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Amonóides e inoceramídeos da formação Riachuelo, Albiano médio-final, Bacia de Sergipe, Brasil

SOBRAL, Anderson da Conceição Santos 28 February 2015 (has links)
Submitted by Isaac Francisco de Souza Dias (isaac.souzadias@ufpe.br) on 2016-01-19T19:11:07Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) TESE Anderson C S Sobral 2015.pdf: 4209077 bytes, checksum: e5275991dcbcf588a5afc0ff94990e1c (MD5) / Made available in DSpace on 2016-01-19T19:11:07Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) TESE Anderson C S Sobral 2015.pdf: 4209077 bytes, checksum: e5275991dcbcf588a5afc0ff94990e1c (MD5) Previous issue date: 2015-02-28 / CAPES / Os amonóides e inoceramídeos são macrofósseis de grande potencial bioestratigráfico e ocorrem associados em três bacias sedimentares brasileiras, sendo mais representativos na Bacia de Sergipe, em especial na Formação Riachuelo, que integra o sistema de bacias marginais do leste sul-americano, tem variado registro fossilífero e importantes afloramentos das sequências marinhas cretáceas. A tese tem como objetivo principal o estudo taxonômico, tafonômico e paleoecológico dos amonóides e inoceramídeos da Formação Riachuelo, Bacia de Sergipe, visando contribuir com o refinamento do zoneamento bioestratigráfico do Albiano médio-final. A metodologia aplicada é dividida nas seguintes etapas: a) levantamento dos acervos das coleções científicas do Laboratório de Paleontologia da UFS e do Departamento de Geologia da UFPE; b) trabalhos de campo; c) e de laboratório, para preparação, identificação, classificação, revisão taxonômica e elaboração de zoneamento bioestratigráfico. Como resultados foram identificados três gêneros e seis espécies da Subordem Ammonitina: 1. Elobiceras lobitoense Spath, 1922; 2. Elobiceras raymondi Haas, 1942; 3. Oxytropidoceras buarquianum Maury, 1936; 4. Oxytropidoceras sergipensis White, 1887; 5. Mortoniceras sergipensis White, 1887, 6. Mortoniceras rostratum Sowerby, 1817. A presença de Neocomiceramus anglicus Woods, 1911 da Família Inoceramidae, na Formação Riachuelo é registrada aqui como primeira ocorrência no Brasil. Os fósseis analisados apresentam idades no intervalo Albiano médio-final. Três biozonas foram reconhecidas: Zona Oxytropidoceras buarquianum (Albiano médio); Zona Elobiceras raymondi (Albiano tardio inicial); Zona Mortoniceras sergipensis (Albiano tardio final). O zoneamento foi balizado pela presença de Neocomiceramus anglicus (Albiano médio- tardio). Os aspectos tafonômicos da associação dos amonóides sugerem que os depósitos foram gerados por fluxos de tempestades. A assembleia é composta por “formas flutuantes” que sofreram transporte, com preferência hidrodinâmica por ambiente nerítico no Albiano médio ao superior inicial e oceânico no Albiano tardio final, sugerindo uma transgressão para o topo da sequência. / The ammonoids and inoceramids are among the macrofossils with best biostratigraphic potential. They occur associated in three brazilian sedimentary basins, better represented in the Sergipe Basin, especially in the Riachuelo Formation, part of the marginal system of South American East, with diverse fossil record and important outcrops of marine Cretaceous marine sequences. This thesis presentes taxonomic, taphononic and paleoecologic study of ammonoids and inoceramids of the Riachuelo Formation, in Sergipe Basin, aiming to contribute with the refining of the biostratigraphy of the middle-late Albian. The methodology is divided into: a) analysis of scientific collections of the Laboratorio de Paleontologia da Universidade Federal de Sergipe and the Departamento de Geologia da Universidade Federal de Pernambuco; b) field work; c) laboratory work for preparation, identification, classification, taxonomic revision and elaboration of biostratigraphic zoning. Were identified three genera and six species of suborder Ammonitina: 1. Elobiceras lobitoense Spath, 1922; 2. Elobiceras raymondi Haas, 1942; 3. Oxytropidoceras buarquianum Maury, 1936; 4. Oxytropidoceras sergipensis White, 1887; 5. Mortoniceras sergipensis White, 1887, 6. Mortoniceras rostratum Sowerby, 1817. The presence of Neocomiceramus anglicus Woods 1911 of Inoceramidae Family, in Riachuelo Formation is recorded here as the first occurrence in Brazil. Analyzed fossils have ages ranging from middle to late Albian. Three biozones were recognized: Oxytropidoceras buarquianum Zone (middle Albian); Elobiceras raymondi Zone (upper early Albian); Zone Mortoniceras sergipensis (upper late Albian). Age was also buoyed by the presence of Neocomiceramus anglicus (Middle Albian). The taphonomic aspects of the ammonoid assemblage suggest that deposits were generated by storms flows. The assemblage is composed of "floating forms” who experienced transport, with hydrodynamic preference for nerític environment in the middle Albian and ocean environment in the upper Albian, suggesting a transgression toward the top of the sequence.
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Caracterização tafonômica das concentrações fossilíferas do Calcário Esperança, Formação Piauí (Carbonífero Superior), Bacia do Parnaíba e suas implicações paleoecológicas e paleoambientais / Not available.

Juliana Rodrigues da Silva Nunes 30 June 2003 (has links)
A Formação Piauí (Carbonífero Superior), Bacia do Parnaíba, preserva uma grande quantidade de invertebrados conchíferos, distribuídos em fácies carbonáticas com diferentes histórias deposicionais. Entretanto, até o presente momento, os estudos relacionados a essa importante unidade litoestratigráfica enfocaram, principalmente, a sedimentologia da área e a taxonomia dos invertebrados. Há somente breves trabalhos de cunho tafonômico para a bacia, sendo esses essenciais para a compreensão da gênese das concentrações fossilíferas ali presentes e para análises paleobiológicas modernas. Desse modo, o intuito desse trabalho foi realizar a caracterização bioestratinômica das concentrações de bioclastos da fácies Esperança, objetivando interpretar a sua gênese. O Calcário Esperança foi dividido em 7 pontos de coleta, de modo a abranger toda a porção aflorante. Três unidades microestratigráficas sobrepostas foram estabelecidas. A fauna de tais unidades é dominada por braquiópodes, com ocorrência subsidiária de bivalves, briozoários e vegetais. Os fósseis estão, predominantemente, bem preservados e representados por moldes e contra-moldes externos. As unidades estudadas diferem umas das outras em suas composições taxonômicas e ecológicas, em seus padrões tafonômicos e nas distribuições de freqüência de tamanho das guildas que as compõe. A análise dessas unidades auxilia na elucidação da historiografia do registro da fácies carbonática Esperança. Os bioclastos acumuladosnas três unidades supracitadas não foram significantemente afetados por processos bioestratinômicos biológicos, tais como incrustação e bioerosão. Porém, esses foram moderadamente alterados por processos mecânicos, tal como desarticulação. Além disso, pôde-se observar que as valvas ventrais predominam entre os restos esqueléticos presentes nas acumulações de braquiópodes. Contudo, um desvio significativo na proporção 50:50 não foi observado entre as valvas direita e esquerda, preservadas em concentrações onde bivalves predominam. A história deposicional dessa fácies iniciou-se com a unidade 1. Essa é representada por um pacote dolomítico afossilífero, com dois pavimentos do braquiópode inarticulado Orbiculoidea intercalados. As características bioestratinômicas dos fósseis dessa unidade (e.g., presença de bioclastos com a convexidade para cima e para baixo, em relação aos estratos, com porcentagens muito semelhantes; proporção de valvas opostas próxima a 50:50; ausência de seleção de tamanho) sugerem que seu transporte não foi significativo e que a energia do ambiente de deposição dessa unidade foi baixa. Ademais, a baixa diversidade faunística sugere que a unidade em questão tenha sido depositada sob condições físicas estressantes. Características sedimentológicas e diagenéticas, bem como as análises de microfácies realizadas apontam para condições deposicionais disaeróbicas, as quais parecem estar associadas a um ambiente marinho proximal, porém com circulação de água restrita. As características tafonômicas são compatíveis com essa interpretação. O estudo tafonômico dessa unidade do Calcário Esperança permitiu, ainda, a elucidação de aspectos da paleoecologia dos representantes do gênero predominante nessa unidade, qual seja, as Orbiculoidea. Esses organismos são uma das criaturas mais