• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 10
  • 2
  • 1
  • 1
  • Tagged with
  • 14
  • 7
  • 4
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
1

Da infância inventada à infância medicalizada: considerações psicanalíticas / From invented childhood to the medicalized childhood: psychoanalytical considerations

Silveira, Tácito Carderelli da 23 November 2015 (has links)
Nesta pesquisa pretendemos demonstrar que o processo de patologização e medicalização da infância não é um fenômeno isolado nem tampouco recente, mas está profundamente enredado a diversos fatores históricos e contemporâneos. Neste sentido, o esforço para compreender os fatores que o antecederam nos permitiu identificar sua filiação ao processo de medicalização do espaço social, iniciado ainda no século XIX, que estabeleceu a saúde da criança escolarizada como um de seus principais objetivos. Sua vinculação às (re)formulações conceituais produzidas pelos postulados psiquiátricos e psicopatológicos no campo da chamada saúde mental, principalmente a partir da publicação, em 1980, da terceira edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-III). E sua forte expansão a partir da parceira estabelecida entre setores da psiquiatria e as indústrias farmacêuticas transnacionais, empenhada em massificar a produção e o consumo dos psicofármacos. Com relação à conjuntura propriamente contemporânea, concluímos que este processo também se conecta a questões que são muito características desta cultura tecnocientífica e consumista na qual estamos todos inseridos. Onde, considera-se que ao invés de investigarmos as questões familiares, escolares etc. para podermos entender o que de fato está se passando com as crianças que apresentam dificuldades em suas aprendizagens e/ou comportamentos, deveríamos admitir que estes sintomas seriam decorrentes de um transtorno (neuro)psiquiátrico, cuja resposta mais efetiva para tratá-lo seria através do consumo de psicofármacos. / In this research we intend to demonstrate that the process of pathologization and medicalization of childhood is not an isolated nor recent phenomenon, but is deeply entangled to the various historical and contemporary factors. In this sense, the effort to understand the factors that preceded it allowed us to identify their affiliation to the medicalization process of social space, already started in the nineteenth century, which established the health of school-age children as one of its main objectives. Their relation to conceptual (re)formulations produced by the psychiatric and psychopathological postulates in the field of so-called mental health, especially since the publication in 1980 of the third edition of the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-III). And its strong expansion from the partnership established between sectors of psychiatry and the transnational pharmaceutical companies, committed to popularize the production and consumption of psychotropic drugs. With respect to proper contemporary context, we conclude that this process also connects to issues that are very characteristic of this techno-scientific and consumer culture in which we are all inserted. Where, it is considered that rather than investigating about the family, school etc. issues to understand what is going on with children in their learning and/or behavior difficulties, we should admit that these symptoms would be due to a (neuro)psychiatric disorder, whose most effective response to treat it would be through the use of psychotropic drugs.
2

