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Angústia e fantasias relacionadas ao paciente cardíaco cirúrgico

Fighera, Jossiele January 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T19:09:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000380695-Texto+Completo-0.pdf: 1343557 bytes, checksum: 86048d3d6436abeb11d0e242babab707 (MD5) Previous issue date: 2006 / Two papers were elaborated to compose this Master’s dissertation. The first has as objective to find, based on Freud beddings and retaken by Lacan, a better comprehension on anguish, fantasy and body in its relation with cardiac surgical patients. Along the study, we evidenced the fantasy importance as a way to contain the anguish in patients in surgical situation. It was also standed out the body and corporal image issue, since these patients are submitted to aggressive and invasive procedures and have his/her body manipulated by a medical staff. Some currency surveys that show some relevant questions upon the subject are shown. However, we noticed that there are few studies that use the psychoanalytical reference as a way to integrate the psychoanalysis concepts with heart surgery. In the second paper we tried to register the cardiopath patients narratives upon the surgical intervention in a hospital internment situation. This understanding was based in semi-directed interviews with the patients and on patients’ groups’ observation in pre and post cardiac surgery. Some elements were standed out in this research: the pre-surgery period, the relation between religiosity and medicine, symptoms and fantasies, the hospitalization and the dependency felling, the post surgery period and the Post- Surgery Unit and the body manipulation and anesthesia. / Foram elaborados dois artigos para a composição dessa dissertação de mestrado. O primeiro tem como objetivo buscar, a partir dos fundamentos desenvolvidos por Freud e retomados por Lacan, uma maior compreensão dos conceitos de angústia, fantasia e corpo em sua relação com pacientes cardíacos cirúrgicos. Evidenciamos, ao longo deste trabalho, a importância da função das fantasias como forma de conter a angústia dos pacientes em situação cirúrgica. Destacamos também a questão do corpo e a imagem corporal, visto que esses pacientes são submetidos a procedimentos agressivos e invasivos e têm seu corpo manipulado por uma equipe médica. São apresentadas algumas pesquisas atuais que mostram algumas questões relevantes sobre o tema. Entretanto, percebemos que ainda existem poucos trabalhos que utilizam o referencial psicanalítico como uma tentativa de integrar conceitos da psicanálise com a cirurgia cardíaca. No segundo artigo procuramos registrar as narrativas de pacientes cardíacos sobre a intervenção cirúrgica em situação de internação hospitalar. Este entendimento ocorreu com base na realização de entrevistas semi-dirigidas com os pacientes e na observação dos grupos de pacientes no período pré e pós cirurgia cardíaca. Alguns elementos se destacaram nesta pesquisa: o período pré-cirúrgico, a relação entre religiosidade e medicina, sintomas e fantasias, a hospitalização e o sentimento de dependência, o período pós-cirúrgico e a Unidade Pós Operatória e a manipulação do corpo e anestesia.
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Frequência de eventos adversos gastroenterológicos em pacientes com terapia nutricional enteral no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA)

Catafesta, Jociane January 2010 (has links)
Introdução: A Nutrição Enteral (NE) é considerada uma ferramenta importante no tratamento de pacientes hospitalizados, contribuindo de maneira eficaz a reduzir a morbimortalidade dos mesmos. Sua tolerância pode estar limitada em função das complicações gastrointestinais e os possíveis fatores associados a estas complicações. Objetivo: Verificar a incidência e os possíveis fatores associados às complicações gastrointestinais e evidência clínica de aspiração pulmonar em pacientes em uso de nutrição enteral. Metodologia: estudo de coorte prospectivo e observacional; foram avaliados aleatoriamente os prontuários de 95 pacientes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre que necessitassem de NE, até a interrupção da dieta, alta hospitalar, óbito ou início de dieta via oral ou parenteral. Instrumento de coleta de dados registrou além dos dados demográficos dos pacientes, os fármacos infundidos, fórmula enteral administrada (constituição e prescrição de administração), doença(s) de base dos pacientes e presença de manifestações digestivas (náusea/vômito, diarreia, constipação, distensão abdominal e aspiração pulmonar na dependência de refluxo gastroesofágico) registrados pela equipe de saúde (médicos e enfermeiras). Três gastroenterologistas experientes, de maneira independente, avaliaram a possível associação das manifestações digestivas com os fármacos infundidos, a classificando como definida, provável, possível e duvidosa. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição, com isenção de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido por se tratar de um estudo observacional. Resultados: A média de idade foi de 65 ± 17 (24 – 95) anos, e 90 (94,7%) deles apresentaram alguns dos eventos adversos. A frequência das complicações encontradas foi constipação 70,5%, diarreia 38,9%, distensão abdominal 18,9%, náusea 17,9%, vômito 16,8% e aspiração pulmonar 1,1%. A técnica de administração da dieta foi contínua em 77,9% dos pacientes, com osmolalidade média de 385 ± 47 mOsm/l. A mediana de tempo de uso da dieta foi de 26 (15-45) dias. Pacientes com doenças neurológicas (50,5%) e doenças neoplásicas (25,3%) foram as situações clínicas em que a NE foi mais indicada. As medicações em uso pelos pacientes mostraram relação positiva de 63,2 a 86,7% com as complicações gastrintestinais analisadas. Conclusões: Complicações gastrointestinais são eventos comumente relatados em nutrição enteral. Um número significativo destas complicações gastrointestinais está vinculado aos medicamentos administrados e pelas doenças de base dos pacientes. Estes dados sugerem que a equipe de saúde avalie a possibilidade dos sinais e sintomas digestivos estarem relacionados com os fármacos infundidos e aos seus fatores de risco clínico antes que se modifique a formulação da NE, quando surgirem sintomas gastrointestinais nos pacientes em vigência de NE
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Suporte nutricional em pacientes hospitalizados : revisão sistemática com meta-análise de diferentes regimes de insulina para tratamento da hiperglicemia e fatores prognósticos em pacientes críticos de baixo peso

Viana, Marina Verçoza January 2018 (has links)
A terapia nutricional tem um importante papel no cuidado do paciente hospitalizado, reduzindo o consumo muscular e mantendo o estado nutricional do paciente. Em paciente previamente desnutridos, é possível que um suporte nutricional especializado seja ainda mais benéfico. Pacientes hospitalizados apresentam-se frequentemente com alteração glicêmica, seja por resposta ao estresse ou efeitos adversos de medicamentos e do suporte nutricional. A hiperglicemia, especialmente em pacientes sem diabetes, está associada a piores desfechos. A insulina faz parte do controle glicêmico de pacientes hospitalizados. Contudo, o melhor regime para administra-la ainda não está definido. Dessa forma, o primeiro estudo dessa tese consiste em uma revisão sistemática de pacientes hospitalizados que recebem suporte nutricional para definir qual o melhor regime de insulina para tratar hiperglicemia desses pacientes. Essa revisão incluiu um total de 17 estudos e 3260 pacientes. Contudo, não foi possível determinar qual o esquema de insulina para controle glicêmico de pacientes hospitalizados sob suporte nutricional. O segundo estudo dessa tese consiste em uma coorte que avaliou o suporte nutricional em 342 pacientes críticos desnutridos (índice massa corporal < 20 kg/cm2). O estudo não mostrou associação entre mortalidade intra-hospitalar e suporte nutricional na primeira semana de internação na unidade de terapia intensiva.
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Religiosidade, resiliência e depressão em pacientes internados

Mosqueiro, Bruno Paz January 2015 (has links)
Estudos nas últimas décadas relatam associações inversas entre religiosidade, depressão e suicídio e relações diretas com bem-estar e qualidade de vida. Um dos desafios em pesquisa é compreender quais os mecanismos mediadores dos efeitos da religiosidade em saúde mental. Poucos estudos, nesse sentido, avaliam as relações da religiosidade com resiliência, possível mediadora de desfechos clínicos em pacientes com depressão. Objetivos: O objetivo da atual dissertação é avaliar as relações entre religiosidade, resiliência e depressão em pacientes em internação psiquiátrica. O estudo apresentado aborda as relações entre religiosidade intrínseca, resiliência, risco de suicídio, características clínicas e qualidade de vida de pacientes com depressão internados. Métodos: A atual dissertação inicia com uma revisão da literatura sobre religiosidade, resiliência e depressão. O artigo publicado avalia uma corte de pacientes com depressão internados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Os participantes do estudo foram incluídos consecutivamente, com avaliações nas primeiras 72 horas da admissão e 48 horas antes da alta hospitalar. Dados sociodemográficos, clínicos, resiliência e qualidade de vida foram comparados em pacientes com religiosidade intrínseca alta (RIA) e baixa (RIB). Análise de regressão linear e o teste d de Cohen foram utilizados na avaliação da relação entre resiliência e religiosidade