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Anestesia local no reparo do trauma perineal no parto normal: estudo comparativo da eficácia da solução anestésica com e sem vasoconstritor. / The use of local anesthesia in repairing the perineal trauma from spontaneous delivery: a comparative study on the effectiveness of the anesthetic solution with and without vasoconstrictors.

Colacioppo, Priscila Maria 10 May 2005 (has links)
No parto normal, o trauma provocado por episiotomia ou roturas, é freqüente e a anestesia local é bastante utilizada no reparo das lesões da região vulvoperineal. Na literatura especializada, os estudos sobre as soluções anestésicas mais adequadas são escassos para essa anestesia. No entanto existem recomendações para a adoção de anestésicos com vasoconstritor pela permanência mais prolongada da solução anestésica no local, garantindo maior ação e redução da concentração plasmática da droga, mas na prática seu uso é restrito. O objetivo do estudo foi comparar a quantidade de anestésico necessária para inibir a dor durante a sutura do trauma perineal, em mulheres com episiotomia ou laceração espontânea de primeiro ou segundo graus, conforme o uso ou não de vasoconstritor na solução anestésica. Trata-se de uma pesquisa aleatorizada e controlada com mascaramento duplo, realizada no Centro de Parto Normal do Amparo Maternal na cidade de São Paulo. Foram incluídas 96 parturientes, alocadas em três blocos - laceração de primeiro grau, laceração de segundo grau e episiotomia. Em cada bloco, constituído por 32 mulheres, 16 receberam solução anestésica com vasoconstritor e 16 sem vasoconstritor. Os resultados mostraram que, na laceração de primeiro grau, a média de anestésico com vasoconstritor apresentou diferença estatisticamente significante (p=0,002), com 1,0 ml (I.C. -1,6; -0,4) menos que a média do anestésico sem vasoconstritor; em 95% dos casos, foram usados de 1 a 2 ml de solução com vasoconstritor, e em 87,5% dos casos para o anestésico sem vasoconstritor, o volume usado variou de 2 a 4 ml. Para a laceração de segundo grau, a média do anestésico com vasoconstritor foi 3,7 ml (I.C. -5,8; -1,6) menos que a média do anestésico sem vasoconstritor, sendo estatisticamente significante (p=0,001); em 87,5% dos casos, a quantidade máxima de anestésico com vasoconstritor administrada foi 6 ml, e 81,3% das mulheres que receberam anestésico sem vasoconstritor, a dose administrada foi de 7 ml ou mais. Considerando a extensão da laceração, adotou-se o tamanho da episiotomia praticada nas mulheres do estudo, como parâmetro para classificar a extensão da laceração. Foram agrupadas como pequenas as lacerações de menor extensão, como médias aquelas com tamanho semelhante à episiotomia e como grandes aquelas cuja extensão superou o tamanho da episiotomia. Para a episiotomia, a média de anestésico com vasoconstritor foi 0,3 ml (I.C. -2,1; 1,5) a menos que a média do anestésico sem vasoconstritor, considerada sem significância estatística (p=0,724). Os resultados permitiram confirmar a hipótese de que uso de anestésico com vasoconstritor na anestesia local para a sutura de lacerações perineais no parto normal aumenta a eficácia da anestesia local. Embora o volume de anestésico utilizado na sutura de laceração de primeiro e segundo graus seja significativamente reduzido pela associação com vasoconstritor, a relevância clínica desse resultado deve ser considerada. / The perineal trauma, caused by episiotomy or ruptures, is quite frequent during the spontaneous delivery, being the local anesthesia widely utilized when repairing lesions in the vulvo-perineal region. Throughout the specialized literature, scarce are the studies on the most suitable anesthetic solutions for this kind of anesthesia. Even though there are recommendations for the adoption of the anesthetic with vasoconstrictor, because of the prolonged permanence of the anesthetic solution in the region, thus ensuring a bigger time of action, and because of the reduction in the plasmatic concentration of the drug, its utilization in practice is restricted. The goal of the study was to compare the necessary quantity of anesthetic to inhibit pain during the suture of the perineal trauma in women with an episiotomy or with first or second degree spontaneous lacerations, according to the use or not of vasoconstrictor in the anesthetic solution. This is a randomized and controlled research, with double blind trial, performed in the Birth Centre at Amparo Maternal, in the city of Sao Paulo. There were 96 parturients included in the study and then divided into three blocks: first degree laceration, second degree laceration and episiotomy. In each block, constituted of 32 women, 16 women were administered the anesthetic solution with vasoconstrictor and 16 with no vasoconstrictor. Results show that in the first degree laceration block the average of anesthetic with vasoconstrictor presented a statistically significant difference (p=0,002), with 1,0 ml (C.I. -1,6; -0,4) less than the average of the anesthetic without vasoconstrictor; in 95% of the cases, 1 to 2 ml of the solution with vasoconstrictor was utilized, while in 87,5% of the cases, the anesthetic without vasoconstrictor varied from 2 to 4 ml. In the second degree laceration block, the average of anesthetic solution with vasoconstrictor was 3,7 ml (C.I. -5,8; -1,6) less than the average of the anesthetic without vasoconstrictor, being statistically significant (p=0,001); in 87,5% of the cases, the maximum quantity of anesthetic with vasoconstrictor administered was 6 ml, while in 81,3% of the cases, women who were given the anesthetic without vasoconstrictor, received 7 ml or more. Considering the extent of the laceration, the size of the episiotomy practiced on the women of the study was adopted as a parameter to classify the extent of the laceration. The lacerations of a smaller extent were grouped as small-sized, the ones in which the size was similar to the size of the episiotomy were grouped as medium-sized, and as large-sized the ones that oversized the episiotomy. For the episiotomy, the average of anesthetic with vasoconstrictor was 0,3 ml (C.I. -2,1; 1,5) less than the average of the anesthetic without vasoconstrictor, with no statistic significance (p=0,724). Results allow us to confirm the hypothesis that the utilization of the anesthetic with vasoconstrictor in the local anesthesia during the suture of the perineal lacerations in the spontaneous delivery increases the effectiveness of the local anesthesia. Although the volume of anesthetic utilized in the suture of the first and second degree lacerations is significantly reduced by the association with vasoconstrictor, the clinical relevance of this result must be taken into further consideration.
