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Repercussões da máscara nasal e oronasal sobre a patência da via aérea superior durante uso de pressão positiva contínua para o tratamento de pacientes com apneia obstrutiva do sono / Impact of the nasal and oronasal mask on the patency of the upper airway during continuous positive airway pressure on treatment of patients with obstructive sleep apneaAndrade, Rafaela Garcia Santos de 29 June 2016 (has links)
Introdução: A aplicação de Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas Superiores (CPAP) durante o sono é o padrão ouro no tratamento da Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) e foi primeiramente descrito utilizando uma máscara nasal. No entanto, na prática clínica a máscara oronasal é comumente. Este estudo foi desenhado para determinar os efeitos agudos da mudança de rota de fluxo do CPAP de nasal para oronasal e oral na patência da via aérea superior durante o sono em pacientes com AOS. Nós hipotetizamos que a pressão transmitida pelo compartimento oral da máscara oronasal pode comprometer a eficácia do CPAP no tratamento da AOS por empurrar a língua posteriormente. Métodos: Dezoito pacientes (idade 44 ± 9 anos, índice de massa corpórea de 33,8 ± 4,7 kg / m², índice de apneia-hipopneia 49,0 ± 39,1 eventos/hora) dormiram com máscara oronasal customizada com dois compartimentos (nasal e oral) selados e independentes conectados a uma válvula multidirecional. O sono dos pacientes foi monitorizado pela polissonografia e induzido por baixas doses de midazolam (3,1 ± 2,2 mg). O CPAP nasal foi titulado até a pressão de manutenção das vias aéreas superiores. A rota de fluxo do CPAP foi mudada de nasal para oronasal (n = 18) e oral (n = 16) durante o sono. A área retroglossal foi continuamente observada durante a nasoendoscopia. Resultados: O CPAP nasal (14,8 ± 4,1 cmH2O) foi suficiente para estabilizar a via aérea superior em todos os pacientes. Em contraste, o CPAP oronasal e oral promoveram eventos obstrutivos em 12 (66,7%) e 14 (87,5%) pacientes, respectivamente. Quando o CPAP foi transmitido pela rota oronasal e oral houve uma redução progressiva e significante na distância entre a epiglote e a base da língua e na área retroglossal em comparação com a respiração estável durante a rota nasal. Conclusões: Mudanças agudas na rota de fluxo do CPAP nasal para as rotas oronasal e oral induzem eventos obstrutivos e diminuem as dimensões da orofaringe em pacientes com AOS durante o sono. A máscara oronasal pode comprometer a efetividade do CPAP no tratamento da AOS / Introduction: Continuous Positive Airway Pressure (CPAP) is the gold standard treatment for obstructive sleep apnea (OSA) and was conceived to be applied by nasal route only. However, in clinical practice the oronasal mask is commonly used. This study was designed to determine the acute effects of changing the nasal CPAP route to oronasal and oral in upper airway patency during sleep in patients with. We hypothesized that the pressure transmitted by the oral compartment of oronasal mask will push the tongue backwards and will compromise CPAP effectiveness in OSA treatment. Methods: Eighteen patients with OSA (age: 44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years , body mass index: 33.8±4.733.8±4.733.8±4.7 33.8±4.7 33.8±4.7 Kg/m², apnea-hypopnea index: 49.0 ± 39.149.0 ± 39.149.0 ± 39.149.0 ± 39.149.0 ± 39.149.0 ± 39.1 49.0 ± 39.149.0 ± 39.149.0 ± 39.1 events/hour) slept with a customized oronasal mask with a nasal and oral sealed compartments connected to a multidirectional valve. Sleep was monitored by full polysomnography and induced by low dosis of midazolam (3.1 ± 2.2 mg). Nasal CPAP was titrated up to holding pressure and flow route was changed to oronasal (n = 18) and oral route (n = 16) during sleep. Retroglossal area was continuously observed by nasoendoscopy. Results: Nasal CPAP (14.8±4.1 cmH2O) was able to stabilize breathing in all patients. In contrast, CPAP delivered by oronasal and oral route promoted obstructive events in 12 (66.7%) and 14 (87.5%) patients, respectively. Compared to stable breathing during nasal route, there was a significant and progressive reduction in the distance between epiglottis and tongue base and the retroglossal area when CPAP was delivered by oronasal and oral route, respectively. Conclusions: CPAP delivered by oronasal route may compromise CPAP effectiveness to treat OSA
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O efeito da modulação quimiogenética de neurônios motores do hipoglosso sobre a atividade do músculo genioglosso / The effect of chemogenetic modulation of hypoglossal motor neurons on genioglossal muscle activityThomaz Antonio Fleury Curado 20 March 2017 (has links)
Introdução: A apneia do sono é condição prevalente e apresenta forte correlação com as principais causas de morbidade e mortalidade na sociedade ocidental. A perda do controle neuromotor proveniente de estágios mais profundos do sono está associada ao colapso faríngeo e a patogênese da apneia obstrutiva do sono (SAOS). A língua é implicada como principal protagonista na patogênese da obstrução das vias aéreas superiores (VAS) durante o sono. Não há farmacoterapia para SAOS. Novas tecnologias moleculares para controle neuronal através da inserção de um receptor de membrana geneticamente modificado, denominado Designer Receptor Exclusively Activated by Designer Drugs [DREADDs], o qual pode ser ativado por uma droga inicialmente inerte, de alta especificdade, clozapina-n-oxide (CNO). Objetivos: 1) Modificar geneticamente os neurônios motores do núcleo do hipoglosso utilizando-se de DREADDs, o qual permite regular sua atividade; 2) Analisar a atividade do músculo genioglosso sob administração de CNO; 3) Desenvolver abordagens para rastreamento dos músculos protrusores e retratores da língua por marcadores retrógrados, injecção de subunidade B de toxina colérica (CTB-AF) e do vírus de pseudoraiva (PRV) 267 transportando um gene repórter, nos músculos efetores. Métodos: Receptores muscarínicos mutados em um vetor adenoviral associado (AAV) foram infundidos no núcleo do hipoglosso de camundongos via injeção esterotáxica bilateral. Após quatro semanas, período para expressão fenotípica, foram comparadas a atividade eletromiográfica do músculo genioglosso (EMGGG) em resposta a administração de ligante (CNO) versus solução salina. Em um segundo grupo foram realizadas infusões com vírus controle e comparação da EMGGG pré e pós infusão de CNO. Para rastreamento neural a CTB-AF foi injetado nos músculos protusores e retratores da língua e para expressão de Cre o vírus PRV-267 foi injetado no músculo genioglosso. A expressão dessas substâncias no núcleo do hipoglosso foi avaliada através de microscopia de fluorescência. Resultados: Dos dezoito camundongos injetados com DREADDs, dezesseis foram transfectados pelo vetor de AAV. Em camundongos onde o núcleo motor do hipoglosso foi corretamente atingido a EMGGG apresentou importante aumento após a administração de CNO. Em contraste, a atividade do genioglosso não apresentou alteração após a administração de soro fisiológico. Em três camundongos onde a transfecção ultrapassou os limites do núcleo foi observado arritmia respiratória após infusão do ligante. Todos animais infundidos com vírus controle foram adequadamente transfectados mas não apresentaram alteração eletromiográfica após a infusão de CNO. Foram diferenciados no núcleo do hipoglosso os neurônios motores da musculatura retratora e protusora da língua. A expressão intranuclear da enzima Cre-recombinase foi identificada no núcleo hipoglosso. Conclusão: A