171 |
O impacto da presença/ausência dental na colonização de periodontopatógenos na cavidade bucal / The impact of the presence/absence of the teeth in the oral cavity colonization by periodontal pathogensCamila Borges Fernandes 06 May 2009 (has links)
Objetivo: Avaliar o impacto da presença/ausência dental em relação a colonização de periodontopatógenos em recém-nascidos, crianças e adultos/idosos. Método: Estudo do tipo transversal, no qual foram incluídos 43 recém-nascidos (2,840,16 meses), quarenta crianças com dentição mista (9,331,99 anos) trinta adultos/idosos dentados (61,77,05 anos) e 31 adultos/idosos desdentados (60,068.67 anos). Avaliou-se por reação em cadeia da polimerase a presença de Aggregatibacter actinomycetemcomitans, Porphyromonas gingivalis, Prevotella intermedia, Tannerella forsythia, Campylobacter rectus, Eikenella corrodens, Treponema denticola e Micromonas micros dos sítios extra-sulculares (dorso da língua e mucosa bucal) e intrasulculares (sulco / bolsa periodontal). As frequências bacterianas foram analisadas através do teste Qui-quadrado, e o risco da presença bacteriana em função do dente foi calculado com o auxílio do teste Odds Ratio. Resultados: C. rectus foi a bactéria de maior prevalência em todos os grupos avaliados. P. gingivalis não foi detectada em recém-nascidos ou em crianças, enquanto P. intermedia apenas não foi encontrada nos recém-nascidos. Os adultos/idosos desdentados, contrariamente aos recém-nascidos, apresentaram P. gingivalis em sítios extra-sulculares. Comparando as amostras extrasulculares conjutamente (dorso de lingual e mucosa bucal), o grupo de crianças apresentou maiores prevalências para todos os patógenos avaliados, em relação aos recém-nascidos. Já nos grupos de adultos/idosos estes apresentaram todas as bactérias examinadas, com diferença estatística para P. gingivalis, P. intermedia, T. forsythia, T. denticola e M. micros no grupo dentado (P<0,05). Conclusão: De forma geral, periodontopatógenos foram detectados tanto em indivíduos dentados quanto nos desdentados independentemente da idade. Apesar dos grupos dentados apresentarem maiores prevalências bacterianas, a presença dental não representou risco aumentado para a ocorrência bacteriana. Os resultados sugerem ainda que uma maior atenção profissional deve ser dispensada em relação aos indivíduos desdentados tanto na colonização bacteriana inicial da dentição decídua/mista quanto na colonização tardia relacionada ao planejamento dos implantes dentários. / Aim: The aim of this study was evaluate the impact of teeths presence/absence according to the presence/absence of periodontal pathogens in newborns, children and adults/elderly. Methods: This cross-sectional estudy included 43 newborns (2.84 1.60 months), forty children with mixed dentition (9.33 1.99 years) thirty dentate adults/elderly (61.77.05 years) and 31 edentulous adults/elderly (60.068.67 years). The presence of Aggregatibacter actinomycetemcomitans, Porphyromonas gingivalis, Prevotella intermedia, Tannerella forsythia, Campylobacter rectus, Eikenella corrodens, Treponema denticola and Micromonas micros of extra-sulcus samples (dorsum of the tongue and cheek mucosa) and intra-sulcus samples (gingival sulcus/ periodontal pocket) were evaluated using polymerase chain reaction. Bacterial frequences were analized by Chi-square test, and the Odds Ratio for the presence of periodontal pathogens colonization according to the presence of the teeth in dentate population, was also calculated. Results: C. rectus was the more prevalent bacteria in all studied age-groups. P. gingivalis was not find in newborns and children, while P. intermedia was detected except in newborns. Edentulous adults/elderly, differently from newborns, showed P. gingivalis in extra-sulcus samples. When the extra-sulcus samples (dorsum of the tongue and cheek mucosa) were analized together, childrens group showed higher prevalences than newborns, for all studied pathogens. Both adults/elderly groups presented all bacteria, with statistical difference for P. gingivalis, P. intermedia, T. forsythia, T. denticola and M. micros in dentate group (P<0.05). Conclusions: In general, periodontal pathogens were detected in dentate and edentulous subjects, irrespective of the age. Despite dentate groups showed higher bacterial prevalences, the presence/absence of the teeth did not represent a risk for pathogens occurrence. The results also sugested that more professional attention must be taken to edentulous subjects for initial colonization of primary and mixed dentition and colonization ralated to subsequent oral implants.
