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201

Comparação entre o desempenho funcional de crianças com síndrome de down e crianças com desenvolvimento típico dos 2 aos 7 anos de idade

Opermann, Camila Zanette January 2014 (has links)
Introdução: A síndrome de Down (SD) é a alteração cromossômica mais comum entre os humanos. O desenvolvimento funcional da criança com a síndrome é prejudicado pelas alterações neuromotoras, musculoesqueléticas, cardiológicas entre outras que a caracterizam. Objetivos: Comparar o desempenho funcional de crianças com SD com o de crianças com desenvolvimento típico (DT) dos dois aos sete anos de idade, provenientes da cidade de Porto Alegre e região metropolitana. Verificar a influência de características familiares e de patologias no desenvolvimento funcional das crianças e seus maiores déficits. Métodos: Estudo observacional com delineamento transversal, com amostragem por conveniência. Utilizou-se o Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI) para comparar o desenvolvimento funcional dos dois grupos de crianças. Os grupos também foram comparados por faixas etárias de um ano e seis meses. Foi utilizado um questionário para verificar as características familiares e patologias associadas às crianças. Resultados: Participaram 95 crianças, sendo 49 com SD e 46 com DT. Os dois grupos apresentaram diferença estatística em todas as áreas do PEDI analisadas quando comparados em conjunto ou por faixas etárias. As crianças com SD tiveram os escores abaixo do esperado em todas as áreas do PEDI, exceto quanto à assistência do cuidador nas áreas de mobilidade e função social. As características familiares que influenciaram no desenvolvimento funcional foram: profissão da mãe fora do lar, grau de instrução do pai e a frequência na escola. A presença de patologias associadas à síndrome não influenciou o desempenho funcional na SD. Discussão/conclusão: Tanto as crianças com SD como as com DT tiveram dificuldades funcionais, porém nas com SD elas apresentaram-se em atividades menos complexas. As limitações cognitivas nas crianças com SD pode ter influenciado no desenvolvimento funcional. A profissão da mãe fora do lar e frequência na escola podem ter sido favoráveis devido à convivência com outras pessoas e crianças. Provavelmente, com o avanço das cirurgias cardíacas e demais tratamentos, as patologias associadas não influenciaram o desenvolvimento das crianças com SD. Foi verificado nesse estudo que as crianças com SD apresentaram desenvolvimento funcional abaixo do esperado em todas as áreas do PEDI. Quando comparados os dois grupos e subgrupos por faixa etária, crianças com SD e com DT, observou-se que as diferenças mantiveram-se mesmo nas faixas etárias superiores. Não temos como prever o desenvolvimento de uma criança com SD, porém podemos investir na sua independência e qualidade de vida. / Introduction: Down syndrome (DS) is the most common chromosome abnormalities among humans. The functional development of the child with the syndrome is impaired by neuromotor, musculoskeletal, cardiac abnormalities that characterize among others. Objectives: To compare the functional performance of Down syndrome (DS) children with that of children with typical development (TD) from two to seven years of age, from the city of Porto Alegre and its metropolitan area. To investigate the influence of family characteristics and pathologies in the functional development of children and their larger deficits. Methods: Observational study with cross-sectional design with convenience sampling. We used the Pediatric Evaluation of Disability Inventory (PEDI) to compare the functional development of the two groups of children. The groups were also compared by age, using age ranges of one year and six months. A questionnaire was used to assess family characteristics and pathologies associated with children. Results: Participants were 95 children, 49 with DS and 46 with TD. The two groups displayed statistical differences in all areas of the PEDI analyzed, when compared together and also in comparisons involving age groups. Children with DS had scores lower than controls in all areas of the PEDI, except for caregiver assistance in the areas of mobility and social function. Family characteristics that influence the functional development were: mother's profession outside the home, level of parent education and school attendance. The presence of pathologies associated with the syndrome did not influence the functional performance in SD. Discussion/conclusion: Both the children with DS and those with TD had functional difficulties; however, for those with DS, the difficulties appeared in less complex activities. Cognitive limitations in the children with DS may have had an influence on the functional development. The profession of the mother outside the home and school attendance may have been favorable due to interaction with other people and children. Probably, with the advancement of cardiac surgery and other treatments associated pathologies did not influence children's development. It was found in this study that children with DS showed lower than expected functional development in all areas of the PEDI. When comparing the two groups and subgroups by age, children with DS and DT, it was observed that the differences remained even in old age. We cannot predict the development of children with DS; however, we can invest in their independence and quality of life.
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Sujeitos com síndrome de down em cena : enredos sobre o aprender