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Força muscular do assoalho pélvico de primíparas segundo o tipo de parto: estudo de coorte / Pelvic floor muscle strength in primiparous women according to type of delivery: a cohort study

Oliveira, Sheyla Guimarães 07 June 2017 (has links)
Introdução: O parto pode influenciar a força muscular do assoalho pélvico (FMAP), com possíveis morbidades do trato gênito-urinário e anal de forma transitória ou permanente. Objetivos: 1. Investigar a prevalência de infecção do trato urinário, incontinência urinária, incontinência anal e dispareunia, em primíparas com 50 a 70 (2 meses) e 170 a 190 dias (6 meses) após o parto. 2. Analisar a variação FMAP, mediante perineometria em primíparas de acordo com o tipo de parto, idade materna, escolaridade, cor da pele, situação conjugal, ocupação, índice de massa corpórea (IMC), infecção do trato urinário (ITU), incontinência urinária (IU) e anal (IA), exercícios perineais, dispareunia, intervenções e condições do períneo no parto e do recém-nascido (RN), com 50 a 70 e 170 a 190 dias após o parto. Método: Coorte prospectiva com 99 primíparas recrutadas em maternidade pública de Itapecerica da Serra, São Paulo. Colheram-se os dados em três etapas: a 1ª, na internação hospitalar, até o momento da alta; a 2ª e 3ª, 50-70 dias e 170-190 dias após o parto, respectivamente, nas quais foi mensurada a FMAP. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (CAAE:13545113.5.0000.5392). Resultados: Considerando o período anterior à gestação houve um aumento de 13,1 pontos percentuais (p.p.) na prevalência de IU na gestação e uma redução de 16,1 (p.p.) e de 21,2 (p.p.) aos dois e aos seis meses pós-parto, respectivamente. A prevalência de IA, foi de 6,1%, aos dois meses após o parto e aos seis meses, somente uma mulher persistiu com incontinência de flatos. Aos dois e seis meses pós-parto, a prevalência de dispareunia foi referida por 44,3% e 9,5% das mulheres, respectivamente. Apesar da maior média da FMAP das mulheres após o parto normal comparada à cesariana (22,0 e 21,0 cmH2O, na etapa 2 versus 26,8 e 24,4 cmH2O, na etapa3, respectivamente), não houve diferença estatística (p=0,508). A análise bivariada apontou diferença estatística nas médias da FMAP em relação à idade (p=0,001), e o exercício perineal ficou próximo da significância (p=0,054). Não foram observadas interações entre idade e exercícios com as etapas 2 e 3. Também ocorreu associação significante entre FMAP de mulheres que relataram ITU (p=0,012) e aquelas sem IU (p=0,021). Foi obtida maior FMAP entre as participantes que não receberam anestesia (p=0,028), com diferença estatística. A FMAP não diferiu quanto às variáveis cor da pele, situação conjugal, ocupação, IMC, dispareunia, intervenções no parto e condições do RN. A análise pelo modelo longitudinal preditivo mostrou associação estatística entre idade, exercício e FMAP (p=0,005), indicando diminuição da FMAP em 0,709 a cada ano de vida da mulher e aumento de 3,359 cmH2O na média da FMAP naquelas que realizaram exercícios perineais. Conclusão: A FMAP não difere quanto ao tipo de parto. As primíparas, com ITU e sem IU, que realizaram exercícios perineais e que não receberam anestesia local apresentaram estatísticamente maior FMAP. Não foi possível realizar análise comparativa da IA devido ao baixo número de ocorrências. As prevalências de IU, IA e dispareunia foram menores com seis meses após o parto. / Introduction: The childbirth can affect the pelvic floor muscle strength (PFMS), with possible morbidity in the genitourinary and anal tracts in a transitory or permanent way. Objectives: 1. To investigate the prevalence of urinary tract infection, urinary incontinence, anal incontinence and dyspareunia, in primiparas with 50 to 70 days (2months) and 170 to 190 days (6 months) after delivery. 2. To analyze the PFMS variation, through perineometry in primiparas according to the type of delivery, mothers age, school background, skin color, marital status, occupation, body mass index (BMI), urinary tract infection (UTI), urinary incontinence (UI), anal incontinence (AI), perineal exercises, dyspareunia, interventions and conditions of the perineum during childbirth and of the newborn baby (NB), at 50 to 70 and 170 to 190 days after birth. Methodology: Prospective cohort with 99 primiparas recruited from a public maternity in Itapecerica da Serra, Sao Paulo. The data collection was realized in three steps: the 1st, from the hospital admittance until the hospital discharge; the 2nd and 3rd, 50-70 days and 170-190 days after delivery, respectively, in which we measured the PFMS. The study was approved by the Ethics and Research Committee at the University of Sao Paulo Nursing School (CAAE:13545113.5.0000.5392). Results: Taking into consideration the period prior to the pregnancy, there was an increase of 13.1 percent points (p.p.) in the prevalence of UI during gestation and a decrease of 16.1 (p.p.) and of 21.2 (p.p.) at two and at six months postpartum, respectively. The prevalence of AI was of 6.1% at two months postpartum and, at six months, only one woman remained with flatus incontinence. At two and six months, the prevalence of dyspareunia was referred to by 44.3% and 9.5% of women, respectively. Despite the greater average of womens PFMS after normal labor in comparison with the c-section (22.0 and 21.0 cmH2O versus 26.8 and 24.4 cmH2O, at the 3rd step, respectively), there was no statistical difference (p=0.508). The bivariate analysis showed statistical difference in the PFMS average regarding age (p=0.001) and the perineal exercise remained near the significance (p=0.054). We did not observe interactions between age and exercise during steps 2 and 3. There was also significant association between the PFMS of women who reported UTI (p=0.012) and those with no UI (p=0.021). A greater PFMS was obtained among the participants who were not anesthetized (p=0.028), with statistical difference. The PFMS did not differ as to the variables skin color, marital status, occupation, BMI, dyspareunia, labor interventions and the NB conditions. The analysis by the longitudinal predictive model showed statistical association between age, exercise and PFMS, indicating decrease in the PFMS of 0.709 each year in the womans life and increase of 3.359 cmH2O in the PFMS average in those who carried out perineal exercises. Conclusion: The PFMS does not differ as to the delivery type. The primiparas, with UTI and without UI, who carried out perineal exercises and who did not receive local anesthetic presented greater statistical PFMS. It was not possible to perform a comparative analysis of the AI due to the low number of occurrences. The prevalences of UI, AI and dyspareunia were smaller within six months after childbirth.
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Efeitos do treinamento dos músculos do assoalho pélvico realizados durante a gestação na sua função e no relato de perda urinária / The effect of pelvic floor muscle training during pregnancy in the function of these muscles and self related urinary loss

Aita, Daniella Leiros Cunha Cavalcanti 23 November 2009 (has links)
Apesar do treinamento dos músculos do assoalho pélvico ser considerado tratamento de primeira linha nos casos de IU de esforço em mulheres, a literatura ainda é escassa e controversa em relação a sua efetividade no período gestacional. Este estudo avaliou os efeitos de um programa de treinamento dos músculos do assoalho pélvico na melhora de sua função e na diminuição de relatos de perda urinária. Quarenta e duas primigestas de baixo risco foram randomicamente distribuídas para fazerem parte de um grupo controle ou de um grupo de treinamento dos MAP. O grupo de intervenção realizou 16 sessões de treinamento individual e supervisionado. Todas as gestantes foram avaliadas com 20 semanas de gestação, 24 semanas, 36 semanas de gestação e com 6 semanas após o parto quanto a força dos MAP utilizando-se a escala de Oxford modificada e o perineômetro Peritron?. Foram consideradas incontinentes as mulheres que relataram um ou mais episódios de perda urinária no último mês. O pico e média da perineometria na avaliação com 20 semanas de IG para o grupo controle foram respectivamente 51,89cmH 2O e 33,71cmH2 O e para o grupo de treinamento 43,01cmH 2 O e 28,21cmH 2 O. No grupo controle 52% relataram perder urina e 33% do grupo de treinamento na primeira avaliação. Não houve diferença significativa entre os grupos em relação a média (p=0,18) e o pico (p=0,47) da perineometria e relato de perda urinária (p=0,34) na primeira avaliação. Na avaliação com 36 semanas o pico e a média da perineometria para o grupo controle foram respectivamente 50,81cmH 2 O e 33,06cmH 2O e para o grupo de treinamento 42,49cmH2O e 28,21cmH2 O. Não houve diferença estatística significante entre os grupos para a perineometria, mas houve diferença entre as avaliações para a média da perineometria para o grupo de treinamento (p=0,03 de 20 sem para 36 sem de gestação e <0,01 de 20 sem de gestação para 6 semanas após o parto). O número de mulheres que não perdiam urina aumentou de 48% para 52% no grupo controle, e de 67% para 87% no grupo exercício (p=0,04). O treinamento dos MAP proporcionou aumento da perineometria (média) imediatamente após o treinamento, manteve a função dos MAP após o parto e foi eficaz na diminuição dos relatos de perda urinária / Although pelvic floor muscle training (PFMT) is considered a treatment of first line in the cases of UI in women, the literature still is scarce and controversy in relation its effectiveness in the gestacional period. This study it evaluated the effect of a program of PFMT in the improvement of its function and the reduction of self related urinary loss. Forty and two primiparous women of low risk pregnancy had been distributed to be part of a group have controlled or a group of training of the PFM. The group of intervention carried through 16 sessions of individual and supervised training. All the pregnant women had been evaluated with twenty, twenty four and thirty six of gestacional age and six weeks post partum using the perineometer Peritron TM and digital palparions (modified Oxford scale). The women had been considered not continents who told at least one episode of urinary loss in the last month. The peak and mean of the perineometry in the first evaluation with 20 weeks of IG for the control group had respectively 51,89cmH 2O and 33,71cmH2O and the training group had 43,01cmH 2 O and 28,21cmH 2 O. The control group 52% told to lose piss and 33% of the training group in the first evaluation. It did not have significant difference enters the groups in relation the average (p=0,18) and the peak (p=0,47) of the perineometry and self related urinary loss (p=0,34) in the first evaluation. In the evaluation with 36 weeks the perineometry (peak and mean) for the control group had respectively 50,81cmH 2 O and 33,06cmH 2O and for the training group 42,49cmH2O and 28,21cmH2 O. The perineometry did not have difference significant statistics between the groups, but e had difference between the evaluations for the perineometry (mean) in the training group (p=0,03 between 20 weeks and 36 without of gestation and p<0,01 between 20 weeks of gestation and 6 weeks post partum).
