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Os Cocos no CearÃ: danÃa, mÃsica e poesia oral em Balbino e Iguape / The Cocos in CearÃ: dance, music and oral poetry at Balbino and IguapeDjanilson Amorim da Silva 23 December 2008 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de NÃvel Superior / Este estudo procura interpretar como à vivenciada uma prÃtica cultural conhecida como âcocoâ pelas populaÃÃes que habitam pequenas comunidades de pescadores no litoral cearense. Principalmente nas localidades de Iguape e Balbino, pertencentes aos municÃpios de
Aquiraz e Cascavel, respectivamente. Ã uma interpretaÃÃo antropolÃgica, com o intuito de entender nÃo apenas como a prÃtica do coco proporciona uma produÃÃo especÃfica de sujeitos sociais. Mas, seguindo uma via de mÃo dupla, como esses sujeitos experimentam e atualizam a brincadeira, herdada de seus antepassados, no atual contexto da especulaÃÃo imobiliÃria, da indÃstria do turismo e das polÃticas culturais. A danÃa, a mÃsica e a poesia oral presente nos cocos. Os instrumentos musicais, as vestes, os significados vividos na brincadeira. O coco como um elemento de articulaÃÃo social nÃo apenas entre os seus brincantes, mas tambÃm
entre estes e o pÃblico urbano dos centros culturais. O trabalho apresenta uma reflexÃo sobre as relaÃÃes estabelecidas entre Estado e brincantes, por meio das PolÃticas Culturais, e o papel dos intermediÃrios (promotores de eventos) nesse processo.
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O sertão de Patativa do AssaréMoura, Hernany Donato de 23 September 2011 (has links)
The goal of this dissertation was to analyze the work here Cante cá que eu canto lá- Filosofia de um trovador nordestino (1978), Antônio Gonçalves da Silva, Patativa doAssaré.From the approach this work from the perspective of cultural theory have developed a historical-cultural andliterary, whichthe poet reveals the peculiar characteristics of Bakewell her wild through the indices of orality and the exercise of voice. We found that his poetry is developing in the course of the twentieth century where we can see how popular literature serves as a memory support,based on the exercise of voice. / O objetivo da presente dissertação foi analisar a obra Cante cá que eu canto lá- Filosofia de um trovador nordestino (1978), de Antônio Gonçalves da Silva, o Patativa do Assaré. A partir da abordagem desta obra pelo viés da teoria cultural desenvolvemos um estudo histórico-cultural e literário, no
qual o poeta do Assaré desvenda características peculiares do seu sertão através dos índices de oralidade e do exercício da voz. Verificamos que sua poesia se desenvolve no percurso do século XX, em que podemos constatar como a literatura popular serve como suporte para memória, tendo como base o exercício da voz.
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Técnica urbana ortogonal e teoria da poesia oral: de Mégara Hibleia a Túrio / Orthogonal technique and oral poetry: from Megara Hyblaea to ThuruoiPeixoto, Renan Falcheti 24 August 2017 (has links)
distribuída em uma moldura interpretativa criada por duas cidades separadas em suas respectivas fundações mais ou menos três séculos. A pólis arcaica de Mégara Hibleia e a pólis clássica de Túrio oferecem as maiores referências da presente pesquisa, cuja intenção é analisar o fenômeno da organização ortogonal através da teoria da poesia oral como apresentada nos estudos comparativos de Milman Parry e Albert Lord. A pesquisa etnográfica de Parry e Lord no começo do século XX com bardos iugoslavos abriu todo um novo e inspirador campo de estudos no âmbito da composição e recepção dos poemas homéricos. Com tal perspectiva, se demonstrará nas páginas seguintes um método de planejamento sem que haja o desenho de planos. Um planejamento que utiliza como recurso de composição fórmulas aritméticas que definem as proporções entre os elementos do sistema. Iniciando o problema com as evidências literárias sobre Hipodamo de Mileto, coroado por uma corrente historiográfica como primus inventor do método urbano ortogonal, se descortinará uma tradição anônima secular derivada da prática de artífices que não escreveram uma linha a respeito de sua técnica. As fórmulas ortogonais constituem medidas co-dimensionadas entre os lados do lote da casa, do quarteirão e da largura das ruas cristalizados ao