Streda, Carina January 2014 (has links)
O presente estudo versa sobre os “sujeitos da educação especial”. Como recorte, problematizam-se enunciados que associam síndrome de Down às (im)possibilidades do aprender. Trata-se de um estudo teórico, que tem a escrita através de cenas como metodologia e o ensaio como forma. Como perspectiva teórica, o conceito de aprender proposto por Alicia Fernández é central, por descentralizar as possibilidades de aprendizagem das condições orgânicas. No processo de desnaturalização de algumas certezas, conceitos postulados por John Langdon Down (1859), Benda (1954), Lejeune (1958) ganham cena. Nessa processualidade histórica, encontra-se a formulação de um conceito de idiotia, de etiologia organicista e hereditária, como resultado da degenerescência humana e seu desdobramento em outras categorias, especificamente a deficiência mental. Em uma continuidade descontínua entre termos e interpretações, a síndrome de Down passa da categoria de idiotia mongoloide à principal causa genética de deficiência. Se há diversidade de nomenclaturas, permanece um enredo que associa, e às vezes iguala, síndrome de Down, deficiência mental e não aprender ou aprender minimizado. Tal lógica encontra no discurso médico sua justificativa. Por fim, problematizam-se os efeitos desses enunciados nos processos de escolarização. Trata-se de um estudo que procura deslocar o olhar, duvidar dos discursos e contribuir para a construção de outras cenas e enredos sobre o aprender de sujeitos com síndrome de Down. / El presente estudio se ocupa de los "sujetos de la educación especial." Como recorte, problematizar enunciados que vinculan el síndrome de Down a las (im)posibilidades de aprendizaje. Es un estudio teórico que tiene como metodología: la escritura a través de escenas y el ensayo como forma. Como perspectiva teórica, el concepto de aprendizaje propuesto por Alicia Fernández es central, mediante la descentralización de las oportunidades de aprendizaje a partir de las condiciones orgánicas. En el proceso de desnaturalización de algunas certezas, conceptos postulados por John Langdon Down (1859), Benda (1954), Lejeune (1958) entran en escena. En este proceso histórico, nos encontramos con la formulación de un concepto de la idiotez, de etiología organicista y hereditaria, como resultado de la degeneración humana y su despliegue en otras categorías, específicamente como retraso mental. En una continuidad discontinua entre los términos e interpretaciones, el síndrome de Down pasa de la idiotez mongoloide a la causa genética principal de discapacidad. Si hay diferentes clasificaciones, sigue siendo una historia que asocia, e incluso a veces iguala, el síndrome de Down, retraso mental y no-aprender o aprendizaje minimizados. Esa lógica encuentra su justificación en el discurso médico. Por último, ponemos en duda los efectos de estas declaraciones en los procesos de escolarización. Es un estudio que trata de desviar la mirada, dudando de los discursos y contribuir a la construcción de otras escenas y tramas respecto al aprendizaje de las personas con síndrome de Down.
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Inclusão na escola de surdos : estratégias de normalização dos sujeitos surdos down

