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Colapsabilidade da faringe durante o sono induzido: comparação entre descendentes de Japoneses e indivíduos Brancos / Pharyngeal collapsibility during drug-induced sleep: comparison between Japanese-descendants and Caucasians

Fabíola Schorr 08 May 2015 (has links)
Introdução: A patogênese da apneia obstrutiva do sono (AOS) é complexa e pode variar de acordo com a etnia. O componente anatômico que predispõe à AOS é resultado da interação entre a estrutura óssea e partes moles da via aérea superior (VAS), e pode ser acessado através da pressão crítica de fechamento da faringe (Pcrit). Hipotetizamos que os descendentes de Japoneses e Caucasianos apresentam diferentes preditores para a colapsabilidade da VAS, sugerindo diferentes vias que levam ao desenvolvimento da AOS nestes dois grupos étnicos. Métodos: Homens descendentes de Japoneses (n=39) e Caucasianos (n=39), pareados para idade e gravidade da AOS, foram avaliados através de polissonografia (PSG), Pcrit e tomografia computadorizada (TC) da VAS e abdome para estudo da anatomia da via aérea e gordura abdominal, respectivamente. Resultados: Pcrit foi similar entre descendentes de Japoneses e Caucasianos (-1.0 ± 3.3 vs -0.4 ± 3.1 cmH20). Descendentes de Japoneses apresentaram menores dimensões ósseas craniofaciais (comprimento da base do crânio, maxila e mandíbula), enquanto que os Caucasianos apresentaram maior tamanho das partes moles da VAS (comprimento e volume da língua) e maior desbalanço entre o volume da língua e da mandíbula (razão entre o volume da língua e o volume da mandíbula). O ângulo da base do crânio apresentou associação com a Pcrit somente entre os descendentes de Japoneses (r=-0.535, p < 0.01). A razão volume da língua/volume mandibular se associou com a Pcrit somente nos Caucasianos (r=0.460, p < 0.01). Variáveis relacionadas à obesidade (IMC, circunferências cervical e abdominal, gordura visceral) mostraram correlação semelhante com a Pcrit em ambos os grupos. Conclusões: Descendentes de Japoneses e Caucasianos apresentam diferentes preditores da colapsabilidade da VAS. Enquanto a restrição óssea craniofacial foi determinante para a Pcrit somente entre os descendentes de Japoneses, o desbalanço anatômico entre o volume da língua e da mandíbula foi importante para a Pcrit nos Caucasianos. Estes achados podem ter implicações terapêuticas no tocante à melhora da predisposição anatômica para a AOS entre as etnias / Introduction: Obstructive sleep apnea (OSA) pathogenesis is complex and may vary according to ethnicity. The anatomical component predisposing to OSA is the result of the interaction between bony structure and upper airway soft tissues and can be assessed using passive critical closing pressure (Pcrit). We hypothesized that Japanese-Brazilians and Caucasians present different predictors to upper airway collapsibility, suggesting different causal pathways to develop OSA in these two groups. Methods: Male Japanese-Brazilians (n=39) and Caucasians (n=39) well matched for age and OSA severity were evaluated by full polysomnography, Pcrit and upper airway plus abdomen CT scans for determination of upper airway anatomy and abdominal fat, respectively. Results: Pcrit was similar between Japanese-Brazilians and Caucasians (-1.0 ± 3.3 vs -0.4 ± 3.1 cmH20). Japanese-Brazilians presented smaller upper airway bony dimensions (cranial base, maxillary and mandibular length) while Caucasians presented larger upper airway soft tissue (tongue length and volume) and greater imbalance between tongue and mandible (tongue/mandibular volume ratio). Cranial base angle was associated with Pcrit only among Japanese-Brazilians (r=-0.535, p < 0.01). Tongue/mandibular volume ratio was associated with Pcrit only among Caucasians (r=0.460, p < 0.01). Obesity-related variables (visceral fat, BMI, neck and waist circumferences) showed similar correlation with Pcrit in Japanese-Brazilians and Caucasians. Conclusions: Japanese-Brazilians and Caucasians present different predictors of upper airway collapsibility. While craniofacial bony restriction was determinant to Pcrit only in the Japanese-Brazilians, anatomical imbalance between tongue and mandible volume was important to Pcrit among Caucasians. These findings may have therapeutic implications regarding how to improve anatomical predisposition to OSA across ethnicities