longo do tempo na escansão dos quarteirões. Tomando-se miras ópticas e alinhando cordas ao longo de estradas seria possível - como em um esquadro - iniciar dois vetores das fórmulas aritméticas então traduzidas em formas geométricas. Será argumentado na análise detalhada da forma de Mégara Hibleia contra a hipótese de que exista no período arcaico a concepção de um módulo abstrato e a priori. A cidade ortogonal arcaica não é um plano-mestre pensado como um conjunto que precede suas partes. O uso dos princípios da ortogonalidade ao longo do tempo, no entanto, contribuem para o surgimento de novas fórmulas de unidades maiores que em cidades como Túrio consignam dentro de sua área o agrupamento de um dado número de quarteirões. Isto é o indício de que a cidade ortogonal comensura-se então como um conjunto articulado de partes. Ao questionar a leitura moderna que, sob um paradigma literário, vê nos planos e desenhos de reconstituição da malha original das cidades ortogonais um produto de um exercício por excelência abstrato, mental e a priori, se discutirá, por consequência, a ontologia do artefato arqueológico, os fundamentos epistemológicos da arqueologia que, desde seu vir-a-ser como disciplina acadêmica, se ampara de uma série de ferramentas interpretativas herdadas da cosmologia moderna ocidental. O texto circulará, portanto, em vias interdisciplinares entre arqueologia, filologia, filosofia, sociologia, antropologia e história da arte. / The Greek orthogonal technique, especially in the urban contexts of Sicily and south Italy (Magna Graecia), could be distributed in a interpretative frame created by the archaeological tale of two cities separated in its foundations more or less three hundred years. The Archaic polis of Megara Hyblaea and the Classical polis of Thurioi offer the two major references of the present research which intends to analyze the phenomenon of orthogonal organization through the oral poetry theory as presented in the comparative studies of Milman Parry and Albert Lord. The ethnographic research of Parry and Lord in the earlier twentieth century with Yugoslavian singers opens a new and inspiring field on the composition and reception of the Homeric poems. With this perspective, it will be demonstrate in the following pages a planning method without any design plans. A planning that uses as compositional resources arithmetical formulas that define the proportional dimensions between the elements of the system. Initiating the subject with the literary evidences about Hipodamus of Miletus, crowned by a historiographical current as primus inventor of the orthogonal method, will be uncovered the anonymous secular tradition derived from the practice of craftsmen who did not write a single word about their techniques. The orthogonal formulas constitute co-dimensioned measures between the sides of the house lot, the block and the width of streets crystallized over time in the scansion of the blocks. Taking optical sights and aligning ropes along roads would be possible - as in a square - to start two vectors from the arithmetical formulas then translated in geometrical forms. It will be argued in the detailed analysis of Megara Hyblaea\'s layout against the hypothesis that there is in the Archaic period a conception of an abstract and a priori module. The orthogonal Archaic city it is not a master plan thought as a set which precedes its parts. The continued use of the orthogonal principles over time, however, contribute to the emergence of new formulas of larger unities which in cities like Thurioi consigns inside its area the grouping of a given number of blocks. This is a sign of a notion then that the orthogonal city is co-measured from a set articulated of parts. By questioning the modern lecture which, under a literary paradigm, sees the reconstituted plans and drawings of an original orthogonal grid a byproduct of an abstract, mental and a priori exercise, it will be discussed, by consequence, the ontology of the archaeological artifact, the archaeology\'s epistemological fundaments that, since its becoming as an academic discipline, relies on a series of interpretative tools inherited from modern Western cosmology. It will be circulate, therefore, in interdisciplinary roads between archaeology, philology, philosophy, sociology, anthropology and art history.
