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Os efeitos do retardo de crescimento intra-uterino no comportamento de orientação do recém nascido a termo, aos estímulos visuais e auditivos, no período pós-natal imediato

Saraiva, Jane Nunes da Silva January 2002 (has links)
Com o objetivo de comparar a orientação visual e auditiva no período neonatal imediato entre recém-nascidos (RNs) a termo pequenos para idade gestacional (PIGs) com os de peso adequado (AIGs), assim como o seu custo para os bebês, foi estudada uma população de RNs sadios, dividida em dois grupos. Pacientes e Métodos: nós conduzimos um estudo transversal controlado, onde fator de exposição foi o retardo de crescimento intra-uterino (RCIU) e os desfechos foram os comportamentos de orientação visual e auditiva dos bebês, bem como o custo para sua realização ( itens suplementares). O exame completo foi realizado (EACN) mas neste momento enfatizamos para estudo os comportamentos de orientação e seu custo para o bebê. O grupo 1 foi constituído por 56 RNs PIGs e o grupo 2 por 118 RNs AIGs. O instrumento utilizado foi a Escala de Avaliação do Comportamento Neonatal (EACN) de Brazelton e o exame ocorreu entre 48 e 72 horas após o nascimento. Para minimizar os efeitos de drogas usadas em analgesia obstétrica com impacto no comportamento neonatal, só foram incluídos no estudo, bebês cujas mães tenham recebido, no máximo, bloqueio peri-dural com marcaína. Foram excluídos os malformados, aqueles cujas mães não realizaram prénatal, os RNs PIG simétricos, os que necessitaram cuidados intensivos e aqueles cujas mães tinham antecedentes de uso de outras drogas, que não tabaco. Além dos ítens de orientação e o custo dela para o RN, outras variáveis incluíram: a idade materna, paridade, tipo de parto, Apgar a 1 e 5 minutos, idade gestacional, sexo, cor, peso, comprimento e perímetro cefálico do RN, e a prevalência de aleitamento materno. Para a análise estatística, os dados foram descritos pela média e desvio-padrão e as comparações entre os grupos foram feitas através do teste t para amostras independentes. Para a avaliação da magnitude das diferenças, foi calculado o tamanho de efeito padronizado (TEP). Resultados: Não foram encontradas diferenças significativas quanto à idade materna, paridade, Apgar no primeiro e quinto minutos, idade gestacional, sexo dos bebês, cor e tipo de alimentação. No entanto, elas foram encontradas para o peso de nascimento, comprimento e perímetro cefálico. Os comportamentos de resposta aos itens de orientação aos estímulos animados e inanimados, visuais e auditivos, foram significativamente diferentes entre os grupos, assim como os itens suplementares. Discussão: os achados deste estudo suportam a idéia de que os RNs PIGs apresentam respostas de menor qualidade aos estímulos de orientação visual e auditiva, tanto animados como inanimados do que os bebês AIG no período pós-parto imediato. Nossos resultados confirmam observações de estudos anteriores de que essas diferenças são encontradas no grupo de orientação como um todo. Em nosso estudo, porém, diferentemente dos estudos prévios, encontramos significância comparando-se os comportamentos de resposta a cada um dos ítens do comportamento social. As significativas diferenças encontradas nos ítens suplementares, reforçam a idéia de que os bebês PIG se constituem em um grupo de risco para a interação com o seu meio ambiente. / In order to compare the behavior of visual and auditive orientation in the imediate neonatal period between fullterm, small for gestational age (SGA) to those of adequate weight to gestational age (AGA), we studied 174 healthy neonates, divided in two groups. Subjects and Methods: we conducted a controlled, cross-sectional study, where the exposure factor was the intrauterine growth retardation (IUGR) and the endpoints were the babie’s visual and auditive orientation behaviors, as well as the cost to it (supplementary itens). The complete NBAS was performed but at this moment we enfasize the orientation behavior and supplementary itens to study. Group 1 was made by 56 SGA babies and group 2 by 118 AGA neonates. As instrument, we used the Brazelton's Neonatal Behavior Assessment Scale (NBAS) and the exam ocurred between 48 and 72 hours after birth. With the goal of minimize the effects of drugs used for obstetric analgesia in the neonatal behavior, only babies whose mothers received no more than epidural blockage with marcaíne were included in the study. We excluded children with malformations, those who required intensive care, those whose mothers has no prenatal care, the simetric SGA babies, as well as those whose mother received medication other than marcaíne or used drugs, except tobaco. We looked at the baby's orientation behavior as well as the cost to it. Other studied variables were: maternal age, parity, type of delivery, Apgar score at 1 and 5 minutes, gestational age, and baby's colour, gender, weight, lenght, cephalic perimeter and prevalence of breastfeeding. Statistical analysis was carried out after treating data by the mean and standard-deviation and comparisons between groups were made using the t test. To evaluate the magnitude of the differences, we calculated the Cohen's Effect Sizes. Results: we weren't able to find any significant difference between groups regarding maternal age, parity, Apgar scores, gestational age as well as babie's colour, gender or breasfeeding. However, we found significant differences in birth weight, as expected due to the study design. And also, in lenght and cephalic perimeter. Orientation behavior, that is, response to animated and inanimated visual and auditory stimulous was significantly different between groups, as well as the behavior in the supplementary itens. Discussion: our results support the idea that SGA babies perform poorly than their AGA pairs in the NBAS orientation group as a whole. And also, that they need more support from the examiner. This has allready been reported by others. However, in this study, differently than others, AGA babies behaved better than SGA newborns in every item of the orientation exam. The significant differences found in the supplementary itens support the idea that SGA babies represent a risk group for interaction with their caretakers.
