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Perfil clínico e imunológico dos pênfigos vulgar e foliáceo com envolvimento umbilical / Clinical and immunological profile of umbilical involvement in pemphigus vulgaris and foliaceusJosé Vitor de Oliveira Júnior 27 November 2012 (has links)
Introdução: Os pênfigos vulgar (PV) e foliáceo (PF) são dermatoses autoimunes vésico-bolhosas que apresentam anticorpos da classe IgG dirigidos contra desmogleínas 1 (Dsg) 1 e 3, cuja consequência é a clivagem intraepitelial (acantólise). Objetivo: Caracterizar o perfil clínico e imunológico dos doentes de PF ou PV com envolvimento umbilical. Métodos: Dez pacientes de pênfigo (vulgar ou foliáceo) com manifestação umbilical, acompanhados no Hospital das Clínicas, Departamento de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo foram analisados no período entre agosto de 2008 e janeiro de 2010, segundo suas características clínicas, histopatológicas e imunológicas (imunofluorescência direta, indireta e ELISA utilizando Dsg1 e Dsg3 recombinantes). Resultados: Os dados demográficos identificaram que, dos 10 pacientes incluídos, sete eram mulheres, e três homens; a idade variou entre 2470 anos, e a duração da enfermidade entre três e 16 anos. Cinco pacientes foram diagnosticados como PV e cinco como PF. Eritema, erosões, crostas e lesões vegetantes foram as características clínicas mais relevantes presentes nas regiões umbilicais. A imunofluorescência direta (IFD) da região umbilical mostrou depósitos de IgG e C3 intercelulares intraepiteliais em oito doentes, e IgG isolada em dois indivíduos. A imunofluorescência indireta (IFI) com conjugado IgG mostrou padrão típico intercelular de pênfigo em todos os 10 pacientes, com títulos variando entre 1 : 160 e 1:2560. ELISA Dsg1 recombinante mostrou índices de 24 a 266 no PF, e de 0 a 270 no PV. A reatividade contra Dsg3 recombinante foi positiva em todos os pacientes com PV (ELISA 2298), e mostrou-se negativa em todos os soros de PF. Conclusões: Todos os 10 pacientes com pênfigo com manifestação umbilical demonstraram perfil clínico e imunológico compatíveis com PF ou PV. Esta apresentação peculiar, ainda não bem elucidada, é raramente descrita na literatura. Uma possível explicação para esta apresentação distinta pode ser atribuída à presença de novos epítopos, ou uma associação com vestígios embrionários ou de cicatrizaçào, localizados na região do cordão umbilical / Background: Pemphigus vulgaris (PV) and pemphigus foliaceus (PF) are autoimmune vesicobullous disorders with IgG autoantibodies directed against desmoglein (Dsg)1 and 3, which lead to intraepidermal acantholysis. Aim: To characterize the clinical and immunological profile of patients with PF or PV with umbilical involvement. Methods: Ten patients from the Outpatient Clinic, Hospital das Clínicas, Departamento de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, diagnosed with either PV (n = 5) or mucocutaneous PF (n = 5) with umbilical lesions were assessed according to their clinical features, histopathology and immunological findings [direct and indirect immunofluorescence (DIF and IIF) and ELISA with recombinant Dsg1 and Dsg3]. Patients were evaluated from August 2008 to January 2010. Results: Demographic data showed that from 10 patients, seven were women, and three men; age ranged from24 to70 years-old, disease duration was from 3 to 16 years). Erythema, erosions, crusts and vegetating skin lesions were the main clinical features of the umbilical region. DIF of the umbilical lesion gave positive results for intercellular epidermal IgG and C3 deposits in eight patients and for IgG alone in the other two. Indirect immunofluorescence with IgG conjugate showing the typical pemphigus pattern was positive in all 10 patients, with titres varying from 1: 160 to 1:2560. ELISA with recombinant Dsg1 gave scores of 24266 in PF and 0 270 in PV. Reactivity to recombinant Dsg3 was positive in all five patients with PV (ELISA 2298) and was negative in all PF sera. Conclusions: All 10 patients diagnosed as pemphigus with umbilical presentation had the clinical and immunopathological features of either PF or PV. This peculiar presentation, not yet completely elucidated, has been rarely reported in the literature. A possible explanation for this unique presentation may be the presence of either novel epitopes or an association with embryonic or scar tissue located in the umbilical-cord region
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Avaliação de exeqüibilidade e da efetividade da determinação de anticorpos séricos pela IFI, em cães acometidos por pênfigo foliáceo na pré e trans-terapia / Feasibility and effectiveness evaluation of the determination of serum antibodies by IFI in dogs affected with pemphigus foliaceus in pre-and trans-therapyLuiz Eduardo Bagini Lucarts 12 July 2010 (has links)
O pênfigo foliáceo (PF) é a mais comum variante do Complexo Pênfigo na espécie canina. A enfermidade se caracteriza clinicamente pela presença de pústulas, histopatologicamente pela acantólise e imunologicamente pela presença de autoanticorpos (IgG) tanto na pele, quanto no soro sanguíneo dos doentes. Acredita-se que estes autoanticorpos estejam relacionados com a atividade do PF. O presente estudo visa avaliar a exeqüibilidade da reação de imunofluorescência indireta (IFI), método de determinação destes anticorpos séricos, para fins diagnósticos, além de verificar a eventual queda na titulação destes anticorpos séricos face à melhora clínica devido à terapia instituída. Para a IFI utilizou-se de fragmentos de coxim canino como substrato. Considerou-se positivo o padrão de fluorescência intercelular. Utilizou-se soros de 7 cães com diagnóstico histopatológico de PF, material este armazenado à uma temperatura de 70 oC. A IFI foi realizada, inicialmente, no momento de diagnóstico ou, no caso de um animal, de grave recidiva do quadro lesional. Quando de resultado positivo fez-se também a reação nos retornos subseqüentes. O grau de acometimento dos pacientes foi avaliado pelo PEFESI, em todas as ocasiões em que se realizou a IFI. Acompanhou-se estes animais por um período de 101 a 341 dias. Obteve-se positividade em 5 destes animais (71,4%). Dos animais positivos, àqueles com maior escore lesional ao PEFESI apresentaram títulos de maior magnitude. Houve queda nos títulos e gG em todos os animais paralelamente à diminuição do PEFESI, sendo que, em alguns casos, os títulos de IgG permaneceram detectáveis, em menor magnitude, mesmo quando do pleno controle da enfermidade. A IFI, portanto, é um método exeqüível tratando-se de PF canino, com 71% de positividade em relação ao exame histopatológico. O coxim canino se mostrou um substrato eficaz e a queda nos títulos de IgG paralelamente à atividade da doença útil para o monitoramento da atividade do PF. / Pemphigus foliaceus (PF) is the most common variant of Pemphigus Complex in dogs. The disease is characterized clinically by the presence of pustules, histopathologically by the acantholysis and immunologically by the