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Devoção, tambor e canto: um estudo etnoliguístico da tradição oral de Mazagão Velho / Devotion, drums and chants: an ethnolinguistic study of oral tradition of Mazagão VelhoOliveira, Edna dos Santos 01 October 2015 (has links)
Os cantos afro-amazônicos são uma forma de comunicação social que foi preservada no ecossistema cultural de Mazagão Velho, comunidade afrodescendente transplantada da África para a Amazônia no período colonial, cuja trajetória é marcada por contatos que têm início com a formação do entreposto português na África, em 1514. Em 1769, por decisão da coroa, a cidade-forte foi evacuada e transplantada para a Amazônia para reforço da ocupação e para o povoamento da região. Nosso objetivo neste trabalho consiste no estudo dos cantos produzidos em situações específicas: as festas religiosas realizadas ao longo do ano em Mazagão Velho. Com base nos aspectos como a forma, a transmissão e a circulação, bem como a função social que os referidos cantos exercem na comunidade, estamos admitindo que eles constituem poesia oral e se realizam em perfórmance. Dessa forma, buscamos compreender o fato poético em relação ao ecossistema cultural mazaganense, com base em referenciais teóricos da etnografia da fala e da linguística de contato. Considerando que essas práticas culturais são tributárias do processo de contato ocorrido na formação social da referida comunidade e no mesmo processo histórico foram difundidas pelo território amapaense, sendo representativas do conjunto das comunidades afrodescendentes situadas ao longo do território amapaense, estamos identificando-as como um dos traços culturais difundidos que favoreceram a constituição de uma área etnolinguística no Estado do Amapá. / Afro-Amazonian songs are a form of communication which have been preserved in the cultural ecosystem of Mazagão Velho, an afro-descendant community transplanted from Africa to the Amazon during the colonial period, with a history marked by contact which began with the formation of the Portuguese trading post in Africa, 1514. In 1769, following decision of the Crown, the fortified city was evacuated and transplanted to the Amazon in order to reinforce the occupation and settlement of the region. Our objective in this work is to study the songs produced under a specific situation: the religious festivals held throughout the year in Mazagão Velho. Based on different aspects, such as shape, transmission and circulation, as well as the social role that these songs play in the community, we consider them to be oral poetry that takes place during performance. Therefore, we aim to understand the poetic fact that concerns the cultural ecosystem of Mazagão, based on the theories of the ethnography of speaking and contact linguistics. Considering that these cultural practices contributed to the contact process which occurred in the social formation of the community investigated as they were spread across the state of Amapá in the same historical process, being representative of the group of African-descendant communities in Amapá,we identify the songs as one of the most widespread cultural traits that favoured the establishment of an ethno-linguistic area in the state.
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Devoção, tambor e canto: um estudo etnoliguístico da tradição oral de Mazagão Velho / Devotion, drums and chants: an ethnolinguistic study of oral tradition of Mazagão VelhoEdna dos Santos Oliveira 01 October 2015 (has links)
Os cantos afro-amazônicos são uma forma de comunicação social que foi preservada no ecossistema cultural de Mazagão Velho, comunidade afrodescendente transplantada da África para a Amazônia no período colonial, cuja trajetória é marcada por contatos que têm início com a formação do entreposto português na África, em 1514. Em 1769, por decisão da coroa, a cidade-forte foi evacuada e transplantada para a Amazônia para reforço da ocupação e para o povoamento da região. Nosso objetivo neste trabalho consiste no estudo dos cantos produzidos em situações específicas: as festas religiosas realizadas ao longo do ano em Mazagão Velho. Com base nos aspectos como a forma, a transmissão e a circulação, bem como a função social que os referidos cantos exercem na comunidade, estamos admitindo que eles constituem poesia oral e se realizam em perfórmance. Dessa forma, buscamos compreender o fato poético em relação ao ecossistema cultural mazaganense, com base em referenciais teóricos da etnografia da fala e da linguística de contato. Considerando que essas práticas culturais são tributárias do processo de contato ocorrido na formação social da referida comunidade e no mesmo processo histórico foram difundidas pelo território amapaense, sendo representativas do conjunto das comunidades afrodescendentes situadas ao longo do território amapaense, estamos identificando-as como um dos traços culturais difundidos que favoreceram a constituição de uma área etnolinguística no Estado do Amapá. / Afro-Amazonian songs are a form of communication which have been preserved in the cultural ecosystem of Mazagão Velho, an afro-descendant community transplanted from Africa to the Amazon during the colonial period, with a history marked by contact which began with the formation of the Portuguese trading post in Africa, 1514. In 1769, following decision of the Crown, the fortified city was evacuated and transplanted to the Amazon in order to reinforce the occupation and settlement of the region. Our objective in this work is to study the songs produced under a specific situation: the religious festivals held throughout the year in Mazagão Velho. Based on different aspects, such as shape, transmission and circulation, as well as the social role that these songs play in the community, we consider them to be oral poetry that takes place during performance. Therefore, we aim to understand the poetic fact that concerns the cultural ecosystem of Mazagão, based on the theories of the ethnography of speaking and contact linguistics. Considering that these cultural practices contributed to the contact process which occurred in the social formation of the community investigated as they were spread across the state of Amapá in the same historical process, being representative of the group of African-descendant communities in Amapá,we identify the songs as one of the most widespread cultural traits that favoured the establishment of an ethno-linguistic area in the state.
