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A tradução de Francis Ponge placee en abime

Barbosa, Roseli de Fatima Dias Almeida, 1960- 16 May 2003 (has links)
Orientador : Paulo Roberto Ottoni / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-03T13:31:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Barbosa_RoselideFatimaDiasAlmeida_M.pdf: 4551264 bytes, checksum: 6e91dce27c3aca50483a98acdce5a886 (MD5) Previous issue date: 2003 / Resumo: Neste estudo proponho traduções de alguns textos do poeta francês Francis Ponge. Nessas traduções procuramos analisar certas tensões latentes no interior da língua, um certo jogo que o autor autoriza entre a objeto e a língua, nomeado de objogo. Buscando exemplificar esse jogo na tradução, nos deparamos com o double bind, entendido a partir de Jacques Derrida não somente como o convívio simultâneo entre a necessidade do acontecimento da tradução e do intraduzível, mas também como potencial criador. Entre o traduzível e o intraduzível a tradução acontece mostrando sua plural idade, sua eterna renovação, um placé en abíme de múltiplas escolhas. Escolhas que ilustram o objogo, exemplificado neste trabalho pela tradução de textos de Ponge, alguns deles apresentando vários pontos de vista de um objeto. Com a prática da tradução, por vezes plural (mais de uma tradução para um mesmo texto), acontece uma multiplicação de pontos de vista que estabelecem uma complementaridade e uma contaminação entre as línguas, o que pode ser visto em alguns exercícios de tradução e comentários que fizemos. Concluímos que a tradução se revela como trabalho a partir de uma pluralidade de textos (e de línguas), que também se revela para outros (e outras) infinitamente. Esse potencial criador suscitado pelo double bind gera assim uma tensão que é fonte de criação: a partir do in-traduzível se dá a tradução. O double bind, agora entre o objeto e a linguagem, faz e é parte da obra pongiana. A tradução encerra assim todos os aspectos relevantes do objogo literário / Mestrado / Tradução / Mestre em Linguística Aplicada
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No atelier com Ponge

Barbosa, Roseli de Fatima Dias Almeida, 1960- 18 August 2018 (has links)
Orientador: Mário Luiz Frungillo / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-18T18:10:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Barbosa_RoselideFatimaDiasAlmeida_D.pdf: 4105305 bytes, checksum: bd5c0560a8d3dcc9c2ecbb8af8376434 (MD5) Previous issue date: 2011 / Resumo: Partindo de um breve percurso histórico da relação entre poesia e pintura, prefigurada pela expressão de Horácio ut pictura poesis, este trabalho visa fazer um estudo sobre os textos em torno da pintura na obra de Francis Ponge. Escolhi esse poeta francês porque durante sua vida se relacionou e escreveu sobre artistas plásticos. A intenção foi estudar quais os recursos e marcadores textuais nos textos de Ponge revelam elementos pictóricos no campo lexical (palavras e expressões específicas), no campo gráfico (escolhas tipográficas), no campo onomástico (nomes de quadros, de artistas), nos procedimentos da escrita, em suma, de que forma isso se constrói literariamente no lápis de Ponge. Nossa hipótese é a de que Ponge se coloca como pintor, tenta observar e sentir como um pintor para escrever seus textos. De sua paleta de palavras saem todas as nuances da natureza. Para mostrar como esse no-lugar-do-pintor/escultor se dá em Ponge, apontamos semelhanças no olhar e no modo de trabalho em vários temas, como no excepcional exemplo de La Mounine, que se apresenta como mímesis de trabalho impressionista pelo olhar e escolha lexical. As análises, em seu conjunto, revelam que Ponge é mais que espectador do mundo das artes plásticas, ele é artista plástico que se faz escritor / Abstract: This thesis starts from a historical sketch of the inter-relation between painting and writing outlined by Horatio?s expression ut pictura poesis. Its main goal is to study Francis Ponge?s texts on Art because this French poet had a life-long relationship with plastic artists, witnessed in his work. Our intention is to present Ponge?s textual resources which reveal pictorial marks in the lexical domain (words and expressions), in the orthographical domain (typographic choices), in the onomastic domain (pictures? titles, artists names), as well as in the writing techniques used. To sum up, how the Plastic Arts