|
172 |
Prevalência de feridas agudas e crônicas e fatores associados em pacientes de hospitais públicos em Manaus-AM / The prevalence of acute and chronic wounds and associated factors in public hospitals in Manaus-AMNariani Souza Galvão 29 November 2016 (has links)
Introdução: As feridas agudas e crônicas provocam alterações físicas, psíquicas, sociais e econômicas para o indivíduo e família. Embora bem estabelecidos os dados epidemiológicos sobre essas lesões no contexto internacional, ainda são incipientes no Brasil, principalmente na Região Amazônica. Objetivo: Identificar e analisar a prevalência e fatores demográficos e clínicos associados à ocorrência de algumas feridas agudas e crônicas (Lesão por Fricção LF, Dermatite Associada à Incontinência DAI, Ferida Operatória Complicada FOC, Lesão por Pressão LP e Úlcera Diabética - UD) em pacientes hospitalizados. Métodos: Trata-se de estudo epidemiológico, observacional, transversal, analítico e descritivo, realizado em sete hospitais da cidade de Manaus. Os dados foram coletados por meio de consulta aos prontuários, entrevistas com os pacientes ou responsáveis legais e exame físico de todos os pacientes internados, durante o período de março a junho de 2015. As lesões encontradas foram avaliadas utilizando-se os seguintes instrumentos: Sistema de Classificação STAR - Lesão por Fricção para as LF; Incontinence Associated Dermatitis Intervention Tool (IAD-IT) para DAI; Pressure Ulcer Scale for Healing PUSH pernas, para FOC, Pressure Ulcer Scale for Healing PUSH UP para LP e Classificação de Wagner para as UD. Ademais, instrumento para levantamento dos dados sociodemográficos e clínicos e a Escala de Braden também foram empregados. Os dados foram analisados por meio de: teste Qui-quadrado ou exato de Fisher para as variáveis categóricas e teste t para as numéricas. Modelo de árvore de decisão com o algoritmo Classification and Regression Tree (CART) foi utilizado para identificação dos fatores associados à presença das feridas, de maneira simultânea e isolada. Resultados: A amostra (n=775) foi predominantemente do sexo masculino (457/ 58,9%), com média de idade de 60,4 anos (DP=18,7) raça parda (240/30,9%); situação conjugal com companheiro (413/53,2%) e ensino fundamental (403/52,0%). Cento e setenta e oito pacientes apresentaram lesões durante a coleta de dados, acarretando prevalência pontual global de 23%. Com média de 1,1 ferida (DP=0,4) por paciente, predominaram as LP (n=80/ 10,3%), seguidas de UD (n=66/ 8,5%). Os demais tipos de feridas mostraram prevalências de 2,7% (n=21) para FOC; 0,9% (n=7) para LF e 0,5% (n=4) para DAI. A maior ocorrência das lesões quanto às regiões corporais foram o dorso da mão E para a LF; região dos grandes lábios para DAI; perna E para FOC; região sacra para LP e: planta do pé E para UD. O CART mostrou Diabetes Mellitus, uso de anticoagulante, presença de rigidez, escore de Braden sem risco (>18), presença de curativo e de hematoma como os fatores associados à presença de todas as feridas, de forma simultânea, repetindo-se algumas dessas condições para LP e UD. Conclusão: O estudo, inédito na região amazônica, possibilitou um diagnóstico mais acurado da epidemiologia de algumas das mais importantes e prevalentes feridas agudas e crônicas, em pacientes hospitalizados, como a LF (0,9%), DAI (0,5%), FOC (2,7%), LP (10,3%) e UD (8,5%). Com prevalências pontuais inferiores à maioria dos resultados de estudos nacionais e internacionais, o estudo suscita a necessidade de mais investigações na região, particularmente estudos de incidência, mesmo que a maioria dos fatores associados constatados nos pacientes hospitalizados amazonenses esteja também presente na literatura. / Introduction: Acute and chronic wounds provoke physical, psychological, social and economic changes for individuals and their families. While, in an international context, epidemiological data regarding these wounds and lesions is well established, it is still in an incipient stage in Brazil, particularly in the Amazon Basin Region. Objective: To identify and analyze the prevalence and demographic and clinical factors associated with the occurence of several acute and chronic wounds (frictional lesions - frictional keratosis, incontinence-associated dermatitis - IAD, post-operative wound complications, pressure sores and diabetic ulcers) in hospitalized patients. Methods: This is an observational, transverse, analytical and descriptive epidemiological study conducted in seven hospitals in the city of Manaus. The data was collected by consulting hospital records, interviews with patients or legal guardians and physical examinations of all hospitalized patients, during the period from March through June 2015. The lesions found were evaluated using the following instruments: Classification System STAR -- Frictional Lesion for frictional lesions; Incontinence Associated Dermititis Intervention Tool (IAD-IT) for IAD; Pressure Ulcer Scale for Healing - PUSH UP for pressure sores and Wagner Classification for diabetic ulcers. Moreover, an instrument for socio-demographic and clinical data collection and the Braden Scale were also employed. The data was analyzed by way of the Chi-squared distribution test or T-Test for numerical ones. The decisionmaking tree model using the Classification and Regression Tree (CART) algorithm was utilized in the identification of factors associated with the presence of lesions, simultaneously and in isolation. Results: The study sample (n=775) was predominantly of the male sex (457 / 58,9%) with an average age of 60.4 years (DP=18.7) mulatto (240/30.9%); marital situation with spouse (413/53.2 %) and elementary school complete (403/52.0%). One hundred and seventy-eight patients presented lesions during the datacollection period, leading to an overall point prevalence of 23%. With an average of 1.1 lesions (DP=0.4) per patient, pressure sores predominated (n=80/10.3%), followed by diabetic ulcers (n=66/8.5%). The remaining types of lesions showed a prevalence of 2.7% (n=21) for post-operative wound complications; 0.9% (n=7) for frictional lesions and 0.5% (n=4) for incontinence associated dermititis (IAD). The primary occurence of lesions to particular parts of the body were frictional lesions to the back of the left hand; incontinence associated dermititis lesions to the region of the outer labia; post-operative wound complications to the left leg; pressure sores to the sacrum; and diabetic ulcers to the sole of the left foot. CART showed Diabetes Mellitus, the use of anticoagulants, the presence of rigidness, the Braden score without risk (>18), the presence of bandages and bruises as factors simultaneously associated with the presence of lesions, repeating some of these conditions for pressure sores and diabetic ulcers. Conclusion: The study, unprecedented in the Amazon Basin region, made a more accurate epidemiological diagnosis possible of some of the most important and prevalent acute and chronic lesions in hospitalized patients, such as frictional lesions (0.9%), IAD (0.5%), post-operative wound complications (2.7%), pressore sores (10.3%) and diabetic ulcers (8.5%). With point prevalences inferior to the majority of national and international studies, despite the fact that the majority of the associated factors found in hospitalized Amazonian patients are the same as those present in a review of the literature, this study evokes the need for more investigation throughout the region,.particularly incidence studies.