utilização de métodos quimiogenéticos para ativar grupos selecionados de neurônios motores em áreas cerebrais específicas representa técnica promissora para o estudo do controle neuromotor das VAS. Estes resultados sugerem que a terapia transgênica pode ser eficaz no tratamento da SAOS além de uma vasta gama de patologias que resultam de perturbações no controle neural das VAS. Através da manipulação das fibras musculares efetoras na língua foi possível a identificação do seu respectivo neurônio motor no núcleo do hipoglosso e induzi-lo a sintetizar uma enzima específica (Cre-recombinase) / Introduction: Sleep Apnea is a prevalent condition and strongly correlates with the major causes of morbidity and mortality in Western Society. The loss of motor input from deeper sleep stages is associated with pharyngeal collapsibility and the pathogenesis of obstructive sleep apnea (OSA). The tongue plays a major role in the pathogenesis of upper airway (UA) obstruction during sleep. There is no pharmacotherapy for OSA. New molecular techniques allow to control neuronal function by inserting a genetically modified membrane receptor termed the Designer Receptor Exclusively Activated by Designer Drugs [DREADDs] which can be activated by a highly specific and otherwise pharmacologically inert drug clozapine-N-oxide (CNO) Objectives: 1) To genetically modify the hypoglossal nucleus motor neurons using DREADDs, which allows to regulate their activity; 2) To analyze the genioglossal activity upon administration of CNO; 3) to develop novel approaches to targeting tongue protruders and retractors by retrograde tracers, cholera toxin subunit B (CTB-AF) and pseudorabies virus (PRV) 267 injection carrying a reporter gene into the effector muscles. Methods: Mutated muscarinic receptors in an adenoviral associated vector (AAV) were delivered to the hypoglossal nucleus via stereotactically bilateral injection. Four weeks after adenoviral delivery (expression period), responses in genioglossal electromyography (EMGGG) activity to intraperitoneal administration of CNO ligand vs. Saline (control) were compared in mice. In a second group, control-virus was infused and genioglossus muscle EMGGG was compared before and after CNO infusion. For neuronal tracing CTB-AF was injected into the protrusor and retractor muscles of the tongue and for Cre induction PRV-267 virus was injected in the genioglossus muscle. Expression of these substances in the hypoglossal nucleus were evaluated by fluorescence histology. Results: Of eighteen DREADDs injected mice, sixteen were transfected with AAV vector. After CNO administration EMGGG activity increased in mice where the hypoglossal motor nucleus was correctly targeted. In contrast, genioglossal activity was not augmented following saline administration. In three mice where transfection surpassed the nucleus limits, breathing arrhythmia was observed following ligand infusion. All animals infused with control virus were adequately transfected but did not present electromyographic change following CNO infusion. The motor neurons of the rectractor and protrusor musculature of the tongue were well differentiated in the hypoglossal nucleus. Intranuclear expression of Cre recombinase enzyme was identified in the hypoglossal nucleus. Conclusion: Utilizing chemogenetic methods to activate motor neuron groups in selected brain areas show promise to UA neuromotor control, and suggest that transgenic therapy may be effective in treating OSA and a wide range of pathologies that result in disturbances of UA neural control. By manipulating the effector muscle fibers of the tongue, it was possible to identify its respective motor neuron in the hypoglossal nucleus and to induce synthesis of a specific enzyme (Cre recombinase)
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Efeitos da terapia miofuncional orofacial sobre o ronco e a qualidade de sono em pacientes com ronco primário e apneia obstrutiva do sono leve a moderada / Effects of orofacial myofuncional therapy on snoring of patients with primary snoring and mild to moderate OSAIeto, Vanessa 18 August 2014 (has links)
O ronco é gerado pela obstrução parcial e vibração da faringe durante o sono. Apesar de causar graves problemas sociais e poder indicar presença de apneia obstrutiva do sono (AOS), o ronco não é medido de forma objetiva. O tratamento do ronco primário ou associado a formas leves de AOS é controverso. A Terapia Miofuncional Orofacial consiste em exercícios isotônicos e isométricos para língua e palato mole desenvolvidos para o tratamento da AOS moderada. No entanto, os efeitos da Terapia Miofuncional Orofacial sobre o ronco não foram medidos de forma objetiva. OBJETIVOS: Primário: determinar a eficiência da Terapia Miofuncional Orofacial em reduzir o ronco de pacientes com ronco primário, AOS leve e moderada. Secundários: desenvolver uma metodologia de quantificação objetiva do ronco; avaliar a relação das características do ronco com a gravidade da AOS; avaliar o efeito da terapia miofuncional orofacial sobre a percepção do ronco e sobre a qualidade de sono do parceiro de quarto. MÉTODOS: Foram incluídos pacientes de ambos os sexos, com idade entre 20 e 65 anos com diagnóstico polissonográfico de ronco primário, AOS leve ou AOS moderada. Os pacientes foram randomizados por 3 meses para tratamento com Terapia Miofuncional Orofacial ou Controle (uso de dilatador nasal e exercícios respiratórios). Os pacientes foram avaliados no início e final do estudo por questionários de grau de sonolência (Epworth), qualidade de sono (Pittsburgh), percepção do próprio ronco e avaliação de motricidade orofacial, bem como polissonografia completa com registro contínuo do ronco. Os parceiros de quarto avaliaram o ronco do parceiro incluído no estudo e a sua própria qualidade do sono (Pittsburgh). RESULTADOS: Foram incluídos 39 pacientes com idade (média ± desvio padrão) = 46 ± 13 anos e índice de massa corpórea (IMC) = 28,2 ± 3,1 Kg/m2, Índice de apneia e hipopneia (IAH) = 15,3 ± 9,3 eventos/hora, sendo 6 pacientes com ronco primário, 17 com AOS leve e 16 com AOS moderada. Os pacientes não tiveram mudança de IMC, sendo que no Grupo Controle todos os parâmetros avaliados não se modificaram significativamente. Em contraste, os pacientes tratados com Terapia Miofuncional Orofacial apresentaram, em relação ao basal, melhora significativa (p < 0.05) na circunferência cervical ( 38,0 [36,4-39,5] vs. 37,5 [36,0-39,0] cm), na avaliação miofuncional orofacial (37,0 [23,0-42,0] vs. 19 [13,0-24,0]), no Índice de Roncos (99,5 [49,6-221,3] vs. 48,2 [25,5-219,2]) e no Índice Potência Total dos Roncos. (60,4 [21,8-220,6] vs. 31,0 [10,1-146,5]). Os parceiros de quarto dos pacientes tratados com terapia miofuncional orofacial (n=13), relataram melhora significativa na percepção da intensidade (4,0 [2,5-4,0]) vs. 1,0 [1,0-2,0]) e frequência do ronco (4,0 [3,0-4,0] vs. 2,0 [1,5-3,0]). A melhora da qualidade de sono dos parceiros de quarto dos pacientes tratados com Terapia Miofuncional Orofacial tiveram uma tendência a melhorar, porém não atingiu significância estatística (p=0,0618). O Índice de Ronco e o Índice Potência total do Ronco no basal e após 3 meses apresentaram uma correlação moderada com a gravidade da AOS, mensurada pelo IAH (r variando entre 0,505 a 0,603). CONCLUSÕES: A Terapia Miofuncional Orofacial por 3 meses foi efetiva em reduzir a frequência e intensidade do ronco, mensurados objetivamente. A Terapia Miofuncional Orofacial portanto pode ser efetiva para uma grande parcela da população que apresenta ronco primário ou formas leves de AOS / Snoring is generated by pharyngeal