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Flexibilidade cognitiva em roedores adultos expostos à restrição de crescimento intrauterino : investigação do papel do cuidado materno e da resposta neuroquímica à recompensa

Alves, Márcio Bonesso January 2014 (has links)
A restrição do crescimento intrauterino (RCIU) está associada com preferências alimentares alteradas, assim como com um aumento do risco de obesidade na vida adulta. Enquanto os desfechos metabólicos adversos têm sido de certa forma bem caracterizados nesta condição, seus déficits neurocomportamentais e alterações em áreas específicas do sistema nervoso têm recebido significativamente menos atenção. Além disso, o papel do cuidado materno no estabelecimento destes desfechos também deve ser avaliado. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos da RCIU sobre a flexibilidade cognitiva dos animais na vida adulta, explorando o possível envolvimento do cuidado materno e da resposta neuroquímica à recompensa – através da medida do conteúdo de tirosina hidroxilase (TH) no córtex orbitofrontal (OFC) e núcleo accumbens ( NAcc ) – sobre este desfecho. Materiais e Métodos: A partir do dia 10 de gestação e durante toda a lactação, ratas Sprague-Dawley receberam uma dieta ad libitum (Contr), ou uma dieta restrita a 50% do consumo médio das ratas do grupo Contr (FR). No dia do nascimento, foi realizada a adoção cruzada, gerando os grupos Contr/Contr e FR/Contr (gestação/lactação). Do dia 2 ao dia 7 pós-parto, o cuidado materno foi registrado em cinco sessões diárias de 72 minutos cada. A flexibilidade cognitiva foi medida nos ratos na idade adulta utilizando o Attentional Set- Shifting Task (ASST) que utiliza um pellet de alimento doce como recompensa. Os animais também foram submetidos a jejum de 4 horas e em seguida expostos ao alimento doce durante 1 hora para verificar o consumo agudo de alimento palatável. O conteúdo de TH no córtex orbitofrontal e núcleo accumbens foi medido em jejum ou em resposta à ingestão de alimentos palatáveis. Resultados: Ratas FR mostraram menos comportamentos de lamber os filhotes que fêmeas do grupo Contr (p<0,01) sem diferença nos escores das posturas de amamentação e no tempo permanecido em contato com os filhotes. Filhotes de ratas FR apresentaram peso reduzido ao nascer (p<0,01). Aos 90 dias de idade, machos do grupo FR/Contr apresentaram maior consumo de alimento doce no teste de exposição aguda (p=0,04), enquanto que as fêmeas não diferiram na quantidade consumida (p=0,37). Quando comparadas às controles, fêmeas RCIU necessitaram menos trials para alcançar o critério na etapa de Reversão 2 do ASST (p=0,04), e apresentaram um aumento de TH no OFC em resposta à ingestão de alimentos doces (p=0,04). Não foram observadas diferenças para o sexo masculino em relação à performance no ASST ou nos níveis de TH no OFC. No NAcc , houve um aumento de TH no estado de jejum tanto nos machos RCIU (p=0,03) quanto nas fêmeas RCIU (p=0,02). Discussão: O protocolo utilizado foi eficiente em induzir RCIU nos filhotes. Caracterizar os cuidado materno em diferentes protocolos é crucial para entender melhor as relações entre ambientes precoces adversos e seus coincidentes desfechos adversos na vida adulta. A melhora no desempenho do ASST e concomitante aumento de TH no OFC após consumo de doce sugere que as pistas relacionadas aos alimentos palatáveis sejam mais fortes para as fêmeas expostas à RCIU. Além disso, as alterações encontradas no Nacc em ambos os sexos sugere que a RCIU induz modificações na resposta central para as pistas de alimentos palatáveis e no consumo, afetando a liberação de dopamina em algumas estruturas do circuito encefálico de recompensa. / Intrauterine growth restriction (IUGR) is associated with altered food preferences as well as increased risk for obesity in adult life. However, while the adverse metabolic outcomes have been better characterized in this condition, the neurobehavioral disabilities and particular abnormalities in specific areas of the brain have received less attention. Moreover, the role of maternal care in the stablishment of these outcomes should be evaluated. The aim of this study was to investigate the effects of IUGR on the cognitive flexibility of adult animals, exploring the putative involvement of maternal care and the neurochemical response to reward – through the measurement of tyrosine hydroxylase (TH) content in the orbitofrontal (OF) cortex and nucleus accumbens (nacc) - on this behavioral outcome. Materials and methods: From day 10 of gestation and through lactation, Sprague-Dawley rats received either an ad libitum (AdLib), or a 50% food restricted (FR) diet. At birth, pups were cross-fostered, generating AdLib/AdLib and FR/AdLib groups (pregnancy/lactation). From day 2 to 7 postpartum maternal care was recorded in a five daily sessions. Cognitive flexibility was measured using the Attentional Set-Shifting Task (ASST) with a sweet pellet as a reward. Animals were also submitted to 4 hours of fasting and then exposed to a sweet food for 1 hour to verify the palatable food consumption. TH content in the OF cortex and Nacc was measured at baseline or in response to palatable food intake. Results: Dams of FR group showed less care toward her pups. More precisely, these FR dams showed less licking/grooming than AdLib dams (p<0.01), without difference in the nursing postures and time spent out of the nest. Pups of FR dams had reduced birth weight (p<0.01). At 90 days of age, FR/AdLib males showed increased intake of sweet food in the acute exposure (p=0.04), while females did not differ in the amount consumed (p=0.37). When compared to Controls, IUGR females needed fewer trials to reach criterion in the ASST(p=0.04) and had an increase in TH in response to sweet food intake in the OFC (p=0.04), but not at baseline. No differences were seen in males (p=0.51). In the nacc, there was an increase in TH at baseline in IUGR males (p=0.03) and females (p=0.02). Discussion: The protocol used was efficient in inducing IUGR in the pups. To characterize maternal care in different protocols is crucial to better understand the relationships between early adverse environment and their coincident adverse outcomes in adult life. The improvement in performance of FR females in ASST and concomitant increase in OFC TH in respone to sweet food consumption suggests that palatable food cues are stronger for intrauterine restricted females. Besides, alterations found in the Nacc in both sexes suggest that IUGR induces modifications in the central response to palatable food cues and its intake, affecting dopamine release in select structures of the brain reward system.
