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Efeitos do Treinamento de força no fluxo sangüíneo e produção de óxido nítrico em mulheres pós-menopáusicasSiqueira, Caroline Viana January 2006 (has links)
A capacidade de alterar a função vascular dependente do endotélio pode ser importante na intervenção ou até mesmo na prevenção de doenças cardiovasculares. O exercício representa uma importante estratégia anti-aterogênica que pode restaurar a dilatação dependente do fluxo. O objetivo deste estudo foi avaliar a composição corporal (CC), a força muscular (FM), o fluxo sangüíneo do antebraço (FSA) e a produção de Óxido Nítrico (NO) antes e depois de 16 semanas de treinamento de força (TF). Foram avaliadas 17 mulheres pós-menopáusicas (idade média 57,2 ± 4,74 anos): 11 no grupo treinadas (GT) e 6 no grupo controle (GC). As voluntárias compareceram ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e realizaram o seguinte protocolo de teste: 20 minutos de repouso, coleta de sangue (níveis plasmáticos de nitritos e nitratos (NOx)) e aferição do FSA através da técnica de pletismografia de oclusão venosa em repouso e após o protocolo de exercício. O exercício consistiu de 5 segundos de contração e 5 segundos de relaxamento de preensão manual a 30 % da carga voluntária máxima (CVM) num total de 2 minutos. O TF consistiu de 8 exercícios envolvendo grandes grupos musculares, progredindo de 30 a 75% de 1RM. Para análise dos dados, foram realizados testes de normalidade de Shapiro-Wilk e a distribuição dos dados de composição corporal e de força (1RM) foi considerada normal enquanto os dados do FSA e da produção de NO não. Assim, para o efeito do TF na composição corporal e na força foi utilizado o teste t de Student pareado e para comparar os grupos teste t de Student independente. Para a comparação das alterações no FSA e na produção de NO (através dos níveis plasmáticos NOx) intragrupos foi utilizado o teste não paramétrico de Wilcoxon. Para avaliar as diferenças entre os grupos utilizou-se o teste não paramétrico Kruskall-Wallis seguido do procedimento de Dunn. Adotou-se como significância p<0,05. Os resultados estão expressos em média ± desvio padrão. O GC apresentou redução na massa muscular enquanto o GT apresentou aumento (21,24 ± 1,68 vs 20,60 ± 1,83 e 20,48 ± 2,52 vs 21 ± 2,66 kg, respectivamente). Não houve, porém, diferenças significativas entre os grupos. O GT aumentou a força máxima em todos os exercícios testados. O GT apresentou aumento no FSA pós-exercício, pré- e pós-treinamento (2,74 + 0,61 vs 3,98 + 1,81ml . 100ml-1 . min-1) e pós-treinamento, antes e após o exercício (2,37 + 1,03 vs 3,98 + 1,81 ml . 100ml-1 . min-1). O GC apresentou aumento no FSA após 16 semanas em repouso pré- e pós-treinamento (1,90 + 0,44 vs. 2,68 + 1,10 ml . 100ml-1 . min-1). O efeito do exercício após o treinamento e o efeito do treinamento após o exercício foram significativamente maiores somente no GT (0,23 ± 0,81 vs 1,62 ± 1,57 e -0,14 ± 1,30 vs 1,25 ± 1,88 ml . 100ml-1 . min-1, respectivamente). No período pré-treinamento houve um acréscimo significativo no NOx após o exercício nos dois grupos (GT: 1,65 ± 0,21 vs 2,02 ± 0,21 e GC: 1,61 + 0,13 vs 1,46 + 0,1 mmol . l-1), mas somente no GT houve redução significativa de NOx em repouso e após o exercício depois do treinamento (1,65 ± 0,21 vs 1,29 ± 0,1 e 2,02 ± 0,21 vs 1,55 ± 0,14 mmol . l-1, respectivamente). Concluímos que o treinamento de força sistêmico foi capaz de aumentar a massa, a força muscular e o FSA em resposta ao exercício apesar de a força no antebraço não ter sido alterada. Porém, o treinamento levou a uma redução na produção de NO. Palavras-chave: treinamento de força, mulheres pós-menopáusicas, massa muscular, força muscular, fluxo sangüíneo no antebraço, produção de NO. / The capacity to alter endothelium-dependent vascular function can be important for cardiovascular disease intervention or prevention. Physical exercise represents an important anti-atherogenic strategy because it can restore flow-dependent dilation. The aim of this study was to evaluate body composition (BC), muscular strength (MS), forearm blood flow (FBF), and nitric oxide production (NO), before and after 16 weeks strength training (ST). Seventeen post-menopausal women were evaluated (mean age = 57.2 ± 4.74 years) and divided as following: trained group (TG), n = 11; and control group (CG), n = 6. The volunteers were conducted to Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) and they were performed the following test protocol: 20 min rest, blood samples for nitrates e nitrites plasma levels (NOx), venous occlusion pletismography to FBF evaluation, and exercise protocol. The exercise consisted of 5 s contraction and 5 s rest handgrip at 30% of maximal voluntary workload (MVW) during 2 minutes. The ST consisted of 8 exercises for the main muscle groups, and it progressed from 30 to 75% of one maximal-repetition (1RM). Data analysis was made through Shapiro-Wilk for normality test. Body composition and muscular strength data were considered normal, but not the FBF and NO production. Thus, paired student t test was used to evaluate ST effect on body composition, and independent t test to compare groups. The intra-groups differences on the FBF and NO production were tested by Wilcoxon test, and intergroups by Kruskall-Wallis followed by Dunn’s procedure. The level of significance was considered p < 0.05. There were no differences for maximal strength between groups. The CG group presented muscle mass reduction while the GT group presented an increase (21.24 ± 1.68 vs 20.60 ± 1.83 e 20.48 ± 2.52 vs 21 ± 2.66, respectively). Maximal strength was increased at all exercises for TG group. The GT group increased the post-exercise FBF when the pre- and post-training levels were compared (2.74 + 0.61 vs 3.98 + 1.81ml . 100ml-1 . min-1), and the post-training FBF when before and after levels were compared (2.37 + 1.03 vs 3.98 + 1.81 ml . 100ml-1 . min-1). The CG increased rest FBF after 16 weeks training (1.90 + 0.44 vs. 2.68 + 1.10 ml . 100ml-1 . min-1). The post-training exercise effect and post-exercise training effect were increased for TG (0.23 ± 0.81 vs 1.62 ± 1.57 e -0.14 ± 1.30 vs 1.25 ± 1.88 ml . 100ml-1 . min-1, respectively). Both groups increased the after-exercise NOx at pre-training period (GT: 1.65 ± 0.21 vs 2.02 ± 0.21 e GC: 1.61 + 0.13 vs 1.46 + 0.1 mmol . l-1). After training, only TG had significant reduction of rest and after exercise NOx (1.65 ± 0.21 vs 1.29 ± 0.1 e 2.02 ± 0.21 vs 1.55 ± 0.14 mmol . l-1, respectively). We concluded that systemic strength training increased muscle mass, strength, and FBF exercise response despite forearm strength didn’t change. The strength training reduced NO production.