A constituição da demanda para a neurologia nas vozes das ensinantes

Arantes, Ricardo Lugon January 2017 (has links)
Esta pesquisa buscou investigar como se constitui a demanda para a Neurologia a partir dos professores no contexto da Educação Básica. Os referenciais teóricos foram construídos a partir de dois eixos: um olhar crítico para o campo da neuroeducação e seu crescimento a partir dos anos 1990; propõe-se o termo neurocolonização, onde os saberes das neurociências seriam imprescindíveis para a Educação. O outro eixo envolveu o debate sobre os processos de medicalização, formulados a partir de uma leitura panorâmica e de uma revisão de duas genealogias – a de Michel Foucault (2010) e a de Jurandir Freire Costa (1979). A discussão teórica também incluiu um olhar para a interface Psiquiatria-Educação e para a fronteira-território que se constitui entre Psiquiatria e Neurologia. Realizou-se um levantamento dos encaminhamentos feitos à Neurologia na cidade de Novo Hamburgo/RS no segundo semestre de 2015. Junto às cartas de referência analisadas neste levantamento foram encontrados seis documentos assinados por professores. Cinco das seis professoras signatárias destes documentos foram entrevistadas, tematizando a construção de si e os percursos profissionais; os encontros com os trabalhadores de saúde; as hipóteses e expectativas em torno do caso da criança que decidiram solicitar encaminhamento, e como percebem a influência das neurociências sobre o seu trabalho. A análise dos encaminhamentos aponta para uma frequência de situações relacionadas ao campo da Educação superior aos casos de cefaleia e epilepsia/convulsões As entrevistas oferecem indícios da constituição da demanda para a Neurologia apoiada em diferentes elementos: a) o recurso ao saber especialista, demarcado especificamente no dispositivo ‘consulta’; b) o deslizamento dos discursos das neurociências-pesquisa – que se remetem a uma criança qualquer - em direção ao que se constrói na prática clínica e também na prática pedagógica, uma relação entre sujeitos reais; c) a não-aderência a um sistema diagnóstico ou a um campo de problemas, podendo-se falar de crianças e adolescentes descabentes, que povoam as margens das classificações diagnósticas e alimentam um circuito tautológico entre Saúde e Educação; d) hipóteses formuladas pelos professores centradas no modo da família criar sua prole e na expectativa de que o neurologista interfira nestas relações, numa tentativa de normatizar ou padronizar as condutas entre família e escola; e) pouca ênfase à importância dos saberes das neurociências ou dos exames complementares para a tomada de decisão nestes encaminhamentos. Por outro lado, práticas desmedicalizantes também foram reconhecidas a partir da sensibilidade do olhar das ensinantes, ressignificando as diferenças e desarmando os automatismos patologizantes
3

Da infância inventada à infância medicalizada: considerações psicanalíticas / From invented childhood to the medicalized childhood: psychoanalytical considerations

Tácito Carderelli da Silveira 23 November 2015 (has links)
Nesta pesquisa pretendemos demonstrar que o processo de patologização e medicalização da infância não é um fenômeno isolado nem tampouco recente, mas está profundamente enredado a diversos fatores históricos e contemporâneos. Neste sentido, o esforço para compreender os fatores que o antecederam nos permitiu identificar sua filiação ao processo de medicalização do espaço social, iniciado ainda no século XIX, que estabeleceu a saúde da criança escolarizada como um de seus principais objetivos. Sua vinculação às (re)formulações conceituais produzidas pelos postulados psiquiátricos e psicopatológicos no campo da chamada saúde mental, principalmente a partir da publicação, em 1980, da terceira edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-III). E sua forte expansão a partir da parceira estabelecida entre setores da psiquiatria e as indústrias farmacêuticas transnacionais, empenhada em massificar a produção e o consumo dos psicofármacos. Com relação à conjuntura propriamente contemporânea, concluímos que este processo também se conecta a questões que são muito características desta cultura tecnocientífica e consumista na qual estamos todos inseridos. Onde, considera-se que ao invés de investigarmos as questões familiares, escolares etc. para podermos entender o que de fato está se passando com as crianças que apresentam dificuldades em suas aprendizagens e/ou comportamentos, deveríamos admitir que estes sintomas seriam decorrentes de um transtorno (neuro)psiquiátrico, cuja resposta mais efetiva para tratá-lo seria através do consumo de psicofármacos. / In this research we intend to demonstrate that the process of pathologization and medicalization of childhood is not an isolated nor recent phenomenon, but is deeply entangled to the various historical and contemporary factors. In this sense, the effort to understand the factors that preceded it allowed us to identify their affiliation to the medicalization process of social space, already started in the nineteenth century, which established the health of school-age children as one of its main objectives. Their relation to conceptual (re)formulations produced by the psychiatric and psychopathological postulates in the field of so-called mental health, especially since the publication in 1980 of the third edition of the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-III). And its strong expansion from the partnership established between sectors of psychiatry and the transnational pharmaceutical companies, committed to popularize the production and consumption of psychotropic drugs. With respect to proper contemporary context, we conclude that this process also connects to issues that are very characteristic of this techno-scientific and consumer culture in which we are all inserted. Where, it is considered that rather than investigating about the family, school etc. issues to understand what is going on with children in their learning and/or behavior difficulties, we should admit that these symptoms would be due to a (neuro)psychiatric disorder, whose most effective response to treat it would be through the use of psychotropic drugs.
4