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Resultados perinatais em gestaÃÃes com centralizaÃÃo de fluxo fetal ao estudo dopplervelocimÃtrico arterial / Perinatais results in gestations with centralization of fetal flow to the arterial dopplervelocimÃtrico study

Rodney Paiva Vasconcelos 11 September 2007 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / avaliar os resultados perinatais em gestaÃÃes com centralizaÃÃo do fluxo fetal ao estudo dopplervelocimÃtrico e identificar os principais fatores prognÃsticos associados com o Ãbito neonatal. MÃtodos: estudo transversal a partir dos prontuÃrios das gestantes com diagnÃstico de centralizaÃÃo do fluxo fetal (CF), diÃstole zero (DZ) ou reversa (DR) acompanhadas no ServiÃo de Medicina Materno-Fetal da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand â Universidade Federal do CearÃ. Foram analisadas 143 pacientes com gestaÃÃes Ãnicas, sem anomalias estruturais ou cromossÃmicas, apresentando idade gestacional superior a 22 semanas e com peso fetal igual ou acima de 500 gramas. Construiu-se curva ROC para idade gestacional e peso ao nascer (variÃveis independentes) e Ãbito neonatal (variÃvel dependente). Os resultados perinatais foram avaliados na populaÃÃo geral e em cada grupo (CF, DZ e DR), sendo posteriormente comparados entre si. Para a avaliaÃÃo estatÃstica, utilizou-se os testes: Shapiro-Wilk, Levene, t Student, Mann-Whitney, ANOVA, Kruskal Wallis, Exato de Fisher, Chi-quadrado de Pearson, RegressÃo LogÃstica e Multinomial. Todos foram considerados estatisticamente significantes quando p<0,05. Resultados: a maioria das gestantes (78,3%) apresentou algum distÃrbio hipertensivo associado à gravidez. A gestaÃÃo foi resolvida nas primeiras 24 horas apÃs o diagnÃstico dopplervelocimÃtrico na maioria dos casos (74,8%), sendo a via abdominal utilizada em 96,5% das vezes. No momento do parto, a idade gestacional mÃdia foi 33,6 semanas e o peso foi 1684g. Os recÃm-nascidos foram classificados como pequenos para idade gestacional em 69,6% e necessitaram de internamento em UTI em 63% dos casos. Os Ãndices de mortalidade perinatal para CF, DZ e DR foram, respectivamente, de 11,1, 31,1 e 70,6%. O peso do RN (Ãrea sob a curva ROC 0,934, p=0,000) e idade gestacional ao nascer (Ãrea 0,909, p=0,000) mostraram ser bons preditores de Ãbito neonatal. O ponto de corte calculado para o peso foi 1010g e para a idade gestacional foi 32,5 semanas. A incidÃncia do Ãndice de lÃquido amniÃtico (ILA) diminuÃdo nas gestaÃÃes com desfecho perinatal letal foi 41,2% e naquelas sem letalidade foi 41,3%. ConclusÃes: fetos com diagnÃstico de CF, DZ e DR apresentaram prognÃsticos progressivamente piores e estatisticamente diferentes entre si. A idade gestacional e peso ao nascer mostraram excelente correlaÃÃo com mortalidade neonatal. O ILA nÃo demonstrou associaÃÃo com taxa de letalidade. / evaluate the perinatal results in pregnancies with fetal brain sparing on the Doppler velocimetric study and identify the main prognostic factors associated with neonatal death. Methods: it is a transverse study from the charts of pregnant women with diagnosis of brain sparing, absent or reversed end-diastolic flow in the umbilical artery, followed at the Service of Maternal-Fetal Medicine of Maternidade-Escola Assis Chateaubriand â Universidade Federal do CearÃ. There were analyzed 143 patients with single pregnancies, without structural or chromosomal anomalies, presenting gestational age above 22 weeks and fetal weight equal or above 500 grams. ROC curve was constructed for gestational age and weight at birth (independent variables) and neonatal death (dependent variable). The perinatal results were evaluated on the general population and on each group (brain sparing, absent and reversed end-diastolic flow), later compared with each other. For the statistical analisys it was utilized the tests: Shapiro-Wilk, Levene, t Student, Mann-Whitney, ANOVA, Kruskal Wallis, Fisher, Chi-square, Logistical and Multinomial Regression. All were considered statistically significant when p < 0.05. Results: the majority of pregnant women (78.3%) presented some hypertensive disturb associated to the pregnancy. The pregnancy was resolved in the first 24 hours after Doppler velocimetric diagnosis on most cases (74.8%), being the abdominal access utilized in 96.5% of the times. At the moment of delivery, the average gestational age was 33.6 weeks and the weight was 1684g. The newborns were classified as small for gestational age in 69.6% and needed ICU admission in 63% of the cases. The indexes of perinatal mortality for brain sparing, absent and reversed end-diastolic flow were respectively 11.1, 31.1 and 70.6%. The weight of the newborn (area bellow the ROC curve 0.934, p=0.000) and gestational age at birth (area 0.909, p=0.000) have shown to be good predictors of neonatal death. The cutoff point calculated for the weight was 1010g and for the gestational age was 32.5 weeks. The incidence of diminished amniotic fluid index (AFI) in the pregnancies with lethal perinatal outcome was 41.2% and in those without lethality was 41.3%. Conclusions: fetuses with diagnosis of brain sparing, absent and reversed end-diastolic flow presented progressively worse and statistically different with each other prognosis. The gestational age and weight at birth showed excellent correlation with neonatal mortality. The AFI did not demonstrate association with lethality rate.
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Estudo funcional e morfológico renal da prole de ratos cujas mães foram submetidas à restrição proteica gestacional : efeito do tratamento com rapamicina / The functional and morphological renal study and the rapamycin treatment effects in the male offspring rats : whose mothers underwent gestational protein restriction

Canale, Vinicius, 1986- 25 August 2018 (has links)
Orientadores: José Antônio Rocha Gontijo, Flávia Fernandes Mesquita / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-25T07:43:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Canale_Vinicius_M.pdf: 2382904 bytes, checksum: bf0d6a9b4243b86411026cd098372cc8 (MD5) Previous issue date: 2014 / Resumo: Já está bem documentado que a dieta hipoproteica em ratos durante a gestação produz efeitos no crescimento fetal, uma persistente elevação na pressão arterial e disfunções no desenvolvimento renal da prole. Alterações na pressão arterial parecem estar relacionadas à acentuada redução no número de nefros que acaba por causar um quadro de hipertrofia e hiperfluxo nos nefros remanescentes como adaptação para equilibrar a taxa de filtração, no entanto, os mecanismos utilizados para esta adaptação culminam com o surgimento de albuminúria. Este processo acaba por causar esclerose glomerular culminando em um ciclo, comprometendo cada vez mais os nefros remanescentes. O desenvolvimento deste quadro pode levar à síndrome nefrótica e posteriormente à doença renal terminal. Acredita-se que o principal fator atuante na programação fetal neste modelo é devido à exposição exacerbada do feto aos glicocorticoides materno, o que acaba por comprometer a correto desenvolvimento e diferenciação de tecidos e órgãos, e na expressão ou atividade de uma série de receptores e enzimas. Recentemente, tem surgido a hipótese de que a atividade da mTORC poderia estar envolvida no surgimento de