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Pra que mexer nisso? : suicídio e sofrimento social no meio ruralWerlang, Rosangela January 2013 (has links)
Esta tese trata da questão do suicídio na sua articulação com as transformações ocorridas no meio rural por meio do avanço capitalista no campo. Tal avanço, por sua vez, é considerado como potencialmente gerador de sofrimento social, causador de processos de autoexclusão, levando ao suicídio. Neste sentido, como problema de pesquisa, questionou-se: o suicídio pode constituir-se em expressão do sofrimento social causado pelas transformações ocorridas no campo nos últimos anos, em decorrência dos processos de desenvolvimento capitalista? Assim, o objetivo deste estudo foi o de verificar se as transformações sociais e econômicas no meio rural poderiam estar gerando situações de precariedade acentuada, conduzindo à prática suicida. Como procedimento metodológico utilizou-se a triangulação metodológica, tanto no que condiz à coleta de dados quanto à sua análise. Os dados foram coletados junto ao Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde do Brasil (SIM/DATASUS), através dos Inquéritos Policiais abertos por ocasião da morte por suicídio e, por fim, por meio da necropsia verbal. Para a análise dos dados foi utilizada a estatística descritiva, por meio da análise de distribuição de frequência, a hermenêutica-dialética e a história de vida. O avanço dos modelos de desenvolvimento econômico e a incitação econômica a que os pequenos agricultores foram expostos nos últimos anos têm se refletido sobre seus modos de vida. Assim, novas formas de trabalho emergem no campo, seja através da pluriatividade, seja através da integração com a indústria. O rural cada vez menos é sinônimo de agrícola e, neste sentido, o cenário instaurado é de precariedade. Tal precariedade, por sua vez, tem gerado a perda dos objetos sociais que produzem sofrimento: sofrimento que permite viver, sofrimento que impede de viver e sofrimento que impede de sofrer o próprio sofrimento. Estas duas últimas dimensões do sofrimento são potencialmente causadoras de processos de autoexclusão e de autoalienação que acabam, não raras vezes, produzindo o suicídio ou produzindo sociopatologias cuja procedência encontra-se no cerne do próprio avanço capitalista no meio rural. Como conclusão tem-se que o meio rural cada vez mais se torna “desruralizado”, devido à presença de elementos urbanos que adentram em seu território. Tal processo de avanço capitalista, potencializado pelas indústrias que adentram no campo, traz novas formas de trabalho que, pouco a pouco, vão descaracterizando o campo como local agrícola, vinculado à produção de alimentos, assalariando e precarizando as relações de trabalho. Assim, são gerados processos de sofrimento social que acabam produzindo a depressão e o suicídio como sua manifestação mais pujante. Tais suicídios têm marcado a vida rural, expressando, de maneira indelével, que o meio rural tem se tornado deletério, espaço propício à instalação da morte. / This thesis deals with the subject of suicide in its relation to the changes that have happened in the rural areas due to the capitalist advance in the countryside. This advance is considered potentially responsible for motivating social suffering, causing self-exclusion processes, leading to suicide. Having that in mind, the research question that aimed to be answered is: can suicide happen as an expression of the social suffering caused by the changes that took place in the countryside in the last years, as a consequence of the capitalist advance processes? Therefore, this study aims at verifying if the social and economic changes on the rural areas could be causing strong precariousness situations, leading to suicide. As methodological procedures the methodological triangulation was used, regarding to the way data was collected and also to their analysis. Data were collected from the Mortality Information System of the Ministry of Health of Brazil (SIM/DATASUS), considering the Police Inquiries opened in cases death was a suicide and, finally, through the verbal necropsy. To analyze the data, descriptive statistics was used, through the frequency distribution analysis, the hermeneutic-dialectic and the life history. The advance of the economic development models and the economic incentive that the small farmers were exposed to, in the last years, have reflected on their lifestyle. Therefore, new ways of working emerge in the countryside, through the pluriactivity or through the integration with industry. The rural is less and less a synonym of agricultural and, in this sense, the set up scenario is of precariousness. Such precariousness, in turn, has generated the loss of the social objects that causes suffering: suffering that enables people to live, suffering that prevents from living and suffering that prevents people from suffering their own suffering. These last two suffering dimensions are potentially the cause of the self-exclusion and self-alienation processes, that end up, not rarely, leading to suicide and causing sociopathologies which origin can be found in the capitalist advance in the rural areas itself. In conclusion, it is said that the rural areas become less and less “rural”, due to the presence of urban elements that are becoming part of the territory. This process of capitalist advance empowered by the industries that enter the countryside brings new kinds of jobs that, little by little, start depriving the characteristics of the countryside as an agricultural area, related to the food production, giving salaries and making the work relations more precarious. In this manner, social suffering processes are generated, which start causing depression and suicide, as the most powerful result of them. These suicides have been marking the rural life, expressing, in an indelible way, that the rural area has become deleterious, a propitious place to settle the death.