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Beleza no cotidiano : poesia e performance na voz de um narrador urbanoEwald, Felipe Grüne January 2009 (has links)
Reúno a perspectiva da performance, a teoria da enunciação de Benveniste e os gêneros do discurso de Bakhtin para refletir acerca das circunstâncias de produção da narrativa oral - tudo o que envolve o ato enunciativo de performance - de um narrador no bairro Restinga, periferia de Porto Alegre, Brasil. Na confrontação e aprendizagem com o campo, incorporei conhecimentos vindos da prática no meu horizonte teórico e busquei compreender quais são as possibilidades abertas ao ato de narrar neste ambiente. Tratei de um tópico que se encaixa em um campo pouco explorado pelos Estudos Literários: a oralidade inserida no ambiente urbano e na esfera do cotidiano. Parti de uma abordagem que tomasse a relação entre oralidade e escrita fora da dicotomia, pensando as contraposições constitutivas. Diante da materialidade adversa da voz, construí o corpus a partir da seleção dos fatos de discurso a ser compartilhados, já que qualquer pesquisador que estude a produção oral será um receptor e terá ele que definir o todo do enunciado narrativo. A delimitação dos enunciados foi aprendida a partir da exposição e escuta das narrativas em campo. Todo o encontro com o narrador é uma reiteração do evento narrativo. A delimitação dos enunciados foi aprendida a partir da exposição e escuta das narrativas em campo. Todo o encontro com o narrador é uma reiteração do evento narrativo. É uma volta à tomada de conhecimento e aprendizagem da sua forma de narrar. Essa é a essência da minha experiência de campo e do meu trabalho: é uma atualização constante dos princípios de como e por que narrar. É por esta estrutura, a qual se mantém sempre aberta à criação, que o narrador consegue elaborar toda sua trajetória de vida. A observação da narrativa se produzindo, leva-me a propor que, dentro de um fluxo indiferenciado de conversa, o condensamento da narrativa ocorre a partir do redimensionamento do espaço enunciativo, o qual constitui um centro de referência, inserindo o narrador como sujeito na e pela enunciação e possibilitando a abertura à dimensão estética. A cada ato de narrar, a prática de reorganização espaço-temporal é atualizada, carregando as marcas, as inovações, que o narrador deixa entrever no enunciado. É um princípio formal movente, sempre renovado e aberto à criatividade. / Aproximo la perspectiva de la performance con la teoría de la enunciación de Benveniste y los géneros del discurso de Bakhtin para reflexionar sobre las circunstancias de producción de la narración oral - todo lo que implica el acto enunciativo de performance - de un narrador del barrio Restinga, en las afueras de Porto Alegre, Brasil. Frente al aprendizaje proveniente del campo, intenté incorporar sus conocimientos prácticos en mi horizonte teórico y traté de entender cuáles son las posibilidades que el acto de narrar tiene en este ambiente. Se trata de un tema poco explotado por los Estudios Literarios: la oralidad urbana en el ámbito de la vida cotidiana. Desde un enfoque que toma la relación entre la oralidad y la escritura fuera de la dicotomía, reflito las contraposiciones constitutivas. Fente a la adversidad de la voz, construí el corpus partiendo de la selección de los hechos de expresión que pude compartir, una vez que, cualquier investigador que estudie la producción oral será un receptor y tendrá él que fijar el conjunto del enunciado narrativo. La delimitación de los enunciados se conoció desde la escucha de las narraciones en el campo. Cada encuentro con el narrador es una repetición creadora del evento narrativo. Se vuelve a conocer y aprender su manera de narrar. Esta es la esencia de mi experiencia en campo y de mi trabajo: es una actualización constante de los principios de cómo y por qué narrar. Es a través de esta estructura, la cual permanece siempre abierta a la creación, que el narrador puede desarrollar toda su trayectoria de vida. La observación de la narración mientras se produce, me lleva a proponer que, en un flujo indiferenciado de conversación, la aglutinación de la narración empeza con la reorganización del espacio enunciativo, lo cual es un centro de referencia, que incluye el narrador como sujeto a través de la enunciación, lo que posibilita la apertura a la dimensión estética. En cada acto de narrar, la práctica de la reorganización del espacio-tiempo se actualiza llevando junto las marcas, las innovaciones, que el narrador muestra suavemente en el enunciado. Es un principio formal movente, siempre renovado y abierto a la creatividad.