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Implementação de evidências científicas na prevenção e reparo do trauma perineal no parto / Implementation of evidence-based practice to prevent and repair perineal trauma on childbirth

Santos, Rafael Cleison Silva dos 17 November 2016 (has links)
Introdução: As taxas de episiotomia e lacerações perineais espontâneas no parto normal apresentam grande variação entre os diferentes serviços. Esses traumas perineais e as morbidades relacionadas podem ser prevenidos ou reduzidos com a adoção de práticas baseadas em evidências científicas na assistência ao parto e no reparo perineal. Embora existam evidências científicas bem estabelecidas sobre prevenção e reparo do trauma perineal no parto, em nosso meio faltam estudos sobre a implementação destas evidências na prática. Objetivo geral: Promover as melhores práticas baseadas em evidências científicas para prevenção e reparo do trauma perineal no parto normal. Objetivos específicos: 1) Avaliar a prática corrente na prevenção e reparo do trauma perineal no parto normal; 2) Implementar as melhores práticas baseadas em evidências científicas para prevenção e reparo do trauma perineal no parto normal; 3) Avaliar o impacto da implementação dessas práticas nos desfechos maternos. Método: Estudo de intervenção quase experimental, tipo antes e depois, segundo a metodologia de implementação de evidências na prática clínica do Instituto Joanna Briggs. Foi conduzido no Hospital da Mulher Mãe Luzia, em Macapá, AP. Foram realizadas 74 entrevistas com enfermeiros e médicos obstetras e residentes de ambas as categorias e 70 entrevistas com mulheres que deram à luz nesse local. Foram também analisados dados de prontuários (n=555). Foi realizada uma intervenção educativa, por meio de um seminário para os profissionais, com a finalidade de apresentar e discutir as evidências científicas disponíveis e as melhores práticas em relação ao cuidado perineal no parto. O estudo foi realizado em três fases: pré-auditoria e auditoria de base (fase 1); implementação de boas práticas (fase 2, que corresponde à intervenção educativa); auditoria pósimplementação (fase 3). Os dados foram analisados mediante a comparação entre os resultados das fases 1 e 3, com nível de significância de 5%. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Resultados: Em relação aos profissionais, a comparação entre as fases 1 e 3 mostrou que houve aumento da proporção de profissionais que raramente ou nunca incentivam o puxo dirigido (55,0% versus 81,2%; p=0,009), restringem a realização da episiotomia (83,3% versus 96,9%; p=0,021) e deixam as lacerações de primeiro grau sem reparo (61,9% versus 81,2%; p=0,011). Em relação às puérperas entrevistadas, além da posição litotômica no parto ter sido apontada pela maioria das mulheres na fase 1 (77,1%), foi também a mais frequente na fase 3 (97,1%), com diferença estatística significante (p=0,028). Quanto à dor perineal após o parto (períodos de 1-2 dias, 10-12 dias e 30 dias), a frequência diminuiu no decorrer do pós-parto (94,0%, 66,7% e 63,6%, respectivamente, em cada período, na fase 1, e 79,0%, 57,1% e 38,5%, respectivamente, em cada período, na fase 3), com diferença estatisticamente para os diferentes períodos (p=0,019), mas sem diferença entre as fases 1 e 3. Os dados de prontuário das puérperas mostraram que menos mulheres tiveram a laceração perineal suturada (92,0%, na fase 1, e 82,1%, na fase 3; p=0,039) e mais profissionais utilizaram o fio ácido poliglicólico ou poliglactina 910 na mucosa (4,8%, na fase 1, e 28,1%, na fase 3; p=0,006) e na pele (10,2%, na fase 1, e 25,0%, na fase 3; p=0,033). Em relação às demais práticas e desfechos analisados, não houve diferença estatisticamente significante antes e após a intervenção educativa. Conclusão: A metodologia de implementação de práticas baseadas em evidências científicas melhorou os cuidados e os desfechos perineais, incluindo menos profissionais enfermeiros e médicos que realizam puxos dirigidos e episiotomia de rotina e mais registros nos prontuários do uso do fio de sutura ácido poliglicólico ou poliglactina 910 na mucosa e na pele. Por outro lado, a pesquisa identificou lacunas na implementação de evidências e algumas inadequações no manejo do cuidado perineal, tais como, relatos de puérperas submetidas à posição de litotomia e falta de registros nos prontuários em relação à sutura das lacerações perineais. A continuidade das auditorias e novas intervenções educativas sobre a prática baseada em evidências podem melhorar o cuidado e os resultados de saúde materna. / Introduction: Episiotomy rates and spontaneous perineal trauma in normal birth have considerable variation among different health care services. These perineal traumas and related morbidity may be prevented or restricted adopting evidence-based practices during childbirth and perineal repair. Although the well established evidence on perineal trauma prevention and repair, in Brazil there are few studies on the implementation of this evidence in practice. Objectives: Promote the best evidence-based practices for perineal trauma prevention and repair in normal birth; Assess the current practice in perineal trauma prevention and repair in normal birth; Implement the best evidence-based practices on perineal trauma prevention and repair in normal birth; Assess the impact of these implementation on maternal outcomes. Methods: Quasi-experimental intervention study before and after, according to Institute Joanna Briggs methodology implementation of evidence in clinical practice. It was conducted 74 interviews with nurses, obstetricians, residents of both categories and 70 with post-partum women who have had birth at Hospital da Mulher Mãe Luzia, in Macapá, AP, Brazil. It was also analyzed 555 patient data records. The educational intervention was a seminar for professionals, to present and discuss the best evidence-based practice available in relation to perineal care during labour and birth. The study was conducted in three stages: pre-audit and base audit (phase 1); implementation of best practices (phase 2: educational intervention); post-implementation audit (phase 3). Data were analysed comparing the results of phases 1 and 3, with significance level of 5%. The Research Ethics Committee of the School of Nursing of the University of São Paulo approved the study. Results: Concerning professionals, the comparison between phases 1 and 3 showed an increased proportion of professionals who rarely or never encourage direct pushing (55.0% versus 81.2%; p=0.009), perform episiotomy (83.3% versus 96.9%; p=0.021) and leave first-degree lacerations without repairing (61.9% versus 81.3%; p=0.011). Concerning post-partum women, besides the lithotomy position have been most frequent referred by women in the phase 1 (77.1%), it was also the most frequent position in phase 3 (97.1%), with statistical difference (p=0.028). Related to perineal pain 1-2 days, 10-12 days and 30 days after childbirth, the frequency decreased (94.0%, 66.7% and 63.6%, respectively, in each period, in phase 1, and 79.0%, 57.1% and 38.5%, respectively, in each period in phase 3), with statistical difference considering all periods (p=0.019), but no difference between phases 1 and 3. Concerning patient data records, less women had perineal lacerations sutured (92.0%, in phase 1, and 82.1%, in phase 3; p=0.039) and more women had perineal mucosa (4.8%, in phase 1, and 28.1%, in phase 3; p=0.006) and perineal skin (10.2%, in phase 1, and 25.0%, in phase 3; p=0.033) sutured by polyglycolic acid and polyglactin 910. Concerning other analyzed practices and outcomes, no one had statistical significant difference before and after the educational intervention. Conclusion: The evidence-based practice implementation methodology improved the childbirth care and perineal outcomes, such as less nurses and obstetricians performing directed pushes and routine episiotomies, and more records about the use of polyglycolic acid and polyglactin 910 to suture perineal mucosa and skin. On the other hand, it was identified gaps in evidence implementation and some inappropriate perineal care management, such as women submitted to lithotomy position during birth and lack of records in suturing perineal tears. On-going audits and educational interventions on evidence-based practice can improve the childbirth care and maternal outcomes.
