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Les plasmides pSci de Spiroplasma citri GII3 : caractérisation fonctionnelle et rôle dans la transmission par l'insecte vecteur / Plasmids pSci from Spiroplasma citri GII3 : functional characterization and role in insect transmissionBreton, Marc 11 December 2009 (has links)
Les plasmides pSci de Spiroplasma citri GII3 possèdent une structure mosaïque avec de nombreuses régions conservées. Des dérivés du plasmide pSci2 ont été produits par délétions successives et leur capacité de réplication a été évaluée. Le plus petit réplicon obtenu ne contient plus qu’une CDS (pE) et ses régions flanquantes. L’inactivation dans un vecteur navette du gène pE est suffisante pour abolir la réplication de ce plasmide dans S. citri. Des dérivés des pSci ont été introduits efficacement dans S. kunkelii et S. phoeniceum, deux spiroplasmes phytopathogènes pour lesquels aucun outil génétique n’était disponible jusqu’à présent. La stabilité des dérivés des pSci a également été évaluée par leur capacité à persister en l’absence de pression de sélection. L’instabilité ségrégationnelle des plasmides dans lesquels soj a été délété ou inactivé indique que la protéine de partition Soj/ParA est essentielle au maintien des plasmides pSci. L’incompatibilité sélective entre un plasmide pSci et ses dérivés a été exploitée pour produire une collection de souches possédant des profils plasmidiques différents. L’analyse des phénotypes d’acquisition et de transmission de plusieurs de ces mutants suggère que la CDS traG portée par le pSci6 est essentielle à la transmission de S. citri GII3. En revanche, les plasmides pSci1-5, codant les protéines adhésine-like ScARPs, ne sont indispensables ni à l’acquisition ni à la transmission. Dans le cadre de ce travail, plusieurs outils génétiques ont été adaptés aux mollicutes. Le promoteur Pxyl/tetO2 a été utilisé pour contrôler l’expression du gène de la spiraline chez S. citri et M. agalactiae. Enfin, un système de linéarisation de plasmide in vivo basé sur l’expression de l’endonucléase I-SceI a été utilisé pour l’élimination de plasmides pSci chez S. citri. / Plasmids pSci from Spiroplasma citri GII3 display a mosaic gene organization with highly conserved regions. Through successive deletions, various pSci2 derivatives were constructed and assessed for their ability to replicate. The smallest functional replicon consists of one single CDS (pE) and its flanking, intergenic regions. Furthermore, shuttle (S. citri/E. coli) plasmids, in which the pE gene was disrupted, failed to replicate in S. citri, suggesting that PE is the replication protein. S. citri plasmids were efficiently introduced into S. kunkelii and S. phoeniceum, two plant pathogenic spiroplasmas, the transformation of which had never been described before. Studying stability of various pSci-derived plasmids in the absence of selection pressure strongly suggests the occurrence of an active partition system involving the soj-like gene. Selective incompatibility between a given pSci plasmid and its derivatives was used to remove plasmids from the wild-type strain. As a result, a collection of S. citri GII3 mutants differing in their plasmid contents was produced. Experimental transmission of these mutants through injection to or ingestion by the leafhopper vector will provide new insights into the role of plasmid encoded determinants in the biology of S. citri. First data indicated that pSci6 traG is required for insect transmission of S. citri GII3. In contrast, pSci1-5, encoding adhesin-like proteins, are not essential for both transmission and acquisition. In the frame of this work, new genetic tools have been adapted for use in mollicutes. The tetracycline inducible promoter, Pxyl/tetO2, was used to control spiraline gene in S. citri and M. agalactiae. Also, an in vivo linearization system based on the expression of the I-SceI-endonuclease was used to remove pSci plasmids from S. citri.
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Disseminação da resistência a antimicrobianos em cepas clínicas e ambientais de Enterobacteriaceae: identificação e mapeamento do ambiente genético de genes codificadores de ESBL / Spread of antimicrobial resistance in enterobacteriaceae clinical and environmental strains: identification and genetic environment mapping of ESBL encoding genesDropa, Milena 28 February 2013 (has links)
Introdução. A resistência bacteriana é facilitada pela pressão seletiva do uso de antimicrobianos na clínica e em outras atividades, como a agricultura e pecuária, além de poder ser disseminada para a natureza por meio do lançamento inadequado do esgoto ou pela aplicação do lodo de esgoto na agricultura. As -lactamases de espectro estendido (ESBL) são uma das formas mais prevalentes de resistência em Gram negativos no mundo, e seus genes codificadores são disseminados por meio de diversos elementos genéticos, principalmente transposons e integrons mobilizados para plasmídios. Objetivo. Identificar e caracterizar genes codificadores de ESBL, bem como suas prováveis formas de mobilização, em enterobactérias isoladas de fontes ambientais e clínicas. Material e Métodos. Quarenta e cinco cepas isoladas de um hospital público em 2004 e 2005, responsáveis por infecções hospitalares (14), infecções comunitárias (7) e colonizações (24), e 7 isoladas de estações de tratamento de esgoto (ETE) em 2009, em São Paulo, geneticamente distintas e produtoras de ESBL da família Enterobacteriaceae, foram estudadas. A técnica de PCR seguida de sequenciamento foi utilizada para a identificação dos genes blaESBL, triagem de elementos móveis e mapeamento do ambiente genético de blaESBL. A identificação dos grupos de incompatibilidade plasmidial (Inc) foi realizada pela técnica de PBRT, e a determinação dos tamanhos dos plasmídios pela técnica de S1-PFGE. Resultados. Os genes blaESBL identificados foram: amostras clínicas - blaTEM-15, blaTEM-197, blaSHV-5, blaSHV-12, blaSHV-27, blaSHV-28, blaSHV-45, blaSHV-55, blaSHV-110, blaCTX-M-2, blaCTX-M-59 e blaCTX-M-131; amostras ambientais blaSHV-28, blaCTX-M-15 e blaCTX-M-8. Os genes blaTEM- 15 e blaTEM-197 estavam associados aos elementos Tn2* e Tn3, respectivamente. Os genes blaSHV-5 e blaSHV-12 estavam associados à IS26, e não foi possível determinar o ambiente genético dos demais genes blaSHV. Os genes blaCTX-M-2, blaCTX-M-59 e blaCTXM- 131 estavam inseridos em integrons de classe 1 complexos, blaCTX-M-15 estava associado à ISEcp1 interrompida pela IS26, e blaCTX-M-8 estava associado à IS10, também interrompida pela IS26. Os principais grupos Inc detectados foram IncA/C (37 por cento ) e IncF (30,4 por cento ). Exceto por 7 cepas clínicas, todas apresentavam plasmídios de alto peso molecular, entre 48,5kb e 388kb. Conclusões. Este estudo detectou 15 genes blaESBL diferentes, dos quais dois são genes novos (blaTEM-197 e blaCTX-M-131) e três são inéditos no Brasil (blaTEM-15, blaSHV-55 e blaSHV-110). A maioria das cepas deste estudo possuía genes blaESBL associados a elementos mobilizáveis, bem como continham plasmídios de grupos Inc envolvidos na disseminação da resistência antimicrobiana. Além