into account that go beyond scientific and technical
considerations. Less invasive and interventionist, practices are sustained. The
home environment is recognized as an adequate place for giving birth. Planned
home delivery occurs as intentionally programmed by the mother, together with
the health care professionals who are responsible for from prenatal care onward,
avoiding risk-factors. This arrangement allows better control of the environment by
mother, family and professionals. Since 1998, the Health Ministry established
politics and strategies aiming to train nurses to provide care for vaginal delivery.
Since then, the progress of this movement among nurses meets with political
issues that challenge this practice. General Objective: To understand the
experience of the obstetric nurse in the care for planned home delivery in its social
and professional context. Specific Objectives: To describe the challenges and
obstacles in nursing assistance to planned home delivery. To reflect over the
social and professional context experienced by the obstetric nurse in assistance to
planned home delivery. Method: This is a qualitative, explorative, descriptive
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study using a Grounded Theory analysis. Data were collected through semistructured
interviews with 22 obstetric nurses in the five geographic regions of
Brazil. Results: Two thematic categories emerged: Personal motivations and
values in the construction of the quality of delivered care; Challenges and
obstacles to practice (Cultural prejudice; Attitudes in the health professions; and
Lack of Logistical Support). Final Considerations: In Brazil, urban home delivery
is gaining space. But even with health politics that support this procedure, planned
home delivery needs specific resolutions that can give it its place in the public
health system and be accepted by health insurance companies, but also changes
in attitudes in the profession at large and in the cultural stereotypes carried by
mass-media. On the other hand it are the personal values and experiences of the
professional that sustain the construction of the quality of care and subsidize the
strategies to cope with and overcome the challenges and obstacles. / O Brasil, nos últimos anos, apresenta mudanças no cenário da assistência ao
parto e nascimento, o parto domiciliar planejado é o resgate ao modelo histórico
de parturição, compatível com a evolução social e exigências da mulher moderna.
Hoje, a atenção da assistência obstétrica considera valores que vão além dos
aspectos científicos e tecnológicos, e, sustenta como qualidade as práticas menos
intervencionistas e invasivas e, o ambiente domiciliar como local propício, seguro
e viável para o parto. O parto domiciliar planejado ocorre de forma intencional e
programada pela mãe, juntamente com os profissionais responsáveis pela
assistência desde pré-natal, prevenindo, assim, os fatores de risco. Permite,
ainda, maior controle do ambiente, por parte da parturiente, familiares e demais
profissionais envolvidos no evento do parto. Desde 1998, o Ministério da Saúde
estabeleceu políticas e estratégias com enfoque na qualificação de enfermeiros
para atuarem na assistência ao parto vaginal. Entretanto, o avanço desse
movimento por enfermeiros depara com questões políticas que tornam um desafio
a atuação dessa prática. Objetivo Geral: Analisar a vivência do enfermeiro
obstétra na assistência ao parto domiciliar planejado no contexto social e
profissional. Objetivos Específicos: Descrever os desafios e obstáculos na
atuação do enfermeiro no parto domiciliar planejado. Refletir sobre o contexto
social e profissional vivenciado pelo enfermeiro obstetra na assistência ao parto
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domiciliar planejado. Metodologia: Este é um estudo de natureza qualitativa, do
tipo exploratório e descritivo, tendo como abordagem metodológica a Teoria
Fundamentada em Dados. A coleta de dados se deu por entrevistas semiestruturada
com 22 Enfermeiros Obstétras, nas cinco regiões do
Brasil. Resultados: Na análise dos resultados emergiram duas categorias
temáticas: motivações e valores pessoais na construção da qualidade; desafios e
obstáculos à prática (Preconceito Cultural, Atitude Profissional e Falta de Apoio
Logístico). Considerações Finais: O parto domiciliar urbano está ampliando o
seu território de atuação no Brasil. Pode ser percebido que mesmo com políticas
de saúde que dão respaldo para este procedimento, o parto domiciliar planejado
carece de resoluções específicas, de forma que possa ser incluído no sistema
público de saúde e possuir aceitação por parte dos convênios, além de mudanças
nas atitudes profissionais da categoria mais ampla e nos estereótipos culturais
veiculados nas mídias de massa. Do outro lado, são os valores e a convicção do
profissional que sustentam a construção da qualidade do seu trabalho e
subsidiam as ferramentas para enfrentar e superar os obstáculos e desafios.