|
173 |
Prevalência de hipertensão arterial em adventistas do sétimo dia da cidade de São Paulo e do interior paulista / Prevalence of Arterial Hypertension among Seventh-Day Adventists in São Paulo City and the state interiorLeilane Bagno Eleuterio da Silva 01 July 2011 (has links)
Introdução Hábitos e estilos de vida inadequados podem contribuir para a hipertensão arterial. Para os Adventistas, a religião preconiza hábitos de vida saudáveis. O objetivo principal desse estudo foi avaliar a prevalência da hipertensão nos Adventistas, comparando a cidade de São Paulo com o interior paulista. Casuística e Métodos Foram estudados 264 Adventistas com avaliação de dados biopsicosocioeconômicos, religiosidade e antropométricos. A pressão foi medida com aparelho automático validado. A religiosidade foi avaliada pelo questionário DUKE DUREL; apoio social pela Escala de Apoio Social e a presença de transtornos mentais comuns pelo Self-Report Questionnaire. Foi adotado nível de significância de p<0,05. Resultados A maioria dos participantes era do sexo feminino, com sobrepeso/obesidade, elevado apoio social e religiosidade, ausência de transtornos mentais comuns e idade 41,17±15,27 anos. Não houve referência de tabagismo e etilismo. Os Adventistas da capital foram diferentes (p<0,05) aos do interior, respectivamente, quanto a: escolaridade superior (62% vs 36,6%); ocupação, ter vínculo empregatício (44%) vs autônomos (40,9%); renda familiar (8,39±6,20 vs 4,59±4,75 salários mínimos) e individual (4,54±5,34 vs 6,35±48 salários mínimos); casal responsável pela renda familiar (35% vs 39,6%); ser vegetariano (11% vs 3%); pressão arterial (115,38±16,52/68,74±8,94 vs 123,66±19,62/74,88±11,85 mmHg); etnia branca (65% vs 81,1%); casados (53% vs 68,9%); menor apoio social no domínio material (15,7±5,41 vs 16,9±4,32) e lembrar da última vez que mediu a pressão (65% vs 48,8%). A prevalência total de hipertensão foi 22,7%, sendo maior no interior do que na capital (27,4% vs 15%) e os hipertensos da capital estavam mais controlados (53,3% vs 35,6%). A análise multivariada indicou associação da presença de hipertensão arterial (OR Odds ratio) com: a) ser vegetariano (OR 0,051), b) escolaridade lê/escreve (OR 3,938) e 1º grau (OR 5,317) vs ensino superior, c) lembrar da última vez que mediu a pressão (OR 2,725), d) ser aposentado (OR 8,846) vs ter vínculo empregatício, e) casal responsável pela renda familiar (OR 0,422) vs participante único responsável. Os hipertensos da capital foram diferentes (p<0,05) em relação ao interior, respectivamente, quanto a: renda individual (8,90±9,76 vs 1,85±2,06 salários mínimos) e familiar (9,60±9,93 vs 3,37±2,27 salários mínimos); participante responsável pela renda familiar (60% vs 33,3%); faltar à consulta médica por esquecimento (100% vs 20%); pressão diastólica (79,26±10,73 vs 86,07±10,66 mmHg); ocupação (46,6% com vínculo empregatício vs 33,3% do lar); saber que tratar pressão alta evita problemas renais (60% vs 55,6%), derrame (80% vs 97,8%) e impotência sexual (26,7% vs 55,6%); referir diabetes (33,3% vs 11,1%) e colesterol elevado (46,7% vs 48,9%) e saber que tratamento da pressão alta inclui parar de fumar (69,2% vs 93,9%) e reduzir o sal da alimentação (84,6% vs 100%). O controle da pressão se associou com: idade (OR 1,063) e ser totalmente verdade a afirmativa as minhas crenças religiosas estão por trás de toda a minha maneira de viver (OR 5,763) quando comparado aos que afirmaram em geral é verdade. Conclusão: A prevalência de hipertensão nos Adventistas foi abaixo que a média dos estudos nacionais, sendo menor na capital do que no interior paulista, possivelmente em decorrência de melhor condição socioeconômica e hábitos de vida saudáveis. / Introduction Inadequate habits and lifestyles can contribute to arterial hypertension. For Adventists, religion recommends healthy life habits. The main goal of this study was to assess the prevalence of hypertension in Adventists, comparing São Paulo City with the state interior. Sample and Methods 264 Adventists were studied, considering bio-psychosocioeconomic, religious and anthropometric data. Pressure was measured using a validated automatic device. Religiousness was assessed using the DUKE DUREL questionnaire; social support through the Social Support Scale and the presence of common mental disorders through the Self-Report Questionnaire. Significance was set at p<0.05. Results Most participants were women, suffering from overweight/obesity, with high social support and religiosity levels, absence of common mental disorders and age 41.17±15.27 years. No reference was made to smoking and drinking habits. Adventists from the capital differed (p<0.05) from the interior, respectively, regarding: higher education (62% vs 36,6%); occupation, employment contract (44%) vs autonomous (40,9%); family income (8.39±6.20 vs 4.59±4.75 minimum wages) and individual (4.54±5.34 vs 6.35±48 minimum wages); couple responsible for family income (35% vs 39.6%); being a vegetarian (11% vs 3%); arterial pressure (115.38±16.52/68.74±8.94 vs 123.66±19.62/74.88±11.85 mmHg); white ethnic origin (65% vs 81.1%); married (53% vs 68.9%); less material social support (15.7±5.41 vs 16.9±4.32) and remembering the last pressure measurement (65% vs 48.8%). Total hypertension prevalence was 22.7%, with higher levels in the interior than in the capital (27.4% vs 15%) and hypertensive patients from the capital were more controlled (53.3% vs 35.6%). Multivariate analysis indicated that hypertension was associated (OR Odds ratio) with: a) being a vegetarian (OR 0.051), b) education level reads/writes (OR 3.938) and first year of secondary education (OR 5.317) vs higher education, c) remembering the last pressure measurement (OR 2.725), d) being retired (OR 8.846) vs having a job contract, e) couple responsible for family income (OR 0.422) vs participant sole responsible. The later differed (p<0.05) from interior patients, respectively, regarding: individual (8.90±9.76 vs 1.85±2.06 minimum wages) and family income (9.60±9.93 vs 3.37±2.27 minimum wages); participant responsible for family income (60% vs 33.3%); forgetting to attend a medical appointment (100% vs 20%); diastolic pressure (79.26±10.73 vs 86.07±10.66 mmHg); occupation (46.6% with an employment contract vs 33.3% housewives); knowing that treating high blood pressure avoids kidney problems (60% vs 55.6%), stroke (80% vs 97.8%) and sexual impotence (26.7% vs 55.6%); referred diabetes (33.3% vs 11.1%) and high cholesterol (46.7% vs 48.9%), and know that treating high blood pressure include smoke cessation (69,2% vs 93,9%) and reduce salt (84,6% vs 100%). Pressure control was associated with: age (OR 1.063) and when the assertion my religious beliefs underlie my entire way of living is considered completely true (OR 5.763) in comparison with those who asserted generally true. Conclusion: The prevalence of arterial hypertension among Adventists remained below mean levels in Brazilian studies, and was lower in the state capital than in the interior of São Paulo State, possibly due to a better socioeconomic condition and healthier life habits.