disso, carreavam plasmídios provavelmente conjugativos. Os resultados deste estudo mostram genes de resistência associados a elementos mobilizáveis em cepas contendo elementos transferíveis. As cepas foram isoladas tanto em uma instituição de saúde como nas ETEs da Grande São Paulo, mostrando o potencial de disseminação da resistência da clínica para o ambiente em nossa região. / Introduction. Bacterial resistance is facilitated by selective pressure of antimicrobial use in clinical and other activities, as agriculture and livestock, and can be spread to nature through the inadequate discharge of sewage or by the use of sludge in agriculture. Extended-spectrum -lactamases (ESBL) are the most prevalente forms of resistance in Gram-negative bacteria in the world, and their encoding genes are disseminated through several genetic elements, especially transposons and integrons mobilized to plasmids. Objective. To identify and characterize ESBL-encoding genes, as well as their probable mobilization pathways, in enterobacteria isolated from clinical and environmental sources. Material and Methods. Forty-five strains isolated from a public hospital in 2004 and 2005, responsible for hospital infections (14), community-acquired infections (7) and colonizations (24), and 7 isolated from sewage treatment plants (ETE) in 2009, in São Paulo, genetically distinct and ESBL producers from Enterobacteriaceae family, were studied. PCR technique followed by sequencing was used for blaESBL genes identification, mobile elements screening and blaESBL genetic environment mapping. Plasmid incompatibility groups (Inc) were identified by PBRT technique, and plasmid sizes were determined by S1-PFGE technique. Results. The blaESBL genes identified were: clinical samples - blaTEM-15, blaTEM-197, blaSHV-5, blaSHV-12, blaSHV-27, blaSHV-28, blaSHV-45, blaSHV-55, blaSHV-110, blaCTX-M-2, blaCTX-M-59 and blaCTX-M-131; environmental samples blaSHV-28, blaCTX-M-15 and blaCTX-M-8. Genes blaTEM-15 and blaTEM-197 were associated to the elements Tn2* and Tn3, respectivelly. Genes blaSHV-5 and blaSHV-12 were associated to IS26, and it was not possible to detect the genetic environment of the other blaSHV genes. Genes blaCTX-M-2, blaCTX-M-59 and blaCTX-M-131 were inserted in complex class 1 integrons, blaCTX-M-15 was associated to ISEcp1 interrupted by IS26, and blaCTX-M-8 was associated to IS10, also interrupted by IS26. The most common Inc grups detected were IncA/C (37 per cent ) and IncF (30,4 per cent ). Except for 7 clinical strains, all isolates showed high molecular weight plasmids, rangng from 48,5kb to 388kb. Conclusions. This study detected 15 different blaESBL genes, from which 2 are new genes (blaTEM-197 e blaCTX-M-131) and 3 are still unpublished in Brazil (blaTEM-15, blaSHV-55 and blaSHV-110). Most of the strains from this study had blaESBL genes associated to mobile elements, as well as they had plasmids from Inc groups involved in the spread of antimicrobial resistance. Moreover, the strains probably carried conjugative plasmids. Results from the present work show resistance genes associated to mobile elements in strains carrying transferable elements. The strains were isolated either from a healthcare institution or from ETEs in São Paulo, which shows the spread potential of resistance from the clinic to the environment in our region.
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Estudo da ocorrência do gênero Aeromonas em sistemas de tratamento de esgotos por lagoas de estabilização no Município de Lins - SP / The ocurrence of the genus Aeromonas in wastewater treatment systems by stabilization ponds in the City of Lins, SP.Rocha, Solange Martone 24 September 2004 (has links)
Introdução: Organismos pertencentes ao gênero Aeromonas estão amplamente distribuídos no ambiente aquático sendo atualmente considerados como patógenos emergentes. Estudos demonstraram que, estes podem produzir uma série de fatores de virulência, e ainda um maior número de casos clínicos vêm sendo confirmados e atribuídos às diferentes espécies de Aeromonas. Objetivo: Estudar a ocorrência do gênero Aeromonas em efluentes de um sistema de lagoas de estabilização e discutir o significado da presença destes para a saúde pública. Métodos: A determinação de Aeromonas spp foi realizada pela técnica de tubos múltiplos (NMP/100 mL). Para a verificação da presença e ausência (PA) as colônias foram isoladas em ágar sangue ampicilina, ágar amido ampicilina e ágar MacConkey. As colônias que apresentaram resultados presuntivos para o grupo Aeromonas foram submetidas ao reisolamento em Ágar Amido, e a provas bioquímicas para identificação das espécies. O perfil plasmidial foi realizado de acordo com a metodologia descrita por BIRNBOIN & DOLLY 1979. Resultados: Aeromonas spp foram isoladas em 72,4% e 55,1% das amostras provenientes da entrada e saída da lagoa anaeróbia respectivamente, e em 48,3% da saída da lagoa facultativa variando as contagens entre <3 e 3,0x109 NMP/100mL. Na unidade de desinfecção por cloro entre <3 e 9,0 x 105 NMP/mL Conclusões: Observou-se que embora haja uma tendência de decaimento nas contagens de Aeromonas, não é possível eliminá-las do sistema estudado, mesmo após cloração. Esses organismos podem representar um risco à saúde devido à seleção de cepas resistentes que são lançadas no meio ambiente. / Introduction: Organisms of the genus Aeromonas are widely distributed in the aquatic environment, being now considered emerging organisms. Studies show that these organisms can produce a series of virulence factors, and that a major number of clinic cases have been confirmed and attributed to the different species of Aeromonas. Objective: Study the occurrence of the genus Aeromonas in effluents of a stabilization ponds system and discuss the meaning of the presence of these organisms for public health. Methods: Aeromonas spp determination was carried out by the most probable number technique (NMP/100mL). To verify the presence or absence, the colonies were isolated in ampicilin blood agar, starch agar, and Mc Conkey agar. Colonies showing presumptive results for Aeromonas group were re isolated in starch agar and to biochemical tests to identify the specie. The plasmidial profile was carried out according to the methodology described by BIRNBOIN & DOLLY 1979. Results: Aeromonas spp were isolated in 72,4% and 55.1% of the samples from the afluent and the end of anaerobic lagoons, respectively, in 48.3% of the effluent of the facultative lagoon in counts that varied from <3 and 3.0x109 NMP/100mL. In the disinfection unit counts varied from <3 and 9.0x105 NMP/100mL. Conclusions: It was possible to observe that even though a tendency of decaiment was noted for the counts of Aeromonas, it was not possible to totally eliminate this organisms from the studied system, even after the chlorination. These organisms could pose a health risk due to the selection of resistant strains released in the environment
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Caracterização fenotípica e genotípica de Acinetobacter spp. e Pseudomonas aeruginosa produtores de carbapenemases / Phenotypic and genotypic characterization of carbapenemase-producing Acinetobacter spp. e Pseudomonas aeruginosa.Pereira, Mayne de Oliveira 25 May 2017 (has links)
