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Série histórica da duração do aleitamento materno e fatores associados entre as décadas de 1960 a 2000: Estudo Pró-Saúde. / Time series of the duration of breastfeeding and factors associated between the decades from 1960 to 2000: Pró-Saúde Study.

Danielle Soares de Oliveira 24 March 2015 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / No Brasil, informações sobre a prática e duração do aleitamento materno anteriores ao ano de 1986 é pouco conhecida pela falta de estudos realizados nesta época. O objetivo desta Dissertação foi descrever uma série histórica de duração mediana do aleitamento materno entre as décadas de 1960 e 2000, identificando os fatores associados ao risco de interrupção do aleitamento materno em cada década. Foram utilizados os dados do Estudo Pró-Saúde (EPS), investigação epidemiológica longitudinal iniciada em 1999 com uma população de trabalhadores técnico-administrativos de uma universidade localizada no Estado do Rio de Janeiro. As informações de duração do aleitamento materno relativas ao primeiro filho foram coletadas em duas fases do EPS: fase 1 (1999, n = 4030), e fase 4 (2011-2012, n = 2933). As mulheres que participaram da fase 4 e que já haviam participado da fase 1 foram consideradas somente uma vez. Assim, o total de participantes deste estudo foi de 2160 mulheres, das quais 1747 tiveram pelo menos um filho, sendo que 1727 relataram ter amamentado e destas, 1539 informaram a duração do aleitamento materno do primeiro filho. A análise da duração da amamentação foi realizada utilizando procedimentos de análise de sobrevivência e o efeito das co-variáveis sobre o tempo de aleitamento foi avaliado por meio do modelo de regressão de Cox. O nível de significância testado foi de 5% e para a análise estatística o software utilizado foi o programa Stata 12.0. Os resultados da dissertação são apresentados no artigo intitulado Série histórica da duração do aleitamento materno entre as décadas de 1960 a 2000, Estudo Pró-Saúde. Foi constatado que a duração mediana do aleitamento materno foi menor na década de 1970 e maior na década de 1980 em diante (6, 5, 6, 8 e 12 meses no decorrer das décadas de 1960 a 2000 respectivamente). Na década de 1970 os fatores estatisticamente associados a menor duração do aleitamento materno foram a idade materna (risco mais elevado entre mães mais velhas), e renda familiar (risco mais elevado entre famílias com maior renda). Já, na década de 2000, as mulheres com renda familiar intermediária amamentaram por mais tempo. As mulheres que se declararam da cor preta amamentaram por mais tempo quando comparadas às de cor branca nas décadas de 1960 e 1970, e quando comparadas às de cor branca e parda na década de 1980. Concluiu-se que a duração mediana do aleitamento materno diminuiu na década de 1970, aumentando nas décadas seguintes, o que coincide com a adoção de políticas, normas e práticas em favor da promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno a partir da década de 1980. / In Brazil, information about the practice and duration of breastfeeding before the year 1986 is little known by the lack of studies at that time. The purpose of this dissertation was to describe a historical series of median duration of breastfeeding between the 1960s and 2000, while identifying factors associated with the risk of interrupting breastfeeding in each decade. Information of the Pró-Saúde Study (EPS) Longitudinal epidemiological investigation started in 1999 with a population of technical and administrative employees from a university in the state of Rio de Janeiro was used. The information about the duration of breastfeeding regarding the first child were collected in two phases of the EPS: Phase 1 (1999, n = 4030), and phase 4 (2011-2012, n = 2933). Women who participated in the Phase 4 and had already participated in Phase 1 were considered only once. The total number of participants of this study was 2160 women, of whom 1747 had at least one child, and in 1727 reported having breastfed and these, 1539 informed the duration of breastfeeding the first child. Breastfeeding duration was analyzed using survival analysis procedures and the effect of covariates on the breastfeeding duration was assessed by Cox regression model. The tested significance level was 5% and for the analysis statistical was used the Stata 12.0 software. The dissertation results are presented in the article entitled "Historical series of duration of breastfeeding between the decades from 1960 to 2000, Pró-Saúde Study". It was found that the median duration of breastfeeding was lower in the 1970s and increased in the 1980s onwards (6, 5, 6, 8 and 12 months over the decades from 1960 to 2000 respectively). In the 1970s the factors statistically associated with shorter duration of breastfeeding were maternal age (higher risk among older mothers), and family income (higher risk among families with higher income). In the 2000s, women with intermediate family income breastfed for longer. Women who reported themselves as black people breastfed for longer when compared to white women in the 1960s and 1970s, and when compared to white and brown color in the 1980s. The conclusion is that the median duration of breastfeeding had decreased in the 1970s, but increasing in the following decades, which coinciding with the adoption of policies, standards and practices for the promotion, protection and support of breastfeeding from the 1980s.