doenças na idade adulta neste modelo experimental. Este trabalho teve por objetivo avaliar se a inibição da mTORC através do tratamento com rapamicina em animais programados poderia ser benéfico, inibindo o surgimento de complicações relacionadas com a estrutura glomerular e como seria seu efeitos sistêmico, sobre a função renal e pressão arterial sistêmica. Ratos Wistar receberam ração com baixa proteína (6% LP) e dieta controle (17% NP) durante o período gestacional. A prole de machos foi tratada com rapamicina diluída em DMSO (5%) e administrada via intraperitoneal na dose de 1mg/kg, 3 vezes por semana, a partir da 4ª semana de vida até a 12ª semana. A aferição da pressão arterial sistólica foi realizada nas idades 8, 12 e 16. Foi observado que nos grupos que receberam rapamicina, a pressão artéria sistólica elevou-se consideravelmente em todas as idades. A avaliação da função renal foi realizada através de clearance de creatinina e lítio nas mesmas idades e observamos que durante todo o tratamento, o grupo NP que recebeu rapamicina excretou mais sódio, na porção pós-proximal do túbulo. Além disso, não houve diferença na taxa da filtração glomerular em nenhuma das idades. Quando a proteinúria foi avaliada, observamos que o grupo programado LP sem rapamicina, apresentou evolução com o passar das semanas sendo significativamente maior a partir das 12ª e 16ª semanas, no entanto, os grupos que receberam rapamicina, não apresentaram a mesma evolução, indicando preservação da estrutura glomerular. Os presentes resultados demonstram que apesar de a rapamicina ter elevado a pressão arterial em ambos os grupos, há uma indicação de que os animais programados tem um controle menos eficaz no controle da pressão arterial através da função renal. Mesmo diante da pressão elevada, a rapamicina foi capaz de inibir injúrias à barreira de filtração / Abstract: It is well established that a low protein diet in rats during pregnancy causes effects on fetal growth, a persistent elevation in blood pressure and renal dysfunction in the offspring at a later age. Alterations in blood pressure seem to be related to the marked reduction in the number of nephrons which ultimately causes an overflow and hypertrophy in the remaining nephrons in the attempt to adapt its balance on the filtration rate. However, the mechanisms used for this adaptation results in the appearance of albuminuria. This process might cause glomerular sclerosis culminating in a cycle, increasing the damage to the remaining nephrons. The development of this framework can lead to nephrotic syndrome and subsequently to ESRD. It is believed that the main factor in the fetal programming model is the fetus overexposure to maternal glucocorticoids, which ultimately compromises the proper development and differentiation of tissues and organs. Additionally, the expression and the activity of a number of receptors and enzymes is also affected. Recently, in this experimental model, there has arisen the hypothesis that the activity of mTORC could be involved in the onset of disease in adulthood. This study assess whether the inhibition of mTORC, through the treatment with rapamycin in programmed animals, could be beneficial by inhibiting the onset complications related to glomerular structure and its affect on renal function and blood pressure. Wistar female rats were fed with low protein (6 % LP) or control diet (17 % NP) during pregnancy. The male offspring were treated with rapamycin diluted in DMSO (5 %) and administered intraperitoneally at a dose of 1mg/kg, 3 times per week, from the 4th week of life until the 12th week. The measurement of systolic blood pressure was measured at 8, 12, and 16 weeks old. We noticed that in the groups treated with rapamycin the arterial systolic pressure rose considerably in all ages. The assessment of renal function was performed by creatinine clearance and lithium at the same ages as the blood pressures assessment. The NPR group that received rapamycin had an increase in sodium excretion at the post- proximal tubule during the whole treatment. Additionally, there was no difference in the rate of glomerular filtration rate at any age among the groups. When proteinuria was assessed, we found that the programmed Group LP without rapamycin, showed an increase along the weeks and as expected, the groups that have received rapamycin did not show the same trend, indicating preservation in the glomerular structure. The present results demonstrate that rapamycin caused increase in the blood pressure in both groups however, it was able still to inhibit the injury into the filtration barrier. Additionally, there is an indication that the programmed animals, has a less effective control in the blood pressure and the excretion of sodium, even when the treatment is interrupted / Mestrado / Fisiopatologia Médica / Mestre em Ciências
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Mecanismos envolvidos na programação fetal do comportamento alimentar pela restrição de crescimento intrauterino em roedores e humanos

Dalle Molle, Roberta January 2014 (has links)
Introdução: Alterações no ambiente fetal conferem um risco aumentado para doenças crônicas como obesidade, doença cardiovascular, hipertensão arterial e diabetes tipo 2. As evidências sugerem que a restrição de crescimento intrauterino (RCIU) pode programar de forma persistente as preferências alimentares, e acredita-se que esse tipo de alteração comportamental, pode explicar, pelo menos em parte, o aumento do risco para essas doenças em indivíduos que sofreram RCIU. Portanto, torna-se importante entender os fatores associados e mecanismos envolvidos nesse comportamento. O objetivo deste trabalho foi investigar o efeito da RCIU no comportamento alimentar em animais e humanos, assim como os possíveis mecanismos envolvidos na sua programação. Métodos: Ratas Sprague Dawley prenhes foram randomizadas para o grupo controle (Adlib), que recebeu dieta padrão ad libitum ou grupo restrição 50% (FR), que recebeu 50% do consumo habitual de genitoras alimentadas ad libitum. As dietas foram oferecidas a partir do dia 10 de gestação até o dia 21 de lactação. Em até 24h após o nascimento, foi realizada a adoção cruzada formando os grupos: Adlib_Adlib, FR_Adlib, FR_FR, Adlib_FR. O consumo de ração padrão foi comparado entre todos os grupos. A preferência alimentar, a preferência condicionada por lugar induzida por alimento palatável, assim como a fosforilação da enzima tirosina hidroxilase e os níveis de receptores D2 no núcleo acumbens foram comparados entre os grupos de interesse (Adlib_Adlib e FR_Adlib). Nos humanos, 75 jovens, classificados quanto à RCIU, participaram de avaliação antropométrica, bioquímica e de comportamento alimentar (teste de escolha alimentar, no qual todos recebiam um valor monetário para compra de um lanche, e Dutch Eating Behaviour Questionnaire, DEBQ). Dados de neuroimagem funcional em repouso entre regiões relacionadas à recompensa de 28 indivíduos foram processados e analisados, de um total de 43 exames realizados. Resultados: No estudo experimental, viu-se que o consumo de ração padrão não foi diferente entre os grupos. Ratos restritos apresentaram preferência pela dieta palatável, mas menor condicionamento de preferência ao lugar associado ao alimento palatável. A fosforilação da tirosina hidroxilase no núcleo