obstruction and vibration during sleep. Snoring is extremely common and may cause severe social problems and may indicate obstructive sleep apnea (OSA). However, there are no standardized methods for measuring snoring and the treatment of primary snoring or snoring associated with mild forms of OSA is controversial. Orofacial Myofunctional Therapy consists of isometric and isotonic exercises directed to tongue and soft palate for the treatment of moderated OSA. However, the effects of Orofacial Myofunctional Therapy on snoring were not objectively measured. OBJECTIVES: Primary: to determine the efficiency of Orofacial Myofunctional Therapy in reducing snoring of patients with primary snoring, mild and moderated OSA. Secondary: to develop a methodology to objectively quantify snoring; to assess the relation of snoring characteristics with OSA severity; to assess the effect of Orofacial Myofunctional Therapy upon the perception of snoring and sleep quality of the bed partner. METHODS: We included patients of both genders aged between 20 to 65 years old with polissomnographyc diagnoses of primary snoring, mild or moderated OSA. Patients were randomized for treatment with Orofacial Myofunctional Therapy or Control (use of nasal dilator strips and respiratory exercises) for 3 months. All patients were evaluated at the beginning and end of the study by questionnaires (Epworth, Pittsburgh), orofacial motricity assessment and complete polysomnography with the register of snoring. Bed partners assessed snoring and their own sleep quality (Pittsburgh). RESULTS: Thirty nine patients aged (mean ± standard deviation) =46 ± 13 yeas old and body mass index (BMI) (mean ± standard deviation) = 28,2 ± 3,1 Kg/m2, apnea hypopnea index (AHI)= 15,3 ± 9,3 events/hour, being 6 patients with primary snoring, 17 with mild OSA and 16 with moderated OSA completed the study. No significant change occurred in the Control Group in all variables. In contrast, patients treated with Orofacial Myofunctional Therapy presented (as compared to baseline) a significant decrease (p < 0.05) in neck circumference (38,0 [36,4-39,5] vs. 37,5 [36,0-39,0] cm), Orofacial Motricity Assessment (37,0 [23,0-42,0] vs. 19 [13,0-24,0]), Snoring Index (99,5 [49,6-221,3] vs. 48,2 [25,5-219,2]) and Total Snoring (60,4 [21,8-220,6] vs. 31,0 [10,1-146,5]). Bed partners of patients treated with Orofacial Myofunctional Therapy (n=13) reported a significant improvement in the perceived intensity (4,0 [2,5-4,0]) vs. 1,0 [1,0-2,0]) and snoring frequency (4,0 [3,0-4,0] vs. 2,0 [1,5-3,0]). Sleep quality of bed partners also improved but did not reach statistical significance (p=0.0618). Snoring Index and Total Snoring at basal and after 3 months presented a moderated correlation to OSA severity, measured by AHI (r between 0,505 to 0,603). CONCLUSIONS: Orofacial Myofunctional Therapy for 3 months is effective in reducing objectively measured snoring frequency and intensity. Orofacial Myofunctional Therapy can be effective for a great number of the population who present primary snoring or mild OSA forms
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Avaliação prospectiva do comportamento da pressão arterial, rigidez arterial e parâmetros ecocardiográficos de pacientes hipertensos com e sem a apneia obstrutiva do sono / Prospective evaluation of blood pressure behavior, arterial stiffness and echocardiographic parameters in hypertensive patients with and without obstructive sleep apneaBorges, Fernanda Fatureto 06 March 2018 (has links)
Introdução: A variabilidade de resposta pressórica e de melhora de parâmetros de lesão de órgãos-alvo frente ao ajuste do tratamento medicamentoso na Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) pode sofrer influências de comorbidades pouco investigadas na prática clínica. Neste contexto, estudos prévios demonstram que a apneia obstrutiva do sono (AOS), condição muito associada à HAS, está relacionada à elevação da pressão arterial (PA) e lesões de órgãos-alvo em pacientes hipertensos. No entanto, não é conhecido se durante o tratamento anti-hipertensivo, a AOS não tratada pode contribuir para um pior controle pressórico, bem como para uma menor redução da rigidez arterial e de alterações ecocardiográficas. Objetivos: Avaliar o comportamento da PA, rigidez arterial e parâmetros ecocardiográficos em pacientes hipertensos com e sem AOS em tratamento medicamentoso para PA ao longo de 18 meses. Métodos: Recrutamos pacientes hipertensos que foram submetidos ao uso padronizado de hidroclorotiazida 25mg e enalapril 20mg 2x ao dia (ou losartan 50mg 2x ao dia) por 30 dias. Após avaliação clínica, monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), polissonografia noturna, medida da rigidez arterial pela velocidade de onda de pulso (VOP) carótida-femoral e ecocardiograma transtorácico, os pacientes foram seguidos com um protocolo padronizado de adição de anti-hipertensivos, visando o controle da PA. A AOS foi definida por um índice de apneia e hipopneia >=15 eventos/hora de sono. Foram realizadas reavaliações da MAPA, do ecocardiograma e da VOP aos 6 meses e 18 meses de seguimento. O tratamento foi orientado sem o conhecimento da presença ou não da AOS. Usamos equações de estimação generalizada para comparação dos grupos e dos tempos de avaliação de forma não ajustada e, posteriormente, com ajuste para fatores de confusão tais como sexo, idade, índice de massa corpórea, diabetes, estimativa de taxa de filtração glomerular e número de medicamentos anti-hipertensivos. Resultados: Após recrutarmos inicialmente 125 pacientes, 94 foram analisados (idade média: 55±9 anos). A frequência da AOS foi de 55% (52 pacientes). Comparados aos pacientes sem AOS, pacientes com AOS tinham um predomínio do sexo masculino (31% vs. 53,8%; p=0,026) e maior circunferência cervical (37,7±4 vs. 40,4±3,7cm; p=0,001), respectivamente. Não observamos diferenças nas medidas de PA sistólica (127±17 vs. 133±16mmHg; p=0,259), diastólica (80±11 vs. 81±12 mmHg; p=0,590) e média (96±13 vs. 99±13mmHg; p=0,542) entre os grupos sem AOS e com AOS após 30 dias da medicação padronizada descrita acima (período basal). Comparado ao período basal, não observamos diferenças significativas na redução da PA sistólica e diastólica de 24hs e da vigília aos 6 meses e 18 meses entre os grupos com e sem AOS. A PA sistólica durante o sono também não teve diferenças significantes, mas a PA diastólica no sono foi reduzida de forma mais pronunciada no grupo com AOS do que sem AOS (6 meses: -4,9±11,8 vs. -0,3±10,3mmHg; e 18 meses: -6,7±11,1 vs. - 1,2±10,6mmHg; p=0,027), respectivamente. Após ajustes, encontramos uma forte tendência de maior redução da PA diastólica durante o sono no grupo com AOS (p=0,057). A taxa de controle da PA nas 24hs ( < 130x80mmHg) foi semelhante entre os grupos com e sem AOS (basal: 42,3 vs. 45,2%; 6 meses: 46,9 vs. 57,5%; 18 meses: 66,7 vs. 61,5%), respectivamente. Não houve diferença na evolução na quantidade e classes de medicações anti-hipertensivas usadas no seguimento. O índice de massa corpórea teve um discreto aumento no seguimento, mas sem diferença entre os grupos. Com relação à rigidez arterial, o grupo com AOS apresentou VOP maior comparado aos pacientes sem AOS na avaliação basal (10,3±1,9 vs. 9,2±1,7 m/s; p=0,024). Evolutivamente, ambos os grupos apresentaram redução semelhante da VOP ao longo do seguimento. Não encontramos diferenças entre os grupos na análise basal e evolutiva do ecocardiograma transtorácico após ajustes. Conclusão: O tratamento antihipertensivo combinado promoveu uma resposta similar na redução da PA de 24hs, na melhora da rigidez arterial e na