A Trace of Genocide: Racialization, Internal Colonialism and the Politics of Enuncation

Doyle-Wood, Stanley 06 January 2012 (has links)
This analysis examines the implicatedness of the self as an embodied space of marginality, knowledge, and resistance to the discursive and material effects of systemic oppression. It explores the implications and possibilities as they relate to social collectives [in nation-state contexts] in resisting and contesting the constraining forces of dominant/dominating institutionalized power and authority in the context of speaking and/or enunciating from the space of abjectification, racialization, and outcastness that has been constructed historically by the nation-state of Britain as a body codified as included-as-excluded-as-removed from the dominant sociopolitical collective’s sense of self and identity? This study argues that enunciation in this form carries with it a politics of ontological transformation that has profound implications for the social collective that is Britain as a whole specifically in the context of social justice affirmation and the reclamation [and assertion] of a collective sense of self that is grounded in a refusal and contestation of the multi-layered hegemonic conceptual frameworks that continue to naturalize, {re}produce and sustain systemic oppression as a state of permanency [Bell, 1992]. This study will explore the permanency of oppression further in relation to the discursive and material negation and amputation of social difference [i.e. class, gender, disability, and sexuality] while centering race [and its prostheticization] as a salient organizing tool in the (re)production of a hegemonic social order. To this end this study utilizes two key interconnecting concepts, internal/internalized colonialism, and racialization. ii It suggests that racialization mediated and channeled by and through a process of internal/internalized colonialism underpins the hegemonic social order of Britain and as such both terms are re-conceptualized and subjected to a complex analysis. Finally, this study examines the theoretical possibilities for developing an anti-racialization framework as a politics of enunciation that makes usage of the concept of racialization as a tool for [1] demystifying systems of oppression, [2] understanding the processes of collective implicatedness in oppression, [3] refusing pathologization and [4] mobilizing transformation through and within a refusal of the amputative and negative capacities of the racialization process.
5

A Trace of Genocide: Racialization, Internal Colonialism and the Politics of Enuncation

Doyle-Wood, Stanley 06 January 2012 (has links)
This analysis examines the implicatedness of the self as an embodied space of marginality, knowledge, and resistance to the discursive and material effects of systemic oppression. It explores the implications and possibilities as they relate to social collectives [in nation-state contexts] in resisting and contesting the constraining forces of dominant/dominating institutionalized power and authority in the context of speaking and/or enunciating from the space of abjectification, racialization, and outcastness that has been constructed historically by the nation-state of Britain as a body codified as included-as-excluded-as-removed from the dominant sociopolitical collective’s sense of self and identity? This study argues that enunciation in this form carries with it a politics of ontological transformation that has profound implications for the social collective that is Britain as a whole specifically in the context of social justice affirmation and the reclamation [and assertion] of a collective sense of self that is grounded in a refusal and contestation of the multi-layered hegemonic conceptual frameworks that continue to naturalize, {re}produce and sustain systemic oppression as a state of permanency [Bell, 1992]. This study will explore the permanency of oppression further in relation to the discursive and material negation and amputation of social difference [i.e. class, gender, disability, and sexuality] while centering race [and its prostheticization] as a salient organizing tool in the (re)production of a hegemonic social order. To this end this study utilizes two key interconnecting concepts, internal/internalized colonialism, and racialization. ii It suggests that racialization mediated and channeled by and through a process of internal/internalized colonialism underpins the hegemonic social order of Britain and as such both terms are re-conceptualized and subjected to a complex analysis. Finally, this study examines the theoretical possibilities for developing an anti-racialization framework as a politics of enunciation that makes usage of the concept of racialization as a tool for [1] demystifying systems of oppression, [2] understanding the processes of collective implicatedness in oppression, [3] refusing pathologization and [4] mobilizing transformation through and within a refusal of the amputative and negative capacities of the racialization process.
6

