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Ontologia, técnica e alienação: para uma crítica ao direito / Ontology, technic and alienation: critic of lawSartori, Vitor Bartoletti 09 September 2013 (has links)
O presente escrito é composto de duas partes. Na primeira delas, o debate sobre a ontologia é abordado com cuidado, buscando-se explicitar o embate entre as concepções de mundo de Heidegger e Lukács. Tendo como fio vermelho a questão da alienação, procura-se mostrar que as distintas ontologias desses autores têm consigo diferentes posições sobre a modernidade, a história, o trabalho, a técnica e sobre aquilo que marca a filosofia no século XX. Na segunda parte do escrito, partindo-se daquilo tratado no primeiro momento do texto, debate-se a relação existente entre o Direito, a alienação e as determinações inerentes à moderna sociedade civil-burguesa. Com isso, pretende-se delinear a importância de uma crítica ontológica ao Direito, ressaltando que na perspectiva de uma ontologia do ser social - não basta um Direito crítico; faz-se necessária uma crítica rigorosa à própria esfera jurídica. / This writing has two parts. On the first, we deal with the matter of ontology, trying to expose the controversial debate between Heidegger´s and Lukács´ world´s conception. Taking on account the problem of alienation, we intend to prove that the ontologies developed by each of these twentieth century philosophers has a substantial relation with their position towards modernity, history, work, technic and on the philosophy of their time. On the second part, having seen accurately both conceptions of ontology, we try to expose the relation between Law, alienation and modern civil-bourgeois society´s determinations. So, we emphasize de importance of an ontological critic of Law, and not just the search for a critical study of Legal ideology.
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Representação e realidade na Crítica da Razão Pura de Kant e no Tractatus de Wittgenstein: um estudo comparativo / Representation and Reality in Kants Critique of Pure Reason and in Wittgensteins Tractatus: a comparative studyYokoyama, Fernando Sposito 17 October 2018 (has links)
Os projetos filosóficos desenvolvidos por Wittgenstein, em seu Tractatus Logico- Philosophicus, e por Kant, em sua Crítica da Razão Pura, possuem uma estrutura e objetivos semelhantes. Ambos consistem em um ataque a determinadas pretensões da filosofia com base em uma investigação dos nossos meios de representação da realidade. Tais paralelos foram notados por alguns autores, que, por conseguinte, realizam uma aproximação entre as duas obras. A presente tese pretende aprofundar a discussão acerca da proximidade entre elas com base em um ponto que, segundo é do nosso conhecimento, ainda não foi suficientemente explorado. Partindo da ideia de que os dois projetos estão apoiados em suas respectivas teorias da representação e de que estas consistem em uma explicação da relação entre representação e realidade representada, realizaremos uma comparação acerca do modo como os dois filósofos concebem a natureza dessa relação. Mais especificamente, investigaremos se o Tractatus pode ser aproximado à Crítica também no que diz respeito à tese kantiana de que os objetos devem se conformar às condições necessárias dos meios de que dispomos para representá-los, tese esta que caracteriza a chamada Revolução Copernicana de Kant. Defenderemos que esse exame coincide com a consideração de um debate entre duas linhas interpretativas conflitantes presentes na literatura secundária do Tractatus, as quais denominaremos realista e antirrealista. Segundo a primeira, as teses tractarianas acerca das propriedades essenciais e necessárias da realidade dizem respeito a um domínio que deve ser concebido como, em algum sentido, independente da linguagem que o representa. Por outro lado, a segunda sustenta que tais propriedades essenciais e necessárias pertenceriam à realidade apenas na medida em que ela é representada pela linguagem, não sendo, portanto, independentes desta. Procuraremos mostrar que uma leitura antirrealista do Tractatus acaba por atribuir à obra uma concepção acerca da relação entre linguagem e realidade essencialmente análoga àquela que resulta dos princípios básicos da Revolução Copernicana de Kant, ao passo que, da perspectiva de uma leitura realista, o Tractatus seria completamente avesso a esses mesmos princípios básicos. A partir de um exame e de uma comparação entre as teorias kantiana e tractariana de representação, defenderemos uma leitura realista do Tractatus, e, por conseguinte, tentaremos mostrar que ele se afasta da Crítica no que diz respeito à sua Revolução Copernicana. Com isso, mais do que avaliar em que medida os projetos kantiano e tractariano podem efetivamente ser aproximados, esperamos mostrar que algumas das ideias e noções que são próprias da filosofia teórica de Kant podem ser utilizadas para iluminar certas questões levantadas no debate