presence of autoantibodies (IgG) in patients skin and blood serum. It is believed that these autoantibodies are related to the PF activity. The aim of this study is to evaluate the feasibility of indirect immunofluorescence (IIF), a determination method of these antibodies for diagnostic purposes, besides to identify a possible titration fall of serum antibodies with the clinical improvement due to therapy. For the IIFs, we used canine pawpads fragments as substrate. It was considered positive an intercellular fluorescence pattern. It was used sera from seven dogs with a histopathologic diagnosis of PF, this material was stored at 70 oC. The IIF was first performed at the time of diagnosis or, in the case of one animal, at a severe lesions relapse. When the IIF was positive it was also made at the subsequent animals evaluations. The clinical score was determined by PEFESI, all the times that the IFI was made. These animals were followed up by a 101-341 days period. Positivity was obtained in 5 of these animals (71.4%). Of the positive animals, those with the highest lesional score PEFESI showed greater titres. There was a decrease at the IgG titles in all animals in parallel with the PEFESI decrease, and in some cases, IgG titles remained detectable at a lesser magnitude, even with the full control of the disease. The IFI is, therefore, a feasible method in the case of canine PF, with 71% positivity in relation to histopathology. The canine pawpad proved to be an effective substrate and the IgG titers fall, in parallel with disease activity, useful for monitoring the Pf activity
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Relação da concentração de metais pesados em amostras de água das bacias dos rios Pardo, Mogi-Guaçu, Sapucaí/Mirim e do aquífero Guarani com a etiopatogênese dos pênfigos / Relation between the concentration of heavy metals in water samples from the basins of the rivers Pardo, Mogi Guaçu, Sapucai / Mirim and Guarani aquifer with the etiopathogenesis of pemphigusLeonardo La Serra 06 October 2015 (has links)
Pênfigos são doenças bolhosas autoimunes com produção de autoanticorpos contra proteínas de adesão dos queratinócitos. A região nordeste (NE) do estado de São Paulo (ESP) é endêmica para o pênfigo foliáceo (PF) e pênfigo vulgar (PV). Metais pesados - chumbo (Pb), mercúrio (Hg), cobre (Cu) e zinco (Zn) - têm sido relacionados à autoimunidade e aos pênfigos. A possível contaminação do Aquífero Guarani e das bacias hidrográficas da região NE do ESP por metais pesados tem sido indagada. Objetivos. Avaliou-se: (i) cádmio (Cd), Pb, Cu, cromo (Cr), Hg, manganês (Mn) e Zn em amostras de água residencial em Ribeirão Preto (representando o Aquífero Guarani) e dos rios Pardo, Mogi-Guaçu e Sapucaí/Mirim; (ii) Pb, Cu e Zn em amostras de pacientes com PF, PV e controles; (iii) a exposição ocupacional ou por lazer às diferentes exposições aos metais pesados em pacientes e controles. Materiais e Métodos. A quantificação dos metais pesados em amostras de água, e de sangue total e de soro de 118 pacientes com pênfigo (56 PV; 62 PF) e de 135 controles foi realizada por Espectrofotometria de Absorção Atômica (com chama, forno de grafite e gerador de hidretos). Resultados. A análise do Cu (18,25 µg.L-1) no rio Sapucaí/Mirim e do Hg (0,24 µg.L-1) no rio Mogi-Guaçu mostrou valores acima da legislação vigente. Os resultados limnológicos caracterizaram a bacia do rio Mogi-Guaçu como impactada. As concentrações dos metais, em amostras de água de abastecimento urbano, apresentaram grande variação entre as residências. A concentração de Cu sanguíneo resultou maior no gênero feminino (111,9 g%; 94,5 g%). Em relação aos moradores, maiores concentrações de Zn (89,1 g%) foram observadas na cidade de Batatais, comparada a Ribeirão Preto (76,5 g%). Concentrações de Pb acima do valor de referência foram encontradas mais frequentemente no grupo PV em relação aos controles (31,1%; 15,7%, respectivamente). As concentrações de Zn foram menores entre PV e PF, comparados aos controles (75,4 g%; 80,1 g%; 83,4 g%, respectivamente). A análise multivariada mostrou maior concentração do Pb para idosos e expostos aos metais. As variáveis idade, exposição a pesticidas, exposição ocupacional, zona rural, contato com rios e concentração de Zn foram as que mais influenciaram significativamente na incidência dos pênfigos na região endêmica. Conclusões. Os metais pesados nas amostras de água obedeceram à legislação vigente, exceto Cu no rio Sapucaí/Mirim e Hg no rio Mogi-Guaçu. A etiopatogênese dos pênfigos pode estar associada à presença de Pb e à deficiência de Zn em indivíduos geneticamente predispostos. / Pemphigus are autoimmune bullous diseases with production of autoantibodies against keratinocyte adhesion proteins. The Northeast (NE) of São Paulo (ESP) is endemic to foliaceus (PF) and pemphigus vulgaris (PV). Heavy metals - lead (Pb), mercury (Hg), copper (Cu) and zinc (Zn) - have been related to autoimmunity and pemphigus. The possible contamination of the Guarani Aquifer and river basins ESP NE region by heavy metals has been inquired. Objectives. Were evaluated: (i) cadmium (Cd), Pb, Cu, chromium (Cr), mercury, manganese (Mn) and Zn in residential water samples in Ribeirão Preto (representing the Guarani Aquifer) and Pardo rivers, Mogi Guaçu and Sapucai / Mirim; (ii) Pb, Cu and Zn in samples of patients with PF, PV and controls; (iii) occupational or leisure exposure at different exposures to heavy metals in patients and controls. Materials and methods. The quantification of heavy metals in water samples, and whole blood and serum of 118 patients with pemphigus (PV 56; 62 PF) and 135 controls was performed by Atomic Absorption Spectrophotometry. Results. The analysis of Cu (0.01825 mg L-1) in the river Sapucaí / Mirim and Hg (0.00024 mg L-1) in Mogi Guaçu showed values above the legislation. Limnological results characterized the basin of the Mogi-Guaçu as impacted. The metal concentrations in urban water supply samples showed great variation between households. The blood Cu concentration resulted higher in females (111.9 g%; 94.5 g%). Compared to residents, higher Zn concentrations (89.1g%%) were observed in the city of Batatais, compared to Ribeirão Preto (76.5 g%). Pb concentrations above the reference value were found more often in PV group compared to controls (31.1%; 15.7%, respectively). Zn concentrations were lower in PV and PF, compared to controls (75.4 g%; 80.1 g%; 83.4 g%, respectively). Multivariate analysis showed higher concentrations of Pb for the elderly and exposed to metals. The variables age, exposure to pesticides, occupational exposure, rural, contact rivers and concentration of Zn were the most significant influence on the incidence of pemphigus in the endemic region. Conclusions. Heavy metals in the water samples complied with current legislation, except Cu in the river Sapucaí / Hg at Mirim and Mogi-Guaçu. The etiopathogenesis of pemphigus may be associated with the presence of Pb and Zn deficiency in genetically predisposed individuals.