are worked out by his pencil. Our hypothesis is centered in the idea that Ponge sees himself as a painter. In the idea that he tries to observe and apprehend the world as a painter before the texts he writes. From his palette of words all Nature?s details come out. To show how this in-the-place-of-a-painter takes place in Ponge, we show similarities of sight and in the way the work is done in several themes shared by the artists and Ponge. La Mounine is an exquisite example of this, which stands for a mimesis of an impressionist work, given the lexical choices and the way the author observes the landscape. All the analyses presented reveal that Ponge is more than an eyewitness in the Arts? world; he is a plastic artist who became a writer / Doutorado / Literatura Geral e Comparada / Doutor em Teoria e História Literária
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Guillaume Apollinaire: reflexão artística e elaboração poética / Guillaume Apollnaire: artistic reflection and poetic work

Fogagnoli, Conrado Augusto Barbosa 21 May 2018 (has links)
O presente trabalho tem por objetivo tratar de uma parte pouco conhecida da obra de Guillaume Apollinaire: a sua crítica de artes. A partir da análise dos textos que o autor publicou neste domínio, evidencia-se a elaboração de uma série de conceitos que lhe possibilitam pensar a pintura e se posicionar no debate artístico francês dos anos iniciais do século XX. Considerando tais conceitos, mostra-se como estes podem ser relacionados com a reflexão do autor sobre a poesia de sua época e, em particular, com a sua própria. O encontro de suas ideias sobre a pintura e sobre a poesia traduz-se em um projeto estético em sentido amplo que, por isso mesmo, produz efeitos em sua obra poética. Com a finalidade de evidenciá-los, analiso alguns poemas para mostrar como a reflexão artística de Apollinaire importa para a compreensão da obra poética. / The present work aims to deal with the little known part of Guillaume Apollinaires work: his critique of arts. From the analysis of the texts that the author published in this field, it is evident the elaboration of a series of concepts that allow him to think about paintings and position himself in the French artistic debate of the early year of the Twentieth Century. Considering theses artistic concepts, it is shown how they can also be related to the authors views of poetry of his time and, in particular, with his own. From this communication of artistic ideas, it is exposed how it translates into na aesthetic project in the broad sense and that, for this very reason, produces effects in his poetic work. With the purpose of showing this, poems are analysed to express Apollinaires artistic views matters for the understanding of his poetic work.
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A relação ironia/oralidade em L'imitation de Notre-Dame la lun, de Jules Laforgue /

Cara, Aline Taís. January 2010 (has links)
Orientador: Guacira Marcondes Machado Leite / Banca: Glória Carneiro do Amaral / Banca: Andressa Cristina de Oliveira / Resumo: Jules Laforgue (1860-1887) foi um grande decadentista/simbolista francês; as características de suas obras tocam esses dois importantes movimentos literários. O Decadentismo foi anterior ao Simbolismo, com teor mais negativista e pessimista; o Simbolismo foi composto de duas vertentes: a "sério-estética", mais conhecida e estudada, e a "coloquial- irônica". A partir desta, menos abordada do que aquela, desenvolvem-se os recursos utilizados nas composições de Laforgue, apesar de o escritor ultrapassar os limites de movimentos e tendências literárias, produzindo algo novo e original. Escreveu obras poéticas e em prosa, as quais revelam características bastante particulares. Com relação à poética, a crítica atual tem reconhecido a importância do poeta para a poesia subsequente a ele, inclusive a dos modernistas brasileiros como Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira. Laforgue foi, de certa forma, sufocado pelos seus contemporâneos Baudelaire, Verlaine, Mallarmé e Rimbaud; todavia está inserido entre os grandes nomes da modernidade poética, devido à sua importância literária. Seus escritos surpreendentes e suas características inovadoras é que fazem dele o inspirador e mestre de personalidades como Ezra Pound e T. S. Eliot. Podem-se perceber algumas constantes na obra de Laforgue: ironia, paródia, a procura por formas orais, a criação de novas palavras e o humor. É fato dizer que sua obra é rica em recursos estilísticos e em vocabulário; há forte presença intertextual de mitos, lendas, cantigas, citações de outros textos, de autores e de personagens conhecidos, o que torna as composições do poeta ainda mais complexas. O escritor cria, com maestria, uma linguagem própria e, através de seus neologismos, da dissonância e da quebra de expectativa, impressiona os leitores e demonstra sua relevância literária. Analisando poemas do livro L'Imitation... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Résumé: Jules Laforgue (1860-1887) a été um grand décadentiste/symboliste français; les caractéristiques de ses oeuvres touchent ces deux importants mouvements littéraires. Le Décadentisme a été antérieur au Symbolisme, avec um trait plus négativiste et pessimiste; le Symbolisme a été composé de deux tendances: la "sérieux-esthétique", plus connue et étudiée, et la "prosaïque-ironique". À partir de celle-ci, moins étudiée que celle-là, les recours utilisés sont développés dans les compositions de Laforgue, même si l‟écrivain dépasse les limites des mouvements littéraires, en écrivant des textes différents et originaux. Il a produit des oeuvres poétiques et en prose, qui révèlent des caractéristiques très particulières. Par rapport à la poétique, la critique actuelle a reconnu l‟importance du poète pour la poésie postérieure à lui, inclusivement celle des modernistes brésiliens comme Carlos Dummond de Andrade et Manuel Bandeira. Laforgue a été, de certe façon, suffoqué par ses contemporains Baudelaire, Verlaine, Mallarmé et Rimbaud; mais il est inséré entre les grands noms de la modernité poétique, dû à son importance littéraire. Ses écrits surprenants et ses caractéristiques innovatrices font de lui l‟inspirateur et maître de personnalités comme Ezra Pound et T. S. Eliot. Il est possible de percevoir quelques constantes dans l‟oeuvre de Laforgue: ironie, parodie, la quête pour des formes orales, la création de mots nouveaux et l‟humour. Il est vrai de dire que son oeuvre est riche en recours stylistiques et en vocabulaire; il y a une forte présence intertextuel des mythes, des légendes, des chansons, de citations de textes d‟autres auteurs et de personnages connus, ce qui rend les compositions du poète encore plus complexes. L‟écrivain crée avec maîtrise un langage propre et, à travers ses néologismes... (Résumé complet accès électronique ci-dessous) / Mestre
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Guillaume Apollinaire: reflexão artística e elaboração poética / Guillaume Apollnaire: artistic reflection and poetic work

Conrado Augusto Barbosa Fogagnoli 21 May 2018 (has links)
O presente trabalho tem por objetivo tratar de uma parte pouco conhecida da obra de Guillaume Apollinaire: a sua crítica de artes. A partir da análise dos textos que o autor publicou neste domínio, evidencia-se a elaboração de uma série de conceitos que lhe possibilitam pensar a pintura e se posicionar no debate artístico francês dos anos iniciais do século XX. Considerando tais conceitos, mostra-se como estes podem ser relacionados com a reflexão do autor sobre a poesia de sua época e, em particular, com a sua própria. O encontro de suas ideias sobre a pintura e sobre a poesia traduz-se em um projeto estético em sentido amplo que, por isso mesmo, produz efeitos em sua obra poética. Com a finalidade de evidenciá-los, analiso alguns poemas para mostrar como a reflexão artística de Apollinaire importa para a compreensão da obra poética. / The present work aims to deal with the little known part of Guillaume Apollinaires work: his critique of arts. From the analysis of the texts that the author published in this field, it is evident the elaboration of a series of concepts that allow him to think about paintings and position himself in the French artistic debate of the early year of the Twentieth Century. Considering theses artistic concepts, it is shown how they can also be related to the authors views of poetry of his time and, in particular, with his own. From this communication of artistic ideas, it is exposed how it translates into na aesthetic project in the broad sense and that, for this very reason, produces effects in his poetic work. With the purpose of showing this, poems are analysed to express Apollinaires artistic views matters for the understanding of his poetic work.