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Avaliação da colapsabilidade da via aérea superior durante a vigília por meio da pressão negativa expiratória e durante o sono por meio da pressão crítica de fechamento da faringe em indivíduos normais e portadores de apneia obstrutiva do sono / Upper airway collapsibility evaluation during wakefulness using negative expiratory pressure and during sleep using pharyngeal critical closing pressure in obstructive sleep apnea and normal subjects

Raquel Pastrello Hirata 19 September 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: A apneia obstrutiva do sono (AOS) é comum na população geral e é caracterizada pelo colapso recorrente da via aérea superior. Há um interesse crescente no desenvolvimento de métodos para melhor entendimento da fisiopatologia da AOS. A técnica da pressão negativa expiratória (NEP) é um método relativamente simples que avalia a colapsabilidade da via aérea superior durante a vigília. Porém, a metodologia varia muito e a maioria dos estudos utilizou o bocal, que pode não retratar de forma adequada o comportamento da nasofaringe e pode interferir na posição da língua. Adicionalmente, não existem estudos que avaliaram a associação da NEP com variáveis anatômicas da via aérea superior. A pressão crítica de fechamento da faringe (Pcrit) é um método bem estabelecido que reflete o componente anatômico da AOS, porém é realizada durante o sono e envolve metodologia complexa. OBJETIVOS: Realizamos 2 estudos em indivíduos normais e portadores de AOS com o objetivo de: Estudo 1) Determinar a influência da interface e posição sobre a medida da colapsabilidade da via aérea superior durante a vigília avaliada pela NEP. Estudo 2) Avaliar a associação entre a colapsabilidade da via aérea superior durante a vigília medida pela NEP com máscara nasal na posição supina e durante o sono medida pela Pcrit com variáveis anatômicas da via aérea superior avaliadas pela tomografia computadorizada (TC). MÉTODOS: Foram recrutados indivíduos com idade entre 18 e 65 anos com suspeita de AOS referidos do Laboratório do Sono do InCor. Os indivíduos foram submetidos a prova de função pulmonar, polissonografia e NEP em 4 situações: posição sentada e supina utilizando tanto bocal como máscara nasal. A NEP foi avaliada pelo parâmetro V0,2SB/V0,2NEP (relação entre o volume expirado a 0,2 s durante a respiração espontânea (3 expirações precedentes à aplicação da NEP) sobre o volume expirado a 0,2 s durante a aplicação da NEP). Um subgrupo dos indivíduos realizou o exame de Pcrit e TC de via aérea superior. RESULTADOS: Estudo 1) Foram estudados um total de 86 indivíduos (72 homens, idade: 46 ± 12 anos, índice de massa corpórea (IMC): 30,2 ± 4,4 kg/m2, índice de apneia/hipopneia (IAH): 32,9 ± 26,4 eventos/hora). Encontramos uma interação entre interface e posição sobre a colapsabilidade da via aérea superior na análise multivariada (p=0,007), sendo que a via aérea superior foi mais colapsável com bocal do que com máscara nasal na posição sentada. A colapsabilidade da via aérea superior foi maior na posição supina do que sentada quando a NEP foi realizada com máscara nasal. Em contraste, a NEP não foi influenciada pela posição quando avaliada com bocal. A resistência expiratória foi significativamente maior e independente da posição com bocal do que máscara nasal (20,7 cmH2O/L.s-1 vs 8,6 cmH2O/L.s-1 respectivamente, p=0,018). Estudo 2) Vinte e oito indivíduos realizaram a NEP com máscara nasal na posição supina, Pcrit e TC da via aérea superior (idade: 45 ± 13 anos, IMC: 29.4±4.9 kg/m2 e IAH: 30 ± 26 eventos/hora). A NEP e a Pcrit se associaram de maneira semelhante com a área da língua (r=0,646 e r=0,585), volume da língua (r=0,565 e r=0,613), comprimento da faringe (r=0,580 e r=0,611) e IAH (r=0,490 e r=0,531), respectivamente (p < 0,05 para todas as correlações). A NEP e a Pcrit foram significativamente piores em pacientes com AOS grave do que no restante da população (p < 0,05). CONCLUSÕES: Estudo 1) A interface e a posição influenciam a colapsabilidade da via aérea superior medida pela NEP. Propomos que a NEP seja