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Local inflammation exacerbates cutaneous manifestations in a murine autoimmune pemphigus model / 局所の炎症は天疱瘡モデルマウスにおける皮疹を増悪させるOno, Sachiko 23 March 2017 (has links)
京都大学 / 0048 / 新制・課程博士 / 博士(医学) / 甲第20282号 / 医博第4241号 / 新制||医||1021(附属図書館) / 京都大学大学院医学研究科医学専攻 / (主査)教授 三森 経世, 教授 鈴木 茂彦, 教授 生田 宏一 / 学位規則第4条第1項該当 / Doctor of Medical Science / Kyoto University / DFAM
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Perfil imunoistoquímico de linfócitos T regulatórios no pênfico foliáceo endêmico através da expressão do marcador Foxp3 / Immunohistochemical profile of regulatory T cell Foxp3 marker in endemic pemphigus foliaceusLago, Fernanda 31 August 2011 (has links)
Introdução: Os linfócitos T regulatórios CD4+CD25+Foxp3+ (Tregs) desempenham um papel fundamental na manutenção da tolerância aos antígenos próprios e no controle da magnitude da resposta imunológica. Alterações quantitativas ou funcionais foram descritas em diversos distúbios auto-imunes. O pênfigo foliáceo endêmico (PFE) é uma doença bolhosa cutânea de natureza auto-imune, que compartilha características clínicas e imunopatológicas com o pênfigo foliáceo clássico, mas apresenta achados epidemiológicos próprios. Auto-anticorpos circulantes e teciduais da classe IgG dirigidos contra caderinas desmossômicas (desmogleína 1), levam à perda de adesão entre os queratinócitos. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar se a perda de tolerância é associada com alterações quantitativas nos linfócitos Tregs CD4+CD25+Foxp3+ na pele de pacientes com PFE. Métodos: Amostras de pele de 22 pacientes e 10 controles saudáveis foram submetidos à análise imunoistoquímica com anti-CD4, anti-CD25 e anti-Foxp3. Fotomicrografias foram obtidas de campos consecutivos ao longo de toda epiderme e derme. A seguir, foi realizada quantificação dos linfócitos Foxp3+, CD4+, CD25+, CD4+Foxp3+ e CD25+Foxp3+ em cada compartimento, considerando-se a respectiva área de cada campo (m2). Valores significantemente estatísticos foram considerados como p<0,05. Resultados: Encontramos um infiltrado epidérmico aumentado de linfócitos imunomarcados CD25+(p=0,003), Foxp3+(p=0,04) e CD25+Foxp3+ (p=0,007), em comparação com os controles. O infiltrado dérmico exibiu uma maior expressão de linfócitos CD4+ (p<0,001) e CD25+ (p=0,008) em amostras de pele de pacientes com PFE, quando comparados aos controles. Conclusões: Nossos achados sugerem que a quebra de tolerância imunológica periférica nos pacientes com PFE não se correlaciona com uma diminuição dos linfócitos T reg CD4+CD25+Foxp3+ na pele afetada. Entretanto, uma maior expressão de linfócitos CD25+Foxp3+ no infiltrado epidérmico poderia representar outra população de linfócitos com atividade regulatória, a ser definida. / Background: CD4+CD25+Foxp3+ regulatory T cells (Tregs) play a crucial role in the maintenance of self tolerance and control of the magnitude of the immune response. Their quantitative or functional impairment has been reported in several autoimmune disorders. Endemic pemphigus foliaceus (EPF) is an autoimmune organ-specific blistering skin disorder that shares many clinical and immunopathological features with classic pemphigus foliaceus, but with unique epidemiological features. Circulating and tissue-bound IgG auto-antibodies react against desmosomal cadherins (desmoglein 1), causing loss of adhesion between keratinocytes. Aims: The purpose of this study was to evaluate whether the loss of tolerance is associated with impairment of CD4+CD25+Foxp3+ Tregs in the skin of EPF patients. Methods: Skin samples from 22 patients and 10 controls were submitted to immunohistochemistry with anti-CD4, CD25 and Foxp3. Photomicrographs were obtained from consecutive fields along epidermis and dermis; quantification of Foxp3+, CD4+, CD25+, CD4+Foxp3+ and CD25+Foxp3+ cells were performed in each compartment, taking into account the respective field area (m2). Significance was set at p<0.05. Results: We found an enhanced epidermal infiltrate of CD25+(p=0.003), Foxp3+(p=0.04) and CD25+Foxp3+(p=0.007) immunostained T cells in EPF patients, when compared to controls. Dermal infiltrate exhibited a higher expression of CD4+ (p<0.001) and CD25 p=0.008) T cells in EPF skin samples than in controls. Conclusions: Our findings suggest that the break of peripheral immunologic tolerance in EPF patients did not correlate with an impairment of CD4+CD25+Foxp3+ Treg cells present in the affected skin. However, higher expression of CD25+Foxp3+ cells in the epidermal infiltrate could be a counterpart of a diverse population of T cells, previously described as exerting a regulatory activity, yet to be defined
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Avaliação da imunorreatividade contra desmogleína 1 e Trypanosoma cruzi em população de área endêmica para pênfigo foliáceo / Evaluation of immunoreactivity against desmoglein 1 and Trypanosoma cruzi in population from endemic area for pemphigus foliaceusJoaquim Xavier de Sousa Júnior 06 September 2012 (has links)