enigmáticas do Paleozóico e a grande maioria dos trabalhos a eles relacionados trata apenas da taxonomia do gênero. Características tafonômicas, morfológicas, sedimentológicas e dados obtidos na literatura indicam que esses braquiópodes inarticulados foram organismos epifaunais e pedunculados, vivendo fixos diretamente no substrato ou em restos esqueléticos presentes no fundo marinho. Esses devem ter sido organismos fisiologicamente generalistas e oportunistas, podendo habitar locais fisicamente estressantes. Por fim, é possível afirmar que apresentaram uma ampla tolerância batimétrica durante o Paleozóico, apesar de terem habitado, preferencialmente, ambientes de baixa energia, os quais estão freqüentemente associados com sedimentos finos. Em seguida, ocorreu a deposição da unidade 2. Essa unidade é representada por um dolomito cinza claro, com fósseis dispersos na matriz sedimentar. Há, ainda, cinco pavimentos constituídos por braquiópodes articulados intercalados. As assinaturas tafonômicas dos bioclastos (e.g., predominância de espécimes desarticulados e de valvas ventrais em detrimento devalvas dorsais) e a biofábrica (e.g., elevada porcentagem de espécimes na posição hidrodinâmica estável) sugerem que essa unidade represente um tempestito distal, depositado logo acima do nível de base de onda de tempestade. Os grupos ecológicos presentes apontam para o mesmo ambiente deposicional inferido a partir das características tafonômicas. Além disso, as características paleoautoecológicas dos organismos preservados nessa unidade (e.g., presença de um grande sulco mediano nos estrofomenídeos e de asas nos espiriferídeos) são sugestivas de um paleoambiente de águas calmas e com substrato mole. Por fim, ocorreu a deposição da unidade 3. Tal unidade é constituída, predominantemente, por espécimes de bivalves articulados e preservados em posição de vida. Essas características são indícios de que a unidade em questão também represente um tempestito distal, porém depositado abaixo do nível de base de onda de tempestade. A abundância de detritívoros na fauna dessa unidade, representados pelo gênero Solemya, sugere, ainda, a ocorrência de águas calmas e de substrato lamoso, rico em matéria orgânica, durante o período de deposição da referida unidade. No que se refere ao intervalo de tempo compreendido pelas concentrações fossilíferas preservadas, critérios tafonômicos, ecológicos, sedimentológicos e atualísticos sugerem a ocorrência de mistura temporal da ordem de centenas de anos. As informações obtidas a partir do estudo das três unidades preservadas no Calcário Esperança sugerem que o ambiente de deposição dessa fácies carbonática tornou-se gradativamente mais profundo ao longo do tempo. Esse parece ter sido o principal fator responsável pela variação faunística observada entre as unidades. Os resultados obtidos reiteram a importância da tafonomia e da paleoecologia como ferramenta imprescindível na reconstrução de mudanças ambientais e da dinâmica deposicional do passado. / The Piauí Formation (Upper Carconiferous), of the Parnaíba Basin, preserves a rich and diversified invertebrate fauna, distributed in carbonate facies of varying depositional histories. Until now, studies related to this important lithostratigraphic unit focused mainy on the sedimentology of the area and the taxonomy of the invertebrates. There are only brief taphonomic works about this basin, and they are essential to understand the genesis of any fossil concentrations present and for modern paleobiological analysis. The purpose of this work is to produce a biostratinomic characterization of the bioclast concentrations from the Esperança facies, and to interpret its genesis. The \"Esperança Limestone\" was sampled at seven locations in the quarry, selected to represent all exposure portion. Three microstratigraphic units were recognized. The fauna is mostly Brachiopoda, along with Bivalvia, with minor occurrences of Bryzoa and Plantae. Most fossils are well preserved and represented by molds and casts. The three units differ from one another in taxonomic and ecological compositions, taphonomic patterns and in size frequency distributions of the guilds that are present. Detailed biostratinomic reconstruction of these useful insights into the depositional history of the Esperança limestone facies. Accumulation of bioclasts in the three units was not significantly affected by biological biostratinomic processes, such as encrustation and bioerosion. These, however, were moderately altered by mechanical processes like disarticulation. It could also be observed that the ventral valves dominate among skeletal remains in brachiopods accumulations. Nevertheless, there was no significant deviation from the 50:50 ratio of opposing valves in bivalves concentrations. The depositional history of the \"Esperança Limestone\" began with unit 1, a dolomite unfossiliferous except for two pavements of the inarticulate brachiopod Orbiculoidea. Biostratinomic features of the fossils from that unit (e.g., similar proportion of convex-up and convex-down specimens; ratio of opposite valves close to 50:50; lack of size selection) suggest that the transport was not significant and that the energy of the depositional environment of this unit was low. Moreover, the low faunal diversity suggests that the unit in subject has been deposited inder physical stressful conditions. Sedimentological and diagenetics features, as well as the analyses of microfacies point for dysaerobic depositional conditions, which seem to be associated to a proximal marine environment, with restricted circulation of water. The taphonomic features observed are compatible with that interpretation. In addition, the study of unit 1 of the \"Esperança Limestone\" allows an elucidation of the paleoecology of its most common taxa, Orbiculoidea. These inarticulate brachiopods are one of the most enigmatic creatures of the Paleozoic. The overwhelming majority of the works related to them treat only the taxonomy of the gender. Taphonomic, morphologic, sedimentological features and data from the literature indicate that they were epifaunal and pedunculated organisms. They were fixed directly to the substratum or to skeletal remains on the ocean floor. They could have been physiological gerenalists abd opportunists and probably inhabited physically stressed places. Finally, they had a wide bathymetric tolerance. However, they preferentially inhabited low energy environments, which are frequently associated with fine, argillaceous sediments. The subsequent deposition of the unit 2 is represented by a clean grey dolomite, with fossils dispersed throughout the matrix. There are five inserted pavements of articulate brachiopods. The taphonomic signatures of the bioclasts (e.g., predominance of disarticulates specimens and greater proportion of ventral valves) and the biofabric (e.g., high percentage of specimens in a hydrodynamically stable position) suggest that it is a distal tempestite, deposited soon above the level of storm wave base. The ecological groups present point to the same depositional environment inferred from the taphonomic features. Furthermore, paleoautoecology characteristics of the organisms of that unit (e.g., presence of a big medium sulcus in the productids and of large wings in the spiriferids) suggest an environment of calm waters and soft substratum. Finally, unit 3 represents the final part of the depositional history recorded in the \"Esperança Limestone\". This unit consists, predominantly, of the articulated specimens, preserved in life position. Such characteristics indicate another unit which represents a distal tempestite, even so deposited below the level of storm wave base. The abundance of deposit-feeding organisms in the fauna of that unit, represented by the gender Solemya, also suggests the occurrence of calm waters and of a mud substratum, rich in organic matter, during the deposition of this unit. The taphonomic, ecologic and sedimentological analysis and, also, actualistic studies related to brachiopods suggest that the preserved concentrations are time-averaged, in order of hundreds of years. Informations obtained from the study of the three units of \"Esperança Limestone\" indicate that the depositional environment became gradually deeper with time, and it seems to have been the main factor responsible for faunal variations amongst the units. The results reiterate the importance of the taphonomy and paleoecology as tools of reconstruction of environments and environmental changes of the past and of the depositional dynamics.