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Beleza no cotidiano : poesia e performance na voz de um narrador urbanoEwald, Felipe Grüne January 2009 (has links)
Reúno a perspectiva da performance, a teoria da enunciação de Benveniste e os gêneros do discurso de Bakhtin para refletir acerca das circunstâncias de produção da narrativa oral - tudo o que envolve o ato enunciativo de performance - de um narrador no bairro Restinga, periferia de Porto Alegre, Brasil. Na confrontação e aprendizagem com o campo, incorporei conhecimentos vindos da prática no meu horizonte teórico e busquei compreender quais são as possibilidades abertas ao ato de narrar neste ambiente. Tratei de um tópico que se encaixa em um campo pouco explorado pelos Estudos Literários: a oralidade inserida no ambiente urbano e na esfera do cotidiano. Parti de uma abordagem que tomasse a relação entre oralidade e escrita fora da dicotomia, pensando as contraposições constitutivas. Diante da materialidade adversa da voz, construí o corpus a partir da seleção dos fatos de discurso a ser compartilhados, já que qualquer pesquisador que estude a produção oral será um receptor e terá ele que definir o todo do enunciado narrativo. A delimitação dos enunciados foi aprendida a partir da exposição e escuta das narrativas em campo. Todo o encontro com o narrador é uma reiteração do evento narrativo. A delimitação dos enunciados foi aprendida a partir da exposição e escuta das narrativas em campo. Todo o encontro com o narrador é uma reiteração do evento narrativo. É uma volta à tomada de conhecimento e aprendizagem da sua forma de narrar. Essa é a essência da minha experiência de campo e do meu trabalho: é uma atualização constante dos princípios de como e por que narrar. É por esta estrutura, a qual se mantém sempre aberta à criação, que o narrador consegue elaborar toda sua trajetória de vida. A observação da narrativa se produzindo, leva-me a propor que, dentro de um fluxo indiferenciado de conversa, o condensamento da narrativa ocorre a partir do redimensionamento do espaço enunciativo, o qual constitui um centro de referência, inserindo o narrador como sujeito na e pela enunciação e possibilitando a abertura à dimensão estética. A cada ato de narrar, a prática de reorganização espaço-temporal é atualizada, carregando as marcas, as inovações, que o narrador deixa entrever no enunciado. É um princípio formal movente, sempre renovado e aberto à criatividade. / Aproximo la perspectiva de la performance con la teoría de la enunciación de Benveniste y los géneros del discurso de Bakhtin para reflexionar sobre las circunstancias de producción de la narración oral - todo lo que implica el acto enunciativo de performance - de un narrador del barrio Restinga, en las afueras de Porto Alegre, Brasil. Frente al aprendizaje proveniente del campo, intenté incorporar sus conocimientos prácticos en mi horizonte teórico y traté de entender cuáles son las posibilidades que el acto de narrar tiene en este ambiente. Se trata de un tema poco explotado por los Estudios Literarios: la oralidad urbana en el ámbito de la vida cotidiana. Desde un enfoque que toma la relación entre la oralidad y la escritura fuera de la dicotomía, reflito las contraposiciones constitutivas. Fente a la adversidad de la voz, construí el corpus partiendo de la selección de los hechos de expresión que pude compartir, una vez que, cualquier investigador que estudie la producción oral será un receptor y tendrá él que fijar el conjunto del enunciado narrativo. La delimitación de los enunciados se conoció desde la escucha de las narraciones en el campo. Cada encuentro con el narrador es una repetición creadora del evento narrativo. Se vuelve a conocer y aprender su manera de narrar. Esta es la esencia de mi experiencia en campo y de mi trabajo: es una actualización constante de los principios de cómo y por qué narrar. Es a través de esta estructura, la cual permanece siempre abierta a la creación, que el narrador puede desarrollar toda su trayectoria de vida. La observación de la narración mientras se produce, me lleva a proponer que, en un flujo indiferenciado de conversación, la aglutinación de la narración empeza con la reorganización del espacio enunciativo, lo cual es un centro de referencia, que incluye el narrador como sujeto a través de la enunciación, lo que posibilita la apertura a la dimensión estética. En cada acto de narrar, la práctica de la reorganización del espacio-tiempo se actualiza llevando junto las marcas, las innovaciones, que el narrador muestra suavemente en el enunciado. Es un principio formal movente, siempre renovado y abierto a la creatividad.