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"Os assuntos que discutimos são a cara da nossa luta" : um estudo antropológico dos debates feministas em meio às possibilidades de sociabilidade onlineSilveira, Natália Alves Cardoso Orlandi January 2013 (has links)
Este trabalho se propõe a analisar a intersecção entre o feminismo e o mundo virtual, a partir da análise qualitativa de um coletivo feminista que abrange uma lista de discussão online e um blog coletivo, denominado Blogueiras Feministas. Partindo do pressuposto de que a internet abre caminhos e novas possibilidades de sociabilidade, pretendendo avaliar o quanto esse aspecto foi aproveitado por este coletivo virtual a partir de suas discussões e produções textuais. Indo de encontro ao ideário propagado no senso comum e em alguns setores de que o feminismo já seria um movimento morto ou relegado ao próprio fracasso, inicia-se a análise a partir de referenciais teóricos feministas que foram encontrados em campo, em especial Susan Faludi e sua conceituação de backlash, abordando a forma como a internet propicia novas formas de enfrentamento a esse retrocesso percebido. Passando, então, para a perspectiva do Sofrimento Social, por meio da Antropologia da Experiência, pretende-se investigar como tal auto atribuição identitária e mobilização política se intercruzam nos meios online e offline, deixando entrever como a violência estrutural de gênero ainda permeia o compartilhamento de experiências; e como de determinada perspectiva inclusiva passa-se à formativa, de novos conhecimentos e formas de reivindicação. Finalizando, com a abordagem de novas pautas que emergem e são assimiladas por esse movimento cuja preocupação com a inclusão se mostra basilar. / This paper aims at analyzing the intersection between the feminist world and the virtual world, through a qualitative analysis of a feminist group that comprises an online discussion list, and a collective blog, called “Blogueiras Feministas”. Starting from the assumption that the internet opens paths and new sociability possibilities, intending to evaluate how much this virtual group took advantage of this aspect through its discussions and text productions. Going against the idea, spread by common sense and by some sectors of society, that feminism is already either dead or relegated to its own failure, the analysis starts from some feminist theoretical references that were found in field, specially Susan Faludi and her conceptualization of backlash, addressing the manner in which the internet allows new forms of facing this perceived throwback. Thereafter, the perspective of the Social Suffering is treated. Through the Antropology of the Experience it is investigated how such identity auto attribution and political mobilization meet in both online and offline environments, allowing a glimpse of how the structural gender violence still permeates the sharing of experiences; and how a certain inclusive perspective gives place to a formative one, of new knowledges and new means of claim. Finally, there is the approach of new agendas that are emerging and that are assimilated by this movement whose concern about inclusion is basic ground.