Kuchenbecker, Liège Gemelli January 2001 (has links)
Esta dissertação tem por objetivo analisar as estratégias de normalização dos sujeitos surdos down incluídos em uma escola de surdos de Porto Alegre/RS a partir da análise de diferentes campos de saberes que circulam sobre esses alunos na escola. Analiso os ditos sobre os sujeitos surdos down encontrados em documentos como relatórios de avaliação e pareceres clínicos e realizo entrevistas com as professoras que trabalham com eles. Utilizo como ferramentas teórico-metodológicas, as noções de inclusão, norma e normalização. Os materiais mostraram uma regularidade discursiva entre os diferentes campos de saberes – médico, social, psicológico e pedagógico – que fabricam os surdos down como sujeitos dóceis, mas também com “limitações” e “dificuldades na linguagem compreensiva e expressiva” da Língua de Sinais. Os materiais pesquisados constituíram as seguintes unidades de análises: 1) Pareceres clínicos: exame e enquadramento dos sujeitos: discursos individuais ou em conjunto dos diferentes campos de saberes da área da saúde, que são investidos de poderes e produzem verdades sobre os surdos down e seus familiares quando estes procuram o ingresso na escola; 2) Adaptação curricular como estratégia de normalização: se constitui nas análises dos objetivos adaptados, dos comentários sobre o desenvolvimento dos alunos nos relatórios de avaliação e a relação destes com os discursos sobre as práticas pedagógicas com os alunos surdos incluídos nas turmas de surdos; e, 3) Normalização lingüística: gerenciamento do risco da não-aprendizagem: mostra a preocupação com o ensino da Língua de Sinais (L1) e da Língua Portuguesa (L2), sendo essa preocupação uma constante na prática diária dos professores em sala de aula com os alunos surdos com deficiência e alunos surdos sem deficiência, ocorrendo assim, uma comparabilidade e hierarquização dos sujeitos conforme as suas competências lingüísticas. Para gerenciar o risco da não-aprendizagem da L1 e L2, são criadas estratégias de ensino para aproximar o aprendizado da Língua de Sinais dos surdos sem deficiência (sujeitos fluentes na língua) com os surdos down (sujeitos que estão em processo de aprendizado da língua), pois se acredita que dessa forma poderão alcançar o aprendizado da Língua Portuguesa. Assim, essa pesquisa, pretendeu problematizar as estratégias de normalização na escola de surdos, quando nela ocorre a inclusão de alunos surdos down, sujeitos que se diferenciam dos demais surdos por apresentarem característica físicas/biológicas e outros tempos de aprendizado. / This paper aims to analyze the strategies of normalization of the subjects deaf down included in a deaf school in Porto Alegre/RS from the different fields of knowledge. I do an analysis of statements about the deaf down subjects found in school´s documents, such as evaluation reports and clinical opinions. I realize, too, interviews with teachers who work with deaf down students. Use as analytical tools, the concepts of inclusion, norms and normalization. The materials showed a discursive regularity between different fields of knowledge - medical, social, psychological and educational - that make the deaf down as docile subjects, but also with "limitations" and "difficulties in receptive and expressive language" of the sign language. The materials studied were the following units of analysis: 1) Clinical Opinions: examination and guidelines of the subjects: individual or group speeches of different fields of knowledge in the health area, who are vested with powers and producing truths about the deaf and its down family members when they seek to enter in the school; 2) Curriculum adapting as a strategy of normalization: it consist in the analysis of the adapted goals, in the comments about the development of students in the evaluation´s reports and in their relationship with the discourses on pedagogical practice with the deaf students included in the deaf classes; and, 3) Linguistic Normalization: managing of the risk of non-learning: it shows the concern with the teaching of Sign Language (L1) and of the Portuguese Language (L2) being a constant concern in the daily practice of teachers in the classroom with deaf students with disabilities and deaf students without disabilities, thus allowing a comparison and ranking of subjects according to their language skills. To manage the risk of non-learning of L1 and L2, teaching strategies are created to bring closer the learning of Sign Language of deaf people without disabilities (individuals fluent in the language) with the deaf down (subjects who are in the process of language learning ) because it is believed that this way will achieve the learning of Portuguese. So, this research, intended to discuss the normalization processes in the deaf school, when it occurs the inclusion of deaf students down, subjects who are different from others because they have deaf characteristic physical / biological and other pace of learning.
204

Correlación entre el Desarrollo Psicomotor y el Procesamiento Sensorial en Niños con Síndrome de Down de 10 a 18 Meses de Edad Pertenecientes a la Región Metropolitana

Parra Sepúlveda, Ismael Ignacio, Riffo Vargas, María Jesús January 2007 (has links)
No description available.
205

Experiência de professoras da educação infantil no processo de inclusão escolar de crianças com síndrome de Down / Experience of childhood education teachers in the school inclusion process of children with Down Syndrome