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Geoquímica e proveniência do Grupo Bauru no Oeste de Minas Gerais / Geochemistry and provenance of Bauru Group on West Minas Gerais State

Mattos, Nathália Helena Secol, 1988- 08 August 2014 (has links)
Orientador: Alessandro Batezelli / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-25T21:40:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Mattos_NathaliaHelenaSecol_M.pdf: 5195246 bytes, checksum: 2551186b0e4a53abcac203b4227922a3 (MD5) Previous issue date: 2014 / Resumo: Estudos geoquímicos e mineralógicos de arenitos e argilitos da Bacia Bauru (Cretáceo Superior), localizada na região do Triângulo Mineiro (Minas Gerais) foram realizados visando à determinação da proveniência, tectônica da rocha fonte, o papel de processos como intemperismo e reciclagem sedimentar na assinatura geoquímica da rocha fonte e à proposição de um modelo de evolução paleoambiental para a área de estudo. As amostras tem sua mineralogia principal composta por quartzo, microclínio, calcita, albita, dolomita e hematita. Illita, montmorillonita e paligorsquita são os argilominerais identificados. Elementos maiores, traços e terras raras e as razões elementares entre eles foram utilizadas para determinar a composição da rocha fonte. Valores do Índice Químico de Alteração e do Índice de Intemperismo Químico variando de 64 a 92 e de 84 a 98, respectivamente, e a ocorrência de feldspatos nas rochas sedimentares indicam intemperismo químico moderado na área fonte. Gráficos de elementos maiores e traços e valores para razões como La/Sc (1,47-4,86), (La/Yb)c (3,86-20,44) e a anomalia de Eu (Eu/Eu* = 0,62-0,92) comparados com dados da literatura sugerem que os sedimentos da Bacia Bauru na área de estudo tenham sido originados de rochas de composição quartzítica a granítico-gnáissica, derivadas de áreas continentais estáveis e depositados em ambientes de bacias intracratônica. A possível área-fonte para as rochas estudadas localiza-se a NE da Bacia Bauru, consistindo em rochas graníticas e metassedimentares do embasamento pré-cambriano. A deposição sedimentar na Bacia Bauru reflete a interação de processos aluviais e lacustres / Abstract: Geochemical and mineralogical studies of sandstones and mudstones from the Late Cretaceous Bauru Basin of Triângulo Mineiro region (Minas Gerais State) were undertaken to determine the provenance, tectonic setting, the role of weathering, sorting and recycling on the source rock geochemical signature and to propose a palaeoenvironmental evolution model to the study area. The analysed samples are mainly composed by quartz, microcline, calcite, albite, dolomite and hematite. Illite, montmorillonite and palygorskite are the identified clay minerals. Major elements were used to determine the source rock composition, as well as trace and rare earth elements and the ratios among them. Chemical Index of Alteration and Chemical Index of Weathering ranging from 64.83 to 92.3 and from 84 to 98.2, respectively, along with the feldspar occurrence on sedimentary rocks indicate a moderate weathering in the source area. Plots of major and trace elements and values for the ratios such as La/Sc (1.47-4.86), (La/Yb)c (3.86-20.44) and the Eu anomaly (Eu/Eu*= 0.62-0.92), compared to data from the literature indicate source rock was located into a continental passive margin tectonic setting and sediments were derived from quartzitic to granitic-gneissic rocks of stable continental areas and deposited in an intracratonic basin. Probable source area to the studied rocks is located at NE of Bauru Basin and consists in granitic and metassedimentary rocks from the Precambrian basement. Sedimentary deposition in Bauru Basin reflects an interaction of alluvial and processes / Mestrado / Geologia e Recursos Naturais / Mestra em Geociências
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Aspectos taxonômicos e paleoecológicos dos braquiópodes e moluscos (Bivalves) da Formação Inajá (Devoniano), Bacia do Jatobá (PE)

PEREIRA, Priscilla Albuquerque 31 January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:02:58Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo2592_1.pdf: 5032434 bytes, checksum: d14f063d8f3797fef831fdc3580957dc (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2011 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Neste trabalho foram realizadas uma análise taxonômica e paleoecológica dos invertebrados da fauna devoniana da Formação Inajá (Bacia do Jatobá, PE). Os filos estudados foram os Brachiopoda e Mollusca, especificamente, Bivalvia, que respondem pela comunidade dominante na formação. A pesquisa envolveu levantamento bibliográfico, levantamento em coleção paleontológica do Departamento de Geologia da Universidade Federal de Pernambuco (DGEO CTG UFPE), trabalhos de campo e laboratoriais. Os espécimes coletados correspondem a substituições e moldes internos e externos de valvas conjugadas e isoladas. A fauna estudada neste trabalho é composta por 761 exemplares distribuídos entre braquiópodes das ordens Lingulida, Terebratullida e Rhynchonellida com os taxa: Lingula aff. scalprum, Orbiculoidea sp., Camarotoechia jatobensis e Hamburguia sp., e por bivalves das ordens Pterioida, Modiomorphoida, Pholadomyoida, Nuculanoida, Carditoida, Malletiidae com os taxa: Leptodesma (Leptodesma) langei, Spathella brevis, Sanguinolites pernanbucensis, Sanguinolites rochacamposi, Edmondia philipi, Nuculites aff. oblongatus, Streblopteria antiqua, Cypricardella petrolandensis. Estes espécimes foram coletados em quatro localidades Sítio Quixabinha, Saco do Machado, Sìtio dos Nunes, município de Tacaratu - PE e Salinas, município de Petrolândia PE, onde perfis estratigráficos foram levantados e interpretados. Diante de todas as informações sedimentológicas, estratigráficas e paleontológicas levantadas concluiu-se que a Formação Inajá representa um ambiente deposicional marinho proximal dominado por ondas e influenciado por marés, com comunidade dominantemente semiinfaunal e infaunal, com águas moderadamente quentes de salinidade normal e pouco profunda. Uma reconstrução paleosinecológica foi proposta para a Formação Inajá
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Dinâmica dos Espodossolos, da vegetação e do clima durante o Quaternário tardio na região nordeste do estado do Espírito Santo / Late Quaternary dynamics of Spodosols, vegetation and climate at the northeastern region of Espírito Santo state

Buso Junior, Antonio Alvaro 08 May 2015 (has links)
Esse trabalho, realizado na região nordeste do estado do Espírito Santo, é dividido em duas partes. A primeira envolve a caracterização da precipitação polínica moderna da vegetação de mata de tabuleiros e de duas fisionomias de vegetação de muçununga. A segunda consiste na reconstrução paleoambiental no Quaternário tardio, com base em estudo interdisciplinar aplicado a Espodossolos e sedimento lacustre. A caracterização da precipitação polínica moderna mostrou que a mata de tabuleiros é marcada por maiores taxas de acumulação polínica, maiores frequências de Urticaceae/Moraceae e presença de táxons raros, tais como Glycydendron, Rinorea, Hydrogaster, Virola e outros. A vegetação da muçununga arborizada foi caracterizada por taxa de acumulação polínica intermediária, altas frequências de Byrsonima, e frequências mais elevadas de Araliaceae, Doliocarpus e Lundia. A vegetação de muçununga campestre é caracterizada por menores taxas de acumulação polínica e maiores frequências de Poaceae, Cyperaceae e Asteraceae. A comparação desses resultados com amostra superficial de sedimento lacustre mostrou que em amostras sedimentares o sinal polínico de mata de tabuleiros pode ser mascarado pela alta frequência de espécies semi-aquáticas das famílias Poaceae e Cyperaceae, e por altas frequências de espécies pioneiras, tais como Cecropia. O estudo de reconstrução do paleoambiente permitiu a elaboração de um modelo para a evolução das manchas de Espodossolo da região, as quais sustentam as diferentes fisionomias da vegetação de muçununga. Segundo esse modelo, essas manchas seriam originárias da transformação do Argissolo devido a fatores relacionados ao relevo e a paleoclimas mais úmidos. Entretanto, não é possível descartar a possibilidade de que algumas manchas de Espodossolo tenham se originado em sedimentos intrinsecamente arenosos relacionados ao Pós-Barreiras. O estudo também permitiu inferir flutuações do paleoclima durante o Quaternário tardio. Um clima mais úmido no intervalo aproximado de 31000-23000 anos cal. AP, com chuvas bem distribuídas ao longo do ano, é inferido com base no início do processo de podsolização e no desenvolvimento de algumas das atuais manchas de Espodossolo. O intervalo seguinte, aproximadamente entre 23000-8000 anos cal. AP, é inferido como menos úmido que o anterior, com base na expansão pontual de plantas C4 observada na matéria-orgânica do solo, e na ausência do sinal polínico de mata de tabuleiros entre 11000-8000 anos cal. AP no sedimento lacustre. O último intervalo, entre cerca de 7000 anos cal. AP até hoje, é inferido como mais úmido, com base no início do registro polínico em área de Espodossolo alagado e formação de horizonte B espódico secundário, e também na expansão das matas de tabuleiros observada no sinal polínico do sedimento lacustre. O registro polínico sedimentar mostra a presença de táxons com distribuição disjunta entre os biomas Amazônia e Mata Atlântica desde cerca de 8500 anos cal. AP. O registro polínico, a matéria-orgânica sedimentar e a matéria-orgânica dos solos não mostram indícios de expansão de campos e savanas com predomínio de plantas C4 durante os últimos 17000 anos cal. AP, o que pode indicar que a região pode ter sido um refúgio florestal durante os períodos menos úmidos do Pleistoceno tardio e do Holoceno / This study was carried out at the northeastern region of the Espírito Santo State, Brazil. It is organized in two main parts. The first one is related to the characterization of the modern pollen rain of the \"tabuleiros\" forest vegetation and of two distinct physiognomies of mussununga vegetation. The second part consists of the late Quaternary paleoenvironment reconstruction, based on interdisciplinary study applied in Spodosols and lake sediment. The modern pollen rain of the \"tabuleiros\" forest is characterized by the highest pollen accumulation rates, highest frequencies of Urticaceae/Moraceae, and the presence of less frequent and rare taxa as Glycydendron, Rinorea, Hydrogaster, Virola, and others. The wooded mussununga vegetation is characterized by intermediate pollen accumulation rates, high frequencies of Byrsonima, and high frequencies of Araliaceae, Doliocarpus and Lundia when compared with the other vegetation types. The grassland mussununga vegetation is characterized by the lowest pollen accumulation rates, and the highest frequencies of Poaceae, Cyperaceae and Asteraceae. The comparison of these results with the pollen assemblage from lake sediment surface sample shows that in sediment samples the \"tabuleiros\" forest signal may be masked by high frequencies of semi aquatic herbs, mainly Poaceae and Cyperaceae, and pioneer species, especially Cecropia. The paleoenvironment reconstruction study allowed the development of a model for the evolution of Spodosol spots in the region, which sustain the distinct physiognomies of the mussununga vegetation. According to this model, these Spodosol spots originate from the transformation of the Ultisol due to factors related to the relief and more humid paleoclimate events. However, some of these Spodosol spots may have evolved on intrinsically sandy Post-Barreiras sediments. The paleoenvironment study also allowed some inferences about late Quaternary climate fluctuations. Based on the beginning of the podsolization process and on the evolution of some Spodosol spots, the climate during the interval from ~31,000-23,000 cal yr BP may have been humid, without dry period along the year. The next interval, from ~23,000 to 8000 cal yr BP is inferred less humid than the previous one, based on the spatially restricted expansion of C4 plants, observed in the soil organic matter, and on the absence of the \"tabuleiros\" forest pollen signal, from ~11,000 to 8000 cal yr BP, in the lake sediment. The climate of the last interval, from ~7000 yr cal BP to the present, is inferred more humid than the previous one, based on the beginning of the pollen record in a flooded Spodosol site, and on the expansion of the \"tabuleiros\" forest in the pollen record of the lake sediment. Geographically disjunct taxa between Amazonia and Atlantic Forest biomes are present in the pollen record from the lake sediment since ~8500 cal yr BP to the present. Pollen records, and sediment and soil organic matter do not show the expansion of grasslands or savannas dominated by C4 plants during the last 17,000 cal yr BP, which may indicate that the region probably was a forest refuge during the less humid intervals of late Pleistocene and Holocene
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Tafoflora interglacial neocarbonífera do Sítio Volpe, município de Monte Mor (SP), Subgrupo Itararé, Nordeste da Bacia do Paraná: revisão e complementação / Not available.