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Relatos de sangue: apresenta??o de mundos de fam?lias negras v?timas ocultas da viol?nciaOliveira J?nior, Jos? Ribamar dos S. 11 February 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-12-17T14:20:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011-02-11 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico / This work aims at understanding of social suffering, caused by unsolved homicides
in the black population. Thus, when the homicide occurs, family and friends
become hidden or indirect victims of this crime. So, It will be made a historical
imbalance of Afro-Brazilians to the capitalist system after slavery. Those who
suffered from the absence of inclusive public policies. Also try to contextualize
them within the current data with that place as the immediate victims of
murder. Finally, reports from family members, through their life stories, and
snippets from the ethnographic field notes were the methodologies used / Esse trabalho tem como objetivo compreender, o sofrimento social, gerado por
homic?dios n?o solucionados na popula??o negra. Desse modo, ao ocorrer os
homic?dios, familiares e amigos tornam-se v?timas ocultas ou indiretas desse
crime. Sendo assim, ser? feito um resgate hist?rico do desajuste do negro
brasileiro ao sistema capitalista p?s-escravid?o. Esses que sofreram com, a
aus?ncia, de pol?ticas p?blicas integradoras. Ainda tentaremos contextualiz?-los
na atualidade com dados que os colocam como v?timas imediatas de
assassinatos. Enfim, os relatos dos familiares, atrav?s das suas historias de vida,
etnografia e trechos do caderno de campo foram ?s metodologias utilizadas
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Pra que mexer nisso? : suicídio e sofrimento social no meio ruralWerlang, Rosangela January 2013 (has links)
Esta tese trata da questão do suicídio na sua articulação com as transformações ocorridas no meio rural por meio do avanço capitalista no campo. Tal avanço, por sua vez, é considerado como potencialmente gerador de sofrimento social, causador de processos de autoexclusão, levando ao suicídio. Neste sentido, como problema de pesquisa, questionou-se: o suicídio pode constituir-se em expressão do sofrimento social causado pelas transformações ocorridas no campo nos últimos anos, em decorrência dos processos de desenvolvimento capitalista? Assim, o objetivo deste estudo foi o de verificar se as transformações sociais e econômicas no meio rural poderiam estar gerando situações de precariedade acentuada, conduzindo à prática suicida. Como procedimento metodológico utilizou-se a triangulação metodológica, tanto no que condiz à coleta de dados quanto à sua análise. Os dados foram coletados junto ao Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde do Brasil (SIM/DATASUS), através dos Inquéritos Policiais abertos por ocasião da morte por suicídio e, por fim, por meio da necropsia verbal. Para a análise dos dados foi utilizada a estatística descritiva, por meio da análise de distribuição de frequência, a hermenêutica-dialética e a história de vida. O avanço dos modelos de desenvolvimento econômico e a incitação econômica a que os pequenos agricultores foram expostos nos últimos anos têm se refletido sobre seus modos de vida. Assim, novas formas de trabalho emergem no campo, seja através da pluriatividade, seja através da integração com a indústria. O rural cada vez menos é sinônimo de agrícola e, neste sentido, o cenário instaurado é de precariedade. Tal precariedade, por sua vez, tem gerado a perda dos objetos sociais que produzem sofrimento: sofrimento que permite viver, sofrimento que impede de viver e sofrimento que impede de sofrer o próprio sofrimento. Estas duas últimas dimensões do sofrimento são potencialmente causadoras de processos de autoexclusão e de autoalienação que acabam, não raras vezes, produzindo o suicídio ou produzindo sociopatologias cuja procedência encontra-se no cerne do próprio avanço capitalista no meio rural. Como conclusão tem-se que o meio rural cada vez mais se torna “desruralizado”, devido à presença de elementos urbanos que adentram em seu território. Tal processo de avanço capitalista, potencializado pelas indústrias que adentram no campo, traz novas formas de trabalho que, pouco a pouco, vão descaracterizando o campo como local agrícola, vinculado à produção de alimentos, assalariando e precarizando as relações de trabalho. Assim, são gerados processos de sofrimento social que acabam produzindo a depressão e o suicídio como sua manifestação mais pujante. Tais suicídios têm marcado a vida rural, expressando, de maneira indelével, que o meio rural tem se tornado deletério, espaço propício à instalação da morte. / This thesis deals with the subject of suicide in its relation to the changes that have happened in the rural areas due to the capitalist advance in the countryside. This advance is considered potentially responsible for motivating social suffering, causing self-exclusion processes, leading to suicide. Having that in mind, the research question that aimed to be answered is: can suicide happen as an expression of the social suffering caused by the changes that took place in the countryside in the last years, as a consequence of the capitalist advance processes? Therefore, this study aims at verifying if the social and economic changes on the rural areas could be causing strong precariousness situations, leading to suicide. As methodological procedures the methodological triangulation was used, regarding to the way data was collected and also to their analysis. Data were collected from the Mortality Information System of the Ministry of Health of Brazil (SIM/DATASUS), considering the Police Inquiries opened in cases death was a suicide and, finally, through the verbal necropsy. To analyze the data, descriptive statistics was used, through the frequency distribution analysis, the hermeneutic-dialectic and the life history. The advance of the economic development models and the economic incentive that the small farmers were exposed to, in the last years, have reflected on their lifestyle. Therefore, new ways of working emerge in the countryside, through the pluriactivity or through the integration with industry. The rural is less and less a synonym of agricultural and, in this sense, the set up scenario is of precariousness. Such precariousness, in turn, has generated the loss of the social objects that causes suffering: suffering that enables people to live, suffering that prevents from living and suffering that prevents people from suffering their own suffering. These last two suffering dimensions are potentially the cause of the self-exclusion and self-alienation processes, that end up, not rarely, leading to suicide and causing sociopathologies which origin can be found in the capitalist advance in the rural areas itself. In conclusion, it is said that the rural areas become less and less “rural”, due to the presence of urban elements that are becoming part of the territory. This process of capitalist advance empowered by the industries that enter the countryside brings new kinds of jobs that, little by little, start depriving the characteristics of the countryside as an agricultural area, related to the food production, giving salaries and making the work relations more precarious. In this manner, social suffering processes are generated, which start causing depression and suicide, as the most powerful result of them. These suicides have been marking the rural life, expressing, in an indelible way, that the rural area has become deleterious, a propitious place to settle the death.