evolução de parâmetros ecocardiográficos em pacientes hipertensos com e sem AOS / Introduction: The blood pressure (BP) response and improvement of target organ damage parameters are variable in response to drug therapy of hypertension (HTN) and may be influenced by comorbidities frequently underdiagnosed in clinical practice. In this context, previous studies show that obstructive sleep apnea (OSA) is very common in HTN and associated with elevated BP and target organ damage in hypertensive patients. However, it is unknown whether untreated OSA may contribute to impair BP control, as well as to a lower reduction of arterial stiffness and echocardiographic parameters during antihypertensive treatment. Objectives: To evaluate BP behavior, arterial stiffness and echocardiographic parameters in response to blood pressure treatment during 18 months in hypertensive patients with and without obstructive sleep apnea. Methods: We recruited hypertensive patients who underwent standardized use of hydrochlorothiazide 25mg daily and enalapril 20mg twice a day (or 50mg losartan twice a day) for 30 days. After clinical evaluation, ambulatory BP monitoring (ABPM), nocturnal polysomnography, arterial stiffness measurement by carotid-femoral pulse wave velocity (PWV) and transthoracic echocardiogram, all patients were followed up using a standardized protocol adding anti-hypertensives aiming BP control. OSA was defined by an apneahypopnea index >= 15 events/hour of sleep. The ABPM, echocardiogram and PWV were reassessed at 6 months and 18 months of follow-up. Physicians responsible for BP treatment did not have access to sleep data. We used generalized estimation equations to compare the groups and the evaluation times in an unadjusted manner and further adjusted for confounding variables such as gender, age, body mass index, diabetes, estimated glomerular filtration rate and number of antihypertensive drugs. Results: After initially recruiting 125 patients, 94 were analyzed (mean age: 55±9 years). The frequency of OSA was 55% (52 patients). Compared to patients without OSA, patients with OSA had a predominance of males (31% vs. 53.8%, p=0.026) and larger cervical circumference (37.7±4 vs. 40.4±3.7cm; p=0.001), respectively. We did not observe differences in the 24hs systolic (127±17 vs. 133±16mmHg, p = 0.259), diastolic (80±11 vs. 81 ±12 mmHg, p=0.590) and mean BP (96±13 vs. 99±13mmHg; p=0.542) between groups after 30 days of the standardized medication described above (baseline period). Compared to baseline, we did not observe significant differences in the reduction of 24hs, daytime systolic and diastolic BP at 6 months and 18 months between OSA and no OSA groups. The nighttime systolic BP also did not have significant differences, but the nighttime diastolic BP decreased significantly in the OSA group compared to no OSA group (6 months: -4.9±11.8 vs. -0.3±10.3mmHg; 18 months: -6.7±11.1 vs. - 1.2±10.6mmHg; p=0.027), respectively. After adjustments, we found a strong tendency for a greater reduction of nighttime diastolic BP in the OSA group (p=0.057). The BP control rate at 24 hours ( < 130x80mmHg) was similar between the groups with and without OSA (baseline: 42.3 vs. 45.2%; 6 months: 46.9 vs. 57.5%; 18 months: 66.7 vs. 61.5%), respectively. There was no difference in the amount and classes of antihypertensive medications prescribed during the follow-up. Body mass index had a slight increase in the follow-up, but similar in both groups. Regarding arterial stiffness, patients with OSA had higher PWV compared to patients without OSA at baseline (10.3±1.9 vs. 9.2±1.7m/s; p=0.024). However, both groups presented similar PWV reductions in the follow-up. We did not find differences between the groups in the basal and follow-up echocardiogram analysis after adjustments. Conclusions: Combined antihypertensive treatment aiming BP control promoted similar 24-hour BP reduction, arterial stiffness improvement and echocardiographic parameters evolution in hypertensive patients with and without OSA
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Avanço maxilomandibular e glossectomia da linha média no tratamento da síndrome da apnéia hipopnéia obstrutiva do sono moderada e severaColombini, Nelson Eduardo Paris 22 March 2010 (has links)
Submitted by Fabíola Silva (fabiola.silva@famerp.br) on 2016-07-07T14:53:19Z
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Previous issue date: 2010-03-22 / Introduction: To describe the results obtained by the Maxillo Mandibular Advancement (MMA), associated to a glossectomy of Medium Line (GML) to CO2 Laser in the surgical treatment of Obstructive Sleep Apnea-Hypoapnea Syndrome (ASOSH), from moderate to severe, with adequate analysis of macroscstruture e microstructure of the sleep. Casuistics and Method: In the period from February 2005 to December 2008, 22 sequencial patients with ASOSH, from moderate to severe, with or without maxillary mandibular bone alterations, were selected. These patients were submitted to MMP plus GML using a CO2 laser. All patients underwent clinical, polissonographic and cephalometric evaluations. The polissonographic parameters used were: IAH, MD, Minimum SAT O2% < measured in minutes, sleep stages N1, N2, N3 and REM, preoperative and postoperative. The cephalometric parameters used were: SNA, SNB, PAS, PP2 – PP2, preoperative and postoperative. Results: Evaluation of eventual differences in the preoperative and postoperative moments were investigated with the appropriate statistical tools. The surgical treatment proved to be effective in 8, out of 22 of the cases (36.36%), according to international criteria of normality. On the other hand, in these patients the IAH was not the best parameter to evaluate the therapeutic success. The MD (68.18% of improvement), stage N3 (59.09% of improvement) and Minimum SAT O2% < 90 measured in minutes (81.81% of improvement) demonstrated that they were the best instruments for characterizing the laboratorial control of the disease. Discussion: The MMA has expanded the dimensions of the pharynx and the hypopharynx. The GLM was associated in order to maximize the VAS, improve the stability of the dental occlusion, as well as the function of the temporomandibular joint, reducing the morbidity of the procedure. A postoperative evaluation with polysomnography showed improvements of the parameters in both macro and microarchitecture of the sleep (in relation to preoperative findings), besides proving that the IAH is not the best parameter for a postoperative evaluation (this applies to the patients of this series). Conclusions: The surgical treatment performed with MMA, associated to the GLM with CO2 laser was effective to treat patients with from ASOSH : - The improvement using the most accepted parameter by the international community (IAH < 5/ hour) was 8 out of the 22 (36.36%); - The IAH was not the best instrument to evaluate the control of the disease; - Were MD, stage N3 and Minimum SAT O2% < 90 measured in minutes showed that they are good indicators of the control of the disease (postoperative moment); - The Minimum SAT O2% < 90 measured in minutes was the best parameter in the evaluation of the surgical treatment (18/22 or 81.81%). / Introdução: Descrever os resultados obtidos pelo Avanço Maxilo-Mandibular (AMM) associados à Glossectomia de Linha Média (GLM) a Laser CO2 no tratamento cirúrgico da Síndrome da Apnéia/Hipopnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS) moderada e severa, usando instrumentos estatísticos que avaliem a arquiquetura do sono quanto à macro e micro estrutura para adequada e real avaliação dos