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Cafeína e estresse : influências sobre o comportamento e sobre parâmetros bioquímicos avaliando estresse oxidativo no sistema nervoso centralNoschang, Cristie Grazziotin January 2009 (has links)
A cafeína é uma substância amplamente consumida na forma de café, chás e refrigerantes. Estudos demonstram sua influência no comportamento alimentar aparentemente promovendo uma pequena redução na ingestão de calorias e no comportamento do tipo ansioso, onde altas doses podem induzir um estado de ansiedade. Além disso, ela parece ser neuroprotetora, e é possível que parte desse efeito seja devido a sua atividade antioxidante a qual está bem descrita in vitro. O consumo de cafeína muitas vezes está associado a situações de estresse. A exposição ao estresse crônico leva a alterações bioquímicas e comportamentais, tendo sido sugerido que aumenta a produção de radicais livres. O objetivo deste trabalho é verificar o efeito do consumo de cafeína e do estresse crônico sobre os parâmetros comportamentais, comportamento do tipo ansioso e alimentar e sobre parâmetros bioquímicos relacionados ao estresse oxidativo em hipocampo, estriado e córtex cerebral de ratos. Além disso, diferenças sexo-específicas foram verificadas com relação ao comportamento do tipo ansioso e ao dano ao ADN. Ratos Wistar machos e fêmeas foram submetidos ao estresse por contenção por 40 dias. A dieta consistiu de ração padrão e cafeína 0,3 ou 1g/L na água de beber, a vontade, como única fonte de líquido disponível. Controles receberam água da torneira. A ansiedade e o comportamento alimentar foram avaliados, bem como o dano ao ADN (em hipocampo), a lipoperoxidação, o Potencial antioxidante reativo total (TRAP) e a atividade das enzimas antioxidantes Superóxido dismutase (SOD), Glutationa peroxidase (GPx) e Catalase (CAT), no hipocampo, estriado e córtex cerebral. O consumo de cafeína e o estresse crônico aumentaram o comportamento do tipo ansioso, efeito que foi observado apenas nos machos. No comportamento alimentar, a cafeína (0,3g/L e 1g/L) aumentou a latência e diminuiu o consumo de alimento doce (Froot Loops® ) no estado alimentado. Além disso, a cafeína 1g/L levou a um consumo menos intenso de alimento salgado (Cheetos®) pelos ratos no estado de jejum. Tanto a cafeína quanto o estresse aumentaram o dano ao ADN no hipocampo de ratos machos sem haver alteração nas fêmeas. Com relação ao estresse oxidativo, houve interações entre estresse e cafeína, especialmente no córtex, na atividade da SOD e da CAT, uma vez que a cafeína aumentou a atividade destas enzimas nos animais controles e não teve efeito nos estressados. Além disso, o estresse diminuiu a atividade da GPx no córtex e aumentou a atividade da SOD no estriado. Conclui-se que o estresse crônico e o consumo de cafeína levaram a um aumento no comportamento do tipo ansioso em ratos machos. Além disso, a cafeína aumentou a latência e diminuiu o consumo de Froot Loops® em ratos previamente alimentados. Por outro lado, o estresse repetido por contenção induziu um estado de maior susceptibilidade ao estresse oxidativo em algumas estruturas cerebrais devido a atividade alterada das enzimas antioxidantes, enquanto que, a administração crônica de cafeína levou em alguns casos (depende da estrutura) a um aumento na atividade de enzimas antioxidantes, sugerindo um papel neuroprotetor, que depende do estado do sujeito (estressado ou não). / Caffeine is widely consumed in coffee, tea and soft-drinks. Studies show its influence on feeding behavior apparently through slight reduction on calorie ingestion and on anxiety-like behavior, where high doses can induce anxiety states. Besides, it seems to be neuroprotective, and it is possible that part of this effect is due to its antioxidant activity, which is well described in vitro. Caffeine consumption is many times associated to stressfull situations. The exposure to chronic stress leads to biochemical and behavioral changes and it has been suggested that increases free radicals production. The aim of this work is to verify the effect of caffeine consumption and chronic stress on behavioral parameters, anxiety-like-behavior and feeding behavior and on biochemical parameters related to oxidative stress in hippocampus, striatum and brain cortex of rats. Besides, sex specifics differences were verified on anxiety-like behavior and on DNA damage. Wistar rats male and female were submitted to restraint stress for 40 days. The diet was standard chow and caffeine 0.3g/L or 1g/L in the drinking water, ad libitum, as the only source of drinking. Controls received tap water. Anxiety-like-behavior and feeding behavior were evaluated as well as DNA damage (in the hippocampus), lipoperoxidation, Total reactive antioxidant potential (TRAP), and antioxidant enzymes ativities, Superoxide Dismutase (SOD), Glutathione Peroxidase (GPx) and Catalase (CAT) in the hippocampus, striatum and brain cortex. The caffeine consumption and chronic stress increased anxiety-like behavior, effect which was observed only in males. On feeding behavioral, caffeine 0.3g/L and 1g/L increased the latency and decreased the consumption of sweet food (Froot Loops®) on feeding state. Besides, caffeine 1g/L led to a less intense consumption of salty food (Cheetos®), on fasting state. Both caffeine and stress increased the DNA damage in the hippocampus of male rats, without any alteration on females. About oxidative stress, there were interactions between caffeine and stress, specially on cortex, on SOD and CAT activities, once caffeine increased the activity of these enzymes in control animals and had no effect in stressed animals. Furthermore, stress decreased GPx activity in the cortex and increased SOD activity in the estriatum. In conclusion, chronic stress and caffeine consumption led to an increase on anxiety-like behavior in male rats. Besides, caffeine increased the latency and decreased the consumption of Froot Loops® in prefeeding rats. On the other hand, repeated restraint stress induced a state of higher susceptibility to oxidative stress in some structures, considering the altered activities of antioxidant enzymes, while the chronic administration of caffeine, led, in some cases (depending on the structure), to increased activity of antioxidant enzymes, suggesting a possible neuroprotective role, which depends on the subject state (stressed or not).