A resistência bacteriana a antibióticos é um grave e crescente problema de saúde pública de âmbito mundial. O principal, e mais eficiente, mecanismo de resistência aos β-lactâmicos em bacilos Gram-negativos é a produção de β-lactamases, que possuem a capacidade de hidrolisar o anel β-lactâmicos e consequentemente inativar essa classe de antibióticos. Vale ressaltar, que atualmente os antibióticos β-lactâmicos são os mais utilizados clinicamente, particularmente em infecções graves. Dentre as β-lactamases existentes destacam-se as carbapenemases, enzimas capazes de inativar a maioria dos antibióticos β-lactâmicos. Uma grande preocupação é o fato dessas enzimas, em sua maioria, serem codificadas por plasmídeos, o que propicia a disseminação desses genes de resistência; portanto, é de extrema importância a realização de um rápido e efetivo monitoramento da presença de patógenos portadores desses genes de resistência, para que assim se possa prevenir a disseminação desses determinantes. Foram incluídos neste estudo 230 amostras únicas de Acinetobacter e Pseudomonas aeruginosa resistentes a imipenem detectados em pacientes internados em hospitais privados da cidade de São Paulo durante o período de fevereiro a outubro de 2013. As amostras foram avaliadas quanto à hidrólise de imipenem por espectrofotometria, quanto à presença de genes de carbapenemases por PCR e sequenciamento, e quanto à clonalidade por eletroforese em campos pulsados (PFGE) ou ERIC-PCR. Foram realizados ensaios de conjugação, transformação e sequenciamento completo de plasmídeos. Dentre as amostras de Acinetobacter spp. 80% (88) foram capazes de hidrolisar o imipenem. Dentre esses 76,1% (67) foram positivos para blaOXA-51-like, 19,3% (17) foram positivos para blaOXA-72. blaOXA-23, blaOXA-482 e blaIMP-1 foram detectados isoladamente em isolados distintos. O gene blaIMP-1 foi detectado em A. ursingii inserido em integron de classe 1 e representa a primeira descrição no Brasil. Uma nova carbapenemase OXA-482-like foi detectada em A. baumanii. Utilizando-se ERIC-PCR, observou-se uma grande diversidade de grupos clonais, com o máximo de quatro isolados por grupo. Dentre as amostras de P. aeruginosa, apenas 35,3% foram capazes de hidrolisar o imipenem. Dessas amostras, 14 possuíam o gene blaSPM-1, e isolados únicos possuíam, individualmente, os genes blaIMP, blaVIM, blaKPC-2 ou blaGES-23. O gene blaKPC-2 foi detectado inserido em contexto genético diferente dos descritos anteriormente, em plasmídeo IncU de 32 Kb, mobilizável, mas não conjugativo. Esta é a primeira descrição da sequencia completa de plasmídeo albergando o gene blaKPC-2 em P. aeruginosa no Brasil. Nas demais amostras (20) com atividade hidrolítica, não foram detectados genes de carbapenemase conhecidos, o que sugere a presença de genes de carbapenemase ainda não descritos. Em três amostras foi possível obter transformantes com plasmídeos, resistentes a carbapenêmicos. As amostras com blaSPM-1 apresentaram perfis de PFGE estreitamente relacionados. Em contraste, os perfis de PFGE das amostras com potenciais novas carbapenemases apresentaram índice de similaridade de Dice inferior ix a 80%, evidenciando grande diversidade clonal. Nossos achados evidenciam que a carbapenemase não intrínseca predominante em Acinetobacterem hospitais privados da cidade de São Paulo é OXA-72, e em hospitais privados há uma grande diversidade clonal. Em P. aeruginosa, a carbapenemase predominante é SPM-1, cuja disseminação é mediada por um único clone. Há potencialmente um número significativo de novas carbapenemases em Acinetobacter e P. aeruginosa, algumas delas mediadas por plasmídeos. / Bacterial resistance to antibiotics is a serious and growing public health problem worldwide. The main and most efficient mechanism of resistance to β-lactams in Gram-negative bacilli is the production of β-lactamases, which have the ability to hydrolyze the β-lactam ring and consequently inactivate this class of antibiotics. It is worth mentioning that currently β-lactam antibiotics are the most used clinically, particularly in severe infections. Among the existing β-lactamases, carbapenemases are capable of inactivating most β-lactam antibiotics. A major concern is that these enzymes are mostly encoded by plasmids, which facilitates the spread of these resistance genes; therefore, it is of extreme importance to carry out a rapid and effective monitoring of the presence of pathogens bearing these resistance genes, in order to prevent the dissemination of these determinants. This study included 230 unique samples of imipenem-resistant Acinetobacterand Pseudomonas aeruginosa detected in patients hospitalized in private hospitals in the city of São Paulo during the period from February to October 2013. The samples were evaluated for the imipenem hydrolysis by spectrophotometry, the presence of carbapenemase genes by PCR and sequencing, and concerning clonality by pulsed field electrophoresis (PFGE) or ERIC-PCR. Conjugation, transformation and complete sequencing of plasmids were performed. Among Acinetobacter spp. samples, 80% (88) were able to hydrolyze imipenem. Among these, 76.1% (67) were positive for blaOXA-51-like genes and 19.3% (17) were positive for blaOXA-72. The blaOXA-23, blaOXA-482 and blaIMP-1 genes were detected alone in distinct isolates. The blaIMP-1 gene was detected in A. ursingii inserted in class 1 integron and represents the first description in Brazil. A novel OXA-482-like carbapenemase was detected in A. baumanii. Using ERIC-PCR, a great diversity of clonal groups was observed, with a maximum of four isolates per group. Among P. aeruginosa samples, only 35.3% were able to hydrolyze imipenem. Of these samples, 14 had the blaSPM-1 gene, and single isolates individually possessed the blaIMP, blaVIM, blaKPC-2 or blaGES-23 genes. The blaKPC-2 gene was found inserted in a genetic context different from those described previously, in a mobilizable, but not conjugative, 32 Kb IncU plasmid. This is the first description of the complete nucleotide sequence of a plasmid harboring the blaKPC-2 gene in P. aeruginosa in Brazil. In the remaining samples (20) with hydrolytic activity, no known carbapenemase genes were detected, suggesting the presence of carbapenemase genes not yet described. In three samples it was possible to obtain transformants with plasmids, resistant to carbapenems. Samples with blaSPM-1 showed closely related PFGE profiles. In contrast, the PFGE profiles of the samples with potential new carbapenemases showed Dice similarity index lower than 80%, evidencing a great clonal diversity. Our findings show that the predominant non-intrinsic carbapenemase in Acinetobacter in the city of São Paulo is OXA-72, and in private hospitals there is great clonal diversity. In P. aeruginosa, the predominant carbapenemase is SPM-1, the spread of this enzyme is mediated by a single clone. There are potentially a significant number of new carbapenemases in Acinetobacter and P. aeruginosa, some of them plasmid mediated.