Mune, Sandra Eiko 28 March 2005 (has links)
Sob a influência da glaciação permo-carbonífera gondvânica, depositaram-se complexas associações de fácies que originaram o Subgrupo Itararé (Grupo Tubarão), na bacia do Paraná. Numa das fases interglaciais por que passou o Estado de São Paulo, desenvolveu-se a vegetação que originou a tafoflora do sítio Volpe (ex-sítio da Mina) em Monte Mor (SP). Trata-se de assembléia fitofossilífera ocorrente na porção mediano-basal do Subgrupo, constituída predominantemente de Brasilodendron, Paranocladus, Ginkgophyllum, e subordinadamente de outros gêneros licofíticos tais como Bumbudendron, Leptophloeum e cf. Cyclodendron, bem como gêneros esfenofíticos como Trizygia, Koretrophyllites e Paracalamites, além dos morfogêneros gimnospérmicos Botrychiopsis, Nothorhacopteris, Noeggerathiopsis e Buriadia. Com base em novas amostras e estudos cuticulares, foi possível melhor relacionar neste conteúdo fitofossilífero a presença de Paranocladus dusenii com sementes platispérmicas de Paranospermum cambuiense e registrar formas inéditas para a assembléia, como por exemplo, Ginkgophyllum cf. G. diazii, G. cf. G. kidstonii, (?) Ginkgophyllum spathulifolia, Cordaicarpus cesarii e Samaropsis cf. S. cuerdai. O estudo de megásporos demonstrou ser a espécie Sublagenicula brasiliensis a mais abundante. Registra-se ainda, a ocorrência de duas formas inéditas para a localidade: Banksisporites tenuis e B. vulgatus. A análise palinológica revelou um conteúdo diversificado, predominantemente esporofítico, com significativa abundância dos gêneros Lundbladispora e Vallatisporites e de tipos subsidiários como Horriditriletes, e Calamospora, entre outros, além de grãos de pólen dos gêneros Plicatipollenites, Potonieisporites, Meristocorpus, Limitisporites, e Scheuringipollenites. A flora interglacial do sítio Volpe se desenvolveu numa latitude ao redor de 60° Sul, em condições paleoclimáticas frias. A retração da geleira e a proximidade com o mar, provavelmente, tornaram o clima mais ameno, propiciando o desenvolvimento de comunidades hidro-higrófilas (licófitas e esfenófitas), higro-mesófilas (Koretrophyllites, Botrychiopsis, Nothorhacopteris), mesófilas (cordaitales) e meso-xerófilas (Ginkgophyllum, Paranocladus e Buriadia). As comunidades registradas na lapa do carvão, provavelmente, estariam instaladas em áreas de planície de maré (com licófitas formando associações praticamente puras). As comunidades registradas na capa do carvão, estariam instaladas em planícies de inundação (associações de licófitas, progimnospermas) ou em áreas mais altas (coníferas e ? ginkgoales). Num contexto geral, haveria certo autoctonismo/parautoctonismo, no caso de licófitas e esfenófitas, e aloctonismo para as ginkgoales (?) e voltziales. O clima frio corroboraria para a ocorrência de formas de porte herbáceo a arbustivo. Contudo, esse clima, provavelmente, não foi tão rigoroso, pois possibilitaria a formação de camada de carvão, ainda que de pequena espessura. A presença de algas do tipo Botryococcus denotaria ambientes de água doce e a presença de conchostráceos reforçaria esta hipótese. Um melhor posicionamento bioestratigráfico desta tafoflora é aventado dentro da palinozona Intervalo Crucisaccites monoletus e da III associação megaflorística \"Paranocladus-Ginkgophyllum-Brasilodendron\" do Estado de São Paulo. A mais provável correlação, na Argentina, seria com a Zona Intervalo, ainda que estejam presentes elementos da Zona NBG. Embora não se possa ainda ssegurar uma idade estefaniana para a tafoflora, esta atribuição apresenta-se como a mais provável. O trabalho de revisão e complementação do conteúdo da tafoflora interglacial neocarbonífera do sítio Volpe (ex-Sítio da Mina), Monte Mor (SP) foi desenvolvido como parte integrante do Projeto Temático Fapesp 97/3639-8: \"Levantamento da composição e sucessão paleoflorísticas do Neocarbonífero-Eopermiano (Grupo Tubarão) no Estado de São Paulo\". / Under the Gondwanan Permo-Carboniferous glaciation influence, complex associations of facies were deposited, originating the Itararé Subgroup (Tubarão Group), in the Paraná Basin. In one of the interglacial phases that the São Paulo State has been through it was developed the vegetation which originated the taphoflora of the Volpe ranch (ex-Mine ranch) in Monte Mor Municipality (SP). It is composed by a phytofossiliferous assembly, which occurs in the mid-basal portion of the Subgroup, constituted mainly by Brasilodendrom, Paranocladus, Ginkgophyllum, and subordinately by other sphenophytic genera such as Trizygia, Koretrophyllites and Paracalamites, and gymnospermous morphogenera Bothryopsis, Nothoehacopteris, Noeggerathiopsis and Buriadia. Based on new samples and on cuticular studies, it was possible to relate better in this fossiliferous content, the association on Paranocladus dusenii with platyspermic seeds of Paranospermum cambuiense, and register not yet recognized forms for the assembly, as Ginkgophyllum cf. G. diazii, G. cf. G. kidstonii, (?) Ginkgophyllum spathulifolia, Cordaicarpus cesarii and Samaropsis cf. S. cuerdae. The megaspores study, has demonstrated the species Sublagenicula brasiliensis, to be the most abundant. Two forms not yet registered for the locality were detected: Banksisporites tenuis and B. vulgatus. The palynological analysis revealed a diversified content, mainly sporophytic, with significant presence of the genera Lundbladispora and Vallatisporites, and subsidiary types as Horriditriletes and Calamospora. Among the pollen grains there were those of the genera Plicatiopollenites, Potonieisporites, Meristocorpus, Limitisporites and Scheuringipollenites. The interglacial flora of the Volpe Ranch was developed in latitude near 60° S, under cold paleoclimatic condjítions. The retraction of the glaciers and the proximity to the sea, are likely reasons for a cooler climate, which proportionate the development of hidro-higrophilic communities (Lycophytes and Sphenophytes), higro-mesophilic communities (Koretrophyllites, Botrychiopsis, Nothorhacopteris), mesophilic communities (Cordaitales) and meso-xerophilici communities (Ginkgophyllum, Paranocladus and Buriadia). The recorded communities in the coal footwall probably were apparently installed in the tide plain areas (forming almost exclusive associations of Lycophytes). On the other hand, the communities recorded in the coal hanging-wall, would be placed in flooding plains (Lycophytes and Progymnosperms associations), or in higher areas (Conifers and ?Ginkgoales). From a general perspective, there would be a sort of autochthonism/para-authochthonism for the Lycophytes, as an allochthonism for the Ginkgoales (?) and Voltziales. A cold climate would corroborate the occurrence of herbaceous to arbustive forms. However, that climate probably was not so rigorous, as it would allow the formation of coal layers even though of small thickness. The presence of Botryococcus-type algae would detonate fresh water environments. This hypothesis would be reinforced by the presence of conchostraceans. A better biostratigraphic positioning for this tafoflora is suggested, into the interval palynozone Crusisaccites monoletus and into the megafloristic association III \"Paranocladus-Ginkgophyllum-Brasilodendron\" of the São Paulo State. The most probable correlation in Argentina would be with the \"Interval Zone\", even if there are elements of the NBG Zone among them. Altough a Stephanian age for the taphoflora can not be assured, this attribution seems to be the most likely. The revision and complementing work of the content of the Late Carboniferous Interglacial Taphoflora from the Volpe Ranch (ex-Mine Ranch), Municipality of Monte Mor (SP), was carried out as a part of the FAPESP Thematic Project 97/3639-8: \"Survey of the paleofloristic composition and succession of Late Carboniferous- Early Permian (Tubarão Group) in the São Paulo State\".