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Sistematização das artérias da base do encéfalo de avestruz (struthio camelus)Nazer, Manoel Brandes January 2009 (has links)
O avestruz (Struthio camelus) é uma ave da família Struthionidae, originária da África. Embora a irrigação da base do encéfalo de outras aves já tenha sido fonte de estudo por alguns pesquisadores, desconhece-se o padrão, as variações, as distribuições e o comportamento das artérias que promovem a irrigação sangüínea na base do encéfalo em avestruz. Neste trabalho, foram utilizados 30 espécimes, nos quais o sistema arterial foi preenchido com látex corado em vermelho através das artérias (Aa.) carótida comum direita e esquerda. Sistematizou-se as artérias da face ventral do encéfalo, à direita e à esquerda, com suas respectivas percentagens de ocorrência. A a. carótida do cérebro, um vaso de grosso calibre, foi predominante na direita (43,3%), esquerda (36,7%) e equivalentes (20%). A anastomose intercarótica apresentou calibre médio (46,7%), grosso (43,3%) e fino (10%), tendo inclinação de fluxo para esquerda (53,3%) e direita (46,7%). A a. oftálmica interna direita apresentou, à direita, calibre médio (43,3%), fino (33,3%) e grosso (23,3%); à esquerda, calibre médio (60%), fino (26,7%) e grosso (13,3%). O ramo caudal da a. carótida do cérebro foi, á direita, desenvolvido (53,3%) e vestigial (46,7%); à esquerda, desenvolvido (66,7%) e vestigial (33,3%). A a. tectal mesencefálica ventral foi ramo colateral do ramo caudal da a. carótida do cérebro à direita (53,3%) e à esquerda (66,7%), ramo direto da a. carótida do cérebro à direita (43,3%) e à esquerda (30%) e, ramo direto da a. basilar (3,3%) em ambos os antímeros. A a. basilar foi um vaso ímpar (80%), duplo em quase toda sua extensão calibrosa (13,3%) e, apresentou uma formação "em ilha" em seu segmento de grosso calibre (6,7%). A a. cerebelar ventral caudal foi única (96,7%) e dupla (3,3%) à direita e, única (93,3%) e dupla (6,7%) à esquerda. A a. espinhal dorsal foi ramo colateral da a. cerebelar ventral caudal à direita (96,7%) e à esquerda (93,3%), sendo também ramo da porção fina da a. basilar à direita (3,3%) e à esquerda (6,7%). A a. espinhal ventral, sempre ramo da a. basilar, foi dupla (90%) e única (10%). O ramo rostral da a. carótida do cérebro, um vaso de grosso calibre, apresentou, à direita, um trajeto padrão (86,7%) e um deslocamento rostral (13,3%) e, à esquerda, trajeto padrão (83,3%) e um deslocamento rostral (16,7%). A a. cerebral caudal, à direita, foi dupla (90%) e única (10%); à esquerda, foi dupla (53,3%) e única (46,7%). A a. cerebral média, em ambos os antímeros, foi um vaso único (100%) e de grosso calibre, sendo o segundo ramo colateral do ramo rostral da a. carótida do cérebro. A a. cerebroetmoidal foi única (100%), de médio a grosso calibre, em ambos os antímeros. A a. cerebral rostral foi única (90%) e dupla (10%) à direita e única (96,7%) e dupla (3,3%) à esquerda. A a. etmoidal foi única (100%), de médio a grosso calibre, sendo a continuação natural da a. cerebroetmoidal, após a emissão da a. cerebral rostral. O círculo arterial cerebral apresentou-se rostralmente aberto (100%) e, caudalmente, aberto (80%) e fechado (20%). / The ostrich (Struthio camelus) is a bird from the Struthionidae family, originated from Africa. Although the irrigation of the base of the brain of other birds has already been the source of study by some researchers, the pattern, variations, distribution and the behavior of the arteries that promote the blood irrigation in the base of ostrich's brain are not known. In this work, 30 specimens, in which the arterial system was filled with red colored latex in the common carotid arteries left and right. We systematized the arteries of the ventral face of the brain, to the right and to the left, with their respective occurrence percentage. The carotid artery (a.) of the brain, a thick caliber vase, was predominant in the right (43.3%), left (36.7%) and equivalents (20%). The intercarotid anastomosis presented a medium caliber (46.7%), thick (43.3%) and thin (10%), with flux inclination to the left (53.3%) and right (46.7%). The inner right ophthalmic a. presented, to the right, medium caliber (43.3%), thin (33.3%) and thick (23.3%); to the left, medium caliber (60%), thin (26.7%) and thick (13.3%). The caudal branch of the carotid a. of the brain was, to the right, developed (53.3%) and vestigial (33.3%). The midbrain ventral tectal a. was the collateral branch of the caudal branch of the carotid a. of the brain to the right (53.3%) and to the left (66.7%), right branch of the carotid a. of the brain to the right (43.3%) and to the left (30%) and, right branch of the basilar a. (3.3%) in both antimeres. The basilar a. was an unpaired vase (80%), double in almost the entire caliber extension (13.3%) and, presented the "island" formation in its segment of thick caliber (6.7%). The caudal ventral cerebellar a. was single (96.7%) and double (3.3% to the right and, single (93.3%) and double (6.7%) to the left. The dorsal spinal a. was a collateral branch of the caudal ventral cerebellar a. to the right (96.7%) and to the left (93.3%), which was also a branch of the thin portion of the basilar a. to the right (3.3%) and to the left (6.7%). The ventral spinal a., always a branch of the basilar a., was double (90%) and single (10%). The rostral branch of the carotid a. of the brain, a vase of thick caliber, presented, to the right, a standard path (86.7%) and a rostral displacement (13.3%) and, to the left, a standard path (83.3%) and a rostral displacement (16.7%). The caudal brain a., to the right, was double (90%) and single (10%); to the left, it was double (53.3%) and single (46.7%). The medium cerebral a., in both antimeres, was a single vase (100%) and of thick caliber, being that the second collateral branch of the rostal branch of the brain carotid a. The brain ethmoidal a. foi single (100%), of medium to thick caliber, in both antimeres. The rostral brain a. was single (90%) and double (10%) to the right and single (96.7%) and double (3.3%) to the left. The ethmoidal a. was single (100%), of medium to thick caliber, being the natural continuity of the brain ethmoidal, after the emission of the rostral brain a.. The brain artery circle was rostrally open (100%) and, caudally, open (80%) and closed (20%).