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Sobrevida em pacientes mulheres com câncer de pulmão em clínica especializada no Rio de Janeiro, 2000-2009 / Lung cancer survival among women assisted at health service in Rio de Janeiro, 2000-2009

Vera Lúcia Ferreira da Silva Teixeira 19 May 2011 (has links)
O câncer de pulmão é atualmente a neoplasia mais frequentemente diagnosticada, considerando ambos os sexos, e a principal causa de óbito por câncer em todo o mundo. A incidência e a mortalidade do câncer de pulmão vêm sendo influenciadas ao longo do tempo pela história do tabagismo e seus aspectos sócio-demográficos. Este estudo tem como objetivo analisar a sobrevida e fatores prognósticos em mulheres com câncer de pulmão assistidas em uma clínica especializada no Rio de Janeiro no período de 2000 a 2009. Foram analisadas 193 mulheres com diagnóstico de câncer de pulmão confirmado por exame histopatológico. Os dados foram obtidos diretamente do sistema informatizado de registros médicos do referido serviço. A idade do diagnóstico foi categorizada em quatro faixas etárias: até 49 anos, 50 a 59 anos, 60 a 69 anos e maior de 70anos. O tabagismo foi categorizado como não fumante, ex-fumante, fumante e fumante passiva. O estado nutricional foi avaliado pelo Índice de Massa Corpórea (IMC). A classificação histológica seguiu a divisão entre tumores de células não-pequenas (CPCNP) e tumores de pequenas células (CPCP). O estadiamento clínico se baseou na classificação do American Joint Committee on Cancer (AJCC) e Veterans Administration Lung Cancer Study Group (VALCSG) para os tumores de células não-pequenas e tumores de células pequenas, respectivamente. A modalidade de tratamento foi categorizada pela intenção da abordagem terapêutica em quatro grupos: controle, neoadjuvância, adjuvância e paliativa. Foram calculadas funções de sobrevida pelo método de Kaplan-Meier. Para os fatores prognósticos de risco, foram calculados os hazards ratios brutos e ajustados com intervalos de confiança de 95%, através do modelo de riscos proporcionais de Cox. A idade média das pacientes foi de 63 anos. Destas, 47,7% eram fumantes, 26,9% não fumantes, 19,7% ex-fumantes e 3,6% fumantes passivas. Em relação ao estado nutricional, 2,6% das pacientes apresentavam IMC baixo peso, 52,8% normal, 29,5% sobrepeso e 15% obesidade. A maioria dos casos, 169 (87,6%) pacientes, foi classificado como câncer de pulmão de células não-pequenas (CPCNP). Apenas 24 casos (12,4%) foram de câncer de pequenas células (CPCP). Durante o período estudado ocorreram 132 óbitos; 114 por CPCNP e 18 por CPCP. O tempo mediano de sobrevida para toda a coorte foi de 23,2 meses (IC95%: 16,9-33,5). Quando os dados foram estratificados por classificação tumoral, a sobrevida mediana nas pacientes com diagnóstico de CPCNP foi de 18,2 meses (IC95%: 15,6-25,5) e para aquelas com CPCP foi de 10,3 meses (IC95%: 8,4-19,3). A sobrevida encontrada em 24 meses foi de 49% (IC95%: 42,25-56,9), sendo 22,95 (IC95%: 0,6-49,3) para os tumores de pequenas células e 50,29% (IC95%: 43,1-58,7) para os tumores de células não- pequenas. Para o total das pacientes, as curvas de sobrevida estratificadas pelas variáveis selecionadas mostraram diferenças em relação à idade do diagnóstico (p=0,0023) nas faixas etárias intermediárias de 50-59 anos e 60-69 anos, se comparadas com os limites extremos (as mais idosas e as mais jovens). Não houve diferenças para o status de tabagismo (p=0,1484) nem para o IMC (p=0,6230). Na análise multivariada para todos os tumores, nenhum fator prognóstico influenciou no risco de morte. A idade nas categorias intermediárias (50-59 anos e 60-69 anos) e o IMC na categoria sobrepeso mostraram uma tendência à proteção, porém, não houve significância estatística. Para o grupo de mulheres com CPCNP, o modelo de riscos proporcionais apontou diferença em relação ao estadiamento clínico, especificamente o estádio IV (HR=3,36, IC95%: 1,66-6,8; p=0,001). As pacientes com idade entre 50-59 anos e sobrepeso mostraram uma tendência à diminuição do risco, embora sem significância estatística. Esses resultados mostram a necessidade de conhecer melhor o perfil das mulheres que desenvolvem câncer de pulmão e de realizar pesquisas que investiguem de forma mais aprofundada as condições que influenciam a evolução clínica dos casos e assim contribuir para o aprimoramento da abordagem terapêutica. / Lung cancer is currently the most frequently diagnosed cancer, considering both sexes, and the leading cause of cancer death worldwide. Incidence and mortality of lung cancer have been influenced over time by smoking history and their socio-demographic.This study aims to assess the survival and prognostic factors, smoking and body mass index, adjusted for aging, histologic classification and TNM Stating System among women with lung cancer at a clinic in Rio de Janeiro, Brazil, between 2000-2009. The information was obtained from the database of the clinic. The main variables analysed were age at diagnosis, categorized into four levels on the basis of age (<=49, 50-59, 60-69 and >=70), smoking history (never smoking, former smoking and current smoking), nutritional status based on Body Mass Index (BMI), histological classification, designated as non-small cell carcinoma (NSLC) and small cell carcinoma (SCLC), Staging System based on American Joint Committee on Câncer (AJCC) for NSLC and Veterans Administration Lung Study Group (VALSG) for SCLC and treatment modality. They were considered as treatment modality, observation, neoadjuvant and adjuvant therapies, prolongation of survival by chemotherapy. Survival curves were calculated by the Kaplan-Meier (KM) method. We used the porportional hazards modelo of Cox for evaluation of prognostic factors. We analysed 193 women, diagnosed with lung cancer confirmed by histopathology, 169 (87.6%) patient with tumors of non-small cell and 24 (12.4%) patients with smallcell tumors. The average age of patients was 63 years. Median survival for the entire cohort was 23.2 months (95% CI, 16.5 to 32.9). When data were stratified by tumor classification, the median survival in patients with NSLC was 25.5 months (95% CI, 18.3 to 36.4) and 10.5 (95% CI, 8.6 to 20.4) those with SCLC. The overall survival rate at 5 years was found to be 28.9% (95% CI, 2.4 to 37.1) and 68.3% (95% CI, 60.5 to 75.0) for NSLC and 17.2% (95% CI, 4.8 to 35.9) for SCLC. The survival curves differentiated by the classification of tumors showed a significant worsening of the median survival in patients with small-cell lung cancer, 10.3 months (95% CI, 8.4 to 19.3) when compared with non small cell lung cancer, 18.2 months (95% CI, 15.6 to 25.5). Median survival for the entire sample was 16.5 months (95% CI, 13.8 to 23.2). The survival functions stratified by prognostic factors showed differences in age at diagnosis (p= 0.00597) but showed no differences for smoking (p=0.11) nor BMI (p=0.383). The multivariate analysis showed clinical staging as the main independent prognostic factor. The age at diagnosis and BMI exerted a protective factor in at least one of the categories studied. The smoking status did not influence survival. These results show the need to better understand the profile of women who develop lung cancer and identify new prognostic factors to contribute to the improvement of the therapeutic approach.