Introdução: O pênfigo foliáceo endêmico (PFE) ou Fogo Selvagem (FS) é uma dermatose bolhosa autoimune com auto-anticorpos IgG patogênicos, principalmente da subclasse IgG4, direcionados contra epítopos da desmogleína 1 (Dsg1), uma glicoproteína desmossômica que desempenha papel na adesão celular da epiderme. Os auto-anticorpos ligam-se a domínios específicos da Dsg1, gerando acantólise (perda da adesão celular) através de mecanismos diversos, tais como sinalização intracelular de moléculas e impedimento estérico. A etiopatogenia do FS é multifatorial, apresentando interações entre fatores imunológicos, genéticos e ambientais. Em algumas regiões do Brasil, detectou-se alta prevalência de FS (3%), sugerindo importante participação de fatores ambientais como desencadeantes da resposta autoimune. Indivíduos saudáveis de áreas endêmicas de FS reconhecem epítopos não-patogênicos da Dsg1, e exposição a insetos hematófagos é um fator de risco para FS. FS e doença de Chagas compartilham algumas regiões geográficas, e anticorpos anti- Dsg1 foram detectados em doentes de Chagas. Na reserva indígena Terena (Limão Verde), onde a prevalência de FS é alta, a população está exposta a picadas de simulídeos, cimecídeos e reduvídeos. Estes insetos podem atuar como vetores de doenças, bem como na imunomodulação do processo autoimune do FS. Objetivos: Nosso estudo teve como objetivos: 1- avaliar a frequência de anticorpos anti-Trypanosoma cruzi em doentes de FS e na população saudável da área de alto risco para FS, habitantes da aldeia indígena de Limão Verde, Mato Grosso do Sul, Brasil; 2- avaliar a reatividade concomitante contra Dsg1 e T. cruzi nessa população de alto risco para FS. Métodos: Realizamos ensaio sorológico de ELISA (enzyme linked immunosorbent assay) para reatividade contra Dsg1 e contra T. cruzi em 40 doentes de FS e em 150 indivíduos saudáveis da reserva indígena Terena. Adicionalmente, todos os soros foram analisados através da técnica de imunofluorescência indireta (IFI) para doença de Chagas. Nas reações positivas por ELISA e IFI para Chagas, TESA (trypomastigoste extracted/secreted antigens) immunobloting foi realizado como teste confirmatório para doença de Chagas. Resultados: A forma indeterminada da doença de Chagas foi identificada através da reação contra o T. cruzi por ELISA, IFI e TESA-BLOT em cinco indivíduos de Limão Verde, que não apresentavam FS. Nenhum doente de FS da região estudada apresentou reatividade contra T. cruzi. O perfil de anticorpos anti-Dsg1 evidenciou resultado positivo em 15 dos 40 doentes de FS e em 33 dos 150 soros de indivíduos saudáveis da região endêmica de FS. Não se observou reação cruzada entre doença de Chagas e FS. Conclusões: 1-Nosso estudo revelou pela primeira vez a ocorrência de doença de Chagas, forma indeterminada, em uma população ameríndia Terena da aldeia de Limão Verde, uma área endêmica de fogo selvagem; 2-Nenhum doente de fogo selvagem da reserva indígena Terena de Limão Verde, Aquidauana (MS) apresentou reatividade contra o Trypanosoma cruzi; 3-A resposta antidesmogleína 1 nos doentes de fogo selvagem foi encontrada em 37,5% (15/40) dos pacientes. Auto-anticorpos anti-desmogleína 1 nos indivíduos sadios (sem fogo selvagem) foram encontrados em 22% (33/150) dos casos. 4-Não houve concomitância de doença de Chagas e fogo selvagem na amostra populacional estudada de Limão Verde / Introduction: Endemic pemphigus foliaceus (EPF) or Fogo Selvagem (FS) is an autoimmune blistering disorder with pathogenic IgG autoantibodies, mainly of the IgG4 subclass, that recognize desmoglein 1 (Dsg1), a desmossomal glycoprotein that plays a role in epidermal cell adhesion. Autoantibodies binding to specific domains of Dsg1 lead to acantholysis through different mechanisms, such as intracellular molecular signaling and steric hindrance. Etiopathogenesis of FS is multifactorial, with the interaction of immunological, genetic and environmental factors. In certain settlements of Brazil, a high prevalence of FS (3%) is reported, suggesting an important role for environmental factors as triggers of the autoimmune response. Healthy individuals from endemic areas recognize non-pathogenic epitopes of Dsg1, and exposure to hematophagous insects is a risk factor for FS. Interestingly, FS and Chagas disease share some geographic sites, and anti- Dsg1 has been detected in Chagas patients. In the Terena reservation of Limao Verde, where FS prevalence is high, the population is prone to insect bites (Simulium, Cimex and Triatoma). Those insects may play a role as disease vectors or exert modulation of the autoimmune process in FS. Aims: Our study aimed: 1-To evaluate the frequency of antibodies anti- Trypanosoma cruzi in FS patients and in a healthy population living in a highrisk area for FS, a native Brazilian reservation of Limão Verde, Mato Grosso, Brazil; 2-.To analyze the concomitant reactivity against Dsg1 and T. cruzi in a high-risk population for FS. Methods: We performed ELISA (enzyme linked immunosorbent assay) for Dsg1 and T. cruzi in forty FS patients and 150 healthy individuals living in the Terena reservation. All sera were also analyzed by indirect immunofluorescence (IIF) for Chagas disease. In those seropositive reactions for T. cruzi, TESA (trypomastigoste extracted/secreted antigens) immunoblotting was performed as a confirmatory test for Chagas disease. Results: Indeterminate Chagas disease was identified utilizing ELISA, IIF and TESA-BLOT for T. cruzi in five non-FS individuals from Limão Verde. In counterpart, none of the FS patients living in the same geographic region showed reactivity against Trypanosoma cruzi. Anti-Dsg1 antibodies were present in 15 out of 40 FS sera and in 33 out of 150 sera from healthy individuals from endemic FS site. No cross-reactivity between Chagas disease and FS was observed. Conclusions: 1- Our study revealed, for the first time, the occurrence of indetermined Chagas disease in an Amerindian Terena population of Limão Verde, Aquidauana, an endemic area of Fogo Selvagem; 2-None of the FS patients from the present endemic focus of Limao Verde, Aquidauana (MS) showed reactivity against Trypanosoma cruzi; 3-The anti-Dsg1 response in FS patients of this focus was detected in 37.5% (15/40) of the patients. In non-FS controls, autoantibodies anti-Dsg 1 were detected in 22% (33/150) of the sera; 4-There was no concomitance of Chagas disease and fogo selvagem in the analyzed population of Limão Verde
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Relação imunogenética dos pênfigos com a leishmaniose tegumentar / Imunogenetic relationship between pemphigus and cutaneous leishmaniasisSantos, Priscilla Vargas Walsh Gonçalves dos 10 December 2015 (has links)