acumbens foi maior nestes animais no estado basal, mas após exposição ao doce essa diferença entre os grupos permaneceu apenas nos machos. A RCIU também se associou a menores níveis de receptores D2 no núcleo acumbens. No estudo clínico, encontrou-se que a menor razão de crescimento fetal (indicativo de maior RCIU) e alto índice de massa corporal predizem um estilo alimentar restritivo visto pelo DEBQ. Pessoas nascidas com RCIU também usaram menor quantidade do um recurso financeiro oferecido no teste de escolha alimentar após um período de jejum. Os dados de neuroimagem funcional sugerem que os indivíduos restritos apresentam um padrão de conectividade em repouso alterado entre o córtex orbito-frontal, o estriado ventral/dorsal e a amígdala. Conclusão: A RCIU esteve associada com preferência por alimentos palatáveis e alterações no sistema dopaminérgico no estudo experimental e alterações da conectividade em repouso entre áreas do sistema mesocorticolímbico no estudo clínico. As alterações observadas no sistema dopaminérgico dos animais restritos indicam que esse sistema estaria envolvido na programação da preferência alimentar nesses indivíduos. Além disso, o padrão de conectividade em repouso observado nos indivíduos restritos sugere que alterações em determinadas regiões do sistema de recompensa poderiam estar associadas com mudanças no comportamento alimentar. As alterações neurocomportamentais observadas confirmam a existência de programação fetal do comportamento alimentar pela RCIU, apontando modificações persistentes no sistema de recompensa do cérebro, o que pode ser visto como um fator de risco para o desenvolvimento de obesidade e suas comorbidades. / Introduction: Fetal environment changes can lead to adaptations that are associated with increased risk for obesity, cardiovascular disease, hypertension and diabetes in adult life. Evidence suggests that intrauterine growth restriction (IUGR) can persistently program the subject’s preference for palatable foods. It is believed that feeding behavior alterations can explain, at least in part, the increased risk for chronic diseases in IUGR individuals. Therefore, it becomes important to understand the factors and mechanisms involved in this behavior. The aim of this study was to explore how IUGR affects feeding behavior of animals and humans, as well as to verify the potential mechanisms related to this behavioral programming. Methods: Time-mated pregnant Sprague-Dawley rats were randomly allocated to Control (receiving standard chow ad libitum) or 50% food restricted (FR), receiving 50% of the ad libitum-fed dam’s habitual intake. These diets were provided from day 10 of pregnancy throughout day 21 of lactation. Within 24 hours after birth, pups were crossfostered, forming four groups: Adlib_Adlib, FR_Adlib, FR_FR, Adlib_FR. Standard chow consumption was compared between all groups. Food preference, conditioned place preference to a palatable diet, and the nucleus accumbens tyrosine hydroxylase phosphorylation and D2 receptor levels were analyzed focusing on two groups of interest (Adlib_Adlib and FR_Adlib). In humans, 75 youths were classified regarding IUGR and had anthropometric data, biochemical data, and feeding behavior (food choice task, in which everyone received a monetary value to purchase a snack, and Dutch Eating Behaviour Questionnaire) assessed. Forty three neuroimaging exams were performed and resting state functional connectivity between brain regions related to reward of 28 individuals were processed and analyzed. Results: In the experimental study, standard chow consumption was not different between groups. IUGR adult rats had increased preference for palatable food, but showed less conditioned place preference to a palatable diet compared to controls. At baseline, the accumbal tyrosine hydroxylase phosphorylation was increased in IUGR rats compared to controls. After sweet food exposure, the difference between groups remained only in males. Accumbal D2 receptors levels were decreased in IUGR rats. In the clinical study, it was found that low birth weight ratio (indicative of higher IUGR) and high body mass index predict a restrained eating style as seen by the DEBQ. IUGR individuals used a smaller quantity of a financial resource offered in the food choice task after a fasting period. Resting state functional connectivity data suggest that IUGR individuals had an altered pattern of connectivity between the orbitofrontal cortex, the ventral/dorsal striatum and the amygdala. Conclusion: IUGR was associated with a preference for palatable foods and alterations in the dopaminergic system in the experimental study, as well as changes in the resting state functional connectivity between regions of the mesocorticolimbic pathway in the clinical study. Alterations in the mesolimbic dopaminergic system observed in IUGR rats indicate an important role in the programming of food preferences. Moreover, the IUGR pattern of brain connectivity observed suggests that alterations in certain regions involved in reward processing and evaluation could be associated with changes in eating behavior. Neurobehavioral changes observed confirmed the existence of a fetal programming of feeding behavior associated with IUGR, pointing out to persistent modifications in the brain reward system, which can be seen as a risk factor for the development of obesity and its comorbidities.
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Perfil de citocinas no colostro em função da idade gestacional e do crescimento fetal

Santiago, Luiza Tavares Carneiro January 2016 (has links)
Orientador: Lígia Maria Suppo de Souza Rugolo / Resumo: INTRODUÇÃO: O efeito da idade gestacional e do crescimento fetal nos imunocomponentes do leite materno ainda é pouco conhecido. OBJETIVO: Determinar a quantidade de citocinas no colostro em função da idade gestacional e do crescimento fetal. MÉTODO: Estudo transversal, envolvendo mães de recém-nascidos prematuros (PT) e de termo (T), nascidos na Maternidade da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP, em 2014-2015. Critério de inclusão: gestação única; ausência de diabetes materno, ou uso de medicações/drogas ilícitas, sorologias negativas; recém-nascido com peso adequado (AIG) ou pequeno para idade gestacional (PIG) e sem malformação. Excluídos: não obtenção do colostro, mastite, uso de medicamento pela puérpera. Foram estudados 4 grupos: PT-PIG (n=18), PT-AIG (n=42), T-PIG (n=45), T-AIG (controle, n=42). No colostro coletado entre 24-72 horas pós-nascimento, foram dosadas as citocinas (IL-1β, IL-6, IL-8, IL-10, IL-12 e TNF-α) por citometria de fluxo. Na comparação entre grupos utilizou-se o Qui-quadrado ou teste Exato de Fisher, ANOVA, e Correlação de Pearson. RESULTADOS: As características maternas foram semelhantes nos 4 grupos. A idade gestacional média foi 34 semanas nos prematuros e 39 semanas nos termos. Os níveis de citocinas do colostro não diferiram entre os grupos de termo e pretermo. O grupo T-PIG apresentou maior quantidade de citocinas comparado aos demais. Nos 4 grupos houve correlação entre as citocinas, especialmente nos T-PIG. CONCLUSÃO: A quantidade de c... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: INTRODUCTION: The effect of gestational age and foetal growth in the imunno componentes of human milk is not well stablished. OBJECTIVE: To determine cytokines levels in colostrum according to gestational age and foetal growth. METHOD: Cross-sectional study with mothers of term (T) and preterm (PT) infants, with birth weight appropriate-for-gestational age (AGA) and small-for-gestational age (SGA), born at the Maternity of Botucatu School of Medicine- UNESP, during 2014 -2015. Inclusion criteria were: single gestation; absence of diabetes mellitus; no maternal use of medications or illicit drugs; negative maternal serology; and newborn without malformation. Mothers with mastitis, or use of medication, or failure to obtain colostrum, were excluded. Four groups were studied: PT-SGA (n=18), PT-AGA (n=42), T-SGA (n=45), and T-AGA (control, n=42). Colostrum was collected between 24-72 hours after birth, and cytokines (IL-1β, IL-6, IL-8, IL-10, IL-12 and TNF-α) were measured by flow cytometry. Chi-square or Fisher's exact test, ANOVA and Pearson's correlation were used to evaluate differences among the groups. RESULTS: Maternal characteristics did not differ between groups. The mean gestational age was 34 and 39 weeks for preterm and term groups. Cytokines levels in the colostrum were not different between term and preterm groups. However cytokines levels were significantly higher in colostrum from mothers of T-SGA. A positive correlation between cytokines was found in all groups, ... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Avaliação do volume e índices vasculares placentários pela ultrassonografia tridimensional em gestações com restrição grave de crescimento fetal / Three-dimensional sonographic assessment of placental volume and vascularization in pregnancies complicated by severe fetal growth restriction

Abulé, Renata Montes Dourado 09 March 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: A restrição de crescimento fetal (RCF) representa uma das principais complicações da gravidez e está associada a elevadas taxas de morbimortalidade perinatal. A frequência de desfechos desfavoráveis neonatais está diretamente relacionada à gravidade da RCF, sendo que os casos de pior evolução estão relacionados com peso abaixo do percentil 3. O mecanismo do crescimento fetal não está totalmente esclarecido, mas resulta da interação entre potencial genético de crescimento e fatores placentários, maternos e ambientais. Dentre os fatores etiológicos, o desenvolvimento anormal da placenta e a diminuição da perfusão uteroplacentária são as principais causas de RCF. Este estudo teve por objetivo avaliar volume e índices de vascularização placentários, por meio da ultrassonografia tridimensional (US3D), em gestações com RCF grave, e as correlações dos parâmetros placentários com valores de normalidade e dopplervelocimetria materno-fetal. MÉTODOS: Foram avaliadas 27 gestantes cujos fetos apresentavam peso estimado abaixo do percentil 3 para a idade gestacional. Por meio da US3D, utilizando-se a técnica VOCAL, foram mensurados o volume placentário (VP) e os índices vasculares: índice de vascularização (IV), índice de fluxo (IF) e índice de vascularização e fluxo (IVF). Os dados foram comparados com a curva de normalidade para a idade gestacional e peso fetal descrita por De Paula e cols. (2008, 2009). Desde que os volumes placentários variam durante a gravidez, os valores observados foram comparados com os valores esperados para a idade gestacional e peso fetal. Foram criados os índices volume observado/ esperado para a idade gestacional (Vo/e IG) e volume placentário observado/ esperado para o peso fetal (Vo/e PF). Os parâmetros placentários foram correlacionados com índice de pulsatilidade (IP) médio de (AUt) e IP de artéria umbilical (AU), e avaliados segundo a presença de incisura protodiastólica bilateral em AUt. RESULTADOS: Quando comparadas à curva de normalidade, as placentas de gestação com RCF grave apresentaram VP, IV, IF e IVF significativamente menores (p < 0,0001 para todos os parâmetros). Houve correlação inversa estatisticamente significante da média do PI de AUt com o Vo/e IG (r= -0,461, p= 0,018), IV (r= -0,401, p= 0,042) e IVF (r= -0,421, p= 0,048). No grupo de gestantes que apresentavam incisura protodiastólica bilateral de artérias uterinas, Vo/e IG (p= 0,014), Vo/e PF (p= 0,02) e IV (p= 0,044) foram significativamente mais baixos. Nenhum dos parâmetros placentários apresentou correlação significativa com IP de AU. CONCLUSÕES: Observou-se que o volume e os índices de vascularização placentários apresentam-se diminuídos nos fetos com RCF grave. IP médio de AUT apresenta correlação negativa com Vo/e IG, IV e IVF, e Vo/e IG, Vo/e PF e IV apresentaram-se reduzidos nos casos de incisura bilateral. Não houve correlação significativa dos parâmetros placentários com IP de AU / INTRODUCTION: Fetal growth restriction (FGR) is a major complication of pregnancy and it is associated with high rates of perinatal morbidity and mortality. The frequency of neonatal adverse outcome is directly related to the severity of FGR and the cases of poor prognosis are related to weight below the 3rd percentile. Abnormal placental development and decreased uteroplacental perfusion is one of the main causes of FGR. This study aimed to evaluate placental volume and vascular indices by three-dimensional ultrasonography (3DUS) in pregnancies with severe FGR, and their correlation with normal values and maternal-fetal doppler. METHODS: We studied 27 pregnant women whose fetuses had estimated weight below the 3rd percentile for gestational age. Placental volume (PV) and placental indices- vascularity index (VI), flow index (FI) and vascularization and flow index (VFI)- were measured by the 3DUS using the VOCAL technique. These were compared to volume and vascularization normogram described by De Paula e cols. (2008, 2009). Since placental volumes vary throughout pregnancy, the observed values were compared to the expected values at the gestational age and to fetal weight. The observed-to-expected placental volume ratio for gestacional age (PVR-GA) and the observed-to-expected placental volume ratio for fetal weight (PVR-FW) were calculated. Placental parameters were correlated with uterine arteries (UtA) mean pulsatility index (PI) of umbilical artery(UA) PI and they were also evaluated according to the presence of bilateral protodiastolic notch in UtA. RESULTS: Compared to normal curve, the placentas of severe FGR pregnancies showed PV, VI, FI and VFI significantly lower (p < 0,0001 for all parameters). There was a statistically significant inverse correlation of UtA mean PI to PVR-GA (r= - 0,461, p= 0,018), VI(r= -0,401, p= 0,042) and VFI(r= -0,421, p= 0,048. In the group of women who had bilateral protodiastolic notch in UtA, PVR-GA (p= 0,014), PVR-FW (p= 0,02) and VI (p= 0,044) were significantly lower. None of placental parameters correlated significantly with UA PI. CONCLUSIONS: Volume and placental vascularization indices are decreased in fetuses with severe FGR. UtA mean PI has a negative correlation with PVR-GA, VI and VFI, and PVR-GA, PVR-FW and VI are decreased in cases with UtA bilateral notch. There was no correlation of placental parameters to UA PI
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"Avaliação das condições de saúde bucal de crianças com desnutrição intrauterina" / Conditions valuation of the oral health in children with intra-uterine undernutrition.