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Depressão: mobilização e sofrimento social / Depression: mobilization and social sufferingLuciano Pereira 07 June 2010 (has links)
O mundo pós-fordista pode ser caracterizado pela mobilização para o trabalho das capacidades cognitivas, comunicacionais e afetivas. Além desse salto qualitativo, há, nos últimos trina anos, uma forte intensificação do labor. Essas mudanças resultam em um aumento do controle da força de trabalho, sendo que sua subsunção se dá, agora, mais pela dominação política do que pelas determinações econômicas. Procuramos analisar como o sofrimento social particularmente quando se manifesta na forma de depressão é inerente à configuração atual do mundo do trabalho e está estritamente vinculado às diversas ocupações, todas elas marcadas pela sobrecarga, pela desfiliação e pelo permanente estado de mobilização. Paradoxalmente à época da superestimação dos transtornos mentais e da medicação da sociedade, o sofrimento no trabalho é expulso do campo clínico, teórico e político. / The post-Fordian world can be characterized by the mobilization of the cognitive, communicational and affective capabilities to labour. In addiction to this qualitative leap, there has been a strong intensification of labour in the past thirty years. These changes have resulted in an increase in the control of the labouring forces, as now subsumption takes place more as a consequence of political than of economic factors. This study is intended to show in which ways social suffering particularly when it manifests as depression is inherent to the current configuration of the labour world and is strictly related to the variety of occupations, all of which marked by work overload, unaffiliation and a permanent state of mobilization. It is a curious paradox that, in a time of overestimation of mental disorders and the medicalization of society, suffering at work is expelled from the clinical, theoretical and political fields.
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Quando tudo nos é estranho para onde vamos? A inserção de imigrantes portugueses no movimento associativo português da cidade de São Paulo / When everything is strange to us where do we go? The insertion of Portuguese immigrants into the Portuguese associativemovement in the city of São PauloSofia Martins Peres Antunes 07 August 2017 (has links)
Esta dissertação é uma pesquisa qualitativa em Psicologia Social. Seu objetivo concentrou-se em investigar se a inserção de imigrantes portugueses, em espaços associativos lusitanos da cidade de São Paulo, pode ser visto como uma tentativa destes de resistirem aos processos de desenraizamento, ocasionados pela ruptura proveniente do ato de emigrar de seu país de origem. O método escolhido pautou-se na análise das histórias de vida transmitidas pelas narrativas orais. Desse modo, embarcamos nas vicissitudes da vida de seis portugueses, nascidos nas décadas de 1920 e 1930 e percorremos três tempos de suas biografias: tempos da infância, período de mudança e, por último, a vida no Brasil. O conceito de enraizamento e de desenraizamento, que rege o aporte teórico da pesquisa, foi extraído da obra da filósofa francesa Simone Weil, difundida no Brasil pela psicóloga social Éclea Bosi. Ademais, ao longo desta dissertação, dialogamos com estudiosos de diversos campos de conhecimento, como sociólogos, historiadores, filósofos e psicólogos, a fim de refletir a respeito da hipótese desta pesquisa, a saber se a participação em uma organização coletiva pode ser considerada um ponto favorável para que o sofrimento da ruptura biográfica não esfacele a memória do passado, preservando os vínculos e as lembranças destes portugueses. Por fim, apontamos que estas organizações foram criadas e mantidas como formas de enfrentar o sofrimento psicossocial gerado pela emigração. Constatamos que a inserção dos seis idosos portugueses nas entidades estudadas foi considerada como um movimento de ir ao encontro do familiar. Concluímos que, ao articular nesses espaços experiências do passado que os impulsionaram para o futuro, provendo ancoramento por meio do respaldo identitário, cultural e memorialístico, estes tiveram, novamente, a oportunidade se re-enraizar / This master thesis is a qualitative research in Social Psychology. Its aim was to investigate whether the insertion of portuguese immigrants into lusitanian associative spaces in the city of São Paulo can be seen as an attempt by these to resist the uprooting processes caused by the rupture resulting from the emigration of their country of origin. The method chosen was based on the analysis of the life histories transmitted by the oral narratives. In this way, we embark on the vicissitudes of the life of six portuguese, born in the 1920s and 1930s and go through three times of their