resultados obtidos pelo tratamento proposto. Casuística e Método: No período de fevereiro de 2005 a dezembro de 2008 foram selecionados 22 pacientes seqüenciais portadores de SAHOS moderada e severa, com ou sem alterações esqueléticas maxilo-mandibulares. Estes pacientes foram submetidos à AMM, mais GLM com laser de CO2. Todos pacientes tiveram avaliação clínica, polissonográfica e cefalométrica. Os parâmetros polissonográficos utilizados foram: IAH, MD, SAT O2 % Mínima < 90 medida em minutos, estágios do sono N1, N2, N3 e REM, pré e pós-operatório. Os parâmetros cefalométricos utilizados foram: SNA, SNB, PAS, PP2 – PP2’ pré e pós-operatório. Resultados: Avaliação de eventuais diferenças nos momentos pré e pós-operatório foram investigadas com ferramenta estatística apropriada. O tratamento cirúrgico mostrou-se eficaz em 8/22 (36,36%) dos casos, segundo critérios internacionais de normalidade. Por outro lado nestes pacientes o IAH não foi o melhor parâmetro para avaliar sucesso terapêutico. MD (68,18% melhora), estágio N3 (59,09% de melhora) e SAT O2% Mínima < 90 medida em minutos (81,81% de melhora) mostraram-se melhores instrumentos para caracterizar controle laboratorial da enfermidade. Discussão: O AMM ampliou as dimensões da faringe e hipofaringe. A GLM foi associada para maximizar a VAS, aumentar a estabilidade da oclusão dentária e função da articulação têmporo-mandibular, reduzindo a morbidade do procedimento. Avaliação pós-operatória com polissonografia demonstrou melhora de parâmetros de macro e micro-arquitetura do sono (em relação aos achados pré-operatórios), além de comprovar não ser o IAH o melhor parâmetro para avaliação pós-operatória (isto para os pacientes desta série). Conclusões: – O tratamento cirúrgico com AMM associado à GLM com laser de CO2 foi eficaz para tratar pacientes com SAHOS: – A melhora utilizando o parâmetro mais aceito pela comunidade internacional (IAH < 5/hora) foi de 8/22 (36,36%); – IAH não foi o melhor instrumento para avaliação do controle da enfermidade; – MD, estágio N3 e SAT O2% Mínima < 90 medida em minutos mostraram-se bons indicadores de controle da enfermidade (momento pós-operatório); – SAT O2% Mínima < 90 medida em minutos foi o melhor parâmetro na avaliação do tratamento cirúrgico (18/22 ou 81,81%).
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Efeitos da terapia miofuncional orofacial sobre o ronco e a qualidade de sono em pacientes com ronco primário e apneia obstrutiva do sono leve a moderada / Effects of orofacial myofuncional therapy on snoring of patients with primary snoring and mild to moderate OSAVanessa Ieto 18 August 2014 (has links)
O ronco é gerado pela obstrução parcial e vibração da faringe durante o sono. Apesar de causar graves problemas sociais e poder indicar presença de apneia obstrutiva do sono (AOS), o ronco não é medido de forma objetiva. O tratamento do ronco primário ou associado a formas leves de AOS é controverso. A Terapia Miofuncional Orofacial consiste em exercícios isotônicos e isométricos para língua e palato mole desenvolvidos para o tratamento da AOS moderada. No entanto, os efeitos da Terapia Miofuncional Orofacial sobre o ronco não foram medidos de forma objetiva. OBJETIVOS: Primário: determinar a eficiência da Terapia Miofuncional Orofacial em reduzir o ronco de pacientes com ronco primário, AOS leve e moderada. Secundários: desenvolver uma metodologia de quantificação objetiva do ronco; avaliar a relação das características do ronco com a gravidade da AOS; avaliar o efeito da terapia miofuncional orofacial sobre a percepção do ronco e sobre a qualidade de sono do parceiro de quarto. MÉTODOS: Foram incluídos pacientes de ambos os sexos, com idade entre 20 e 65 anos com diagnóstico polissonográfico de ronco primário, AOS leve ou AOS moderada. Os pacientes foram randomizados por 3 meses para tratamento com Terapia Miofuncional Orofacial ou Controle (uso de dilatador nasal e exercícios respiratórios). Os pacientes foram avaliados no início e final do estudo por questionários de grau de sonolência (Epworth), qualidade de sono (Pittsburgh), percepção do próprio ronco e avaliação de motricidade orofacial, bem como polissonografia completa com registro contínuo do ronco. Os parceiros de quarto avaliaram o ronco do parceiro incluído no estudo e a sua própria qualidade do sono (Pittsburgh). RESULTADOS: Foram incluídos 39 pacientes com idade (média ± desvio padrão) = 46 ± 13 anos e índice de massa corpórea (IMC) = 28,2 ± 3,1 Kg/m2, Índice de apneia e hipopneia (IAH) = 15,3 ± 9,3 eventos/hora, sendo 6 pacientes com ronco primário, 17 com AOS leve e 16 com AOS moderada. Os pacientes não tiveram mudança de IMC, sendo que no Grupo Controle todos os parâmetros avaliados não se modificaram significativamente. Em contraste, os pacientes tratados com Terapia Miofuncional Orofacial apresentaram, em relação ao basal, melhora significativa (p < 0.05) na circunferência cervical ( 38,0 [36,4-39,5] vs. 37,5 [36,0-39,0] cm), na avaliação miofuncional orofacial (37,0 [23,0-42,0] vs. 19 [13,0-24,0]), no Índice de Roncos (99,5 [49,6-221,3] vs. 48,2 [25,5-219,2]) e no Índice Potência Total dos Roncos. (60,4 [21,8-220,6] vs. 31,0 [10,1-146,5]). Os parceiros de quarto dos pacientes tratados com terapia miofuncional orofacial (n=13), relataram melhora significativa na percepção da intensidade (4,0 [2,5-4,0]) vs. 1,0 [1,0-2,0]) e frequência do ronco (4,0 [3,0-4,0] vs. 2,0 [1,5-3,0]). A melhora da qualidade de sono dos parceiros de quarto dos pacientes tratados com Terapia Miofuncional Orofacial tiveram uma tendência a melhorar, porém não atingiu significância estatística (p=0,0618). O Índice de Ronco e o Índice Potência total do Ronco no basal e após 3 meses apresentaram uma correlação moderada com a gravidade da AOS, mensurada pelo IAH (r variando entre 0,505 a 0,603). CONCLUSÕES: A Terapia Miofuncional Orofacial por 3 meses foi efetiva em reduzir a frequência e intensidade do ronco, mensurados objetivamente. A Terapia Miofuncional Orofacial portanto pode ser efetiva para uma grande parcela da população que apresenta ronco primário ou formas leves de AOS / Snoring is generated by pharyngeal obstruction and vibration during sleep. Snoring is extremely common and may cause severe social problems and may indicate obstructive sleep apnea (OSA). However, there are no standardized methods for measuring snoring and the treatment of primary snoring or snoring associated with mild forms of OSA is controversial. Orofacial Myofunctional Therapy consists of isometric and isotonic exercises directed to tongue and soft palate for the treatment of moderated OSA. However, the effects of Orofacial Myofunctional Therapy on snoring were not objectively measured. OBJECTIVES: Primary: to determine the efficiency of Orofacial Myofunctional Therapy in reducing snoring of patients with primary snoring, mild and moderated OSA. Secondary: to develop a methodology to objectively quantify snoring; to assess the relation of snoring characteristics with OSA severity; to assess the effect of Orofacial Myofunctional Therapy upon the perception of snoring and sleep quality of the bed partner. METHODS: We included patients of both genders aged between 20 to 65 years old with polissomnographyc diagnoses of primary snoring, mild or moderated OSA. Patients were randomized for treatment with Orofacial Myofunctional Therapy or Control (use of nasal dilator strips and respiratory exercises) for 3 months. All patients were evaluated at the beginning and end of the study by questionnaires (Epworth, Pittsburgh), orofacial motricity assessment and complete polysomnography with the register of snoring. Bed