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Fatores associados à integridade perineal e à episiotomia no parto normal: estudo transversal / Factors associated with perineal integrity and episiotomy in normal birth: cross-sectional study

Marina Gemma 23 February 2016 (has links)
Introdução: Investigar os fatores associados à condição perineal no parto vaginal pode possibilitar modificações no cuidado com o períneo, de forma a contribuir para menores frequências de episiotomia e de lacerações perineais. Objetivos: Identificar os fatores associados à episiotomia; identificar os fatores associados à integridade perineal no parto vaginal; descrever os motivos apontados para a realização de episiotomia por enfermeiras obstétricas; e identificar as manobras de proteção perineal realizadas por enfermeiras obstétricas em um Centro de Parto Normal. Método: Estudo transversal com coleta de dados prospectiva por meio de formulário aplicado junto às enfermeiras obstétricas de um Centro de Parto Normal intra-hospitalar de São Paulo e que incluiu dados de todas as mulheres que deram à luz neste serviço no período de fevereiro de 2014 a janeiro de 2015. Na análise estatística, as associações entre as variáveis dependentes (episiotomia e integridade perineal) e as variáveis sociodemográficas, obstétricas e assistenciais foram estimadas por meio de Odds Ratios (OR), calculadas por meio de regressão logística binária univariada e múltipla com intervalos de confiança de 95 por cento (IC 95 por cento ), no programa estatístico SPSS versão 20. Foram realizadas análises separadas para cada variável dependente. Os motivos para a realização de episiotomia e o uso de manobras de proteção perineal foram descritos por meio de frequências e porcentagens. O estudo foi aprovado nos Comitês de Ética em Pesquisa das instituições proponente e coparticipante. Resultados: Foram analisados os dados de 802 mulheres (frequência de episiotomia de 23,8 por cento , 191 mulheres; integridade perineal de 25,9 por cento , 208 mulheres; laceração perineal de 50,3 por cento , 403 mulheres). Os fatores independentemente associados à episiotomia foram: não ter parto vaginal anterior (OR 26,72; IC 95 por cento 15,42-46,30), uso de ocitocina durante o trabalho de parto (OR 1,69; IC 95 por cento 1,12-2,57), puxos dirigidos (OR 2,05; IC 95 por cento 1,23-3,43), intercorrência no trabalho de parto (OR 2,61; IC 95 por cento 1,43-4,77) e posição semissentada no parto (5,45; IC 95 por cento 1,06-28,01). O uso de uma manobra de proteção perineal (OR 0,11; IC 95 por cento 0,04-0,26) ou de duas manobras ou mais (OR 0,09; IC 95 por cento 0,04-0,22) se apresentou como fator de proteção contra a episiotomia. Em relação à integridade perineal, os fatores independentemente associados foram: ter parto vaginal anterior (OR 3,88; IC 95 por cento 2,41-6,23) e cor da pele autorreferida não branca (OR 1,43; IC 95 por cento 1,01-2,04). As indicações para episiotomia incluíram, predominantemente, motivos relacionados às condições e dimensões do períneo. As manobras de proteção perineal foram utilizadas em aproximadamente 95 por cento dos partos vaginais, mas não impactaram as taxas de integridade perineal. Conclusões: As variáveis associadas à episiotomia incluíram, em sua maioria, fatores que podem ser controlados pelo profissional de saúde. Estas variáveis não impactaram as taxas de integridade perineal. Informar os profissionais que atuam na assistência ao parto e as mulheres que buscam esse atendimento sobre os fatores associados à condição perineal no parto vaginal pode contribuir para a redução da frequência de episiotomia e para preservar a integridade perineal no parto vaginal. / Introduction: To investigate factors associated with perineal condition in vaginal delivery can result in modifications in the perineal care, in order to decrease the frequency of episiotomy and perineal lacerations in the vaginal delivery. Objectives: To identify factors associated with an episiotomy; to identify factors associated with perineal integrity in vaginal delivery; to describe the reasons for performing an episiotomy by nurse-midwives; and to identify the perineal protection maneuvers performed by nurse-midwives in a Birth Centre. Methods: Cross-sectional study with prospective data collection carried out through the application of a form to nurse-midwives in an In-hospital Birth Centre located in São Paulo city, Brazil, which included all women who gave birth in this service from February 2014 to January 2015. In the statistical analysis, the associations between the outcome variables (episiotomy and perineal integrity) and the sociodemographic, obstetric and care-related variables were estimated by Odds Ratios (OR), calculated in univariate and multivariate binary logistic regression models with a 95 per cent confidence intervals (95 per cent CI), in the SPSS software, version 20. Separated analyses were performed for each one of the outcome variables. The reasons for performing an episiotomy and the use of perineal protection maneuvers were described as frequencies and percentages. The study was approved in the Research Ethics Committees of the proposing and the co-participant institutions. Results: Data of 802 women were analysed (frequency of episiotomy of 23.8 per cent , 191 women; perineal integrity of 25.9 per cent , 208 women; perineal laceration of 50.3 per cent , 403 women). Factors identified as independently associated with an episiotomy were: no previous vaginal delivery (OR 26.72; 95 per cent CI 15.42-46.30), oxytocin use during labour (OR 1.69; 95 per cent CI 1.12-2.57), coached pushing (OR 2.05; 95 per cent CI 1.23-3.43), complications during labour (OR 2.61; 95 per cent CI 1.43-4.77) and semi-sitting position at delivery (OR 5.45; 95 per cent CI 1.06-28.01). The use of a perineal protective maneuver (OR 0.11; 95 per cent CI 0.04-0.26) or two maneuvers or more (OR 0.09; 95 per cent CI 0.04-0.22) was a protective factor against an episiotomy. Regarding the perineal integrity, the factors independently associated to this condition were: a previous vaginal delivery (OR 3.88; 95 per cent CI 2.41-6.23) and self-reported non-white skin color (OR 1.43; 95 per cent CI 1.01-2.04). Most of the indications for an episiotomy included reasons related to perineal conditions and dimensions. The perineal protection maneuvers were used in nearly 95 per cent of vaginal deliveries, but did not affect the perineal integrity rates. Conclusions: Most of the variables associated with an episiotomy were related to factors that can be controlled by the professional who provides labour and birth care. These variables did not influence the perineal integrity rates. To inform childbirth care professionals and women who are users of these services about the factors associated with the perineal condition at the childbirth can contribute for reducing the frequency of episiotomy and to preserve the perineal integrity in the vaginal delivery.