entre as leituras realista e antirrealista do Tractatus, sobretudo questões referentes à relação, desenvolvida no interior do sistema tractariano, entre forma lógica e ontologia. / The philosophical projects developed by Wittgenstein, in his \"Tractatus Logico-Philosophicus\", and by Kant, in his \"Critique of Pure Reason\", have similar structures and goals. Both consist in an attack on certain pretensions of philosophy based on an inquiry about the means we dispose to represent reality. Such parallels and affinities have been noticed by some authors in the secondary literature. The present thesis intends to deepen the debate on the proximity between these two works by focusing on an issue which, according to my knowledge, has not yet been sufficiently explored. Starting from the ideia that both of these projects are based on its respective theories of representation and that the latter consist in an explanation of the relation between representation and the represented reality, we will realize a comparison about how both philosophers conceive of the nature of such relation. More specifically, we will inquire whether the Tractatus is also akin to the Critique with respect to the Kantian thesis that objects must conform to the necessary conditions of our means of representing them, i.e. the thesis which characterizes the so-called Kants \"Copernican Revolution\". We will argue that such an inquiry coincides with an examination of a debate between two conflicting lines of interpretation present in the secondary literature about the Tractatus, which we will refer to as \"realist\" and \"antirealist\". According to the former, the Tractarian theses about the necessary and essential properties of reality are theses about a domain which should be conceived of as in some sense independent of the language that represents it. On the other hand, the latter entails the ideia that such necessary and essential properties belong to reality only insofar as it is represented by language, and should not, therefore, be conceived of as independent of it. We will attempt to show that an antirealist reading of the Tractatus ends up ascribing to the work a conception about the relation between language and reality which is essentially analogous to that which follows from the basic principles of the so-called \"Kant\'s Copernican Revolution\", while from the perspective of a realist reading the Tractatus would be completely alien to such basic principles. By means of an examination of and a comparison between the Kantian and the Tractarian theories of representation, we will defend a realist reading of the Tractatus and therefore attempt to show that it distances itself from the Critique when it comes to the latters \"Copernican Revolution\". By doing this, more than evaluate to what extent the Kantian and the Tractarian philosophical projects really are close to each other, we expect to show that some of the ideas and notions which are proper to Kant\'s theoretical philosophy may be used to shed light on certain questions which are raised in the debate between the realist and antirealist readings of the Tractatus, above all questions concerning the relation, developed within the Tractarian system, between logical form and ontology.
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Rosto e ?tica no pensamento de Emmanuel LevinasTahim, Demetrius Oliveira 06 March 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-03-06 / O presente trabalho tem por objetivo descrever, a partir do pensamento de Emmanuel Levinas (1906-1995), a rela??o com o rosto de outrem como ?tica. O fio condutor deste trabalho ? a leitura levinasiana da id?ia de infinito na qual ? vislumbrada a possibilidade de descrever um evento n?o pautado na abertura do ser nem como representa??o do eu transcendental. A descri??o da id?ia do infinito indica a rela??o com algo absolutamente exterior ?quele que o pensa, assim como atesta uma abissal dist?ncia entre o pensador e o pensado. Levinas utiliza-se da estrutura formal desta id?ia para descrever a rela??o com outrem, a concretude da id?ia do infinito produz-se na rela??o social que ? mantida com o rosto de outrem. O delineamento dessa rela??o apresenta o eu como acolhedor deste rosto descrito como absolutamente outro. Apenas a presen?a de outrem interpela o eu, confrontando o seu livre e arbitr?rio movimento de apropria??o e posse. Esta impugna??o da liberdade do eu por outrem ser? chamada de ?tica e afirma a anterioridade da justi?a em rela??o ? liberdade e, destarte, a ?tica como anterior ? ontologia. Os desdobramentos dessa rela??o primeira face a face ser?o discutidos no texto tendo como ponto de partida a hist?ria da filosofia dando ?nfase, principalmente, ? cr?tica a ontologia fundamental proposta por Heidegger. Pretende, com isso, mostrar que a rela??o com o rosto n?o se engloba na abertura do ser e, al?m disso, ? fonte de sentido e capaz de promover a justi?a na humanidade como acolhimento da diferen?a.