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Tafonomia comparada e paleoecologia dos macroinvertebrados (ênfase em trilobites), da Formação Ponta Grossa (Devoniano, Sub-bacia Apucarana), Estado do Paraná / Not available.

Ghilardi, Renato Pirani 13 September 2004 (has links)
Foi realizado um minucioso estudo tafonômico e paleoecológico para os trilobites (Calmoniidae, Homalonotidae) e outros macroinvertebrados da Formação Ponta Grossa (?Lochkoviano a Frasniano), do Estado do Paraná. Esse estudo foi fundamentado no arcabouço de estratigrafia de seqüências pré-estabelecido, abrangendo nível de detalhamento de quarta a quinta ordens. Três seções colunares, englobando rochas das seqüências B e C da Formação Ponta Grossa foram examinadas: a- seção 1 (estrada de rodagem entre os quilômetros 224 e 231,5 da PR-092, Jaguariaíva), b- seção 2 (ramal ferroviário Jaguariaíva-Arapoti, entre os quilômetros 2,2 e 6,0) e c- seção 3 (quilômetro 60 da PR-340, que liga Castro a Tibagi, município de Tibagi e afloramentos na estrada que parte de Tibagi em direção a NW, rumo a Telêmaco Borba). Em virtude da escala de detalhe da análise proposta, foi estabelecida uma metodologia inovadora para a coleta dos fósseis. Nas seções estudadas foram elaboradas 27 quadrículas que equivalem, cada uma, a um volume de rocha analisado de cerca de 1,2 \'m POT.3\'. Para cada fóssil coletado nessas são registradas, quando possível, até 60 diferentes informações (tafonômicas, paleoecológicas, estratigráficas e taxonômicas, dentre outras). As análises estatísticas feitas incluíram a técnica exploratória da análise de agrupamento, com a metodologia de Ward (para o agrupamento dentro de cada seção) e SLM (Single Linkage Method), no caso de agrupamentos de fósseis de diferentes seções. No total, foram analisados 660 trilobites, tendo sido reconhecidas duas classes tafonômicas principais: a- Classe I, trilobites articulados, onde todos os segmentos do corpo estão associados formando, assim, um único esclerito. Essa classe inclui as seguintes sub-classes: restos de carcaças estendidas, restos de carcaças enroladas e, restos de carcaças torcidas, e b- Classe II, desarticulados, onde ao menos um dos escleritos corpóreos está dissociado do restante, incluindo as sub-classes: a- restos de carcaças parcialmente desarticuladas, onde ao menos dois escleritos permanecem articulados e b- restos de carcaças desarticuladas, onde há a preservação de apenas um dos escleritos. Os trilobites articulados com a carcaça estendida são restos de organismos mortos fora do processo de muda ou restos de mudas preservados imediatamente após o processo de ecdise sendo seu soterramento rápido e, provavelmente, associado a depósitos de sufocamento, abaixo do nível de base de ondas de tempestade. Os trilobites calmoniídeos articulados com a carcaça enrolada representam uma resposta do organismo ao estresse causado pela sedimentação episódica. Os trilobites desarticulados são grande maioria entre os fósseis analisados, sendo que os parcialmente desarticulados podem ser interpretados como bioclastos ainda nas primeiras etapas de desarticulação. Os trilobites totalmente desarticulados representam o último estágio de desarticulação dos trilobites da Formação Ponta Grossa. Contudo, o grau de desarticulação destes bioclastos não pode ser interpretado como um indicativo apenas da duração de exposição ou de transporte físico, pois o controle básico destes pode ser sedimentológico e/ou morfológico. Em relação à paleoecologia dos trilobites, a ausência de hipóstoma dentre esses organismos da Formação Ponta Grossa indica que essa estrutura não era fundida à dobra cefálica. Essa característica denota hábito alimentar de comedores de partículas orgânicas de fundo. Ainda é possível distinguir padrão de muda salteriano para os trilobites calmoniídeos, assim como para os homalonotídeos. Os calmoniídeos são encontrados, muitas vezes, preservados dessa forma. Já os homalonotídeos, apesar de não possuírem registro desse hábito, demonstram, em muitos espécimes, quebra de somitos torácicos. Tal fato é um forte indício de que esses animais utilizavam como escape corpóreo à junção entre o céfalo e o tórax, tipicamente caracterizado, num padrão salteriano, Por sua vez, com relação às classes tafonômicas e sua distribuição ao longo das seções estudadas, nota-se que os trilobites desarticulados têm seu registro preferencialmente associado a depósitos relativamente mais proximais (porções basais do Trato de Sistemas Transgressivo - TST - da Seqüência B). Já os indivíduos articulados são encontrados também nas porções basais do TST, porém em sedimentos das porções inferiores das parasseqüências (Superfícies de Inundação Marinha - SI). Trilobites completos não são encontrados nos depósitos de sufocamento típicos, pois, com o aumento na taxa de deposição de finos, organismos vágeis ainda têm seu escape possibilitado. Os depósitos referentes às SI, por serem seções mais condensadas temporalmente tendem a preservar elementos de ambas as classes tafonômicas, em grande quantidade e possivelmente com acentuada mistura temporal, com bioclastos autóctones e parautóctones. Em se tratando da Seqüência C, nota-se a ausência de fósseis de trilobites, o que pode representar um artefato tafonômico. Essa seqüência está associada a ambientes mais proximais e, portanto, supostamente menos favoráveis à preservação dos trilobites, especialmente sob condições de baixa taxa de sedimentação. A análise em conjunto dos trilobites com os outros macroinvertebrados também revela padrões de distribuição interessantes ao longo das seções analisadas. A análise paleoecológica dos organismos macrofósseis da Formação Ponta Grossa mostra, por exemplo, que os invertebrados detritívoros, como os da infauna rasa, possuem seus picos de abundância justamente juntos às SI. Possivelmente, isso é decorrência do ambiente menos energético e rico em matéria orgânica que caracteriza as SI. Já os invertebrados suspensívoros, como os bivalves de infauna rasa a moderadamente profunda, são menos freqüentes nas SI, pois esses necessitam, dentre outras, de maior energia do meio para que o aporte de partículas, em suspensão, possa ser filtrado por seus sifões. Os TST da Seqüência B contêm, na sua maioria invertebrados suspensívoros, da epifauna livre. Na Seqüência C, os TST são caracterizados por possuírem uma grande proporção de invertebrados suspensívoros, da infauna rasa a moderadamente profunda, o que demonstra uma alteração da estratégia ecológica entre ambas as seqüências. Os Tratos de Sistemas de Mar Alto da Seqüência B não possuem, até o momento, registro fossilífero enquanto que os da Seqüência C apresentam registro de alto número de Tentaculites. Já na Superfície de Máxima Inundação - SIM - da seção 2 de Jaguariaíva são encontrados apenas fósseis com carapaças quitino-fosfáticas, preferencialmente no interior de concreções carbonáticas. As SIM das Seqüências B e C da seção de Tibagi apresentam sua composição faunística mais rica e diversificada apresentando organismos suspensívoros da epifauna livre (Australocoelia sp., Orbiculoidea sp.), invertebrados suspensívoros da infauna rasa a moderadamente profunda (Lingula sp.) e organismos dentritívoros da epifauna vágeis (calmoniídeos e homalonotídeos). Representam, assim, pulsos de oxigênio, indicando períodos menos anóxicos, e condições um pouco mais energéticas. Deste modo, a distribuição dos macrofósseis de invertebrados nas seqüências B e C da Formação Ponta Grossa está, como um todo, relacionada à variação do nível de base da bacia. Outrossim, o registro pode estar indicando mudanças tafonômicas e não exatamente apenas tróficas. Finalmente, esse estudo reforça a idéia de que a tafonomia e a paleoecologia constituem ambas importantes ferramentas às análises estratigráficas, especialmente quando trabalhando em escalas de extremo detalhe (terceira, quarta e quinta ordens). / A detailed taphonomical and paleoecological study was carried out for the trilobites (Calmoniidae, Homalonotidae) and other macroinvertebrates of the Ponta Grossa Formation (?Lochkovian-Frasnian), Paraná Basin (Apucarana Sub-basin), from the Paraná State. The study was based on the availabie sequence stratigraphy framework, in a scale of fourth to the fifth orders. Three columnar surface sections, including rocks of the Sequences B and C of the Ponta Grossa Formation were examined: a- section 1 (kilometers 224 to 231.5 of the PR-092 highway, Jaguariaíva county), b- section 2 (kilometer 2.2 to 6.0 of the Jaguariaíva-Arapoti raiiroad, Jaguariaíva county) and c- section 3 (kiiomeier 60 of the PR-340, Castro to Tibagi, Tibagi county), and outcrops in the (Tibagi-Telêmaco Borba highway, Tibagi county). Because of the scale of detail of the proposed analysis, a new fossil collecting strategy was employed, including the exam of fossil content of 27 squares, each one corresponding equaiiy to the rock volume of 1.2 m³. Up to sixty different taphonomicai, paleoecological, stratigraphicai and taxonomical information, were recorded for each collected fossil. Statistical analyses included the exploratory technique of grouping analysis, with the methodology of Ward and SIM (Singie Linkage Method). In a total, 660 trilobites were analyzed, and