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Avaliação da adesão ao acompanhamento ambulatorial dos pacientes em profilaxia secundária da febre reumática no Hospital de Clínicas de Porto AlegreScheibel, Iloite Maria January 2001 (has links)
A Febre Reumática (FR) é uma doença com significativa prevalência na população de pacientes em idade escolar. Constitui-se na principal causa de cardiopatia crônica em adultos jovens em países em desenvolvimento. A prevenção é de fácil manejo terapêutico, embora com reduzido índice de adesão. Até o momento, a melhor forma de evitarmos as seqüelas cardíacas é através da identificação e tratamento precoces e a manutenção de uma adequada profilaxia secundária. São raras as publicações referentes ao acompanhamento da profilaxia secundária após a alta hospitalar. O objetivo deste trabalho é avaliar a adesão ao acompanhamento dos pacientes com FR internados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no período de janeiro de 1977 a junho de 1999. A coorte foi constituída de 112 indivíduos com FR que tinham indicação de retorno ao ambulatório após a alta. Quarenta pacientes (35,7%) foram atendidos no primeiro episódio de FR. A maioria apresentou seqüelas cardíacas (52,7%), ocorrendo registro de casos a partir de 8 anos de idade. As manifestações clínicas nos 40 pacientes atendidos no primeiro episódio de FR foram: 21 (52,5%) com cardite, 30 (75%) com artrite e 14 (35%) com coréia. Apenas 77 (68,7%) retornaram ao ambulatório após a alta e somente 13 (21% pelo método de Kaplan-Meier) mantiveram acompanhamento por no mínimo 5 anos. A idade menor ou igual a 16 anos foi fator preditivo de maior tempo de acompanhamento. Local de procedência, presença de seqüelas e renda familiar não mostraram associação significante. A interrupção do acompanhamento pela maioria dos pacientes e a verificação do pior prognóstico cardíaco nos pacientes com recidivas sugere a necessidade da adoção de um programa de orientação e busca para garantir a efetividade da profilaxia secundária. / Rheumatic Fever is a disease significantly prevalent in the school age population. It's the main cause of chronic cardiopathy in young adults. To date, the best way to avoid the cardiac sequela is by early identification and treatment of acute flares and adherence to secondary prophylaxis. Publications addressing adherence to the secondary prophylaxis after hospital discharge are rare. The goal of this work is the evaluation of compliance to ambulatory follow up of patients with RF admitted to a general care university hospital in Brazil during the period of January 1977 to June 1999. The cohort was constituted of 112 individuals that had recommendations for returning to the ambulatory care clinic after discharge. Forty patients (35,7%) were admitted during the first RF episode. Most patients presented cardiac sequelae (52,7%), with lesions occurring as early as 8 years old. The clinical manifestations in the 40 patients attended in the first RF episode were: carditis in 21 (52,5%), arthritis in 30 (75%) and chorea in 14 (35%). Only 77 (68,7%) patients returned to the ambulatory clinic, and 13 (21% if adjusted by Kaplan-Meier method ) were followed for at least 5 years. Age (less than 16) was predictive of longer follow-up time, but other variables, such as presence of cardiac sequelae and family income level, were not. Loss to follow-up in the majority of the patients and the fact that those with recurrence of acute disease have the worst cardiac prognosis suggest the necessity of an educational and retrieve program to guarantee the effectiveness of the secondary prophylaxis for RF.
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O efeito do exercício sobre os níveis de ansiedade, depressão e autoconceito dos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônicaGodoy, Rossane Frizzo de January 2000 (has links)
A reabilitação pulmonar interdisciplinar, tem sido a melhor alternativa de tratamento para os pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, DPOC. Este ensaio clínico estudou o efeito do exercício sobre os níveis de ansiedade, depressão e autoconceito de 30 pacientes com DPOC ( média de idade 63,66+11,62 ; 80% sexo masculino) Os pacientes participaram do estudo por 12 semanas e foram divididos aleatoriamente em dois grupos: o grupo experimental (G1) e o grupo controle (G2). Os pacientes de G1 (n=14) tiveram: 24 sessões de fisioterapia respiratória; 12 sessões de acompanhamento psicológico; 3 sessões de educação e 24 sessões de exercício. Os pacientes de G2 (n=16) tiveram: 24 sessões de fisioterapia respiratória; 12 sessões de acompanhamento psicológico e 3 sessões de educação. Este grupo não realizou as sessões de exercício. Antes e após a intervenção, os pacientes passaram por uma avaliação que incluía os seguintes instrumentos: BAI (Inventário de Beck de ansiedade); BDI (Inventário de Beck de depressão), ERA (Escala Reduzida de Autoconceito); Teste de 6 minutos de caminhada e '’The St. George’s Respiratory Questionnaire”. Ambos os grupos demonstraram diferença estatisticamente significante (p<0,05), incluindo diminuição da ansiedade e depressão, aumento do autoconceito, melhora no desempenho do teste de 6 minutos de caminhada e melhora na qualidade de vida. A análise estatística foi realizada através do teste t de student e do teste do Qui-quadrado. Não foram observadas diferenças significativas no tratamento entre os grupos. / Multidisciplinary pulmonary rehabilitation has been the most suitable treatment for chronic obstructive pulmonary disease, COPD. This clinical trial studied the effect of exercise on anxiety, depression and self-concept of 30 COPD patients. ( Mean age 63,66+11,62 ; 80% male). The participants of the trial were randomized in two groups: experimental group (G1) and control group (G2). Both groups underwent to a 12-weeks program of treatment. G1 group (n=14) recived: 24 sessions of physiotherapy; 12 psychological sessions; 3 educational sessions and 24 sessions of physical exercise. G2 group (n=16) performed: 24 sessions of physiotherapy; 12 psychological sessions and 3 educational sessions. G2 group did not receive sessions of physical exercise. All patients were evaluated at baseline and at completion of the rehabilitation program through five instruments: BAI (Beck Anxiety Inventory); BDI ( Beck Depression Inventory); ERA (Reduced Self-concept Scale); 6-minut walking distance and The St George’s Respiratory Questionnaire. Both groups demonstraded significantly statistical improvements (p< 0.05), including reduced anxiety and depression, improved self-concept, endurance and quality of life. The statistics analysis included student t test and Chi-Square test. There were nonsignificant differences between treatment groups.
