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Prematuros de muito baixo peso ao nascer: um estudo sobre seu desenvolvimento cognitivo na idade escolar e fatores associadosRodrigues, Maura Calixto Cecherelli de January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / As crianças nascidas prematuras de muito baixo peso apresentam maior incidência de
alterações cognitivas na idade escolar quando comparadas aos nascidos a termo, as
quais se estendem à adolescência e ao adulto jovem, podendo comprometer sua
realização acadêmica, qualidade de vida e inclusão social e onerando o estado e a
sociedade. Fatores sócio-econômicos também são reconhecidamente capazes de afetar
adversamente o desenvolvimento intelectual infantil em nascidos em quaisquer idades
gestacionais.
O presente estudo objetiva investigar em uma população de crianças nascidas pré-termo
e com peso inferior a 1500g e desfavorecidas sócio-economicamente, quais aspectos
biológicos e sócio-econômicos se associam à alteração cognitiva. Pretende-se, assim,
também verificar o desenvolvimento cognitivo à idade escolar desta coorte.
Partindo-se do pressuposto de que fatores bio lógicos e ambientais são capazes de
influenciar o desenvolvimento cognitivo ao longo da vida destas crianças, agindo
muitas vezes simultaneamente, se inter-relacionando e se relacionando direta ou
indiretamente ao desfecho (alteração cognitiva), uma coorte de 65 crianças foi
acompanhada longitudinalmente e avaliada cognitivamente na idade entre 6 e 8 anos
através da Escala de Inteligência Wechsler para Crianças-Terceira Edição.
Um modelo de análise hierarquizado foi escolhido para investigar a associação entre
fatores de risco biológicos e sócio -econômicos e o desfecho (alteração cognitiva). Estes
fatores foram agrupados em níveis de influência: distal, intermediário I e II e proximal,
de acordo com a plausibilidade biológica e resultados observados na literatura.
Foi proposto e construído um modelo teórico de fatores de risco para alteração cognitiva
nesta população de alto risco e, em seguida, este modelo foi aplicado a esta população.
Os resultados mostraram a escolaridade materna, o número de consultas realizadas pela
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mãe no pré-natal e o sexo masculino associados significativamente ao desfecho
(alteração cognitiva). O tempo de amamentação apresentou significância estatística
limítrofe e variáveis biológicas como a displasia broncopulmonar e a hemorragia
intracraniana perderam sua significância ao longo do modelo hierarquizado.
Sugere-se maior atenção a estes aspectos que se mostraram significativamente
associados à alteração cognitiva nesta coorte de prematuros de muito baixo peso ao
nascer em idade escolar desde a internação em unidade neonatal até o seguimento
ambulatorial destas crianças, tentando-se atuar multiprofissionalmente e com apoio
adequado de políticas públicas de saúde, tanto preventivamente quanto tratando o mais
precocemente possível. / Children born prematurely with very low birthweight have a higher incidence of
cognitive impairment at school age compared to those born at term which extends
through adolescence and young adulthood, and may compromise their academic
achievement, quality of life and social inclusion and onerating the State and society.
Socioeconomic factors are also known to be able to adversely affect the intellectual
development in children born at any gestational age.
This study aims to investigate in a population of very low birth weight preterm children
and socioeconomically disadvantaged, which aspects of biological and socioeconomic
factors are associated with cognitive impairment at school age. Therefore it is also
intended check the cognitive development of this cohort.
Starting from the assumption that biological and environmental factors can influence
cognitive development over the life of these children, and most of the time they can act
simultaneously being inter-related and related directly or indirectly to the outcome
(cognitive impairment), a cohort of 65 children were followed longitudinally and
assessed cognitively at age between 6 and 8 years old through the Wechsler Intelligence
Scale for Children-Third Edition.
A hierarchical model of analysis was chosen to investigate the association between
biological risk factors and socioeconomic factors and the outcome (cognitive
impairment). These factors were grouped into levels of influence: distal, intermediate I
and II, proximal according to the biologica l plausibility and results in the literature.
A theoretical model of risk factors for cognitive impairment in this high risk population
was proposed and built and then this model has been applied to this population.
The results showed the maternal educat ion, number of visits by the mother during the
prenatal and male sex were significantly associated with the outcome (cognitive
impairment). The duration of breastfeeding showed borderline statistical significance
and biological variables such as bronchopulmonary dysplasia and intracranial
hemorrhage have lost their significance over the hierarchical model.
More attention is suggested to these aspects that were significantly associated with
cognitive impairment at school age in this cohort of very low birthweight preterm
children since admission to the neonatal unit until the follow-up of these children, trying
to work with a multi-professional team and appropriate public health policies support,
both preventive and treating children as early as possible.
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Análise de acurácia de diferentes escores de morbimortalidade para pretermos abaixo de 1000gGenu, Daniel Hilário Santos January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / INTRODUÇÃO: Atualmente, cada vez maior é o interesse por indicadores para a
avaliação de risco de óbito de RNs, principalmente em prematuros. Entretanto,
escores como CRIB, CRIB II e SNAPPE II, e outros marcadores como a
Troponina Cardíaca ainda não podem ser considerados como bons preditores
para essa população.