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Sintomas depressivos em gestantes de baixo risco / Depressive symptoms in pregnant women at low riskMurata, Marcella 29 November 2012 (has links)
Introdução: A gravidez é um período de importantes alterações emocionais para a mulher, levando a um maior risco para ocorrência de transtornos depressivos na gestação, sobretudo no pós-parto e desfechos obstétricos adversos que podem influenciar o desenvolvimento da criança. Objetivo: Avaliar a ocorrência de sintomas depressivos ao longo da gestação. Método: Estudo longitudinal, com amostra composta por 272 gestantes de baixo risco obstétrico, matriculadas em serviços públicos de pré-natal da zona sul do Município de São Paulo no período entre 2008 a 2010. Foram utilizados dois instrumentos: um formulário para obtenção de dados de caracterização da gestante e a Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) para avaliação de sintomas depressivos. A EPDS foi aplicada em três momentos, nas 20ª, 28ª e 36ª semanas de gestação; o escore 13 foi considerado como presença de sintomas depressivos. O estudo fez parte do Projeto Qualidade de vida de mulheres com sintomas depressivos no período gestacional, financiado pelo CNPq (Processo nº 479016/2007-0) e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (Parecer nº 154/08). Resultados: Os dados da gestante indicaram idade média 25,3 (±5,46) anos, 52,1% de etnia caucasiana, escolaridade média 9,5 (±2,52) anos, 91,0% com companheiro fixo, 37,5% primigestas, 90,1% referiram queixas, 11,8% afirmaram ter sofrido violência física e 29,8% violência emocional, 19,8% fumantes, 28,7% consumiam bebida alcoólica e 4,8% eram usuárias de drogas ilícitas. Os níveis de consistência interna verificados pelo Alpha de Cronbach 0,83, 0,84 e 0,84 mostraram-se satisfatórios nos três momentos. A proporção de mulheres que apresentou sintomas depressivos variou nos três momentos, sendo 27,2% nas 20ª, 21,7% nas 28ª e 25,4% nas 36ª semanas de gestação. Conforme o Teste de Friedman, não houve diferença significante entre os escores da EPDS e EPDS 13 dos três momentos. Ao longo da gestação 54,5% das mulheres foram consideradas sem sintomas depressivos, 7,0% delas com sintomas em todos os momentos e 14,4% apenas no primeiro. No modelo multivariado, observou-se que as variáveis associadas maior escolaridade, religião evangélica, maior renda familiar, ter planejado e aceito a gravidez foram fatores de proteção para a presença de sintomas depressivos e que a violência emocional e ter mais queixas relacionadas à gestação foram fatores de risco. Conclusão: As mulheres grávidas acompanhadas nos serviços públicos apresentaram prevalências de sintomas depressivos relativamente altas, evidenciando a necessidade de constante avaliação das variáveis que podem afetar a saúde mental, como parte do cuidado pré-natal. / Introduction: Pregnancy is a period of important emotional changes for women, leading to a higher risk for occurrence of depressive disorders in pregnancy, postpartum and obstetric outcomes in particular adverse events that can influence the child´s development. Objective: To evaluate the occurrence of depressive symptoms during pregnancy. Methods: Longitudinal study, with a sample composed of 272 pregnant women with low obstetrics risk, enrolled in antenatal services in the southerm area the city of São Paulo in the period from 2008 to 2010. We used two instruments: a form for obtaining maternal characterization data and the Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) for assessment of depressive symptoms. The EPDS was applied in three moments in the 20th, 28th and 36th weeks of gestation, the score 13 was considered as the presence of depressive symptoms. The study was a part of the project Quality of life of women with depressive symptoms during pregnancy, and approved by the Ethics in Research Committee nº 154/08/CEP/SMS. Results: Data from pregnant women indicated mean age 25.3 (±5,46) years, 52.1% caucasians, mean education 9.5 (±2,52) years, 91,0% with steady partner, 37.5% first pregnancy, 90.1% reported complaints, 11.8% reported having experienced physical and emotional violence 29.8%, 19.8% were smokers, 28.7% consumed alcohol and 4.8% were users of illicit drugs. The levels of internal consistency checked by Cronbach´s Alpha 0.83, 0.84 and 0.84 proved satisfactory in the three moments. The proportion of women who had depressive symptoms varied in the three moments, being 27.2% in the 20th, 21.7% in the 28th and 25.4% in the 36th. According to the Friedman test, there was no significant difference between the scores of the EPDS and EPDS 13. Throughout pregnancy 54.6% of women were considered without depressive symptoms, 7.0% had symptoms at all moments and only 14.4% in the first. In the multivariate model showed that the variables associated with higher education, evangelical religion, higher family income, have planned and accepted pregnancy were protective factors for depressive symptoms and emotional violence and have more complaints were related to pregnancy risk factors. Conclusion: Pregnant women monitored in the public services showed relatively high prevalence of depressive symptoms, suggesting the need for constant evaluation of variables that can affect mental health as part of prenatal care.