|
174 |
Prevalência da hipertensão arterial, avaliada pela medida casual e monitorização residencial da pressão arterial, em comunidades adventistas do sétimo dia no sudoeste paulista / Arterial hypertension prevalence, assessed through casual measurement and home blood pressure monitoring, in Seventh Day Adventist communities in Southeastern São PauloStael Silvana Bagno Eleuterio da Silva 25 September 2012 (has links)
Introdução A hipertensão arterial é influenciada por hábitos e estilos de vida e populações específicas como os Adventistas o Sétimo Dia são orientados a incorporar em suas práticas religiosas, hábitos e estilos de vida saudáveis. O objetivo principal desse estudo foi comparar a prevalência da hipertensão arterial em comunidades Adventistas do Sétimo Dia com comunidade não Adventista. Casuística e Métodos O estudo foi realizado na região sudoeste do estado de São Paulo com 547 pessoas (304 Adventistas e 243 não Adventistas). A pressão arterial foi medida com aparelho automático validado e de acordo com as VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. A religiosidade foi avaliada pela Escala de Duke-DUREL; hábitos alimentares identificados pelo Questionário de Frequência Alimentar; apoio social pela escala de apoio social; consumo de bebida alcoólica pelo Alcohol Use Disorders Identification Test AUDIT e transtornos mentais comuns pelo Self-Reporting Questionnaire (SRQ 20). Foi adotado nível de significância de p<0,05. Resultados A maioria era do sexo feminino, idade de 41,5 anos, etnia branca. A prevalência de hipertensão foi menor nos Adventistas (p<0,05, 25,6% vs 35,4%). Os Adventistas foram diferentes (p<0,05) dos não Adventistas, respectivamente, em relação a: escolaridade média (39,8% vs 36,9%), ocupação autônoma (33,6% vs 14,8%), com companheiro(a) (72,4% vs 64,2%), casa própria (66,1% vs 65%), renda individual entre um e três salários mínimos (97% vs 90,9%), homens com menor índice de massa corporal (25,03±3,09 Kg/m2 vs 26,97±4,8 kg/m2) e menor circunferência abdominal (90,53±11,63 cm vs 97,19±12,69 cm), mais indivíduos ovolactovegetarianos e vegetarianos (20% vs 0,8%), não fumantes (85,5% vs 67,4%), maior tempo de abandono do tabagismo (14 anos vs 7 anos), praticantes de atividades físicas regulares (47,2% vs 25,8%), abstêmios de bebida alcoólica (100% vs 52,4%). No conhecimento sobre hipertensão os Adventistas se diferiram (p<0,05) dos não Adventistas, respectivamente, por: saberem menos que o tratamento da pressão alta pode evitar infarto (15,4% vs 12%) e problemas renais (58,2% vs 50,9%), reconhecerem que o exercício físico é importante para o controle da pressão (96,1% vs 89,3%), que jovens podem ter pressão alta (84,5% vs 77,8%), que é possível fazer alguma coisa para evitar a pressão alta (90,1% vs 83,1%), entretanto, reconhecem menos o papel da hereditariedade na hipertensão (59,9% vs 71,6%) e os valores de hipertensão (76,3% vs 86,4%). Pelo SRQ20 as mulheres Adventistas referiram mais sintomas que os homens Adventistas (p<0,05, 25% vs 15,3%). Os Adventistas mostraram níveis mais elevados em todas as dimensões da religiosidade e do apoio social (87 pontos vs 83 pontos). Na alimentação os Adventistas foram diferentes (p<0,05) dos não Adventistas, respectivamente, por: consumirem mais frutas e hortaliças (56,3% vs 39%); menos refrigerante e suco artificial (33,2% vs 19,9%) e menos carne com gordura visível (72,7% vs 39,8%). Os hipertensos Adventistas foram estatisticamente diferentes dos hipertensos não Adventistas, respectivamente, em relação a: escolaridade média (36,8% vs 15,5%); autônomos e do lar (30,8% e 30,8% vs 15,1% e 19,8%); alimentação vegetariana/ovolactovegetariana (19,2% vs 0%); prática de atividade física (49,4% vs 18,8%); tabagismo (0% vs 15,1%); etilismo (0% vs 39,2%), hipertensão referida (74,4% vs 84,3%); uso de medicamento anti-hipertensivo (58,3% vs 66,2%); acredita que a pressão alta tem cura (57,7% vs 32,6%), não acarreta problema renal (71,4% vs 51,3%) e não tem influência da hereditariedade (84,9% vs 66,7%); ausência de diabetes (91% vs 77,9%); usa outros tratamentos para hipertensão (51,8% vs 27,3%); e deixa de tomar remédio por conta própria (50% vs 29%). Em relação à presença de transtornos mentais comuns os hipertensos Adventistas referiram menos (p<0,05): ideia de acabar com a vida, sentir-se sem préstimo ou inútil, sentir-se incapaz de desempenhar um papel útil na vida, ter dificuldade no serviço e sentir-se cansado o tempo todo. Na avaliação da religiosidade e de apoio social os hipertensos Adventistas apresentaram níveis mais elevados. Não houve diferença no controle da pressão arterial entre os hipertensos Adventistas (44,8%) e hipertensos não adventista (58,9%), porém, os hipertensos não Adventistas controlados sabiam há mais tempo ser hipertensos (p<0,05, 5 anos vs 3 anos). Os Adventistas apresentaram maior controle pela MRPA quando comparado à medida casual (77,1% vs 44,8%). O efeito do avental branco esteve presente em 12% dos Adventistas, a hipertensão do avental branco em 24,2% e a hipertensão mascarada em 12%. Conclusão: A hipertensão foi menos prevalente entre os Adventistas, o que pode estar relacionado a hábitos e estilos de vida um pouco mais saudáveis apregoados pela religião, embora os índices encontrados estejam bem próximos aos dados de muitos estudos de base populacional. O fenômeno do avental branco encontrou-se bem próximo do estimado na população geral. / Introduction Habits and lifestyles influence arterial hypertension and specific populations like the Seventh Day Adventists receive orientations to incorporate healthy habits and lifestyles into their religious practices. The main aim of this study was to compare the prevalence of arterial hypertension in Seventh Day Adventist communities with a non-Adventist community. Sample and Methods The study was developed in the Southwest of São Paulo State, Brazil, and involved 547 people (304 Adventists and 243 non-Adventists). An automatic validated device was used for blood pressure measurements, in accordance with the VI Brazilian Hypertension Guidelines. The Duke-DUREL Scale was used to assess religiosity; food habits were identified through