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Estimativa de risco de câncer de mama, segundo o modelo de Gail, em uma população submetida a rastreamento mamográfico em Porto AlegreReyes, Vanessa Belo January 2009 (has links)
Introdução: No Sul do Brasil, o câncer de mama é a primeira causa de óbito por câncer em mulheres entre 30-69 anos de idade e se observam taxas crescentes de incidência e mortalidade pela doença. Vários modelos para estimativa do risco de desenvolver câncer de mama foram criados na Europa e América do Norte, sendo que um dos modelos mais utilizados é o de Gail. Este modelo foi validado na América do Norte, mas não há relatos publicados disponíveis nas principais bases de dados sobre a sua performance e sobre o comportamento de suas variáveis em mulheres na América Latina. No Brasil, relatos sobre o perfil de risco para câncer de mama em mulheres submetidas a rastreamento mamográfico são inexistentes. Materiais e métodos: Estudo transversal descritivo, em amostra não-selecionada de 3665 mulheres de 40 a 69 anos, sem câncer de mama e participantes de um programa de rastreamento mamográfico populacional na cidade de Porto Alegre, Sul do Brasil. Informações clínicas e radiológicas foram obtidas por revisão de prontuário e as estimativas de risco para câncer de mama foram calculadas utilizando o modelo de Gail (modelo de Gail versão 2). Resultados: A idade média da amostra de 3665 mulheres foi 51,2 anos e 81,2% autodenominaram-se brancas. As idades médias na menarca e nascimento do primeiro filho vivo foram 12,9 e 21,5 anos, respectivamente. Apenas 97 (2,6%) haviam realizado biópsia, e destas, apenas uma apresentou hiperplasia. História familiar de 1º grau de câncer de mama foi relatada por 4,5% das mulheres. As estimativas médias da amostra de desenvolver câncer de mama pelo modelo de Gail em 5 anos e até os 90 anos de idade foram 1.0% (range 0,4-4,8%; SD=0,4) e 7,9% (range 2,6-39,0%, SD=2,6), respectivamente. Utilizando o mesmo modelo, 6,7% das mulheres apresentaram risco estimado de desenvolver câncer de mama >= 1,67% em 5 anos. Não houve diferença estatisticamente significativa em relação à IMC (p=0,423) e BI-RADS (p=0,954). Entretanto, foi observado diferença estatisticamente significativa nesta estimativa em relação às diferentes categorias de densidade mamográfica; quanto maior o Gail vital, maior a densidade mamográfica (categorias A+B em relação às demais; p<0,001). Conclusões: A amostra estudada apresentou um risco estimado dentro do esperado para a população geral, de acordo com o esperado em outros países. Nenhum dos fatores de risco tradicionalmente incluídos no modelo de Gail foi muito prevalente. A validação deste modelo na América Latina deve ser realizada e talvez a inclusão de outras variáveis, como densidade mamográfica e IMC, pode melhorar sua acurácia. / Background: In southern Brazil, breast cancer is the main cause of death from cancer in women between the ages of 30 and 69 years; and increasing rates of incidence and mortality caused by this disease have been observed. Several models to estimate risk of developing breast cancer have been created in Europe and North America. The Gail model, one of the most frequently used methods, has been validated in North America, but no published reports are available in main databases about its performance and accuracy in Latin American women. In Brazil, there are no reports on the breast cancer risk profile of women submitted to mammographic screening. Methods: Cross-sectional descriptive study, in an unselected sample of 3,665 women aged 40-69 years, unaffected by breast cancer, and participating in a mammographic screening program in the city of Porto Alegre, southern Brazil an area with high breast cancer incidence and mortality rates. Clinical and radiological data were obtained by review of medical records and estimates of risk for breast cancer were calculated using the Gail model (version 2). Results: Mean age was 51.2 years and 81.2% of the women declared themselves as white. Mean ages of menarche and birth of the first live birth were 12.9 and 21.5 years, respectively. Only 97 (2.6%) of the women had been submitted to a breast biopsy, and only one was diagnosed with atypical hyperplasia. Breast cancer in first degree relatives was reported by 4.5%. Mean estimates for developing breast cancer were 1.0% (range: 0.4-4.8%; SD=0.4) and 7.9% (range 2.6-39.0%, SD=2.6) in 5 years and by age 90, respectively. A 5-year estimated breast cancer risk >= 1.67% was observed in 6.7% of the sample. No statistically significant difference of Gail vital was observed in relation to BMI (p=0.423) and BI-RADS (p=0.954). However, we observed a significant difference in this estimation with different categories of breast density, with higher risk estimates in women with higher breast densities (categories A+B in relation to others categories; p<0.001). Conclusions: The sample studied presented risk estimates within the expected range for the general population in other countries. None of the breast cancer risk factors traditionally included in the Gail model was overrepresented. A validation of this model in Latin America should be done, and maybe the addition of more variables, such as mammographic density and BMI, could improve its accuracy.
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Hemoglobina glicada (A1C) no diagnóstico do diabetes mellitusCavagnolli, Gabriela January 2009 (has links)
O diabetes mellitus (DM) é uma doença que está associada com aumento da morbidade, mortalidade e custos econômicos. O DM tipo 2 é a forma de diabetes mais comum, acometendo 85%-90% de todos os casos. O mau controle glicêmico é um fator determinante do desenvolvimento e progressão das complicações do DM. A hemoglobina glicada (A1C) se tornou a medida de referência para o controle de DM por mais de duas décadas. Existe um grande incentivo, tanto da perspectiva de saúde pública quanto da clínica, em detectar pessoas com risco futuro de desenvolver DM2, pois este é um forte fator de risco para doença cardiovascular. Também existem evidências que é possível prevenir ou retardar o DM nas pessoas com tolerância a glicose diminuída, desde que estes casos sejam identificados e tratados adequadamente. Os testes disponíveis hoje para o diagnóstico do DM, glicemia de jejum (GJ) e teste oral de tolerância à glicose (TOTG), carecem de sensibilidade e/ou especificidade. Recentes estudos têm evidenciado que a A1C pode ser uma nova ferramenta para diagnóstico do DM, sendo que diversos pontos de corte tem sido estudados. Maiores investigações para a validação do desempenho diagnóstico deste teste na predição do DM são necessárias para podermos utilizar esta ferramenta com segurança na triagem e diagnóstico do DM. / Diabetes mellitus (DM) is a disease associated with greater mortality and economical costs. Type 2 DM is the commonest form of DM, accounting for 85-90 % of its cases. Glycemic levels are a determinant factor for the development and progression of DM complications. Glycated hemoglobin (A1C) became the reference measure of glycemic control for more than two decades. There is a great incentive in detecting persons with future risk of developing DM, because this is a strong risk factor for cardiovascular disease. Also there are evidences that it is possible to prevent or to delay DM in persons with prediabetes, since identified and treated appropriately. Available tests for DM diagnosis, fasting glycemia (FG) and oral glucose tolerance test (OGTT), lack sensibility and/or specificity. Recent studies have shown that A1C can be a new tool for DM diagnosis and several cutoff points have been analyzed. However, the validation of this test as diagnostic modality to detect DM might be necessary in order to provide a useful tool for DM diagnosis.