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Tempo de analgesia perineal pela crioterapia após o parto normal: ensaio clínico não controlado / Time of perineal analgesia by cryotherapy after vaginal delivery: uncontrolled clinical trialPaiva, Caroline de Souza Bosco 28 May 2014 (has links)
Introdução: A dor perineal é uma morbidade frequente no pós-parto vaginal. A crioterapia, aplicação de frio para fins terapêuticos, é eficaz para seu alívio, além de ser uma prática de baixo custo, fácil preparo e compatível com a amamentação. No entanto, ainda não se conhece a duração do efeito analgésico da crioterapia quando aplicada à região perineal. Objetivo: Avaliar a duração da analgesia perineal em multíparas, após a aplicação de bolsa de gelo por 20 minutos no pós-parto normal. Método: Trata-se de ensaio clínico não controlado, realizado no Alojamento Conjunto de uma maternidade de São Paulo. Foram incluídas 50 mulheres com idade igual ou maior que 18 anos com, pelo menos, um parto vaginal prévio ao atual, sem intercorrências clínicas ou obstétricas, sem ter recebido anestesia peridural, anti-inflamatório ou analgésico nas últimas 3 horas antes da inclusão no estudo e com dor perineal igual ou maior que 3 pontos, entre 6 e 24h do pós-parto. A intervenção foi realizada por meio de uma única aplicação da bolsa de gelo na região perineal por 20 minutos, sendo controladas as temperaturas perineais, da bolsa de gelo, do ambiente e da axila. As participantes foram avaliadas em três momentos: 1) antes da crioterapia (T0); 2) imediatamente, após a crioterapia (T20); 3) 120 minutos após o término da crioterapia (T120). Para avaliação da dor, foi utilizada a escala numérica de zero a dez, sendo zero ausência de dor e dez dor insuportável. Resultados: A idade média foi 27,1 anos (dp=5,4); 52% tinham ensino médio; 40% eram pardas; 90% possuíam companheiro com coabitação; 52% tinham trabalho remunerado e 62% tiveram o companheiro como acompanhante no parto. O trauma perineal ocorreu em 58,0% das participantes, destes, 44,0% foram laceração espontânea de primeiro grau e 14,0% laceração de segundo grau ou episiotomia. Quanto às variáveis numéricas, as médias observadas foram: a queixa de dor perineal ocorreu com 11,6h (dp=0,2) de pós-parto, temperatura axilar de 36,3ºC (dp=0,6), temperatura ambiental de 25,8°C (dp=1,6), temperatura inicial do períneo de 33,2°C (dp=0,8) e peso do RN de 3.305g (dp=454). As médias de intensidade da dor apresentaram diferenças significativas ao longo do tempo (teste de Friedman p<0,0005). Entre T0 e T20, houve uma redução estatisticamente significante da dor perineal (5,4 e dp=1,8 versus 1,0 e dp=1,7). Comparando a intensidade da dor perineal entre T20 e T120 constatou-se que não houve diferença significante (1,0 e dp=1,7 versus 1,6 e dp=2,4), o que corresponde à manutenção do efeito analgésico. O tempo médio foi avaliado para o retorno da dor perineal, após a crioterapia, sendo de 94,6 minutos (IC 95%: 84,8; 104,5 minutos), estimado pela curva de sobrevida. Conclusão: A aplicação de bolsa de gelo por 20 minutos no períneo de multíparas no pós-parto normal promove o alívio da dor, com redução significativa de sua intensidade e manutenção de efeito analgésico por até 120 minutos, sendo necessária reavaliação, após este período. A crioterapia foi considerada pelas puérperas como um procedimento confortável, gerador de satisfação por diminuir a dor e promover o bem-estar. / Introduction: Perineal pain is a common morbidity after vaginal delivery. The cryotherapy, application of cold for therapeutic purposes, is effective for its relief, besides being a low cost practice, easy preparation and compatibility with breastfeeding. However, one still does not know the duration of the analgesic effect of cryotherapy when applied to the perineal region. Objective: To evaluate the duration of perineal analgesia in multiparous, after applying ice pack for 20 minutes in normal postpartum. Method: This is an uncontrolled clinical trial conducted in the rooming at a maternity hospital in São Paulo. The study included 50 women aged 18 years or above, who had experienced at least one prior vaginal delivery free of clinical or obstetric complications, who did not receive epidural anti-inflammatory nor analgesic over the past 3 hours prior to study entry and who experienced perineal pain equal to or greater than 3 points, between 6 and 24 hours of postpartum. The intervention, in which the temperature of the perineum, ice pack, environment and armpit were controlled, was performed by a single application of ice packs on the perineal region for 20 minutes. Participants were assessed at three moments: 1) before cryotherapy (T0); 2) immediately after cryotherapy (T20); 3) 120 minutes after the cryotherapy (T120). For the assessment of pain, the numerical scale from zero to ten was used, zero and ten representing no pain and excruciating pain respectively. Results: The mean age was 27.1 years (sd=5.4); 52% had completed high school; 40% were brown; 90% lived with a partner; 52% had paid job and 62% had as companion during childbirth. The perineal trauma occurred in 58.0% of participants, of whom 44.0% suffered first degree spontaneous laceration and 14.0% second degree laceration or episiotomy. As for numerical variables, the averages observed were: the complain of perineal pain occurred with 11.6 hours (sd=0.2) of postpartum, axillary temperature of 36.3ºC (sd=0.6), environmental temperature of 25.8°C (sd=1.6), perineum initial temperature of 33.2°C (sd=0.8) and birth weight of 3.305g (sd=454). The means of pain intensity showed significant differences over time (Friedman test p < 0.0005). Between T0 and T20, there was a statistically significant reduction in perineal pain (5.4 and sd=1.8 versus 1.0 and sd=1.7). Comparing the intensity of perineal pain between T20 and T120, one could find that there was no statistically significant difference (1.0 and sd=1.7 versus 1.6 and sd=2.4), corresponding to the maintenance of the analgesic effect. The average time for the return of perineal pain was evaluated, after cryotherapy, as 94.6 minutes (95% CI: 84.8, 104.5 minutes), estimated by the survival curve. Conclusion: The application of ice packs for 20 minutes in the perineum of normal multiparous in the postpartum promotes pain relief with significant reduction of its intensity and maintenance of analgesic effect for up to 120 minutes, requiring reassessment after this period. Cryotherapy was considered by the women as a comfortable procedure, generating satisfaction by reduction of pain and promotion of well-being.