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Análise da sobrevida e fatores associados à mortalidade em pacientes hipoxêmicos portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica do programa de oxigenoterapia domiciliar prolongada do Hospital Nossa Senhora da Conceição

Leite, Maurício Mello Roux January 2005 (has links)
A oxigenoterapia domiciliar prolongada (ODP) aumenta a sobrevida em pacientes hipoxêmicos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Este estudo foi realizado para determinar o tempo de sobrevida e detectar os fatores associados com a sobrevida em pacientes com DPOC em ODP. Foram estudados 158 pacientes consecutivos, hipoxêmicos com DPOC (95 mulheres e 63 homens, com média de idade de 65 ± 11 anos), admitidos em um programa de ODP em um hospital geral. A prescrição de oxigênio variou de 16 a 24 horas ao dia. O impacto da ODP no número e duração das hospitalizações foi analisado comparando-se as internações dos pacientes com pelo menos um ano de acompanhamento com as que ocorreram no ano anterior ao início da ODP. A ODP reduziu o tempo de internação (28,29 ± 25,92 dias versus 17,04 ± 21,91 dias; p< 0,001), mas não o número de hospitalizações. No momento da análise, 82 pacientes faleceram e 76 pacientes estavam vivos. A maioria dos óbitos que ocorreram no HNSC foi por infecção respiratória. O acompanhamento médio foi de 2,8 anos, com sobrevida mediana de 2,1 anos. A taxa de sobrevida em 2 anos foi de 50,2% e em 5 anos de 20,5%. Em análise univariada, a corticoterapia oral de manutenção e o índice de massa corporal (IMC) foram os maiores preditores de sobrevida (usuários de corticóide oral e pacientes com IMC ≤ 18,5 kg/m2 apresentaram menor sobrevida). Sexo, PaCO2, hematrócrito, achados eletrocardiográficos e ecocardiográficos não alteraram significativamente a sobrevida. Utilizando análise múltipla, os fatores prognósticos foram a idade, a hipoxemia, o IMC reduzido e o uso de corticoterapia oral. Em conclusão, a maioria dos óbitos de pacientes hipoxêmicos com DPOC no HNSC esteve associada à infecção respiratória. Este estudo identificou a idade, a hipoxemia, a depleção nutricional e a corticoterapia oral de manutenção como fatores de risco para pacientes com DPOC em ODP. A ODP reduziu o tempo de internação mas não o número de internações em pacientes hipoxêmicos com DPOC. / Long-term oxygen therapy (LTOT) improves survival in patients with hypoxemic chronic obstructive pulmonary disease (COPD). This study was performed to determine survival time and to detect factors associated with survival in patients with COPD in LTOT. We studied 158 consecutive hypoxemic COPD patients (95 women, 63 men; age 65 ± 11 years), included in a LTOT program of a general hospital. Current prescription of LTOT was 16-24 h/day. The impact of LTOT on number and duration of hospitalizations was studied comparing hospitalizations of patients with follow-up of at least one year with the hospitalizations that occurred in the year before these patients received LTOT. LTOT reduced the length (28.29 ± 25.92 days vs. 17.04 ± 21.92 days; p< 0.001) but did not change the number of hospitalizations. At the date of analysis 82 patients had died and 76 patients were alive. Mean follow-up duration was 2.8 years, and overall median survival was 2.1 years. Respiratory infection was the cause of death of most COPD patients in LTOT that died at HNSC. The 2-year survival rate was 50.2% and the 5-year survival rate was 20.5%. In a univariate study, treatment with oral corticosteroid and body mass index (BMI) were the most powerful predictors of survival (patients taking oral corticosteroid and patients with BMI < 18,5 kg/m2 had lower survival time). Gender, PaCO2, hematrocrit, electrocardiographic and heart ultrasonographic findings did not change significantly survival. Using a multivariate analysis, the prognostic factors remaining besides age were hypoxemia, low BMI and therapy with oral corticosteroid. This study showed that age, hypoxemia, nutritional depletion and systemic corticosteroid therapy are risk factors for COPD patients treated with LTOT. LTOT decreased significantly the length of hospitalizations but did not change the frequency of hospitalizations in hypoxemic COPD patients.
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O impacto das lesões intencionais na sobrevida de pacientes queimados : análise de uma coorte histórica no sul do Brasil

Duarte, Daniele Walter January 2013 (has links)
Introdução: As queimaduras intencionais podem ser dividas em lesões auto infligidas e resultantes de agressão. Em países latinos, incluindo o Brasil, existem poucos estudos acerca deste assunto, a maioria deles voltados ao estudo das lesões auto infligidas. Existe consenso entre especialistas da área de que as vítimas deste tipo de exposição enfrentam lesões mais graves e com maior morbimortalidade. No entanto, os relatos identificados na literatura não avaliam de forma conclusiva o impacto destas exposições de forma independente, considerando a severidade da lesão e comorbidades prévias. Compreender como estas formas de exposição à queimadura impactam na mortalidade e estimar suas incidências pode ser de grande valia no planejamento do tratamento destas lesões. Adicionalmente, a identificação dos fatores de risco associados a estas exposições pode ajudar a guiar medidas preventivas de forma mais efetiva. O presente trabalho objetiva comparar as queimaduras auto infligidas e resultantes de agressão com as lesões acidentais quanto aos principais fatores associados e quanto à sobrevida controlando para fatores de confusão e demais variáveis que possam afetar a mortalidade. Métodos: No intuito de responder estas questões, procedemos a uma revisão retrospectiva de todos os casos de pacientes queimados internados entre 01 de janeiro de 2003 a 31 de dezembro de 2012 no Centro de Queimados do Hospital de Pronto Socorro de Porto de Porto Alegre, centro de referência em queimados no sul do Brasil. A sobrevida dos grupos foi comparada através de análise multivariável de riscos proporcionais de Cox. Resultados: 1.734 pacientes foram incluídos no estudo, 87,7% por lesões acidentais e 12,4% intencionais (6,6% auto infligidas e 5,8% por agressão). As lesões auto infligidas e por agressão resultaram em lesões significativamente mais graves, necessitando maior tempo de permanência hospitalar (mediana de 23 e 17 dias, respectivamente, versus 11 dias, p< 0,001) e com maior mortalidade (40,4% e 25.7%, respectivamente, versus 8,8%, p<0,001) quando comparadas às lesões acidentais. Ambas as exposições associaram-se significativamente com drogadição (35,1% e 53,5% p<0,001) e as lesões auto infligidas associaram-se significativamente com história de doença psiquiátrica prévia (50%, p=0,004). Lesões auto infligidas representaram fator de risco para mortalidade (HR= 1,59, p= 0,03) no modelo multivariável. Lesões por agressão não foram identificadas como fator de risco para óbito neste modelo. Conclusões: Este trabalho identifica as lesões auto infligidas como fator de risco independente para mortalidade em pacientes