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A palavra arbitrária: estudo e tradução de Fenêtres dormantes et porte sur le toit, de René Char

Alselmi, André Luiz [UNESP] 17 March 2008 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:25:24Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2008-03-17Bitstream added on 2014-06-13T20:32:55Z : No. of bitstreams: 1 alselmi_al_me_arafcl.pdf: 284676 bytes, checksum: 9d9251477b103be2a6f980c465fffe58 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / René Char (1907-1988) deu início à sua vida literária no momento de uma estreita ligação com o movimento surrealista, no início da década de 30. No entanto, logo o poeta desligou-se do grupo liderado por Breton, engajou-se na Resistência Francesa e trilhou um caminho próprio que o levou a produzir uma poesia única, marcada pela associação de técnicas surrealistas a um certo rigor formal, dois elementos aparentemente opostos, mas cuja união produziu textos de intenso efeito poético. Char deixou uma vasta produção poética, ainda pouco estudada (sobretudo no Brasil), fato que se deve à difícil compreensão da obra do poeta, considerada muito hermética. Entretanto, ela tem despertado cada vez mais o interesse da crítica e, pouco a pouco, vem conquistando o espaço merecido: começa a transpor os limites territoriais e lingüísticos, fazendo-se conhecida e acolhida pelos espíritos agraciados pela receptividade e empenho na decifração de mensagens poéticas. Esta pesquisa tem como objetivo o estudo da estética de René Char acompanhado da tradução comentada de Fenêtres dormantes et porte sur le toit e da análise das dificuldades encontradas durante a prática tradutória. A análise da obra centra-se no estudo de questões estilísticas, formais, bem como na herança surrealista presente na obra do poeta. A pesquisa desenvolveu-se em duas grandes frentes de estudo que deram os subsídios para o trabalho de tradução. A primeira delas centrou-se no estudo de textos sobre teoria da poesia, sobre história literária do século XX e sobre a obra de René Char. A segunda etapa centrou-se no estudo teórico da tradução, possibilitando um aprofundamento das principais questões envolvidas no ato de traduzir tanto no seu aspecto teórico quanto prático. / René Char (1907-1988) began his literary life at the time of close liaison with the surrealist movement at the beginning of the 30’s. However, once the poet is disconnected from the group led by Breton, engaged in the French Resistance and decided to work by his own, which made him produce a singular poetry, marked by the association of surrealistic techniques and formal traces – two opposite elements, whose mixture produced texts of intense poetic effect. Char left a huge poetic work, yet little studied (especially in Brazil) a fact which is due to the difficulty of understanding his work, considered very hermetic. Neverthless, his work has increasingly aroused the interest of the critical and, little by little, has been conquering the space deserved: it begins to cross the boundaries and language, making itself known and accepted by the spirits given by the receptiveness and commitment to the deciphering of the poetic messages. This research aims at studying the esthetics of René Char by the commented translation of Fenêtres dormantes et porte sur le toit and analysis of the difficulties faced during the translation work. The analysis of this book focuses on the study of the esthetic and formal issues and on the surreal legacy in the poet’s work. The survey was developed in two main fronts of study that allowed the translation work. The first one focused on the study of texts on the theory of poetry, literary history in the twentieth century and René Char’s work. The second one focused on the translation theory, what made possible a deeper knowledge about the main questions concerned with the translation act, both theoretical and practical. At the end of this work, we not only demonstrate the importance of Char as one of the most significant poets of the twentieth century, but also open the possibility of presenting to the Brazilian reader an author still little known and poorly translated.