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O problema do ser na obra de E. LevinasKorelc, Martina 13 March 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-03-13 / O presente trabalho tem por objetivo a an?lise e a interpreta??o da concep??o do ser nas obras de Emmanuel Levinas. O autor concebe nas suas obras v?rios n?veis do ser, entre eles o do ser puro, o puro h? impessoal e an?nimo. Destaca-se a rela??o entre o ser e o mal, que explica a cr?tica da ontologia, a necessidade de pensar a evas?o do ser, a procura da supera??o do mal no ser. O que est? pressuposto ? a id?ia plat?nica do Bem al?m do ser: o Bem ? anterior ao ser, anterior segundo uma temporalidade que n?o ? a da consci?ncia e do discurso, e transcende o ser; o Bem ? o outro nome do Infinito, define tamb?m o conceito do outramente que ser. Isto significa, segundo Levinas, que a distin??o entre o bem e o mal est? pressuposta em todo o pensamento ontol?gico, a diferen?a ?tica ? anterior ? diferen?a ontol?gica. Ela se efetua no ser a partir da subjetividade, pois esta n?o se pode compreender unicamente na sua rela??o com o ser. O ser ? a posi??o, a afirma??o de si, o movimento de persist?ncia no pr?prio ser que, no ente humano, imp?e interesse por si e indiferen?a diante dos outros. Contudo, na subjetividade j? se inscreve, por causa da anterioridade do Bem, a necessidade da evas?o, o movimento em dire??o ao Infinito, movimento que transtorna o ser e que se realiza como obriga??o ? responsabilidade pelos outros, anterior ? livre decis?o. Na subjetividade que acolhe o Outro, o ser pode transcender-se em bondade, verdade, multiplicidade pac?fica, justi?a.
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A dupla estrutura do conhecimento : rela??o entre teoria e compreender pr?vio do ser-no-mundo em Martin HeideggerSeibt, Cezar Lu?s 20 August 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-08-20 / O problema da presente tese ? o conhecimento. Contrap?e ? metaf?sica do conhecimento ou ?s Teorias do Conhecimento a alternativa da fenomenologia hermen?utica de Martin Heidegger. Iniciamos por apresentar alguns elementos fundamentais elaborados pela tradi??o na busca de solucionar o problema atrav?s das diversas teorias explicativas do conhecimento. Mostramos que a tradi??o metaf?sica parte da separa??o entre sujeito e objeto, pressupondo esses dois entes contrapostos que entram na rela??o cognoscitiva, enquanto o pensamento de Heidegger busca descrever fenomenologicamente o horizonte pr?vio, o solo f?tico, dentro do qual se desenvolvem as separa??es e poss?veis teorias. Apresentamos, por isso, a dupla estrutura do conhecimento, sendo que o elemento prim?rio e origin?rio ? o compreensivo ser-no-mundo do Dasein e todos os demais comportamentos s?o dele derivados. O problema mente e mundo, experi?ncia interna e experi?ncia externa, recorrentes e centrais no pensamento moderno s?o, a partir das contribui??es de Heidegger, postos sob nova luz. Se a separa??o mente e mundo conduz ? necessidade de elabora??o de teorias para garantir a correspond?ncia ou verdade entre o objeto e o que se diz dele, o conhecer visto a partir da fenomenologia (uma fenomenologia do conhecimento) retorna para a condi??o f?tica onde j? sempre se est? na abertura compreensiva do ser. Neste n?vel n?o ? preciso justificar ou provar a veracidade, pois a verdade ? o modo de ser do ente que conhece. N?o ?, no entanto, uma supera??o ou elimina??o dos projetos da metaf?sica, que mant?m sua validade, mas um exerc?cio de retorno para o lugar onde se constituem como tais e ?, por isso, um reencontro consigo mesmo e retorno para o ser-no-mundo, para aqu?m da objetifica??o. Conhecer ? um modo de ser do Dasein, marcado pela finitude, pela conting?ncia, pela temporalidade. N?o h?, neste caso, fundamento externo ? pr?pria rela??o, pois a transcend?ncia ? finita, emerge na diferen?a ontol?gica e se movimenta no c?rculo hermen?utico, num jogo de desvelamento e velamento. A partir desse ?mbito podem-se pensar os limites e as possibilidades do conhecimento.