queimados. Os fatores que explicam este resultado ainda precisam ser investigados, mas é provável que diversos mecanismos biológicos e sociais concorram para esse desfecho. Estresse pós-traumático, piora ou surgimento de sintomas depressivos e relação de contratransferência negativa por parte da equipe assistente ao tratarem estes indivíduos são alguns deles. Por fim, considerandose a maior morbimortalidade associada às queimaduras intencionais e a sua transcendência em termos de saúde pública, destacamos a importância de intervir sobre os principais fatores de risco para estas exposições, como drogadição e outras doenças psiquiátricas, objetivando diminuir a ocorrência das mesmas. / Background: We can divide intentional burns in self-inflicted injuries and injuries resulted from assaults. There are few studies addressing this issue in Latin countries including Brazil, most of them mainly considering self-inflicted burns. There is consensus among the authors that these patients experience extensive injuries with excess of morbidity and mortality. Nonetheless, there are contradictory reports if these patients have worse outcomes than expected, when injury severity and other preexistent clinical and psychiatric comorbidities are taken into account in analysis. Understanding how these injuries impact on mortality and estimating its occurrence can be worthy in planning adequate treatment for these patients. Moreover, analyzing the risk factors for these injuries may help in guiding preventive efforts. This study aims to compare self-inflicted injuries and injuries from assaults with accidental injuries concerning the main associated factors and survival controlling for confounders. Methods: In order to investigate these issues, we proceeded with a ten-year retrospective review on all consecutive burn patients treated from 1 January 2003 until 31 December 2012 at the Burn Care Unit of Hospital de Pronto Socorro in Porto Alegre, a reference for burn care in southern Brazil. Survival was compared by means of a multivariable Cox proportional hazard ratio model. Results: 1,734 patients met inclusion criteria, 87.7% accidental, 6.6% self-inflicted and 5.8% from aggression. Self-inflicted burns and burns from aggressions resulted in significantly severer injuries, with longer length of hospital stay (median of 23 and 17 days versus 11 days, p< 0.001) and higher mortality (40.4% and 25.7% versus 8.8%, p<0.001) comparing to accidental injuries. Self-inflicted injuries and aggression were both associated with drug abuse (35.1% and 53.5% p<0.001) and self-inflicted injuries were associated with psychiatric disorders (50%, p=0.004). After multivariable Cox Regression Analysis controlling for confounders, self-inflicted injuries correlated significantly with a decrease in survival (HR= 1.59, p= 0.03). We found no higher risk of death among burns from assaults after controlled analysis. Conclusions: Our findings identify self-inflicted injuries as an independent predictor of death in burn patients. Although the explanation to this result remain to be investigated, many biological and social factors may concur to explain this outcome. Posttraumatic stress, worsening of depressive symptoms and a negative countertransference of the health care team with these patients are some to be considered. Finally, considering the worse outcomes associated to the intentional injuries, we highlight the importance of treating the main associated risk factors for these injuries, such as drug abuse and other psychiatric disorders, in orders to lower its occurrence.
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O potencial papel da cinase reguladora extracelular (ERK) na sobrevida de pacientes com adenocarcinoma de pulmão em estágios iniciais

Martini, Simone de Leon January 2013 (has links)
Introdução: O câncer de pulmão está entre os principais tipos de neoplasias, sendo o adenocarcinoma o tipo histológico mais frequente. Atualmente, tem-se buscado marcadores de prognóstico para o carcinoma não de pequenas células. Objetivo: analisar os níveis da cinase reguladora extracelular (ERK) ativada em amostras histológicas de pacientes em estágios iniciais de adenocarcinoma de pulmão que foram submetidos a tratamento cirúrgico e suas correlações com dados clínicos e sobrevida. Material e métodos: foram selecionados aleatoriamente 36 pacientes com adenocarcinoma de pulmão nos estágios I e II submetidos a lobectomia pulmonar entre 1998 e 2004. Os pacientes foram divididos em dois grupos segundo os achados imuno-histoquímicos: pacientes com menos de 15% da positividade de células tumorais para ERK e pacientes com 15% ou mais de células positivas. Para comparação com os achados foi realizada análise de enriquecimento de base de dados de microarranjos (GSE29016, n = 72). Resultados: 21 pacientes (58%) apresentaram níveis da ERK ativada acima de 15% e 15 pacientes (43%) abaixo de 15%. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas para idade, sexo, tabagismo e índice de massa corporal entre os grupos estratificados para a ERK. O grupo de maior positividade (≥15%) apresentou menor sobrevida (P = 0,045). As análises de enriquecimento não demonstraram correlação da variação da expressão gênica de ERK em pacientes com adenocarcinoma quando comparados com a sobrevida nos estágios I e o grupamento dos estágios II e III. Conclusões: a alta positividade da ERK em células de amostras biológicas de pacientes com adenocarcinoma de pulmão está relacionada a tumores mais agressivos e com pior prognóstico. / Introduction: Lung cancer is among the most common types of neoplasias, and adenocarcinoma is the most frequent histological type. Currently, there is an extensive search for prognostic biomarkers of squamous nonsmall cell lung cancer. Objective: To analyze the correlation of clinical data and patient survival with the levels of activated extracellular regulatory kinase (ERK) in histological samples of surgically resected early stage lung adenocarcinoma. Methods: We randomly selected 36 patients with stage I or II lung adenocarcinoma who underwent pulmonary lobectomy between 1998 and 2004. Patients were divided into the following 2 groups according to immunohistochemical profile: a group with <15% ERK-positive tumor cells and a group with ≥15% ERK-positive tumor cells. For data comparison, an enrichment analysis of a microarray database was performed (GSE29016, n = 72). Results: Activated ERK levels were ≥15% and <15% in 21 (58%) and 15 (43%) patients, respectively. There were no statistically significant differences in age, sex, smoking history, and body mass index among the groups stratified by ERK levels. The survival rate was lower in the ERK ≥15% group than in the ERK <15% group (P = 0.045). Enrichment analyses showed no correlation between variations in gene expression of ERK in adenocarcinoma patients and survival rates in patients with stage I and combined stage II+III disease. Conclusions: High ERK positivity in cells from biological samples of lung adenocarcinoma is related with tumor aggressiveness and a poorer prognosis.