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Fatores associados à integridade perineal e à episiotomia no parto normal: estudo transversal / Factors associated with perineal integrity and episiotomy in normal birth: cross-sectional study

Gemma, Marina 23 February 2016 (has links)
Introdução: Investigar os fatores associados à condição perineal no parto vaginal pode possibilitar modificações no cuidado com o períneo, de forma a contribuir para menores frequências de episiotomia e de lacerações perineais. Objetivos: Identificar os fatores associados à episiotomia; identificar os fatores associados à integridade perineal no parto vaginal; descrever os motivos apontados para a realização de episiotomia por enfermeiras obstétricas; e identificar as manobras de proteção perineal realizadas por enfermeiras obstétricas em um Centro de Parto Normal. Método: Estudo transversal com coleta de dados prospectiva por meio de formulário aplicado junto às enfermeiras obstétricas de um Centro de Parto Normal intra-hospitalar de São Paulo e que incluiu dados de todas as mulheres que deram à luz neste serviço no período de fevereiro de 2014 a janeiro de 2015. Na análise estatística, as associações entre as variáveis dependentes (episiotomia e integridade perineal) e as variáveis sociodemográficas, obstétricas e assistenciais foram estimadas por meio de Odds Ratios (OR), calculadas por meio de regressão logística binária univariada e múltipla com intervalos de confiança de 95 por cento (IC 95 por cento ), no programa estatístico SPSS versão 20. Foram realizadas análises separadas para cada variável dependente. Os motivos para a realização de episiotomia e o uso de manobras de proteção perineal foram descritos por meio de frequências e porcentagens. O estudo foi aprovado nos Comitês de Ética em Pesquisa das instituições proponente e coparticipante. Resultados: Foram analisados os dados de 802 mulheres (frequência de episiotomia de 23,8 por cento , 191 mulheres; integridade perineal de 25,9 por cento , 208 mulheres; laceração perineal de 50,3 por cento , 403 mulheres). Os fatores independentemente associados à episiotomia foram: não ter parto vaginal anterior (OR 26,72; IC 95 por cento 15,42-46,30), uso de ocitocina durante o trabalho de parto (OR 1,69; IC 95 por cento 1,12-2,57), puxos dirigidos (OR 2,05; IC 95 por cento 1,23-3,43), intercorrência no trabalho de parto (OR 2,61; IC 95 por cento 1,43-4,77) e posição semissentada no parto (5,45; IC 95 por cento 1,06-28,01). O uso de uma manobra de proteção perineal (OR 0,11; IC 95 por cento 0,04-0,26) ou de duas manobras ou mais (OR 0,09; IC 95 por cento 0,04-0,22) se apresentou como fator de proteção contra a episiotomia. Em relação à integridade perineal, os fatores independentemente associados foram: ter parto vaginal anterior (OR 3,88; IC 95 por cento 2,41-6,23) e cor da pele autorreferida não branca (OR 1,43; IC 95 por cento 1,01-2,04). As indicações para episiotomia incluíram, predominantemente, motivos relacionados às condições e dimensões do períneo. As manobras de proteção perineal foram utilizadas em aproximadamente 95 por cento dos partos vaginais, mas não impactaram as taxas de integridade perineal. Conclusões: As variáveis associadas à episiotomia incluíram, em sua maioria, fatores que podem ser controlados pelo profissional de saúde. Estas variáveis não impactaram as taxas de integridade perineal. Informar os profissionais que atuam na assistência ao parto e as mulheres que buscam esse atendimento sobre os fatores associados à condição perineal no parto vaginal pode contribuir para a redução da frequência de episiotomia e para preservar a integridade perineal no parto vaginal. / Introduction: To investigate factors associated with perineal condition in vaginal delivery can result in modifications in the perineal care, in order to decrease the frequency of episiotomy and perineal lacerations in the vaginal delivery. Objectives: To identify factors associated with an episiotomy; to identify factors associated with perineal integrity in vaginal delivery; to describe the reasons for performing an episiotomy by nurse-midwives; and to identify the perineal protection maneuvers performed by nurse-midwives in a Birth Centre. Methods: Cross-sectional study with prospective data collection carried out through the application of a form to nurse-midwives in an In-hospital Birth Centre located in São Paulo city, Brazil, which included all women who gave birth in this service from February 2014 to January 2015. In the statistical analysis, the associations between the outcome variables (episiotomy and perineal integrity) and the sociodemographic, obstetric and care-related variables were estimated by Odds Ratios (OR), calculated in univariate and multivariate binary logistic regression models with a 95 per cent confidence intervals (95 per cent CI), in the SPSS software, version 20. Separated analyses were performed for each one of the outcome variables. The reasons for performing an episiotomy and the use of perineal protection maneuvers were described as frequencies and percentages. The study was approved in the Research Ethics Committees of the proposing and the co-participant institutions. Results: Data of 802 women were analysed (frequency of episiotomy of 23.8 per cent , 191 women; perineal integrity of 25.9 per cent , 208 women; perineal laceration of 50.3 per cent , 403 women). Factors identified as independently associated with an episiotomy were: no previous vaginal delivery (OR 26.72; 95 per cent CI 15.42-46.30), oxytocin use during labour (OR 1.69; 95 per cent CI 1.12-2.57), coached pushing (OR 2.05; 95 per cent CI 1.23-3.43), complications during labour (OR 2.61; 95 per cent CI 1.43-4.77) and semi-sitting position at delivery (OR 5.45; 95 per cent CI 1.06-28.01). The use of a perineal protective maneuver (OR 0.11; 95 per cent CI 0.04-0.26) or two maneuvers or more (OR 0.09; 95 per cent CI 0.04-0.22) was a protective factor against an episiotomy. Regarding the perineal integrity, the factors independently associated to this condition were: a previous vaginal delivery (OR 3.88; 95 per cent CI 2.41-6.23) and self-reported non-white skin color (OR 1.43; 95 per cent CI 1.01-2.04). Most of the indications for an episiotomy included reasons related to perineal conditions and dimensions. The perineal protection maneuvers were used in nearly 95 per cent of vaginal deliveries, but did not affect the perineal integrity rates. Conclusions: Most of the variables associated with an episiotomy were related to factors that can be controlled by the professional who provides labour and birth care. These variables did not influence the perineal integrity rates. To inform childbirth care professionals and women who are users of these services about the factors associated with the perineal condition at the childbirth can contribute for reducing the frequency of episiotomy and to preserve the perineal integrity in the vaginal delivery.
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Desfechos perineais no centro de parto normal Casa Angela, São Paulo (SP): estudo transversal / Perineal outcomes at the Casa Angela birth center, São Paulo (SP): a cross-sectional study

Lopes, Gisele Almeida 11 June 2018 (has links)
Introdução: Os traumas perineais são um dos problemas mais frequentes durante o parto e podem afetar a saúde da mulher, interferindo em sua mobilidade, eliminação vesical e intestinal, cuidados gerais ao recém-nascido (RN) e outras atividades diárias. O local do nascimento, os profissionais que prestam assistência à mulher e as intervenções no parto influenciam a ocorrência do trauma perineal. Os centros de parto normal (CPN) favorecem a adoção de práticas para humanizar o parto e nascimento, respeitam sua fisiologia, a autonomia da mulher e dessa forma contribuem para o cuidado perineal. Objetivos: 1) Verificar a prevalência e o grau de lacerações perineais; 2) Analisar a relação entre a ocorrência e o grau da laceração perineal e as variáveis maternas, neonatais e assistenciais; 3) Analisar a relação entre o grau da laceração perineal e a prevalência do reparo perineal; 4) Analisar a relação entre a realização da sutura perineal e a prevalência de complicações na cicatrização perineal; 5) Verificar a prevalência do uso de métodos naturais no cuidado perineal após o parto. Método: Estudo transversal, com coleta de dados nos prontuários das mulheres que deram à luz no CPN peri-hospitalar Casa Angela, em São Paulo, SP, de janeiro de 2016 a junho de 2017 (n=415). Como exposição, foram considerados: idade materna, cor da pele, parto vaginal anterior, uso de ocitocina, compressa morna, posição no parto, duração do período expulsivo, distocia de ombros, peso e perímetro cefálico do RN, parto na água, grau de laceração perineal e reparo perineal. Como desfechos, foram considerados: laceração perineal, grau da laceração perineal, reparo perineal e complicações no processo de cicatrização. Os dados foram analisados por estatística descritiva e inferencial. O erro tipo I adotado foi de 5%. As variáveis com valor-p <0,20 foram inseridas em um modelo de análise múltipla. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Resultados: A prevalência de lacerações de primeiro e segundo graus foi de 61,9% e 26,3%, respectivamente. O períneo manteve-se íntegro em 11,8% das mulheres e não houve nenhuma episiotomia. As variáveis relacionadas com aumento da ocorrência e do grau das lacerações perineais foram: idade materna (aumento de 4% na chance para cada ano); período expulsivo do parto acima de 2 horas (2,8 vezes mais chance). Os fatores que se mostraram protetores contra a ocorrência e maior grau das lacerações foram: número de partos vaginais anteriores (redução 56% na chance para cada parto); posição materna diferente da vertical durante o parto (redução de 51% a 67% na chance, para as posições sentada, semi-sentada, quatro apoios e lateral). O reparo perineal foi realizado em 16% e 70,6% das mulheres com lacerações de primeiro e segundo graus, respectivamente. As complicações perineais predominantes foram o edema (53,6%) e a dor (29,4%) e reparo aumentou a chance dessas complicações (OR=2,5; 95%IC 1,5-4,3). A compressa de gelo no períneo foi usada em 53,8% das mulheres no pós-parto e a de calêndula em 36,6% delas. Conclusão: Fatores maternos e de assistência ao parto contribuíram para o aumento ou a redução da prevalência e grau da laceração perineal. Houve predomínio das lacerações de primeiro grau, reparadas em um número reduzido de mulheres. Quando o reparo perineal foi realizado, foi maior a frequência de complicações no processo de cicatrização, independentemente do grau da laceração. Os métodos naturais para o cuidado perineal foram usados em pouco mais da metade das mulheres. / Introduction: Perineal trauma often occurs during labour and can affect women\'s health by interfering with her mobility, bladder and bowel elimination, general newborn (NB) care and other daily activities. Place of birth, caregivers, and labour and delivery interventions influence the occurrence of perineal trauma. The birth centres (BC) favour the adoption practices to humanize the birth assistance, respecting its physiology, the womens autonomy and thus contribute to the perineal care. Objectives: 1) To verify the prevalence and degree of perineal trauma; 2) To analyse the relationship between the occurrence and degree of perineal trauma and maternal, neonatal and assistance variables; 3) To analyse the relationship between the degree of perineal trauma and the prevalence of perineal repair; 4) To analyse the relationship between the perineal suture and the prevalence of complications in perineal healing; 5) To verify the prevalence of the use of natural methods in perineal care after childbirth. Method: A cross-sectional study was carried out with data collection from the records of women who gave birth at Casa Angela alongside BC, in São Paulo, SP, from January 2016 to June 2017 (n=415). As exposure were considered: maternal age, skin colour, previous vaginal delivery, oxytocin use, warm compress, birth position, duration of the second stage of birth, shoulder dystocia, weight and head circumference of the newborn, water birth, degree of perineal trauma and perineal repair. As outcomes were considered: perineal trauma, degree of perineal trauma, perineal repair and complications in the healing process. Data were analysed by descriptive and inferential statistics. The type I error was 5%. The variables with p-value <0.20 were inserted in the multiple analysis model. The project was approved by the Research Ethics Committee of the School of Nursing of the University of São Paulo. Results: The prevalence of first and second degree trauma was 61.9% and 26.3%, respectively. The perineum remained intact in 11.8% of the women and there was no episiotomy. The variables related to increased chance of occurrence and degree of perineal trauma were: maternal age (each year increase 4% in chance); duration of the second stage of birth over 2 hours (2.8 times more chance). The factors that were protective against the chance of perineal trauma occurrence and second degree trauma were: number of previous vaginal deliveries (for each delivery, 56% chance reduction); maternal birth position (reduction from 51% to 67% of the chance for sitting, semi-seated, squads and lateral). Perineal repair was performed in 16% and 70.6% of women with first and second degree trauma, respectively. The predominant perineal complications were oedema (53.6%) and pain (29.4%) and repair increased the chance of these complications (OR = 2.5; 95% CI 1.5-4.3). The perineum ice pack was used in 53,8% and calendula compress in 36,6% of postpartum women. Conclusion: Maternal and childbirth factors contributed to increase or decrease the prevalence and degree of perineal trauma. There was a predominance of first degree trauma, which was repaired in few women. When the perineal repair was performed, the frequency of complications in the healing process was higher, independent of the degree trauma. Natural methods for perineal care were used in more than half of women.
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Força muscular do assoalho pélvico de primíparas segundo o tipo de parto: estudo de coorte / Pelvic floor muscle strength in primiparous women according to type of delivery: a cohort study

Sheyla Guimarães Oliveira 07 June 2017 (has links)
Introdução: O parto pode influenciar a força muscular do assoalho pélvico (FMAP), com possíveis morbidades do trato gênito-urinário e anal de forma transitória ou permanente. Objetivos: 1. Investigar a prevalência de infecção do trato urinário, incontinência urinária, incontinência anal e dispareunia, em primíparas com 50 a 70 (2 meses) e 170 a 190 dias (6 meses) após o parto. 2. Analisar a variação FMAP, mediante perineometria em primíparas de acordo com o tipo de parto, idade materna, escolaridade, cor da pele, situação conjugal, ocupação, índice de massa corpórea (IMC), infecção do trato urinário (ITU), incontinência urinária (IU) e anal (IA), exercícios perineais, dispareunia, intervenções e condições do períneo no parto e do recém-nascido (RN), com 50 a 70 e 170 a 190 dias após o parto. Método: Coorte prospectiva com 99 primíparas recrutadas em maternidade pública de Itapecerica da Serra, São Paulo. Colheram-se os dados em três etapas: a 1ª, na internação hospitalar, até o momento da alta; a 2ª e 3ª, 50-70 dias e 170-190 dias após o parto, respectivamente, nas quais foi mensurada a FMAP. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (CAAE:13545113.5.0000.5392). Resultados: Considerando o período anterior à gestação houve um aumento de 13,1 pontos percentuais (p.p.) na prevalência de IU na gestação e uma redução de 16,1 (p.p.) e de 21,2 (p.p.) aos dois e aos seis meses pós-parto, respectivamente. A prevalência de IA, foi de 6,1%, aos dois meses após o parto e aos seis meses, somente uma mulher persistiu com incontinência de flatos. Aos dois e seis meses pós-parto, a prevalência de dispareunia foi referida por 44,3% e 9,5% das mulheres, respectivamente. Apesar da maior média da FMAP das mulheres após o parto normal comparada à cesariana (22,0 e 21,0 cmH2O, na etapa 2 versus 26,8 e 24,4 cmH2O, na etapa3, respectivamente), não houve diferença estatística (p=0,508). A análise bivariada apontou diferença estatística nas médias da FMAP em relação à idade (p=0,001), e o exercício perineal ficou próximo da significância (p=0,054). Não foram observadas interações entre idade e exercícios com as etapas 2 e 3. Também ocorreu associação significante entre FMAP de mulheres que relataram ITU (p=0,012) e aquelas sem IU (p=0,021). Foi obtida maior FMAP entre as participantes que não receberam anestesia (p=0,028), com diferença estatística. A FMAP não diferiu quanto às variáveis cor da pele, situação conjugal, ocupação, IMC, dispareunia, intervenções no parto e condições do RN. A análise pelo modelo longitudinal preditivo mostrou associação estatística entre idade, exercício e FMAP (p=0,005), indicando diminuição da FMAP em 0,709 a cada ano de vida da mulher e aumento de 3,359 cmH2O na média da FMAP naquelas que realizaram exercícios perineais. Conclusão: A FMAP não difere quanto ao tipo de parto. As primíparas, com ITU e sem IU, que realizaram exercícios perineais e que não receberam anestesia local apresentaram estatísticamente maior FMAP. Não foi possível realizar análise comparativa da IA devido ao baixo número de ocorrências. As prevalências de IU, IA e dispareunia foram menores com seis meses após o parto. / Introduction: The childbirth can affect the pelvic floor muscle strength (PFMS), with possible morbidity in the genitourinary and anal tracts in a transitory or permanent way. Objectives: 1. To investigate the prevalence of urinary tract infection, urinary incontinence, anal incontinence and dyspareunia, in primiparas with 50 to 70 days (2months) and 170 to 190 days (6 months) after delivery. 2. To analyze the PFMS variation, through perineometry in primiparas according to the type of delivery, mothers age, school background, skin color, marital status, occupation, body mass index (BMI), urinary tract infection (UTI), urinary incontinence (UI), anal incontinence (AI), perineal exercises, dyspareunia, interventions and conditions of the perineum during childbirth and of the newborn baby (NB), at 50 to 70 and 170 to 190 days after birth. Methodology: Prospective cohort with 99 primiparas recruited from a public maternity in Itapecerica da Serra, Sao Paulo. The data collection was realized in three steps: the 1st, from the hospital admittance until the hospital discharge; the 2nd and 3rd, 50-70 days and 170-190 days after delivery, respectively, in which we measured the PFMS. The study was approved by the Ethics and Research Committee at the University of Sao Paulo Nursing School (CAAE:13545113.5.0000.5392). Results: Taking into consideration the period prior to the pregnancy, there was an increase of 13.1 percent points (p.p.) in the prevalence of UI during gestation and a decrease of 16.1 (p.p.) and of 21.2 (p.p.) at two and at six months postpartum, respectively. The prevalence of AI was of 6.1% at two months postpartum and, at six months, only one woman remained with flatus incontinence. At two and six months, the prevalence of dyspareunia was referred to by 44.3% and 9.5% of women, respectively. Despite the greater average of womens PFMS after normal labor in comparison with the c-section (22.0 and 21.0 cmH2O versus 26.8 and 24.4 cmH2O, at the 3rd step, respectively), there was no statistical difference (p=0.508). The bivariate analysis showed statistical difference in the PFMS average regarding age (p=0.001) and the perineal exercise remained near the significance (p=0.054). We did not observe interactions between age and exercise during steps 2 and 3. There was also significant association between the PFMS of women who reported UTI (p=0.012) and those with no UI (p=0.021). A greater PFMS was obtained among the participants who were not anesthetized (p=0.028), with statistical difference. The PFMS did not differ as to the variables skin color, marital status, occupation, BMI, dyspareunia, labor interventions and the NB conditions. The analysis by the longitudinal predictive model showed statistical association between age, exercise and PFMS, indicating decrease in the PFMS of 0.709 each year in the womans life and increase of 3.359 cmH2O in the PFMS average in those who carried out perineal exercises. Conclusion: The PFMS does not differ as to the delivery type. The primiparas, with UTI and without UI, who carried out perineal exercises and who did not receive local anesthetic presented greater statistical PFMS. It was not possible to perform a comparative analysis of the AI due to the low number of occurrences. The prevalences of UI, AI and dyspareunia were smaller within six months after childbirth.