biographies: childhood times, the period of change and, finally, life in Brazil. The concept of rooting and rootlessness, which governs the theoretical contribution of the research, was extracted from the work of the french philosopher Simone Weil, spread in Brazil by the social psychologist Éclea Bosi. Furthermore, throughout this dissertation, we have dialogues with researchers from different fields of knowledge, such as sociologists, historians, philosophers and psychologists, in order to reflect on the hypothesis of this research, to know if the participation in a collective organization can be considered a favorable point for what the suffering of the biographical rupture does not exclude the memory of the past, preserving the ties and the memories of these portuguese. Finally, we point out that these organizations were created and maintained as ways of facing the psychosocial suffering generated by emigration. We found that the inclusion of the six Portuguese elderly in the studied entities was considered as a movement to meet the familiar. We conclude that by articulating in these spaces past experiences that propelled them into the future, providing anchoring through the support of identity, culture and memorialism, they again had the opportunity to re-rooted
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Pra que mexer nisso? : suicídio e sofrimento social no meio ruralWerlang, Rosangela January 2013 (has links)
Esta tese trata da questão do suicídio na sua articulação com as transformações ocorridas no meio rural por meio do avanço capitalista no campo. Tal avanço, por sua vez, é considerado como potencialmente gerador de sofrimento social, causador de processos de autoexclusão, levando ao suicídio. Neste sentido, como problema de pesquisa, questionou-se: o suicídio pode constituir-se em expressão do sofrimento social causado pelas transformações ocorridas no campo nos últimos anos, em decorrência dos processos de desenvolvimento capitalista? Assim, o objetivo deste estudo foi o de verificar se as transformações sociais e econômicas no meio rural poderiam estar gerando situações de precariedade acentuada, conduzindo à prática suicida. Como procedimento metodológico utilizou-se a triangulação metodológica, tanto no que condiz à coleta de dados quanto à sua análise. Os dados foram coletados junto ao Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde do Brasil (SIM/DATASUS), através dos Inquéritos Policiais abertos por ocasião da morte por suicídio e, por fim, por meio da necropsia verbal. Para a análise dos dados foi utilizada a estatística descritiva, por meio da análise de distribuição de frequência, a hermenêutica-dialética e a história de vida. O avanço dos modelos de desenvolvimento econômico e a incitação econômica a que os pequenos agricultores foram expostos nos últimos anos têm se refletido sobre seus modos de vida. Assim, novas formas de trabalho emergem no campo, seja através da pluriatividade, seja através da integração com a indústria. O rural cada vez menos é sinônimo de agrícola e, neste sentido, o cenário instaurado é de precariedade. Tal precariedade, por sua vez, tem gerado a perda dos objetos sociais que produzem sofrimento: sofrimento que permite viver, sofrimento que impede de viver e sofrimento que impede de sofrer o próprio sofrimento. Estas duas últimas dimensões do sofrimento são potencialmente causadoras de processos de autoexclusão e de autoalienação que acabam, não raras vezes, produzindo o suicídio ou produzindo sociopatologias cuja procedência encontra-se no cerne do próprio avanço capitalista no meio rural. Como conclusão tem-se que o meio rural cada vez mais se torna “desruralizado”, devido à presença de elementos urbanos que adentram em seu território. Tal processo de avanço capitalista, potencializado pelas indústrias que adentram no campo, traz novas formas de trabalho que, pouco a pouco, vão descaracterizando o campo como local agrícola, vinculado à produção de alimentos, assalariando e precarizando as relações de trabalho. Assim, são gerados processos de sofrimento social que acabam produzindo a depressão e o suicídio como sua manifestação mais pujante. Tais suicídios têm marcado a vida rural, expressando, de maneira indelével, que o meio rural tem se tornado deletério, espaço propício à instalação da morte. / This thesis deals with the subject of suicide in its relation to the changes that have happened in the rural areas due to the capitalist advance in the countryside. This advance is considered potentially responsible for motivating social suffering, causing self-exclusion processes, leading to suicide. Having that in mind, the research question that aimed to be answered is: can suicide happen as an expression of the social suffering caused by the changes that took place in the countryside in the last