OBJETIVO: Determinar a acurácia de diferentes escores (CRIB, CRIB II e
SNAPPE II) e da Troponina Cardíaca como marcadores de mortalidade e
sobrevida com sequelas em RNs com peso de nascimento menor de 1000g.
MATERIAL E MÉTODOS: Foram incluídos no estudo todos os RNs com peso de
nascimento inferior a 1000g nascidos e admitidos na UTIN da Clínica Perinatal de
Laranjeiras e do Instituto Fernandes Figueira/FIOCRUZ, no período maio de 2006
a maio de 2011. Foi realizada uma coleta de dados retrospectiva dos dados da
gestação, do parto e do nascimento, e da internação até a Alta ou Óbito. Foram
realizados testes estatísticos para diferenças de médias (teste t de Student) e de
proporções (Qui-quadrado), medidas das áreas abaixo das Curvas ROC (Az) dos
escores e Análise de Regressão Logística.
RESULTADOS: Os escores CRIB, CRIB II e SNAPPE II são bons preditores de
mortalidade em menores de 1000g (Az 0,815; 0,835; 0,834 p-valor<0,001).
Contudo, apenas os escores CRIB II e SNAPPE II são bons preditores de
sobrevida sem sequelas (Az 0,709 e 0,737 p-valor<0,001). A Troponina Cardíaca
positiva aumenta em três vezes o risco de óbito neonatal (OR: 3,15 p-valor: 0,017)
e apresentou associação com acidose metabólica (OR: 2,88 p-valor: 0,02),
APGAR 5º minuto menor que 7 (OR: 10,06 p-valor: 0,01), PCA (OR: 4,23 p-valor:
0,005) e HIC Graus III e IV (OR: 4,56 p-valor: 0,034). No Modelo de Regressão
Logística, observou-se que Sepse Neonatal comprovada (OR: 11,96 p-valor:
0,008), Enterocolite Necrosante (OR: 14,07 p-valor: 0,006) e Hemorragia
Intracraniana (OR: 7,95 p-valor: 0,003) aumentam a chance de o RN evoluir ao
óbito. Observou-se também que os RNs pequenos para a idade gestacional (OR:
12,35 p-valor: 0,036), do sexo masculino (OR: 8,19 p-valor: 0,005) ou que
necessitaram de mais que duas doses de Surfactante exógeno (OR: 8,73 p-valor:
0,012) tiveram mais chance de sobreviver com sequelas. Na Análise de
Regressão Logística, apenas o SNAPPE II apresentou associação com os
desfechos estudados.
CONCLUSÃO: Os escores CRIB, CRIB II e SNAPPE II são bons preditores de
mortalidade, e CRIB II e SNAPPE II também se revelaram bons preditores de
sobrevida com sequelas. Após a Análise de Regressão Logística, apenas o
SNAPPE II demonstrou ter associação com ambos desfechos, sendo considerado
o melhor marcador de mortalidade e sobrevida com sequelas para a população de
RNs com peso de nascimento menor de 1000g. / BACKGROUND: Currently, there is an increasing interest in identify indicators for
assessing risk of death in newborns, especially premature infants. Despite known
scores as CRIB, CRIB II and SNAPPE II, and anothers as cardiac troponin, none
of them are considered as good preditors for this population.
OBJECTIVE: To determine the accuracy of different scores (CRIB, CRIB
SNAPPE II and II) and cardiac troponin as markers of mortality and survival with
sequelae in newborns with birth weight under 1000g.
MATERIALS AND METHODS: The study included all newborns with birth weight
less than 1000g born and admitted to the NICU Perinatal Laranjeiras Clinic and
the Fernandes Figueira Institute / FIOCRUZ in the period May 2006 to May 2011.
We performed a retrospective data collection of the data of pregnancy, labor and
birth, and hospitalization until discharge or death. Statistical tests were performed
for differences in means (t-test), and proportions (chi-square test), measuring of
area under the ROC curve (AUC) of scores and logistic regression analysis.
RESULTS: Scores CRIB, CRIB II and SNAPPE II are good predictors of mortality
in newborns under birth weight under 1000g (AUC 0,815 and 0,835 and 0,834 pvalor<
0,001). However, only the scores SNAPPE II and CRIB II were good
performances as predictors of survival with sequelae in our samples (AUC 0,709
and 0,737 p-valor<0,001). Cardiac Troponin positive increases at three times the
risk of neonatal death (OR: 3,15 p-valor: 0,017) and was associated with metabolic
acidosis (OR: 2,88 p-valor: 0,02), five-minute Apgar score of less than 7 (OR:
10,06 p-valor: 0,01), PDA (OR: 4,23 p-valor: 0,005) and HIC Grades III and IV
(OR: 4,56 p-valor: 0,034). In the Logistic Regression Model, it was observed that
proven neonatal sepsis (OR = 11.96 p-value: 0.008), necrotizing enterocolitis (OR
= 14.07 p-value: 0.006) and intracranial hemorrhage (OR: 7.95 p -value: 0.003)
increases the chance of an infant death evolve. It was also observed that the
newborns small for gestational age (OR = 12.35 p-value: 0.036), male (OR: 8.19
p-value: 0.005) or who required more than two doses of surfactant exogenous
(OR: 8.73 p-value: 0.012) were more likely to survive with sequelae. After logistic
regression analysis, only SNAPPE II was associated with the outcomes studied.