intrínseca. Resultados: Pacientes (n=143) com RIA e RIB não apresentaram diferenças na idade, gênero, grupo étnico, situação conjugal, nível socioeconômico e situação ocupacional. Pacientes com RIA apresentaram maior sintomatologia (HAM-D, BPRS), pior funcionalidade (GAF), maior gravidade de sintomas (CGI), menor escolaridade, maior suporte social e menos tentativas de suicídio na admissão. Na alta hospitalar pacientes com RIA relatavam maior resiliência (com grande tamanho de efeito entre os grupos) e maior qualidade de vida. Em análise de regressão, a religiosidade intrínseca foi associada a resiliência, controlando a análise para variáveis como suporte social, escolaridade, sintomas depressivos e tempo de internação. Conclusões No estudo apresentado a religiosidade intrínseca se mostrou associada a maior amplitude de melhora de sintomas depressivos, maior resiliência, menos tentativas de suicídio e maior qualidade de vida em pacientes com depressão em internação psiquiátrica. Os achados apresentados reforçam a importância do tema em pesquisa e na prática clínica em saúde mental. / Religiosity has been inversely associated to depression, suicide and directly associated to well-being and quality of life in empirical research. Nonetheless, there is no consensus in literature on the pathways that mediate the relationship of religiosity to mental health. Additionally, few studies evaluate religiosity at inpatient treatment settings. Objectives: The aim of this project is to evaluate the relationships of intrinsic religiosity, resilience and depression. Our objective is to access how intrinsic religiosity is related to resilience, suicide risk, general psychopathology measures, and quality of life in a sample of depressed inpatients. Methods: The present project includes a brief literature review on religiosity, resilience and depression in psychiatry. The presented study is a prospective naturalistic cohort of depressed inpatients in Psychiatry Unit at Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Patients who agreed to participate were consecutively included and accessed in the first 72 h at admission and 48 h before discharge. High (HIR) and low intrinsic religiosity (LIR) groups of depressed inpatients were evaluated across socio-demographic, clinical, resilience and quality of life measures. A linear regression model and d Cohen test were performed to evaluate the relationship of intrinsic religiosity and resilience. Results: In a sample of 143 depressed inpatients there was no statistically significant difference in age, gender, ethnicity, marital status, occupation and socio-economic level in high and low intrinsic religiosity groups. HIR patients presented higher symptomatology (HAM-D, BPRS), lower educational levels (years of study), higher social support (MOS) and fewer previous suicide attempts at admission. At discharge, analysis showed that HIR patients reported higher resilience (with a large effect size difference between groups) and higher quality of life. In a linear regression model, intrinsic religiosity was statistically associated with resilience, controlling for social support, education, depressive symptoms at discharge and days in psychiatric unit. Conclusion: In a sample of depressed inpatients intrinsic religiosity was associated with higher improvement in depressive symptomatology, higher resilience, quality of life at discharge and reported fewer previous suicide attempts. The present findings highlight the relevance of religiosity research in depression and the need to improve religious assessments in mental health.
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Estudo de prevalência e caracterização do consumo de psicofármacos por pacientes internados em clínicas médica e cirúrgica de um hospital geral / Prevalence and characterization of psychotropic drug use by patients hospitalized in medical and surgical clinics of a general hospital

Flavio Hiroshi Shirama 18 September 2012 (has links)
Atualmente os psicofármacos têm apresentado altas prevalências de consumo pela população. Visando fornecer subsídios para formulação de estratégias de gerenciamento de segurança no uso destes fármacos, o presente estudo teve como objetivos: identificar, entre pacientes internados em clínicas médica e cirúrgica de um hospital geral, a prevalência do uso de psicofármacos e, analisar a relação do uso destes fármacos com as variáveis demográficas, socioeconômicas e farmacoterapêuticas, com o histórico de saúde e com o resultado da aplicação do instrumento SRQ-20. Foi realizado estudo de corte transversal, com desenho correlacional descritivo e abordagem quantitativa, com 93 pacientes das clínicas em estudo. Para coleta dos dados utilizou-se a entrevista norteada por um questionário envolvendo as variáveis em estudo e pelo instrumento SRQ-20 (Self-Reporting