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Antropologia e sem?ntica formal : fenomenologia e linguagemTrapp, Rog?rio Vaz 30 August 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-08-30 / O objetivo do texto consiste em demonstrar que a Sem?ntica formal, enquanto campo de articula??o entre L?gica e Ontologia, exige sua fundamenta??o em uma Antropologia. Para isto ser? necess?rio demonstrar que a distin??o entre fundamento relativo e absoluto conduz a Sem?ntica formal ao modo de fundamenta??o da fenomenologia de Heidegger. Isto significa que, ao inv?s de apenas fornecer controle anal?tico ao m?todo fenomenol?gico de Heidegger, a Sem?ntica formal tamb?m inverte a rela??o de implica??o entre ambos os m?todos, de tal modo que o pr?prio m?todo anal?tico ? que acaba suplementado pelo m?todo fenomenol?gico. Portanto, o que Tugendhat n?o teria percebido ? que a diferencia??o entre fundamento relativo e absoluto, entre fundamento sem?ntico-ontol?gico e fundamento fenomenol?gico, introduz no cerne de sua filosofia a distin??o heideggeriana entre fundamento ?ntico e ontol?gico, isto ?, a diferen?a ontol?gica. Assim, para demonstrar nossa tese, deveremos tomar a circularidade entre o fundamento nos estados-de-?nimo e o fundamento nas regras sem?ntico-formais para senten?as assert?ricos como campo de articula??o entre L?gica e Ontologia com a Antropologia. Para isto, precisaremos tomar o conjunto de regras elaboradas por Tugendhat para a verifica??o de enunciados assert?ricos e demonstrar que, tal como a rela??o est?vel entre um sujeito e um objeto no espa?o ou no tempo permite a constru??o de um sistema de refer?ncias a partir do qual a objetualidade pode ser estabelecida, assim tamb?m uma rela??o comportamental est?vel entre o sujeito e um sistema de regras objetivas permite o surgimento do sistema de refer?ncias pr?ticocomportamental a consci?ncia.
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Deleuze, ?tica e iman?nciaBorges, Charles Irapuan Ferreira 01 March 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-03-01 / This work aims to present the core of the conceptual framework of Gilles Deleuze s imanent ethics. Imanent ethics is referred here as a moral theory derived from the post-critical ontology which claims the absense of any transcendent principle to the process of formation of rules or moral norms. Instead, the imanent ethics theory sees in the genetic origin of reason itself the foundations of the practical rationality and action. / O presente trabalho tem por objetivo apresentar os principais elementos conceituais constitutivos da ?tica imanente de Gilles Deleuze. Por ?tica imanente entende-se uma teoria moral derivada da ontologia p?s-cr?tica que postula a n?o ader?ncia a qualquer princ?pio transcendente para a forma??o de regras ou normas morais. Pelo contr?rio, a ?tica imanente busca na origem gen?tica da pr?pria raz?o os fundamentos da racionalidade pr?tica e da a??o.