realizada com máscara nasal na posição supina em estudos futuros de avaliação da colapsabilidade da via aérea superior em pacientes sob investigação de AOS. Estudo 2) A NEP avaliada com máscara nasal na posição supina é um método simples e promissor que reflete o componente anatômico da colapsabilidade da via aérea superior de forma similar a Pcrit / INTRODUCTION: Obstructive sleep apnea (OSA) is common in the general population and is characterized by recurrent collapse of the upper airway. There is a growing interest in developing methods for better understanding of OSA pathophysiology. Negative expiratory pressure (NEP) technique is a simple method that evaluates upper airway collapsibility during wakefulness. However, the method of NEP determination varies among published studies and is mostly evaluated with a mouthpiece, which could inadequately reflect the behavior of nasopharynx and also interfere on the tongue position. In addition, there are no studies evaluating the association between NEP and upper airway anatomy. Pharyngeal critical closing pressure (Pcrit) is a well established technique that reflects the anatomical component of OSA, however, it is performed during sleep and requires a complex methodology. OBJECTIVES: We performed 2 studies in OSA and normal subjects with the objectives of: Study 1) To determine the influence of interface and position on the measurement of upper airway collapsibility while awake evaluated by NEP. Study 2) To evaluate the association among upper airway collapsibility while awake evaluated by NEP with nasal mask in supine position and during sleep evaluated by Pcrit with upper airway anatomy evaluated objectively by upper airway computed tomography (CT) scan. METHODS: We recruited subjects with age between 18 and 65 years with suspect OSA referred to the outpatient sleep clinic at the Heart Institute, University of São Paulo. Subjects underwent pulmonary function test, polysomnography and NEP evaluations in four conditions: sitting and supine position either with mouthpiece or with nasal mask. NEP was evaluated by the parameter V0.2SB/V0.2NEP (ratio between the volume exhaled at 0.2 s during stable breathing (3 expirations prior to NEP application) over the volume exhaled at 0.2 s during NEP application). A subgroup of subjects performed Pcrit and upper airway CT evaluations. RESULTS: Study 1) We studied a total of 86 subjects (72 male, age: 46 ± 12 years, body mass index (BMI): 30.2 ± 4.4 kg/m2, apnea/hypopnea index (AHI): 32.9 ± 26.4 events/hour). We found an interaction between interface and position on upper airway collapsibility in multivariate analysis (p=0.007), with the upper airway being more collapsible with mouthpiece than with nasal mask in sitting position. Upper airway collapsibility was higher in supine than in sitting position when NEP was performed with nasal mask. In contrast, NEP was not influenced by position when evaluated with mouthpiece. Expiratory resistance was significantly higher and independent of position with mouthpiece than with nasal mask (20.7 cmH2O/L.s-1 vs 8.6 cmH2O/L.s-1 respectively, p=0.018). Study 2) Twenty-eight subjects performed NEP with nasal mask in supine position, Pcrit and upper airway CT scan (age: 45±13 years, BMI: 29.4 ± 4.9 kg/m2, and AHI: 30 ± 26 events/h). NEP evaluated with nasal mask in supine position and Pcrit were similarly associated with tongue area (r=0.646 and r=0.585), tongue volume (r=0.565 and r=0.613), pharyngeal length (r=0.580 and r=0.611), and AHI (r=0.490 and r=0.531) respectively (p < 0.05 for all comparisons). NEP and Pcrit were significantly worse in patients with severe OSA than the remaining population (p < 0.05). CONCLUSIONS: Study 1) Interface and position influence upper airway collapsibility measured by NEP. We propose NEP to be performed with nasal mask in supine position in future studies of upper airway collapsibility evaluation in patients under investigation for OSA. Study 2) NEP evaluated with nasal mask in supine position is a simple and promising method that is associated with the anatomical component of upper airway collapsibility similarly to Pcrit