years, as a consequence of the capitalist advance processes? Therefore, this study aims at verifying if the social and economic changes on the rural areas could be causing strong precariousness situations, leading to suicide. As methodological procedures the methodological triangulation was used, regarding to the way data was collected and also to their analysis. Data were collected from the Mortality Information System of the Ministry of Health of Brazil (SIM/DATASUS), considering the Police Inquiries opened in cases death was a suicide and, finally, through the verbal necropsy. To analyze the data, descriptive statistics was used, through the frequency distribution analysis, the hermeneutic-dialectic and the life history. The advance of the economic development models and the economic incentive that the small farmers were exposed to, in the last years, have reflected on their lifestyle. Therefore, new ways of working emerge in the countryside, through the pluriactivity or through the integration with industry. The rural is less and less a synonym of agricultural and, in this sense, the set up scenario is of precariousness. Such precariousness, in turn, has generated the loss of the social objects that causes suffering: suffering that enables people to live, suffering that prevents from living and suffering that prevents people from suffering their own suffering. These last two suffering dimensions are potentially the cause of the self-exclusion and self-alienation processes, that end up, not rarely, leading to suicide and causing sociopathologies which origin can be found in the capitalist advance in the rural areas itself. In conclusion, it is said that the rural areas become less and less “rural”, due to the presence of urban elements that are becoming part of the territory. This process of capitalist advance empowered by the industries that enter the countryside brings new kinds of jobs that, little by little, start depriving the characteristics of the countryside as an agricultural area, related to the food production, giving salaries and making the work relations more precarious. In this manner, social suffering processes are generated, which start causing depression and suicide, as the most powerful result of them. These suicides have been marking the rural life, expressing, in an indelible way, that the rural area has become deleterious, a propitious place to settle the death.
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"Os assuntos que discutimos são a cara da nossa luta" : um estudo antropológico dos debates feministas em meio às possibilidades de sociabilidade onlineSilveira, Natália Alves Cardoso Orlandi January 2013 (has links)
Este trabalho se propõe a analisar a intersecção entre o feminismo e o mundo virtual, a partir da análise qualitativa de um coletivo feminista que abrange uma lista de discussão online e um blog coletivo, denominado Blogueiras Feministas. Partindo do pressuposto de que a internet abre caminhos e novas possibilidades de sociabilidade, pretendendo avaliar o quanto esse aspecto foi aproveitado por este coletivo virtual a partir de suas discussões e produções textuais. Indo de encontro ao ideário propagado no senso comum e em alguns setores de que o feminismo já seria um movimento morto ou relegado ao próprio fracasso, inicia-se a análise a partir de referenciais teóricos feministas que foram encontrados em campo, em especial Susan Faludi e sua conceituação de backlash, abordando a forma como a internet propicia novas formas de enfrentamento a esse retrocesso percebido. Passando, então, para a perspectiva do Sofrimento Social, por meio da Antropologia da Experiência, pretende-se investigar como tal auto atribuição identitária e mobilização política se intercruzam nos meios online e offline, deixando entrever como a violência estrutural de gênero ainda permeia o compartilhamento de experiências; e como de determinada perspectiva inclusiva passa-se à formativa, de novos conhecimentos e formas de reivindicação. Finalizando, com a abordagem de novas pautas que emergem e são assimiladas por esse movimento cuja preocupação com a inclusão se mostra basilar. / This paper aims at analyzing the intersection between the feminist world and the virtual world, through a qualitative analysis of a feminist group that comprises an online discussion list, and a collective blog, called “Blogueiras Feministas”. Starting from the assumption that the internet opens paths and new sociability possibilities, intending to evaluate how much this virtual group took advantage of this aspect through its discussions and text productions. Going against the idea, spread by common sense and by some sectors of society, that feminism is already either dead or relegated to its own failure, the analysis starts from some feminist theoretical references that