the Food Frequency Questionnaire; social support through the social support scale; alcoholic beverage consumption through the Alcohol Use Disorders Identification Test AUDIT and common mental disorders through the Self-Reporting Questionnaire (SRQ 20). Significance was set at p<0.05. Results Most participants were female, age 41.5 years, white ethnic origin. Hypertension prevalence levels were lower among Adventists (p<0.05, 25.6% vs. 35.4%). Differences between Adventists and non-Adventists were found (p<0.05), respectively, with regard to: mean education level (39.8% vs. 36.9%), self-employed occupation (33.6% vs. 14.8%), with a partner (72.4% vs. 64.2%), own house (66.1% vs. 65%), individual income between one and three minimum wages (97% vs. 90.9%), men with a lower body mass index (25.03±3.09 Kg/m2 vs. 26.97±4.8 kg/m2) and lower waist circumference (90.53±11.63 cm vs. 97.19±12.69 cm), more ovo-lacto vegetarian and vegetarian individuals (20% vs. 0.8%), non-smokers (85.5% vs. 67.4%), longer time since giving up smoking (14 years vs. 7 years), physical exercise (47.2% vs. 25.8%), teetotal (100% vs. 52.4%). Concerning knowledge about hypertension, differences between Adventists and non-Adventists were found (p<0.05), respectively, with regard to: know less that high blood pressure treatment can avoid stroke (15.4% vs. 12%) and renal problems (58.2% vs. 50.9%), acknowledge that physical exercise is important for pressure control (96.1% vs. 89.3%), that young people can have high blood pressure (84.5% vs. 77.8%), that something can be done to avoid high pressure (90.1% vs. 83.1%), but acknowledge less the role of hereditariness in hypertension (59.9% vs. 71.6%) and hypertension levels (76.3% vs. 86.4%). According to the SRQ20, Adventist women referred more symptoms than Adventist men (p<0.05, 25% vs. 15.3%). The Adventists showed higher scores in all religiosity and social support dimensions (87 points vs. 83 points). Regarding diet, the Adventists differed (p<0.05) from non-Adventists, respectively, with regard to: higher consumption of fruit and vegetables (56.3% vs. 39%); less soda and industrial juice (33.2% vs. 19.9%) and less meat with visible fat (72.7% vs. 39.8%). Statistically significant differences between Adventist hypertensive and non-Adventist hypertensive patients were found, respectively, with regard to: mean education level (36.8% vs. 15.5%); self-employed and housewives (30.8% and 30.8% vs. 15.1% and 19.8%); vegetarian/ovo-lacto vegetarian diet (19.2% vs. 0%); physical exercise (49.4% vs. 18.8%); smoking (0% vs. 15.1%); alcohol consumption (0% vs. 39.2%), referred hypertension (74.4% vs. 84.3%); anti-hypertensive medication use (58.3% vs. 66.2%); believes that high pressure is curable (57.7% vs. 32.6%), does not cause renal problems (71.4% vs. 51.3%) and that there is no hereditary influence (84.9% vs. 66.7%); absence of diabetes (91% vs. 77.9%); uses other hypertension treatments (51.8% vs. 27.3%); and stops taking medication on his/her own account (50% vs. 29%). As for the presence of common mental disorders, less references (p<0.05) were found among Adventist hypertensive patients for: idea to end ones life, feeling helpless or useless, feeling incapable of playing a useful role in life, having difficulty at work and feeling tired the whole time. In the assessment of religiosity and social support, Adventist hypertensive patients showed higher scores. No differences were found in blood pressure control between Adventist hypertensive (44.8%) and non-Adventist hypertensive patients (58.9%), but controlled non-Adventists hypertensive had been aware of the diagnosis longer (p<0.05, 5 years vs. 3 years). Adventists showed higher levels of control according to HBPM in comparison with casual measures (77.1% vs. 44.8%). The white-coat effect was present in 12% of Adventist patients, white-coat hypertension in 24.2% and masked hypertension in 12%. Conclusion: Hypertension prevalence levels were lower among Adventists, which can be related to the somewhat healthier habits and lifestyles this religion defends, although the rates found are quite close to data in many population-based studies. Rates for the white-coat phenomenon were very close to general population estimates.
|
175 |
Prevalência de cefaleia relacionada com alguns hábitos de vida em escolares do ensino fundamental e médio de Ribeirão Preto (SP) / Prevalence of headache associated with some lifestyle habits in schoolchildren of Ribeirão PretoLuiz Eduardo Vieira Grassi 24 October 2011 (has links)
As cefaleias acometem grande parte da população mundial. Este sintoma afeta a qualidade de vida e a produtividade de quem as têm Crianças e adolescentes com cefaleia também são alvos destas perdas. Objetivos: Estimar a prevalência de cefaleia em uma amostra representativa de alunos dos ensinos fundamental e médio da rede pública. Verificar a relação entre: 1) cefaleias e variáveis físicas (gênero, cor da pele referida, índice massa corporal-IMC e doenças crônicas referidas); 2) cefaleias e alguns hábitos de vida (ingestão de álcool, prática de exercícios físicos regulares, horas diárias de sono noturno, horas semanais gastas em TV, internet e videogame); 3) cefaleia e uso de aparelhos, como os ortodônticos e óculos, e 4) cefaleia e rendimento escolar avaliado por meio das notas referidas. Métodos: Após sorteio de uma escola da rede estadual de ensino de cada região da cidade de Ribeirão Preto (norte, sul, leste, oeste e centro), foram sorteadas as salas de aula, uma de cada ano/série dos cursos fundamental II e médio. Foi aplicado um questionário em 415 alunos com idade mediana de 15 anos, que concordaram em participar do estudo e cujos pais ou responsáveis assinaram o Termo de Livre Consentimento e Esclarecimento. Foram utilizados os testes para análises estatísticas: 1) Teste exato de Fischer através do comando PROC FREQ do Software SAS® 9; 2) Anova através do comando PROC GLM do Software SAS® 9; 3) Regressão logística para calculo do ODDS RATIO, através do comando PROC LOGIST do Software SAS® 9. Para todos foram admitidos 95% de intervalo de confiança (95% CI). Resultados e Conclusões: a prevalência de cefaleias