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Avaliação de HER-2 em câncer de pâncreas : diferenças entre as classificações HercepTest™ e ToGA Trial e correlação com a sobrevida

Pereira, Marcia Pithan January 2012 (has links)
Introdução: a superexpressão de HER-2 tem correlação com maior agressividade em carcinomas de mama e estômago, e a sua detecção já foi incorporada como rotina na análise destas neoplasias. Critérios ideais para avaliação do HER-2 em câncer de pâncreas permanecem incertos. Objetivos: avaliar o status do HER-2 e o seu valor preditivo em adenocarcinoma pancreático. Materiais e métodos: análise clinicopatológica e imuno-histoquímica de 112 pacientes com diagnóstico de câncer de pâncreas com base nos critérios propostos para câncer de mama (HercepTest™) e de estômago (ToGA Trial). Resultados: pelo HercepTest™ 5 (4.5%) casos apresentaram escore 3+, 3 (2.7%) escore 2+ e 104 (92.9%) escores 0/1+. Na análise pelo ToGA Trial, 9 (8.0%) obtiveram escore 3+, 32 (28.6%) escore 2+ e 71 (63.4%) escores 0/1+. Todos os casos positivos pelo HercepTest™ também o foram para o ToGA Trial. Pacientes com hiperexpressão (3+) apresentaram sobrevida média maior que aqueles sem (0 a 2+) tanto pelo HercepTest™ quanto pelo ToGa Trial (43.88 vs. 10.3 meses, p = 0.029 e 40.7 vs. 10.1 meses, p = 0.013, respectivamente). Os demais parâmetros não mostraram correlação com a expressão de HER-2. Conclusão: diferenças na incidência e no significado prognóstico da superexpressão podem ser decorrentes do pequeno tamanho amostral e do uso de dois critérios diferentes de positividade para HER-2. Estes resultados servem com impulso para novas investigações de superexpressão e amplificação do HER-2 utilizando, além da imuno-histoquímica, métodos como FISH e SISH, a fim de se obter mais opções terapêuticas para oferecer aos pacientes, como agentes anti-HER-2. / Introduction: HER-2 overexpression is correlated with aggressiveness in breast and gastric cancers, and its detection has been incorporated as routine in the analysis of these neoplasms. Ideal criteria for evaluation of HER-2 in pancreatic cancer remain unclear. Objectives: to assess the HER-2 status and its predictive value in pancreatic adenocarcinoma. Material and methods: clinicopathologic and immunohistochemical analysis were undertaken in 112 patients with pancreatic cancer using the criteria proposed for breast (HercepTest™) and stomach cancer (ToGA Trial). Results: using HercepTest™ 5 (4.5%) cases had a score of 3+, 3 (2.7%) had a score of 2+ and 104 (92.9%) had scores of 0/1 +. By ToGA Trial, 9 (8.0%) obtained score of 3+, 32 (28.6%) had a score of 2+ score and 71 (63.4%) had scores of 0/1 +. All positive cases by HercepTest™ also went to the ToGA Trial. Patients with overexpression (3 +) showed greater survival than those without (0 to 2 +) by both HercepTest™ and ToGa Trial (43.88 vs. 10.3 months, p = 0.029 and 40.7 vs. 10.1 months, p = 0.013, respectively). Other parameters did not show correlation with the expression of HER-2. Conclusion: differences in incidence and prognostic significance of overexpression may be explained from small sample size and the use of two different criteria of positivity for HER-2. These results serve as an impulse for new investigations of overexpression/amplification of the HER-2 using, besides immunohistochemistry, FISH and SISH methods, in order to get more treatment options to provide patients, as agents anti-HER-2.
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Sobrevida de pacientes com carcinoma espinocelular bucal em Campina Grande, Paraíba

Peixoto, Tony Santos 31 July 2012 (has links)
Submitted by Jean Medeiros (jeanletras@uepb.edu.br) on 2017-03-22T14:49:09Z No. of bitstreams: 1 PDF - Tony Santos Peixoto.pdf: 11045792 bytes, checksum: f62419bb2c1bbc094b4904cf8bff9206 (MD5) / Approved for entry into archive by Secta BC (secta.csu.bc@uepb.edu.br) on 2017-03-22T15:17:24Z (GMT) No. of bitstreams: 1 PDF - Tony Santos Peixoto.pdf: 11045792 bytes, checksum: f62419bb2c1bbc094b4904cf8bff9206 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-22T15:17:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PDF - Tony Santos Peixoto.pdf: 11045792 bytes, checksum: f62419bb2c1bbc094b4904cf8bff9206 (MD5) Previous issue date: 2012-07-31 / The oral cancer is considered one of the malign tumors which most attack the human being and the patients’ survival is still considered low despite the scientific and technological advances regarding the diagnosis methods and treatment. It was estimated in this work a global and accumulated survival rate in patients with oral CEC in the period of five years, treated in an Oncology Reference Center, Campina Grande/PB, from 2002 to 2006, considering the possible prognostic indicators. A Kaplan-Meier analysis was used and it was possible to obtain survival curves for each one of the categorical variables whose differences were analyzed using the Log-Rank test and the Wilcoxon (Breslow) test, with a significant level of 5%. Men, the tongue and the left side of the anatomical areas were the most attacked by CEC. Most of the patients were diagnosed as being in a tumor advanced stage (III and IV) in the mouth who presented a shorter survival. The global survival was 57% being found a bigger rate of death in the patients with oral cancer. The cancer stages represented an important prognostic factor directly interfering in the accumulated survival from the first year of evaluation. The patients with CEC present a low global survival being the cancer stages the only variable considered as a prognostic indicator. / O câncer bucal encontra-se entre os tumores malignos que mais acometem o ser humano, onde a sobrevida dos pacientes, ainda, é considerada baixa, apesar dos avanços científicos e tecnológicos em relação aos métodos de diagnóstico e tratamento. Neste trabalho, estimou-se a taxa de sobrevida global e acumulada de pacientes com CEC bucal, no período de cinco anos, tratados num Centro de Referência em Oncologia, Campina Grande /PB, no período de 2000 a 2006, considerando os possíveis fatores de prognóstico. Utilizou-se a análise de Kaplan- Meier e foram obtidas curvas de sobrevida para cada uma das variáveis categóricas, cujas diferenças foram analisadas, usando o teste Log-Rank e o teste de Wilcoxon (Breslow), com nível de significância de 5%. Os homens, a língua e o lado esquerdo dos sítios anatômicos foram os mais acometidos pelo CEC. A maioria dos pacientes foi diagnosticada em estágio avançado do tumor (III e IV), os quais apresentaram menor sobrevida. A sobrevida global foi de 57%, sendo encontrada uma maior taxa de óbito nos pacientes com tumores localizados na cavidade bucal, em detrimento ao localizados o lábio. O estadiamento representou importante fator de prognóstico interferindo, diretamente na sobrevida acumulada, a partir do primeiro ano de avaliação. Os pacientes com CEC bucal apresentam baixa sobrevida global, sendo o estadiamento a única variável considerada como indicador de prognóstico.