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Apnéia obstrutiva do sono em pacientes portadores da doença pulmonar obstrutiva crônica: impacto do padrão clínico-funcional / Obstructive sleep apnea in patients with chronic obstructive pulmonary disease: impact of the clinical pattern

Marília Montenegro Cabral 28 February 2005 (has links)
A Apnéia Obstrutiva do Sono (AOS) e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) são condições clínicas comuns, particularmente na população de idosos, e portanto é de se esperar que um grande número de pacientes com DPOC apresente AOS. Os pacientes portadores da DPOC podem ser divididos em dois tipos clínicos, A e B. O segundo apresenta características clínicas sugestivas da AOS. A prevalência da AOS entre os portadores da DPOC permanece controversa e existem poucos estudos sistemáticos correlacionando a presença da AOS com o tipo clínico da DPOC. Os objetivos primários do nosso estudo foram: (1) determinar a prevalência da AOS em uma população de DPOC e (2) determinar os preditores de risco desta população para AOS. Identificamos 120 pacientes regularmente matriculados no ambulatório de DPOC da Disciplina de Pneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo que preenchiam os critérios para o diagnóstico da DPOC segundo definição da American Thoracic Society. Excluímos os pacientes em programa de oxigenoterapia domiciliar (28 pacientes). Realizamos polissonografia nos 50 primeiros pacientes. Todos foram estudados pelos seguintes métodos: mensuração de dados antropométricos e circunferência do pescoço, escala de sonolência de Epworth, avaliação sobre o ronco, questionário de Berlin, gasometria arterial em ar ambiente e vigília e prova de função pulmonar completa com mensuração da capacidade de difusão do monóxido de carbono (DLco). Os pacientes foram classificados em tipo A (DLco < 50% do valor normal previsto e dispnéia como sintoma predominante), B (DLco > 50% do valor normal previsto e tosse crônica com produção de expectoração como sintoma predominante) e misto. A população estudada se constituiu de 40 homens e 10 mulheres, com idade de 64±9 anos, índice de massa corpórea de 24±5 kg/m2 e VEF1 de 43±15% do valor normal previsto. Dezoito pacientes foram classificados em tipo A, 17 em tipo B e 15 em tipo misto. A AOS (índice de apnéia/hipopnéia > 15 eventos/hora) foi encontrada em 14 pacientes (28%). A prevalência da AOS foi maior na DPOC tipo B (47%) do que na DPOC tipo A (p<0,05). A análise de regressão logística multivariada mostrou que a presença de ronco, a grande circunferência do pescoço e a DPOC tipo B foram todos preditores independentes de risco para AOS. Concluímos que a AOS é freqüente entre portadores da DPOC, particularmente na DPOC tipo B / Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) and obstructive sleep apnea (OSA) are common diseases, particularly in elderly patients, and therefore OSA is likely to occur in COPD patients. It was long observed that chronic obstructive pulmonary disease may fall in two distinct clinical pattern: type A (pink puffer) and type B (blue bloater). Type B patients resemble those of patients with OSA. The prevalence of OSA in COPD patients remains controversial and there are few studies that have investigated the presence of OSA according to the clinical characteristics. Our primary aims were: (1) determine the prevalence of OSA in COPD patients and (2) identify predictors for OSA in COPD patients. For this purpose we studied 50 consecutive non-oxygen dependent patients with a diagnosis of COPD as defined by the American Thoracic Society, who were attended at outpatient COPD clinic at a tertiary University Hospital. The patients were then classified as type A, type B and mixed. Type A COPD was defined solely on the basis of by a DLco < 50% of that predicted. Patients with DLco >= 50% were classified as type B only if they had a clear history of chronic cough and sputum production, lasting for at least 3 months per year for 2 years. All patients were studied by full polysomnography. Prior to sleep study, all patients underwent routine pulmonary function testing including measurement of lung volumes and DLco by the single breath technique. The Epworth Sleepiness Scale and Berlin questionnaire were completed. Snoring was considered present if it was loud and frequent. Neck circumference was also