partners assessed snoring and their own sleep quality (Pittsburgh). RESULTS: Thirty nine patients aged (mean ± standard deviation) =46 ± 13 yeas old and body mass index (BMI) (mean ± standard deviation) = 28,2 ± 3,1 Kg/m2, apnea hypopnea index (AHI)= 15,3 ± 9,3 events/hour, being 6 patients with primary snoring, 17 with mild OSA and 16 with moderated OSA completed the study. No significant change occurred in the Control Group in all variables. In contrast, patients treated with Orofacial Myofunctional Therapy presented (as compared to baseline) a significant decrease (p < 0.05) in neck circumference (38,0 [36,4-39,5] vs. 37,5 [36,0-39,0] cm), Orofacial Motricity Assessment (37,0 [23,0-42,0] vs. 19 [13,0-24,0]), Snoring Index (99,5 [49,6-221,3] vs. 48,2 [25,5-219,2]) and Total Snoring (60,4 [21,8-220,6] vs. 31,0 [10,1-146,5]). Bed partners of patients treated with Orofacial Myofunctional Therapy (n=13) reported a significant improvement in the perceived intensity (4,0 [2,5-4,0]) vs. 1,0 [1,0-2,0]) and snoring frequency (4,0 [3,0-4,0] vs. 2,0 [1,5-3,0]). Sleep quality of bed partners also improved but did not reach statistical significance (p=0.0618). Snoring Index and Total Snoring at basal and after 3 months presented a moderated correlation to OSA severity, measured by AHI (r between 0,505 to 0,603). CONCLUSIONS: Orofacial Myofunctional Therapy for 3 months is effective in reducing objectively measured snoring frequency and intensity. Orofacial Myofunctional Therapy can be effective for a great number of the population who present primary snoring or mild OSA forms
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Repercussões da máscara nasal e oronasal sobre a patência da via aérea superior durante uso de pressão positiva contínua para o tratamento de pacientes com apneia obstrutiva do sono / Impact of the nasal and oronasal mask on the patency of the upper airway during continuous positive airway pressure on treatment of patients with obstructive sleep apneaRafaela Garcia Santos de Andrade 29 June 2016 (has links)
Introdução: A aplicação de Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas Superiores (CPAP) durante o sono é o padrão ouro no tratamento da Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) e foi primeiramente descrito utilizando uma máscara nasal. No entanto, na prática clínica a máscara oronasal é comumente. Este estudo foi desenhado para determinar os efeitos agudos da mudança de rota de fluxo do CPAP de nasal para oronasal e oral na patência da via aérea superior durante o sono em pacientes com AOS. Nós hipotetizamos que a pressão transmitida pelo compartimento oral da máscara oronasal pode comprometer a eficácia do CPAP no tratamento da AOS por empurrar a língua posteriormente. Métodos: Dezoito pacientes (idade 44 ± 9 anos, índice de massa corpórea de 33,8 ± 4,7 kg / m², índice de apneia-hipopneia 49,0 ± 39,1 eventos/hora) dormiram com máscara oronasal customizada com dois compartimentos (nasal e oral) selados e independentes conectados a uma válvula multidirecional. O sono dos pacientes foi monitorizado pela polissonografia e induzido por baixas doses de midazolam (3,1 ± 2,2 mg). O CPAP nasal foi titulado até a pressão de manutenção das vias aéreas superiores. A rota de fluxo do CPAP foi mudada de nasal para oronasal (n = 18) e oral (n = 16) durante o sono. A área retroglossal foi continuamente observada durante a nasoendoscopia. Resultados: O CPAP nasal (14,8 ± 4,1 cmH2O) foi suficiente para estabilizar a via aérea superior em todos os pacientes. Em contraste, o CPAP oronasal e oral promoveram eventos obstrutivos em 12 (66,7%) e 14 (87,5%) pacientes, respectivamente. Quando o CPAP foi transmitido pela rota oronasal e oral houve uma redução progressiva e significante na distância entre a epiglote e a base da língua e na área retroglossal em comparação com a respiração estável durante a rota nasal. Conclusões: Mudanças agudas na rota de fluxo do CPAP nasal para as rotas oronasal e oral induzem eventos obstrutivos e diminuem as dimensões da orofaringe em pacientes com AOS durante o sono. A máscara oronasal pode comprometer a efetividade do CPAP no tratamento da AOS / Introduction: Continuous Positive Airway Pressure (CPAP) is the gold standard treatment for obstructive sleep apnea (OSA) and was conceived to be applied by nasal route only. However, in clinical practice the oronasal mask is commonly used. This study was designed to determine the acute effects of changing the nasal CPAP route to oronasal and oral in upper airway patency during sleep in patients with. We hypothesized that the pressure transmitted by the oral compartment of oronasal mask will push the tongue backwards and will compromise CPAP effectiveness in OSA treatment. Methods: Eighteen patients with OSA (age: 44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years , body mass index: 33.8±4.733.8±4.733.8±4.7 33.8±4.7 33.8±4.7 Kg/m², apnea-hypopnea index: 49.0 ± 39.149.0 ± 39.149.0 ± 39.149.0 ± 39.149.0 ± 39.149.0 ± 39.1 49.0 ± 39.149.0 ± 39.149.0 ± 39.1 events/hour) slept with a customized oronasal mask with a nasal and oral sealed compartments connected to a multidirectional valve. Sleep was monitored by full polysomnography and induced by low dosis of midazolam (3.1 ± 2.2 mg). Nasal CPAP was titrated up to holding pressure and flow route was changed to oronasal (n = 18) and oral route (n = 16) during sleep. Retroglossal area was continuously observed by nasoendoscopy. Results: Nasal CPAP (14.8±4.1 cmH2O) was able to stabilize breathing in all patients. In contrast, CPAP delivered by oronasal and oral route promoted obstructive events in 12 (66.7%) and 14 (87.5%) patients, respectively. Compared to stable breathing during nasal route, there was a significant and progressive reduction in the distance between epiglottis and tongue base and the retroglossal area when CPAP was delivered by oronasal and oral route, respectively. Conclusions: CPAP delivered by oronasal route may compromise CPAP effectiveness to treat OSA
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O efeito da modulação quimiogenética de neurônios motores do hipoglosso sobre a atividade do músculo genioglosso / The effect of chemogenetic modulation of hypoglossal motor neurons on genioglossal muscle activityCurado, Thomaz Antonio Fleury 20 March 2017 (has links)
Introdução: A apneia do sono é condição prevalente e apresenta forte correlação com as principais causas de morbidade e mortalidade na sociedade ocidental. A perda do controle neuromotor proveniente de estágios mais profundos do sono está associada ao colapso faríngeo e a patogênese da apneia obstrutiva do sono (SAOS). A língua é implicada como principal protagonista na patogênese da obstrução das vias aéreas superiores (VAS) durante o sono. Não há farmacoterapia para SAOS. Novas tecnologias moleculares para controle neuronal através da inserção de um receptor de membrana geneticamente modificado, denominado Designer Receptor Exclusively Activated by Designer Drugs [DREADDs], o qual pode ser ativado por uma droga inicialmente inerte, de alta especificdade, clozapina-n-oxide (CNO). Objetivos: 1) Modificar geneticamente os neurônios motores do núcleo do hipoglosso utilizando-se de DREADDs, o qual permite regular sua atividade; 2) Analisar a atividade do músculo genioglosso sob administração de CNO; 3) Desenvolver abordagens para rastreamento dos músculos protrusores e retratores da língua por marcadores retrógrados, injecção de subunidade B de toxina colérica (CTB-AF) e do vírus de pseudoraiva (PRV) 267 transportando um gene repórter, nos músculos efetores. Métodos: Receptores muscarínicos