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Comparaison des déterminants moléculaires de résistance aux bêta-lactamines chez l’homme et l’animal en Tunisie / Comparison of dissemination pathways of antibiotic resistance in hospitals and in veterinary context care : livestock and clinicalGrami, Raoudha 07 October 2016 (has links)
Les taux de multi-résistance aux antibiotiques chez les entérobactéries sont croissants en milieu hospitalier en Tunisie. Cette évolution remet notamment en cause l'efficacité de certaines molécules d'importance clinique majeure telles que les ß-lactamines.Par ailleurs, la résistance aux ß-lactamines n'est pas restreinte aux bactéries responsables d'infections humaines, elleest également rencontrée chez les bactéries issues du milieu vétérinaire. C'est dans ce cadre que s'est inscrit ce travail de thèse, qui avait pour objectif d'identifier les mécanismes de résistance aux céphalosporines de dernière génération chez des souches bactériennes isolées des deux contextes (humain et animal), et de faire une caractérisation moléculaire des plasmides responsables dans le but de contribuer à une meilleure connaissance de l'épidémiologie comparée Homme/animal.La caractérisation génotypique a montré que, dans les deux contextes, l'enzyme CTX-M est largement dominante parmi les?-lactamases à spectre étendu (BLSE) identifiées. Plus spécifiquement, le plasmide CTX-M-1/IncI1/ST3, déjà bien implanté chez l'animal en Europe, est également très prévalent chez l'animal en Tunisie, qu'il s'agisse d'animaux de production ou de compagnie. Chez l'Homme, les souches hospitalières de K. pneumoniaeproduisent principalement l'enzyme CTX-M-15, dont le gène codant est porté par des plasmides de type IncFII.Egalement, une carbapénémase très récemment décrite (OXA-204) a été identifiée dans notre hôpital, associée à un plasmide du type IncA/C. Des gènes de résistance plasmidique aux fluoroquinolones ont également été décrits.Ces résultats d'épidémiologie moléculaire sont essentiels pour une meilleure compréhension des risques de transmission croisée entre l'Homme et l'animal, ainsi qu'entre différents contextes de soins (communauté et hôpital) en Tunisie / Multidrug resistance in Enterobacteriaceae is rising up dramatically at hospital in Tunisia. Such an evolution impairs the clinical efficacy of antibiotics for humans, in particular of the widely used ß-lactams.On the other hand, resistance to ß-lactamsis not restricted to bacteria affecting humans but has also been abundantly recognized in bacteria isolated in veterinary medicine. The aimof this thesis was to identify the resistance mechanisms to broad-spectrum cephalosporins in bacteria isolated from humans and animals and to fully characterize the plasmids carrying those genes in order to contribute to a better knowledge of the molecular epidemiology of resistance in both contexts.Genotypic characterization showed that the CTX-M was the Extended-Spectrum Beta-Lactamases (ESBL) dominant type in both cases. In particular, the CTX-M-1/IncI1/ST3 plasmid, which was already found to circulate in animals in Europe, was also found very prevalent both in food- and companion animals in Tunisia. On the other hand, in humans at hospital, we highlighted the dominance ofK. pneumoniaeisolates producing CTX-M-15 associated with the spread of IncFIIk-type plasmids. We also reported the recently described blaOXA-204carbapenemasegene located on an IncA/C-type plasmid. In addition, plasmid-mediated fluoroquinolone resistance genes were reported.Those data are essential for a better understanding of the comparative molecular epidemiology of resistance to ß-lactams (in particular to broad-spectrum cephalosporins) in Tunisia in order to accurately assess the risk of inter-transmission between humans and animals
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Resistência a tetraciclinas em isolados clínicos e ambientais de Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Aeromonas spp.: identificação e mapeamento do ambiente genético de genes tet / Tetracycline resistance in clinical and environmental isolates of Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae and Aeromonas spp.: identification and mapping of tet genes genetic contextBalsalobre, Livia Carminato 30 September 2014 (has links)
Introdução. A resistência bacteriana a antibióticos é aceita como um dos maiores problemas de saúde pública. As tetraciclinas são antibióticos de amplo espectro, e após seu uso indiscriminado observou-se o surgimento de bactérias resistentes, levando médicos e veterinários a diminuírem seu uso. Objetivos. Verificar o perfil de sensibilidade a tetraciclinas em isolados clínicos e ambientais de Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Aeromonas spp., bem como pesquisar os principais genes tet associados à resistência a esta classe de antibióticos e determinar a potencial forma de disseminação destes genes através da caracterização de seu ambiente genético. Material e Métodos. Os perfis de sensibilidade à tetraciclina (TET), doxiciclina (DOX), minociclina (MIN) e tigeciclina (TGC) de 572 isolados foram obtidos através das técnicas de Disco-Difusão e Concentração Inibitória Mínima. Os isolados não-sensíveis à tetraciclina foram submetidos a reações de PCR para pesquisa de grupos Inc, genes tet e para a caracterização de seu ambiente genético pela pesquisa das integrases de classes 1, 2, 3 e 4, e dos elementos genéticos móveis Tn1721, IS26, Tn10 e ISAS5. Perfis de similaridade genética dos isolados foram obtidos através das técnicas de ERIC-PCR e PFGE. Após análise destes resultados 33 cepas foram selecionadas para as técnicas de S1-PFGE e transformação. Resultados. A partir dos 572 isolados 18,5 por cento foram resistentes à TET, 13,5 por cento à DOX, 8 por cento à MIN e nenhum à TGC. Vinte e dois por cento dos isolados clínicos e 16,3 por cento ambientais foram resistentes à TET. Os genes codificadores de bomba de efluxo tet(A), tet(B), tet(C), tet(D) e tet(E), foram observados em 25,5 por cento , 33 por cento , 6,5 por cento , 18,9 por cento e 23,5 por cento dos isolados, respectivamente. Noventa e cinco por cento, 100 por cento , 100 por cento e 4,5 por cento das cepas carreando o gene tet(A), tet(B), tet(D) e tet(E), foram não-sensíveis à DOX, nesta ordem. Resistência à MIN foi observada em 4,2 por cento , 78,8 por cento e 100 por cento dos isolados carreando tet(A), tet(B) e tet(D), respectivamente. O gene tet(A) estava associado a Tn1721, tet(B) à Tn10 e tet(C) e tet(D) à IS26. Nenhuma das integrases pesquisadas estavam associadas aos genes tet detectados. Os grupos IncF, IncFIB e IncA/C foram observados em 54,8 por cento , 41,1 por cento e 28,7 por cento dos isolados, respectivamente. Uma cepa de Aeromonas spp. carreava um plasmídio do grupo IncP. Através dos perfis de similaridade genética foi observado que dentre os isolados