nessa amostra populacional é de 72,8%, sendo que nas meninas é de 79% e nos meninos 62,5%. Observamos correlação positiva entre: 1) gênero e cefaleia, meninas tem um risco estimado 2,3 vezes maior que os meninos; 2) ingestão de álcool e cefaleia, visto que os que ingerem bebidas alcoólicas têm probabilidade 2,1 vezes maior de terem cefaleia; e 3) uso de aparelho ortodôntico e cefaleia (p=0,02). Não houve correlação significativa entre cefaleia e as demais variáveis selecionadas por este estudo (cor da pele referida, doença crônica referida, IMC, uso de óculos, prática de exercícios físicos regulares, horas de sono, horas semanais gastas em TV, internet e videogame e notas escolares). / The headaches afflict a large part of world population. This symptom affects quality of life and productivity of those who have. Children and adolescents with headache are also subject to these losses. Objectives: To estimate the prevalence of headache in a representative sample of students in public elementary and high schools. To verify the relationship between: 1) headache and physical variables (gender, skin color reported, body mass index-BMI and chronic diseases such), 2) headache and some lifestyle habits (alcohol intake, regular physical activity, hours night of sleep daily, weekly hours spent on TV, internet and videogames), 3) headache and use of appliances such as orthodontic and glasses, and 4) headache and academic performance evaluated by means of these notes. Methods: We randomly selected one school for the city region (north, south, east, west and center), then randomly selected one room of each series / year. A questionnaire was applied to 415 students who agreed to participate in the study whose parents or guardians signed a free and informed consent. Tests were used for statistical analysis: 1) Fischer\'s exact test with the command PROC FREQ of SAS ® 9 Software, 2) ANOVA with the command PROC GLM of SAS ® 9 Software, 3) Logistic regression for odds ratio by PROC command LOGIST Software SAS ® 9. For all patients were admitted 95% confidence interval (95% CI). Results and Conclusions: The prevalence of headache in this population is 72.8% and in girls is 79% and 62.5% in boys. We observed a positive correlation between: 1) gender and headache, since girls had an estimated risk 2.3 times higher than boys, 2) alcohol and headache, as those who drink alcohol have 2.1 times more likely have headache, and 3) use of orthodontic appliance and headache (p =0.02). There was no significant correlation between headache and other variables selected for this study (skin color reported, chronic disease, BMI, use of glasses, regular physical activity, sleeping hours, weekly hours spent on TV, internet and videogames and school performance)
|
176 |
Avaliação da prevalência e etiologia da erosão dentária em adolescentes / The prevalence and etiology of dental erosion in adolescentsCarla Vecchione Gurgel 08 April 2009 (has links)
O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência da erosão dentária em adolescentes e os possíveis fatores etiológicos extrínsecos e intrínsecos envolvidos nesse processo. A amostra consistiu de 414 adolescentes com 12 e 16 anos de idade, de ambos os gêneros, matriculados em escolas públicas ou privadas da cidade de Bauru/SP. O exame clínico foi realizado por dois examinadores previamente calibrados (Kappa = 0.85), que utilizaram o índice de OBrien (1994) para avaliar as faces vestibulares e palatinas dos incisivos superiores e a oclusal dos primeiros molares permanentes. Um questionário foi aplicado para pesquisar sobre dieta, história médica e hábitos dos adolescentes. Os dados foram devidamente analisados através da estatística descritiva e dos testes do Qui-Quadrado e de Mann-Whitney. Foi adotado nível de significância de 5% para que as diferenças sejam consideradas estatisticamente significantes. A prevalência de erosão foi de 20% na amostra estudada, com envolvimento apenas de esmalte. Nenhuma superfície apresentou erosão em dentina (código 2) ou exposição pulpar (código 3). A face vestibular foi a mais acometida (16,1%) e a face oclusal a menos acometida (1,3%). Não houve diferenças estatisticamente significantes entre gênero, condição sócio-econômica e tipo de escola. Nenhum dos fatores de risco pesquisados no questionário apresentou uma associação significativa com a erosão. Os resultados deste estudo sugerem que a erosão dentária foi uma condição observada na amostra estudada e não houve correlação entre esta ocorrência e as condições e hábitos de vida desta população. / The aim of this study was to assess the prevalence of dental erosion in adolescents and determine the possible etiological factors. A sample of 414 adolescents (12- and 16-year-old) from private and public schools in Bauru participated in this study. For the dental examination, two examiners previously calibrated (kappa=0,85) made the evaluation on the labial and palatine surfaces of the maxillary permanent incisors and on the oclusal surface of the first permanent molars for the presence of dental erosion using the OBrien (1994) index. Data on dietary habits, oral hygiene practices and medical background were collected by a structured questionnaire completed by the adolescents. Descriptive statistics were applied to the data and the associations between dental erosion and the variables under study were investigated by Chi-square and Mann-Whitney analysis. The statistical significance level was set at 5%. The prevalence of dental erosion was 20% in this sample, with only enamel been involved. Erosion affecting dentine (score 2) or pulpar exposure (score 3) were not observed. The labial was the most affected surface (16,1%) and the oclusal surface the least (1,3%). There were no statistically significant differences between the presence of erosion and gender, socioeconomic status and type of school. The risk factors investigated in the questionnaire were not associated with the presence of erosion. The results of this study indicate that dental erosion was observed among adolescents in Bauru/SP and there was no correlation between this condition and the life habits of this population.