Questionnaire), para a detecção de transtornos mentais comuns. Em seguida, foi verificado o prontuário destes pacientes, buscando a presença de prescrição de psicofármacos. Para avaliar a influência das variáveis independentes sobre o consumo de psicofármacos, foram investigadas associações estatísticas usando o teste Qui-quadrado. Para estimar a Razão de prevalência foi utilizado o modelo de regressão log-binomial simples e múltiplo. O ajuste do modelo foi feito através do procedimento PROC GENMOD do software SAS versão 9.0. Observou-se a prevalência de 38,71% de usuários de psicofármacos, evidenciando a associação do uso de psicofármacos com as variáveis sexo, custeio da internação, religião e resultado positivo no SRQ-20. Os benzodiazepínicos foram os psicofármacos mais consumidos pela amostra (64%), seguidos pelos antidepressivos (32%). As indicações dos benzodiazepínicos relatadas pelos pacientes foram: \"para dormir\" (54%), para \"depressão\" (14%), e para \"ansiedade\" (7%). A principal indicação dos antidepressivos foi a \"depressão\" (50%). Identificou-se que 25% e 22% dos pacientes estavam consumindo, respectivamente, benzodiazepínicos e antidepressivos, sem ter o conhecimento deste fato. Verificou-se que 70% das prescrições de psicofármacos foram realizadas por médicos não-psiquiatras, sendo os benzodiazepínicos a classe mais prescrita pelos não-psiquiatras e os antidepressivos os mais prescritos pelos psiquiatras. Dentre os pacientes em uso de psicofármacos, 59% realizavam apenas tratamento farmacológico, 27,8% possuíam diagnóstico de transtorno mental, 36,1% obtiveram resultado positivo e 36,1% obtiveram resultado negativo no SRQ-20. Foi identificada a automedicação em 5% dos pacientes. Espera-se que a presente pesquisa contribua para despertar a preocupação necessária relacionada ao tema, para a melhoria das informações que devem ser consideradas pelos profissionais de saúde quanto ao tratamento com psicofármacos bem como para implementação de estratégias direcionadas ao uso racional destes medicamentos. / Currently, psychotropic drugs have shown high prevalence rates of consumption by the population. Aiming to provide subsidies for formulation of strategies of security management in the use of these drugs, this study aimed to identify, among patients hospitalized in medical and surgical clinics of a general hospital, the prevalence of psychotropic use and analyze the relationship between the use of these drugs and the demographic, socioeconomic and pharmacotherapeutics variables, with the health history and the result of applying the SRQ-20. A cross sectional study with descriptive correlational design and quantitative approach was performed with 93 patients in the clinics. For data collection, an interview guided by a questionnaire involving the study variables and by the SRQ-20 (Self-Reporting Questionnaire) was used for the detection of common mental disorders. Then, the records of these patients were checked, looking for the presence of psychotropic prescription. To evaluate the influence of independent variables on the consumption of psychotropic drugs, statistical associations were investigated using Chi-square test. To estimate the prevalence ratio was used the simple and multiple log-binomial regression models. The model fit was achieved using the PROC GENMOD procedure of SAS software version 9.0. It was observed the prevalence of 38.71% of psychotropic drug users, showing the association between the use of psychiatric drugs and sex, cost of hospitalization, religion and positive result on the SRQ-20. Benzodiazepines were the most consumed psychotropic drugs by the individuals of the sample (64%), followed by antidepressants (32%). The indications of benzodiazepines reported by patients were: \"to sleep\" (54%), for \"depression\" (14%), and \"anxiety\" (7%). The main indication of antidepressants was \"depression\" (50%). It was found that 25% and 22% of the patients were taking, respectively, benzodiazepines and antidepressants, without having knowledge of this fact. It was found that 70% of prescriptions of psychotropic drugs were performed by physicians non-psychiatrists, and the most prescribed by non-psychiatrists were benzodiazepines and the most prescribed by psychiatrists were antidepressants. Among the patients using psychotropic drugs, 59% performed only pharmacological treatment, 27.8% had a diagnosis of mental disorder, 36.1% had positive outcome, and 36.1% had negative outcome in the SRQ- 20. Self-medication was identified in 5% of patients. It is expected that this research contributes to arouse the concern related to this theme required for the improvement of information that should be considered by health professionals regarding treatment with psychotropic drugs and to implement strategies aimed at the rational use of medicines.