Camisa de força para menores : a patologização de crianças e adolescentes (Hospício São Pedro, 1884-1929)

Trevizani, Tiago Marcelo January 2013 (has links)
Esta dissertação busca problematizar a patologização dos modos de ser criança e adolescente que vem se proliferando na atualidade, devido à pulverização dos diagnósticos e à banalização das terapêuticas corretivas. Para isso, recorre à história como uma estratégia metodológica de problematização do presente. Inspirado em uma perspectiva genealógica, tal como propõe Michel Foucault, realizou-se uma análise de prontuários de crianças e adolescentes internados no Hospício São Pedro em Porto Alegre/RS entre os anos de 1884 e 1929. Outras fontes históricas que subsidiaram a pesquisa foram relatórios administrativos dos médicos-diretores desse mesmo estabelecimento, além de livros e artigos científicos escritos por alienistas e psiquiatras no período em questão, publicados, especialmente, nos Archivos Brasileiros de Hygiene Mental e nos Archivos Rio Grandenses de Medicina. Analisaram-se os diagnósticos atribuídos às crianças e adolescentes nessa época; as estratégias disciplinares de normalização dos corpos anômalos e das condutas desviantes; assim como os modelos explicativos da etiologia da alienação mental. Entende-se que os acontecimentos históricos e políticos estão diretamente implicados na produção dos discursos e das práticas em torno das patologias das crianças e adolescentes, pois as fronteiras da anormalidade estão circunscritas num determinado regime de verdade e emergem num determinado campo de relações de poder. / This dissertation aims to problematize the pathologization of the modes of being child and adolescent that comes proliferating today, due to the pulverization of diagnostics and the banalization of corrective therapies. In this way, it uses story as a methodological strategy of questioning the present. Inspired by a genealogical perspective, as proposed by Michel Foucault, an analyze of medical records of children and adolescents admitted into Hospício São Pedro in Porto Alegre/RS between the years 1884 to 1929 was made. Other historical sources that support the research were administrative reports of the medical directors of that establishment. Books and scientific articles written by alienists and psychiatrists in the period in question, published, especially in the Archivos Brasileiros de Hygiene Mental and the Archivos Rio Grandenses de Medicinina have also been used. Were analyzed the diagnostics attributed to children and adolescents at the time; strategies disciplinary of normalization of the bodies anomalous and the deviant behaviors, even as the explicative models of the etiology of mental alienation. Is understood that the historical and political events are directly involved in the production of discourses and practices around the pathologies of children and adolescents, because the borders of the abnormality are circumscribed in a determined regime of truth and emerge in a particular field of power relations.
7