|
177 |
Prevalência da infecção pelo papilomavírus humano (HPV) em gestantes infectadas ou não pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) tipo 1 em Ribeirão Preto, SP / Prevalence of human papillomavirus (HPV) infection among pregnant women infected or not with human immunodeficiency virus (HIV) type 1 in Ribeirão Preto, SPEmilia Moreira Jalil 03 December 2007 (has links)
A infecção genital pelo Papilomavírus Humano (HPV) é considerada a doença sexualmente transmissível mais freqüente em todo o mundo, representando importante problema de saúde pública devido à sua alta prevalência e transmissibilidade. Estima-se que cerca de 75% da população sexualmente ativa entre em contato com um ou mais tipos de HPV durante sua vida, com prevalência mais elevada entre mulheres jovens. Estudos epidemiológicos têm demonstrado que a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) está associada a elevadas prevalências da infecção pelo HPV. A literatura acerca da infecção pelo HPV em gestantes é escassa e controversa. O objetivo do trabalho foi identificar a prevalência da infecção pelo HPV em gestantes e identificar a possível influência da infecção pelo HIV-1 nesta prevalência. Foi realizada amostragem de pacientes do Ambulatório de Pré-natal do Setor de Moléstias Infecto-contagiosas e do Pré-natal de Baixo Risco do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Todas as pacientes foram informadas sobre o estudo e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Foram coletados lavados cérvico-vaginais, que foram submetidos à extração do DNA utilizando a técnica de salting out. Realizou-se a detecção do HPV nas amostras de DNA através da técnica de reação em cadeia de polimerase (PCR), e as amostras positivas para o HPV foram testadas para os tipos 6, 11, 16 e 18. Foram arroladas ao todo 97 pacientes, sendo 44 portadoras do HIV e 53 sem esta infecção. Do total de pacientes avaliadas, 66 foram positivas para o HPV. A prevalência para a infecção pelo HPV foi de 79,5% e 58,5% nas pacientes portadoras ou não do HIV, respectivamente. A infecção pelo HIV aumentou o risco de ser portadora do HPV, principalmente do tipo oncogênico. Contagem de linfócitos T CD4+ abaixo de 200 células/mm3 e carga viral do HIV maior que 10000 cópias aumentaram o risco de infecção pelo HPV. Este estudo mostrou haver maior prevalência da infecção pelo HPV em grávidas portadoras do HIV, permitindo inferir que a infecção por esse retrovírus seja um fator de risco significativo para o aumento da infecção pelo HPV em gestantes. / Genital infection with human papillomavirus (HPV) is considered to be the most frequent sexually transmitted disease around the world, representing an important public health problem due to its high prevalence and transmissibility. It is estimated that 75% of the sexually active population gets in contact with one or more HPV types during their lives, with higher prevalence among younger women. Epidemiologic studies have demonstrated that human immunodeficiency virus (HIV) infection is associated with a high prevalence of HPV infection. The literature about HPV infection during pregnancy is scarce and controversial. The aim of this study was to estimate the prevalence of HPV infection in pregnant women and identify the possible influence of HIV-1 infection on this prevalence. Patients were selected from the Prenatal Outpatient Clinic of the Infectious Diseases Sector and from the Low-risk Prenatal Outpatient Clinic of the Obstetrics and Gynecology Department of the University Hospital, Medical School of Ribeirão Preto, São Paulo University. All patients were informed about the study and signed an informed consent term. Cervical-vaginal washes were collected and submitted to DNA extraction by the salting-out technique. HPV was detected in the DNA samples by the polymerase chain reaction (PCR) technique and the HPV-positive samples were tested for types 6, 11, 16 and 18. Ninety-seven patients were included in the study, 44 of them being HIV-positive and 53 HIV-negative. Of the patients evaluated, 66 were positive for HPV. The prevalence of HPV infection was 79.5% and 58.5% in HIV-positive and -negative women, respectively. HIV infection increased the risk of harboring HPV, mainly oncogenic types. A CD4+ T-cell count below 200 cells/mm3 and HIV viral load above 10000 copies/mL increased the risk of HPV infection. This study showed a higher prevalence of HPV infection in HIV-positive pregnant women, suggesting that this retrovirus infection is a significant risk factor for the increase of HPV infection in pregnant women.
|
178 |
"Prevalência de hipertensão arterial sistêmica em pacientes submetidos a tratamento odontológico na FOUSP" / Prevalence of the arteriAl hypertension in patients submitted to the dentistry treatment at the FOUSP.Priscila Mara Olivieri Ximenes 08 July 2005 (has links)
O cirurgião dentista comumente em sua prática clínica se vê diante de pacientes sistemicamente comprometidos. Entre esses pacientes encontramos o grupo dos hipertensos que merecem especial atenção pelo profissional, devido às possíveis alterações psicossomáticas que podem vir a acontecer durante um atendimento odontológico. O presente estudo teve como objetivo estabelecer a prevalência e suas implicações em pacientes hipertensos em uma amostra de 424 pacientes sob tratamento na FO-USP. Com os resultados da amostra, quase 1/3 da população analisada era hipertensa, confirmando a alta prevalência da patologia na amostragem estudada. Os fatores de risco que mais influenciaram na presença de hipertensão observados nesta pesquisa foram o diabetes e o sedentarismo, elucidando o quão é necessário correlacionar a história médica e os hábitos do paciente para chegar a um diagnóstico diferencial. Já 10,53% dos pacientes hipertensos não eram cientes sobre sua condição sistêmica e, um grande número daqueles que já eram cientes, todavia apresentavam-se descompensados, confirmando a importância e a necessidade do cirurgião dentista aferir a pressão arterial de seus pacientes em clínica rotineiramente. Enfim, uma completa anamnese, acompanhada de exames complementares, como mensurações da pressão arterial, garante um tratamento odontológico seguro e efetivo. / The dentist commonly takes care of patients with systemic diseases in its routine clinic. Among these patients we find the group of the hypertensives that deserve special attention for the professional, whom had possible psychosomatic alterations that can come to happen during an odontology attendance. The present study had the objective to establish the prevalence and its implications among hypertensives in a sample of 424 patients under treatment in the FOUSP. As a result of the sample, almost 1/3 of the analyzed population was hypertensive, confirming the high prevalence of the pathology in the studied sampling. The risk factors that had increased the appearance of hypertension observed in this research were diabettes and the sedentary life, elucidating how is necessary to correlate medical history and the habits of the patient to establish a distinguishing diagnosis. In addition, 10.53% of the hypertensive patients did not know about their systemic condition and a great number of the patients that had already known, were not medicated, confirming the importance and the necessity of the dentist to survey the arterial pressure of its patients in clinic routinely. Therefore, complete anamnesis, followed by complementary examinations such as measurement of the arterial pressure, guarantees a safe and effective odontology treatment.