hospitalares de K. pneumoniae houve a ocorrência de perfis genéticos idênticos, no entanto nos demais isolados do estudo os perfis genéticos observados eram distintos. Das 33 cepas selecionadas para os experimentos de linearização plasmidial e de transformação, 8 foram transformadas com sucesso, nas quais foi observada a presença dos genes tet em plasmídios. Conclusões. Uma baixa porcentagem de resistência à TET foi detectada. Verificou-se que a TGC foi a tetraciclina mais ativa, seguida da MIN. Os genes tet(A) e tet(B) foram os mais prevalentes. Todas as cepas carreando tet(B) e tet(D) foram não-sensíveis a DOX e MIN. Plasmídios dos grupos IncF, FIB e A/C foram os mais detectados neste estudo. Os resultados sugerem que os genes tet(A), (B), (C) e (D) são disseminados por meio de plasmídios e estão associados aos transposons Tn1721, IS10 e IS26. Estudos adicionais com isolados mais recentes e outros gêneros bacterianos são necessários, para contribuir com informações da resistência bacteriana a tetraciclinas. / Introduction. The antibiotic resistance is accepted as one of the major problems for public health. Tetracyclines are broad spectrum antibiotics, and its indiscriminate use promoted the emergence of resistant bacteria, leading physicians and veterinarians to decrease its use. Objectives. Verify the susceptibility of clinical and environmental isolates of Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae and Aeromonas spp. to tetracyclines, and also search for the main tet genes associated with resistance to these antibiotics and determine the potential mechanism of tet genes dissemination by characterizing their genetic context. Material and Methods. Disk-Diffusion and Minimum Inhibitory Concentration tests were carried out in 572 isolates using tetracycline (TET), doxycycline (DOX), minocycline (MIN) and tigecycline (TGC). PCR was carried out in TET non-susceptible isolates for the detection of Inc groups, tet genes and its genetic context determination through the search of classes 1, 2, 3, and 4 integrases, and Tn1721, Tn10, IS26 and ISAS5 mobile genetic elements. Genetic similarities patterns were determined by ERIC-PCR and PFGE techniques. After analyzing the results 33 strains were selected for the S1-PFGE and transformation experiments. Results. From 572 isolates, 18.5 per cent were TET-resistant, 13.5 per cent DOX-resistant, 8 per cent MIN-resistant and none resistant to TGC. Twenty-two per cent and 16.3 per cent of clinical and environmental isolates were TET-resistant, in that order. Genes tet(A), tet(B), tet(C), tet(D) and tet(E), coding for efflux pump mechanism, were found in 25.5 per cent , 33 per cent , 6.5 per cent , 18.9 per cent and 23.5 per cent of the isolates, respectively. Ninety-five per cent, 100 per cent , 100 per cent and 4.5 per cent of the isolates carrying tet(A), tet(B), tet(D) and tet(E) were non-susceptible to DOX, respectively. Resistance to MIN was observed in 4.2 per cent , 78.8 per cent and 100 per cent of isolates carrying tet(A), tet(B) and tet(D), in that order. The gene tet(A) was associated with Tn1721, tet(B) with Tn10, and tet(C) and (D) with IS26. None of the searched integrases were associated with the tet genes detected. Groups IncF, IncFIB and IncA/C were respectively observed in 54.8 per cent , 41.1 per cent and 28.7 per cent of the isolates. One Aeromonas spp. was carrying an IncP plasmid. The genetic similarities patterns demonstrated that there were identical genetic patterns among the hospital K. pneumoniae isolates, however all the remaining isolates possessed distinct genetic patterns. Of the 33 strains selected for plasmid linearization and transformation experiments, 8 were successfully transformed, in which the presence of tet genes in plasmids were observed. Conclusions. A low level of tetracycline resistance was detected. TGC was the most active tested antibiotic, followed by MIN. Genes tet(A) and tet(B) were the most prevalent among the isolates. All strains carrying tet(B) and tet(D) were non-susceptible to DOX and MIN. Groups IncF, IncFIB and IncA/C were the most detected in this study. The results suggest that tet(A), (B), (C) and (D) are disseminated by plasmids and are associated with Tn1721, Tn10 and IS26. Additional studies assembling recent isolates and other genera are necessary in order to contribute with information about the bacteria resistance to tetracyclines.
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Ecologia, fatores associados à virulência e diversidade de Escherichia coli isolados de amostras de água de lastro, água de regiões portuárias e moluscos bivalves no Brasil. / Ecology, virulence factors and diversity of Escherichia coli isolated from ballast water, ports areas and bivalves samples in Brazil.Albertini, Lílian Sauer 05 October 2009 (has links)
Escherichia coli foi isolado de amostras de água de lastro, água de regiões portuárias e de bivalves. 49,6% (164/331) apresentaram múltipla resistência variando de 2 a 8 antibióticos. Dos sete fatores associados à virulência pesquisados: Toxina termoestável (ST), Toxina termolábil (LT), Adesão agregativa (EAEC), Fator de invasão (INV), Toxina Shiga-like I (stx-1), Toxina Shiga-like II (stx-2), e o gene intimina (eae): 4 isolados continham genes homólogos para EAEC, 3 para eae, 3 para ST e uma para stx-2. Um total de 80,0% (24/30), 72,3% (68/94) e 75,3% (55/73) dos isolados de E. coli de amostras de água de lastro, água de regiões portuárias e moluscos bivalves apresentaram plasmídeos, respectivamente. O método ERIC-PCR apresentou melhor desempenho para a análise de agrupamentos. Os isolados de E. coli, com as características encontradas, nos permitirá avaliar o perigo de sua presença no ambiente marinho costeiro e na água de lastro e programas de vigilância sanitária devem ser implementadas para proteger a saúde humana, animal e do ecossistema marinho. / Escherichia coli was isolated from ballast water, port areas water and bivalves samples. 49.6% (164/331) had multiple antibiotics resistant varied from 2 to 8 antibiotics. From seven virulence associated factors investigated: heat stable toxin (ST), heat labile toxin (LT), aggregative adhesion (EAEC), invasion factor (INV), Shiga-like I toxin (STx-1), Shiga-like II toxin (STx-2), and the gene that codify for intimin (eae): 4 isolates had homology to the EAEC, 3 for eae gene, 3 for ST and one for stx2. A total of 80.0% (24/30), 72.3% (68/94) and 75.3% (55/73) of E. coli isolates from ballast water, port area water and bivalves samples had plasmids, respectively. The ERIC-PCR was more efficiency to analyze the groups. The presence of E. coli isolates with the characteristics found will allow evaluate the hazard present at the coast area ecosystem and ballast water samples and sanitary surveillance programs must be implemented for human, animal and aquatic ecosystem health protection.