were found in field, specially Susan Faludi and her conceptualization of backlash, addressing the manner in which the internet allows new forms of facing this perceived throwback. Thereafter, the perspective of the Social Suffering is treated. Through the Antropology of the Experience it is investigated how such identity auto attribution and political mobilization meet in both online and offline environments, allowing a glimpse of how the structural gender violence still permeates the sharing of experiences; and how a certain inclusive perspective gives place to a formative one, of new knowledges and new means of claim. Finally, there is the approach of new agendas that are emerging and that are assimilated by this movement whose concern about inclusion is basic ground.
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Speaking about social suffering? : Subjective understandings and lived experiences of migrant women and therapistsLindqvist, Mona January 2016 (has links)
This thesis aims to investigate and illuminate lived experiences, cultural representations, and organizational conditions that influence the way therapists in Swedish psychiatry receive and treat migrant women. This overall aim is pursued through two distinct but interlinked part-studies. The aim of the first of these is to examine migrant women’s perceptions of mental (ill-) health along with their actual experiences of therapy in Swedish psychiatry. The aim of the second part is to describe and explain how therapists, in their organizational work conditions, interpret and experience their professional encounters with migrant women. The thesis is based on qualitative interviews with twelve migrant women and eleven therapists in psychiatry. The result show that the migrant women experience health and mental health through a sense of belonging. Non-belonging, isolation and estrangement will point to the other direction i.e. not having health. The migrant women may gain a sense of belonging to society through therapy. However there are also obstructions on this path to belonging. The therapists, in psychiatry, seeing migrant women are doing emotion work comparable to physical labor. As the production is expected to increase due to marketing principles it puts a demand of acceleration on the therapists emotion work. They, thus have to find strategies to manage their emotion work. Everyday resistance thus becomes a way to gain emotional energy and to avoid emotional numbing and burnout. It is also gives openings to be content with their work with their patients and thereby to be able to offer an adequate reception of migrants into treatment in psychiatry. The thesis contributes to the gap in research by focusing on the borderlands between migrant women’s lived experiences of social suffering and the receiving therapists’ possibility to meet their migrant patients’ request. / This thesis aims to investigate and illuminate lived experience and organizational conditions that influence the way therapists in Swedish psychiatry receive and treat migrant women. This overall aim is divided into two separate but interlinked part-studies. The main body of the thesis is based on interviews with migrant women as well as therapists in psychiatry. The result show that the migrant women are searching for belonging in the host society. One way of searching for belonging is through therapy in psychiatry. However the work pace in health care and psychiatry is increasing and the therapists are struggling with giving a decent reception of migrants. In order to manage the heavy emotion work the therapists oppose the accelerating work pace by doing resistance in their everyday work. This thesis contributes to gap in research on the borderlands between lived experiences of social suffering odf migrant women as well as the lived experiences of the work conditions that make it possible to care for another person
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Sick or Sad? Supporting Palestinian Children Living in Conditions of Chronic Political ViolenceRabaia, Y., Saleh, Mahasin F., Giacaman, R. January 2014 (has links)
No / In this article we reflect on the relatively recent emphasis on Palestinian children's mental health and well-being in the context of exposure to chronic warlike conditions, as we position this trend within the larger framework of the generations-long history of political turmoil and suffering. We describe how a process that started with no attention to psychosocial health of children in relation to exposure to dispossession, expulsion, occupation, repression and military attacks, proceeded with a focus on presumed mental disorders, and the more recent approach of designing context appropriate and community-based psychosocial interventions.
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