CONCLUSION: The scores CRIB, CRIB II and II SNAPPE are good predictors of
mortality, and CRIB II and II SNAPPE also proved good predictors of survival with
sequelae. After logistic regression analysis, only the SNAPPE II demonstrated
good association with both outcomes being considered the best marker of
mortality and survival with consequences for the population of newborns with birth
weight under 1000g.
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Recém-nascidos prematuros de muito baixo peso : acompanhamento do crescimento nos primeiros doze meses de idade corrigidaOliveira, Mariana Gonzales de January 2007 (has links)
Objetivo: descrever o crescimento de recém-nascidos prematuros de muito baixo peso (MBP) até os 12 meses de idade corrigida. Pacientes e métodos: um estudo de coorte incluindo todos os recém-nascidos com peso de nascimento abaixo de 1500 gramas que receberam alta hospitalar e foram acompanhados até os 12 meses de idade corrigida. O crescimento foi registrado nas consultas de seguimento com 40 semanas, 6 meses e 12 meses de idade corrigida. Foi considerado como recuperação do crescimento (catch-up) em peso e comprimento quando as medidas atingiram valores ≥ a -2 desvios padrões (DP) das curvas de crescimento da Organização Mundial de Saúde (OMS). Para o perímetro cefálico foi empregada a curva do National Center for Health Statistics (NCHS). Após serem classificados como tendo crescimento normal (≥ -2 DP) ou subnormal (< -2 DP) em relação ao peso, comprimento e perímetro cefálico, os grupos foram comparados em relação a fatores neonatais e pós-natais para o crescimento.Resultados: durante o período de estudo, 193 recém-nascidos de muito baixo peso (RNMBP) foram admitidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre; 51 morreram antes de receberem alta, 13 não concordaram em participar do estudo, 8 compareceram a menos de 3 visitas , 3 apresentaram malformações maiores e 3 pacientes não completaram um ano de idade corrigida. Foram incluídos 115 pacientes; 5 evoluíram a óbito nos primeiros seis meses de seguimento. Nas 40 semanas de idade corrigida, 63 (57,8%) pacientes atingiram recuperação de crescimento (catch-up) em peso e 55 (50,9%) em comprimento. Com 6 meses de idade corrigida, 88 (82,2%) atingiram catch-up para peso e 86 (86,9%) para comprimento e com 1 ano de idade corrigida, 92 (92%) atingiram catch-up em peso e 86 (86,9%) em comprimento. O catch-up para perímetro cefálico foi alcançado em 100 (93,4%), 92 (85,9%) e 85 (85%) dos pacientes com 40 semanas, 6 meses e 12 meses de idade corrigida, respectivamente. Aos 12 meses de idade corrigida, o peso abaixo do normal estava relacionado a maiores valores de escore SNAPPE-II (p=0,046) e à presença de leucomalácia periventricular (LPV) durante o período neonatal (p=0,003). O comprimento subnormal relacionou-se ao maior tempo para atingir a dieta enteral plena na UTI neonatal (p=0,037), menor nível de educação materna (p=0,018) e com LPV (p=0,003). O crescimento subnormal do perímetro cefálico relacionou-se com escore maior de SNAPPE-II (p= 0,004), LPV (p=0,005) e maior tempo para atingir a dieta enteral plena durante a internação (p=0,044). Conclusões: o catch-up de crescimento pode ser considerado elevado aos 12 meses de idade corrigida em RN prematuros de MBP. Pacientes com SNAPPE-II mais elevado apresentam maior dificuldade de atingir crescimento satisfatório. A LPV é prejudicial a todos os aspectos do crescimento. / Objective. To describe growth achievements of very low birth weight (VLBW) infants born in south Brazil until 12 months corrected age (CA). Patients and Methods. A cohort including all infants weighing ‹ 1500 g surviving hospital discharge was followed up until 12 months corrected age (CA). Growth was recorded at 40 weeks, 6 months and 12 months CA. Catch-up was achieved if the measures were ≥ -2 SD of World Health Organization (WHO) growth charts. Catch-up in head circumference was evaluated using National Center for Health Statistics (NCHS) curves. After being classified as normal (≥ -2SD) or subnormal (‹ -2 SD) groups were compared in relation to neonatal and postnatal factors for growth failure. Results. 193 VLBW infants were born at Hospital de Clínicas de Porto Alegre. At 40 weeks CA, 57.8% patients achieved catch-up in weight and 50,9% in length. At 6 months CA, 82,2% for weight and length and at 1 year CA, 92% achieved catch-up in weight and 86,9% in length. Catch-up growth for head circumference was achieved for 93,4%, 85,9% and 85% patients at 40 weeks, 6 months and 12 months CA, respectively. At twelve months CA, subnormal weight was related to higher SNAPPE-II (p=0,046) and periventricular leukomalacia (PVL) (p=0,003). Subnormal length was related to a longer time to achieve full enteral nutrition at the NICU (p=0,037), lower maternal education (p=0,018) and PVL (p=0,003). Subnormal growth in head circumference was related to PVL (p=0,005), higher SNAPPE-II (p=0,004) and a longer time to achieve full enteral nutrition at the NICU (p=0,044). Conclusions. Catch-up growth after hospital discharge was high at 12 months CA. Patients with higher SNAPPE-II had more difficulty to achieve catch-up growth in weight. PVL is deleterial for all aspects of growth during the first year of life. Very low birth weight; follow up, growth, developing country.