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A contribuição das tecnologias não-invasivas de cuidado de enfermagem para o empoderamento feminino na gravidez e no parto: adaptação do modelo de promoção da saúde de Nola Pender / The contribution of non-invasive technology of nursing care for the empowerment female during pregnancy and childbirth: adaptation of the model of health promotion of Nola PenderNatália Magalhães do Nascimento 01 March 2011 (has links)
Trata-se de um estudo do tipo estudo de caso, na abordagem qualitativa, que visa a analisar as vivências das mulheres que utilizaram as tecnologias não-invasivas de cuidado de enfermagem durante a gravidez e o parto e discutir quais e como essas tecnologias estimularam o empoderamento nelas. Para isso foram utilizadas referências que abordem conceitos de gênero, empoderamento e tecnologias. Como referencial teórico foi utilizado a de Promoção da Saúde de Nola Pender que, a partir da identificação dos fatores biopsicossociais do indivíduo, busca influenciar comportamentos saudáveis, visando ao bem-estar como proposta de promoção da saúde. O cenário do estudo foi a Casa de Parto David Capistrano Filho, localizada no município do Rio de Janeiro, e contou com a participação de dez mulheres que pariram na Casa. Para a coleta de dados, foi elaborado um diagrama semelhante ao de Pender, contendo alguns aspectos biopsicossociais das mulheres que pudessem ter influência na vivência de empoderamento delas. As entrevistas aconteceram entre os meses de março e maio de 2010. Os dados produzidos foram analisados e transformados em três categorias: características e vivências individuais da mulher; conhecimentos, sentimentos e influências, na gravidez e no parto, a partir do uso das tecnologias; e o resultado do empoderamento. A tecnologia relacional, como o acolhimento, o vínculo e a escuta sensível, influenciou de forma benéfica as mulheres desde o momento que elas iniciaram o pré-natal na Casa, já que no início da gravidez algumas tinham receio com as mudanças do corpo e com as responsabilidades da maternidade. A dor do parto também foi outra preocupação citada por desconhecerem a fisiologia do processo. Mas, através de tecnologias como a de informação, de apoio, de potencialização de expressão corporal, de favorecimento da presença do acompanhante e de respeito de escolha delas, o parto acabou sendo calmo, tranqüilo, acolhedor e prazeroso. Com isso, as tecnologias contribuíram para as vivências de fortalecimento do vínculo com o bebê, na maior autoconfiança em parir e no preparo da maternidade que despertou nelas um desejo de serem pessoas de opiniões próprias e de terem uma formação profissional para garantir um bom futuro para o filho. Percebeu-se, nesse estudo, que as tecnologias favoreceram o empoderamento delas em parir numa Casa de Parto sendo assistidas por enfermeiras obstetras. No entanto, elas ainda se mostram passivas à dominação masculina quando valorizam a capacidade feminina em conquistar o espaço público masculino, mesmo em detrimento de suas reais necessidades, mostrando a importância de mais discussão sobre a temática a fim de vislumbrar novas tecnologias que auxiliem às mulheres a transpor esse empoderamento, adquirido durante a gravidez e o parto, para o seu dia a dia. / It is a study of the type case study, in the qualitative approach, that aims to analyse the experiences of women who used the technologies non-invasive nursing care during pregnancy and childbirth and to discuss which and as these technologies have stimulated the empowerment them. For that, references wich approach concepts of gender, of empowerment and of technologies were used. As the theoretical framework was used the of promotion the health of Nola Pender that seek from the identification of the individual's biopsychosocial factors influence healthy behaviors aiming the well-being as a proposal for health promotion. The scenario of the study was the House of Childbirth David Capistrano Filho, located in the municipality of Rio de Janeiro, and attended by ten women who calved in the House. For the data collection was adapted a diagram, such as of the Pender, containing some biopsychosocial aspects of women who could have an influence in the experience of empowerment theirs. The interviews took place between the months of march and may 2010. The data produced were analyzed and processed into three categories: characteristics and experiences individual of women; knowledge, feelings and influences, in pregnancy and childbirth, from the use of technologies and the result of empowerment. The technology relational, as the reception, the bond and the sensitive listening, influenced the women of beneficial form from the moment they began the pre-christmas in the House, since at the beginning of pregnancy they had some fear with changes in body and with the responsibilities of maternity. Labor pain was also another concern mentioned by unknowledge of the physiology of the process. But, through technologies