Pênfigo é uma dermatose bolhosa autoimune, endêmica em algumas áreas, como no nordeste do estado de São Paulo, Brasil, caracterizada pela produção de autoanticorpos contra desmogleínas (Dsg) - proteínas de adesão dos queratinócitos. O pênfigo vulgar (PV) acomete mucosas e pele, pela produção de anti-Dsg 3 e 1, respectivamente. O pênfigo foliáceo (PF) apresenta lesões exclusivamente na pele, pela produção de anti-Dgs1. Esta região também é endêmica para a Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), cujo principal fator etiológico é Leishmania (Viannia) braziliensis. Objetivos: Relacionar fatores imunogenéticos dos pênfigos com aqueles da LTA, investigando, em pacientes com pênfigos, LTA e em controles: a resposta humoral às Dsg 1 e 3 e contra Chagas; a resposta humoral e celular aos antígenos de leishmania; e a associação dos alelos HLA de classe II -DR e -DQ no grupo LTA com aqueles de suscetibilidade e de resistência descritos nos pênfigos. Métodos: A resposta humoral foi investigada por: (i) ELISA para determinação dos anticorpos anti-Dsg 1 e 3, anti-L. V. braziliensis e contra T. cruzi; (ii) imunoblotting (IB) com extrato proteico de epiderme e com extrato proteico de L. (V.) braziliensis; (iii) imunofluorescência indireta (IFI) com substrato de pele humana e soro de pacientes com LTA. A resposta celular foi realizada por teste intradérmico de Montenegro (TIM). A tipificação dos alelos HLA -DR e -DQ foi realizada por PCR-SSOP. Resultados: A resposta humoral às Dsg confirmou o esperado - anti-Dsg1: 84,6% no grupo PF e 54,8% no grupo PV; e antiDsg3: 83,9% no PV; não havendo diferença significativa entre os grupos LTA e controles - anti-Dsg1: 16% nos familiares de PF (FPF); 5,2% no grupo LTA; 4,2% no grupo FPV; e 2,7% nos controles vizinhos; e anti-Dsg3: 12% no grupo FPF; 6,4% no grupo PF e 5,2% no grupo LTA. Houve reconhecimento dos peptídeos de 130kDa (corresponde ao PM da Dsg3), 145kDa, 150kDa (Dsg2), 160kDa (Dsg1), 230kDa (BP230), 250kDa, 290kDa, 350kDa, 410kDa, 425kDa e 460kDa da epiderme humana por soro de pacientes com LTA. A IFI resultou positiva para anti-IgG em 2/6 pacientes com LTA. Em um deles, houve reconhecimento de peptídeos intercelulares da epiderme, guardando semelhança aos pênfigos; e, no outro, de antígenos da zona da membrana basal, guardando semelhança ao penfigoide bolhoso. A resposta humoral a L. (V.) braziliensis resultou mais elevada no grupo LTA (73% para LTAc e 62% para LTAm) em relação aos demais grupos, sem diferença significativa entre os grupos pênfigos (1,3% no grupo PF e 1,6% no PV) e os controles (10,8% nos controles vizinhos e 4% no grupo FPF, FPV e controles Banco de Sangue). Pacientes com pênfigos apresentaram títulos sorológicos para T. cruzi semelhantes aos controles. Houve reconhecimento de peptídeos de L. (V.) braziliensis pelo soro dos pacientes com pênfigo (45kDa, 95kDa, 100kDa, 120kDa, 125kDa, 145kDa, 150kDa, 305kDa, 330kDa, 410kDa e >500kDa). O TIM foi negativo nos 6 pacientes com PF ou PV avaliados. Os alelos DRB1*01:02 e DQA1*01 mostraram associação de resistência para LTA e suscetibilidade para PF; o alelo DRB1*04:02 de resistência para LTA e suscetibilidade para PV; os alelos DRB1*07:01 e *11:01 de suscetibilidade para LTA e resistência para PF; e o DQA1*01:02 mostrou associação de suscetibilidade a ambos LTA e PF. Conclusões: os pacientes com LTA têm resposta humoral às Dsg 1 e 3, e os pacientes com pênfigo, aos antígenos de L. (V.) braziliensis e de T. cruzi semelhante aos controles. Os soros de pacientes com pênfigos reconhecem peptídeos da epiderme e da zona da membrana basal por IB e IFI. Os demais peptídeos reconhecidos pelos pacientes com LTA ao extrato epidérmico, assim como dos pacientes com pênfigos ao extrato de L. (V.) braziliensis necessitam sequenciamento. As associações de suscetibilidade ou resistência dos alelos HLA de classe II -DR e -DQ são opostas para LTA e pênfigo. Os resultados confirmam a não participação do parasito L. (V.) braziliensis na patogênese dos pênfigos, assim como corroboram a observação clínica da ausência da associação de ambas as doenças na região do estudo / Pemphigus is an autoimmune bullous dermatosis, endemic in some areas, such as in the northeastern of São Paulo state, characterized by the production of autoantibodies against desmoglein (Dsg) - keratinocytes adhesion proteins. Pemphigus vulgaris (PV) affects mucous membranes and skin, by the production of anti-Dsg 3 and 1, respectively. Pemphigus foliaceus (PF) affects only the skin, by the production of anti-Dsg 1. This region is also endemic for American Cutaneous Leishmaniasis (ACL), whose main etiological factor is Leishmania (V.) braziliensis. Objectives: To relate immunogenetic factors of pemphigus with those of ACL, investigating, in patients with pemphigus, ACL and controls: the humoral response to Dsg 1 and 3; the humoral and cellular responses to Leishmania antigens; and the association of class II -DR and -DQ HLA alleles in ACL group with those of susceptibility and resistance described in pemphigus. Methods: The humoral response was investigated by (i) ELISA for determination of anti-Dsg1 and anti-Dsg3 antibodies and anti-antibodies from T. cruzi and L. braziliensis; (ii) immunoblotting (IB) with protein extract of the epidermis and protein extract of L. braziliensis; (iii) indirect immunofluorescence (IIF) with human skin substrate and serum of ACL patients. The cellular response was carried out by intradermal test Montenegro (ITM). The typing of HLA-DQ and -DR alleles was performed by PCR-SSOP. Results: The humoral response to Dsg confirmed expected in groups of PV and PF (anti-Dsg1: 84.6% in the PF group and 54.8% in the PV group, and anti-Dsg3: 83.9% in PV), with no significant