Flávia Mendonça Rosa Luiz 09 December 2013 (has links)
O objetivo desta pesquisa é analisar as experiências de professores da educação infantil no processo de inclusão escolar de crianças com síndrome de Down (SD). Adotamos o pensamento problematizador de Paulo Freire, que pela sua concepção dialógica, valoriza os atores sociais, a interação, a participação e o diálogo. É uma pesquisa participante, de abordagem metodológica qualitativa, desenvolvida em três fases operacionais. Congruente com o referencial teórico adotado, privilegiamos um engajamento prolongado no cenário da pesquisa e utilizamos, como técnicas de coleta de dados, trinta e duas sessões de observação participante e a realização de dez grupos focais, no primeiro e segundo semestres de 2012, respectivamente. Participaram do estudo dez professoras da educação infantil da rede municipal de Araraquara-SP. Procedeu-se à análise temática indutiva dos dados, que nos possibilitou analisar os sentidos atribuídos pelos participantes à inclusão escolar de crianças com síndrome de Down, organizados em três unidades: Concepção da criança com SD: do senso comum à experiência de inclusão escolar; Com a criança em sala de aula: conhecimento, emoções e reflexões; e Refletindo sobre a inclusão. A partir das unidades de sentido, da interpretação da pesquisadora e interlocução com a literatura, construiu-se o significado dessa experiência no contexto desses atores, constituído por três núcleos: \"A criança com SD não está aqui para isso\", \"Sabe Deus o que vem no ano que vem\", e \"É exclusão, e não inclusão\". Os resultados evidenciam que, para as participantes da pesquisa, a inclusão escolar de crianças com SD na educação infantil não está acontecendo da forma como foi concebida teoricamente. Para elas, as necessidades sociais destas crianças superaram aquelas voltadas para o campo educacional, desafiando as professoras no exercício de sua profissão em sala de aula. Apesar deste reconhecimento, as participantes não encontram alternativas para mudar esta situação, a não ser desenvolver estratégias para enfrentar emoções e a expectativa de viver, a cada ano, uma nova inclusão. Na perspectiva das professoras, o significado desta prática, aos moldes de como ela está sendo desenvolvida, tem contribuído, muito mais, para um processo de exclusão, que de inclusão, das crianças com SD. Mudar este cenário requer muito mais que uma boa formação para o professor e investimentos em recursos pedagógicos, o que comumente tem sido apontado como fatores que desafiam a inclusão escolar. Os significados da experiência de inclusão escolar de crianças com SD na educação infantil, atribuído pelas professoras, apresenta oportunidade de analisar este processo a partir de uma nova perspectiva. É necessária uma mudança de paradigma, que contemple a diversidade, e traga a tona concepções de respeito, tolerância, aceitação, solidariedade e compreensão, aliados à valorização do professor em sala de aula, sem, contudo, desconsiderar as necessidades da criança com SD / The objective in this research is to analyze the experiences of childhood education teachers in the inclusion process of children with Down Syndrome (DS) into mainstream education. Paulo Freire\'s problematizing thinking was adopted which, as a result of its dialogic conception, values the social actors, interaction, participation and dialogue. A participatory research with a qualitative methodological approach was developed in three operational phases. In accordance with the adopted theoretical framework, we privileged an extended engagement in the research scenario and used thirty-two participant observation sessions and ten focus groups as data collection techniques, during the first and second semester of 2012, respectively. The study participants were ten childhood education teachers from the municipal network in Araraquara-SP. Thematic inductive analysis was applied to the data, which allowed us to analyze the meanings the participants attributed to the inclusion of children with Down Syndrome into mainstream education, organized in three units: Conception of the child with DS: from common sense to the experience of school inclusion; With the child in the classroom: knowledge, emotions and reflections; and Reflecting on the inclusion. Based on the units of meaning, the researcher\'s interpretation and dialogue with the literature, the meaning of this experience was constructed in the context of these actors, comprising three cores: \"The child with DS is not here for this\", \"God knows what is coming next year\", and \"It is exclusion, and not inclusion\". The results reveal that, for the research participants, the inclusion of children with DS into mainstream childhood education is not happening as it was theoretically conceived. According to them, the social needs of these children went beyond the educational needs, challenging the teachers in the practice of their profession in the classroom. Despite this acknowledgement, the participants do not find alternatives to change this situation, except the development of strategies to cope with emotions and the expectation of experiencing a new inclusion each year. In the teachers\' perspective, the meaning of this practice, as it is happening, has contributed much more to an exclusion than an inclusion process of the children with DS. Changing this scenario demands much more than good teacher preparation and investments in pedagogical resources, which have commonly been appointed as factors that challenge the school inclusion. The meanings of the inclusion experience of children with DS into mainstream childhood education, as attributed by the teachers, offer an opportunity to analyze this process from a new perspective. A paradigm change is needed, which addresses the diversity and reveals conceptions of respect, tolerance, acceptance, solidarity and understanding, in combination with the teacher\'s valuation in the classroom, however, without ignoring the needs of children with DS
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Indivíduo com síndrome de Down: história, legislação e identidade / Down Syndrome Individual: history, legislation and identity.