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A utopia em Ernst Bloch: antinomia t?cnica como tens?o na esperan?a: ( Docta spes )Fossatti, Nelson Costa 27 March 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-03-27 / Bloch s ontology suggests different levels in the category of possibility, and, among them, the subjective possibility, which presupposes the human beings capacity to accomplish their daydreams and build their utopias that is a fact that triggers an instrumental rationality, determining the domain that men has towards nature. Another level of the possibility identifies, in the natura naturans movement, nature that produces nature , the domain that matter has towards man and the consequent degeneration of the matter in this relationship. Thus, our main objective is to present a blochiana solution to the conflict. According to Bloch, the possible dialectic is carried out through the organic interaction between the human being s tendencies as well as latencies of matter. The current study reflects this possibility and verifies that the process of the instrumentation of the world reveals the possible dialectic , which can be the solution of the of the impacts, that are trigged by the matter dynamic and the man s activity, that generates a relevant tension in docta spes, that is, clarified hope. So, we tried to demonstrate that the consequences of this conflict are appropriate for two movements: the first is generated by the human being s instrumentation, announced by Frankfurt School and was not understood by man in the XXI century; and the second has, as a consequence, the natural evolution of the science, that develops technologies which can build a new face to the world. Therefore, this research suggests that is necessary to rethink about the solution of organicity, man-matter, announced by Bloch, who introduced the ethic aspect in this relationship. / A ontologia de Bloch prop?e v?rios n?veis na categoria da possibilidade, entre elas, uma possibilidade subjetiva, que pressup?e a capacidade de o ser humano em realizar sonhos diurnos e construir suas utopias, fato gerador de uma racionalidade instrumental, determinando o dom?nio do homem na natureza. Outro n?vel de possibilidade identifica, no movimento da natura naturans, natureza que produz natureza, certa imposi??o ao ser humano, determinando o dom?nio da mat?ria sobre o homem e consequente degenera??o da mat?ria nesta rela??o. Esta disserta??o, portanto, objetiva apresentar a solu??o blochiana para este confronto. De acordo com Bloch, a dial?tica do poss?vel se realiza atrav?s da conviv?ncia org?nica entre as tend?ncias do ser humano e as lat?ncias da mat?ria. O estudo reflete esta possibilidade e verifica que o processo de instrumentaliza??o do mundo revela a dial?tica do poss?vel que pode ser solu??o incompreendida diante dos impactos decorrentes da din?mica da mat?ria e da atividade humana, causando, por conseguinte, significativa tens?o na docta spes, esperan?a esclarecida. Procura-se, ent?o, demonstrar que os reflexos desse confronto s?o apropriados por dois movimentos: o primeiro decorre da instrumentaliza??o do homem, j? denunciado pela Escola de Frankfurt e n?o compreendido pelo homem no s?culo XXI; o segundo tem como causa a evolu??o natural da ci?ncia, colocando em curso tecnologias capazes de edificar uma nova singularidade no mundo. Neste sentido, o estudo sugere repensar a solu??o de organicidade, homem-mat?ria, anunciada por Bloch, introduzindo como pressuposto o elemento ?tico nesta rela??o.
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O argumento epistemol?gico de AnselmoRibeiro, Eduardo Silva 13 January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-01-13 / O chamado argumento ontol?gico proposto por Anselmo no seu Proslogion ? examinado ? luz de uma nova caracteriza??o, apresentada por Ruth Marcus. Demonstra-se que, interpretado desse modo, o argumento possui uma natureza irredutivelmente epist?mica, e ent?o parte-se para a investiga??o da sua estrutura. Argumenta-se que ele pode ser interpretado com um ad hominem v?lido, dirigido ao Insensato, a quem Anselmo acusa de ser incapaz de ver as conseq??ncias da sua aquiesc?ncia ? afirma??o de que existe, em seu entendimento, um objeto que satisfaz a descri??o indefinida aliquid quo nihil maius cogitari possit, cometendo assim um certo tipo de contradi??o pragm?tica.
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Er?tica e ontologia : um ensaio sobre a quest?o da ontoteologia no pensamento de Or?genes de AlexandriaMarques, L?cio ?lvaro 27 November 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-11-27 / Two questions have supported our research: why is there something rather than nothing? (G. Leibniz) and the love of God, to be understood, presupposes the human love? (J. Y. Lacoste). They punctuate fundamental elements to the divine understanding. Being and love, since the Greek, Semitic and Johannine heritage, raise a question about the convergence or divergence between the concepts. Aware of the platonic (which puts the good beyond being ) and Aristotle‟s (which states God as beyond the intellect ) understandings, and also aware of Lacoste and Ricoeur readings about the sense