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Práticas relacionadas à detecção e intervenção nos desvios do desenvolvimento neuromotor em crianças de muito baixo peso ao nascer na cidade do Rio de JaneiroNegreiros, Maria Fernanda Vieira January 2011 (has links)
Submitted by Luis Guilherme Macena (guilhermelg2004@gmail.com) on 2013-05-07T15:06:15Z
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Previous issue date: 2011 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Este estudo se propõe a descrever as práticas relacionadas ao desenvolvimento
neuromotor de prematuros de muito baixo peso ao nascer nos ambulatórios de
seguimento de Recém-Nascido de alto risco da Cidade do Rio de Janeiro. O estudo
também descreve aspectos da estrutura existente nestes ambulatórios de seguimento;
identifica as práticas para avaliação do desenvolvimento neuromotor e procura
identificar as práticas de intervenção nas situações de detecção de alteração do
desenvolvimento neuromotor.
Trata-se de estudo descritivo transversal que utilizou questionários semi-estruturados
aplicados a médicos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais diretamente envolvidos
no atendimento a estes prematuros de muito baixo peso ao nascer nos ambulatórios de
seguimento.
Foram incluídos no estudo 10 ambulatórios de seguimento, onde foram entrevistados 24
médicos, 11 fisioterapeutas e oito terapeutas ocupacionais. Todas as equipes possuem
pediatras e fisioterapeutas da área motora, duas possuem fisioterapeutas da área
respiratória, seis possuem terapeutas ocupacionais, oito possuem fonoaudiólogos e
cinco possuem nutricionista, mas nem todos os serviços exibindo caráter
interdisciplinar. Os critérios de inclusão para que as crianças sejam acompanhadas nos
ambulatórios de seguimento são homogêneos. A idade limite para acompanhamento é
muito variável entre os serviços. Sete serviços de seguimento conseguem garantir
agendamento no ambulatório dentro da primeira quinzena pós-alta da Unidade
Neonatal. Sete serviços possuem rotina para detecção de faltas de pacientes. Seis
serviços têm estratégias para redução das perdas. Quatro serviços relataram não ter
reunião de rotina entre os membros da equipe. Quinze médicos (62,5%) e quatro
(36,3%) fisioterapeutas referiram utilizar algum instrumento para avaliação do
desenvolvimento neuromotor. Quanto à periodicidade das consultas realizadas por
médicos, 87,5% dos médicos realizam consulta com freqüência mensal no primeiro ano
de vida. Entre um e dois anos, 90,8% realizam com intervalos de, no máximo, três
meses. Entre dois e três anos, 63,5% realizam com intervalos de até quatro meses. Entre
três e cinco anos, pouco mais de 75% dos médicos atendem com intervalo de até seis
meses entre as consultas e os demais realizam de forma anual. A partir de cinco anos, a
maioria dos médicos (57,1%) atende com periodicidade anual. Apenas os três serviços
de hospitais de ensino possuem pesquisa em andamento aprovada por Comitê de Ética
em Pesquisa. Quanto aos serviços de referência e contra-referência, a cobertura e a
organização do sistema público ainda não são satisfatórias principalmente para as
especialidades de fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia e terapia
ocupacional.
Não é possível prever o potencial que cada criança conseguirá alcançar, apesar de todos
os recursos à disposição dos profissionais de saúde. Cabe a estes, portanto,
empenharem-se em promover a saúde global destas crianças através de práticas
terapêuticas adequadas, associadas a uma atitude acolhedora das famílias, para que estes
bebês se tornem adultos integrados à sociedade. Ressalta-se, no entanto, que estes
profissionais necessitam também de um meio facilitador para o exercício de suas
funções e que as deficiências de estrutura e processo detectadas por esta pesquisa
podem acarretar repercussões para o cuidado dos pacientes. Espera-se que este trabalho
facilite a condução de estudos futuros sobre a assistência prestada aos prematuros de
muito baixo peso ao nascer e que subsidie avanços na organização dos serviços voltados
a esta população. / This study aims to describe practices related to neuromotor development of very low
birth-weight preterm infants in the follow-up of high-risk newborns in Rio de Janeiro
City. The study also describes aspects of the existing structure, identifying practices for
the assessment of neuromotor development, and seeks to identify the practices of
intervention in situations of development of neuromotor abnormalities.
This descriptive cross-sectional study used semi-structured questionnaires given to
doctors, physiotherapists and occupational therapists directly involved in the follow-up
of these high risk newborn infants.