Mariangela Carvalho Dezotti 11 April 2011 (has links)
Esta pesquisa estuda as práticas da convivência introduzidas na relação do aluno com síndrome de Down com a escola pública do Estado de São Paulo, e aponta para as marcas forjadas pela história, leis e espaços, impressas nas condições e possibilidades no cotidiano escolar. Revela, nas formas de condução do processo de desenvolvimento do aluno com deficiência intelectual, a existência de um indivíduo possível, planejado e previamente definido. Com o apoio da observação do aluno com síndrome de Down, no espaço escolar, rompe com os limites do indivíduo possível e desvela para além do rótulo de um indivíduo único, real, tecido pela convivência, pela consciência de sua posição no grupo, dialogada e negociada. Pensa na escola e nas ações empreendidas pelo desejo de pertencer, de cada sujeito da pesquisa, que refletem sobre os limites que se impõe sobre as forças e possibilidades ali apresentadas. O desenvolvimento interno do indivíduo, gerado por desejos e reflexões, elabora uma aquisição criativa a partir de ajustes do vivenciado, revelado na ação, na convivência do espaço escolar. O desafio, neste estudo, é responder a seguinte questão: as ações dentro da escola contribuem para a construção de um indivíduo possível, tornando a formação do indivíduo real refém destas forças? Nesse sentido, o trabalho se estrutura a partir da conjugação de vários pontos de partida. Assim, busca: detectar marcos históricos que se repetem, onde o poder de uma área se desenvolve e se fortalece a partir de um campo de saber, identificando e caracterizando serviços e indivíduos; localizar, na legislação, como são configuradas a pessoa, e a pessoa com deficiência intelectual; definir o indivíduo real, que persiste além do rótulo, do estigma, formado na contradição, em uma dialética de exclusão e inclusão; identificar mecanismos construídos diariamente, e a clareza que a família e indivíduos têm destes. Na análise da realidade investigada, vai além da mera descrição dos dados observados e faz a opção por uma abordagem qualitativa, ou seja, captar a escola pelo olhar dos sujeitos e suas manifestações. Elementos de pesquisa e reflexão, como registro fotográfico e vídeo elaborado por aluno são utilizados como mediadores e organizadores de temas, estes, desta forma, centrados e desenvolvidos a partir da reflexão sobre fatos observados na relação com os sujeitos. Conclui que as forças produzidas pelo ambiente fazem parte da visão histórica da constituição do indivíduo com síndrome de Down, enquanto as técnicas de contorno e superação são construídas por ele, na vivência dos limites, e concorrem para a construção de um indivíduo único, nem sempre percebido pela escola / This research evidences the companionship practices introduced in the relation to Down syndrome student and shows the forged marks through history, laws and spaces, printed in the conditions and possibilities in the public school from São Paulo State. It reveals in the ways of leading the process of the development of the student who has intellectual deficiency, the existence of a possible individual planned and previously defined. Supporting the study of the Down syndrome student in the school space, it breaks the limits of the possible individual and unveils the label of unique individual, who is real, formed by companionship, conscious of his position in the group, dialogued and negotiated. Such individual thinks about school and executed actions hoping to belong to every subject of the research which reflects over the imposed limits, strength and possibilities there where it is presented. The internal development of the individual, generated by wishes and reflections elaborates a creative acquisition from adjustments of the subject revealed in the action, in the companionship of the school space. The challenge, in this study, is to answer the following question: do the actions inside school contribute to build a possible individual becoming the character of a real individual who is hostage of this strength? In this way the study itself from several starts points. It pursuits detecting historical boundaries which are repetitive where the power of an area develops itself and becomes strong from knowledge identifying and showing services and individuals; localizing in the legislation the way the person is configured and the intellectual deficiency person; defining the real individual who persists beyond label, the stigma, ,formed in the contradiction in a dialectic of exclusion and inclusion; identifying mechanisms daily built concerning family and individuals as well. In the analysis of the investigated reality, it goes farther on the simple description of observed data and decides for a qualified approach, that is, it looks at through the way the subjects look and their manifestations. Such elements of research and reflection, it means, photos and videos created by the student are used as mediators and organizers of the themes, these ones, this way, centered and developed after reflection about observed facts in the relationship with such subjects. I concluded that the strength produced by the environment makes part of the historical view of the Down syndrome individual constitution while the contour techniques and overcoming are built by him living his limits and contributing to build a unique individual who is not always noticed by school.
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A percepção do professor acerca do seu trabalho com crianças portadoras de autismo e síndrome de down : um estudo comparativo