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Rastro, hesitação e memoria : o lugar do tempo na poesia de Yves Bonnefoy / Trace, hesitation and memory : the place of time in Yves Bonnefoy"s poetry

Simpson, Pablo 17 April 2006 (has links)
Orientador: Luiz Carlos da Silva Dantas / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-06T10:21:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Simpson_Pablo_D.pdf: 3276436 bytes, checksum: 7ec16bd178106ff7cbf957e7dd06ad95 (MD5) Previous issue date: 2006 / Resumo: Yves Bonnefoy é um dos poetas franceses mais importantes da segunda metade do século XX. Sua obra poética, que se inicia em 1946 com Traité du pianiste e Le Coeur-espace, pode ser situada, num primeiro momento, a partir do diálogo com o surrealismo, de que se afastaria em 1947, mas cuja noção de sonho retomaria em suas narrativas publicadas a partir dos anos 1970: L¿Arrière-pays e Rue Traversière. Pode ser situada, além disso, diante do existencialismo de Jean Wahl. Leitor de Plotino, Kierkegaard e Léon Chestov, importante crítico de arte e da obra de Baudelaire, além de tradutor de Shakespeare, Yves Bonnefoy traz, desde os ensaios de L¿Improbable de 1959, uma preocupação com o que chamaria de ¿presença¿, fundamental para a compreensão de seu projeto poético. Ela designaria, muitas vezes, uma oposição ao conceito filosófico e à linguagem. Traria um apelo a uma ¿realidade obscura¿, enigmática. Nesse sentido, a poesia pretenderia uma intuição do absoluto, uma esperança investida de uma vocação ontológica não sem relação com o questionamento heideggeriano. Este estudo pretende investigar as relações entre poesia e tempo. Há nos poemas de Anti-Platon e Du Mouvement et de l¿immobilité de Douve, tanto quanto em L¿Improbable, segundo Patrick Née, a condenação de um inteligível abstrato, em virtude do esquecimento do tempo. A poesia repercutiria uma tensão entre interioridade conceitual e exterioridade. As palavras do poema evocariam um apagamento: rastro, presença ausente. A perda se torna a origem da linguagem poética. Através da leitura dos poemas de Du Mouvement et de l¿immobilité de Douve, Hier régnant désert, Pierre écrite, Dans le leurre du seuil, Ce qui fut sans lumière e Les Planches courbes, e das narrativas L¿Arrière-pays, Rue Traversière e Lê Théâtre des enfants, este estudo buscará compreender a poesia de Yves Bonnefoy a partir das noções de rastro, hesitação e memória. Dividido em cinco capítulos principais, trata-se da tentativa de situar a sua poesia, a um só tempo, como expressão e reflexão de cada um desses lugares. Este estudo traz em anexo a tradução do livro de poemas Les Planches courbes (2001), da narrativa ¿L¿Égypte¿ do livro Rue Traversière (1977) e do ensaio ¿Les tombeaux de Ravenne¿ de L¿Improbable (1959) / Resumé: Cette étude concernant l¿oeuvre poétique d¿Yves Bonnefoy cherche à établir des rapports entre poésie et temps. À travers de lectures critiques interrogeant les poèmes de Du Mouvement et de l¿immobilité de Douve, Hier régnant désert, Pierre écrite, Dans le leurre du seuil, Ce qui fut sans lumière et Les Planches courbes, aussi bien que les récits L¿Arrière-pays, Rue Traversière et Le Théâtre des enfants, une trajectoire se dessine qui tente d¿aborder la pensée poétique d¿Yves Bonnefoy d¿après les notions de ¿trace¿, d¿¿hésitation¿ et de ¿mémoire¿. Le poème repose sur la tension qu¿il manifeste entre une intériorité conceptuelle et une extériorité que le poète appellerait ¿présence¿. Les mots du poème sont ce qui demeure de ce qui a disparu, ils gardent la ¿trace¿ de cette présence absente. Il y a dans les poèmes de l¿Anti-Platon et dans l¿essai ¿Les tombeaux de Ravenne¿, sélon Patrick Née, une reproche d¿un intelligible abstrait au nom de l¿oubli du temps. La perte devient l¿origine du langage poétique. Elle nous rappelle l¿abîme de l¿exil, de