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Anestesia local no reparo do trauma perineal no parto normal: estudo comparativo da eficácia da solução anestésica com e sem vasoconstritor. / The use of local anesthesia in repairing the perineal trauma from spontaneous delivery: a comparative study on the effectiveness of the anesthetic solution with and without vasoconstrictors.

Priscila Maria Colacioppo 10 May 2005 (has links)
No parto normal, o trauma provocado por episiotomia ou roturas, é freqüente e a anestesia local é bastante utilizada no reparo das lesões da região vulvoperineal. Na literatura especializada, os estudos sobre as soluções anestésicas mais adequadas são escassos para essa anestesia. No entanto existem recomendações para a adoção de anestésicos com vasoconstritor pela permanência mais prolongada da solução anestésica no local, garantindo maior ação e redução da concentração plasmática da droga, mas na prática seu uso é restrito. O objetivo do estudo foi comparar a quantidade de anestésico necessária para inibir a dor durante a sutura do trauma perineal, em mulheres com episiotomia ou laceração espontânea de primeiro ou segundo graus, conforme o uso ou não de vasoconstritor na solução anestésica. Trata-se de uma pesquisa aleatorizada e controlada com mascaramento duplo, realizada no Centro de Parto Normal do Amparo Maternal na cidade de São Paulo. Foram incluídas 96 parturientes, alocadas em três blocos - laceração de primeiro grau, laceração de segundo grau e episiotomia. Em cada bloco, constituído por 32 mulheres, 16 receberam solução anestésica com vasoconstritor e 16 sem vasoconstritor. Os resultados mostraram que, na laceração de primeiro grau, a média de anestésico com vasoconstritor apresentou diferença estatisticamente significante (p=0,002), com 1,0 ml (I.C. -1,6; -0,4) menos que a média do anestésico sem vasoconstritor; em 95% dos casos, foram usados de 1 a 2 ml de solução com vasoconstritor, e em 87,5% dos casos para o anestésico sem vasoconstritor, o volume usado variou de 2 a 4 ml. Para a laceração de segundo grau, a média do anestésico com vasoconstritor foi 3,7 ml (I.C. -5,8; -1,6) menos que a média do anestésico sem vasoconstritor, sendo estatisticamente significante (p=0,001); em 87,5% dos casos, a quantidade máxima de anestésico com vasoconstritor administrada foi 6 ml, e 81,3% das mulheres que receberam anestésico sem vasoconstritor, a dose administrada foi de 7 ml ou mais. Considerando a extensão da laceração, adotou-se o tamanho da episiotomia praticada nas mulheres do estudo, como parâmetro para classificar a extensão da laceração. Foram agrupadas como pequenas as lacerações de menor extensão, como médias aquelas com tamanho semelhante à episiotomia e como grandes aquelas cuja extensão superou o tamanho da episiotomia. Para a episiotomia, a média de anestésico com vasoconstritor foi 0,3 ml (I.C. -2,1; 1,5) a menos que a média do anestésico sem vasoconstritor, considerada sem significância estatística (p=0,724). Os resultados permitiram confirmar a hipótese de que uso de anestésico com vasoconstritor na anestesia local para a sutura de lacerações perineais no parto normal aumenta a eficácia da anestesia local. Embora o volume de anestésico utilizado na sutura de laceração de primeiro e segundo graus seja significativamente reduzido pela associação com vasoconstritor, a relevância clínica desse resultado deve ser considerada. / The perineal trauma, caused by episiotomy or ruptures, is quite frequent during the spontaneous delivery, being the local anesthesia widely utilized when repairing lesions in the vulvo-perineal region. Throughout the specialized literature, scarce are the studies on the most suitable anesthetic solutions for this kind of anesthesia. Even though there are recommendations for the adoption of the anesthetic with vasoconstrictor, because of the prolonged permanence of the anesthetic solution in the region, thus ensuring a bigger time of action, and because of the reduction in the plasmatic concentration of the drug, its utilization in practice is restricted. The goal of the study was to compare the necessary quantity of anesthetic to inhibit pain during the suture of the perineal trauma in women with an episiotomy or with first or second degree spontaneous lacerations, according to the use or not of vasoconstrictor in the anesthetic solution. This is a randomized and controlled research, with double blind trial, performed in the Birth Centre at Amparo Maternal, in the city of Sao Paulo. There were 96 parturients included in the study and then divided into three blocks: first degree laceration, second degree laceration and episiotomy. In each block, constituted of 32 women, 16 women were administered the anesthetic solution with vasoconstrictor and 16 with no vasoconstrictor. Results show that in the first degree laceration block the average of anesthetic with vasoconstrictor presented a statistically significant difference (p=0,002), with 1,0 ml (C.I. -1,6; -0,4) less than the average of the anesthetic without vasoconstrictor; in 95% of the cases, 1 to 2 ml of the solution with vasoconstrictor was utilized, while in 87,5% of the cases, the anesthetic without vasoconstrictor varied from 2 to 4 ml. In the second degree laceration block, the average of anesthetic solution with vasoconstrictor was 3,7 ml (C.I. -5,8; -1,6) less than the average of the anesthetic without vasoconstrictor, being statistically significant (p=0,001); in 87,5% of the cases, the maximum quantity of anesthetic with vasoconstrictor administered was 6 ml, while in 81,3% of the cases, women who were given the anesthetic without vasoconstrictor, received 7 ml or more. Considering the extent of the laceration, the size of the episiotomy practiced on the women of the study was adopted as a parameter to classify the extent of the laceration. The lacerations of a smaller extent were grouped as small-sized, the ones in which the size was similar to the size of the episiotomy were grouped as medium-sized, and as large-sized the ones that oversized the episiotomy. For the episiotomy, the average of anesthetic with vasoconstrictor was 0,3 ml (C.I. -2,1; 1,5) less than the average of the anesthetic without vasoconstrictor, with no statistic significance (p=0,724). Results allow us to confirm the hypothesis that the utilization of the anesthetic with vasoconstrictor in the local anesthesia during the suture of the perineal lacerations in the spontaneous delivery increases the effectiveness of the local anesthesia. Although the volume of anesthetic utilized in the suture of the first and second degree lacerations is significantly reduced by the association with vasoconstrictor, the clinical relevance of this result must be taken into further consideration.