Goldberg, Karla January 2002 (has links)
The aim of the present study was to investigate the teacher’s perception about working both with individuals with autism and with Down’s syndrome. A semi-structured interview was performed with 10 teachers, in two special schools, in the interior of the state of Rio Grande do Sul. Each one of these interviews was compound of a range of questions, dealing with topics such as teacher’s identification, etiologic notions about the syndrome, intellectual development and clinical characteristics of the children, ways of educational intervention and finally the difficulties and feelings of the teachers concerning their work in this area and also their educational strategies. The analysis of the obtained material revealed that there are similarities and differences in the way in which the teachers perceive their students with the Down’s syndrome or Autism. One fundamental aspect which was identified related to the circumstances that led the teacher to work with these children, which were not always founded on choice. One of the concerns, which mostly differentiated the teacher’s discourse, was in relation to pleasure when working with these children. This appears more clearly regarding the students with Down’s syndrome, indicating a feeling of well-being and satisfaction of the teacher, due to the social reciprocity and communication in the relationship with the children. On the other hand, stereotyped ideas; worries with behaviors that are not specific to the anxiety and lack of self-confidence were aspects which characterized the teacher’s perception about autism. This picture might have influenced their management strategies. For example, in order to alleviate their conflicts and anxieties the teachers used strategies to maintain the students systematically busy to attempt to “control” the autism. However, the practice of “sheltering” by means of flexible work and encouragement of the autonomy based on the exercise of choice were also identified in some of the teachers. Another aspect that deserves attention is in the relation to the beliefs about the etiology of autism, specifically those concerning the mother-child bond. A simplistic view of this issue was identified, which was understood as a direct relationship of “cause and effect” rather as a reciprocal process, where each element of the dyad contributes to its quality. Finally, the results of this paper point to a complexity but not impossibility of the educational process of the so-called “special” student. However, attention should be paid to the need of founding the educational practice on knowledge, thus avoiding the emergency of distorted ideas and subsequently practices incoherent with the individual’s development.
208

Inclusão na escola de surdos : estratégias de normalização dos sujeitos surdos down