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Avaliação da resposta terapêutica de um isolado murino de Schistosoma mansoni ao praziquantel: uma abordagem morfológica e biológica.Silva, Michele Costa da January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / O munícipio de Sumidouro é localizado na região serrana do estado do Rio de Janeiro, onde a
infecção por Schistosoma mansoni tem sido descrita em humanos e em roedores silvestres. A
população humana vem sendo submetida a sucessivos programas de controle desde a década
de 1950. Vários estudos indicam que o rato d’água (Nectomys squamipes) é um reservatório
natural de S. mansoni, a sua presença em localidades endêmicas, pode prejudicar os
programas de controle da esquistossomose. Em condições de laboratório, vermes adultos de S.
mansoni apresentam plasticidade fenotípica induzida por modificações no microambiente do
parasita, principalmente durante a primeira passagem em condições de laboratório. Em nosso
estudo, avaliamos o efeito do praziquantel (PZQ) no isolado R, isolado de N. squamipes
naturalmente infectados, provenientes de Sumidouro, utilizando parâmetros parasitológicos e
morfológicos. Os parâmetros parasitológicos (ovos eliminados nas fezes, a redução de vermes
adultos e o oograma) foram utilizados para avaliar os efeitos do PZQ no isolado R de S.
mansoni. Utilizamos também, um isolado de laboratório (isolado BH) como controle.
Camundongos infectados com 50 cercárias foram tratados por via oral com PZQ nas seguintes
dosagens: 62,5mg/kg (grupo 1), 125mg/kg (grupo 2), 250mg/kg (grupo 3) e 500mg/kg (grupo
4). Cada dose foi dividida em 3 dias (49, 50 e 51 dias pós-infecção). Os dados foram
analisados usando o teste estatístico ANOVA. Nos experimentos com o isolado R, não foram
observados ovos nas fezes com as doses 250mg/kg e 500mg/kg (p<0,05), enquanto a excreção
em BH chegou à zero com todas as doses. A redução da carga parasitária foi
significativamente maior (p<0,05) nas duas concentrações maiores testadas de PZQ,
independente do isolado. Com 62,5mg/kg, a porcentagem de ovos imaturos variou de 17%
(isolado R) à 38% (isolado BH). Na dosagem de 125mg/kg, a porcentagem de ovos imaturos
variou de 20% (isolado R) à 16% (isolado BH). Com 250mg/kg, a contagem de ovos imaturos
caiu significativamente à 1% (isolado R) e à 4% (isolado BH). Com 500mg/kg, não foram
encontrados ovos imaturos no isolado R, enquanto que em BH o valor era de 8%. Nenhuma
dosagem afetou, significativamente (p>0,05), a porcentagem de ovos maduros, independente
do isolado. Todos os grupos tratados apresentaram um grande aumento na quantidade de ovos
mortos, com diferenças significativas (p<0,001) de 62% e 64% nos grupos 3 e 4,
respectivamente (isolado R). A porcentagem de ovos mortos subiu de 34% (grupo 1) para
58% (grupo 3) no isolado BH. Embora o grupo 4 tenha mostrado um pequeno aumento na
porcentagem de ovos mortos (46%), foi significativamente maior (p<0,001) comparado com
os 8% do controle. Os helmintos machos do isolado R (grupos 3 e 4) apresentaram
diminuição dos tubérculos. Dos espécimes fêmeas analisados do isolado R, 44% (grupo 3)
não apresentaram ovo. O isolado BH, também apresentou diminuição de tubérculos nos
helmintos machos (grupos 3 e 4). Os lobos testiculares dos vermes dos grupos tratados
apresentaram área e comprimento menor em relação aos helmintos recuperados de
camundongos não tratados. Os nossos dados demonstram que o isolado silvestre testado é
susceptível ao PZQ. / Sumidouro municipality is a mountain region of the Rio de Janeiro state, where natural
schistosomiasis mansoni has been described in both human and water rat population. The
human population has been submitted to successive control programs since around 1955. A
number of studies suggest that water rat (Nectomys squamipes) is one natural reservoir of
Schistosoma mansoni, which may implicate as a confounding factor for control programs of
schistosomiasis. Under laboratory conditions, S. mansoni adult worms present phenotypic
plasticity induced by modifications in the parasite's microenvironment, mainly during the first
passage under laboratory conditions. In our study the effects of praziquantel (PZQ) were
evaluated on the isolate (R) first isolated from naturally-infected N. squamipes from
Sumidouro by parasitological and morphological parameters. The therapeutic effects of PZQ
against a S. mansoni isolate derived from N. squamipes (isolate R) and a susceptible isolate
(BH) were analyzed in Swiss mice by fecal egg counting, adult worm load and oogram
pattern. Infected mice were orally administrated with 62.5mg/kg; 125mg/kg 250mg/kg and
500mg/kg, each dose divided over 3 days (49, 50 and 51 days after infection). The data were
analyzed using one-way analysis of variance (ANOVA). In regard to isolate R, no fecal eggs
were observed with 250mg/kg and 500mg/kg (p < 0.05), whereas BH excretion reached zero
with all doses. Mean worm burden reduction was significantly (p < 0.05) higher at the two
highest concentrations tested of PZQ, regardless of isolate. At 62.5mg/kg, the percentage of
immature eggs varied from 17% (isolate R) to 38% (BH isolate). At 125mg/kg, the percentage
of immature eggs varied from 20% (isolate R) to 16% (isolate BH). At 250mg/kg, immature
eggs dropped significantly to 1% (isolate R) and 4% (isolate BH). At 500mg/kg, no immature
eggs were found in isolate R, whereas in BH was 8%. No dosage significantly (p > 0.05)
affected the percentage of mature eggs, regardless of isolate. There was a large increase in the
percentages of dead eggs in all treated groups with significant (p < 0.001) increases of 62%
and 64% in groups 3 and 4, respectively (isolate R). The percentage of dead eggs rose from
34% (group 1) to 58% (group 3) in isolate BH. Although group 4 showed lowest increase in
the percentage of dead eggs (46%), it was significantly higher (p < 0.001) compared to the 8%
in the control. Male worms from isolate R (groups 3 and 4) showed decrease of the tubercles.