difference between the ACL and control groups [anti-Dsg1: 16% in relatives of PF (RPF), 5.2% in the ACL, 4.2% in relatives of PV (RPV) and 2.7% of controls neighbors; anti-Dsg3: 12% in RPF, 6.4% in the PF group and 5.2% in ACL)]. There has been recognition of peptides 130kDa, 145 kDa, 150kDa, 160kDa, 230 kDa, 250 kDa, 290 kDa, 350 kDa, 410 kDa, 425 kDa and 460 kDa of human epidermis by serum of ACL patients. The IFI was positive in 1/6 ACL patients evaluated. The humoral response to L. braziliensis resulted higher in ACL group (73% to ACLc and 62% to ACLm) compared to the other groups, with no significant difference between pemphigus groups (1.3% in the PF group and 1.6% the group PV) and controls (10.8% in neighboring controls and 4% in FPF, in FPV and BS controls). Patients with pemphigus have serological titers to T. cruzi similar to controls. There was L. braziliensis recognition of peptides by the patients with pemphigus (45 kDa, 95 kDa, 100 kDa, 120 kDa, 125 kDa, 145 kDa, 150 kDa, 305 kDa, 330 kDa, 410 kDa and> 500 kDa). The ITM was negative in 06 patients with PF or PV evaluated. The DRB1*01:02 and DQA1*01 showed resistance association for LTA and susceptibility to PF; allele DRB1*04:02 resistance to ACL and susceptibility to PV; the DRB1*07: 01 and *11:01 susceptibility to ACL and resistance to PF; and DQA1*01:02 showed susceptibility association with both ACL and PF. Conclusions: Patients with ACL have humoral response to Dsg 1 and 3, and pemphigus patients to L. braziliensis and T. cruzi antigens similar to controls. The peptides recognized by patients with pemphigus to L. braziliensis extract require sequencing. The susceptibility or resistance associations of class II -DR and -DQ HLA alleles are opposed to ACL and pemphigus. The results confirm the non-participation of the parasite L. (V.) braziliensis in the pathogenesis of pemphigus, as well as support the clinical observation of the absence of both diseases association
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Avaliação da imunorreatividade contra desmogleína 1 e Trypanosoma cruzi em população de área endêmica para pênfigo foliáceo / Evaluation of immunoreactivity against desmoglein 1 and Trypanosoma cruzi in population from endemic area for pemphigus foliaceusSousa Júnior, Joaquim Xavier de 06 September 2012 (has links)
Introdução: O pênfigo foliáceo endêmico (PFE) ou Fogo Selvagem (FS) é uma dermatose bolhosa autoimune com auto-anticorpos IgG patogênicos, principalmente da subclasse IgG4, direcionados contra epítopos da desmogleína 1 (Dsg1), uma glicoproteína desmossômica que desempenha papel na adesão celular da epiderme. Os auto-anticorpos ligam-se a domínios específicos da Dsg1, gerando acantólise (perda da adesão celular) através de mecanismos diversos, tais como sinalização intracelular de moléculas e impedimento estérico. A etiopatogenia do FS é multifatorial, apresentando interações entre fatores imunológicos, genéticos e ambientais. Em algumas regiões do Brasil, detectou-se alta prevalência de FS (3%), sugerindo importante participação de fatores ambientais como desencadeantes da resposta autoimune. Indivíduos saudáveis de áreas endêmicas de FS reconhecem epítopos não-patogênicos da Dsg1, e exposição a insetos hematófagos é um fator de risco para FS. FS e doença de Chagas compartilham algumas regiões geográficas, e anticorpos anti- Dsg1 foram detectados em doentes de Chagas. Na reserva indígena Terena (Limão Verde), onde a prevalência de FS é alta, a população está exposta a picadas de simulídeos, cimecídeos e reduvídeos. Estes insetos podem atuar como vetores de doenças, bem como na imunomodulação do processo autoimune do FS. Objetivos: Nosso estudo teve como objetivos: 1- avaliar a frequência de anticorpos anti-Trypanosoma cruzi em doentes de FS e na população saudável da área de alto risco para FS, habitantes da aldeia indígena de Limão Verde, Mato Grosso do Sul, Brasil; 2- avaliar a reatividade concomitante contra Dsg1 e T. cruzi nessa população de alto risco para FS. Métodos: Realizamos ensaio sorológico de ELISA (enzyme linked immunosorbent assay) para reatividade contra Dsg1 e contra T. cruzi em 40 doentes de FS e em 150 indivíduos saudáveis da reserva indígena Terena. Adicionalmente, todos os soros foram analisados através da técnica de imunofluorescência indireta (IFI) para doença de Chagas. Nas reações positivas por ELISA e IFI para Chagas, TESA (trypomastigoste extracted/secreted antigens) immunobloting foi realizado como teste confirmatório para doença de Chagas. Resultados: A forma indeterminada da doença de Chagas foi identificada através da reação contra o T. cruzi por ELISA, IFI e TESA-BLOT em cinco indivíduos de Limão Verde, que não apresentavam FS. Nenhum doente de FS da região estudada apresentou reatividade contra T. cruzi. O perfil de anticorpos anti-Dsg1 evidenciou resultado positivo em 15 dos 40 doentes de FS e em 33 dos 150 soros de indivíduos saudáveis da região endêmica de FS. Não se observou reação cruzada entre doença de Chagas e FS. Conclusões: 1-Nosso estudo revelou pela primeira vez a ocorrência de doença de Chagas, forma indeterminada, em uma população ameríndia Terena da aldeia de Limão Verde, uma área endêmica de fogo selvagem; 2-Nenhum doente de fogo selvagem da reserva indígena Terena de Limão Verde, Aquidauana (MS) apresentou reatividade contra o Trypanosoma cruzi; 3-A resposta antidesmogleína 1 nos doentes de fogo selvagem foi encontrada em 37,5% (15/40) dos pacientes. Auto-anticorpos anti-desmogleína 1 nos indivíduos sadios (sem fogo selvagem) foram encontrados em 22% (33/150) dos casos. 