la séparation. Néanmoins, la poésie d¿Yves Bonnefoy veut apporter une intuition de l¿absolu, un espoir investi d¿une vocation ontologique non sans rapport avec le questionnement ontologique de Heidegger, de Kierkegaard, de Jean Wahl. Plutôt que d¿en brosser le sens philosophique, tout en veillant à ne pas confondre une approche conceptuelle du temps et sa ¿mise en intrigue¿ (muthos), selon Paul Ricoeur, cinq chapitres repèrent cet itinéraire. Les trois premiers, consacrés à la notion de trace, rejoindrent une affirmation du poète dans L¿Improbable: ¿Le fugace, l¿irrémédiablement emporté, sont le degré poétique de l¿univers¿. Il s¿agit de placer cette catégorie de l¿éphémère sous le signe de la recherche proustienne d¿un ¿équivalent spirituel¿ dans le chapitre ¿Marcel Proust & Yves Bonnefoy: inscription, présence¿. Dans le deuxième chapitre, l¿interpretation c¿est qu¿il y a un pari de la mort, de l¿absence, trace d¿un éloignement des dieux, où s¿affirme l¿importance de la perception dans les mots de leur composante sonore. Sous le signe des idées de ¿symbole¿ et ¿allégorie¿, on essaye d¿interroger les lectures d¿Yves Bonnefoy des oeuvres de Baudelaire et les poèmes ¿Vrai corps¿ et ¿Le lieu de la salamandre¿ du livre Du Mouvement et de l¿immobilité de Douve. Le troisième chapitre mène à la définition de la notion de ¿témoignage¿ en accord avec des idées d¿échange, de partage, selon la perspective du texte offert, de l¿amour d¿après Rimbaud et des images de la pierre et de la voix, celle-ci dans le poème ¿À la voix de Kathleen Ferrier¿ de Hier régnant désert. On situe ce questionnement à partir de la lecture d¿Emmanuel Lévinas et de l¿établissement des rapports entre poésie, temps et éthique. Le quatrième chapitre, ¿L¿Arrière-pays, Rue Traversière & Dans le leurre du seuil: rêve, hésitation et labirynthe¿, évoque l¿ambivalence du temps dans ce qu¿Yves Bonnefoy désigne comme ¿une hésitation profonde qui est en nous, dans l¿existence vécue et quant à la façon de la vivre¿. Le poète est celui qui hésite, à la fois, entre deux degrés d¿intensité ontologique, l¿existence et l¿écriture, l¿éveil et le rêve. L¿inquiétude aux carrefours de L¿Arrière-pays est la représentation même de cette interruption de l¿action, hantise d¿une terre au-delà de l¿horizon, insituable. Il s¿agit d¿une dialectique de la indécision et de la décision, de la ¿morne incuriosité¿ de Perceval chez le Roi Pêcheur et des questions qu¿il lui fallait poser. Autrement dit, l¿écriture engage une tension entre la gnose et l¿ici de la finitude, entre le rêve et le récit. Il fallait, selon le poète, ¿quelque chose comme une foi pour persister dans les mots¿. Finalement, le cinquième chapitre est consacré à la notion de ¿mémoire¿ dans les livres Ce qui fut sans lumière et Les Planches courbes, questionnement qui revient au vers ¿je ne me souviens¿ du livre Le Coeur-espace, publié en 1946. Il y a dans la série de poèmes de ¿La maison natale¿ de Les Planches courbes un rétour à l¿enfance et aux mythes. Les images de l¿enfance, dès la publication de ¿L¿Égypte¿ ou à la fin de L¿Arrière-pays, celle de Moïse sauvé des eaux, les mythes de Cérès, de Marsyas, la quête d¿une origine y témoignent la nécessité d¿établir des rapports entre poésie et mémoire. La poésie ¿garde mémoire¿. Elle est ¿la mémoire qui se maintient en nous, qui parlons, des instants de présence que nous avons vécu¿. Quête de l¿origine, de l¿origine de la poésie, d¿où l¿apparition d¿Ulysse dans le poème ¿Dans le leurre des mots¿. On placerait cette tension sous le double signe du ¿fait humain toujours prêt à recommencer¿ de Léon Chestov, à partir de l¿opposition entre mort et réssurrection, et d¿une ¿mémoire appaisée, voire d¿un oubli heureux¿ de Paul Ricoeur. Cette étude a pour annexe la traduction du livre de poèmes d¿Yves Bonnefoy Les Planches courbes (2001), du récit ¿L¿Égypte¿ du livre Rue Traversière (1977) et de l¿essai ¿Les tombeaux de Ravenne¿ publié dans L¿Improbable (1959) / Doutorado / Literatura Geral e Comparada / Doutor em Teoria e História Literária