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Beleza no cotidiano : poesia e performance na voz de um narrador urbanoEwald, Felipe Grüne January 2009 (has links)
Reúno a perspectiva da performance, a teoria da enunciação de Benveniste e os gêneros do discurso de Bakhtin para refletir acerca das circunstâncias de produção da narrativa oral - tudo o que envolve o ato enunciativo de performance - de um narrador no bairro Restinga, periferia de Porto Alegre, Brasil. Na confrontação e aprendizagem com o campo, incorporei conhecimentos vindos da prática no meu horizonte teórico e busquei compreender quais são as possibilidades abertas ao ato de narrar neste ambiente. Tratei de um tópico que se encaixa em um campo pouco explorado pelos Estudos Literários: a oralidade inserida no ambiente urbano e na esfera do cotidiano. Parti de uma abordagem que tomasse a relação entre oralidade e escrita fora da dicotomia, pensando as contraposições constitutivas. Diante da materialidade adversa da voz, construí o corpus a partir da seleção dos fatos de discurso a ser compartilhados, já que qualquer pesquisador que estude a produção oral será um receptor e terá ele que definir o todo do enunciado narrativo. A delimitação dos enunciados foi aprendida a partir da exposição e escuta das narrativas em campo. Todo o encontro com o narrador é uma reiteração do evento narrativo. A delimitação dos enunciados foi aprendida a partir da exposição e escuta das narrativas em campo. Todo o encontro com o narrador é uma reiteração do evento narrativo. É uma volta à tomada de conhecimento e aprendizagem da sua forma de narrar. Essa é a essência da minha experiência de campo e do meu trabalho: é uma atualização constante dos princípios de como e por que narrar. É por esta estrutura, a qual se mantém sempre aberta à criação, que o narrador consegue elaborar toda sua trajetória de vida. A observação da narrativa se produzindo, leva-me a propor que, dentro de um fluxo indiferenciado de conversa, o condensamento da narrativa ocorre a partir do redimensionamento do espaço enunciativo, o qual constitui um centro de referência, inserindo o narrador como sujeito na e pela enunciação e possibilitando a abertura à dimensão estética. A cada ato de narrar, a prática de reorganização espaço-temporal é atualizada, carregando as marcas, as inovações, que o narrador deixa entrever no enunciado. É um princípio formal movente, sempre renovado e aberto à criatividade. / Aproximo la perspectiva de la performance con la teoría de la enunciación de Benveniste y los géneros del discurso de Bakhtin para reflexionar sobre las circunstancias de producción de la narración oral - todo lo que implica el acto enunciativo de performance - de un narrador del barrio Restinga, en las afueras de Porto Alegre, Brasil. Frente al aprendizaje proveniente del campo, intenté incorporar sus conocimientos prácticos en mi horizonte teórico y traté de entender cuáles son las posibilidades que el acto de narrar tiene en este ambiente. Se trata de un tema poco explotado por los Estudios Literarios: la oralidad urbana en el ámbito de la vida cotidiana. Desde un enfoque que toma la relación entre la oralidad y la escritura fuera de la dicotomía, reflito las contraposiciones constitutivas. Fente a la adversidad de la voz, construí el corpus partiendo de la selección de los hechos de expresión que pude compartir, una vez que, cualquier investigador que estudie la producción oral será un receptor y tendrá él que fijar el conjunto del enunciado narrativo. La delimitación de los enunciados se conoció desde la escucha de las narraciones en el campo. Cada encuentro con el narrador es una repetición creadora del evento narrativo. Se vuelve a conocer y aprender su manera de narrar. Esta es la esencia de mi experiencia en campo y de mi trabajo: es una actualización constante de los principios de cómo y por qué narrar. Es a través de esta estructura, la cual permanece siempre abierta a la creación, que el narrador puede desarrollar toda su trayectoria de vida. La observación de la narración mientras se produce, me lleva a proponer que, en un flujo indiferenciado de conversación, la aglutinación de la narración empeza con la reorganización del espacio enunciativo, lo cual es un centro de referencia, que incluye el narrador como sujeto a través de la enunciación, lo que posibilita la apertura a la dimensión estética. En cada acto de narrar, la práctica de la reorganización del espacio-tiempo se actualiza llevando junto las marcas, las innovaciones, que el narrador muestra suavemente en el enunciado. Es un principio formal movente, siempre renovado y abierto a la creatividad.