such as information, support, potentiation of body expression, of favoring of the partner's presence, and of respect the choice of them, the childbirth ended being calm, tranquil, cozy and pleasurable. With this, the technologies contributed to the experiences of strengthening of the link with the baby, in greater self-confidence in calve and in the prepare of motherhood which triggered them a desire to be people of own opinions, and to have a vocational training to ensure a good future for the child. It was perceived, in this study, that the technologies favored their empowerment in calve in the House of Childbirth, being assisted by nurses obstetricians. However, they still shows themselves passive to male domination when they valorize the female capacity in conquer the public space male, even at the detriment of their real needs, showing the importance of more discussions on the theme in order to glimpse new technologies to help women to transpose this empowerment acquired during the pregnancy and childbirth, for its day to day.
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Morbidades na gravidez associadas ao nascimento pré-termo em São Luís/MA / Comorbidities in pregnancy associated with preterm birth in São Luis / MAFarias, Rosangela Almeida Rodrigues 26 June 2013 (has links)
Submitted by Rosivalda Pereira (mrs.pereira@ufma.br) on 2017-05-19T20:54:59Z
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Previous issue date: 2013-06-26 / The morbidities in pregnant women during pregnancy and childbirth cause serious damage to the integrity of the health of those women and their conceptus, may evolve with the death of both or with serious problems such as preterm birth. It has as main objective to analyze morbidity in pregnant women as a factor associated with the occurrence of preterm births in São Luís, MA. This is an analytical cross-sectional study from the database of a research that investigates the causes of preterm birth and consequences of perinatal factors in child health. The sample consisted of pregnant women who delivered their babies in public or private institutions in 2010 in São Luís, MA. We used the chi-square test to assess the association between morbidity and preterm birth. Among the 5064 pregnant women participants, most were aged between 20 and 34 years (73.66%), was mixed/mulatto/cabocla (67.53%), schooling 9-11 years of education (57.93%) , lived in a consensual union (59.17%), and lived with 1-4 people at home (68.65%). Among the morbidities, there was a high prevalence of anemia (47.06%), urinary tract infection (26.17%), hypertension (16.34%), and lower prevalence of diabetes (2.10%), rubella (0.06%), toxoplasmosis (0.77%) and syphilis (0.65%). However, only hypertension (p < 0.001) showed to be associated with the occurrence of preterm births. We found a prevalence of 13.39% of preterm births. We conclude, be much higher prevalence of preterm births and morbidity in pregnant women in Sao Luis, MA, mainly anemia, urinary tract infection and hypertension, the latter being associated with preterm birth. Needing therefore effective measures for quality of care in pregnancy and childbirth in Sao Luis, MA. / As morbidades presentes em gestantes durante o ciclo gravídico puerperal causam sérios danos à integridade da saúde destas e de seus conceptos, podendo evoluir com a morte de ambos ou ainda com sérios problemas como o nascimento prétermo. Tem-se como objetivo principal analisar as morbidades em gestantes como fator associado à ocorrência de nascimentos pré-termos em São Luís-MA. Trata-se de um estudo transversal analítico, a partir do banco de dados de uma pesquisa que investiga as causas do nascimento pré-termo e consequências dos fatores perinatais na saúde da criança. A amostra foi constituída por gestantes que tiveram partos em instituições públicas ou privadas, em 2010, em São Luís-MA. Utilizou-se o teste Quiquadrado para verificar a associação entre as morbidades e o nascimento pré-termo. Dentre as 5.064 gestantes participantes, a maioria tinha idade entre 20 e 34 anos (73,66%), era parda/mulata/cabocla (67,53%), com escolaridade de 9 a 11 anos de estudo (57,93%), vivia em união consensual (59,17%), e convivia com 1 a 4 pessoas no domicílio (68,65%). Quanto às morbidades, observou-se elevada prevalência de anemia (47,06%), infecção urinária (26,17%), hipertensão arterial (16,34%), e baixa prevalência de diabetes (2,10%), rubéola (0,06%), toxoplasmose (0,77%) e sífilis (0,65%). Entretanto, somente a hipertensão (p < 0,001) apresentou-se associada à ocorrência de nascimentos pré-termo. Encontrou-se uma prevalência de 13,39% de nascimentos pré-termos. Conclui-se, ser elevada a prevalência tanto de nascimentos pré-termos como de morbidades em gestantes de São Luís-MA, principalmente, anemia, infecção urinária e hipertensão, sendo esta última associada ao nascimento pré-termo. Necessitando, portanto, de medidas efetivas na qualidade da assistência ao ciclo gravídico puerperal em São Luís-MA.