4-Não houve concomitância de doença de Chagas e fogo selvagem na amostra populacional estudada de Limão Verde / Introduction: Endemic pemphigus foliaceus (EPF) or Fogo Selvagem (FS) is an autoimmune blistering disorder with pathogenic IgG autoantibodies, mainly of the IgG4 subclass, that recognize desmoglein 1 (Dsg1), a desmossomal glycoprotein that plays a role in epidermal cell adhesion. Autoantibodies binding to specific domains of Dsg1 lead to acantholysis through different mechanisms, such as intracellular molecular signaling and steric hindrance. Etiopathogenesis of FS is multifactorial, with the interaction of immunological, genetic and environmental factors. In certain settlements of Brazil, a high prevalence of FS (3%) is reported, suggesting an important role for environmental factors as triggers of the autoimmune response. Healthy individuals from endemic areas recognize non-pathogenic epitopes of Dsg1, and exposure to hematophagous insects is a risk factor for FS. Interestingly, FS and Chagas disease share some geographic sites, and anti- Dsg1 has been detected in Chagas patients. In the Terena reservation of Limao Verde, where FS prevalence is high, the population is prone to insect bites (Simulium, Cimex and Triatoma). Those insects may play a role as disease vectors or exert modulation of the autoimmune process in FS. Aims: Our study aimed: 1-To evaluate the frequency of antibodies anti- Trypanosoma cruzi in FS patients and in a healthy population living in a highrisk area for FS, a native Brazilian reservation of Limão Verde, Mato Grosso, Brazil; 2-.To analyze the concomitant reactivity against Dsg1 and T. cruzi in a high-risk population for FS. Methods: We performed ELISA (enzyme linked immunosorbent assay) for Dsg1 and T. cruzi in forty FS patients and 150 healthy individuals living in the Terena reservation. All sera were also analyzed by indirect immunofluorescence (IIF) for Chagas disease. In those seropositive reactions for T. cruzi, TESA (trypomastigoste extracted/secreted antigens) immunoblotting was performed as a confirmatory test for Chagas disease. Results: Indeterminate Chagas disease was identified utilizing ELISA, IIF and TESA-BLOT for T. cruzi in five non-FS individuals from Limão Verde. In counterpart, none of the FS patients living in the same geographic region showed reactivity against Trypanosoma cruzi. Anti-Dsg1 antibodies were present in 15 out of 40 FS sera and in 33 out of 150 sera from healthy individuals from endemic FS site. No cross-reactivity between Chagas disease and FS was observed. Conclusions: 1- Our study revealed, for the first time, the occurrence of indetermined Chagas disease in an Amerindian Terena population of Limão Verde, Aquidauana, an endemic area of Fogo Selvagem; 2-None of the FS patients from the present endemic focus of Limao Verde, Aquidauana (MS) showed reactivity against Trypanosoma cruzi; 3-The anti-Dsg1 response in FS patients of this focus was detected in 37.5% (15/40) of the patients. In non-FS controls, autoantibodies anti-Dsg 1 were detected in 22% (33/150) of the sera; 4-There was no concomitance of Chagas disease and fogo selvagem in the analyzed population of Limão Verde
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LE ROLE DE L'AUTOANTIGENE DANS LES MALADIES AUTO-IMMUNES : ETUDE DE LA DESMOGLEINE 1 AU COURS DES PEMPHIGUSMouquet, Hugo 21 November 2006 (has links) (PDF)
Les pemphigus sont des maladies auto-immunes spécifiques d'organe qui affectent la peau et les muqueuses. Ils sont caractérisés par la production d'autoanticorps pathogènes dirigés contre des protéines du desmosome, plus particulièrement, les desmogléines qui permettent l'adhésion entre eux des kératinocytes de l'épiderme. Au cours des pemphigus superficiels (PS), la réponse auto-immune est dirigée contre la desmogléine 1 (Dsg1). Chez les malades atteints de PS, des lymphocytes T autoréactifs vis à vis de la Dsg1 sont présents et interviennent dans la production d'autoanticorps anti-Dsg1. Cet autoantigène est aussi la cible de la réponse auto-immune au cours d'autres formes de pemphigus tels que les pemphigus vulgaire et paranéoplasique et par conséquent, semble jouer un rôle clé dans ces maladies. Depuis plus d'une décennie, le rôle de l'autoantigène lui-même dans l'initiation, la propagation et la pérennisation de la réponse auto-immune a été conforté par de nombreux arguments expérimentaux. En nous appuyant sur ce concept, nous avons entrepris d'étudier l'intervention de la Dsg1 dans les mécanismes physiopathologiques qui concourent au développement des pemphigus. Dans un premier temps, nous avons démontré l'expression dans l'épiderme humain, d'une isoforme tronquée de la Dsg1 générée par épissage alternatif des transcrits DSG1. Cette Dsg1 soluble est porteuse d'une séquence peptidique spécifique qui se fixe avec une forte affinité à certaines molécules HLA de classe II de susceptibilité au PS en particulier, à la molécule DRB1*0102. Ce peptide est par ailleurs capable d'induire la prolifération de cellules mononuclées du sang périphérique chez 50% des malades atteints de la forme sporadique de PS. Ces patients expriment des allèles HLA de classe II associés à la maladie et deux d'entre eux sont porteurs de la molécule DRB1*0102. Ainsi, la modification de la Dsg1 par épissage alternatif pourrait-elle intervenir dans la rupture de la tolérance au niveau du compartiment T chez les individus prédisposés génétiquement par l'expression de certains allèles HLA de classe II et in fine, conduire à l'initiation d'une réponse auto-immune B dirigée contre la Dsg1. En second lieu, nous avons observé une diversification de la réponse anticorps chez des souris normales immunisées avec la région extracellulaire recombinante de la Dsg1. Les animaux immunisés produisent non seulement des IgG dirigées contre la Dsg1 mais aussi, contre d'autres protéines de l'épiderme. Nous avons dérivé cinq anticorps monoclonaux à partir des splénocytes isolés de ces souris et montré que trois d'entre eux sont dirigés spécifiquement contre la Dsg1. Les deux autres, 