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Papel dos receptores VR1 hipocampais sobre a consolidação da memóriaGenro, Bruna Pasqualini January 2008 (has links)
Os receptores vanilóides VR1 estão presentes em grandes quantidades no sistema nervoso periférico (SNP) e têm sido amplamente estudados como integradores de estímulos nocivos. A detecção desse sistema vanilóide também no sistema nervoso central (SNC), leva ao questionamento de qual seria o papel fisiológico dos receptores VR1 localizados no encéfalo. No presente estudo, abordamos a função desses receptores no hipocampo, estrutura essencial para a formação de memórias aversivas. Foram estudados os efeitos da administração bilateral intrahipocampal de capsaicina, um agonista vanilóide endógeno e de capsazepina, um antagonista dos receptores vanilóides VR1 sobre a etapa de consolidação da memória avaliando 3 parâmetros comportamentais (a) a tarefa de Esquiva Inibitória (b) a tarefa de Condicionamento Aversivo ao Contexto, e (c) o Labirinto em Cruz Elevado. Nossos resultados mostram que o antagonista VR1, a capsazepina, na concentração de 10µM prejudicou a consolidação da memória somente na tarefa de Condicionamento Aversivo ao Contexto. Não foram observados efeitos na tarefa da Esquiva Inibitória e tampouco no Labirinto em Cruz Elevado, sugerindo que o sistema vanilóide participa nos processos de memória envolvendo componentes mais aversivos e que os fármacos utilizados não produziram efeito sobre a ansiedade ou atividade locomotora dos animais. As evidências sugerem um envolvimento do sistema vanilóide endógeno na modulação da consolidação de memórias com um maior grau de aversividade.
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Papel da oscilação da frequência gama na seleção de neurônios e na formação de células de lugar no giro denteadoAlmeida, Licurgo Benemann de January 2009 (has links)
Esta tese defende a noção de que as oscilações gama não são apenas responsáveis pela atividade sincronizada de neurônios, mas também apresentam uma segunda função: selecionar qual célula principal vai disparar. Este processo de seleção ocorreria através da interação entre excitação e retroalimentação inibitória na freqüência gama. É observado aqui que este processo de seleção não está relacionado com a fração de células disparando a cada ciclo gama, mas sim com a excitação supralimiar (E) dentro de uma percentagem da excitação máxima (E%-max). Este processo é chamado aqui de E%-max winner-take-all ("vencedor-leva-tudo"). Visando testar a utilidade deste modelo, o E%-max é aplicado a duas redes diferentes: no primeiro trabalho é analisado o papel das oscilações no córtex visual primário (V1), um dos poucos sistemas onde tanto a taxa de disparos quando a excitação intracelular foram medidas diretamente. O primeiro trabalho apresentado aqui mostra que um processo de seleção do tipo E%-max winner-take-all fornece uma explicação simples de por que a sintonia de orientação dos disparos é mais estreita que a sintonia de excitação, e por que esta diferença não é alterada com o aumento da excitação. O segundo trabalho investiga como o processo E%-max influencia a formação de células de lugar (place cells) no giro denteado a partir de células de grade (grid cells) corticais. Os resultados mostram que as células granulares simuladas possuem mapas de disparos com um ou mais "campos receptivos espaciais" (place fields) cujo tamanho e número se aproxima dos resultados observados experimentalmente. A conclusão aqui é que esta transformação de entradas e saídas de células granulares no giro denteado não depende fortemente das modificações sinápticas, e que a formação de "campos de lugar" pode ser entendida em termos de simples somatórios de entradas excitatórias escolhidas aleatoriamente juntamente com um mecanismo do tipo E%-max winner-take-all. / This work argues that gamma oscillations are not only responsible for synchronized activity but also have a second function: they select which principal cells fire. This selection process occurs through the interaction of excitation with gamma frequency feedback inhibition. Here is observed that this selection process is not related to the fraction of cells firing at each gamma cycle, but rather related to the suprathreshold excitation (E) within E% of the cell that has maximum excitation. The process is called here E%-max winner-take-all. To test the utility of this framework, the E%- max is applied to two different networks: the first work analyzes the role of oscillations in V1, one of the few systems where both spiking and intracellular excitation have been directly measured. This work shows that an E%-max winnertake- all process provides a simple explanation for why the orientation tuning of firing is narrower than that of the excitatory input and why this difference is not affected by increasing excitation. The second work investigates how the E%-max process influences the formation of place cells in dentate gyrus from cortical grid cells. The results show that simulated granule cells have firing maps that have one or more place fields whose size and number approximates those observed experimentally. The conclusion here is that the input-output transformation of dentate granule does not depend strongly on synaptic modification; place field formation can be understood in terms of simple summation of randomly chosen excitatory inputs, in conjunction with a winner-take-all network mechanism.