Ferreira, Sylvia Lavinia Martini 10 February 2004 (has links)
O objetivo deste estudo foi avaliar as condições de saúde bucal de crianças com desnutrição intra-uterina, acompanhadas no Ambulatório de Nutrição e Puericultura do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA). Essa instituição adota o padrão ouro da alimentação, crescimento e desenvolvimento, através do incentivo ao aleitamento materno exclusivo até os 4-6 meses de idade e segue as normas aprovadas pelo Departamento de Nutrição da Sociedade Brasileira de Pediatria quanto à suplementação mineral e da vitamina D. A amostra foi constituída de 28 crianças na faixa etária de 6 à 60 meses, nascidas a termo, com mais de 37 semanas, sendo classificadas de acordo com o peso de nascimento como Normais, com peso maior que 3000g, e Pequenas para a Idade Gestacional (PIG), com peso menor que 2500g. Em relação à saúde bucal, foram avaliados os seguintes fatores: visita ao cirurgião dentista, orientação de higiene bucal, limpeza dos dentes, uso de fio dental, placa bacteriana visível na superfície vestibular dos incisivos decíduos superiores, uso de mamadeira, hábitos de sucção (chupeta ou dedo), prevalência de cárie e defeitos de desenvolvimento do esmalte (DDE). Também foi avaliada a condição nutricional (NCHS) na data do exame odontológico. Não houve diferença estatística significante quanto ao tempo médio de aleitamento, que foi em torno de nove meses para ambos os grupos (teste de Mann-Whitney, Z=0,02 / Z crítico=1,96). As crianças Normais e as PIG não apresentaram diferenças estatisticamente significantes quando se consideram as possíveis alterações dos fatores avaliados, com exceção do uso do fio dental, o qual foi significante nas crianças PIG (teste Exato de Fisher p=0,0126). Através do coeficiente de correlação de Spearman verificou-se que tanto para o grupo PIG quanto para o Normal, os três primeiros fatores favoráveis à saúde bucal foram: limpeza dos dentes, ausência de placa visível e orientação sobre higiene bucal. Concluiu-se, que apesar da condição nutricional de nascimento, as crianças PIG não mostraram diferença quanto à saúde bucal, o que pode ser explicado devido às ações educativas voltadas para prevenção e promoção de saúde global que são ministradas nos Ambulatórios Materno-Infantil e de Puericultura da UNISA, com a orientação da Disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da mesma Entidade. / This study’s objective was value the oral conditions of children with intra-uterine under nutrition, accompanied at the Nutrition an childcare outpatient department of the Pediatric department of Medicine college of Santo Amaro ‘ s University (UNISA). This institution adopt the old Standard of feeding, growth and development, by the breast feeding incentive, exclusive until 4-6 mouths of age and follows the norms approved by the Nutrition Department of the Brazilian ‘ s Pediatric Society that refers to the mineral supplement and supplement of D vitamin. The sample was constituted by 28 children aged between 6 and 60 months, born at the right moment, with more than 37 weeks, being classified according with the weigh of birth as Normal, weighting over 3000g, and small to their gestational age (SGA), weighting less than 2500g. About the oral health, the following factors were valued: visit to a dentist surgeon, oral hygiene orientation, teeth cleanliness, usage of dental floss, visible bacterial plaque at the vestibular surface of the superior incisors, usage of feeding bottle, suck habits (dummy or finger), prevalence of caries and development defects of the enamel (DDE). The nutrition condition was valued (NCHS) at the dental exam. There was no significant difference at the breast feeding time that was about 9 mouths for both groups(Mann-Whitney test, Z+0,02 / critics Z =1,96). The normal children and the ones SGA did not present significant differences when took into account the possible alteration of the valued factors, except of the usage of dental floss, that was significant at children that was small for the gestational age (Exact Fisher test p=0,0126). By the Spearman ‘ s correlation’s coefficient was observed that to both groups, the three more important factors to the oral health were: teeth cleanliness, no visible plaque and oral hygiene orientation. The conclusion was that in spite of the nutritional condition of birth, the children that were small for the gestational age, did not show differences in the oral health, what can be explained by the educational actions done to prevention and promotion of global health that are learned at the Motherly-Infant and child care outpatient department of UNISA, with orientation of Pediatric dentistry of Dental College discipline. Key-words: intra-uterine growth retardation – fetal undernutrition – breast feeding – oral health children
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O impacto da restrição de crescimento intrauterino no comportamento alimentar aos 30 dias de vida

da Cás, Samira January 2018 (has links)
OBJETIVO: Avaliar o comportamento alimentar de recém-nascidos (RN) pequenos (PIG) e grandes (GIG) para a idade gestacional através de questionário específico e comparar com RN adequados para a idade gestacional (AIG). METODOLOGIA: Estudo de coorte prospectivo, cuja primeira fase consistiu na realização de uma entrevista para coleta de dados da mãe da gestação e do parto, bem como de dados socioeconômicos, com mães que tiveram seus filhos a termo no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Na segunda fase do estudo foi aplicado o questionário Baby Eating Behaviour Questionnaire (BEBQ) através de contato por telefone, com 1 mês do nascimento. RESULTADOS: Foram avaliados 126 RN (43 AIG, 43 PIG e 40 GIG). As análises não demonstraram diferenças significativas nos principais dados demográficos e perinatais em relação aos diferentes grupos de estudo. No entanto, foi observada uma maior escolaridade em mães de RN PIG (p=0,004) e uma menor prevalência de aleitamento materno exclusivo até a alta hospitalar em RN GIG (p=0,002). A análise de variância não encontrou diferença significativa entre os grupos em relação aos domínios do BEBQ, mesmo quando corrigido por sexo do RN. CONCLUSÃO: O estudo demonstrou que alterações do comportamento alimentar ainda não estão presentes com 1 mês de vida, sugerindo que não são inatas, e sim desenvolvidas com o passar do tempo. O estudo tem como limitação as avaliações do crescimento baseadas em registros de terceiros. / OBJECTIVE: To evaluate feeding behavior of infants born small (SGA) and large (LGA) for gestational age using a questionnaire, and compare them with infants born adequate for gestational age (AGA). METHODS: Prospective cohort study was carried out in which the first phase consisted of an interview about gestation and delivery, as well as socioeconomic data, with mothers who had their babies born at term in the Hospital de Clínicas de Porto Alegre. In the second phase of the study, the Baby Eating Questionnaire (BEBQ) was applied through telephone interview 1 month of birth. RESULTS: 126 infants (43 AGA, 43 SGA and 40 LGA) with a mean gestational age of 39.4 weeks were assessed. The analyses did not show significant differences in the main demographic and perinatal data between the different study groups. However, a higher level of schooling was observed in mothers of SGA infants (p = 0.004) and a lower prevalence of exclusive breastfeeding in the LGA (p = 0.002). The analysis of variance found no significant difference between the groups in any of the BEBQ domains, even when corrected for the sex of the baby. CONCLUSION: This study demonstrated that changes in feeding behavior are not yet present at 1 month of age, suggesting that they are not innate, but developed over time. The study is limited to growth assessments based on third-party records.