The study included 10 follow-up services and 24 doctors, 11 physiotherapists and eight
occupational therapists were interviewed. All teams have pediatricians and
physiotherapists in the motor area, two teams have respiratory therapists, six teams have
occupational therapists, eight teams have speech therapists and five have a nutritionist,
although not all services show interdisciplinary characteristics. Inclusion criteria are
homogeneous, but the age limit varies widely between services. Seven follow-up
services can ensure the outpatient clinic care services during the first two weeks after
the neonatal unit discharge. Seven services have routine for detection of patient
absences. Six departments have strategies to reduce losses. Four services reported no
routine meeting between the team members. Fifteen doctors (62.5%) and four physical
therapists (36.3%) stated they use some instrument to assess neuromotor development.
As for the consultation periodicity, 87.5% of medical consultations are monthly in the
first year of life. Between one and two years of age, 90.8% of the consultations are
performed at intervals of no more than three months. Between two and three years of
age, 63.5% are performed at intervals of up to four months. Between three and five
years, just over 75% of doctors give consultations with an interval of six months and the
remaining doctors hold consultations annually. After five, most physicians (57.1%) see
the patients on an annual basis. Only the three services of school-hospitals have an
ongoing study approved by the Research Ethics Committee. Concerning the reference
and cross-reference services, coverage and organization of the public system have not
been found satisfactory in physical therapy, speech therapy, psychology, educational
psychology and occupational therapy.
It is impossible to predict the potential that each child will achieve, despite all the
resources available to health professionals. It is expected of these professionals that they
dedicate themselves to promote overall health of the children through appropriate
medical treatment, coupled with a welcoming attitude of the families, so that these
babies become adults integrated into society. It should be noted, however, that these
professionals also need a friendly environment for the exercise of their functions. The
structure and process deficiencies identified by this research may lead to repercussions
for the patients care. It is hoped that this work will facilitate the conduction of future
studies about the care given to preterm infants of very low birth-weight and will
subsidize advances in the organization of the services aimed at this population.
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Fatores determinantes da restrição do crescimento extra-uterino em recém nascidos de muito baixo peso no período intra-hospitalarMachado, Ana Beatriz Souza January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
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Recém-nascidos prematuros de muito baixo peso : acompanhamento do crescimento nos primeiros doze meses de idade corrigidaOliveira, Mariana Gonzales de January 2007 (has links)
Objetivo: descrever o crescimento de recém-nascidos prematuros de muito baixo peso (MBP) até os 12 meses de idade corrigida. Pacientes e métodos: um estudo de coorte incluindo todos os recém-nascidos com peso de nascimento abaixo de 1500 gramas que receberam alta hospitalar e foram acompanhados até os 12 meses de idade corrigida. O crescimento foi registrado nas consultas de seguimento com 40 semanas, 6 meses e 12 meses de idade corrigida. Foi considerado como recuperação do crescimento (catch-up) em peso e comprimento quando as medidas atingiram valores ≥ a -2 desvios padrões (DP) das curvas de crescimento da Organização Mundial de Saúde (OMS). Para o perímetro cefálico foi empregada a curva do National Center for Health Statistics (NCHS). Após serem classificados como tendo crescimento normal (≥ -2 DP) ou subnormal (< -2 DP) em relação ao peso, comprimento e perímetro cefálico, os grupos foram comparados em relação a fatores neonatais e pós-natais para o crescimento.Resultados: durante o período de estudo, 193 recém-nascidos de muito baixo peso (RNMBP) foram admitidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre; 51 morreram antes de receberem alta, 13 não concordaram em participar do estudo, 8 compareceram a menos de 3 visitas , 3 apresentaram malformações maiores e 3 pacientes não completaram um ano de idade corrigida. Foram incluídos 115 pacientes; 5 evoluíram a óbito nos primeiros seis meses de seguimento. Nas 40 semanas de idade corrigida, 63 (57,8%) pacientes atingiram recuperação de crescimento (catch-up) em peso e 55 (50,9%) em comprimento. Com 6 meses de idade corrigida, 88 (82,2%) atingiram catch-up para peso e 86 (86,9%) para comprimento e com 1 ano de idade corrigida, 92 (92%) atingiram catch-up em peso e 86 (86,9%) em comprimento. O catch-up para perímetro cefálico foi alcançado em 100 (93,4%), 92 (85,9%) e 85 (85%) dos pacientes com 40 semanas, 6 meses e 12 meses de idade corrigida, respectivamente. Aos 12 meses de idade corrigida, o peso abaixo do normal estava relacionado a maiores valores de escore SNAPPE-II (p=0,046) e à presença de leucomalácia periventricular (LPV) durante o período neonatal (p=0,003). O comprimento subnormal relacionou-se ao maior tempo para atingir a dieta enteral plena na UTI neonatal (p=0,037), menor nível de educação materna (p=0,018) e com LPV (p=0,003). O crescimento subnormal do perímetro cefálico relacionou-se com escore maior de SNAPPE-II (p= 0,004), LPV (p=0,005) e maior tempo para atingir a dieta enteral plena durante a internação (p=0,044). Conclusões: o catch-up de crescimento pode ser considerado elevado aos 12 meses de idade corrigida em RN prematuros de MBP. Pacientes com SNAPPE-II mais elevado apresentam maior dificuldade de atingir crescimento satisfatório. A LPV é prejudicial a todos os aspectos do crescimento. / Objective. To describe growth achievements of very low birth weight (VLBW) infants born in south Brazil until 12 months corrected age (CA). Patients and Methods. A cohort including all infants weighing ‹ 1500 g surviving hospital discharge was followed up until 12 months corrected age (CA). Growth was recorded at 40 weeks, 6 months and 12 months CA. Catch-up was achieved if the measures were ≥ -2 SD of World Health Organization (WHO) growth charts. Catch-up in head circumference was evaluated using National Center for Health Statistics (NCHS) curves. After being classified as normal (≥ -2SD) or subnormal (‹ -2 SD) groups were compared in relation to neonatal and postnatal factors for growth failure. Results. 193 VLBW infants were born at Hospital de Clínicas de Porto Alegre. At 40 weeks CA, 57.8% patients achieved catch-up in weight and 50,9% in length. At 6 months CA, 82,2% for weight and length and at 1 year CA, 92% achieved catch-up in weight and 86,9% in length. Catch-up growth for head circumference was achieved for 93,4%, 85,9% and 85% patients at 40 weeks, 6 months and 12 months CA, respectively. At twelve months CA, subnormal weight was related to higher SNAPPE-II (p=0,046) and periventricular leukomalacia (PVL) (p=0,003). Subnormal length was related to a longer time to achieve full enteral nutrition at the NICU (p=0,037), lower maternal education (p=0,018) and PVL (p=0,003). Subnormal growth in head circumference was related to PVL (p=0,005), higher SNAPPE-II (p=0,004) and a longer time to achieve full enteral nutrition at the NICU (p=0,044). Conclusions. Catch-up growth after hospital discharge was high at 12 months CA. Patients with higher SNAPPE-II had more difficulty to achieve catch-up growth in weight. PVL is deleterial for all aspects of growth during the first year of life. Very low birth weight; follow up, growth, developing country.
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Canal arterial em recém-nascidos prematurosSarquis, Ana Lúcia Figueiredo 03 November 2009 (has links)
No description available.
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Hemorragia pulmonar em prematuros de extremo baixo peso: fatores de risco e tratamentoIepsen, Juliane January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / OBJECTIVES : To assess the association between fluid management and the occurrence of pulmonary hemorrhage in extremely low birth weight infants. To investigate prenatal conditions (as corticosteroid and intrauterine growth restriction) and postnatal conditions (as surfactant and patent ductus arteriosus) as possible risk factors for pulmonary hemorrhage in premature infants. PATIENTS AND METHODS : A retrospective case-control study was conducted through analysis of medical records, in the Neonatal Intensive Care Unit of Hospital São Lucas da PUCRS, Porto Alegre, Brazil, including the period between 2003 and 2013. All infants with birth weight less than or equal to 1000 g who developed a clinical picture of massive pulmonary hemorrhage were eligible for the study. Infants without pulmonary hemorrhage, at the same range of weight and/or gestational age, born consecutively to each case, were selected as controls. RESULTS : Fifty-six preterm infants, 28 cases and 28 controls, participated in the study. Patients with pulmonary hemorrhage had higher in-hospital mortality, occurring 23 deaths (82. 1%), when compared with controls, who had 12 deaths (42. 9%) (p=0. 006). Intracranial hemorrhage was diagnosed in 12 of 28 cases (48%) and in four of 28 control patients (14%) (p=0. 01). Diuresis in the second day of life was lower in the pulmonary hemorrhage group (2. 5 mL/kg/h) compared with controls (3. 5 mL/kg/h) (p=0. 019). In the group of cases, reduction of the infused volume was associated with the outcome: of the 21 patients who had fluid restriction, 15 (71. 5%) survived to pulmonary hemorrhage, whereas all patients in whom the reduction in volume was not performed had pulmonary hemorrhage-related death (p=0. 003). Volume reduction associated with the use of diuretic was also associated with lower risk of death from pulmonary hemorrhage: in 14. 2% of those who used this combination and 69. 2% of those who did not use, death due to pulmonary hemorrhage occurred (p=0. 