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Implementação de evidências científicas na prevenção e reparo do trauma perineal no parto / Implementation of evidence-based practice to prevent and repair perineal trauma on childbirth

Rafael Cleison Silva dos Santos 17 November 2016 (has links)
Introdução: As taxas de episiotomia e lacerações perineais espontâneas no parto normal apresentam grande variação entre os diferentes serviços. Esses traumas perineais e as morbidades relacionadas podem ser prevenidos ou reduzidos com a adoção de práticas baseadas em evidências científicas na assistência ao parto e no reparo perineal. Embora existam evidências científicas bem estabelecidas sobre prevenção e reparo do trauma perineal no parto, em nosso meio faltam estudos sobre a implementação destas evidências na prática. Objetivo geral: Promover as melhores práticas baseadas em evidências científicas para prevenção e reparo do trauma perineal no parto normal. Objetivos específicos: 1) Avaliar a prática corrente na prevenção e reparo do trauma perineal no parto normal; 2) Implementar as melhores práticas baseadas em evidências científicas para prevenção e reparo do trauma perineal no parto normal; 3) Avaliar o impacto da implementação dessas práticas nos desfechos maternos. Método: Estudo de intervenção quase experimental, tipo antes e depois, segundo a metodologia de implementação de evidências na prática clínica do Instituto Joanna Briggs. Foi conduzido no Hospital da Mulher Mãe Luzia, em Macapá, AP. Foram realizadas 74 entrevistas com enfermeiros e médicos obstetras e residentes de ambas as categorias e 70 entrevistas com mulheres que deram à luz nesse local. Foram também analisados dados de prontuários (n=555). Foi realizada uma intervenção educativa, por meio de um seminário para os profissionais, com a finalidade de apresentar e discutir as evidências científicas disponíveis e as melhores práticas em relação ao cuidado perineal no parto. O estudo foi realizado em três fases: pré-auditoria e auditoria de base (fase 1); implementação de boas práticas (fase 2, que corresponde à intervenção educativa); auditoria pósimplementação (fase 3). Os dados foram analisados mediante a comparação entre os resultados das fases 1 e 3, com nível de significância de 5%. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Resultados: Em relação aos profissionais, a comparação entre as fases 1 e 3 mostrou que houve aumento da proporção de profissionais que raramente ou nunca incentivam o puxo dirigido (55,0% versus 81,2%; p=0,009), restringem a realização da episiotomia (83,3% versus 96,9%; p=0,021) e deixam as lacerações de primeiro grau sem reparo (61,9% versus 81,2%; p=0,011). Em relação às puérperas entrevistadas, além da posição litotômica no parto ter sido apontada pela maioria das mulheres na fase 1 (77,1%), foi também a mais frequente na fase 3 (97,1%), com diferença estatística significante (p=0,028). Quanto à dor perineal após o parto (períodos de 1-2 dias, 10-12 dias e 30 dias), a frequência diminuiu no decorrer do pós-parto (94,0%, 66,7% e 63,6%, respectivamente, em cada período, na fase 1, e 79,0%, 57,1% e 38,5%, respectivamente, em cada período, na fase 3), com diferença estatisticamente para os diferentes períodos (p=0,019), mas sem diferença entre as fases 1 e 3. Os dados de prontuário das puérperas mostraram que menos mulheres tiveram a laceração perineal suturada (92,0%, na fase 1, e 82,1%, na fase 3; p=0,039) e mais profissionais utilizaram o fio ácido poliglicólico ou poliglactina 910 na mucosa (4,8%, na fase 1, e 28,1%, na fase 3; p=0,006) e na pele (10,2%, na fase 1, e 25,0%, na fase 3; p=0,033). Em relação às demais práticas e desfechos analisados, não houve diferença estatisticamente significante antes e após a intervenção educativa. Conclusão: A metodologia de implementação de práticas baseadas em evidências científicas melhorou os cuidados e os desfechos perineais, incluindo menos profissionais enfermeiros e médicos que realizam puxos dirigidos e episiotomia de rotina e mais registros nos prontuários do uso do fio de sutura ácido poliglicólico ou poliglactina 910 na mucosa e na pele. Por outro lado, a pesquisa identificou lacunas na implementação de evidências e algumas inadequações no manejo do cuidado perineal, tais como, relatos de puérperas submetidas à posição de litotomia e falta de registros nos prontuários em relação à sutura das lacerações perineais. A continuidade das auditorias e novas intervenções educativas sobre a prática baseada em evidências podem melhorar o cuidado e os resultados de saúde materna. / Introduction: Episiotomy rates and spontaneous perineal trauma in normal birth have considerable variation among different health care services. These perineal traumas and related morbidity may be prevented or restricted adopting evidence-based practices during childbirth and perineal repair. Although the well established evidence on perineal trauma prevention and repair, in Brazil there are few studies on the implementation of this evidence in practice. Objectives: Promote the best evidence-based practices for perineal trauma prevention and repair in normal birth; Assess the current practice in perineal trauma prevention and repair in normal birth; Implement the best evidence-based practices on perineal trauma prevention and repair in normal birth; Assess the impact of these implementation on maternal outcomes. Methods: Quasi-experimental intervention study before and after, according to Institute Joanna Briggs methodology implementation of evidence in clinical practice. It was conducted 74 interviews with nurses, obstetricians, residents of both categories and 70 with post-partum women who have had birth at Hospital da Mulher Mãe Luzia, in Macapá, AP, Brazil. It was also analyzed 555 patient data records. The educational intervention was a seminar for professionals, to present and discuss the best evidence-based practice available in relation to perineal care during labour and birth. The study was conducted in three stages: pre-audit and base audit (phase 1); implementation of best practices (phase 2: educational intervention); post-implementation audit (phase 3). Data were analysed comparing the results of phases 1 and 3, with significance level of 5%. The Research Ethics Committee of the School of Nursing of the University of São Paulo approved the study. Results: Concerning professionals, the comparison between phases 1 and 3 showed an increased proportion of professionals who rarely or never encourage direct pushing (55.0% versus 81.2%; p=0.009), perform episiotomy (83.3% versus 96.9%; p=0.021) and leave first-degree lacerations without repairing (61.9% versus 81.3%; p=0.011). Concerning post-partum women, besides the lithotomy position have been most frequent referred by women in the phase 1 (77.1%), it was also the most frequent position in phase 3 (97.1%), with statistical difference (p=0.028). Related to perineal pain 1-2 days, 10-12 days and 30 days after childbirth, the frequency decreased (94.0%, 66.7% and 63.6%, respectively, in each period, in phase 1, and 79.0%, 57.1% and 38.5%, respectively, in each period in phase 3), with statistical difference considering all periods (p=0.019), but no difference between phases 1 and 3. Concerning patient data records, less women had perineal lacerations sutured (92.0%, in phase 1, and 82.1%, in phase 3; p=0.039) and more women had perineal mucosa (4.8%, in phase 1, and 28.1%, in phase 3; p=0.006) and perineal skin (10.2%, in phase 1, and 25.0%, in phase 3; p=0.033) sutured by polyglycolic acid and polyglactin 910. Concerning other analyzed practices and outcomes, no one had statistical significant difference before and after the educational intervention. Conclusion: The evidence-based practice implementation methodology improved the childbirth care and perineal outcomes, such as less nurses and obstetricians performing directed pushes and routine episiotomies, and more records about the use of polyglycolic acid and polyglactin 910 to suture perineal mucosa and skin. On the other hand, it was identified gaps in evidence implementation and some inappropriate perineal care management, such as women submitted to lithotomy position during birth and lack of records in suturing perineal tears. On-going audits and educational interventions on evidence-based practice can improve the childbirth care and maternal outcomes.

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