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Prevalência e fatores associados de incontinência urinária autorreferida no pós-parto / Prevalence and associated factors of urinary incontinence self-reported in the postpartum periodLopes, Daniela Biguetti Martins 15 April 2010 (has links)
A incontinência urinária (IU) é definida como toda perda involuntária de urina, sendo um problema social e de higiene. No Brasil, é incipiente a produção bibliográfica sobre incontinência urinária no pós-parto. Trata-se de uma morbidade pouco explorada pelo profissional de saúde, o que dificulta a identificação da mulher que apresenta a intercorrência. O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência de incontinência urinária autorreferida no pós-parto e relacionar os fatores associados. Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal sobre os fatores relacionados à incontinência urinária autorreferida no pós-parto, realizado no Centro de Saúde Escola Samuel Barnsley Pessoa, localizado na região oeste do município de São Paulo. A população foi constituída por 288 mulheres com 30 dias a seis meses de pós-parto, entrevistadas no período de janeiro a agosto de 2009. Os resultados indicaram prevalência de 24,6% de perda involuntária de urina autorreferida no pós-parto. A idade das mulheres variou de 18 a 45 anos. Quanto às características sociodemográficas, apenas a cor da pele apresentou diferença estatística significante (p-valor=0,0043), com maior representatividade em mulheres brancas. Dentre as 71 entrevistadas que referiram IU no pós-parto, a maioria era primípara e se submeteu a parto normal. Não houve diferença estatística significante entre a paridade e o tipo de parto e a ocorrência de IU. O ganho de peso e a ocorrência de infecção urinária durante a gestação, o uso e o tipo de anestesia, o uso de ocitocina, o tempo de trabalho de parto, a situação do períneo e o peso do recém-nascido ao nascer não apresentaram diferença estatística significante com a ocorrência de IU no pós-parto. Quanto às características das perdas, 44 mulheres (62%) referiram incontinência aos esforços, 14 (19,7%) citaram IU de urgência e 13 (18,3%) apontaram IU mista; em 53 mulheres (74,7%) a severidade foi classificada como incontinência moderada. Verificou-se que para 20 mulheres (28,2%) a morbidade interferia nas atividades diárias; enquanto que 10 (14,1%) comunicaram a intercorrência ao profissional de saúde; e 96,2% (277 em 288) não receberam qualquer orientação sobre o preparo do períneo, fator apontado pelas entrevistadas como uma das causas desencadeantes da IU. Os achados deste estudo nos permitem concluir que a ocorrência de incontinência urinária autorreferida no pós-parto associa-se à cor da pele; com predominância de incontinência urinária em primíparas em comparação às não-primíparas. Identificar os fatores associados à incontinência urinária em mulheres no pós-parto e sua prevalência contribui no planejamento de atenção de enfermagem obstétrica à mulher que vivencia o período reprodutivo. / Urinary incontinence (UI) is defined as any involuntary loss of urine, being a social and hygiene problem. In Brazil, the literature about the urinary incontinence after childbirth is incipient. UI is a morbid little explored by health professionals, making it difficult to identify the woman who has a complication. The aim of this study was to assess the prevalence of urinary incontinence self-reported in the postpartum period and to relate the associated factors. This is an epidemiologic and cross-sectional study about the factors related to urinary incontinence self-reported in the postpartum period, held at the Health Center School Samuel Barnsley Pessoa located in the western region of São Paulo. The population consisted of 288 women with 30 days to six months in the postpartum period. They were interviewed from January to August 2009. The results showed that 24,6% was the prevalence of involuntary loss of urine self-reported in the postpartum period. The women ranged from 18 to 45 years old. The sociodemographic characteristics showed that only the color of the skin was statistically significant (p-value = 0.0043); women with white skin had greater representation. Among the 71 women who reported UI in the postpartum period, the primiparous were majority and underwent vaginal delivery. There was no statistically significant difference between parity and kind of the delivery and the occurrence of UI. The weight gain and urinary tract infection during pregnancy, the use and the type of anesthesia, the use of oxytocin, the duration of the labor, the episiotomy or the integrity of the perineum and the weight of the newborn at birth showed no statistically significant difference in the occurrence of UI in the postpartum period. Regarding the characteristics of losses, 44 women (62%) had incontinence when exercising, 14 (19.7%) reported urgency UI and 13 (18.3%) had mixed incontinence; to 53 (74.7%) women, the severity of the incontinence was classified as moderate. It was found that to 20 women (28.2%) the morbidity interfered on their daily activities, while 10 (14.1%) reported the complications to the health professional; and 96.2% (277 of 288) of women did not receive any guidance on the preparation of the perineum, reason given by them as one of the contributory causes of UI. Our findings allow us to conclude that the occurrence of urinary incontinence self-reported in the postpartum period is associated with skin color and that there is a prevalence of urinary incontinence in primiparous compared to multiparous. Identify factors associated with urinary incontinence in women after childbirth and its prevalence contribute to the planning of obstetric nursing care to women on the reproductive period.