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O amor cortês e os Lais de Maria de França : um olhar historiográfico /

Carvalho, Ligia Cristina. January 2009 (has links)
Orientador: Ruy de Oliveira Andrade Filho / Banca: Ana Paula Tavares Magalhães Taconi / Banca: Milton Carlos Costa / Resumo: Durante a Idade Média Central (XI-XIII), mais precisamente na segunda metade do século XII, foram produzidos os Lais de Maria de França, escritos literários que abordam o amor cortês. Apesar de fazerem parte das literaturas de divertimento da corte, os Lais são um tipo específico de registro histórico acerca da sociedade aristocrática medieval. Propomo-nos neste trabalho, por meio de uma análise centrada na temática do amor cortês presente nesta fonte, refletir sobre a construção de uma nova representação mental de amor. Neste mesmo sentido, respeitando a especificidade da fonte, buscaremos apreender as realidades sociais e o imaginário medieval, tentando compreender de que maneira Maria de França retrata a sociedade de seu tempo, com seus preceitos e interdições, ao mesmo tempo, reafirmando certos valores e insurgindo contra outros. / Abstract: During Central Medium Age (XI-XIII), exactly at the second half of XII Century, Lais de Marie de France were written, literary writings which discuss the Courtly Love. Although they are considered funny literature of the court, Lais are a specific history record about medieval aristocratic society. This work intends to reflect about the construction of a new love mental representation, according to analyses about the Courtly Love found in this source. The same way, respecting the source specificity, we will try to understand the socials realities and the medieval imaginary, trying to comprehend how Marie de France presents the society of that time, with the precepts and interdictions, reaffirming such values and, at the same time, rebelling against others. / Mestre
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A abordagem psicanalítica de Walter Benjamin na interpretação da lírica baudelairiana em As flores do mal /

Andreu, Rodrigo Caetano. January 2017 (has links)
Orientador: Orlando Nunes de Amorim / Banca: Wilma Patricia Marzari Dinardo Maas / Banca: Márcio Scheel / Resumo: Este trabalho consiste no estudo do trabalho de análise e interpretação proposto por Walter Benjamin no seu projetado livro Charles Baudelaire, um poeta na época do capitalismo avançado, especificamente no capítulo "Sobre alguns motivos na obra de Baudelaire", em que a criação poética é destacada como mecanismo de defesa. Na interpretação de Benjamin, o poeta Baudelaire, ao se sentir ameaçado e constrangido pelas adversidades repressivas do corpo social, defende-se na e com a poesia que escreve. Nesse âmbito, o próprio poeta se intitula um "esgrimista", que se utiliza do seu material de trabalho, o lápis e a caneta, como armas de defesa no duelo contra os percalços externos de uma sociedade que sofreu com as contradições pós-revolução industrial, principalmente no que diz respeito à exploração da força de trabalho dos empregados das indústrias e suas consequências sociais. Tal interpretação resultou na formulação do conceito de experiência de choque, de que nos valemos como medium de reflexão para compreender outra: a análise benjaminiana da experiência anterior e posterior ao excesso de estímulos sofridos pelo homem da modernidade. Tendo por base essa perspectiva, também investigamos a criação poética a partir da relação existente entre a poeticidade de Baudelaire e a tese freudiana, vinculada à psicanálise, cuja principal premissa é a existência de um mecanismo de defesa