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Câncer infantil no centro-oeste do Brasil: tendência de incidência, mortalidade e sobrevida / Câncer infantil no centro-oeste do Brasil: tendência de incidência, mortalidade e sobrevida childhood cancer in midwest of Brazil: incidence, mortality and survival trend

Rezende, Fabrícia Ramos 30 November 2015 (has links)
Submitted by Liliane Ferreira (ljuvencia30@gmail.com) on 2018-06-08T12:26:03Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Fabrícia Ramos Rezende - 2015.pdf: 3080249 bytes, checksum: f0818fe1fcf9527270a6694d612b6058 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2018-06-08T15:03:45Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Fabrícia Ramos Rezende - 2015.pdf: 3080249 bytes, checksum: f0818fe1fcf9527270a6694d612b6058 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2018-06-08T15:03:45Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Fabrícia Ramos Rezende - 2015.pdf: 3080249 bytes, checksum: f0818fe1fcf9527270a6694d612b6058 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2015-11-30 / INTRODUCTION: Childhood cancer is a rare cancer that generates a large social impact. The estimate for the years 2014 and 2015 was 11,840 new cases per year in Brazil. The largest numbers occurring in the Southeast (5600) and Northeast (2,790), followed by the South (1350), Midwest (1280) and North (820). The global trend is for incidence increased, mortality reduction and survival increased. This is happening in the world due to earlier diagnosis, more access to treatment, introduction of chemotherapy protocols and investment in human resources in the pediatric oncology. There are few studies examining childhood cancer in Brazil. The main is to analyze the childhood cancer in western central Brazil. METHODOLOGY: Incidence data were obtained from the Population Based Cancer Registry of Goiânia and mortality data in the Mortality Information System (SIM). We calculated the crude and standardized rates of incidence and mortality, using Microsoft Excel 2007. The analysis of incidence and mortality trends were made with the joinpoint Regression Program software, v. 4.0.4. For the survival it was researching the vital status of each case on the SIM, oncosis, SUS card, TSE, and telephone consultations. Survival was analyzed according to gender, age, and five years after diagnosis. We used the Kaplan-Meier method with the log-rank and Breslow fixes for the presence of significant differences between the survival curves. A p value <0.05 was considered statistically significant. It was also made the Cox regression to assess the hazard ratio of death and Choinfield test to test parallelism between turns. Data were analyzed using STATA software. The absence of incidence data in the capitals of the Midwest for a period of over 15 years has limited trend analysis of mortaliade data for the capital Cuiabá, Campo Grande and Brasilia, and you can only description of the mortality trend for childhood cancer in the Midwest Region of Brazil, in the period of 16 years. In the city of Goiânia was possible to do trend analysis of incidence and mortality and survival analysis to five years in children and adolescents diagnosed with cancer at age 0-19 years from 1996 to 2011. RESULTS: Mortality in western central Brazil for childhood cancer showed a stable trend in both sexes. In Goiania, the incidence trend was also stable. Longer survival is an increase, but is still small when compared to developed countries. CONCLUSION: The mortality trends for childhood cancer in the western center of the capital showed a stability and incidence in Goiania capital too, which comes from mismatch with the data from developed countries. / INTRODUÇÃO: O Câncer infantil é uma neoplasia rara que gera um grande impacto social. A estimativa para os anos de 2014 e 2015 foi de 11.840 novos casos por ano no Brasil. Os maiores números ocorrendo nas regiões Sudeste (5.600) e Nordeste (2.790), seguidos pelas regiões Sul (1.350), Centro-Oeste (1.280) e Norte (820). A tendência mundial é de aumento da incidência, redução da mortalidade e, maior sobrevida. Isso vem ocorrendo no mundo devido ao diagnóstico precoce, mais acesso ao tratamento, introdução de protocolos de quimioterapia e investimento em recursos humanos na area de oncologia pediátrica. Existem poucos estudos que analisam o câncer infantil no Brasil. OBJETIVO: Analisar o câncer infantil no centro oeste do Brasil. METODOLOGIA: Os dados de incidência foram obtidos no Registro de Câncer de Base Populacional de Goiânia e os dados de mortalidade no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). Foram calculadas as taxas brutas e padronizadas da incidência e da mortalidade, utilizando o Microsoft Excel 2007. A análise das tendências de incidência e de mortalidade foram feitas com o software JoinPoint Regression Program, v. 4.0.4. Para o cálculo de sobrevida, foi pesquisado o status vital de cada caso no SIM, ONCOSIS, cartão SUS, TSE e, por consultas telefônicas. A sobrevida foi analisada de acordo com o gênero, por idade, e 5 anos após o diagnóstico. Foi utilizado o método de Kaplan-Meier com as correções de Log-Rank e Breslow para avaliar a presença de diferenças significativas entre as curvas de sobrevida. O valor de p < 0.05 foi considerado estatisticamente significativo. Foi feito também a Regressão de Cox, para avaliar a razão de risco do óbito e o teste de Choinfield para testar o paralelismo entre as curvas. Os dados foram analisados utilizando o software STATA. A ausência de dados de incidência nas capitais do centro oeste por um período de mais de 15 anos limitou a análise de tendência dos dados de mortaliade para as capitais Cuiabá, Campo Grande e Brasília, sendo possível apenas a descrição da tendência da mortalidade por câncer infantil na região Centro-Oeste do Brasil, no período de 16 anos. Na cidade de Goiânia foi possível fazer as análises de tendência da incidência e da mortalidade e a análise de sobrevida aos cinco anos em crianças e adolescentes com diagnóstico de câncer, na idade de 0 a 19 anos, no período de 1996 a 2011. RESULTADOS: A mortalidade no centro oeste do Brasil para o câncer infantil demonstrou uma tendência de estabilidade em ambos os sexos. Em Goiânia, a tendência da incidência também foi de estabilidade. Já a sobrevida vem apresentando um aumento, mas ainda é pequena quando comparado aos países desenvolvidos. CONCLUSÃO: A tendência de mortalidade para o câncer infantil nas capitais da região centro oeste evidenciou uma estabilidade e a incidência na capital Goiânia também, o que vem de desencontro com os dados dos países desenvolvidos.