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Estudo transcultural de avaliação da sintomatologia depressiva em pacientes hospitalizados

Fleck, Marcelo Pio de Almeida January 1997 (has links)
Introdução- Os estudos transculturais permanecem uma estratégia importante para examinar a validade dos sintomas e dos diagnósticos em Psiquiatria. No Brasil, não há trabalhos que comparem de forma não-impressionistica a sintomatologia depressiva observada com a de outras culturas. A presente tese consiste num estudo transversal que compara a sintomatologia depressiva de pacientes deprimidos internados em dois serviços Universitários da França e em um do Brasil. Métodos- Foram avaliados de forma consecutiva 130 pacientes internados por uma síndrome depressiva, sendo 60 em serviços Universitários de Paris (França) e 70 em Porto Alegre (Brasil), respeitando critérios de inclusão e exclusão bem definidos. Todos os pacientes foram examinados através de uma entrevista semi-estruturada que permitia que fossem obtidos dados para o preenchimento de 4 escalas de depressão: Escala de Hamilton para depressão (17 itens), Escala de Montgomery-Asberg, Escala de lentificação depressiva e uma Escala Complementar de sintomatologia depressiva adaptada para este estudo. Todos os pacientes foram avaliados por um mesmo entrevistador bilíngüe (nos dois países). O diagnóstico foi estabelecido segundo os critérios do DSM e da CID-10 através do Composite International Diagnostic Interview (CIDI). A amostra obtida foi semelhante em relação ao sexo, situação conjugal, intensidade da síndrome depressiva, diferindo em relação a idade, nível de escolaridade e renda mensal, em que a amostra francesa teve índices superiores. A análise estatística incluiu Análise de Componentes Principais, utilizando o método de Kaiser, e de simulação para escolha do número de fatores, comparação da media dos escores nos itens das escalas e análise discriminante. Resultados- (1) A Análise de Componentes Principais da escala de Hamilton 17 itens identificou um núcleo de sintomas depressivos comum as amostras brasileira e francesa, composto por humor depressivo, sentimentos de culpa, sentimento de incapacidade/desinteresse e retardo psicomotor. A presença de ansiedade psíquica na amostra brasileira e sintomas somáticos gerais na amostra francesa complementaram o bloco sindrômico principal, reproduzindo os mesmos achados de BECH (1981) utilizando o modelo de Rasch. (2) A distribuição dos diagnósticos de transtornos de humor foi semelhante nas duas amostras, bem como os diagnósticos de comorbidade, exceto os transtornos de ansiedade segundo o DSM IIIR que foram mais prevalentes no Brasil e a dependência a hipnóticos e sedativos segundo o DSM III-R e a CID 10 que foram mais prevalentes na França. (3) A ansiedade psíquica teve um comportamento diferente nas duas amostras. No Brasil, ela se correlacionou mais fortemente com os itens nucleares da depressão. Na França ela se correlaciona mais fortemente com os itens somáticos de ansiedade. (4) A sintomatologia psicótica estava presente num número maior de pacientes brasileiros que na amostra francesa, e sua intensidade é maior que na população francesa. (5) A lentificação depressiva comportou-se de forma unidimensional na amostra francesa, enquanto que na mostra brasileira uma dimensão de lentificação objetiva (identificada pelo entrevistador) se opôs à lentificação subjetiva (identificada pelo paciente). (6) A amostra brasileira apresentou um maior número de fatores na escala complementar, e um maior numero de itens desta escala obtiveram escores diferentes de zero. (7) Observou-se que a relação entre mulheres e homens nas duas amostras foi em torno de 3 mulheres para 1 homem na amostra total. Quando separados os pacientes com depressão pura dos pacientes com depressão mais algum diagnóstico de comorbidade, esta relação modificou-se. Os pacientes com depressão pura tenderam a uma relação de 1:1, enquanto os que tiveram diagnóstico de depressão mais comorbidade tiveram uma forte preponderância de mulheres, com exceção do comportamento da CID-10 na Franca. (8) A Análise discriminante evidenciou que a escolaridade e a idade foram as variáveis demográficas que mais diferenciaram as duas amostras. 