and reach of being and love in the Western tradition, we ask: is it possible to understand and is it necessary to establish a relation between being and love to the understanding of God? That‟s the question we face by criticizing the ontotheology: the diversion operated by the early Christian thought about the sense of being and it forgetfulness, according to Heidegger, the L?vinas‟ refusal of the neutrality of the ontological thought, the search of a speech that thinks God without the contamination of being, the attempt of destruction of the idolatry of being and the understanding of a God that loves without Being by Marion. We don‟t judge enough the proposals of the criticism to the being of the ontotheology (Heidegger), the refusal of being (L?vinas) and the exclusive support to love (Marion), so were turn to the early Christian thought (Origen of Alexandria) to verify if we find a formulation of the divine understanding which did not restrict itself to the object of the ontotheological criticism as well as the exclusive theological speech about love. A curious formulation of our question is found in Joseph S. O‟Leary when he names the endogenous oxymoron to the Western philosophy as the necessity of reconciliating individuality and universality, liberty and logical necessity, personal God and enough reason. To affront the question, we turn to the first system of the early Christian thought. Origen of Alexandria seemed to us to be a reliable witness of the effort to conjugate the Greek heritage of being to the semitic tradition of the Exodus Metaphysics, beyond the Christian understanding of love. However, this undertaking claimed the formulation of a divine, unique and trinity ontology, and a divine and human erotics. At last, we verify the possibility of an articulation between the erotics, by means the possibility of the Impassive (passio caritatis Impassibilis), and the ontology, unique in the essence and - trinit in the hyp?stases (m?a ous?a tr?is hypost?seis), because this way we would answer the fundamental question not only about the Metaphysics but also about the Theology: is it possible to understand God as being and love? The possibility of an answer to the question depends on the conjunction between being and love in a concrete unicity, that is, is it possible to understand the unicity and the universality of Logos identifying them to the personified Logos? / Duas perguntas fomentaram nossa pesquisa: por que h? algo e n?o o nada? (G. Leibniz) e o amor de Deus, para ser compreendido, pressup?e o amor humano? (J.-Y. Lacoste). Elas pontuam elementos fundamentais ? compreens?o divina. O ser e o amor, desde a heran?a grega, semita e joanina, despertam uma interroga??o sobre a converg?ncia ou diverg?ncia entre os conceitos. Atentos ?s compreens?es plat?nica (que situa o bem para al?m do ser ) e ? aristot?lica (que afirma Deus como para al?m do intelecto ), conscientes tamb?m das leituras de Lacoste e Ricoeur sobre o sentido e alcance do ser e do amor na tradi??o ocidental, interrogamos: necessita-se estabelecer uma rela??o entre ser e amor para compreender Deus? Eis a quest?o que enfrentamos mediante as cr?ticas ? ontoteologia: o desvio operado pelo pensamento crist?o primitivo sobre o sentido do ser e seu esquecimento segundo Heidegger, a recusa levinasiana da neutralidade do pensamento ontol?gico, a busca de um discurso que pense Deus sem a contamina??o do ser, a tentativa de destrui??o da idolatria do ser e a compreens?o de um Deus que ama sem ser por Marion. Entre a cr?tica ao ser da ontoteologia (Heidegger), a recusa do ser (L?vinas) e a exclusiva ades?o ao amor (Marion), n?o encontramos respostas suficientes, por isso voltamos ao pensamento crist?o primitivo (Or?genes de Alexandria) para averiguar se encontramos uma formula??o da compreens?o divina que n?o se reduzisse ao objeto da cr?tica ontoteol?gica tanto quanto ao exclusivo discurso teol?gico sobre o amor. Uma formula??o curiosa da nossa quest?o encontra-se em Joseph S. O‟Leary ao nomear o oximoro end?geno ? filosofia ocidental como a necessidade de reconciliar individualidade e universalidade, liberdade e necessidade l?gica, Deus pessoal e raz?o suficiente. Para afrontar a quest?o, recorremos ao primeiro sistema de pensamento crist?o primitivo. Or?genes de Alexandria pareceu-nos uma testemunha fiel do esfor?o de conjugar a heran?a grega do ser ? tradi??o semita da metaf?sica ex?dica, al?m da compreens?o crist? do amor. Por?m, tal empreendimento exigiu a elabora??o de uma ontologia divina, una e trina, e uma er?tica divina e humana. Finalmente, averiguamos a possibilidade de uma articula??o entre a er?tica, mediante a passibilidade do Impass?vel (passio caritatis Impassibilis), e a ontologia, unit?ria na ess?ncia e trinit?ria nas hyp?stases (m?a ous?a tr?is hypost?seis), porque assim responder?amos ? quest?o fundamental tanto para a metaf?sica quanto para a teologia: ? poss?vel compreender Deus como ser e amor? A possibilidade de uma resposta ? quest?o depende da conjun??o entre ser e amor em uma unicidade concreta, isto ?, ? poss?vel compreender a unicidade e a universalidade do Logos identificando-as ao Logos encarnado?.
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