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Estudo farmacológico dos efeitos gastrointestinais e comportamentais do lupeol e da dilactona do ácido valonéico, isolados de Cenostigma macrophyllum Tul., em roedores / Pharmacological studies on the gastrointestinal and behavioral effects of lupeol and valoneic acid dilactone, isolated from Cenostigma macrophyllum Tul., in rodentsLira, Silveria Regina de Sousa January 2010 (has links)
LIRA, Silvéria Regina de Sousa. Estudo farmacológico dos efeitos gastrointestinais e comportamentais do lupeol e da dilactona do ácido valonéico, isolados de Cenostigma macrophyllum Tul., em roedores. 2010. 166 f. Tese (Doutorado em Farmacologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2010. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-10-17T14:02:56Z
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Previous issue date: 2010 / The Lupeol triterpene and valoneic acid dilactone (VAD), two major chemical components isolated from Cenostigma macrophyllum Tul. (Leguminoseae) were evaluated in the experimental model gastric lesion induced by ethanol and in animal models of behavioral. Both lupeol (3, 10 and 30 mg/kg, p.o.), and VAD (3, 10 and 30 mg/kg, i.p.) afforded significant gastroprotection (p<0,05) against absolute ethanol-induced gastric lesions. In the mechanistic studies, lupeol (30mg/kg) and VAD (10mg/kg) demonstrated an antioxidant action by preventing the ethanol-evoked depletion of non-protein sulfhydryls (NP-SHs), the involvement of nitric oxide (NO), prostaglandins (PGs), and the ATP-dependent potassium and calcium channels. Also observed were the participation of 2-adrenoceptors but not the opioid receptors in the gastroprotective effect of these substances. Lupeol (30 mg/kg) as well as DAV (10mg/kg) effectively reduced the total acidity (p<0,05) in the stomach without altering the gastric secretory volume in pylorus-ligatet rat. While normal intestinal transit was unalttered by lupeol (3, 10 e 30 mg/kg). VAD (3, 10 e 30 mg/kg) significantly (p<0,05) reduced by a mechanism that do not involve either opioid or adrenergic receptors. In addition, VAD (10 mg/kg) was also able to inhibit significantly (p<0, 05) the intestinal transit promoted by castor oil in mice. In open field test, lupeol (3, 10 e 30mg/kg) failed to demonstrate no significant change in locomotor activity of animals. However VAD (3, 10 e 30mg/kg) showed significant diminution (p<0,05) of locomotor activity in this test, but did not affect the motor coordination in rota-rod test. Mice treated with VAD (3,10 and 30mg/kg) demonstrated reduced latency and increase duration of sleeping time induced by pentobarbital sodium and showed enhanced immobility time in tail-suspension test. VAD at the doses 3, 10 and 30 mg/kg induced catalepsy in animals and at 10 mg/kg, it could effectively counteract the hypermotility induced by amphetamine (5mg/kg). These results suggest that both lupeol and VAD can affored gastroprotection against ethanol induced gastric injuri primarily through anantioxidant mechanism by restoring glutathione (NS-PH). The study futher indicate the possible involviment of NO, PGs, KATP channel activationaswell as membrane calcium. Besides the gastroprotection, DAV evidenced depressant effects in behavioral tests, possibly involving monoaminergic or adenosinergic systems which need to be clarifield in a future study. / O triterpeno lupeol e o tanino hidrolisável dilactona do ácido valonéico (DAV), componentes majoritários de Cenostigma macrophyllum Tul. (Leguminoseae), foram avaliados no modelo experimental de lesão gástrica induzida por etanol e em modelos comportamentais. O lupeol (3, 10 e 30mg/kg, v.o.) e a DAV (3, 10 e 30mg/kg, i.p.) atenuaram significativamente (p<0,05) as lesões gástricas induzidas por etanol. No estudo mecanístico, o lupeol (30mg/kg) e a DAV (10mg/kg) mostraram ação antioxidante, previnindo a depleção de grupos sulfidrilas não protéicos e a participação do óxido nítrico, de prostaglandinas, de canais de potássio ATP-dependentes e canais de cálcio. Foi observada ainda a participação de receptores alfa-adrenérgicos, mas não de receptores opióides, no mecanismo gastroprotetor das substâncias. Tanto o lupeol (30 mg/kg) quanto a DAV (10mg/kg) reduziram a acidez gástrica total sem alterar o volume secretório gástrico no modelo de ligadura do piloro. Na avaliação sobre a motilidade intestinal normal, o tratamento com lupeol (3, 10 e 30mg/kg) não alterou o percentual de trânsito em relação ao controle, contudo a DAV (3, 10 e 30mg/kg) reduziu de forma significativa (p<0,05) o percentual de trânsito, por um mecanismo que não envolve receptores opióides ou adrenérgicos. DAV (10 mg/kg) também foi capaz de inibir significativamente (p<0,05) o trânsito estimulado por óleo de rícino. Nos modelos comportamentais, o lupeol (3, 10 e 30mg/kg, v.o.) não produziu alteração na atividade locomotora dos animais no teste da movimentação espontânea, entretanto o tratamento com DAV (3, 10 e 30mg/kg, i.p.) produziu uma diminuição significativa (p<0,05) da atividade locomotora no mesmo teste, sem alterar a coordenação motora dos animais no teste do rota rod. O tratamento com DAV (3,10 e 30mg/kg) reduziu a latência e aumentou a duração do sono induzido por pentobarbital sódico, assim como aumentou o tempo de imobilidade no teste da suspensão da cauda. A administração de DAV nas doses de 3, 10 e 30mg/kg induziu catalepsia nos animais e a dose de 10mg/kg foi capaz de inibir a hiperlocomoção induzida por anfetamina (5 mg/kg). Estes dados sugerem que tanto o lupeol quanto a DAV possuem um potencial efeito gastroprotetor possivelmente relacionado a um mecanismo antioxidante, ao aumento de grupos NP-SH, com participação do NO, das PGs, dos canais de K+ATP e do cálcio. A DAV demonstrou alterações comportamentais que sugerem um efeito depressor do Sistema Nervoso Central com possível envolvimento da dopamina.