0 "fator psicose" foi a variável psicopatológica mais discriminante. (9) Os indivíduos que possuíam uma prática religiosa regular no Brasil não apresentaram uma pontuação diferente em relação aos que não possuíam. Na França, este resultado não pôde ser avaliado pela impossibilidade ética de se questionar sobre a prática religiosa. (10) A presença de comorbidade tende a aumentar o escore total na escala de Hamilton. No entanto, este aumento deve-se aos escores de itens que compõe os fatores 2 e 3. O fator 1, representado pelos sintomas nucleares da depressão, não se modifica pela presença ou ausência de comorbidade. Conclusão- (1) Foi identificado um núcleo de sintomatologia depressiva bastante semelhante entre a amostra de pacientes hospitalizados no Brasil e na França, composto por humor depressivo, culpabilidade, diminuição de trabalho e atividades e retardo psicomotor. (2) A diferença do comportamento da ansiedade psíquica entre as duas amostras permite afirmar que a amostra brasileira diferencia entre o que a "psíquico" e o que a "somático". Já na amostra francesa, o que a "depressão" e o que a "ansiedade" a agrupado separadamente. (3) A sintomatologia psicótica a mais freqüente e mais intensa na amostra brasileira e constitui o principal fator sintomatológico com poder discriminante entre as duas amostras. (4) Os achados não são explicados por diferenças de nível educacional e de idade apresentadas entre as duas populações, sendo, portanto, influenciados por aspectos mais gerais e abrangentes da estrutura cultural de cada amostra. (5) A presença de comorbidade em ambas as amostras relaciona-se com maior intensidade nas depressões as custas dos fatores secundários, mantendo inalterada a intensidade dos sintomas nucleares da depressão. (6) A presença de comorbidade esta relacionada com uma relação aumentada de mulheres para homens. Os casos de depressão pura apresentam relação mais próxima de 1:1 e dependente do sistema diagnóstico utilizado. (7) Os indivíduos que tinham uma prática religiosa regular (independente do credo) no Brasil não tiveram escores diferentes nos itens das diferentes escalas de depressão. / Background- Transcultural studies remain an important strategy to study symptoms and diagnostic validity in Psychiatry. There is a lack of studies comparing in a non-impressionistic way the depressive symptomatology in Brazil with other cultures. The present study uses a transversal controlled design to compare inpatients depressive symptomatology in two University Services in Brazil and France. Methods- One hundred and thirty inpatients with a depressive syndrome were evaluated in a consecutive way, 60 patients in Paris (France) and 70 patients in Porto Alegre (Brazil), according to well defined inclusion and exclusion criteria. All patients were evaluated using a semistructured interview that brought up necessary data to fill 4 depression rating scales: Hamilton Depression rating scale - 17 items, Montgomery-Asberg Depression rating scale, Depressive retardation scale and a Complementar depressive rating scale adapted for this study. All patients were evaluated by the same bilingual investigator in the two countries. The psychiatric diagnose were established according to DSM HI-R and ICD-10 with the Composite International Diagnostic Interview (CIDI). The samples were similar according to sex, marital status, intensity of depressive syndrome. However, age, education, and income were higher in France. The statistical analysis included Principal Components Analysis using Kaiser and a simulation method; mean scores comparicons of scale items, co-variance and discriminant analysis. Results- (1) The Principal Component Analysis of the Hamilton depression scale -17 items identified a "core symptoms" factor common to the Brazilian and French samples comprising by depressive mood, feelings of guilt, feelings of incapacity/desinterest and psychomotor retardation. The presence of psychic anxiety in the brazilian sample and general somatic symptoms in the french sample completed the principal syndromic block, reproducing the results of BECH (1981) using the Rasch model. (2) The distribution of mood disorders diagnosis was similar in the two samples as the comorbidity diagnosis, except for anxiety disorders according to DSM III-R that were more prevalent in Brazil and hypnotics and sedatives dependence according to DSM III-R and ICD-10 that were more prevalent in France. (3) Psychic anxiety had a different behaviour in the two samples. In Brazil, it was more strongly correlated with the "core symptoms" of depression. In France it was correlated more strongly with somatic anxiety items. (4) The psychotic symptomatology was more frequent and intense in the Brazilian sample. (5) The depressive retardation had an unidimensional behaviour in french sample. In brazilian sample there was an objective retardation (identified by the interviewer) and a subjective retardation (identified by the patient). (6) The brazilian sample showed a greater number of factors in a Complementar Scale using in this study and a greater number of items received scores higher than O. (7) The rate between women and men in the two samples was 3 women for 1 men in the total sample. When the patients were divided in "pure depression" or depresion with any comorbidity diagnosis, this rate changed. The patients with "pure depression" had a 1 to 1 rate. On the other hand, the patients with depresion and comorbidity had a strong preponderance of women. This