In female worms from isolate R, 44% (group 3) showed no egg. The isolate BH also showed
decrease of the tubercles in male worms (groups 3 and 4). In general, morphometric values of
reproductive system (testicular lobes) specimens grown in treated mice were lower than those
of control mice. Our findings indicate that the wild isolate from N. squamipes is susceptible to
PZQ.
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Hanseníase : estudo epidemiológico e clínico dos casos ocorridos em menores de 15 anos no estado de Alagoas, no período de 1990-2007. / Hansen s disease : a clinical and epidemiological study in children under 15-years-old in Alagoas, during 1990-2007.Bastos, Raquel Patriota Cota 10 August 2010 (has links)
Hansen s disease is a milenar, contagious disease, with a high frequency of for
disability, which is still considered an important public health problem in Brazil. It
occurs mainly among adults and, when the occurrence is among under the age of 15
years it represents recent transmission and occult endemia. The objective of this
study is to describe the epidemiological and clinical profile of new cases of leprosy
among 15 year-old minors notified at the SESAU-AL during the period of 1990-2007.
This is a descriptive and sectional study; he data were collected using notification
files of the new cases of leprosy under 15 year-old minors during 1990-2007,
contained in SINAN s database. The same method was used to collect data of
general detection of leprosy, in the same period, to analyze the proportion of
leprosy s 15 year-old minor patients. The results of this study indicate that 8.9% of
the new cases of leprosy recorded in Alagoas during 1990-2007, occurred among 15
year-old minors. The epidemiological indicator reveals high endemia in this State and
hiperendemicity in some municipal districts. Operationally, the discovery of these
cases was predominantly by passive demand, the medical examination of the
household contacts was also regularly realized. The physical incapacity degree at
diagnosis was mostly zero (69.6%) and 3.8% of case present physical incapacity
degree was grade II. The occurrence of leprosy cases in this age group represents
an epidemiological indicator of great importance, suggesting the need for
reassessment of ongoing actions to control the disease. / A hanseníase é doença milenar, infectocontagiosa, com alto poder incapacitante,
que ainda continua sendo grave problema de Saúde Pública no Brasil. Acomete
principalmente a população adulta e, quando ocorre em menores de 15 anos, indica
transmissão recente e endemia oculta. O objetivo deste estudo é descrever o perfil
epidemiológico e clínico da ocorrência de casos novos de hanseníase em menores
de 15 anos notificados à SESAU-AL. Estudo descritivo e transversal; os dados foram
coletados por meio das fichas de notificação de casos novos de hanseníase em
menores de 15 anos durante o período de 1990-2007, contidas no banco de dados
do SINAN. Da mesma forma foram coletados dados quanto à detecção geral da
hanseníase nesse período, para se observar a proporção de pacientes de
hanseníase na faixa etária referida. Os resultados mostram que 8,9% dos casos
novos detectados de hanseníase em Alagoas, no período de 1990-2007, são em
menores de 15 anos. Os indicadores epidemiológicos apontam alta endemia no
estado e em alguns municípios com hiperendemicidade. Operacionalmente,
observa-se que as descobertas dos casos foi predominantemente de demanda
passiva, o exame de comunicantes intradomiciliares foi realizado regularmente
(58,4%). O grau de incapacidade física no diagnóstico foi, na maioria, igual a zero,
representando 69,60% e 3,8% dos casos apresentaram grau de incapacidade física
igual a II, nessa faixa etária. A ocorrência de casos de hanseníase, nessa faixa
etária, representa um indicador epidemiológico de grande relevância, sugerindo a
necessidade de reavaliação das ações em curso para o controle da doença.
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Hanseníase, risco e vulnerabilidade: perspectiva espaço-temporal e operacional de controle no Estado da Bahia, Brasil / Leprosy, risk and vulnerability: spatio-temporal and operational perspective of control in Bahia State, BrazilSouza, Eliana Amorim de 16 January 2017 (has links)
SOUZA, E. A. Hanseníase, risco e vulnerabilidade: perspectiva espaço-temporal e operacional de controle no Estado da Bahia, Brasil. 2017. 321 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017. / Submitted by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2017-01-20T13:04:04Z
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Previous issue date: 2017-01-16 / The control of leprosy remains over time and space as a great and complex challenge in Brazil. In areas of higher risk, the disease presents a focal occurrence. The State of Bahia is part of these areas or clusters of detection of the disease in the country, with parameters of high endemicity. Epidemiological and operational issues need to be deepened in the perspective of time and space. The objective of this study was to characterize the epidemiological and operational patterns of leprosy, as well as factors associated with its spatio-temporal distribution in the State of Bahia. This is an ecological study of a population-based spatial-temporal series using official morbidity and mortality data on leprosy. The 417 municipalities of the state and its nine health regions were used as units of analysis. The morbidity database encompassed all new cases residing in the State diagnosed between 2001-2014. For mortality, all deaths that had leprosy as a multiple cause and occurred in the period 1999-2014 were analyzed. The thesis was structured in four stages that comprised the methodological paths adopted: 1- Description of the epidemiological and operational indicators of control of leprosy, in addition to the temporal trend by regression Joinpoint; 2- Characterization of spatial patterns and spatiotemporal clusters of risk for detection, recent transmission and delayed diagnosis through spatial dependence analysis - Moran local and Getis-Ord Gi * indices and cluster recognition; 3- Characterization of spatiotemporal patterns and spatiotemporal agglomerates of high risk for mortality, related to leprosy, in addition to the potentially associated factors; 4- Recognition of the social and programmatic dimensions of vulnerability to occurrence of leprosy and integrated analysis of the potential determinants and social determinants for the different patterns of spatio-temporal distribution of morbimortality of the disease. A total of 40,054 cases of the disease were reported in 14 years, with a general detection coefficient of 20.41 / 100,000 inhabitants, 5.83 / 100.000 inhabitants for children and 5.7 / 100.000 for GIF 