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O Valor prognóstico das multimorbidades com foco no Índice de Comorbidades de Charlson no acidente vascular cerebral isquêmico: Análise de sobrevivência em até nove anos de seguimento no Estudo Mortalidade e Morbidade do AVC (Estudo EMMA) / The prognostic value of multimorbidities focusing on Charlson Index Comorbidity on ischemic stroke survival: 9-year evaluation in the Study of Stroke Mortality and Morbidity (EMMA study).

Herbert Halley Gomes de Castro 08 February 2017 (has links)
Introdução: Apesar da alta frequência dos fatores de risco cerebrovasculares (FRCV) e comorbidades pré-acidente vascular cerebral (AVC) e sua influência na mortalidade pós-AVC, a avaliação individualizada desses fatores nem sempre identifica pacientes com pior prognóstico. Portanto, decidimos avaliar o perfil de multimorbidades, com foco no Índice de Comorbidades de Charlson (ICC) modificado por Goldstein, que é um escore que avalia a carga de comorbidades e sua relação com risco de morte em estudos longitudinais, na sobrevida em curto e longo prazo dentre participantes com AVC isquêmico (AVCi) da coorte EMMA (Estudo de Mortalidade e Morbidade do Acidente Vascular Cerebral). Métodos: Foram incluídos 959 indivíduos (idade mediana 70 anos) com dados validados sobre o diagnóstico de AVC isquêmico (AVCi), principais FRCV tais como fibrilação atrial (FA), recorrência de AVC e comorbidades clínicas pré-evento índice. Foi calculado o ICC modificado por Goldstein, o qual inclui 17 condições clínicas com pontuações que variam de um a seis (0-31 pontos). O status vital foi atualizado periodicamente até nove anos a partir da admissão hospitalar (2006-2014). Estatística: Foram realizadas análises de sobrevivência usando as curvas de Kaplan-Meier e modelos de regressão logística de Cox [razão de risco (RR) cumulativa com intervalos de confiança de 95% (IC 95%)] para morte por todas as causas em 180 dias e trienalmente até o período de nove anos. As análises de mortalidade foram realizadas pelos principais FRCV, comorbidades e ICC categorizado de acordo com peso adicionado às comorbidades (Grupo de referência: zero, moderado: um, grave: dois e muito grave: >= três pontos). Resultados: Em 959 casos de IS, a sobrevida foi de 47% (508 óbitos / 959). Os principais CVRF e comorbidades com os maiores riscos de mortalidade por todas as causas até 9 anos foram: hipertensão arterial (HR, 2,98; IC 95%: 1,33-6,72), diabetes lesão renal (HR, 1.81; 95% CI, 1.38-2.37), AVC recorrente (HR, 1,70; IC 95%: 1,35-2,16) (HR, 1,51; IC 95%: 1,17-1,97), doença cardíaca coronariana (DAC) (HR, 1,56; IC 95%: 1,21-2,01), demência (HR, 2,28; IC 95%: 1,41 -3,71), doença renal crônica (DRC) (HR, 2,30, IC 95%, 1,80-2,94) e câncer metastático (HR, 5,03; IC95%: 1,58-16,06). A pior sobrevida (577, IC95%, 381-773 dias) e o maior risco de morte após AVC foram observados no grupo de ICC Muito grave (HR, 3,18; IC95%, 2,16-4,69) até 9 anos. A inclusão de FA e AVC prévios no ICC aumentou levemente o risco de morte para ICC Muito grave (FC, 3,27; IC95%, 2,07-5,18). Conclusão: HAS, FA, diabetes e AVC, assim como DAC, demência, DRC prévios ao evento índice e câncer metastático em atividade, foram preditores independentes de morte em curto e longo prazo em pacientes com AVCi. Além disso, uma alta carga de comorbidades representou um risco de morrer de dois a três vezes em comparação àqueles com AVCi sem comorbidades em até nove anos / Background: Despite the high frequency of cerebrovascular risk factors (CVRF) and clinical comorbidities pre-stroke event and their influence on posts-stroke mortality, the individualized evaluation of these factors not always identify patients with poor prognosis. Thus, we decided to evaluate multimorbidity profile, focusing on Charlson Comorbidity Index (CCI) modified by Goldstein for stroke patients, which is a score that evaluates the burden of comorbidities and its relation with mortality in longitudinal studies, in short and long-term survival in the EMMA Study (Study of Stroke Mortality and Morbidity). Methods: We included 959 individuals (median age 70y-old) with validated data on the diagnosis of ischemic stroke (IS), main CVRF atrial fibrillation (AF), stroke recurrence and clinical comorbidities pre-event index. It was calculated CCI modified by Goldstein, which includes 17 clinical conditions with scores ranging from one to six (0-31 points). Vital status was periodically updated up to nine years from admission (2006-2014). Statistics: Survival analyses were performed by Kaplan-Meier curves and Cox logistic regression models [cumulative hazard ratio (HR) with 95% confidence intervals (95% CI)] for all-cause mortality at 180 days, and every three years up to 9-year follow-up. Mortality analyzes were performed by main CRVF and CCI categorized according to weight added to comorbidities (Reference group: zero, moderate: one, severe: two and very severe: >= three points). Results: In 959 IS cases, survival rate was 47% (508 deaths/ 959). Leading CVRF and comorbidities with the highest risks of all-cause mortality up to 9 years were: hypertension (HR, 2.98; 95% CI, 1.33-6.72), recurrent stroke (HR, 1.70; 95% CI, 1.35-2.16), diabetes with renal impairment (HR, 1.81; 95% CI, 1.38-2.37), atrial fibrillation (AF) (HR, 1.51; 95% CI, 1.17-1.97) ,coronary heart disease (CHD) (HR, 1.56; 95% CI, 1.21-2.01), dementia (HR, 2.28; 95% CI, 1.41-3.71), chronic kidney disease (CKD) (HR, 2.30; 95% CI, 1.80-2.94) and metastic cancer (HR, 5.03; 95% CI, 1.58-16.06). The worst survival (577, 95% CI, 381-773 days) and the highest risk of death after stroke were observed in the very severe CCI group (HR, 3.18; 95% CI, 2.16-4.69) up to 9 years. The inclusion of previous AF and stroke in the CCI slightly increased the risk of death for very severe CCI (HR, 3.27; 95% CI, 2.07-5.18). Conclusion: Hypertension, AF, diabetes, stroke, CHD, dementia, CKD all previous to index event and active metastatic cancer were independent predictors of poor short and long-term survival in IS patients. Besides that, a high burden of comorbidities represented a risk of dying two to three times compared those with IS with no comorbidities up to nine years