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Etude des vésicules membranaires produites par les Archées hyperthermophiles marines de l’ordre des Thermococcales / Study of membrane vesicles produced by hyperthermophilic marine archaea of the order of ThermococcalesGaudin, Marie 13 June 2012 (has links)
La sécrétion de vésicules membranaires (VMs) constitue un processus physiologique important qui a particulièrement été étudié chez les Bactéries et les Eucaryotes. La récente découverte de la production de VMs chez les Archées souligne cependant que ce phénomène est universel et suggère que le dernier ancêtre commun aux trois domaines, LUCA (Last Universal Common Ancestor), produisait certainement des VMs. Les VMs des Archées n’ayant pour le moment été étudiées que chez certaines Crénarchées (ex : G/ Sulfolobus), nous avons entrepris de caractériser les VMs produites par un groupe d’Euryarchées hyperthermophiles anaérobies, les Thermococcales. Dans la première partie de cette étude, nous avons examiné le mécanisme de production ainsi que la composition en lipides et en protéines des VMs de trois espèces de Thermococcales: Thermococcus kodakaraensis, Thermococcus gammatolerans et Thermocococus sp. 5-4. Nous avons observé que les VMs sont sécrétées par un processus de bourgeonnement à partir de l’enveloppe cellulaire similaire à la formation des ectosomes par les cellules eucaryotes. De plus, les VMs sont fréquemment libérées en groupes, formant de grosses protubérances ou des filaments ressemblant aux nanopodes récemment décrits chez les Bactéries. Des différences de structure et de composition protéique sont observées entre les VMs des trois souches étudiées. Cependant, les VMs et les membranes cellulaires d’une même souche ont des compositions protéique et lipidique très proches, confirmant que les VMs sont produites à partir des membranes des cellules. Les VMs et les membranes cellulaires des trois souches comportent notamment un récepteur de peptides de la famille OppA (Oligopeptide-binding protein A) et des homologues de cette protéine ont été identifiés dans les VMs de certaines souches de Sulfolobus.Les VMs sécrétées par les Thermococcales sont associées à de l’ADN et cette association les protègent contre la thermodégradation. Nous montrons dans notre étude que les cellules de T. kodakaraensis transformées avec le plasmide navette plC70 relâchent des VMs comportant ce plasmide. De façon intéressante, ces VMs peuvent être utilisées pour transférer pLC70 à des cellules dénuées de plasmides, suggérant que les VMs pourraient être impliquées dans le transfert d’ADN entre cellules à haute température.Dans la seconde partie de cette étude, nous nous sommes particulièrement intéressés à la souche Thermococcus nautilus, une Thermococcale produisant des VMs associées de manière sélective à deux plasmides contenus dans la cellule. L’un d’eux correspond notamment à un génome viral défectueux de la lignée d’adenovirus PRD1. Ceci indique que les VMs peuvent être un moyen de transport pour des génomes viraux et suggère que la production de VMs par des cellules ancestrales pourraient avoir joué un rôle dans l’apparition des virus.En plus d’être impliquées dans le transport de plasmides/virus, les VMs produites par T. nautilus exercent un effet toxique sur certaines souches de Thermococcales, probablement dû au convoyage de toxines. Même si ces « thermococcines » nécessitent d’être caractérisées, il s’agit de la première mise en évidence d’une activité toxique liée aux VMs chez les Thermococcales. / Secretion of membrane vesicles (MVs) is an important physiological process that has been extensively studied in Bacteria and Eukarya. The recent discovery that Archaea produce MVs shows that this process is universal and suggests that the Last Universal Common Ancestor, LUCA, certainly produced MVs. As these archaeal MVs have been only studied in some Crenarchaeota (ex: G/ Sulfolobus), we started characterizing MVs produced by Thermococcales, a group of hyperthermophilic anaerobic Euryarchaeota.In the first part of this study we examined the mechanism of production as well as the protein and lipid composition of MVs produced by three strains of Thermococcales: Thermococcus kodakaraensis, Thermococcus gammatolerans and Thermocococus sp. 5-4. We observed that MVs are released by a budding process from the cell envelope that is similar to ectosome formation in eukaryotic cells. Moreover, clusters of MVs often form filamentous structures and protuberances on cell surfaces, resembling recently described bacterial nanopods. Differences in structure are observable between MVs of the three species, as well as in their protein composition. However, MVs and cell membranes from the same species have a quite similar protein and lipid composition, confirming that MVs are produced from cell membranes. A major protein present in cell membranes and MVs from the three strains is the oligopeptide-binding proteins (OppA), which has homologues in MVs from Sulfolobus species. Thermococcales MVs harbor DNA and protect this DNA against thermodegradation. Here, we show that T. kodakaraensis cells transformed with the shuttle plasmid pLC70 release MVs harboring this plasmid. Interestingly, these MVs can be used to transfer pLC70 into plasmid-free cells, suggesting that MVs could be involved in DNA transfer between cells at high temperature. In the second part of this study, we were specially interested in the strain Thermococcus nautilus, a Thermococcale that produces MVs selectively enriched in two plasmids from the cell. Notably, one of them corresponds to the genome of a defective virus from PRD1-adenovirus lineage. This indicates that MVs can be used as vehicles for the transport of viral genomes and suggests that production of MVs by ancestral cells could have played a role in the origin of viruses.In addition to be involved in transport of plasmids/viruses, MVs from T. nautilus display a toxic effect on some strains of Thermococcales, maybe due to the delivery of toxins. Even if these “thermococcins” remain to be characterized, this is the first time that a toxic activity associated with MVs has been shown in Thermococcales.