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Uso de estimulantes, queixa do sono e estado de humor em motoristas profissionais de caminhão / Use of stimulants, complaiunts of sleep and state of mood in professional drivers of truckPinho, Rachel Saraiva Nunes de January 2005 (has links)
PINHO, Rachel Saraiva Nunes de. Uso de estimulantes, queixa do sono e estado de humor em motoristas profissionais de caminhão. 2005. 84 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2005. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-01-07T12:13:15Z
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Previous issue date: 2005 / The traffic accidents involving truck drivers put in risk the life of these professionals as well as the society in general. The consumption of stimulants and drugs of abuse, the sleep disturbance, the age, the fatigue and the rhythm of work; the imprudence, the conditions of the rail ways can be the main causes. There are few studies in Brazil articulating the use of stimulants, the problems of sleep and the state of mood of these professionals. Thus, because of the singular rhythm of life and the vices of this population it is important to make studies to try to reduce the accidents in Brazilian roads. Studies had been lead to investigate the use of stimulants, the complaints related to sleep and the state of mood in 300 professional truck drivers by means of the following questionnaires: Pittsburgh Sleep Quality Index, Epworth Sleepiness Scale, Questionnaire on the Use of Medicine and Drugs, M.I.N.I (Mini International Neuropsychiatric Interview) and Beck Depression Inventory. The data indicate that the average age of the professionals interviewed was 38.2 years and that about 51.5% was autonomous. The majority of the drivers used to work above 60 weekly hours and used to drive more than 10 followed hours without rest or sleep. Autonomous workers were older, had a better educational level, a better salary and drink less alcohol than the salaried employee. Autonomous workers also worked more hours per week, however they used to drive less followed hours than the salaried employee. This suggests that autonomous workers are more experienced and more careful than the salaried employee. A percentage of 34.9% of the individuals affirmed to use amphetamines not to doze while on duty and 90.7% said to know colleagues who used them with the same purpose, what suggest that more drivers use amphetamines and they had not wanted to admit. Forty six percent of the interviewed people had bad quality of sleep and 55.0% presented excessive sleepiness. It can be said that in general the drivers do not sleep well, fact that it is not compatible with the profession. Depressive state was observed in 13.7% of the drivers, percentage that is above the average found in some studies with populations in general. Because of long and exhausting hours of working without rest, the truck drivers use amphetamines not to doze, have sleep disturbance, excessive sleepiness and depression. Thus, it is necessary to do something to reduce the risks of accidents, involving the drivers, the companies of loads and the authorities. / Os acidentes de trânsito envolvendo motoristas de caminhão põem em risco tanto a vida desses profissionais como a da sociedade em geral. Entre outras causas de acidentes, podem estar o consumo de estimulantes e de drogas de abuso; os distúrbios do sono; a idade; a fadiga e o ritmo de trabalho; a imprudência; as condições das vias. Há poucos estudos no Brasil articulando o uso de estimulantes, os problemas de sono e o estado de humor desses profissionais. É importante que estudos sejam feitos para se tentar reduzir os acidentes nas estradas brasileiras. Este estudo tem por objetivo investigar o uso de estimulantes, as queixas relacionadas ao sono e o estado de humor em 300 motoristas profissionais de caminhão oriundos de todo o País. Foram aplicados os seguintes questionários: Índice da Qualidade de Sono de Pittsburgh, Escala de Sonolência de Epworth, Questionário sobre o uso de medicamentos e drogas, M.I.N.I (Mini International Neuropsychiatric Interview) e Inventário Beck para Depressão. A idade média dos entrevistados foi de 38,2 anos e cerca de 51,5% eram autônomos. A maioria dos motoristas trabalhava acima de 60 horas semanais e dirigia mais de 10 horas seguidas, sem intervalo para descanso ou sono. Os motoristas autônomos eram mais velhos, possuíam melhor grau de escolaridade, melhor renda mensal e bebiam menos álcool do que aqueles com vínculo empregatício. Os autônomos também trabalhavam mais horas por semana, porém dirigiam menos horas seguidas do que os assalariados. Um percentual de 34,9% dos indivíduos afirmou usar anfetaminas para não cochilar ao volante e 90,7% disseram conhecer colegas que as usavam com essa finalidade, o que pode sugerir uma taxa mais elevada de uso de anfetaminas. Quarenta e seis por cento dos entrevistados tiveram má qualidade de sono e 55% apresentaram sonolência excessiva. Foi observado estado depressivo em 13,7% dos motoristas, portanto acima da média da população em geral. Conclui-se que os motoristas profissionais de caminhão apresentam freqüência elevada de má qualidade de sono, hipersonolência e depressão. Esses achados sugerem a alta prevalência do uso de estimulantes e jornadas de trabalho inadequadas, entre outros possíveis fatores. Sugere-se que sejam tomadas medidas para solucionar esses problemas, tanto para preservar a saúde, e melhorar a qualidade de vida destes profissionais, quanto para garantir segurança nas estradas brasileiras.