A constituição da demanda para a neurologia nas vozes das ensinantes

Arantes, Ricardo Lugon January 2017 (has links)
Esta pesquisa buscou investigar como se constitui a demanda para a Neurologia a partir dos professores no contexto da Educação Básica. Os referenciais teóricos foram construídos a partir de dois eixos: um olhar crítico para o campo da neuroeducação e seu crescimento a partir dos anos 1990; propõe-se o termo neurocolonização, onde os saberes das neurociências seriam imprescindíveis para a Educação. O outro eixo envolveu o debate sobre os processos de medicalização, formulados a partir de uma leitura panorâmica e de uma revisão de duas genealogias – a de Michel Foucault (2010) e a de Jurandir Freire Costa (1979). A discussão teórica também incluiu um olhar para a interface Psiquiatria-Educação e para a fronteira-território que se constitui entre Psiquiatria e Neurologia. Realizou-se um levantamento dos encaminhamentos feitos à Neurologia na cidade de Novo Hamburgo/RS no segundo semestre de 2015. Junto às cartas de referência analisadas neste levantamento foram encontrados seis documentos assinados por professores. Cinco das seis professoras signatárias destes documentos foram entrevistadas, tematizando a construção de si e os percursos profissionais; os encontros com os trabalhadores de saúde; as hipóteses e expectativas em torno do caso da criança que decidiram solicitar encaminhamento, e como percebem a influência das neurociências sobre o seu trabalho. A análise dos encaminhamentos aponta para uma frequência de situações relacionadas ao campo da Educação superior aos casos de cefaleia e epilepsia/convulsões As entrevistas oferecem indícios da constituição da demanda para a Neurologia apoiada em diferentes elementos: a) o recurso ao saber especialista, demarcado especificamente no dispositivo ‘consulta’; b) o deslizamento dos discursos das neurociências-pesquisa – que se remetem a uma criança qualquer - em direção ao que se constrói na prática clínica e também na prática pedagógica, uma relação entre sujeitos reais; c) a não-aderência a um sistema diagnóstico ou a um campo de problemas, podendo-se falar de crianças e adolescentes descabentes, que povoam as margens das classificações diagnósticas e alimentam um circuito tautológico entre Saúde e Educação; d) hipóteses formuladas pelos professores centradas no modo da família criar sua prole e na expectativa de que o neurologista interfira nestas relações, numa tentativa de normatizar ou padronizar as condutas entre família e escola; e) pouca ênfase à importância dos saberes das neurociências ou dos exames complementares para a tomada de decisão nestes encaminhamentos. Por outro lado, práticas desmedicalizantes também foram reconhecidas a partir da sensibilidade do olhar das ensinantes, ressignificando as diferenças e desarmando os automatismos patologizantes
8

A constituição da demanda para a neurologia nas vozes das ensinantes

Arantes, Ricardo Lugon January 2017 (has links)
Esta pesquisa buscou investigar como se constitui a demanda para a Neurologia a partir dos professores no contexto da Educação Básica. Os referenciais teóricos foram construídos a partir de dois eixos: um olhar crítico para o campo da neuroeducação e seu crescimento a partir dos anos 1990; propõe-se o termo neurocolonização, onde os saberes das neurociências seriam imprescindíveis para a Educação. O outro eixo envolveu o debate sobre os processos de medicalização, formulados a partir de uma leitura panorâmica e de uma revisão de duas genealogias – a de Michel Foucault (2010) e a de Jurandir Freire Costa (1979). A discussão teórica também incluiu um olhar para a interface Psiquiatria-Educação e para a fronteira-território que se constitui entre Psiquiatria e Neurologia. Realizou-se um levantamento dos encaminhamentos feitos à Neurologia na cidade de Novo Hamburgo/RS no segundo semestre de 2015. Junto às cartas de referência analisadas neste levantamento foram encontrados seis documentos assinados por professores. Cinco das seis professoras signatárias destes documentos foram entrevistadas, tematizando a construção de si e os percursos profissionais; os encontros com os trabalhadores de saúde; as hipóteses e expectativas em torno do caso da criança que decidiram solicitar encaminhamento, e como percebem a influência das neurociências sobre o seu trabalho. A análise dos encaminhamentos aponta para uma frequência de situações relacionadas ao campo da Educação superior aos casos de cefaleia e epilepsia/convulsões As entrevistas oferecem indícios da constituição da demanda para a Neurologia apoiada em diferentes elementos: a) o recurso ao saber especialista, demarcado especificamente no dispositivo ‘consulta’; b) o deslizamento dos discursos das neurociências-pesquisa – que se remetem a uma criança qualquer - em direção ao que se constrói na prática clínica e também na prática pedagógica, uma relação entre sujeitos reais; c) a não-aderência a um sistema diagnóstico ou a um campo de problemas, podendo-se falar de crianças e adolescentes descabentes, que povoam as margens das classificações diagnósticas e alimentam um circuito tautológico entre Saúde e Educação; d) hipóteses formuladas pelos professores centradas no modo da família criar sua prole e na expectativa de que o neurologista interfira nestas relações, numa tentativa de normatizar ou padronizar as condutas entre família e escola; e) pouca ênfase à importância dos saberes das neurociências ou dos exames complementares para a tomada de decisão nestes encaminhamentos. Por outro lado, práticas desmedicalizantes também foram reconhecidas a partir da sensibilidade do olhar das ensinantes, ressignificando as diferenças e desarmando os automatismos patologizantes
9