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A influência do habitus da enfermeira nas representações das mulheres acerca do parto: o surgimento de uma nova demanda social para o campo obstétrico / The influence of nurses habitus in the womens representation about childbirth: the appearance of a new social demand for the obstetric areaJuliana Amaral Prata 11 January 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente estudo tem como objeto as representações mentais de mulheres produzidas pelas enfermeiras obstétricas na assistência ao parto. Os objetivos foram: Discutir as representações mentais das mulheres assistidas pelas enfermeiras sobre o parto e a prática obstétrica; Discutir o habitus da enfermeira obstétrica percebido pela mulher e Analisar as relações de poder simbólico entre os agentes envolvidos no processo de parturição. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utilizou a história oral temática e o teste de associação de palavras como técnicas de coleta de dados. Para a análise do material, utilizamos o método da análise de conteúdo de Bardin. A fim de dar sustentação teórica ao estudo, adotamos os conceitos de: campo, capitais, habitus, poder simbólico, trocas linguísticas, identidade e representações mentais, desenvolvidos por Pierre Bourdieu. Os resultados encontrados foram agrupados em duas categorias: As representações mentais das mulheres sobre o parto e a prática obstétrica: as percepções construídas e desconstruídas com o processo de parturição e O habitus da enfermeira obstétrica percebido pelas mulheres durante o processo de parturição: o poder simbólico destas agentes na construção de uma nova demanda social para o campo obstétrico. A primeira categoria apresentou as representações construídas pela socialização e as transformações das representações mentais das mulheres consequente à interação com a enfermeira no campo obstétrico. Neste sentido, as percepções das mulheres sobre o parto e a prática obstétrica confirmaram a forte influência do modelo tecnocrático nos depoimentos. Além disso, a prática humanizada da enfermeira contribuiu para a construção de uma nova visão de mundo nas mulheres pesquisadas que provocou um confronto entre suas representações mentais. A segunda categoria desvelou a identidade da enfermeira obstétrica percebida pelas mulheres através dos atributos profissionais e dos sinais distintivos que resultaram na associação de estereótipos a estas agentes. Ainda revelou que a manifestação do poder simbólico da enfermeira obstétrica foi percebido de diversas formas: pelo efeito de mobilização na mulher, em associação com as tecnologias de cuidado e através do fortalecimento da mulher para o parto. Concluímos que no contato com a mulher, a enfermeira exerceu um poder simbólico por estar em melhores posições no campo obstétrico. Tal fato, para as mulheres, resultou em transformações das suas representações mentais em relação ao processo de parturição, o que contribuiu para a construção de uma nova demanda para o campo obstétrico. Por outro lado, a enfermeira obstétrica, ao ser reconhecida pelas usuárias estudadas, fortaleceu a posição de sua prática no campo. / The object of this study is the womens mental representations produced by obstetric nurses in labor care. Aims: To discuss the mental representations of women assisted by nurses on labor and the obstetric practice; to discuss the habitus of the obstetric nurse perceived by the women, and to analyze the symbolic power relationships among the agents involved in the labor process. It is a qualitative study that used the thematic oral history and the word association test as data collection technique. As for the material analysis, we used Bardin's content analysis methodology; In order to provide theoretical support to the study, we adopted the following concepts: field, capitals, habitus, symbolic power, linguistic exchange, identity and mental representations developed by Pierre Bourdieu. The results found were grouped into two categories: The womens mental representations on labor and the obstetric practice: the constructed and deconstructed perceptions with the labor process and The obstetric nurses habitus perceived by women during the labor process: the symbolic power of these agents in building a new social demand for the obstetric area. The first category presented the representations constructed from the socialization and the transformations of the womens mental representations as a result of the interaction with the nurse in the obstetric area. In this sense, the womens perceptions on labor and the obstetric practice confirmed the strong influence of the technocratic model on the testimonies. In addition, the nurses humanized practice contributed to the construction of a new vision of the world among the women studied, which resulted in a crash in their mental representations. The second category unveiled the identity of the obstetric nurse as perceived by women through their professional attributes and the distinctive features that resulted in the association of stereotypes to these agents. It also revealed that the manifestation of symbolic power of the obstetric nurse was perceived under several forms: by the mobilization effect on women, by the association of the care technologies, and by the strengthening of women for labor. We concluded that the nurse, in the contact with women, has exercised a symbolic power by occupying a privileged position in the obstetric area. Such fact resulted, for the women, in transformations of their mental representations in relation to the labor process, which contributed to the construction of a new demand in the obstetric area. On the other hand, the recognition of the obstetric nurse by the users strengthened the position of her field practice.