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Técnica urbana ortogonal e teoria da poesia oral: de Mégara Hibleia a Túrio / Orthogonal technique and oral poetry: from Megara Hyblaea to ThuruoiRenan Falcheti Peixoto 24 August 2017 (has links)
distribuída em uma moldura interpretativa criada por duas cidades separadas em suas respectivas fundações mais ou menos três séculos. A pólis arcaica de Mégara Hibleia e a pólis clássica de Túrio oferecem as maiores referências da presente pesquisa, cuja intenção é analisar o fenômeno da organização ortogonal através da teoria da poesia oral como apresentada nos estudos comparativos de Milman Parry e Albert Lord. A pesquisa etnográfica de Parry e Lord no começo do século XX com bardos iugoslavos abriu todo um novo e inspirador campo de estudos no âmbito da composição e recepção dos poemas homéricos. Com tal perspectiva, se demonstrará nas páginas seguintes um método de planejamento sem que haja o desenho de planos. Um planejamento que utiliza como recurso de composição fórmulas aritméticas que definem as proporções entre os elementos do sistema. Iniciando o problema com as evidências literárias sobre Hipodamo de Mileto, coroado por uma corrente historiográfica como primus inventor do método urbano ortogonal, se descortinará uma tradição anônima secular derivada da prática de artífices que não escreveram uma linha a respeito de sua técnica. As fórmulas ortogonais constituem medidas co-dimensionadas entre os lados do lote da casa, do quarteirão e da largura das ruas cristalizados ao longo do tempo na escansão dos quarteirões. Tomando-se miras ópticas e alinhando cordas ao longo de estradas seria possível - como em um esquadro - iniciar dois vetores das fórmulas aritméticas então traduzidas em formas geométricas. Será argumentado na análise detalhada da forma de Mégara Hibleia contra a hipótese de que exista no período arcaico a concepção de um módulo abstrato e a priori. A cidade ortogonal arcaica não é um plano-mestre pensado como um conjunto que precede suas partes. O uso dos princípios da ortogonalidade ao longo do tempo, no entanto, contribuem para o surgimento de novas fórmulas de unidades maiores que em cidades como Túrio consignam dentro de sua área o agrupamento de um dado número de quarteirões. Isto é o indício de que a cidade ortogonal comensura-se então como um conjunto articulado de partes. Ao questionar a leitura moderna que, sob um paradigma literário, vê nos planos e desenhos de reconstituição da malha original das cidades ortogonais um produto de um exercício por excelência abstrato, mental e a priori, se discutirá, por consequência, a ontologia do artefato arqueológico, os fundamentos epistemológicos da arqueologia que, desde seu vir-a-ser como disciplina acadêmica, se ampara de uma série de ferramentas interpretativas herdadas da cosmologia moderna ocidental. O texto circulará, portanto, em vias interdisciplinares entre arqueologia, filologia, filosofia, sociologia, antropologia e história da arte. / The Greek orthogonal technique, especially in the urban contexts of Sicily and south Italy (Magna Graecia), could be distributed in a interpretative frame created by the archaeological tale of two cities separated in its foundations more or less three hundred years. The Archaic polis of Megara Hyblaea and the Classical polis of Thurioi offer the two major references of the present research which intends to analyze the phenomenon of orthogonal organization through the oral poetry theory as presented in the comparative studies of Milman Parry and Albert Lord. The ethnographic research of Parry and Lord in the earlier twentieth century with Yugoslavian singers opens a new and inspiring field on the composition and reception of the Homeric poems. With this perspective, it will be demonstrate in the following pages a planning method without any design plans. A planning that uses as compositional resources arithmetical formulas that define the proportional dimensions between the elements of the system. Initiating the subject with the literary evidences about Hipodamus of Miletus, crowned by a historiographical current as primus inventor of the orthogonal method, will be uncovered the anonymous secular tradition derived from the practice of craftsmen who did not write a single word about their techniques. The orthogonal formulas constitute co-dimensioned measures between the sides of the house lot, the block and the width of streets crystallized over time in the scansion of the blocks. Taking optical sights and aligning ropes along roads would be possible - as in a square - to start two vectors from the arithmetical formulas then translated in geometrical forms. It will be argued in the detailed analysis of Megara Hyblaea\'s layout against the hypothesis that there is in the Archaic period a conception of an abstract and a priori module. The orthogonal Archaic city it is not a master plan thought as a set which precedes its parts. The continued use of the orthogonal principles over time, however, contribute to the emergence of new formulas of larger unities which in cities like Thurioi consigns inside its area the grouping of a given number of blocks. This is a sign of a notion then that the orthogonal city is co-measured from a set articulated of parts. By questioning the modern lecture which, under a literary paradigm, sees the reconstituted plans and drawings of an original orthogonal grid a byproduct of an abstract, mental and a priori exercise, it will be discussed, by consequence, the ontology of the archaeological artifact, the archaeology\'s epistemological fundaments that, since its becoming as an academic discipline, relies on a series of interpretative tools inherited from modern Western cosmology. It will be circulate, therefore, in interdisciplinary roads between archaeology, philology, philosophy, sociology, anthropology and art history.