two main taphonomical classes were recognized: a- Class I, articulate trilobites, where all of the segments of the body are associated forming a single sclerite. This class includes the following sub-classes: 1- remains of outstretched carcasses; 2- remains of coiled carcasses, and 3- remains of twisted carcasses. b- Class II, disarticulate trilobites, where at least one of the corporal sclerites is dissociated from the remaining, including the following sub-classes: 1- partially disjointed remains, where at least two sclerites are articulated, and 2- disjointed remains, preserving just one of the sclerites. The articulate trilobites with extended carcasses are remains of dead organisms out of ecdysis process or remains of exuviaes preserved immediately after the ecdysis process. The burial of these remains was rapid, and associated with obrution deposits, below storm wave base probably. The articulated calmoniid trilobites with the enrolled carcasses represent a response of the organism to the stress caused by the episodic sedimentation. The great majority of the analyzed fossils are disjointed trilobites, and the partially disjointed ones can be interpreted as bioclasts in the first stages of disarticulation. The totally disjointed trilobites represent the last stage of disarticulation of Ponta Grossa trilobites. However, the degree of disarticulation of these bioclasts cannot be interpreted as a proxy of physical transport or residence time in the sediment/water interface (or TAZ, Taphonomically Active Zone), because the basic control of these can be sedimentary and/or morphologic. As far as the paleoecology, the absence of hipostome among the studied trilobites indicates that this structure was not fused to the cephalic doublure, suggesting a deposit feeding behavior. It is still possible to distinguish salterian pattern of molting for both group of examined trilobites (calmoniids and homaionotids). Commonly, the calmoniids are preserved according to this pattern. Although this type of molding (Salterian) is unknown among the homalonotids in many of studied specimens the thoracic somites are broken This is a strong evidence that during the molding process, the new organism broken the junction between the cephalon and thorax, which characterize the salterian pattern of molding. The obtained results indicate that regarding the taphonomical classes and the distribution along the studied sections, disarticulated trilobites are preferentially recorded in the basal portions of the Transgressive Systems Tracts (TST) of Sequence B. The articulated trilobites are also found in basal portions of TST, but in rocks of the basal portions of the parasequences (Marine Flooding Surfaces - FS, for example). Complete trilobites are not found in obrution deposits, since their escape of the rapid burial that characterizes that deposits is favored by their vagile mode of life. Deposits of Marine Flooding Surfaces (FS) are condensed; preserving trilobites from the above define taphonomic classes. This is a time-averaged record, including parautochthonous to autochthonous remains. On the other hand, the absence of trilobites in rocks of Sequence C may be a taphonomic artifact. This sequence is associated to more proximal environments and, therefore supposedly less favorable to the preservation of the trilobites especially under conditions of low net sedimentation rate. The simultaneously analysis of the trilobites with the other fossil macroinvertebrates also reveal interesting distribution patterns along the analyzed sections. The paleoecological analysis of the macrofossis of the Ponta Grossa Formation shows, for example, that the abundance peaks of the shallow infaunal and the deposit feeding invertebrates are recorded at the FS. This is because the less energetic environmental conditions and organic rich bottoms that prevail during FS. Conversely, shallow infaunal to moderately deep, suspension-feeding bivalves are less frequent in FS. Epifaunal, suspension-feeding invertebrates are the main constituents of the TST of Sequence B. However, in the TST of the Sequence C, the great majority of fossils are shallow to moderately deep infaunal, suspension-feeding invertebrates, demonstrating differences in the ecological pattern from both sequences. Considering the data gathered, the deposits of the Highstand Systems Tracts of Sequence B are unfossiliferous, whereas those from Sequence C have evidence of abundant Tentaculites. In addition, in the Maximum Flooding Surfaces - MFS - from section 2 of Jaguariaíva, chitinous-phosphatic shells are just found, preferentially inside carbonate concretions. However, the MFS of sequences B and C of the section of Tibagi have a far more rich and diversified fauna, including epifaunal, free-lying, suspension-feeding invertebrates (Austalocoelia sp., Orbiculoidea sp.), shallow to moderately deep infaunal, suspension-feeding brachiopods (Lingula sp.) and vagile, epifaunal, deposit feeders (calmoniids and homalonotids). Hence, they represent oxygen pulses, suggesting less anoxic intervals during the MFS. These results indicate that the distribution of the invertebrate macrofossils in rocks of the Sequence B and C of the Ponta Grossa Formation is, as a whole, controlled by changes in water column. Likewise, those records can be indicative of taphonomic and not necessarily trophic changes, alone. Finally, this research reinforces the idea that both taphonomy and paleoecology are complementary tools to the stratigraphical analyses, especially when working in extreme detail scales (fourth and fifth orders, for example).
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Tafonomia e paleoecologia de bivalves permianos em fácies siliciclásticas deficientes em oxigênio: O exemplo das formações Irati e Serra Alta, bacia do Paraná, Brasil / not available

Silva, Suzana Aparecida Matos da 28 July 2016 (has links)
Fácies sedimentares geradas em ambientes restritos, pobres em oxigênio são comuns no registro geológico de vários mares epicontinentais (bacias intracratônicas), sendo particularmente frequentes em trato de sistemas transgressivos de várias sucessões paleozoicas, mesozoicas e cenozoicas. A primeira vista, são constituídas por sucessões monótonas de folhelhos negros ou argilitos, pobres em fósseis, supostamente geradas em condições estáveis de anoxia ou baixas taxas de concentrações de oxigênio. Durante o Paleozoico tardio, a bacia intracratônica do Paraná, localizada no centro-oeste do Gondwana, constituíu um imenso (>1.600.00 km2) mar epicontinental raso e isolado do Oceano Pantalássico. Na sucessão permiana da Bacia do Paraná (Grupo Passa Dois), fácies sedimentares pobres em oxigênio são comuns na Formação Irati (Kunguriano/Artinskiano), rica em Mesosaurus, e na Formação Serra Alta (Roadiano/Wordiano), sobrejacente. Em contraste ao vasto conhecimento que se tem a respeito dos depósitos coevos, de águas rasas da Formação Teresina, onde arenitos bioclásticos e coquinas são comuns, pouco é conhecido sobre a gênese, composição taxonômica e paleoecologia das faunas bentônicas que viveram durante a deposição das formações Irati e Serra Alta. Análises sedimentológicas, tafonômicas e paleontológicas detalhadas na sucessão basal de ambas as unidades, a partir de afloramentos nos estados do Paraná e São Paulo, revelaram que essas possuem histórias deposicionais dinâmicas e complexas. Fundamentado em características texturais (presença/ausência de laminação primária, bioturbação), em ocorrências de conchas de bivalves (autóctones/parautóctones) e na presença/ausência de níveis ricos em concreções ou nódulos fosfáticos, são relatadas variações nas concentrações de oxigênio das águas intersticiais e de fundo, batimetria, taxas de sedimentação e alterações na colonização bentônica para determinados intervalos estratigráficos de ambas as unidades litoestratigráficas. Ao contrário dos depósitos de águas rasas da Formação Teresina, os da Formação Irati são extremamente pobres em invertebrados bentônicos. Neste contexto, é notável a preservação de abundantes bivalves endêmicos de infauna rasa, nos folhelhos da porção basal da Formação Irati. Sua presença em depósitos de costa à fora (offshore) é resultado de transporte por fluxos de tempestade que retiraram conchas diminutas, que colonizaram águas mais rasas e oxigenadas e as levaram para as porções mais distais da plataforma (abaixo do nível de base de ondas de tempestades). Posteriormente, as conchas foram selecionadas e orientadas por correntes de longa duração atuando na plataforma, produzindo pavimentos densos (>90 conchas/20 cm2), ricos em conchas, nos quais as valvas estão preservadas em posição hidrodinamicamente estável (com a convexidade voltada para cima), formando concentrações complexas de conchas, apesar de suas feições internas (microestratigrafia) serem simples. Os novos dados apresentados aqui pela primeira vez possuem importantes implicações paleoecológicas, paleogeográficas e evolutivas que indicam que (a) durante a deposição dos folhelhos betuminosos da Formação Irati, a despeito das condições de anoxia, abundante fauna de bivalves colonizou as águas rasas, marginais contemporâneas da Bacia do Paraná; (b) a natureza mono-/paucispecífica