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Estudo sobre o papel da HSP27 na tolerância à isquemia cerebral em um modelo in vivo e em culturas organotípicas de hipocampo de ratosValentim, Lauren Martins January 2003 (has links)
A HSP27 é um membro da família das proteínas de choque térmico que protege as células contra diversos tipo de estresse, sendo expressa principalmente em astrócitos depois da isquemia. Neste trabalho, nós estudamos o papel da HSP27 na tolerância à isquemia cerebral, usando um modelo in vivo e culturas organotípicas. Foram estudados diferentes tempos de reperfusão in vivo (1, 4, 7, 14, 21, 30 dias) usando 2 min, 10 min ou 2+10 min de isquemia global transitória pela oclusão dos 4 vasos (4VO). Foi observado um aumento no imunoconteúdo no DG depois de todos os tratamentos, com uma diminuição na porcentagem de HSP27 fosforilada. Em CA1, região vulnerável, observou-se um aumento no imunoconteúdo depois de 10 ou 2+10 min de isquemia; em 10 min o aumento de fosforilação foi paralelo ao imunoconteúdo, enquanto com 2+10min de isquemia, quando a região CA1 se tornou resistente, houve uma diminuição na porcentagem de HSP27 fosforilada. Os resultados sugerem que a HSP27 pode estar atuando como chaperona, protegendo outras proteínas da desnaturação nos astrócitos, os quais podem auxiliar os neurônios a sobreviverem por manter a homeostase do tecido. Em culturas organotípicas, foram usados 5 ou 10 min de privação de glicose e oxigênio (OGD) ou 1µM de NMDA para induzir tolerância ao tempo letal, 40 min, de privação de glicose e oxigênio (OGD). Nesse caso, foi observado um aumento no imunoconteúdo de HSP27 depois de todos os tratamentos, mas a porcentagem de HSP27 fosforilada se manteve constante ou aumentou quando o pré-condicionamento ocorreu. A HSP27 pode estar modulando os filamentos de actina ou bloqueando o processo apoptótico, facilitando a sobrevivência das células. Em conjunto, os resultados sugerem que o mecanismo que leva à morte de células pode ser diferente nos dois modelos, exigindo atuações distintas da proteína.
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Tumores do sistema nervoso central: fatores prognósticos relacionados à sobrevida em crianças e adolescentes em duas coortes hospitalares / Tumors of the central nervous system: factors prognostics related to the survival in children and adolescents in two hospital cohortFerreira, Regina Moreira January 1999 (has links)
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Previous issue date: 1999 / Foram estudados 247 pacientes menores de 21 anos, portadores de tumores do sistema nervoso central, matriculados no Hospital do Câncer do Rio de Janeiro e no Hospital do Câncer de Sao Paulo, entre 1985 e 1993 com o objetivo de avaliar os fatores prognósticos relacionados com a sobrevida. Foi utilizada a técnica de Kaplan-Meier para a análise univariada e a de Cox para a multivariada. As Instituiçoes em estudo foram consideradas similares, permitindo o seu estudo conjunto. Quatro variáveis apresentaram valor preditivo isolado sobre o prognóstico de toda a coorte na análise multivariada: grau de diferenciaçao celular, realizaçao do tratamento radioterápico, extensao da cirurgia e paralisia de pares cranianos ao diagnóstico. A taxa de sobrevida global de 5 anos foi de 44,40 por cento (EP=3,30 por cento). Apresentaram diferença estatística significativa entre suas categorias as seguintes variáveis: localizaçao anatômica com melhor sobrevida dos tumores supratentoriais em relaçao aos infratentoriais, os tumores de tronco apresentaram pior sobrevida comparados ao restante da coorte, os tumores de tronco difusos apresentaram pior sobrevida em relaçao aos localizados, realizaçao cirúrgica apresentando melhor evoluçao aqueles que a realizaram, realizaçao de mais de uma cirurgia inicial apresentando melhor evoluçao aqueles que realizaram apenas uma intervençao, realizaçao de tratamento quimioterápico apresentando melhor evoluçao aqueles que nao o realizaram, interrupçoes do tratamento quimioterápico apresentando melhor evoluçao aqueles que nao o interromperam. Nao foram significativas: sexo, idade, dose de radioterapia, implantes de derivaçoes, tipo e momento da realizaçao da quimioterapia. A probabilidade de sobrevida acumulada após cinco anos dos tipos histológicos mais freqüentes foram: astrocitomas 65,22 por cento (EP=6,15 por cento), meduloblastomas 42,92 por cento (EP=7,10 por cento), ependimomas 40,14 por cento (EP=8,36 por cento). As piores taxas de sobrevida associadas ao uso da quimioterapia foram provavelmente relacionadas à heterogeneidade dos grupos quanto à sua gravidade clínica. O tempo de demora para o encaminhamento, o número de instituiçoes procuradas, o pequeno número de ressecçoes completas, o elevado percentual de nao realizaçao cirúrgica foram relacionados com a possibilidade de chegada em fase avançada aos centros especializados.