Kuchenbecker, Liège Gemelli January 2001 (has links)
Esta dissertação tem por objetivo analisar as estratégias de normalização dos sujeitos surdos down incluídos em uma escola de surdos de Porto Alegre/RS a partir da análise de diferentes campos de saberes que circulam sobre esses alunos na escola. Analiso os ditos sobre os sujeitos surdos down encontrados em documentos como relatórios de avaliação e pareceres clínicos e realizo entrevistas com as professoras que trabalham com eles. Utilizo como ferramentas teórico-metodológicas, as noções de inclusão, norma e normalização. Os materiais mostraram uma regularidade discursiva entre os diferentes campos de saberes – médico, social, psicológico e pedagógico – que fabricam os surdos down como sujeitos dóceis, mas também com “limitações” e “dificuldades na linguagem compreensiva e expressiva” da Língua de Sinais. Os materiais pesquisados constituíram as seguintes unidades de análises: 1) Pareceres clínicos: exame e enquadramento dos sujeitos: discursos individuais ou em conjunto dos diferentes campos de saberes da área da saúde, que são investidos de poderes e produzem verdades sobre os surdos down e seus familiares quando estes procuram o ingresso na escola; 2) Adaptação curricular como estratégia de normalização: se constitui nas análises dos objetivos adaptados, dos comentários sobre o desenvolvimento dos alunos nos relatórios de avaliação e a relação destes com os discursos sobre as práticas pedagógicas com os alunos surdos incluídos nas turmas de surdos; e, 3) Normalização lingüística: gerenciamento do risco da não-aprendizagem: mostra a preocupação com o ensino da Língua de Sinais (L1) e da Língua Portuguesa (L2), sendo essa preocupação uma constante na prática diária dos professores em sala de aula com os alunos surdos com deficiência e alunos surdos sem deficiência, ocorrendo assim, uma comparabilidade e hierarquização dos sujeitos conforme as suas competências lingüísticas. Para gerenciar o risco da não-aprendizagem da L1 e L2, são criadas estratégias de ensino para aproximar o aprendizado da Língua de Sinais dos surdos sem deficiência (sujeitos fluentes na língua) com os surdos down (sujeitos que estão em processo de aprendizado da língua), pois se acredita que dessa forma poderão alcançar o aprendizado da Língua Portuguesa. Assim, essa pesquisa, pretendeu problematizar as estratégias de normalização na escola de surdos, quando nela ocorre a inclusão de alunos surdos down, sujeitos que se diferenciam dos demais surdos por apresentarem característica físicas/biológicas e outros tempos de aprendizado. / This paper aims to analyze the strategies of normalization of the subjects deaf down included in a deaf school in Porto Alegre/RS from the different fields of knowledge. I do an analysis of statements about the deaf down subjects found in school´s documents, such as evaluation reports and clinical opinions. I realize, too, interviews with teachers who work with deaf down students. Use as analytical tools, the concepts of inclusion, norms and normalization. The materials showed a discursive regularity between different fields of knowledge - medical, social, psychological and educational - that make the deaf down as docile subjects, but also with "limitations" and "difficulties in receptive and expressive language" of the sign language. The materials studied were the following units of analysis: 1) Clinical Opinions: examination and guidelines of the subjects: individual or group speeches of different fields of knowledge in the health area, who are vested with powers and producing truths about the deaf and its down family members when they seek to enter in the school; 2) Curriculum adapting as a strategy of normalization: it consist in the analysis of the adapted goals, in the comments about the development of students in the evaluation´s reports and in their relationship with the discourses on pedagogical practice with the deaf students included in the deaf classes; and, 3) Linguistic Normalization: managing of the risk of non-learning: it shows the concern with the teaching of Sign Language (L1) and of the Portuguese Language (L2) being a constant concern in the daily practice of teachers in the classroom with deaf students with disabilities and deaf students without disabilities, thus allowing a comparison and ranking of subjects according to their language skills. To manage the risk of non-learning of L1 and L2, teaching strategies are created to bring closer the learning of Sign Language of deaf people without disabilities (individuals fluent in the language) with the deaf down (subjects who are in the process of language learning ) because it is believed that this way will achieve the learning of Portuguese. So, this research, intended to discuss the normalization processes in the deaf school, when it occurs the inclusion of deaf students down, subjects who are different from others because they have deaf characteristic physical / biological and other pace of learning.
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O envolvimento paterno e a experiência da paternidade no contexto da síndrome de down

Henn, Camila Guedes January 2007 (has links)
O objetivo do presente estudo foi investigar, através de uma abordagem qualitativa, o envolvimento paterno e a experiência da paternidade no contexto da Síndrome de Down (SD). Mais especificamente, procurou-se compreender o impacto que a SD exerce sobre este envolvimento e experiência. Para tanto, foram entrevistados seis pais de crianças com SD, cujos filhos tinham idades entre 9 meses e 3 anos e 3 meses. Os resultados revelaram que os pais participavam ativamente das atividades e cuidados relativos aos filhos, sendo responsáveis por diversas tarefas concernentes a eles, embora o tempo disponível para estar com eles sofra restrições em função do trabalho. Apesar das dificuldades e preocupações que enfrentavam sobre o futuro do filho e sobre a relação com eles, os participantes avaliaram positivamente as suas experiências de paternidade. Discute-se a importância do desenvolvimento de ações que auxiliem não somente os pais, mas também as mães e o restante do sistema familiar, a lidar melhor com as particularidades advindas desta experiência, ajudando a proporcionar uma melhor qualidade de vida para estas famílias. / The aim of the present study was to investigate, through a qualitative approach, paternal involvement and paternal experience in the Down Syndrome (DS) context. More specifically, it aimed to understand the DS impact over this involvement and experience. Six parents of children with DS were interviewed, whose children were between 9 months and 3 years and 3 months. The results demonstrated that parents had been participating actively in children’s activities and caretaking, being responsible for several tasks, although the available time to be with them was restricted because of their jobs. In spite of the difficulties, the participants evaluated positively their paternal experiences. The importance of the developing policies that aid not only the fathers, but also mothers and remaining members of the family system, is discussed, with the intention of working better with the particularities of their lives, helping to provide a better life quality for these families.
210

Comparação entre o desempenho funcional de crianças com síndrome de down e crianças com desenvolvimento típico dos 2 aos 7 anos de idade