006).CONCLUSIONS : These results suggest that fluid retention may be associated to the occurrence of pulmonary hemorrhage and that the management with infused volume restriction and diuretic administration shortly after the start of pulmonary hemorrhage can be effective in reducing mortality. / OBJETIVOS : Avaliar a associação entre o manejo hídrico e a ocorrência de hemorragia pulmonar em recém-nascidos prematuros de extremo baixo peso. Investigar condições pré-natais (como uso de corticoide e restrição do crescimento intrauterino) e pós-natais (como uso de surfactante e persistência do canal arterial) como possíveis fatores de risco para hemorragia pulmonar em prematuros. PACIENTES E MÉTODOS : Foi realizado um estudo tipo caso-controle retrospectivo, por meio da análise de prontuários, na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital São Lucas da PUCRS, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, abrangendo o período entre 2003 e 2013. Todos os recém-nascidos com peso de nascimento de 1000 g ou menos que apresentaram quadro clínico de hemorragia pulmonar maciça foram elegíveis para o estudo. Recém-nascidos sem hemorragia pulmonar, da mesma faixa de peso e/ou idade gestacional, nascidos consecutivamente a cada caso, foram selecionados como controles. RESULTADOS : Participaram deste estudo 56 recém-nascidos prematuros, sendo 28 casos e 28 controles. Os pacientes que tiveram hemorragia pulmonar apresentaram maior mortalidade intra-hospitalar, ocorrendo 23 óbitos (82,1%), em comparação aos controles, que totalizaram 12 óbitos (42,9%) (p=0,006). Hemorragia intracraniana foi diagnosticada em 12 dos 28 casos (48%) e em quatro dos 28 controles (14%) (p=0,01). A diurese do segundo dia de vida foi menor no grupo com hemorragia pulmonar (2,5 ml/kg/h) em comparação aos controles (3,5 ml/kg/h) (p=0,019). No grupo de casos, a redução do volume hídrico infundido associou-se ao desfecho: dos 21 pacientes que tiveram restrição hídrica, 15 (71,5%) sobreviveram à hemorragia pulmonar, enquanto todos os pacientes em que não foi realizada a redução de volume tiveram óbito relacionado à hemorragia pulmonar (p=0,003). A redução de volume associada ao uso de diurético também foi associada a menor risco de morte pela hemorragia pulmonar, sendo que em 14,2% dos que usaram essa combinação e em 69,2% dos que não usaram, ocorreu óbito devido à hemorragia pulmonar (p=0,006).CONCLUSÕES : Os resultados sugerem que a retenção hídrica pode estar associada à ocorrência de hemorragia pulmonar, e que o manejo com restrição de volume infundido e administração de diuréticos, logo após o início da hemorragia, pode ser efetivo na redução da mortalidade.
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Recém-nascidos prematuros de muito baixo peso : acompanhamento do crescimento nos primeiros doze meses de idade corrigidaOliveira, Mariana Gonzales de January 2007 (has links)
Objetivo: descrever o crescimento de recém-nascidos prematuros de muito baixo peso (MBP) até os 12 meses de idade corrigida. Pacientes e métodos: um estudo de coorte incluindo todos os recém-nascidos com peso de nascimento abaixo de 1500 gramas que receberam alta hospitalar e foram acompanhados até os 12 meses de idade corrigida. O crescimento foi registrado nas consultas de seguimento com 40 semanas, 6 meses e 12 meses de idade corrigida. Foi considerado como recuperação do crescimento (catch-up) em peso e comprimento quando as medidas atingiram valores ≥ a -2 desvios padrões (DP) das curvas de crescimento da Organização Mundial de Saúde (OMS). Para o perímetro cefálico foi empregada a curva do National Center for Health Statistics (NCHS). Após serem classificados como tendo crescimento normal (≥ -2 DP) ou subnormal (< -2 DP) em relação ao peso, comprimento e perímetro cefálico, os grupos foram comparados em relação a fatores neonatais e pós-natais para o crescimento.Resultados: durante o período de estudo, 193 recém-nascidos de muito baixo peso (RNMBP) foram admitidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre; 51 morreram antes de receberem alta, 13 não concordaram em participar do estudo, 8 compareceram a menos de 3 visitas , 3 apresentaram malformações maiores e 3 pacientes não completaram um ano de idade corrigida. Foram incluídos 115 pacientes; 5 evoluíram a óbito nos primeiros seis meses de seguimento. Nas 40 semanas de idade corrigida, 63 (57,8%) pacientes atingiram recuperação de crescimento (catch-up) em peso e 55 (50,9%) em comprimento. Com 6 meses de idade corrigida, 88 (82,2%) atingiram catch-up para peso e 86 (86,9%) para comprimento e com 1 ano de idade corrigida, 92 (92%) atingiram catch-up em peso e 86 (86,9%) em comprimento. O catch-up para perímetro cefálico foi alcançado em 100 (93,4%), 92 (85,9%) e 85 (85%) dos pacientes com 40 semanas, 6 meses e 12 meses de idade corrigida, respectivamente. Aos 12 meses de idade corrigida, o peso abaixo do normal estava relacionado a maiores valores de escore SNAPPE-II (p=0,046) e à presença de leucomalácia periventricular (LPV) durante o período neonatal (p=0,003). O comprimento subnormal relacionou-se ao maior tempo para atingir a dieta enteral plena na UTI neonatal (p=0,037), menor nível de educação materna (p=0,018) e com LPV (p=0,003). O crescimento subnormal do perímetro cefálico relacionou-se com escore maior de SNAPPE-II (p= 0,004), LPV (p=0,005) e maior tempo para atingir a dieta enteral plena durante a internação (p=0,044). Conclusões: o catch-up de crescimento pode ser considerado elevado aos 12 meses de idade corrigida em RN prematuros de MBP. Pacientes com SNAPPE-II mais elevado apresentam maior dificuldade de atingir