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Ode marítima: do atual ao inaugural a poesia como poiesis e performanceCembrone, Kátia Pellicci 07 October 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T19:58:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Katia Pellicci Cembrone.pdf: 18447270 bytes, checksum: 121241adc401cae7b8a83434755a9686 (MD5)
Previous issue date: 2011-10-07 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This work aims to demonstrate the reason why Ode Marítima is considered the most
important poem of the Sensacionism Moviment, created by Fernando Pessoa and Mário
de Sá-Carneiro in the early twentieth-century, by establishing a connection between
actual and original, modern and primitive, time and no-time dimensions, chronological
time and mythical time. In order to do that, some of the theoretical frameworks used
were: the studies of the rhythm structure of this ode, by José Augusto Seabra and
Nicolás Extremera Tapia; the studies of oral poetry, developed by Paul Zumthor;
Fernando Pessoa and Mário de Sá-Carneiro s writings about Sensacionism; Micea
Eliade s studies about myth; and the philosophical view of man s way of life
transformations according to Friedrich Nietzsche. In the first chapter, we intended to
reflect on the transformations poetry has passed through the time in order to, in the next
chapter, explain and justify the sensacionist proposal of a modern art that is based on
sensation strength, and intends to touch the sensorial body of its receptor. Finally, we
proceeded to an analytic reading of the corpus: the Ode Marítima. We concluded that
the poem materializes the Sensacionism by proposing us a return to the origins of the
poetry. Thus, Álvaro de Campos modern experiment is access to the archaic rituals
rhythm: song, voice, dance, body pure sensation, pure poetry. Such an experiment
gives us the possibility of a more conscious perception of the complex way of modern
life / O objetivo deste trabalho é demonstrar por que Ode Marítima é considerada o poema
expressão máxima do movimento sensacionista, idealizado por Fernando Pessoa e
Mário de Sá-Carneiro, no início do século XX, estabelecendo uma relação entre o atual
e o inaugural, o moderno e o arcaico, o tempo e o não-tempo, o tempo cronológico e o
tempo mítico. Para tanto, alguns dos referenciais teóricos utilizados foram: os estudos
realizados por José Augusto Seabra e Nicolás Extremera Tapia acerca da estruturação
rítmica da ode; os estudos sobre a poesia oral, realizados por Paul Zumthor; os escritos
sobre o Sensacionismo, deixados por Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro; os
estudos do mitólogo Micea Eliade; e a leitura filosófica das transformações no modo de
viver do homem, realizada por Friedrich Nietzsche. No primeiro capítulo, buscamos
refletir sobre as transformações pelas quais passou o ser da poesia através dos tempos
para, no capítulo seguinte, explicar e justificar a proposta sensacionista, de uma arte
moderna que se baseia na força da sensação, que busca atingir o corpo sensorial do
receptor. Finalmente, realizamos uma leitura analítica do corpus: a Ode Marítima.
Concluímos que o poema materializa o Sensacionismo propondo-nos um retorno às
origens da poesia. Assim, o experimento moderno de Álvaro de Campos é acesso ao
ritmo dos rituais arcaicos: canto, voz, dança, corpo pura sensação, pura poesia. Tal
experimento nos dá a possibilidade de uma nova percepção, mais consciente, da
complexa forma de vida moderna
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