dos pavimentos ricos em bivalves é, em parte, resultado do transporte hidráulico das conchas; e (c) durante a deposição da porção basal da Formação Irati (Membro Taquaral) houve restrição da conexão oceânica, já que a fauna encontrada nos pavimentos é endêmica. Portanto, a origem da famosa malacofauna do Grupo Passa Dois ocorreu em algum momento entre o intervalo de deposição da Formação Palermo, subjacente, e a porção basal da Formação Irati, sobrejacente. Assim sendo, os bivalves endêmicos dessa unidade surgiram ao menos ~10 milhões de anos antes do que anteriormente pensado. Os dados obtidos indicam também que a deposição da sucessão dominada por argilitos, da porção basal da Formação Serra Alta se deu também sob complexa interação de fatores paleoambientais, com flutuações nas taxas de sedimentação e oxigenação de fundo, provavelmente relacionadas a variações climáticas ou tectonicamente induzidas. Os macrofósseis bentônicos estão distribuídos de forma difusa nesta unidade e apenas em alguns níveis se tornam mais abundantes, geralmente no interior de concreções carbonáticas, comuns na porção basal da unidade. Esse fato indica que as condições essenciais para o desenvolvimento de concreções existiram apenas em um intervalo particular da Formação Serra Alta. As fácies sedimentares argilosas ricas em concreções registram três diferentes paleocomunidades bentônicas, incluindo (a) fauna residente adaptada a condições pobres em oxigênio (i.e. pequenos bivalves suspensívoros de infauna pertencentes às espécies Rioclaroa lefevrei, Barbosaia angulata e Ferrazia simplicicarinata que ocorrem associados a traços fósseis do gênero Planolites), (b) táxons quimiossimbiontes, habitando substratos tóxicos (disóxicos extremos) (i.e. bivalves gigantes de infauna, tais como Anhembia froesi, Maackia contorta e Tambaquyra camargoi), e (c) populações eventuais habitando substratos (óxicos/disóxicos) após perturbações de fundo de curto prazo (i.e. traços Planolites e Thalassionoides). No contexto paleoambiental acima, é descrita pela primeira vez uma fauna permiana dominada por bivalves com formas incomuns associados a prováveis exsudações de metano e/ou outros hidrocarbonetos. Argilitos de coloração cinza escura da Formação Serra Alta, aflorando no km 160,7 da Rodovia Castello Branco, município de Porangaba, Estado de São Paulo, apresentam dois horizontes principais ricos em concreções carbonáticas. Dentro das concreções, conchas de bivalves com grandes dimensões (Anhembia froesi, Tambaquyra camargoi e Maackia contorta) estão preservadas. Espécimes de Tambaquyra camargoi podem ser até dez vezes maiores do que os pequenos bivalves encontrados dispersos nos argilitos lateralmente equivalentes da mesma unidade. Intercalada entre os dois horizontes ricos em concreções carbonáticas é encontrada uma camada de calcário brechado, de geometria tabular, e de espessura centimétrica, com laminações provavelmente produzidas por comunidade microbial. Em algumas partes do calcário brechado são observadas estruturas verticais, do tipo flame, formadas por injeções de argilitos altamente bioturbados. A laminação é difusa e os traços horizontais estão alinhados devido à compactação do sedimento. Imediatamente acima, argilitos formam pequenas estruturas dômicas, com a porção central ligeiramente deprimida (= mounds). Tubos horizontais centimétricos e concentrações monoespecíficas de conchas articuladas de Tambaquyra camargoi, estão preservadas na base destas estruturas elevadas. O calcário brechado e estruturas associadas (i.e., mounds) são recobertos por argilitos cinza escuros afossilíferos. Os valores de isótopos de carbono (?13C) para (a) a camada carbonática brechada, (b) argilitos bioturbados, (c) concreções carbonáticas e (d) conchas de bivalves encontradas dentro das concreções carbonáticas são todos negativos (~6,1-7,6?). Esses valores indicam que a precipitação do carbonato pode ter sido resultado da oxidação do metano ou outros hidrocarbonetos mediada por bactérias. O intervalo que contém a camada de carbonato e estruturas dômicas (= mounds) associadas está cerca de ~8,7 metros acima do contato entre a Formação Irati, subjancente, e a Formação Serra Alta, sobrejacente. A primeira unidade litoestratigráfica é conhecida pelo seu alto teor de carbono orgânico total (maiores que 17%) e presença de enxofre. As evidências acima apontam para a presença de um sistema de exsudações ativas de metano e outros hidrocarbonetos no fundo da bacia durante os tempos Serra Alta. Nos locais onde a água intersticial rica em sulfetos era liberada, o substrato era colonizado por bivalves quimiossimbiontes. Ao contrário dos clássicos sistemas de exsudação de metano, registrados ao longo de limites de placas, em bacias de margem ativa, o exemplo aqui descrito está relacionado à compactação de sedimentos ricos em matéria orgânica em bacia intracratônica. As espécies acima pertencem à Família Pachydomidae, que inclui bivalves suspensívoros,de infauna que foi dominante entre os representantes da malacofauna endêmica do Grupo Passa Dois. Consequentemente, eles não são relacionados aos \"clássicos\" bivalves quimiossimbiontes, com representantes viventes (Bathymodiolinae, Solemyidae, Thyasiridae, Lucinellidae, Vesicomyidae). Os bivalves quimiossimbiontes da Formação Serra Alta foram, provavelmente, originados a partir de rápida radiação adaptativa intrabasinal de elementos de águas rasas que colonizaram fundos anóxicos/disóxicos da Bacia do Paraná, durante os \"tempos\" Irati-Serra Alta. / Oxygen-deficient facies dominate the sedimentary record of various epeiric seas (intraplate basins) and are particularly common in the transgressive systems tract of several Paleozoic, Mesozoic and Cenozoic sequences. At the first glance, they are materialized by monotonous, fossil-poor (barren) successions of black shales and/or mudstones thought to be generated under stable conditions of oxygen depletion. During the late Paleozoic, the intracratonic Paraná Basin, Brazil, in the central-western Gondwanaland, was covered by a large (>1.600.000 km2), shallow and isolated epeiric sea. Within the Permian succession, oxygen-deficient facies are commonly recorded in the Mesosaurus-bearing Irati Formation (Kungurian/Artinskian) and the overlain Serra Alta Formation (Roadian/Wordian) of the Passa Dois Group. In contrast to the coeval shallow water deposits of the Teresina Formation, where shell-rich sandstones and shell beds are common, little is known about the genesis, taxonomic composition, and paleoecology of the benthic faunas that thrived during the deposition of the Irati and Serra Alta formations. Detailed sedimentological, taphonomic and paleontological surveys in these units have revealed, however, a dynamic and complex depositonal history. Based on textural features (presence/absence of primary lamination, bioturbation), autochthonous to parautochthonous occurrences of shelly benthic invertebrates (bivalves) and the presence/absence of concretion-bearing and phosphate-rich layers, we report variations in the bottom and pore water oxygen levels, bathymetry, sedimentation rates, and changes in benthic substrate colonization for certain stratigraphical intervals of both units. In contrast with the shallow water deposits of the Teresina Formation, benthic invertebrates were extremely rare in the Irati Formation. In this context, the abundant shallow-burrowing, endemic bivalves recorded in shales of its basal part are one of the most distinctive features of this stratigraphic interval. Their preservation in offshore deposits is, however, a product of storm flows in shallow waters that swept minute shells to distal settings. Subsequently, these were sorted and oriented by long-lasting shelf currents that produced dense (>90 shells/20 cm2) shell pavements in which the valves are preserved in a hydrodynamically stable posture (convex-up), forming complex shell concentrations despite their simple internal stratigraphy. The new data presented here have important paleoecologic, paleogeographic and evolutionary implications and indicate that (a) during the anoxic deposition of the oil-rich shales of the Irati Formation, numerous benthic invertebrates thrived in the contemporary shallow-water bottoms of the Paraná Basin; (b) the mono- to paucispecific nature of the studied bivalve-rich pavements is, in part, due to hydrologic shell transport; and (c) restricted connections to open ocean waters (Panthalassa) existed during Irati times. Therefore, the origin of the endemic Passa Dois molluscan fauna occurred somewhere between the interval represented by the underlying Palermo Formation and the basal portion of the Irati Formation. These endemic bivalves appeared at least ~10 million years earlier than previously thought. Our data also indicate that the deposition of the \"apparently sterile\" mudstone-dominated succession of the basal part of the Serra Alta Formation was driven by a complex interplay of paleoenvironmental factors (variations in sedimentation rate and oxygen pulses) tied to tectonic and climate changes. Benthic macrofossils are scattered distributed in this unit, and only in a few occurrences they may be abundant, usually inside carbonate concretions, which are common in