determined. There were 40 males (80%), age 64±9 years old, body mass index 24±5 kg/m2, forced expiratory volume in the first second 43±15% of predicted. Eighteen patients were classified as Type A, 17 as Type B and 15 as Mixed. Obstructive sleep apnea (apnea-hypopnea index > 15 events/hour) was observed in 14 (28%) patients. The prevalence of obstructive sleep apnea was significantly higher in Type B patients (47%). Multiple logistic regression analysis showed that presence of snoring, large neck circumference, type B were all independent predictors for OSA. We conclude that OSA is common among COPD patients, particularly among patients with type B pattern
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Herdabilidade da apneia obstrutiva do sono em uma população rural brasileira / Heritability of obstructive sleep apnea

Lilian Khellen Gomes de Paula 26 June 2015 (has links)
Introdução: A Apneia obstrutiva do sono (AOS) é uma doença comum na população geral e sua presença pode ser parcialmente explicada por um componente genético. No entanto, existe uma interação grande entre AOS com fatores de confusão, incluindo obesidade. O objetivo principal desse estudo é determinar a herdabilidade da AOS em uma população rural brasileira. Métodos: Foram estudados famílias provenientes de coorte (Corações de Baependi). Os participantes foram avaliados quanto a medidas antropométricas, circunferência de cintura, quadril e pescoço. Aplicamos os questionários de Berlim para determinar o risco de ter AOS, escala de sonolência de Epworth para verificar sonolência excessiva diurna e o questionário de Pittsburgh para verificar a qualidade do sono. Realizamos poligrafia noturna para determinar a presença e gravidade da AOS utilizando o índice de apneia-hipopneia (IAH, definido positivo quando >= 15 eventos/hora). Foi realizada medida de pressão arterial (PA) por meio da monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) e velocidade de onda de pulso (VOP) para avaliar rigidez arterial. Resultados: A amostra foi composta de 587 participantes (188 homens e 399 mulheres), com mediana de idade e intervalo interquartil = 44 (29 - 55) anos e IMC = 25,0 (22,1-28,6) kg/m2. Os sintomas sugestivos de AOS derivados dos questionários de Epworth, Berlim e Pittsburgh não se associaram com a presença de AOS; A AOS foi diagnosticada em 18,6% eventos/hora da população, A herdabilidade foi estimada em 26%, independente da obesidade e outros fatores de confusão. A mediana da PA foi mais alta, a ausência de descenso noturno da PA foi mais comum e o VOP mais alto em participantes com AOS do que sem AOS. Na regressão logística multivariada apenas a idade e a PA se associaram de forma significante com o VOP. Conclusões: A herdabilidade da AOS foi moderada (26%) em uma população rural. As alterações cardiovasculares presentes na AOS estão associadas a fatores de confusão em estudos familiares / Introduction: Obstructive sleep apnea (OSA) is a common disease in the general population and the presence can be partially explained by a genetic component. However, there is a strong interaction between OSA with confounding factors, including obesity. The main objective of this study is to determine the heritability of OSA in a Brazilian rural population. Methods: We studied families from the Baependi Heart Study. Participants were assessed for anthropometric measurements, waist, hip and neck circumferences. We used the Berlin questionnaire to determine the risk of having OSA, Epworth sleepiness scale to evaluated the presence of excessive daytime sleepiness and the questionnaire of Pittsburgh to verify the quality of sleep. Overnight Polygraph night was conducted to determine the presence and severity of OSA through the apnea-hypopnea index. Blood pressure was measured (BP) by ambulatory blood pressure (ABP) and pulse wave velocity (PWV) to assess arterial stiffness. Results: The sample consisted of 587 participants (188 men and 399 women), median and interquartile range of age = 44 (29-55) years and BMI = 25.0 (22.1 to 28.6) kg / m2. Symptoms suggestive of OSA derived from Epworth, Berlin and Pittsburgh questionnaires were not associated with the presence of OSA; OSA was diagnosed in 18.6% events/hour of the population, the heritability was estimated at 26%, independent of obesity and other confounding factors. BP was higher, the absence of nocturnal BP was more common and the highest VOP in participants with OSA than without OSA. Using multivariate logistic regression only age and BP were associated significantly with PWV. Conclusions: OSA heritability is moderate (26%) in a rural population. The cardiovascular alterations associated with OSA were explained by confounding factors