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Caracterização fenotípica e genotípica da resistência a antimicrobianos em micobactérias de crescimento rápido / Phenotypic and genotypic characterization of antimicrobial resistance in rapidly growing mycobacteriaCampos, Juliana Coutinho 17 May 2013 (has links)
As micobactérias de crescimento rápido causam infecções pulmonares, infecções relacionadas a traumas cutâneos e aos cuidados com a saúde. Ha um número reduzido de opções terapêuticas para o tratamento dessas infecções e os dados nacionais sobre os determinantes genéticos dessa resistência são escassos. Duas classes de antimicrobianos importantes no tratamento são as fluorquinolonas e os macrolídeos. Enquanto a maioria dos isolados do Grupo M. chelonae-abscessus apresenta resistência intrínseca às fluorquinolonas, e são sensíveis aos macrolídeos, a maioria dos isolados do Grupo M. fortuitum é sensível às fluorquinolonas e expressa RNA-metilases que impedem a ação dos macrolídeos. Os determinantes da resistência às fluorquinolonas conhecidos em micobactérias são mutações no gene gyrA e para os macrolídeos é a expressão de genes erm, que codificam RNA-metilases. Nos dois casos os determinantes tem localização cromossômica. Outros determinantes de resistência podem ter localização plasmidial, a exemplo do gene aacA4\'-8, presente em plasmídio do grupo de incompatibilidade IncP, detectado em M. abscessus, que codifica resistência à kanamicina e tobramicina. Neste estudo foram avaliados: a correlação entre à susceptibilidade ao ciprofloxacino e moxifloxacino e presença de mutações nos genes gyrA e gyrB; a susceptibilidade à claritromicina e presença de genes que codificam RNA-metilases; a presença de plasmídios do grupo de incompatibilidade IncP em diferentes espécies de micobactérias; a estabilidade e a transferência por conjugação do plasmídio pBRA-100; a relação clonal entre isolados que albergam plasmídios IncP e o perfil de susceptibilidade antimicrobiana de uma coleção de isolados da espécie M. abscessus. Cento e vinte e dois isolados dos Grupos M. abscessus e M. fortuitum foram analisados quanto às concentrações inibitórias mínimas, por microdiluição, utilizando-se o painel RAPMYCO®. As sequências parciais dos genes gyrA e gyrB e a presença de genes que codificam RNA-metilases foram determinadas em 69 e 59 desses isolados, respectivamente. A presença de plasmídios do grupo IncP foi determinada por PCR e os produtos de amplificação tiveram suas sequencias caracterizadas. A estabilidade do plasmídio pBRA-100 em Escherichia coli TOP10® foi avaliada realizando-se repiques sucessivos por 57 dias e semeadura em agar LB contendo kanamicina. A transferência horizontal foi avaliada por ensaio de conjugação com E. coli J53 resistente à azida sódica. Em M. abscessus não houve diferença entre as sequencias da região QRDR de GyrA e GyrB entre isolados sensíveis e resistentes ao ciprofloxacino. Em M. abscessus subsp. abscessus e M. abscessus subsp. bolletii todos os isolados testados apresentaram genes erm; entretanto não foi observada correlação entre a presença dos genes e resistência indutiva a claritromicina. O gene erm(45), descrito neste trabalho, foi detectado apenas em M. abscessus subsp. bolletii. Os ensaios de microdiluição evidenciaram que os antimicrobianos mais ativos contra M. abscessus subsp. abscessus foram amicacina (89%), tigeciclina (96%) e claritromicina (86%). Apenas nos dois isolados da espécie M. fortuitum resistentes ao ciprofloxacino foi detectada a substituição S83W na proteína GyrA. Trata-se de substituição ainda não descrita em micobactérias. Nao foi observada correlação entre substituições em GyrB e resistência ao ciprofloxacino ou moxifloxacino. O gene erm(46), descrito neste estudo, foi detectado em 65% dos isolados. Nos demais isolados foram detectados três outros genes: erm(47), erm(48) e erm(49), ainda nao descritos. Os plasmídios IncP foram detectados apenas em \"M. massiliense\" pertencentes a três grupos clonais distintos com índice de similaridade maior que 92%, quando analisados por ERIC-PCR. Houve sucesso na conjugação entre E. coli TOP-Myco e E. coli J53. Os ensaios de estabilidade evidenciaram que o plasmídio pBRA-100 é estável em E. coli com aproximadamente 100% da população bacteriana albergando o plasmídio após 57 subcultivos. / The rapidly growing mycobacteria cause lung infections, skin infections related to trauma and health care associated infections. There are a limited number of therapeutic options for treating these infections and national data on the genetic determinants of this resistance are scarce. Two major classes of antimicrobials used in treatment of these infections are macrolides and fluoroquinolones. While the majority of the isolates from M. chelonae-abscessus Group have intrinsic resistance to fluoroquinolones, and are sensitive to macrolides, most isolates from M. fortuitum Group are sensitive to fluoroquinolones and express RNA methylases that prevent the action of macrolides. The known fluoroquinolones resistance determinants in to mycobacteria are mutations in thegyrA gene and for macrolides the main determinant is the expression of erm genes which encode RNA methylases. In both cases the determinants are located at the chromosome. Other resistance determinants may have a plasmidial location, such as aacA4\'-8 gene, present in the pBRA100 plasmid detected in M. abscessus, which encodes resistance to kanamycin and tobramycin. This study evaluated the correlation between the susceptibility to ciprofloxacin and moxifloxacin and mutations in genes gyrA and gyrB; susceptibility to clarithromycin and the presence of RNA-methylases encodinggenes , the presence of plasmids of the incompatibility group IncP in different species mycobacteria; stability and conjugal transfer of plasmid pBRA-100; the clonal relationship between isolates harboring plasmids IncP and antimicrobial susceptibility profile of a collection of isolates of M. abscessus. One hundred and twenty-two isolates of M. chenolae-abscessus and M. fortuitum Groups were analyzed for their minimal inhibitory concentrations by microdilution, using the RAPMYCO® Panel. The partial sequences of the genes gyrA and gyrB and the presence of genes encoding RNA methylases were determined in 69 and 59 isolates, respectively. The presence of IncP group plasmids was determined by PCR and the sequence of PCR products were characterized. The stability of the pBRA-100 plasmid in Escherichia coli TOP10® was evaluated by performing successive subcultures for 57 days, and plating on LB agar containing kanamycin. The horizontal transfer was evaluated by conjugation with E. coli J53 a sodium azide resistant strain. In M. abscessus no differences between the sequences of the QRDR region of gyrA or gyrB among isolates susceptible and resistant to ciprofloxacin were observed. In M. abscessus subsp. abscessus and M. abscessus subsp. bolletii all isolates tested had erm genes; however there was no correlation between the presence of these genes and inducible resistance to clarithromycin. The erm(45), gene described in this paper, was only detected in M. abscessus subsp. bolletii. Microdilution tests showed that the most active antibiotics against M. abscessus subsp. abscessus were amikacin (89%), tigecycline (96%) and clarithromycin (86%). In only in two M. fortuitum isolates resistant to ciprofloxacin the amino acid substitution S83W was detected in GyrA. This substitution had not been described mycobacteria. No correlation was observed between substitutions in GyrB and resistance to ciprofloxacin or moxifloxacin. The erm(46) gene described in this study, was detected in 65% of the isolates. In the remaining isolates other three not yet described genes were detected: erm(47), erm(48) and erm(49). IncP plasmids were detected only in \"M. massiliense\" belonging to three clonal groups with at similarity index greater than 92% when analyzed by ERIC-PCR.We succeeded in conjugating E. coli TOP-Myco and E. coli J53. The stability tests showed that the plasmid pBRA-100 is stable in E. coli since approximately 100% of the bacterial population harbored the plasmid after 57 subcultures.