trend was present in the two samples with the two diagnostic systems except for ICD-10 in France. (8) Years of schooling and age were the demographic variables that discriminate Brazilian and French samples in discrimminat analysis while "psicose factor" was the psychopathological one. (9) Subjects with regular religious practice in Brazil showed the same scores as the ones with no religious practice in items of all depression scales. In France this result could not be evaluated for ethical reasons. (10) The presence of comorbidity increased the total score of Hamilton Depression scale-17 items. However this finding was due to the scores of items comprehended by factors 2 and 3. Factor I represented by "core symptoms" of depression was not modified by presence and absence of comorbidity. Conclusions- (1) The same "core symptoms" of depression were identified in brazilian and french samples composed by depressive mood, guilt, work and activities reduction, psychomotor retardation. (2) The different behaviour of psychic anxiety in the two samples points to the fact that brazilian samples differentiate between "psychic" and "somatic" levels. On the other hand, french samples differenciate "depression" from "anxiety". (3) Psychotic symptomatology was more frequent and intense in Brazilian sample and constitutes the main symptomatological factor with discriminant power between the two samples. (4) The findings were not explained by differences in level of education and age presented between the two samples, being influenced by more general aspects of the cultural structure of each sample. (5) The presence of comorbidity in both samples was related to more intensity in depression due to secundary factors, keeping the same intensity in "core symptoms" of depression. (6) Presence of comorbidity is related to a higher rate of women in relation to men. Cases of "pure depression" had a rate close to 1:1 and depended on the diagnostic system used. (7) Subjects having a regular religious practice in Brazil had the same scores in items of all depression scales. In France this relation was not studied for ethical restrictions.
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Valor da enolase específica do neurônio como marcador prognóstico precoce em pacientes pós-parada cardiorespiratória intra-hospitalar

Rech, Tatiana Helena January 2005 (has links)
Resumo não disponível
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Avaliação do sono e sua relação com sintomas depressivos e ansiosos em pacientes do sexo feminino com transtornos psiquiátricos hospitalizadas

Leite, Cristina Silveira Moraes January 2004 (has links)
Resumo não disponível
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Reabilitação cardiopulmonar pré e pós-operatória intra-hospitalar reduz complicações após cirurgia de revascularização miocárdica : um ensaio clínico randomizado

Herdy, Artur Haddad January 2005 (has links)
Introdução: Treinamento físico pré-operatório melhora desfechos clínicos após cirurgia de revascularização miocárdica. Em alguns hospitais, pacientes podem ficar internados esperando cirurgia de revascularização miocárdica, expondo-se, potencialmente, aos riscos de imobilização prolongada. Não há estudos que tenham avaliado os efeitos da reabilitação cardiopulmonar em desfechos pós-operatórios neste cenário. Objetivo: Avaliar os efeitos da reabilitação cardiopulmonar de fase 1 realizada antes e após cirurgia de revascularização miocárdica em desfechos pós-operatórios. Métodos: Cinqüenta e seis pacientes internados esperando cirurgia de revascularização miocárdica foram randomizados para participar de um programa de reabilitação cardiopulmonar (n = 29) ou a receber cuidados de rotina (n = 27). A reabilitação cardiopulmonar foi realizada por pelo menos 5 dias no pré-operatório e durante o pósoperatório, incluindo exercícios musculares e ventilatórios, além de educação. Os desfechos pós-operatórios foram avaliados de forma cega. Resultados: Após a randomização, os grupos apresentavam características clínicas e cirúrgicas semelhantes. A reabilitação cardiopulmonar resultou em redução do tempo (média ± desvio padrão) até a extubação endotraqueal (1054 ± 376 x 1340 ± 666 minutos, p=0,05), redução da incidência de derrame pleural (risco relativo [RR] 0,2, intervalo de confiança de [IC] 95% 0,5 – 0,8), atelectasias (RR: 0,15, IC 95% 0,03 – 0,8 ) e pneumonia (0 x 7 casos no Controle, p=0,004)) , assim como redução da incidência de fibrilação/flutter atrial (RR = 0,2; IC 95%: 0,05 - 0,8). O tempo de internação pós-operatório também foi reduzido nos pacientes em reabilitação (5,9 ± 1,1 x 10,3 ± 4,6 dias [p < 0,001]). Conclusão: Em pacientes que aguardam internados cirurgia de revascularização miocárdica, um programa fase 1 de reabilitação cardiopulmonar pré e pós-operatória resulta em melhora de desfechos pós-operatórios.