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Validação de sistema portátil de monitorização respiratória para o diagnóstico de apneia obstrutiva do sono em pacientes com doença arterial coronariana / Validation of portable respiratory monitoring system for the diagnosis of obstructive sleep apnea in patients with coronary artery disease

Naury de Jesus Danzi Soares 22 February 2011 (has links)
Introdução: A apneia obstrutiva do sono (AOS) é caracterizada por episódios repetidos de colapso parcial ou completo das vias aéreas superiores durante o sono, resultando em eventos respiratórios caracterizados por hipopneias ou apneias, respectivamente. Os eventos respiratórios podem resultar em fragmentação do sono, hipoxemia recorrente e geração de pressão intratorácica negativa. Todos esses mecanismos são potencialmente deletérios ao sistema cardiovascular. A AOS é comum entre pacientes com doença cardiovascular, porém ainda é pouco reconhecida. O padrão ouro para o diagnóstico da AOS é a Polissonografia (PSG) completa. O acesso a PSG completa é limitado, contribuindo para o subdiagnóstico da AOS. A poligrafia noturna de variáveis respiratórias (PGR) é um método simplificado, sendo uma alternativa promissora para o diagnóstico da AOS. No entanto, estudos de validação de PGR incluíram somente populações pré-selecionadas ou referidas para laboratórios de sono e excluíram pacientes com comorbidades significativas. Atualmente a Academia Americana de Medicina do sono reconhece o uso da PGR para o diagnóstico da AOS em pacientes com alta probabilidade pré-teste de AOS moderada a grave e em pacientes sem comorbidades significativas. Objetivo: Validar a PGR para o diagnóstico de AOS entre pacientes consecutivos avaliados para cirurgia de revascularização miocárdica, portanto, com Doença Arterial Coronariana (DAC). Avaliar a prevalência da AOS e a utilidade dos sintomas clínicos para o diagnóstico da AOS entre os pacientes com DAC. Métodos: Pacientes com indicação de revascularização do miocárdio foram avaliados através de exames clínicos e laboratoriais de rotina, escala de sonolência diurna (Epworth) e risco clínico de apneia do sono (questionário de Berlin), ecocardiograma, PSG e PGR. A PGR utilizada é classificada como tipo 3, com os seguintes canais: fluxo de ar, esforço respiratório, oximetria de pulso, frequência de pulso, ronco e sensor de posição, (Stardust II ®). Resultados: Foram estudados 70 pacientes consecutivos (76% do sexo masculino); idade (média DP) = 58 ± 7 anos, índice de massa corpórea (IMC) [mediana (25-75%)] = 27,6 (25,8-31,1) kg/m2. Vinte pacientes (29%) apresentaram fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) 45%. A PSG da população revelou índice de apneia e hipopneia (IAH)= 2320 eventos/h. A prevalência de AOS com um IAH 5, 15 e 30 eventos/h foi de 87%, 54% e 27%, respectivamente. A sonolência diurna medida pela escala de Epworth e o risco clínico de AOS verificado pelo questionário de Berlin foram pobres preditores de AOS. A sensibilidade / especificidade da PGR para detectar AOS (IAH 5 eventos/h) e AOS grave (IAH 30 eventos/h) foram 0,92/0,67% e 0,42/0,92%, respectivamente. A média da diferença do IAH entre os dois métodos diagnósticos apresentada no Bland-Altman foi de + 5,3, indicando que os valores do IAH da PGR foram em média inferiores aos da PSG. O desvio padrão da diferença foi de 14,6 eventos/hora, apresentando uma considerável concordância entre o IAH da PSG e da PGR. Conclusão: Este estudo valida o uso da PGR para o diagnóstico da AOS em uma população de pacientes consecutivos, avaliados para revascularização do miocárdio, em quem a doença cardíaca é significativa. A prevalência de AOS entre pacientes com DAC é alta atingindo mais de 50% dessa população. No entanto, os sintomas clínicos, nessa