the basal part of this unit. This indicates that the conditions essential for concretion development existed only at particular stratigraphical intervals of the Serra Alta Formation. The concretion-bearing mudstone facies of the Serra Alta Formation may record three distinct benthic paleocommunities, including resident adapted to: (a) normal background low-oxygen (dysoxic) conditions (i.e., minute infaunal suspension-feeding bivalves belonging to Rioclaroa lefevrei, Barbosaia angulata and Ferrazia simplicicarinata, associated with Planolites traces), (b) co-existing chemosymbiontic taxa inhabiting chemically toxic (extreme dysoxic) substrates (i.e., gigantic burrowing bivalves, such as Anhembia froesi, Maackia contorta and Tambaquyra camargoi), and (c) event populations inhabiting (oxic/dysoxic) substrates following short-term bottom disruptions (i.e., Planolites and Thalassionoides traces). In the paleoenvironmental context above, we describe by the first time a unique Permian seep deposit and associated morphologically bizarre, bivalve-dominated fauna. Dark grey mudstones of the Serra Alta Formation cropping out at the km 160.7, of the Castello Branco highway, Porangaba county, State of São Paulo, record two main fossil-rich concretion-bearing horizons. Inside the concretions, large-bodied bivalves (Anhembia froesi, Tambaquyra camargoi and Maackia contorta) are preserved. They are about 10 times larger than those minute bivalves found scattered in laterally equivalent shales of the same unit. Intercalated between the two main concretion-bearing horizons, a cm-thick, tabular, brecciated carbonate layer with microbially-induced sedimentary structures (MISS) is well exposed. In some parts the brecciated carbonate show vertical flame structures formed by injections of mudstones, which are highly bioturbated. The lamination is diffuse and the horizontal traces are all aligned due to the compaction of this unit. Immediately above this, lithified mudstones preserve small domical structures with a slightly depressed center (=mounds). Large, horizontal tubes and monospecific concentrations of shells of T. camargoi, mainly preserved as articulated valves, are recorded at the base of these structures. The brecciated carbonate and associated structures (i.e, mounds) are capped by unfossiliferous dark grey mudstones with scattered pyrite crystals. Carbon-isotope (?13C) values from the (a) brecciated carbonate, (b) bioturbated mudstones, (c) associated carbonate concretions and (d) bivalve shells found inside these are all depleted (negative values ~6,1-7,6?). This could indicate that the carbonate may have resulted from the microbial oxidation of methane or other hydrocarbons. The mound-bearing interval of the Serra Alta Formation is recorded ~8.7 meters above the basal contact with the oil-rich Irati Formation. This unit is known by its very high total organic carbon (TOC values up to 17%) and sulphur contents. Thus, the evidences above may have resulted of seepage active on seafloor. In that places where the sulphide-rich pore water escaped, the seabed was colonized by chemosymbiont bivalves. Contrary to \"classic\" cold seep deposits that are recorded along plate boundaries, in back-arc basins, our example is tied to organic-rich sediment compaction in an intraplate basin. The species above belong to a high endemic group of pachydomids that were shallow infaunal bivalves (SIB). Hence, they are not related to those \"classical\" bivalves with living representatives (bathymodiolins, solemyids, thyasirids, lucinids, vesicomyids), which are chemosymbionts. This suggests that these seep bivalves originate of an extreme adaptive radiation and repopulation of anoxic-dysoxic bottoms of the Paraná Basin by SIB species, during the Irati- Serra Alta times.
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Stratigraphy and Palaeontology of the Late Cretaceous Wapiti Formation, west-central Alberta, Canada

Fanti, Federico <1981> 06 April 2009 (has links)
A complete stratigraphic assessment and revision of the middle Campanian to upper Maastrichtian Wapiti Formation in north-western Alberta and north-eastern British Columbia is the main aim of this research project. The study area encompasses an area of approximately 200X180 km in the Grande Prairie County (west-central Alberta) and easternmost British Columbia, Canada. Results presented here indicate that the 1300m thick succession currently reported in the literature as “undifferentiated lithostratigraphic unit”, consists of five lithostratigraphic units and four unconformity-bounded depositional sequences; their study and description have been documented integrating several geological disciplines, including sequence stratigraphic methods, well-log signatures, facies analysis, and fossil associations. On the whole, particular attention has been given to 1) age and nature of both basal and upper contacts of the Wapiti Formation, 2) effective mappability of lithostratigraphic units and depositional sequences in western Alberta, and 3) the identification of previously undetermined maximum flooding surface of the Bearpaw seaway and Drumheller Marine Tongue, which are reference marine unit in central and southern Alberta. A second, but not less important, guideline for the project has been the rich paleontological record of the Wapiti deposits. Detailed paleoenvironmental and taxonomical information on old and new finds have been the base for correlation with well known associations of Alaska, southern Alberta, and Montana. Newly discovered rich fossil localities documented an extraordinarily diverse fauna during the latest Cretaceous, including dinosaurs, squamates, and fresh-water fishes and reptiles. Lastly, in order to better characterize the Wapiti Formation, major marker beds were described: these include several bentonites (altered volcanic ash deposits) which have been documented over an area of almost 30.000 km2, as well as four major coal zones, characterized by tabular coal seams with an overall thickness of 2 meters. Such marker beds represent a formidable tool for high-resolution chronology and regional correlations within the Late Cretaceous Alberta foreland basin.
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Revisão dos Testudines fósseis do cretáceo superior da Bacia Bauru, com a descrição preliminar de novo morfótipo

Menegazzo, Mirian Costa [UNESP] 09 October 2009 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:26:14Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2009-10-09Bitstream added on 2014-06-13T18:29:42Z : No. of bitstreams: 1 menegazzo_mc_me_rcla.pdf: 10356948 bytes, checksum: 56f764ea2f9a268b9fefcc4b3771d258 (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Testudines constituem um grupo de amniotas muito comum em depósitos do Cretáceo do Brasil, sendo abundantes na Bacia Bauru. Até o momento, para estes sedimentos, foram descritas as espécies “Podocnemis” harrisi, “Podocnemis” brasiliensis, Roxochelys wanderleyi, Bauruemys elegans e Cambaremys langertoni. As ocorrências de Testudines distribuem-se amplamente pelo Oeste dos estados de São Paulo e Minas Gerais, estando presentes nas formações Santo Anastácio, Araçatuba, Adamantina e Marília. O presente estudo revisa a Paleontologia, Paleoecologia e Paleobiogeografia relacionadas a essas ocorrências. Em adição, um novo material é descrito e discutida a Filogenia de alguns Pelomedusoides e as espécies presentes na Bacia Bauru. A descrição do novo morfótipo permitiu algumas questões sobre o relacionamento entre Cambaremys langertoni e “Podocnemis” brasiliensis, considerados no presente trabalho como um único táxon. Assim, essa proposta pode trazer possibilidades de correlações estratigráficas, porque o novo morfótipo, e as espécies Cambaremys langertoni e “Podocnemis” brasiliensis são provenientes de quatros unidades geológicas distintas da Bacia Bauru, formações Araçatuba, Adamantina, Marília e Santo Anastácio / Testudines is an amniote group very common in the Cretaceous deposits from Brazil, and it is abundant in the Bauru Basin. For these sediments, until now, there were described the species: “Podocnemis” harrisi, “Podocnemis” brasiliensis, Roxochelys wanderleyi, Bauruemys elegans and Cambaremys langertoni. The occurrences of Testudines are widely distributed in Western São Paulo and Minas Gerais states, and they are present in the Santo Anastácio, Araçatuba, Adamantina and Marília formations. The present study revises the Paleontology, Paleoecology and Paleobiogeography related to these occurrences. In addition, a new fossil material is described and the Phylogeny of some Pelomedusoides and the species presents in the Bauru Basin is discussed. The description of the new morphotype allowed some questions about the relationships between Cambaremys langertoni and “Podocnemis” brasiliensis, and in this study they are considered the same taxon. So, this assumption could bring significant stratigraphical correlations possibilities, because the new morphotype, “Podocnemis” brasiliensis and Cambaremys langertoni came from four distinct geological units of the Bauru Basin, Araçatuba, Adamantina, Marília and Santo Anastácio Formation

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