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Resistência a tetraciclinas em isolados clínicos e ambientais de Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Aeromonas spp.: identificação e mapeamento do ambiente genético de genes tet / Tetracycline resistance in clinical and environmental isolates of Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae and Aeromonas spp.: identification and mapping of tet genes genetic contextLivia Carminato Balsalobre 30 September 2014 (has links)
Introdução. A resistência bacteriana a antibióticos é aceita como um dos maiores problemas de saúde pública. As tetraciclinas são antibióticos de amplo espectro, e após seu uso indiscriminado observou-se o surgimento de bactérias resistentes, levando médicos e veterinários a diminuírem seu uso. Objetivos. Verificar o perfil de sensibilidade a tetraciclinas em isolados clínicos e ambientais de Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Aeromonas spp., bem como pesquisar os principais genes tet associados à resistência a esta classe de antibióticos e determinar a potencial forma de disseminação destes genes através da caracterização de seu ambiente genético. Material e Métodos. Os perfis de sensibilidade à tetraciclina (TET), doxiciclina (DOX), minociclina (MIN) e tigeciclina (TGC) de 572 isolados foram obtidos através das técnicas de Disco-Difusão e Concentração Inibitória Mínima. Os isolados não-sensíveis à tetraciclina foram submetidos a reações de PCR para pesquisa de grupos Inc, genes tet e para a caracterização de seu ambiente genético pela pesquisa das integrases de classes 1, 2, 3 e 4, e dos elementos genéticos móveis Tn1721, IS26, Tn10 e ISAS5. Perfis de similaridade genética dos isolados foram obtidos através das técnicas de ERIC-PCR e PFGE. Após análise destes resultados 33 cepas foram selecionadas para as técnicas de S1-PFGE e transformação. Resultados. A partir dos 572 isolados 18,5 por cento foram resistentes à TET, 13,5 por cento à DOX, 8 por cento à MIN e nenhum à TGC. Vinte e dois por cento dos isolados clínicos e 16,3 por cento ambientais foram resistentes à TET. Os genes codificadores de bomba de efluxo tet(A), tet(B), tet(C), tet(D) e tet(E), foram observados em 25,5 por cento , 33 por cento , 6,5 por cento , 18,9 por cento e 23,5 por cento dos isolados, respectivamente. Noventa e cinco por cento, 100 por cento , 100 por cento e 4,5 por cento das cepas carreando o gene tet(A), tet(B), tet(D) e tet(E), foram não-sensíveis à DOX, nesta ordem. Resistência à MIN foi observada em 4,2 por cento , 78,8 por cento e 100 por cento dos isolados carreando tet(A), tet(B) e tet(D), respectivamente. O gene tet(A) estava associado a Tn1721, tet(B) à Tn10 e tet(C) e tet(D) à IS26. Nenhuma das integrases pesquisadas estavam associadas aos genes tet detectados. Os grupos IncF, IncFIB e IncA/C foram observados em 54,8 por cento , 41,1 por cento e 28,7 por cento dos isolados, respectivamente. Uma cepa de Aeromonas spp. carreava um plasmídio do grupo IncP. Através dos perfis de similaridade genética foi observado que dentre os isolados hospitalares de K. pneumoniae houve a ocorrência de perfis genéticos idênticos, no entanto nos demais isolados do estudo os perfis genéticos observados eram distintos. Das 33 cepas selecionadas para os experimentos de linearização plasmidial e de transformação, 8 foram transformadas com sucesso, nas quais foi observada a presença dos genes tet em plasmídios. Conclusões. Uma baixa porcentagem de resistência à TET foi detectada. Verificou-se que a TGC foi a tetraciclina mais ativa, seguida da MIN. Os genes tet(A) e tet(B) foram os mais prevalentes. Todas as cepas carreando tet(B) e tet(D) foram não-sensíveis a DOX e MIN. Plasmídios dos grupos IncF, FIB e A/C foram os mais detectados neste estudo. Os resultados sugerem que os genes tet(A), (B), (C) e (D) são disseminados por meio de plasmídios e estão associados aos transposons Tn1721, IS10 e IS26. Estudos adicionais com isolados mais recentes e outros gêneros bacterianos são necessários, para contribuir com informações da resistência bacteriana a tetraciclinas. / Introduction. The antibiotic resistance is accepted as one of the major problems for public health. Tetracyclines are broad spectrum antibiotics, and its indiscriminate use promoted the emergence of resistant bacteria, leading physicians and veterinarians to decrease its use. Objectives. Verify the susceptibility of clinical and environmental isolates of Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae and Aeromonas spp. to tetracyclines, and also search for the main tet genes associated with resistance to these antibiotics and determine the potential mechanism of tet genes dissemination by characterizing their genetic context. Material and Methods. Disk-Diffusion and Minimum Inhibitory Concentration tests were carried out in 572 isolates using tetracycline (TET), doxycycline (DOX), minocycline (MIN) and tigecycline (TGC). PCR was carried out in TET non-susceptible isolates for the detection of Inc groups, tet genes and its genetic context determination through the search of classes 1, 2, 3, and 4 integrases, and Tn1721, Tn10, IS26 and ISAS5 mobile genetic elements. Genetic similarities patterns were determined by ERIC-PCR and PFGE techniques. After analyzing the results 33 strains were selected for the S1-PFGE and transformation experiments. Results. From 572 isolates, 18.5 per cent were TET-resistant, 13.5 per cent DOX-resistant, 8 per cent MIN-resistant and none resistant to TGC. Twenty-two per cent and 16.3 per cent of clinical and environmental isolates were TET-resistant, in that order. Genes tet(A), tet(B), tet(C), tet(D) and tet(E), coding for efflux pump mechanism, were found in 25.5 per cent , 33 per cent , 6.5 per cent , 18.9 per cent and 23.5 per cent of the isolates, respectively. Ninety-five per cent, 100 per cent , 100 per cent and 4.5 per cent of the isolates carrying tet(A), tet(B), tet(D) and tet(E) were non-susceptible to DOX, respectively. Resistance to MIN was observed in 4.2 per cent , 78.8 per cent and 100 per cent of isolates carrying tet(A), tet(B) and tet(D), in that order. The gene tet(A) was associated with Tn1721, tet(B) with Tn10, and tet(C) and (D) with IS26. None of the searched integrases were associated with the tet genes detected. Groups IncF, IncFIB and IncA/C were respectively observed in 54.8 per cent , 41.1 per cent and 28.7 per cent of the isolates. One Aeromonas spp. was carrying an IncP plasmid. The genetic similarities patterns demonstrated that there were identical genetic patterns among the hospital K. pneumoniae isolates, however all the remaining isolates possessed distinct genetic patterns. Of the 33 strains selected for plasmid linearization and transformation experiments, 8 were successfully transformed, in which the presence of tet genes in plasmids were observed. Conclusions. A low level of tetracycline resistance was detected. TGC was the most active tested antibiotic, followed by MIN. Genes tet(A) and tet(B) were the most prevalent among the isolates. All strains carrying tet(B) and tet(D) were non-susceptible to DOX and MIN. Groups IncF, IncFIB and IncA/C were the most detected in this study. The results suggest that tet(A), (B), (C) and (D) are disseminated by plasmids and are associated with Tn1721, Tn10 and IS26. Additional studies assembling recent isolates and other genera are necessary in order to contribute with information about the bacteria resistance to tetracyclines.
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