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Avaliação do volume e índices vasculares placentários pela ultrassonografia tridimensional em gestações com restrição grave de crescimento fetal / Three-dimensional sonographic assessment of placental volume and vascularization in pregnancies complicated by severe fetal growth restriction

Renata Montes Dourado Abulé 09 March 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: A restrição de crescimento fetal (RCF) representa uma das principais complicações da gravidez e está associada a elevadas taxas de morbimortalidade perinatal. A frequência de desfechos desfavoráveis neonatais está diretamente relacionada à gravidade da RCF, sendo que os casos de pior evolução estão relacionados com peso abaixo do percentil 3. O mecanismo do crescimento fetal não está totalmente esclarecido, mas resulta da interação entre potencial genético de crescimento e fatores placentários, maternos e ambientais. Dentre os fatores etiológicos, o desenvolvimento anormal da placenta e a diminuição da perfusão uteroplacentária são as principais causas de RCF. Este estudo teve por objetivo avaliar volume e índices de vascularização placentários, por meio da ultrassonografia tridimensional (US3D), em gestações com RCF grave, e as correlações dos parâmetros placentários com valores de normalidade e dopplervelocimetria materno-fetal. MÉTODOS: Foram avaliadas 27 gestantes cujos fetos apresentavam peso estimado abaixo do percentil 3 para a idade gestacional. Por meio da US3D, utilizando-se a técnica VOCAL, foram mensurados o volume placentário (VP) e os índices vasculares: índice de vascularização (IV), índice de fluxo (IF) e índice de vascularização e fluxo (IVF). Os dados foram comparados com a curva de normalidade para a idade gestacional e peso fetal descrita por De Paula e cols. (2008, 2009). Desde que os volumes placentários variam durante a gravidez, os valores observados foram comparados com os valores esperados para a idade gestacional e peso fetal. Foram criados os índices volume observado/ esperado para a idade gestacional (Vo/e IG) e volume placentário observado/ esperado para o peso fetal (Vo/e PF). Os parâmetros placentários foram correlacionados com índice de pulsatilidade (IP) médio de (AUt) e IP de artéria umbilical (AU), e avaliados segundo a presença de incisura protodiastólica bilateral em AUt. RESULTADOS: Quando comparadas à curva de normalidade, as placentas de gestação com RCF grave apresentaram VP, IV, IF e IVF significativamente menores (p < 0,0001 para todos os parâmetros). Houve correlação inversa estatisticamente significante da média do PI de AUt com o Vo/e IG (r= -0,461, p= 0,018), IV (r= -0,401, p= 0,042) e IVF (r= -0,421, p= 0,048). No grupo de gestantes que apresentavam incisura protodiastólica bilateral de artérias uterinas, Vo/e IG (p= 0,014), Vo/e PF (p= 0,02) e IV (p= 0,044) foram significativamente mais baixos. Nenhum dos parâmetros placentários apresentou correlação significativa com IP de AU. CONCLUSÕES: Observou-se que o volume e os índices de vascularização placentários apresentam-se diminuídos nos fetos com RCF grave. IP médio de AUT apresenta correlação negativa com Vo/e IG, IV e IVF, e Vo/e IG, Vo/e PF e IV apresentaram-se reduzidos nos casos de incisura bilateral. Não houve correlação significativa dos parâmetros placentários com IP de AU / INTRODUCTION: Fetal growth restriction (FGR) is a major complication of pregnancy and it is associated with high rates of perinatal morbidity and mortality. The frequency of neonatal adverse outcome is directly related to the severity of FGR and the cases of poor prognosis are related to weight below the 3rd percentile. Abnormal placental development and decreased uteroplacental perfusion is one of the main causes of FGR. This study aimed to evaluate placental volume and vascular indices by three-dimensional ultrasonography (3DUS) in pregnancies with severe FGR, and their correlation with normal values and maternal-fetal doppler. METHODS: We studied 27 pregnant women whose fetuses had estimated weight below the 3rd percentile for gestational age. Placental volume (PV) and placental indices- vascularity index (VI), flow index (FI) and vascularization and flow index (VFI)- were measured by the 3DUS using the VOCAL technique. These were compared to volume and vascularization normogram described by De Paula e cols. (2008, 2009). Since placental volumes vary throughout pregnancy, the observed values were compared to the expected values at the gestational age and to fetal weight. The observed-to-expected placental volume ratio for gestacional age (PVR-GA) and the observed-to-expected placental volume ratio for fetal weight (PVR-FW) were calculated. Placental parameters were correlated with uterine arteries (UtA) mean pulsatility index (PI) of umbilical artery(UA) PI and they were also evaluated according to the presence of bilateral protodiastolic notch in UtA. RESULTS: Compared to normal curve, the placentas of severe FGR pregnancies showed PV, VI, FI and VFI significantly lower (p < 0,0001 for all parameters). There was a statistically significant inverse correlation of UtA mean PI to PVR-GA (r= - 0,461, p= 0,018), VI(r= -0,401, p= 0,042) and VFI(r= -0,421, p= 0,048. In the group of women who had bilateral protodiastolic notch in UtA, PVR-GA (p= 0,014), PVR-FW (p= 0,02) and VI (p= 0,044) were significantly lower. None of placental parameters correlated significantly with UA PI. CONCLUSIONS: Volume and placental vascularization indices are decreased in fetuses with severe FGR. UtA mean PI has a negative correlation with PVR-GA, VI and VFI, and PVR-GA, PVR-FW and VI are decreased in cases with UtA bilateral notch. There was no correlation of placental parameters to UA PI

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