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Crioterapia: tecnologia não-invasiva de cuidado da enfermeira obstétrica para alívio da dor em parturientes / Cryotherapy: non-invasive technology of midwife care for pain relief in parturientsSonia Nunes 16 February 2012 (has links)
Pesquisa piloto de intervenção com dados prospectivos, grupo único de intervenção, cujo desfecho é a medida da dor de mulheres em trabalho de parto. Apresenta como objetivo discutir os efeitos da crioterapia no alívio da dor das parturientes. Como referencial teórico este trabalho apresentou o descrito por Soares e Low, onde se encontra que os mecanismos de ação do gelo para alívio da dor propiciam o decréscimo da transmissão das fibras de dor, a diminuição da excitabilidade nas terminações livres, a redução no metabolismo tecidual aumentando o limiar das fibras de dor e a liberação de endorfinas. Baseou-se ainda nos princípios da desmedicalização e do emprego de tecnologias não-invasivas de cuidado de enfermagem obstétrica conforme descritos por Vargens e Progianti. A pesquisa foi realizada no Centro Obstétrico do Hospital Municipal Maternidade Carmela Dutra, no Rio de Janeiro de abril a agosto de 2011. O gelo foi aplicado, utilizando-se para tal uma bolsa-cinta ajustável à região tóraco-lombar de 36 gestantes. A bolsa/cinta é descartável, de tecido TNT, com abertura na parte superior para introdução de gelo picado envolto em plástico. As aplicações se deram aos cinco centímetros de dilatação do colo uterino; e/ou aos sete centímetros de dilatação do colo uterino; e/ou aos nove centímetros de dilatação uterina, totalizando ao final das três aplicações um tempo de 60 minutos, que corresponde ao somatório de 20 minutos para cada uma. O gelo foi produzido em fôrma exclusiva para o projeto, em freezer da unidade. Os dados referentes à avaliação da dor foram coletados através de entrevista estruturada guiada por formulário previamente elaborado. Os resultados evidenciaram que a crioterapia produziu extinção ou alívio da dor quando aplicada na região tóraco-lombar das parturientes aos cinco, sete ou nove centímetros de dilatação do colo uterino, dando-lhes maiores condições de vivenciar o seu trabalho de parto; produziu um relaxamento geral e local (na região lombar) das parturientes; não interferiu na dinâmica uterina e, não causou dano ao binômio mãe-filho. Concluiu-se que a crioterapia, na forma como descrita no presente estudo, pode ser considerada uma tecnologia não-invasiva de cuidado de enfermagem obstétrica para alivio da dor no trabalho de parto. / This pilot intervention study, with prospective data and a single intervention group, the outcome of which was the pain measured in women in labour, was designed to discuss the pain relief effects of cryotherapy in childbirth. The theoretical framework for this study was as described by Soares & Low, in which the mechanisms of the pain-relief action of ice foster decreased pain fibre transmission, reduced free nerve ending excitability, reduced tissue metabolism, increased pain fibre threshold and release of endorphins. It also drew on the principles of de-medicalisation and non-invasive obstetric nursing techniques as described by Vargens & Progianti. The study was conducted at the Obstetrics Centre of the Carmela Dutra Municipal Maternity Hospital, in Rio de Janeiro, from April to August 2011. Ice was applied using an adjustable belt-bag to the lumbar/thoracic region of 36 expectant mothers. The disposable TNT fabric belt-bag has an opening at the top for introducing plastic-wrapped ground ice. Applications were given at five centimetres cervical dilation; and/or at seven centimetres cervical dilation; and/or at nine centimetres cervical dilation: to a total of three applications over a 60-minute timespan, corresponding to the sum of 20 minutes each. The ice was produced exclusively for the project in the units freezer. Pain assessment data were collected by structured interview guided by a previously prepared script. The results provided evidence that cryotherapy produced extinction or relief of pain when applied to the lumbar-thoracic region of women in labour at five, seven or nine centimetres cervical dilation, affording them better conditions in which to experience their labour; it produced relaxation (both overall and locally, in the lumbar-thoracic region) in the women in labour; and it neither interfered in the dynamics of the uterus nor caused harm to the mother and child. It was concluded that cryotherapy, as described in this study, can be considered a non-invasive obstetric nursing technology for pain relief in labour.
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