10A1 et CK1, ne réagissent pas avec la Dsg1 mais reconnaissent des protéines épidermiques de plus haut poids moléculaire, compatible avec ceux des autoantigènes de la famille des plakines spécifiquement reconnus par les anticorps au cours du pemphigus paranéoplasique, e.g. l'envoplakine et la périplakine. Grâce à une analyse protéomique ciblée combinant l'immunocriblage d'une carte protéique 2D d'épiderme humain et la spectrométrie de masse MALDI-ToF, nous avons montré que la protéine cible du 10A1 est l'envoplakine, et que le CK1 reconnaît à la fois l'envoplakine et la périplakine. Ainsi, en accord ce modèle expérimental murin, la réponse B anti-Dsg1 pourrait-elle gouverner la réponse vis à vis d'autres protéines du desmosome en particulier, les plakines, mimant de ce fait la diversité de la réponse auto-immune B observée au cours du pemphigus paranéoplasique. Enfin, nous démontrons par des analyses en PCR que l'ARNm de la Dsg1 est exprimé dans le thymus humain normal, que son expression augmente avec l'âge et de ce fait, que l'absence de l'expression thymique de cette autoantigène ne constitue pas l'origine de la rupture de la tolérance qui concoure au développement des PS. Nos résultats mettent en exergue le rôle la Dsg1 dans le processus auto-immun au cours des pemphigus, d'une part, à la phase d'initiation, avec l'intervention de cet autoantigène modifié par épissage alternatif dans la réponse lymphocytaire T et d'autre part, à la phase de propagation, avec la diversification de la réponse anticorps vis à vis d'autres antigènes desmosomiaux induite chez des souris normales immunisées avec cet autoantigène.
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Fogo selvagem, alma domada: a doença e o Hospital do Pênfigo de Uberaba - história e psicografiaLima, Nadia Rodrigues Alves Marcondes Luz [UNESP] 15 December 2010 (has links) (PDF)
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lima_nraml_dr_fran_parcial.pdf: 266613 bytes, checksum: 5ccb285694d279c3f0e1c3bd6538513d (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Este estudo tem como tema central a história da doença pênfigo foliáceo endêmico e do Hospital do Pênfigo de Uberaba (MG), fundado no ano de 1957 e ainda em atividade. O hospital recebe pacientes portadores desta doença, popularmente conhecida como fogo selvagem, provenientes de diversas regiões do Brasil. Considerada como uma das únicas doenças autoimunes com características endêmicas, classifica-se cientificamente como sendo uma dermatose bolhosa, comumente presente em regiões geográficas de climas tropicais, cuja etiologia, a despeito do empenho em pesquisas científicas, ainda permanece desconhecida. No Brasil, seu tratamento vem sendo realizado desde o final da década de 1960, com medicamentos à base de corticosteróides, potente anti-inflamatório descoberto no final da década de 1950. O Hospital do Pênfigo, em Uberaba, é a única instituição remanescente que se dedica de modo específico, com exclusividade, ao tratamento do pênfigo foliáceo endêmico. Instituição considerada pelo Estado como de utilidade pública, o hospital é administrado e parcialmente mantido por integrantes do segmento cultural espírita e oferece, além da terapêutica tradicional, também outras, integrativas, tais como o passe magnético, a desobsessão e a fluidificação da água. Ao registrar a história deste hospital, esta pesquisa traz também subsídios para a compreensão da evolução da doença e de seu tratamento, no Brasil. Destacamos a história da fundadora Aparecida Conceição Ferreira, da peculiar maneira por ela desenvolvida de tratar a doença e da sua amizade com o médium Francisco Cândido Xavier, desde os começos da construção e edificação do hospital, cujas raízes se fundam nos preceitos morais e na filosofia da história que sustentam a teoria doutrinária espírita do francês Allan Kardec. A escrita... / The theme of this study is the history of Endemic Pemphigus Foliaceus disease, as well as of the Pemphigus Hospital of Uberaba – (MG), founded in 1957 and still active. The hospital receives patients with endemic pemphigus foliaceus disease, popularly known as “fogo selvagem”, from several regions of Brazil. Regarded as one of the few autoimmune diseases with endemic features, it is scientifically classified as a bullous dermatosis, usually found in geographical regions of tropical climates, which etiology, despite all efforts in scientific researches, still remains unknown. In Brazil, its treatment has been performed since the late 1960s, with medicines based on corticosteroids, potent anti-inflammatory discovered in the late 1950s. The Pemphigus Hospital, in Uberaba, is the only remaining institution which is engaged in a specific way, exclusively to the treatment of the endemic pemphigus foliaceus disease. The institution is considered by the state as of public utility and the hospital is run and partially maintained by members of the Spiritist cultural movement. Besides the traditional therapy, the treatment offers integrative ones, such as the magnetic healing, the disobsession and the magnetization of the water. Registering the history of this Hospital this research brings subsidies concerning the evolution comprehension of the disease and its treatment in Brazil. We highlighted the history of its founder – Aparecida Conceição Ferreira and her peculiar manner of treating the disease, moreover her friendship with the medium Francisco Cândido Xavier, since the beginnings of construction and Hospital edification, whose roots are founded on moral principles of the Spiritist Doctrine philosophy of the French Allan Kardec. The history writing on this dissertation emphasizes the theoretical contribution of Michel de Certeau and the concept of historical symmetries of Hermínio Miranda as a metho
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