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Religiosidade, resiliência e depressão em pacientes internados

Mosqueiro, Bruno Paz January 2015 (has links)
Estudos nas últimas décadas relatam associações inversas entre religiosidade, depressão e suicídio e relações diretas com bem-estar e qualidade de vida. Um dos desafios em pesquisa é compreender quais os mecanismos mediadores dos efeitos da religiosidade em saúde mental. Poucos estudos, nesse sentido, avaliam as relações da religiosidade com resiliência, possível mediadora de desfechos clínicos em pacientes com depressão. Objetivos: O objetivo da atual dissertação é avaliar as relações entre religiosidade, resiliência e depressão em pacientes em internação psiquiátrica. O estudo apresentado aborda as relações entre religiosidade intrínseca, resiliência, risco de suicídio, características clínicas e qualidade de vida de pacientes com depressão internados. Métodos: A atual dissertação inicia com uma revisão da literatura sobre religiosidade, resiliência e depressão. O artigo publicado avalia uma corte de pacientes com depressão internados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Os participantes do estudo foram incluídos consecutivamente, com avaliações nas primeiras 72 horas da admissão e 48 horas antes da alta hospitalar. Dados sociodemográficos, clínicos, resiliência e qualidade de vida foram comparados em pacientes com religiosidade intrínseca alta (RIA) e baixa (RIB). Análise de regressão linear e o teste d de Cohen foram utilizados na avaliação da relação entre resiliência e religiosidade intrínseca. Resultados: Pacientes (n=143) com RIA e RIB não apresentaram diferenças na idade, gênero, grupo étnico, situação conjugal, nível socioeconômico e situação ocupacional. Pacientes com RIA apresentaram maior sintomatologia (HAM-D, BPRS), pior funcionalidade (GAF), maior gravidade de sintomas (CGI), menor escolaridade, maior suporte social e menos tentativas de suicídio na admissão. Na alta hospitalar pacientes com RIA relatavam maior resiliência (com grande tamanho de efeito entre os grupos) e maior qualidade de vida. Em análise de regressão, a religiosidade intrínseca foi associada a resiliência, controlando a análise para variáveis como suporte social, escolaridade, sintomas depressivos e tempo de internação. Conclusões No estudo apresentado a religiosidade intrínseca se mostrou associada a maior amplitude de melhora de sintomas depressivos, maior resiliência, menos tentativas de suicídio e maior qualidade de vida em pacientes com depressão em internação psiquiátrica. Os achados apresentados reforçam a importância do tema em pesquisa e na prática clínica em saúde mental. / Religiosity has been inversely associated to depression, suicide and directly associated to well-being and quality of life in empirical research. Nonetheless, there is no consensus in literature on the pathways that mediate the relationship of religiosity to mental health. Additionally, few studies evaluate religiosity at inpatient treatment settings. Objectives: The aim of this project is to evaluate the relationships of intrinsic religiosity, resilience and depression. Our objective is to access how intrinsic religiosity is related to resilience, suicide risk, general psychopathology measures, and quality of life in a sample of depressed inpatients. Methods: The present project includes a brief literature review on religiosity, resilience and depression in psychiatry. The presented study is a prospective naturalistic cohort of depressed inpatients in Psychiatry Unit at Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Patients who agreed to participate were consecutively included and accessed in the first 72 h at admission and 48 h before discharge. High (HIR) and low intrinsic religiosity (LIR) groups of depressed inpatients were evaluated across socio-demographic, clinical, resilience and quality of life measures. A linear regression model and d Cohen test were performed to evaluate the relationship of intrinsic religiosity and resilience. Results: In a sample of 143 depressed inpatients there was no statistically significant difference in age, gender, ethnicity, marital status, occupation and socio-economic level in high and low intrinsic religiosity groups. HIR patients presented higher symptomatology (HAM-D, BPRS), lower educational levels (years of study), higher social support (MOS) and fewer previous suicide attempts at admission. At discharge, analysis showed that HIR patients reported higher resilience (with a large effect size difference between groups) and higher quality of life. In a linear regression model, intrinsic religiosity was statistically associated with resilience, controlling for social support, education, depressive symptoms at discharge and days in psychiatric unit. Conclusion: In a sample of depressed inpatients intrinsic religiosity was associated with higher improvement in depressive symptomatology, higher resilience, quality of life at discharge and reported fewer previous suicide attempts. The present findings highlight the relevance of religiosity research in depression and the need to improve religious assessments in mental health.

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