Camisa de força para menores : a patologização de crianças e adolescentes (Hospício São Pedro, 1884-1929)

Trevizani, Tiago Marcelo January 2013 (has links)
Esta dissertação busca problematizar a patologização dos modos de ser criança e adolescente que vem se proliferando na atualidade, devido à pulverização dos diagnósticos e à banalização das terapêuticas corretivas. Para isso, recorre à história como uma estratégia metodológica de problematização do presente. Inspirado em uma perspectiva genealógica, tal como propõe Michel Foucault, realizou-se uma análise de prontuários de crianças e adolescentes internados no Hospício São Pedro em Porto Alegre/RS entre os anos de 1884 e 1929. Outras fontes históricas que subsidiaram a pesquisa foram relatórios administrativos dos médicos-diretores desse mesmo estabelecimento, além de livros e artigos científicos escritos por alienistas e psiquiatras no período em questão, publicados, especialmente, nos Archivos Brasileiros de Hygiene Mental e nos Archivos Rio Grandenses de Medicina. Analisaram-se os diagnósticos atribuídos às crianças e adolescentes nessa época; as estratégias disciplinares de normalização dos corpos anômalos e das condutas desviantes; assim como os modelos explicativos da etiologia da alienação mental. Entende-se que os acontecimentos históricos e políticos estão diretamente implicados na produção dos discursos e das práticas em torno das patologias das crianças e adolescentes, pois as fronteiras da anormalidade estão circunscritas num determinado regime de verdade e emergem num determinado campo de relações de poder. / This dissertation aims to problematize the pathologization of the modes of being child and adolescent that comes proliferating today, due to the pulverization of diagnostics and the banalization of corrective therapies. In this way, it uses story as a methodological strategy of questioning the present. Inspired by a genealogical perspective, as proposed by Michel Foucault, an analyze of medical records of children and adolescents admitted into Hospício São Pedro in Porto Alegre/RS between the years 1884 to 1929 was made. Other historical sources that support the research were administrative reports of the medical directors of that establishment. Books and scientific articles written by alienists and psychiatrists in the period in question, published, especially in the Archivos Brasileiros de Hygiene Mental and the Archivos Rio Grandenses de Medicinina have also been used. Were analyzed the diagnostics attributed to children and adolescents at the time; strategies disciplinary of normalization of the bodies anomalous and the deviant behaviors, even as the explicative models of the etiology of mental alienation. Is understood that the historical and political events are directly involved in the production of discourses and practices around the pathologies of children and adolescents, because the borders of the abnormality are circumscribed in a determined regime of truth and emerge in a particular field of power relations.
10

Trans*legalities: Preliminary study of files on recognition of trans* identities in Peru / Trans*legalidades: Estudio preliminar de expedientes sobre reconocimiento de las identidades trans* en el Perú

Zelada, Carlos J., Neyra Sevilla, Carolina 12 April 2018 (has links)
In the present text, the authors propose a novel methodology for the identification and analysis of the speeches made by plaintiffs and judges in cases of recognition of trans* identities. Both conclude that these actors converge in the process from rigid binary, pathologizing and genitalizing discourses, making very scarce references to the most recent contributions that Law and Social Sciences have made to the understanding of gender identity. / En el presente texto, los autores plantean una metodología novedosa para la identificación y el análisis de los discursos formulados por demandantes y jueces en expedientes de reconocimiento de las identidades trans*. Ambos concluyen que estos actores conversan en el proceso desde rígidos discursos binarios, patologizantes y genitalizadores, haciendo además escasísimas referencias a los aportes más recientes que el Derecho y las Ciencias Sociales han realizado para la comprensión de la identidad de género.

Page generated in 0.1122 seconds