mutados em um vetor adenoviral associado (AAV) foram infundidos no núcleo do hipoglosso de camundongos via injeção esterotáxica bilateral. Após quatro semanas, período para expressão fenotípica, foram comparadas a atividade eletromiográfica do músculo genioglosso (EMGGG) em resposta a administração de ligante (CNO) versus solução salina. Em um segundo grupo foram realizadas infusões com vírus controle e comparação da EMGGG pré e pós infusão de CNO. Para rastreamento neural a CTB-AF foi injetado nos músculos protusores e retratores da língua e para expressão de Cre o vírus PRV-267 foi injetado no músculo genioglosso. A expressão dessas substâncias no núcleo do hipoglosso foi avaliada através de microscopia de fluorescência. Resultados: Dos dezoito camundongos injetados com DREADDs, dezesseis foram transfectados pelo vetor de AAV. Em camundongos onde o núcleo motor do hipoglosso foi corretamente atingido a EMGGG apresentou importante aumento após a administração de CNO. Em contraste, a atividade do genioglosso não apresentou alteração após a administração de soro fisiológico. Em três camundongos onde a transfecção ultrapassou os limites do núcleo foi observado arritmia respiratória após infusão do ligante. Todos animais infundidos com vírus controle foram adequadamente transfectados mas não apresentaram alteração eletromiográfica após a infusão de CNO. Foram diferenciados no núcleo do hipoglosso os neurônios motores da musculatura retratora e protusora da língua. A expressão intranuclear da enzima Cre-recombinase foi identificada no núcleo hipoglosso. Conclusão: A utilização de métodos quimiogenéticos para ativar grupos selecionados de neurônios motores em áreas cerebrais específicas representa técnica promissora para o estudo do controle neuromotor das VAS. Estes resultados sugerem que a terapia transgênica pode ser eficaz no tratamento da SAOS além de uma vasta gama de patologias que resultam de perturbações no controle neural das VAS. Através da manipulação das fibras musculares efetoras na língua foi possível a identificação do seu respectivo neurônio motor no núcleo do hipoglosso e induzi-lo a sintetizar uma enzima específica (Cre-recombinase) / Introduction: Sleep Apnea is a prevalent condition and strongly correlates with the major causes of morbidity and mortality in Western Society. The loss of motor input from deeper sleep stages is associated with pharyngeal collapsibility and the pathogenesis of obstructive sleep apnea (OSA). The tongue plays a major role in the pathogenesis of upper airway (UA) obstruction during sleep. There is no pharmacotherapy for OSA. New molecular techniques allow to control neuronal function by inserting a genetically modified membrane receptor termed the Designer Receptor Exclusively Activated by Designer Drugs [DREADDs] which can be activated by a highly specific and otherwise pharmacologically inert drug clozapine-N-oxide (CNO) Objectives: 1) To genetically modify the hypoglossal nucleus motor neurons using DREADDs, which allows to regulate their activity; 2) To analyze the genioglossal activity upon administration of CNO; 3) to develop novel approaches to targeting tongue protruders and retractors by retrograde tracers, cholera toxin subunit B (CTB-AF) and pseudorabies virus (PRV) 267 injection carrying a reporter gene into the effector muscles. Methods: Mutated muscarinic receptors in an adenoviral associated vector (AAV) were delivered to the hypoglossal nucleus via stereotactically bilateral injection. Four weeks after adenoviral delivery (expression period), responses in genioglossal electromyography (EMGGG) activity to intraperitoneal administration of CNO ligand vs. Saline (control) were compared in mice. In a second group, control-virus was infused and genioglossus muscle EMGGG was compared before and after CNO infusion. For neuronal tracing CTB-AF was injected into the protrusor and retractor muscles of the tongue and for Cre induction PRV-267 virus was injected in the genioglossus muscle. Expression of these substances in the hypoglossal nucleus were evaluated by fluorescence histology. Results: Of eighteen DREADDs injected mice, sixteen were transfected with AAV vector. After CNO administration EMGGG activity increased in mice where the hypoglossal motor nucleus was correctly targeted. In contrast, genioglossal activity was not augmented following saline administration. In three mice where transfection surpassed the nucleus limits, breathing arrhythmia was observed following ligand infusion. All animals infused with control virus were adequately transfected but did not present electromyographic change following CNO infusion. The motor neurons of the rectractor and protrusor musculature of the tongue were well differentiated in the hypoglossal nucleus. Intranuclear expression of Cre recombinase enzyme was identified in the hypoglossal nucleus. Conclusion: Utilizing chemogenetic methods to activate motor neuron groups in selected brain areas show promise to UA neuromotor control, and suggest that transgenic therapy may be effective in treating OSA and a wide range of pathologies that result in disturbances of UA neural control. By manipulating the effector muscle fibers of the tongue, it was possible to identify its respective motor neuron in the hypoglossal nucleus and to induce synthesis of a specific enzyme (Cre recombinase)
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A influência da via aérea superior no uso do aparelho intraoral de avanço mandibular para o tratamento da síndrome da apneia obstrutiva do sono / The influence of upper airway in use of mandibular advancement intraoral device for treatment of obstructive sleep apnea syndromePrescinotto, Renato [UNIFESP] 27 April 2011 (has links) (PDF)
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Publico-12669.pdf: 1362463 bytes, checksum: 68544347c989279806cb3905a07b4791 (MD5) / Introdução: O tratamento escolhido para os pacientes com Síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) tem sido o uso dos aparelhos de pressão aérea positiva contínua (CPAP), especialmente nos casos moderados a graves, porém, nas ocorrências mais leves, os aparelhos intraorais de avanço mandibular (AIO) podem ser indicados. Existem trabalhos na literatura correlacionando a presença de alterações anatômicas na via aérea superior (VAS) com a adesão ao CPAP, contudo, em relação ao sucesso e à adesão aos AIOs, a literatura é escassa Objetivos: Comparar os achados de uma avaliação sistemática da VAS quanto ao sucesso e à adesão ao tratamento com AIO de pacientes com SAOS. Método: Foram avaliados 28 pacientes adultos com SAOS leve a moderada e com indicação de tratamento com AIO. Os pacientes foram submetidos a questionários de sono e de queixas nasais, exame físico antropométrico e da VAS e polissonografia, antes e após 120 dias de uso do AIO. Ao término do protocolo, os pacientes foram divididos quanto ao sucesso e ao insucesso e quanto à adesão - boa e má adesão -, e os achados foram comparados entre os grupos. Foi considerado sucesso à terapia os pacientes que reduziram o índice de apneia e hipopneia (IAH) em 50%, estando abaixo de 10 eventos por hora; e o critério de boa adesão foi o uso do AIO em 90% das noites na última semana, conforme diário de uso do AIO. Resultados: A média de idade foi de 48,8±11,3 anos, sendo 32,1% do sexo masculino e 67,9% do sexo feminino. O sucesso ao tratamento com AIO foi de 64,3%, e a adesão foi de 60,7%. Quanto à adesão, não houve significância estatística em nenhum dos parâmetros de VAS analisados. Em relação ao sucesso, houve um predomínio de pacientes com alteração nasal nos pacientes com