população, não são preditores adequados de AOS. Em função da alta prevalência de AOS e baixa especificidade de sintomas clínicos, nossos dados sugerem que a PGR é um instrumento promissor para a avaliação de pacientes com DAC avaliados para cirurgia de revascularização do micárdio / Introduction: Obstructive sleep apnea (OSA) is characterized by repeated episodes of partial or complete collapse of the upper airway during sleep, resulting in respiratory events characterized by hypopnea or apnea, respectively. Respiratory events may result in sleep fragmentation, hypoxemia and recurrent generation of negative intrathoracic pressure. All these mechanisms are potentially harmful to the cardiovascular system. OSA is common among patients with cardiovascular disease, but is still poorly recognized. The gold standard for diagnosis of OSA is polysomnography (PSG). Access to full PSG is limited, contributing to the under diagnosis of OSA. The polygraph nocturnal of respiratory variables (PGR) is a simplified method, being a promising alternative for the diagnosis of OSA. However, validation studies of PGR only included populations pre-selected or referred to sleep laboratories and excluded patients with significant comorbidities. Currently the American Academy of Sleep Medicine recognizes the use of PGR for the diagnosis of OSA in patients with high pretest probability of moderate to severe OSA and in patients without significant comorbidities. Objective: Validate the PGR for the diagnosis of OSA among consecutive patients evaluated for coronary artery bypass grafting (CABG), therefore with Coronary Artery Disease (CAD). To assess the prevalence of OSA and to evaluate the usefulness of clinical symptoms for diagnosis of OSA among patients with CAD. Methods: Patients with indication of CABG were evaluated by clinical examination and routine laboratory, the scale of daytime sleepiness (Epworth) and clinical risk of sleep apnea (Berlin questionnaire), echocardiogram, PSG and PGR. The PGR use is classified as type 3, with the following channels: airflow, respiratory effort, pulse oximetry, pulse rate, snoring and position sensor, (Stardust II ®). Results: We studied 70 consecutive patients (76% male); age (mean SD) = 58 ± 7 years; body mass index (BMI), [median (25-75%)] = 27,6 (25,8 to 31,1) kg/m2. Twenty patients (29%) had left ventricular ejection fraction (LVEF) 45%. The PSG of population showed apnea-hypopnea index (AHI) = 23 20 events / h. The prevalence of OSA with an AHI 5, 15 and 30 events / h was 87%, 54% and 27%, respectively. Daytime sleepiness measured by Epworth Sleepiness Scale and the clinical risk of OSA verified by the Berlin questionnaire were poor predictors of OSA. The sensitivity and specificity to detect OSA (AHI 5 events / h) and severe OSA (AHI 30 / events) of the PGR were 0,92/0,67% and 0,42/0,92%, respectively. The average difference in AHI between the two diagnostic methods presented in Bland-Altman was + 5,3, indicating that the values of the AHI of the PGR were on average lower than the PSG. The standard deviation of the difference was 14,6 events / hour, presenting a considerable agreement between the AHI of PSG and the PGR. Conclusion: This study validates the use of PGR for the diagnosis of OSA in a population of consecutive patients evaluated for CABG, in whom heart disease is significant. The prevalence of OSA among patients with CAD is high reaching over 50% of this population. However, the clinical symptoms are not adequate predictors of OSA in this population. Due to the high prevalence of OSA and low specificity of clinical symptoms, our data suggest that the PGR is a promising tool for the assessment of CAD patients evaluated for surgery for the CABG
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Validação de sistema portátil de monitorização respiratória para o diagnóstico de apneia obstrutiva do sono em pacientes com doença arterial coronariana / Validation of portable respiratory monitoring system for the diagnosis of obstructive sleep apnea in patients with coronary artery disease

Soares, Naury de Jesus Danzi 22 February 2011 (has links)