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Efeito ansiolítico dos polissacarídeos sulfatados da alga marinha vermelha Gracilaria cornea J. Agardh em modelos neurocomportamentais em camundongos / Anxiolytic effect of sulfated polysaccharides from the red seaweed Gracilaria cornea J. Agardh in neurobehavioral models in miceMonteiro, Valdécio Silvano January 2014 (has links)
MONTEIRO, V. S. Efeito ansiolítico dos polissacarídeos sulfatados da alga marinha vermelha Gracilaria cornea J. Agardh em modelos neurocomportamentais em camundongos. 2014. 72 f. Dissertação (Mestrado em Bioquímica) - Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2014. / Submitted by Daniel Eduardo Alencar da Silva (dealencar.silva@gmail.com) on 2015-01-07T19:42:56Z
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Previous issue date: 2014 / Currently there is an increased interest in developing new therapeutic agents from biologically active molecules present in natural sources from marine organisms has been posted. Within this context, red marine algae have received much attention for presenting active biological and pharmacological properties such as antibacterial, antioxidant, antiviral, antitumor, antithrombotic, pro-thrombotic, antinociceptive, anti-inflammatory, anticancer and anticoagulant. Recent surveys show that many bioactive obtained from marine sources have great potential for neuropharmacological applications. Thus the aim of this thesis was to evaluate the effects of sulfated polysaccharides total (PST) obtained from the red seaweed Gracilaria cornea in the Central Nervous System in classic animal models elevated plus maze (EPM), open field, hole board, rota rod, forced swim and tail suspension for the screening of drugs with activities related to neurobehavioral disorders such as anxiety and depression. For the experiments Swiss male mice were used, weighing 25-32g, from the vivarium of the Federal University of Ceará. The animals were treated acutely with PST at doses of 0.1, 1 or 10 mg/kg intraperitoneally. Thirty minutes after treatment, the animals were subjected to behavioral tests of locomotion (open field and rota rod), anxiety (LCE and hole board) and depression (forced swim and tail suspension). The results showed that PST, at a dose of 10 mg/kg, showed anxiolytic effects in models of EPM and hole board, it increased all parameters analyzed in the EPM, as well as the number of dives in the holes of the perforated plate. This effect is probably related to the GABAergic system because flumazenil, antagonists of GABA/Benzodiazepine receptor, reversed the anxiolytic effects of PST in the EPM. In the open field test dose of 10 mg/kg increased the number of quadrants and the number of rearing, try one exitatória action already in the route test rod did not change, showing that the motor activity of the animals was not affected. In the assessment of depressive activity, the PST did not alter the immobility time in the forced swim and tail suspension tests, although the dose of 10mg/kg showed a decrease in the parameter analyzed nonsignificant. Conclusion: total sulfated extracted from Gracilaria cornea, at a dose of 10 mg/kg, polysaccharides suggest an anxiolytic action in the central nervous system, possibly associated with the GABAergic system, devoid of antidepressant action. / Atualmente há um aumento no interesse em desenvolver novos agentes terapêuticos a partir de moléculas biologicamente ativas presentes em fontes naturais, e os organismos marinhos tem-se destacado. Dentro deste contexto, as algas marinhas vermelhas têm recebido muita atenção por apresentar propriedades biológicas e farmacológicas ativas, como: antibacteriana, antioxidante, antiviral, antitumoral, antitrombótica, pró-trombótica, antinociceptiva, antinflamatória, anticoagulante e anticancerígena. Pesquisas recentes mostram que muitos bioativos obtidos de origem marinha apresentam grande potencial para aplicações neurofarmacológicas. Assim o objetivo desta dissertação foi avaliar os efeitos dos polissacarídeos sulfatados totais (PST) obtidos da alga marinha vermelha Gracilaria cornea no Sistema Nervoso Central, em modelos clássicos de animais (labirinto em cruz elevada (LCE), campo aberto, Placa perfurada, rota rod, nado forçado e suspensão de cauda) para screening de drogas com atividades relacionadas com as desordens neurocomportamentais, como ansiedade e depressão. Para a realização dos experimentos foram utilizados camundongos Swiss, machos, pesando de 25-32g, provenientes do biotério da Universidade Federal do Ceará. Os animais foram tratados agudamente com PST nas doses de 0,1, 1 ou 10 mg/kg, via intraperitoneal. Trinta minutos após o tratamento, os animais foram submetidos aos testes comportamentais de locomoção (campo aberto e rota rod), ansiedade (LCE e placa perfurada) e depressão (nado forçado e suspensão de cauda). Os resultados mostraram que PST, na dose de 10 mg/kg, apresentou efeito ansiolítico nos modelos de LCE e placa perfurada, pois aumentou todos os parâmetros analisados no LCE, assim como o número de mergulhos nos orifícios da placa perfurada. Este efeito está provavelmente relacionado com o sistema gabaérgico, pois o flumazenil, antagonistas dos receptores GABAA/ Benzodiazepínicos, reverteu o efeito ansiolítico dos PST no LCE. No teste de campo aberto a dose de 10 mg/kg aumentou o número de quadrantes e o número de rearing, tento uma ação exitatória, já no teste de rota rod não houve alteração, mostrando que a atividade motora dos animais não foi prejudicada. Na avaliação da atividade depressiva, os PST não alteraram o tempo de imobilidade nos testes de nado forçado e de suspensão de cauda, embora a dose de 10mg/kg apresentou uma diminuição no parâmetro analisado, porém não significativo. Conclusão: os polissacarídeos sulfatados totais extraídos da Gracilaria cornea, na dose de 10 mg/Kg, sugerem uma ação ansiolítica no Sistema Nervoso Central, possivelmente relacionado com o sistema gabaérgico, desprovida de ação antidepressivo.