insucesso (p=0,04), às custas principalmente de desvios septais obstrutivos (graus II e III) (p=0,04). Conclusões: O sucesso do tratamento com AIO foi significativamente menor nos pacientes com alterações nasais, o que não foi observado em relação à adesão. / Introduction: The treatment of choice for patients with obstructive sleep apnea syndrome (OSAS) has been the use of continuous positive airway pressure devices (CPAP), especially in moderate to severe cases, but in milder cases, the mandibular advancement devices (MAD), may be indicated. There are studies in the literature correlating the presence of anatomical abnormalities in upper airway (UA) with adherence to CPAP, but about the success and adherence of MAD the literature is scarce. Objectives: To compare the findings of a systematic evaluation of the UA on the success and adherence to treatment with MAD of patients with OSAS. Methods: We studied 28 adult patients with mild to moderate OSAS referred for treatment with MAD. The patients underwent sleep questionnaires and nasal symptoms, anthropometric and upper airway examination and polysomnography before and after 120 days using MAD. At the end of the protocol, patients were divided about the success (success and failure) and to the adherence (good adherence and poor adherence) and the findings were compared between groups. Was considered successful therapy the patients who reduced the apnea-hypopnea index (AHI) in 50%, being below 10/events per hour and the criterion for good compliance was the use of MAD in 90% of nights last week (Daily use of AIO). Results: The mean age was 48.8 ± 11.3 years, and there were 32.1% males and 67.9% female. Successful treatment with MAD was 64.3% and good adherence was 60.7%. About the adherence, there was no statistical significance in the parameters of UA analyzed. About the success, there was a predominance of patients with nasal alterations in patients with failure (p = 0.04), mainly at the expense of obstructive septal deviation (grades II and III) (p = 0.04). Conclusions: The sucess of treatment with AIO was significantly lower in patients with nasal alterations, which was not observed with regard to adherence. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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A influência das alterações nasais na adesão ao aparelho de pressão aérea positiva em pacientes com síndrome da apneia obstrutiva do sono / The influence of nasal alterations in adherence to the continuous positive airway pressure in obstructive sleep apnea patientsHaddad, Fernanda Louise Martinho [UNIFESP] 26 January 2011 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2011-01-26 / Introdução: Trabalhos vêm mostrando uma maior ocorrência de alterações nasais em pacientes com Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) quando comparados a controles, porém a correlação existente entre a permeabilidade nasal e a adesão ao aparelho de pressão aérea positiva (CPAP) é assunto ainda controverso na literatura. Além disso, não existe um consenso sobre qual ou quais seriam os melhores métodos de avaliação da função nasal. Desse modo, o objetivo deste trabalho é avaliar a influência das alterações nasais na adesão ao CPAP, em pacientes com SAOS. Método: Foram incluídos pacientes de ambos os gêneros, entre 25 a 65 anos, com diagnóstico de SAOS moderada a grave. O protocolo constituiu de questionários, rinoscopia anterior, nasofibrolaringoscopia flexível, “peak flow ” nasal inspiratório, rinometria acústica e polissonografia para titulação pressórica do CPAP. Os pacientes receberam o CPAP para uso domiciliar por 6 meses e foram acompanhados em um programa educacional. Ao término de 6 meses, os pacientes que utilizaram o CPAP 4 horas ou mais por noite, em pelo menos 70% das noites, foram considerados como tendo boa adesão; os demais como tendo má adesão. Resultados: De 45 pacientes incluídos, 34 finalizaram o estudo. Onze (33,4%) pacientes eram do sexo feminino e 23 (67,6%) do sexo masculino, com idade média de 53,1 ± 9,1 anos. Dezesseis (47,1%) pacientes apresentaram boa adesão. Os parâmetros clínicos significantes foram: índice de massa corpórea (IMC), circunferência cervical (CC) e índice de apneia e hipopneia (IAH) maiores (p=0,030, p=0,006, p=0,032); e a saturação mínima da oxihemoglobina menor (p=0,041) no grupo de boa adesão. Os parâmetros nasais não apresentaram diferenças entre os grupos. As correlações com o maior número de horas de uso do CPAP foram: maior IMC (p=0,043), maior CC (p=0,007), maior IAH (p=0,043), maior pressão do CPAP (p=0,012), menor média das áreas nasais na posição supina (p=0,029). No modelo de regressão linear, os achados relacionados ao maior número de horas de uso do CPAP foram: maior CC (p=0,015), maior IAH (p=0,034), menor nota do quadro de sintomas nasais (p=0,007) e menor volume das fossas nasais na posição supina (p=0,001). Conclusões: A maior parte dos parâmetros nasais avaliados foram contraditórios ou não influenciaram a adesão ao CPAP. Os parâmetros que se correlacionaram à adesão ao CPAP neste grupo de pacientes com SAOS foram os preditores clínicos e polissonográficos da presença e gravidade da SAOS. / Introduction: Researches showed a higher incidence of nasal disorders in patients with Obstructive Sleep Apnea Syndrome (OSAS) compared to controls, but the correlation between the nasal permeability and positive airway pressure device (CPAP) compliance is controversy in the literature. Furthermore there is no consensus on what would or would be the best methods of assessment of nasal function. Thus, the aim of this study was to evaluate the contribution of nasal alterations in CPAP compliance in patients with OSAS. Method: We included patients of both genders, between 25 to 65 years, with moderate to severe OSAS. The protocol consisted of questionnaires, rhinoscopy, nasofibroscopy, nasal inspiratory peak flow, acoustic rhinometry and polysomnography. The patients received CPAP for home use for 6 months and were followed in an educational program. At the end of 6 months, patients who used CPAP 4 hours or more per night, at least 70% of nights were considered as having good compliance, and the others as having poor compliance.Results: Of 45 patients enrolled, 34 finished the study. Eleven (33.4%) patients were female and 23 (67.6%) males, mean age 53.1 ± 9.1 years. Sixteen (47.1%) patients had good compliance (use 􀂕 4 hours per night). Clinical parameters were significant: body mass index (BMI), neck circumference (NC) and apnea-hypopnea index (AHI) higher (p = 0.030, p = 0.006, p = 0.032), and oxyhemoglobin saturation minimum minor (p = 0.041) in the group with good compliance. Nasal parameters showed no differences between groups. The correlations with the largest number of hours of CPAP use were: higher BMI (p = 0.043), higher NC (P = 0.007), higher AHI (p = 0.043), higher CPAP pressure (p = 0.012), lower average of minimal sectional areas in the supine position (p = 0.029). In the linear regression model, the findings related to the greater number of hours of CPAP use were: higher CC (p = 0.015), higher AHI (p = 0.034), lower notes of nasal symptoms (p = 0.007) and lower volume of nasal cavity in the supine position (p = 0.001). Conclusions: Most nasal parameters evaluated were contradictory or did not influence adherence to CPAP. The parameters that were significantly correlated with adherence to CPAP in this group of OSA patients were clinical and polysomnographic predictors of the presence and severity of OSA. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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