por parte da consciência humana em face aos estímulos externos e internos. Com isso, entendemos a maneira... / Abstract: This work consist in the work of analysis and interpretation propost for Walter Benjamin, in your project book Charles Baudelaire a poet in advanced capitalism, specifically in chapter about some reasons in the work of Baudelaire, in which the poetic creation is highlighted as defense mechanisms. To Benjamin, when he feels threatened and uncomfortable for adversid repressive of body social, Baudelaire defends himself with his poetry whos writes. In this context on poet himself is called a ―fencer‖ which uses the work material, pencil and pen as defensive weapons in the duel against external mishaps of a society that suffered from post industrial revolution contradictions, mainly in what respect of exploration of the force to work of employees of industries and yours consequences social. Such interpretation resulted in formulation concept of shock experience that we will use as a medium of reflection to understand another: benjaminian analysis of previous experience and after the excess stimuli suffered by the man in modernity. Based on this perspective also investigate the poetic creation from the relationship between will psychoanalysis, whose main premise is the existence of a defense mechanism of the human consciousness in college to external stimuli and internal. We understand the way Benjamin stared at Charles Baudelaire composition in all the nuances of the individual psychological structure. In this proposal, essences theoretical tools will carry out the research are linked, in general, ace relations established between the poetic creation, historical concomitant analysis of the poet's life and specific aspects of Freud's theory and his followers on the defense mechanism. Thus we note that the book Walter Benjamin: Charles Baudelaire a poet in advanced capitalism, with its own innovative interpretive stylistic runs through the most different faces of modernity, allowing a critical ... / Mestre
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"Jacques Prévert e a poética do movimento" / "Jacques Prévert et la poétique du mouvement"

Almeida Filho, Eclair Antonio 26 May 2006 (has links)
A pesquisa atual de Doutorado se dedica a estudar o que denominamos a poética do movimento em Jacques Prévert, tendo como corpus, principalmente as obras Fatras (1966), Imaginaires (1970) e Choses et autres (1972). Em nosso estudo, propomos uma estrutura móbil em que se relacionam seis eixos, a saber: estilístico, lingüístico, mimético, interdiscursivo, paratextual e, por fim, o eixo temático. Assim, com base principalmente nos livros Fatras, Imaginaires e Choses et autres, entendemos que a contribuição de nosso trabalho é apresentar uma poética da obra prevertiana em que se considere a inter-relação entre esses seis eixos, uma vez que eles promovem transformações nas palavras, nas imagens, no próprio suporte do livros e em temas que estão relacionados ao movimento e à petrificação, à vida e à morte. / Cette recherche de Doctorat se propose d’étudier ce que nous nommons la poétique du mouvement chez Jacques Prévert, ayant choisi comme corpus surtout les recueils prévertiens Fatras (1966), Imaginaires (1970) e Choses et autres (1972). Dans notre étude, nous considérons qu’il y a dans la poétique prévertienne une structure mobile dans laquelle six axes sont en rapport les uns avec les autres. À notre avis, ces six aces sont de nature: stylistique, linguistique, mimétique, interdiscursive, paratextuelle et temátique. Leur fonction serait d’effetuer des transformations chez l’oeuvrre poétique prévertienne concernant le sens des mots et des images, et le support même du livre, et un confront entre l’ortodoxie et l’hétérodoxie.

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