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Importância da análise da frequência cardiáca na diferenciação de eventos epilépticos e não epilépticos / Importance of Heart Rate Analysis in the differentiation of epileptic and non epileptic eventsOliveira, Gisele Ramos de January 2006 (has links)
OLIVEIRA, Gisele Ramos de. Importância da análise da frequência cardiáca na diferenciação de eventos epilépticos e não epilépticos. 2006. 92 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia)- Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2006. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-04-02T12:31:21Z
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Previous issue date: 2006 / Dialeptic seizures are characterized by ictal loss of consciouness, that is independent of the EEG correlate. This classification of epileptic seizures is based only on ictal semiology and was proposed by Lüders et al in 1998. We studied 59 dialeptic events of 27 patients. The events were retrospectively analyzed and classified in: dialeptic complex partial seizures, dialeptic simple partial seizures and dialeptic non epileptic events. It is well known that cardiovascular regulation is a function of neuronal activity in the cerebral cortex, amygdala, and reticular formation in the medulla, and that selective activation of cardiac centers in theses areas is responsible for changes in the heart rate. Our study analyzed the heart rate changes 1 hour prior, during and 1 hour after each dialeptic event. It was shown that the heart rate of the basal period was similar in the complex partial seizures group and in the non epileptic group. The basal heart rate was increased in the simple partial seizures group (P<0.05). The ictal heart rate did not increase in the non epileptic group, as well as in the simple partial seizures group. We showed an increase in the heart rate in each dialeptic complex partial seizure (P<0.05), and the heart rate returned to normal in the post-ictal period. Our study showed that central mediated tachycardia is a feature of dialeptic complex partial seizures. In the second part of our study, the heart rate changes secondary to movement in epileptic and non epileptic seizures were analyzed. It was shown that none of the moderate non epileptic seizures had an increase in the ictal heart rate above 39.3% when compared to the heart rate in the basal period. There wasn’t any heart rate increase in any of the mild non epileptic seizures greater than 16.3% in the ictal period. None of the simple partial seizures showed heart rate increase above 20.6% of the basal period. We showed that a scale for movement quantification allow us to show a tendency of heart rate changes secondary to different degrees of body movement. Therefore, heart rate analysis can be used as an additional criterion for exclusion of psychogenic events. / As convulsões dialépticas têm como principais alterações ictais as alterações de consciência que são independentes das manifestações ictais no eletroencefalograma. Essa classificação de convulsões epilépticas foi proposta por Lüders et al em 1998 e tem como base exclusivamente a semiologia ictal. O presente estudo avalia um total de 59 eventos dialépticos de 27 pacientes. Os eventos foram retrospectivamente avaliados e classificados em: crises dialépticas parciais complexas, crises dialépticas parciais simples, e eventos dialépticos não epilépticos. É de amplo conhecimento que a regulação cardiovascular é uma função da atividade neuronal no córtex cerebral, na amígdala e na formação reticular do bulbo e que a ativação seletiva dos centros cardíacos nessas áreas produz aumento ou diminuição da freqüência cardíaca. Esse estudo analisou as alterações da freqüência cardíaca 1 hora antes, durante e 1 hora depois de cada evento dialéptico. Foi observado que a freqüência cardíaca do período basal era semelhante nos grupos de crises parciais complexas e de crises não epilépticas. Também foi observado que a freqüência cardíaca basal está aumentada no grupo de pacientes com crises parciais simples (P<0,05). Por sua vez, a freqüência cardíaca no período ictal não aumentou no grupo de crises não epilépticas, bem como no grupo de crises parciais simples. Foi observado um aumento da freqüência cardíaca (taquicardia) em cada crise dialéptica parcial complexa (P<0,05), com o retorno da freqüência cardíaca aos níveis basais no período pós ictal. Esses achados indicam que a taquicardia mediada por vias centrais é uma característica das crises dialépticas parciais complexas. Na segunda parte do estudo, foram analisada as alterações da freqüência cardíaca induzidas pelo movimento em crises epilépticas e não epilépticas. Foi demonstrado que em nenhuma crise não epiléptica moderada houve um aumento da freqüência cardíaca durante a fase ictal acima de 39,3%, comparando-se com a freqüência cardíaca do período basal. Não houve aumento da freqüência cardíaca em nenhuma crise não epiléptica leve acima de 16,3% durante a fase ictal, bem como nenhuma crise parcial simples apresentou um aumento da FC acima de 20,6%, comparando-se com o período basal. Foi verificado que a utilização de uma escala para gradação da quantidade de movimento pode ser usada como ferramenta na verificação de uma tendência de alteração da freqüência cardíaca de acordo com a quantidade de alteração de movimento. Assim, a análise da freqüência cardíaca pode ser usada como critério para exclusão de eventos psicogênicos.
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