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Depressão pós-acidente vascular cerebral como preditor de mau prognóstico: avaliação de sobrevida em longo prazo no Estudo de Mortalidade e Morbidade do Acidente Vascular  Cerebral (Estudo EMMA) / Depression as a predictor of poor long-term survival in a Brazilian stroke cohort (EMMA Study)

Roberta Ferreira de Mello 22 February 2016 (has links)
Introdução: A influência da depressão pós-acidente vascular cerebral (AVC) como preditor de mortalidade é pouca investigada. Assim, nosso objetivo foi avaliar a influência da depressão na sobrevida em longo prazo nos participantes do Estudo de Mortalidade e Morbidade do Acidente Vascular Cerebral (Estudo EMMA), uma coorte em andamento no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, Brasil. Métodos: Foi avaliada prospectivamente uma subamostra de 191 indivíduos com 35 anos ou mais, acometidos por acidente vascular cerebral do tipo isquêmico e hemorrágico, participantes do Estudo EMMA. As características do AVC na admissão hospitalar, além dos dados sociodemográficos e fatores de risco cardiovasculares foram avaliados de acordo com o primeiro episódio de depressão após o evento agudo. O rastreamento de depressão foi realizado com cada participante através de entrevista telefônica com o questionário \"Patient Health Questionnaire-9\" [transtorno depressivo maior (escore &#8805; 10 pontos) e depressão menor (escore &#8805; cinco pontos)] 30 dias após o evento agudo e periodicamente durante um ano de seguimento. As análises de mortalidade foram realizadas através das curvas de sobrevivência de Kaplan-Meier e pelas razões de risco (\"hazard ratio\") proporcionais que foram calculadas por modelos de regressão logística de Cox ajustados para potenciais fatores de confusão. Resultados: Nesta subamostra de 191 participantes do estudo EMMA, 164 (85,9%) indivíduos foram diagnosticados com acidente vascular cerebral isquêmico e 27 (14,1%) com acidente vascular cerebral hemorrágico. A frequência geral de transtorno depressivo maior foi de 25,1% (48/191) e a frequência de depressão menor foi de 57,1% (109/191) durante um ano de seguimento, independentemente do subtipo de AVC. Foi observada uma taxa de sobrevida menor entre os indivíduos que desenvolveram transtorno depressivo maior pós-AVC em comparação com aqueles que não desenvolveram esta condição após um ano de seguimento (85,4% vs. 96,5%, log-rank p = 0,006). Após análise de regressão de Cox múltipla, observamos um risco maior de mortalidade por todas as causas dentre aqueles que desenvolveram transtorno depressivo maior em comparação aos participantes sem transtorno depressivo maior (razão de risco = 5,97; IC 95% =1,43-24,91, p = 0,01). Os participantes que desenvolveram depressão menor não apresentaram diferenças estatisticamente significativas nas taxas de sobrevida pós-AVC comparativamente aos que não apresentaram estes sintomas (93,2% vs. 94%, log-rank p = 0,94); assim como não apresentaram um aumento no risco de morte em até um ano de seguimento (razão de risco = 0,76; IC 95% = 0,18 3,19, p = 0,71). Conclusão: Nossos resultados sugerem que a ocorrência do primeiro episódio de transtorno depressivo maior foi um preditor potencial de mau prognóstico caracterizado por um risco aumentado de morte um ano após o AVC / Introduction: The influence of post-stroke depression as a predictor of mortality is poorly investigated. Thus, our aim was to evaluate the influence of depression on long-term survival in participants from the Study of Stroke Mortality and Morbidity (EMMA Study), an ongoing stroke cohort performed in the Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, Brazil. Methods: We prospectively evaluated a subset of 191 EMMA participants with 35 years or more, affected by ischemic and hemorrhagic stroke. The stroke characteristics at hospital admission, as well as, sociodemographic and cardiovascular risk factors were evaluated according to the first episode of depression after acute event. Screening of depression was conducted by telephone interview with each participant using \"Patient Health Questionnaire-9\" [major depressive disorder (score &#8805; 10 points) and minor depression (score &#8805; five points)] 30 days after acute event and periodically during one year of follow-up. Mortality analyzes were performed using Kaplan-Meier survival curves and the hazard proportional ratios were calculated by Cox logistic regression models adjusted for potential confounders. Results: In this subsample of 191 EMMA participants, 164 (85.9%) patients were diagnosed with ischemic stroke and 27 (14.1%) with hemorrhagic stroke. The overall frequency of major depressive disorder was 25.1% (48/191) and lower depression rate was 57.1% (109/191) during one year of follow-up, regardless of stroke subtype. It was observed a lower survival rate among individuals who developed major depressive disorder after stroke compared to those who did not develop this condition after one year of follow-up (85.4% vs. 96.5% was observed, log-rank p = 0.006). After multiple Cox regression analysis, we observed an increased all-cause mortality among those who developed major depressive disorder when compared to participants without major depressive disorder (risk ratio = 5.97, 95% CI = 1.43 to 24.91, p = 0.01). Participants who developed minor depression showed no statistically significant differences in post-stroke survival rates compared to those without these symptoms (93.2% vs. 94%, log-rank p = 0.94); as well as, they did not show an increased risk of death within one year of follow-up (risk ratio = 0.76, 95% CI = 0.18 to 3.19, p = 0.71). Conclusion: Our results suggest that the occurrence of the first episode of major depressive disorder was a potential predictor of poor prognosis characterized by an increased risk of death one year after the stroke

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