crescimento satisfatório. A LPV é prejudicial a todos os aspectos do crescimento. / Objective. To describe growth achievements of very low birth weight (VLBW) infants born in south Brazil until 12 months corrected age (CA). Patients and Methods. A cohort including all infants weighing ‹ 1500 g surviving hospital discharge was followed up until 12 months corrected age (CA). Growth was recorded at 40 weeks, 6 months and 12 months CA. Catch-up was achieved if the measures were ≥ -2 SD of World Health Organization (WHO) growth charts. Catch-up in head circumference was evaluated using National Center for Health Statistics (NCHS) curves. After being classified as normal (≥ -2SD) or subnormal (‹ -2 SD) groups were compared in relation to neonatal and postnatal factors for growth failure. Results. 193 VLBW infants were born at Hospital de Clínicas de Porto Alegre. At 40 weeks CA, 57.8% patients achieved catch-up in weight and 50,9% in length. At 6 months CA, 82,2% for weight and length and at 1 year CA, 92% achieved catch-up in weight and 86,9% in length. Catch-up growth for head circumference was achieved for 93,4%, 85,9% and 85% patients at 40 weeks, 6 months and 12 months CA, respectively. At twelve months CA, subnormal weight was related to higher SNAPPE-II (p=0,046) and periventricular leukomalacia (PVL) (p=0,003). Subnormal length was related to a longer time to achieve full enteral nutrition at the NICU (p=0,037), lower maternal education (p=0,018) and PVL (p=0,003). Subnormal growth in head circumference was related to PVL (p=0,005), higher SNAPPE-II (p=0,004) and a longer time to achieve full enteral nutrition at the NICU (p=0,044). Conclusions. Catch-up growth after hospital discharge was high at 12 months CA. Patients with higher SNAPPE-II had more difficulty to achieve catch-up growth in weight. PVL is deleterial for all aspects of growth during the first year of life. Very low birth weight; follow up, growth, developing country.
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Enterocolite necrosante em recém-nascidos de muito baixo peso: a influência da nutrição enteralKIMAK, Karine Santos 28 February 2013 (has links)
Submitted by Leonardo Freitas (leonardo.hfreitas@ufpe.br) on 2015-04-17T13:54:24Z
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Previous issue date: 2013-02-28 / A enterocolite necrosante é uma importante causa de morbimortalidade neonatal em prematuros, principalmente nos recém-nascidos de muito baixo peso. Apesar de a enterocolite necrosante apresentar etiologia multifatorial, a dieta enteral tem sido implicada como um dos principais fatores associados e não há consenso sobre quando deve ser iniciada, como deve progredir, nem a sua relação com a ocorrência da doença. Assim, este estudo teve por objetivo avaliar se o padrão da nutrição enteral influencia a ocorrência da enterocolite necrosante em recém-nascidos de muito baixo peso. Trata-se de um estudo do tipo caso-controle realizado com uma amostra de 1028 recém-nascidos com peso de 750 a 1500g admitidos em uma unidade neonatal de alto risco, no período de janeiro de 2003 a maio de 2008. “Casos” foram as crianças nascidas de muito baixo peso que tiveram o diagnóstico de enterocolite até 30 dias de vida e “controles” os recém-nascidos que não desenvolveram a doença neste período. Foram excluídas as crianças que foram a óbito nas primeiras 24 horas de vida, com presença de malformações congênitas graves, síndromes genéticas e/ou infecções congênitas diagnosticadas ao nascimento. O desfecho foi a ocorrência de enterocolite confirmada pelo estágio ≥2 do critério de Bell modificado. As variáveis explicativas relacionadas ao padrão nutricional foram: a idade de início da dieta enteral, progressão da dieta, tipo de dieta, atingir dieta enteral plena no primeiro mês de vida e uso da nutrição parenteral. As co-variáveis maternas foram: realização de pré-natal, ocorrência de hipertensão e eclâmpsia, corioamnionite, uso de corticóide antenatal e tipo de parto; e as relacionadas ao recém-nascido: idade gestacional, sexo, peso ao nascer, estado nutricional, índice de Apgar, uso de antibióticos, catéter umbilical, indometacina, fentanil, droga vasoativa, oxigênio, ventilação mecânica, ranitidina e a persistência do canal arterial. Dos 1028 recém-nascidos, 55 (5,4%) evoluíram com enterocolite. As variáveis que influenciaram significantemente a ocorrência de enterocolite necrosante na análise univariada foram: uso do leite materno exclusivo por menos de sete dias (OR 5,09; p=0,004), não atingir a dieta enteral plena em até 30 dias de vida (OR 3,82; p<0,001), o uso da nutrição parenteral (OR 2,56; p=0,007), uso de antibiótico (OR 6,26; p=0,007) e a persistência do canal arterial (OR 1,91; p=0,05). Uso de leite materno por mais de 7 dias e de drogas vasoativas, atingir dieta enteral plena durante o primeiro mês e não usar nutrição parenteral se mostraram como fatores de proteção à doença e mantiveram significantes na análise de regressão logística multivariada. O uso do leite materno deve ser preconizado na nutrição enteral de recém-nascidos. Iniciar a dieta enteral precocemente e progredir mais rápido para atingir a dieta enteral plena antecipadamente podem ajudar a reduzir a ocorrência de enterocolite.
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