|
179 |
Onicomicoses em pacientes com doenças inflamatórias intestinais: prevalência e fatores de riscoGaburri, Débora 28 September 2007 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-07-24T14:09:20Z
No. of bitstreams: 1
deboragaburri.pdf: 395486 bytes, checksum: c8e82a348e86db1af2b14e68de58fe53 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-08-09T13:36:42Z (GMT) No. of bitstreams: 1
deboragaburri.pdf: 395486 bytes, checksum: c8e82a348e86db1af2b14e68de58fe53 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-09T13:36:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1
deboragaburri.pdf: 395486 bytes, checksum: c8e82a348e86db1af2b14e68de58fe53 (MD5)
Previous issue date: 2007-09-28 / As doenças inflamatórias intestinais (Dll) são representadas por duas principais entidades, a
retocolite ulcerativa inespecífica (RCUI) e a doença de Crohn. Admite-se que fatores
ambientais e distúrbios imunológicos associados à predisposição genética sejam a base do
aparecimento das Dll. Os imunomoduladores têm se mostrado úteis no tratamento de
pacientes que se tomam dependentes ou se mostram refratários aos esteróides. As
onicomicoses compreendem infecções fúngicas crônicas do aparelho ungueal. Os principais
fungos responsáveis por esta infecção incluem dermatófitos, leveduras e fungos filamentosos
não dermatófitos. A onicomicose pode se desenvolver como conseqüência de
imunossupressão. Tendo em vista os distúrbios imunológicos documentados nas DII, aliado ao
uso freqüente de imunossupressores no tratamento destes doentes, nós conjecturamos que
os pacientes com DII sejam mais susceptíveis a estas infecções ungueais. Nenhum estudo,
até presente momento, examinou a prevalência das onicomicoses nos pacientes portadores
de DII. Objetivo: Determinar a prevalência e identificar os possíveis fatores de risco para
as onicomicoses nos pacientes com DII. Material e Métodos: Estudo caso-controle
longitudinal realizado a partir de exames micológico direto e cultura para fungos. Foram
registrados dados sócio-demográficos, clínicos e laboratoriais de todos os pacientes. Amostras
ungueais suspeitas foram coletadas durante 15 meses em 141 pacientes com DII (61 homens
e 80 mulheres) e de um grupo controle de 100 pacientes sem DII (41 homens e 59
mulheres). Exames micológico direto e cultura para fungos foram realizadas em cada unha
suspeita para diagnóstico diferencial das onicomicoses com demais onicodistrofias. A análise
estatística foi realizada através dos testes do qui-quadrado e t de Student, considerando-se
como diferença significativa o valor de p<0,05. Este estudo foi submetido à apreciação e
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Humana da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Resultados: Os 141 pacientes com DII incluíram 61 (43,3%) homens e 80 (56,7%)
mulheres com média de idade 40 ±13 anos. O grupo controle incluiu 100 pacientes com
média de idade of 45,7 ±11 anos sendo 41 (41%) homens e 59 (59%) mulheres. A
média de idade do grupo controle foi significantemente superior ao grupo com DII (45,7
± 11,5 vs. 40 ± 13,1 respectivamente, P= 0,001). Por outro lado, os pacientes com DII
eram mais freqüentemente de zona rural que os controles (P= 0,003). As demais
variáveis sócio-demográficas foram similares em ambos os grupos.
Em comparação aos controles, os pacientes com DII possuíram uma maior proporção
de onicomicoses (16,3% vs. 6%, respectivamente, P <0,05). Os fatores de risco
predisponentes nos pacientes com DII para onicomicose foram maior idade (P =0,02) e
menor contagem de leucócitos durante o tratamento com azatioprina (AZA) (P=0,04).
Quando consideramos os patógenos de maior prevalência, os dermatófitos (76,2%)
predominaram amplamente sobre leveduras (19%) e fungos filamentosos não
dermatófitos. Conclusões: A prevalência das onicomicoses nos pacientes com DII foi
relativamente alta (16.3%). Os fatores de risco associados com infecções ungueais
incluíram, idade mais avançada e menores níveis de leucócitos durante terapia com
AZA. Desta forma, DII deve ser incluída nos fatores de risco predisponentes para
onicomciose. / -
|
180 |
Nível ósseo marginal em população de idosos institucionalizados / Marginal bone level in institutionalized elderly populationSouza, Silvia Ferreira de, 1970- 18 August 2018 (has links)
Orientador: Eduardo Hebling / Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba / Made available in DSpace on 2018-08-18T21:15:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Souza_SilviaFerreirade_M.pdf: 622832 bytes, checksum: e711ade5c26d35edfa9b7f9cb5a5d983 (MD5)
Previous issue date: 2011 / Resumo: O aumento da longevidade da população mundial faz com que a expectativa de manutenção da dentição possa ser observada em idosos. Esse fato pode acarretar em aumento da prevalência das doenças periodontais nessa população. O objetivo desse estudo foi avaliar a condição periodontal de idosos institucionalizados. Foram utilizados dados secundários provenientes de estudo anterior. Foram avaliados os exames radiográficos periapicais padronizados obtidos de uma amostra de 70 pessoas, de ambos os gêneros, com idade acima de 65 anos, funcionalmente independentes ou parcialmente independentes, com o mínimo de 6 dentes em ambas as arcadas, residentes em duas instituições da cidade de Piracicaba-SP, Brasil. As radiografias foram avaliadas por um examinador calibrado (Kappa > 85%), em ambiente escuro, com uso de lupa, negatoscópio e paquímetro digital. O Nível Ósseo Marginal (NOM) interproximal foi utilizado como parâmetro de avaliação. Os dados foram avaliados pelos testes de Wilcoxon e Kruskal-wallis. A prevalência de reduzido NOM foi alta, influenciando a expressiva perda dentária observada entre os idosos. Nenhuma diferença na distribuição do NOM entre os grupos de dentes foi observada. Futuras ações e políticas de saúde devem ser desenvolvidas para melhorar a condição periodontal para essa população / Abstract: The increase in longevity of the world population makes the expectation of maintenance of dentition can be observed in the elderly. This fact may result in increased prevalence of periodontal diseases in this population. The aim of this study was to evaluate the periodontal condition of institutionalized elderly. Secondary data from a previous study were used. Standardized periapical radiographic exams obtained from a sample of 70 subjects, both genders, aged above 65 years, functionally independent or partially independent, with a minimum of 6 teeth in both the arcades, residing in two institutions of the city of Piracicaba-SP, Brazil, were assessed. The radiographs were evaluated by a calibrated examiner (Kappa > 85%), in environment dark, using loupe, negatoscópio and digital caliper. Interdental Marginal Bone Level (MBL) was used as assessed parameter. The data were assessed by means of Wilcoxon and Kruskal-wallis tests. The prevalence of reduced MBL was high, influencing the expressive tooth loss among the elderly. No difference in a distribution of the MBL between the teeth groups was founded. Further preventive actions and health politics have been developed for improve the periodontal status for this population / Mestrado / Odontologia em Saude Coletiva / Mestre em Odontologia em Saúde Coletiva
|
Page generated in 0.0629 seconds