Opermann, Camila Zanette January 2014 (has links)
Introdução: A síndrome de Down (SD) é a alteração cromossômica mais comum entre os humanos. O desenvolvimento funcional da criança com a síndrome é prejudicado pelas alterações neuromotoras, musculoesqueléticas, cardiológicas entre outras que a caracterizam. Objetivos: Comparar o desempenho funcional de crianças com SD com o de crianças com desenvolvimento típico (DT) dos dois aos sete anos de idade, provenientes da cidade de Porto Alegre e região metropolitana. Verificar a influência de características familiares e de patologias no desenvolvimento funcional das crianças e seus maiores déficits. Métodos: Estudo observacional com delineamento transversal, com amostragem por conveniência. Utilizou-se o Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI) para comparar o desenvolvimento funcional dos dois grupos de crianças. Os grupos também foram comparados por faixas etárias de um ano e seis meses. Foi utilizado um questionário para verificar as características familiares e patologias associadas às crianças. Resultados: Participaram 95 crianças, sendo 49 com SD e 46 com DT. Os dois grupos apresentaram diferença estatística em todas as áreas do PEDI analisadas quando comparados em conjunto ou por faixas etárias. As crianças com SD tiveram os escores abaixo do esperado em todas as áreas do PEDI, exceto quanto à assistência do cuidador nas áreas de mobilidade e função social. As características familiares que influenciaram no desenvolvimento funcional foram: profissão da mãe fora do lar, grau de instrução do pai e a frequência na escola. A presença de patologias associadas à síndrome não influenciou o desempenho funcional na SD. Discussão/conclusão: Tanto as crianças com SD como as com DT tiveram dificuldades funcionais, porém nas com SD elas apresentaram-se em atividades menos complexas. As limitações cognitivas nas crianças com SD pode ter influenciado no desenvolvimento funcional. A profissão da mãe fora do lar e frequência na escola podem ter sido favoráveis devido à convivência com outras pessoas e crianças. Provavelmente, com o avanço das cirurgias cardíacas e demais tratamentos, as patologias associadas não influenciaram o desenvolvimento das crianças com SD. Foi verificado nesse estudo que as crianças com SD apresentaram desenvolvimento funcional abaixo do esperado em todas as áreas do PEDI. Quando comparados os dois grupos e subgrupos por faixa etária, crianças com SD e com DT, observou-se que as diferenças mantiveram-se mesmo nas faixas etárias superiores. Não temos como prever o desenvolvimento de uma criança com SD, porém podemos investir na sua independência e qualidade de vida. / Introduction: Down syndrome (DS) is the most common chromosome abnormalities among humans. The functional development of the child with the syndrome is impaired by neuromotor, musculoskeletal, cardiac abnormalities that characterize among others. Objectives: To compare the functional performance of Down syndrome (DS) children with that of children with typical development (TD) from two to seven years of age, from the city of Porto Alegre and its metropolitan area. To investigate the influence of family characteristics and pathologies in the functional development of children and their larger deficits. Methods: Observational study with cross-sectional design with convenience sampling. We used the Pediatric Evaluation of Disability Inventory (PEDI) to compare the functional development of the two groups of children. The groups were also compared by age, using age ranges of one year and six months. A questionnaire was used to assess family characteristics and pathologies associated with children. Results: Participants were 95 children, 49 with DS and 46 with TD. The two groups displayed statistical differences in all areas of the PEDI analyzed, when compared together and also in comparisons involving age groups. Children with DS had scores lower than controls in all areas of the PEDI, except for caregiver assistance in the areas of mobility and social function. Family characteristics that influence the functional development were: mother's profession outside the home, level of parent education and school attendance. The presence of pathologies associated with the syndrome did not influence the functional performance in SD. Discussion/conclusion: Both the children with DS and those with TD had functional difficulties; however, for those with DS, the difficulties appeared in less complex activities. Cognitive limitations in the children with DS may have had an influence on the functional development. The profession of the mother outside the home and school attendance may have been favorable due to interaction with other people and children. Probably, with the advancement of cardiac surgery and other treatments associated pathologies did not influence children's development. It was found in this study that children with DS showed lower than expected functional development in all areas of the PEDI. When comparing the two groups and subgroups by age, children with DS and DT, it was observed that the differences remained even in old age. We cannot predict the development of children with DS; however, we can invest in their independence and quality of life.

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