2, in the diagnosis of every 100,000 inhabitants. Over a period of 16 years, leprosy was recorded in 481 deaths (proportional mortality: 0.04%, 95% CI: 0.004-0.05), 188 (39.1%) as the underlying cause of death and 293 (60.9 %) As an associated cause. The mean annual number of deaths was 30 deaths per year (95% CI: 23.4-36.7), with a mean annual coefficient of 0.21 deaths / 100,000 inhabitants (95% CI: 0.13-0.29 ). The coefficient of detection of CN was significantly higher among those ≥70 years of age (RR: 8.45, 95% CI: 7.08-10.09), black (RR: 1.38, 95% CI: 1.33 (RR: 2.80, 95% CI: 2.50-3.13) and residence outside the state capital (RR: 1.72, 95% CI: 1.54 -1.92). The detection of CN with GIF 2 at diagnosis was significantly higher among men (RR: 2.4; 95% CI: 1.6-3.4). There was a trend of reduction in the General Annual Percent Change (AAPC) -0.4, 95% CI: -2.8 to 1.9), maintenance in children (AAPC 0.2, 95% CI: (AAPC 4.0, 95% CI: 1.3 to 6.8) and with multibacillary classification (AAPC 2.2, 95% CI: 0.9 to 4.5). , 1 to 4.3). Clusters were identified in the North, West and South-South regions of Bahia, with high coefficients, sustained at the time. Almost half of the registered contacts were not examined, while the cure rate in the cohort was 85%, the treatment withdrawal rate was 5.5%, and the relapse rate was 3.8%. There was a significant tendency to increase contacts examined and reduction of treatment abandonment, more significantly among women. Spatial analysis shows a large number of districts with poor performance of operational indicators, including the North and South-South regions. We highlight a large number of municipalities with poor or regular performance of health services to assess the degree of physical disability at the time of diagnosis. The evaluation of the GIF 2 indicator reveals low or average effectiveness of timely detection activities in a significant number of municipalities in Bahia. In addition to revealing possible hidden endemia. The 25 municipalities that make up the main clusters present social, demographic, economic, access and quality indicators of health services that point to different dimensions of social and programmatic vulnerability. The main clusters identified in the North and Far-South of the State bring together municipalities with high vulnerability. Leprosy-related deaths are associated with complications of leprosy reactions and adverse effects of therapy. As a conclusion, leprosy persists as a public health problem in the state of Bahia, over the course of the 16 years and must be maintained for decades, given the fragility of control actions. High endemicity, transmission / O controle da hanseníase mantém-se ao longo do tempo e do espaço como grande e complexo desafio no Brasil. Em áreas de maior risco, a doença apresenta caráter focal de ocorrência. O Estado da Bahia faz parte destas áreas ou clusters de detecção da doença no país, com parâmetros de alta endemicidade. Questões epidemiológicas e operacionais devem ser aprofundadas, na perspectiva do tempo e do espaço. Objetivou-se neste estudo caracterizar os padrões epidemiológicos e operacionais da hanseníase, bem como fatores associados à sua distribuição espaço-temporal no Estado da Bahia. Trata-se de estudo ecológico de série espaço-temporal, de base populacional, com utilização de dados oficiais de morbimortalidade relativos à hanseníase. Os 417 municípios do estado e suas nove regiões de saúde foram utilizados como unidades de análise. O banco de dados de morbidade englobou todos os casos novos residentes no Estado com diagnóstico entre 2001-2014. Para a mortalidade, todos os óbitos que tiveram a hanseníase como causa múltipla e ocorreram no período de 1999-2014 foram analisados. A tese foi estruturada em quatro etapas que compuseram os percursos metodológicos adotados: 1- Descrição dos indicadores epidemiológicos e operacionais de controle da hanseníase, além de tendência temporal por regressão Joinpoint; 2- Caracterização de padrões espaciais e de aglomerados espaço-temporais de risco para detecção, transmissão recente e diagnóstico tardio por meio de análise de dependência espacial - índices Moran local e Getis-Ord Gi* e de reconhecimento de clusters; 3- Caracterização dos padrões espaço-temporais e aglomerados espaço-temporais de elevado risco para mortalidade, relacionada à hanseníase, além dos fatores potencialmente associados; 4- Reconhecimento das dimensões social e programática da vulnerabilidade para ocorrência da hanseníase e análise integrada dos potenciais determinantes e condicionantes sociais, para os diferentes padrões de distribuição espaço-temporal da morbimortalidade da doença. Foram notificados em 14 anos 40.054 casos da doença, com coeficiente de detecção geral de 20,41/100.000 habitantes, 5,83/100.000 habitantes para crianças e 5,7/100.000 para GIF 2, no diagnóstico de cada 100.000 habitantes. Ao longo de 16 anos, a hanseníase foi registrada em 481 óbitos (mortalidade proporcional: 0,04%; IC95%: 0,004-0,05), 188 (39,1%) como causa básica de morte e 293 (60,9%) como causa associada. O número médio anual de mortes foi de 30 óbitos por ano (IC 95%: 23,4-36,7), com coeficiente médio anual de 0,21 óbitos/100.000 habitantes (IC 95%: 0,13-0,29). O coeficiente de detecção de CN foi significativamente maior entre aqueles ≥70 anos de idade (RR: 8,45; IC95%: 7,08-10,09), negros (RR: 1,38; IC 95%: 1,33-1,43), residentes em cidade de médio porte (RR: 2,80; IC95%: 2,50-3,13) e residência fora da capital do estado (RR: 1,72; IC95%: 1,54-1,92). A detecção de CN com GIF 2 no diagnóstico foi significativamente maior entre homens (RR: 2,4; IC 95%: 1,6-3,4). Verificou-se tendência de redução no coeficiente de detecção geral (Average Annual Percent Change [AAPC] -0,4; IC95%: -2,8 a 1,9), manutenção em crianças (AAPC 0,2; IC95%: -3,9 a 4,5), além de aumento para casos com GIF 2 no diagnóstico (AAPC 4,0; IC95%: 1,3 a 6,8) e com classificação multibacilares (AAPC 2,2; IC95%: 0,1 a 4,3). Foram identificados clusters nas regiões Norte, Oeste e Extremo-Sul da Bahia, com elevados coeficientes, sustentados ao logo do tempo. Quase metade dos contatos registrados não foi examinada, enquanto a proporção de cura na coorte foi de 85%, a de abandono de tratamento de 5,5% e a de recidiva de 3,8%. Houve tendência significativa de aumento de contatos examinados e redução de abandono de tratamento, de forma mais expressiva entre as mulheres. Análise espacial demonstra grande número de municípios com desempenho insatisfatório dos indicadores operacionais, incluindo as regiões Norte e Extremo-Sul. Destaca-se número grande de municípios com desempenho ruim ou regular dos serviços de saúde para avaliação do grau de incapacidade física, no momento do diagnóstico. A avaliação do indicador de GIF 2 revela baixa ou média efetividade das atividades de detecção oportuna, em número expressivo de municípios baianos. Além de revelar possível endemia oculta. Os 25 municípios que compõem os principais clusters apresentam indicadores sociais, demográficos, econômicos, de acesso e qualidade de serviços de saúde que apontam para diferentes dimensões de vulnerabilidade social e programática. Os principais clusters identificados ao Norte e Extremo-Sul do Estado reúnem municípios com elevada vulnerabilidade. As mortes relacionadas à hanseníase estão associadas a complicações de reações hansênicas e efeitos adversos da terapêutica. Como conclusão, a hanseníase persiste como um problema de saúde pública no Estado da Bahia, ao longo dos 16 anos e deve se manter assim por décadas, tendo em vista a fragilidade das ações de controle. Alta endemicidade, transmissão ativa, diagnóstico tardio, provável endemia oculta e morte relacionadas à hanseníase compõem este quadro. Evidências de padrões desiguais de morbimortalidade no espaço e no tempo, aliadas ao reconhecimento de sobreposição de clusters de diferentes indicadores, reforçam a existência de áreas prioritárias. O enfrentamento da hanseníase no Estado passa pela ampliação da cobertura e qualificação das ações de controle, em especial a abordagem de contatos. A integração de elementos de vulnerabilidades às agendas de enfrentamento para superação dos determinantes sociais da doença deve ser foco dos programas
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Estudo evolutivo da massa óssea de mulheres normais na transição para a menopausaKrahe, Cláudio January 2000 (has links)
Objetivos: avaliar a variação da densidade mineral óssea e os fatores que nela possam ter influído, em uma coorte de mulheres sadias, na transição para a menopausa, examinadas em 1994 e 1998. Modelo: estudo longitudinal observacional de uma coorte de pacientes, em que se aferiram simultaneamente vários fatores que podem estar associados a modificações da densidade mineral óssea. Local: clínica privada do autor. Amostra: 56 mulheres brancas, com idade entre 44 e 54 anos. Medidas de avaliação: Inquérito alimentar de quatro dias, avaliação de atividade fisica, do hábito de fumar, da ingestão de álcool. Determinação da densitometria óssea da coluna e fêmur. Avaliações hormonais de estradiol, SHBG, FSH, testosterona total, SDHEA, T4, TSH. e PTH e bioquímicas de cálcio, cálcio iônico, creatinina e fosfatase alcalina no sangue. Avaliação de cálcio e creatinina na urina de 24 horas e de 2 horas. Determinação de marcadores ósseos: do índice de excreção de cálcio, fosfatase alcalina óssea específica, NTX, DPD e Osteocalcina. Resultados: de 1994 a 1998 observaram-se as seguintes alterações significativas: aumento do peso e do IMC, diminuição da altura, diminuição da ingestão de cafeína e vitamina D; aumento do FSH. Ocorreu diminuição da densidade mineral óssea (DMO) em L2-L4 (-1,46% ; P=0,005), mas aumento no colo do remur (1,48% ; P=0,04) e no trocânter (2,35%; P<0,001). Na análise de regressão múltipla, a diminuição da DMO em L2-L4 associou-se significativamente a AFSH (P=0,004), aos níveis de osteocalcina (P=0,002) e à presença de osteopenia em 1994, mesmo controlando por diferença de peso e idade. O aumento de DMO no colo do remur, associou-se a ingestão de vitamina D em 1994, (P=0,007) e de vitamina B12 em 1998 (P=0,028), à prática de exercício em 1994 (P=0,023) e aos níveis de osteocalcina (0,032), também controlando para diferença de peso e idade. No grande trocânter, o aumento de DMO associou-se com a ingestão de magnésio em 1994 (P=0,041 ), de vitamina C em 1998 (P=0,034) controlando para a diferença de peso (P=0,001) e idade. Avaliando as variações individuais da DMO pelo critério da variação individual mínima significante (VMS) verifica-se que, 24 mulheres (43%) perderam DMO em L2-L4, no restante ficou inalterada ou aumentou. No colo do :Iemur, a DMO aumentou em 18 mulheres (32%) e no restante ficou inalterada ou diminuiu. Na região do grande trocânter, a DMO aumentou em 11 mulheres (19%) e no restante ficou inalterada ou diminuiu. As mulheres que perderam DMO na coluna diferiram das demais na AFSH (P=0,045), nos níveis de FSH em 1998 (P=0,012)e de osteocalcina (0,002), no índice de excreção de cálcio (P=0,024) e na LliMC (P=0,042). As pacientes com ganho de DMO no colo do :Iemur diferiram das demais na ingestão de vitaminas D em 1994 (P=0,047) e B12 em 1998 (P=0,004), na prática de exercício em 1994 (P=O,Ol1) e em 1998 (P=0,004) bem como no níveis de osteocalcina (P=0,022). As pacientes que ganharam DMO no grande trocânter diferiram das demais na ingestão de magnésio em 1998 (P=0,025) e de vitamina Bl2 em 1998 (P=0,019), nos níveis de osteocalcina (P<0,001), e nas variações de peso (P=0,047) e do IMC (P=0,036). Conclusões: mulheres normais na transição para a menopausa podem perder massa óssea na coluna não obstante a recomendação de hábitos saudáveis de melhor alimentação, de mais exercício e reposição hormonal. O aumento de FSH, refletindo diminuição da função ovariana e, da osteocalcina sinalizando o aumento do metabolismo ósseo podem ser utilizados como um indicativo de risco de perda óssea na coluna. Apesar das alterações hormonais, a massa óssea pode aumentar no remur, provavelmente decorrente de hábitos saudáveis de alimentação, atividade fisica e de ganho de peso. / Objectives: to assess the variation of bone mineral density and the factors that might have in:fluenced it, in a cohort of healthy perimenopausal women examined between 1994 and 1998. Model: longitudinal observational trial with simultaneous assessment of severa! factors that could be associated to changes in bone mineral density. Site: author' s private clinic. Sample: 56 caucasian women with ages between 44 and 54 years. Variables evaluated: Four-day food intake inquiry, assessment of physical activity, smoking habit, alcohol intake. Determination of spine and femur bone densitometry. Hormonal assessment of estradiol, SHBG, FSH, total testosterone, SDHEA, T4, TSH and PTH and blood chemistry of calcium, ionic calcium, creatinine and alcaline phosphatase. Measurements of 2 hour and 24 hours urine calcium and creatinine. Determination of bone markers of calcium excretion rate, bone specific alkalina phosphatase, NTX, DPD and osteocalcin. Results: from 1994 to 1998 this group of women changed significantly in the following aspects: increase in weight and in the BMI, decrease of height. Decreased caffeine and vitamin D intake. Their FSH leveis increased. The Bone Mineral Density (BMD) at L2-L4 decreased (-1.46%; P=0.005), however the femoral neck BMD (1.48%; p=0,04) as well as the great trochanter BMD (2.35o/o; P<0.001) increased. Multiple regression analysis showed that the decrease in L2-L4 BMD was associated to MSH (P=0.004), osteocalcin (P=0.002) and to the presence of osteopenia in 1994, even after corrections for differences in weight and age. At the femoral neck the increase in BMD was associated to vitamin D intake in 1994, (P=O. 007) and to vitamin B 12 intake of 1998 (P=0.028); to the exercise habit in 1994 (P=0.023) and to the leveis of osteocalcin (0.032), even when controlled for weight and age differences. At the great trochanter, the increase in BMD was associated to magnesium intake in 1994 (P=O. 041) and to vitamin C intake in 1998 (P=0.034), ali controlled for weight and age changes. Individual BMD variations assessed by the least individual significant variation (LSV) method showed that 24 patients ( 4 3%) lost BMD at L2 - L4, the remaining did not change o r showed increases in the BMD. At the femoral neck, the BMD increased in 18 (32%), the others remained stable or decreased the BMD. At the great trochanter BMD increased in 11 (19%) the others remained stable or decreased the BMD. The women that lost BMD at the lumbar spine had higher increases in Ll FSH (P=0,045), in the leveis of FSH 98 (P=0.012) and osteocalcin (0.002) and in the calcium excretion rate (P=0.024), as well as greater Ll BMI (P=0,042) comparing to the ones that did not lose. The women that gained BMD at the femoral neck had greater vitamin D intake in 1994 (P= 0.047), vitamin B12 intak:e in 1998 (P= 0.004), practiced more exercise in 1994 (P=0.011) and in 1998 (P=0.011) and had lower leveis of osteocalcin (P= 0.022) than the ones that did not gaine BMD. The women that gained BMD at the great trochanter presented differences in magnesium intake in 1998 (P= O. 025), vitamin B 12 intake in 1998 (P= 0.019) lower leveis of osteocalcin (P<0.001), and differences in Ll weight (P=0.047) e Ll BMI (P=0.036). Conclusions: normal women in the transition towards the menopause may lose bone mass at the lumbar spine, despite the adoption of healthy habits, better nutrition, more exercise and honnone replacement. The increase in the leveis of FSH reflecting the decrease in the ovarian function, and of osteocalcin, reflecting the increase in bone metabolism may be used as indicators for the risk of spinal bone loss. Despite the honnonal changes, the femoral bone mass may increase in some women probably related to healthy nutritional habits, physical activity and to the weight gain.
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Efeitos do treinamento aeróbio, em hidroginática, na reatividade vascular de homens obesosVeiga, Alessandra Dalla Rosa da January 2008 (has links)
O objetivo do presente estudo foi verificar o efeito de um treinamento aeróbio em hidroginástica na reatividade vascular de homens obesos. Vinte e sete homens, com IMC acima de 30, com média de idade = 42 anos, fizeram parte da amostra deste estudo, onde foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um grupo controle (GC), que não realizou treinamento (inativo) com N=14, e outro grupo intervenção (GI), que participou do treinamento, 3 vezes/semana, durante 12 semanas, com N=13. Todos os voluntários participaram de 4 sessões: 1) sessão de avaliação para caracterização da amostra (anamnese, massa corporal, estatura, % de gordura, IMC, pressão arterial, freqüência cardíaca de repouso); 2) uma sessão para avaliar a capacidade cardiorrespiratória através de um teste de esforço progressivo até exaustão; 3) uma sessão de avaliação do perfil bioquímico (PCR, plaquetas, glicose, colesterol total, HDL-C, LDL-C e triglicerídeos) e, 4) uma sessão para avaliar a função vascular da artéria braquial em quatro protocolos (repouso, hiperemia reativa, handgrip e vasodilatador sublingual) através de Eco-doppler. O GI participou durante 12 semanas de um treinamento aeróbio em hidroginástica, com intensidade entre 50% à 80% da FC de reserva, este treinamento seguiu uma periodização linear. Para análise estatística foi utilizado o procedimento MIXED, do software estatístico SAS, usando a teoria de modelos mistos para medidas repetidas e as estruturas de matrizes de variância e covariâncias, tendo como o critério de informação o de Akaike. Foi encontrada diferença significativa entre os grupos (GC e GI), para as variáveis de PAS, % de gordura e LDL-C. Sendo que, o GI apresentou uma redução significativa, quando comparado com o GC, antes e depois do período de treinamento. Conclui-se a partir dos resultados obtidos no presente estudo, que, o treinamento aeróbio em hidroginástica: melhora o perfil lipídico; reduz a massa corporal; reduz o % de gordura; os níveis dos marcadores inflamatórios, bem como reduz a PAS em sujeitos obesos, auxiliando na prevenção de eventos cardiovasculares. / The aim of this study was to verify the effect of a water hydrogymnasctics aerobic training in vascular reactivity in obese male. Twenty-seven men, with BMI over 30, were part of the sample, where they were randomly divided into two groups: a Control Group (CG), which did not trained (inactive) with N=14, and another intervention group (IG), which took part in the training for 12 weeks, with N=13. Data collection consisted in an evaluation protocol applied before and after the aerobic training. This protocol was structured into four sessions, in which all voluntaries took part: 1) an evaluation session to characterize the sample (anamnesis, body mass, height, percentage of fat, BMI, blood pressure, heart frequency in rest); 2) a session to evaluate cardio respiratory capacity through and effort test (exhausting time); 3) a session to evaluate the biochemical profile (PCR, plaquelet, glucose, total cholesterol, HDL-C, LDL-C and triglycerides) and; 4) a session to evaluate the vascular function of the brachial artery in four protocols (rest, reactive hyperemia, handgrip and sublingual vasodilatation) through an Eco-Doppler. For 12 weeks the IG took part in a water hydrogymnasctics aerobic training, with intensity from 50% to 80% of FC de reserve, this training followed a linear periodization. For the statistic analysis of this study, the MIXED procedure was used, from SAS statistic software, using the mix model theory for repeated measures and the structure of variances and co-variances matrix, having Akaike's information criterion. Significant differences between the two groups (CG and IG) regarding SBP variables, percentage of fat and LDL-C were found. The IG group presented a significant reduction, compared to the CG, before and after the training. The vascular function variable did not present significant differences between the groups. It can be concluded, from the results obtained in this study, that water gym aerobic training improves lipid profile, reduces percentage of fat; and reduces SBP in obese subjects, helping in the prevention of cardiovascular events.
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