Introdução: A apneia obstrutiva do sono (AOS) é caracterizada por episódios repetidos de colapso parcial ou completo das vias aéreas superiores durante o sono, resultando em eventos respiratórios caracterizados por hipopneias ou apneias, respectivamente. Os eventos respiratórios podem resultar em fragmentação do sono, hipoxemia recorrente e geração de pressão intratorácica negativa. Todos esses mecanismos são potencialmente deletérios ao sistema cardiovascular. A AOS é comum entre pacientes com doença cardiovascular, porém ainda é pouco reconhecida. O padrão ouro para o diagnóstico da AOS é a Polissonografia (PSG) completa. O acesso a PSG completa é limitado, contribuindo para o subdiagnóstico da AOS. A poligrafia noturna de variáveis respiratórias (PGR) é um método simplificado, sendo uma alternativa promissora para o diagnóstico da AOS. No entanto, estudos de validação de PGR incluíram somente populações pré-selecionadas ou referidas para laboratórios de sono e excluíram pacientes com comorbidades significativas. Atualmente a Academia Americana de Medicina do sono reconhece o uso da PGR para o diagnóstico da AOS em pacientes com alta probabilidade pré-teste de AOS moderada a grave e em pacientes sem comorbidades significativas. Objetivo: Validar a PGR para o diagnóstico de AOS entre pacientes consecutivos avaliados para cirurgia de revascularização miocárdica, portanto, com Doença Arterial Coronariana (DAC). Avaliar a prevalência da AOS e a utilidade dos sintomas clínicos para o diagnóstico da AOS entre os pacientes com DAC. Métodos: Pacientes com indicação de revascularização do miocárdio foram avaliados através de exames clínicos e laboratoriais de rotina, escala de sonolência diurna (Epworth) e risco clínico de apneia do sono (questionário de Berlin), ecocardiograma, PSG e PGR. A PGR utilizada é classificada como tipo 3, com os seguintes canais: fluxo de ar, esforço respiratório, oximetria de pulso, frequência de pulso, ronco e sensor de posição, (Stardust II ®). Resultados: Foram estudados 70 pacientes consecutivos (76% do sexo masculino); idade (média DP) = 58 ± 7 anos, índice de massa corpórea (IMC) [mediana (25-75%)] = 27,6 (25,8-31,1) kg/m2. Vinte pacientes (29%) apresentaram fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) 45%. A PSG da população revelou índice de apneia e hipopneia (IAH)= 2320 eventos/h. A prevalência de AOS com um IAH 5, 15 e 30 eventos/h foi de 87%, 54% e 27%, respectivamente. A sonolência diurna medida pela escala de Epworth e o risco clínico de AOS verificado pelo questionário de Berlin foram pobres preditores de AOS. A sensibilidade / especificidade da PGR para detectar AOS (IAH 5 eventos/h) e AOS grave (IAH 30 eventos/h) foram 0,92/0,67% e 0,42/0,92%, respectivamente. A média da diferença do IAH entre os dois métodos diagnósticos apresentada no Bland-Altman foi de + 5,3, indicando que os valores do IAH da PGR foram em média inferiores aos da PSG. O desvio padrão da diferença foi de 14,6 eventos/hora, apresentando uma considerável concordância entre o IAH da PSG e da PGR. Conclusão: Este estudo valida o uso da PGR para o diagnóstico da AOS em uma população de pacientes consecutivos, avaliados para revascularização do miocárdio, em quem a doença cardíaca é significativa. A prevalência de AOS entre pacientes com DAC é alta atingindo mais de 50% dessa população. No entanto, os sintomas clínicos, nessa população, não são preditores adequados de AOS. Em função da alta prevalência de AOS e baixa especificidade de sintomas clínicos, nossos dados sugerem que a PGR é um instrumento promissor para a avaliação de pacientes com DAC avaliados para cirurgia de revascularização do micárdio / Introduction: Obstructive sleep apnea (OSA) is characterized by repeated episodes of partial or complete collapse of the upper airway during sleep, resulting in respiratory events characterized by hypopnea or apnea, respectively. Respiratory events may result in sleep fragmentation, hypoxemia and recurrent generation of negative intrathoracic pressure. All these mechanisms are potentially harmful to the cardiovascular system. OSA is common among patients with cardiovascular disease, but is still poorly recognized. The gold standard for diagnosis of OSA is polysomnography (PSG). Access to full PSG is limited, contributing to the under diagnosis of OSA. The polygraph nocturnal of respiratory variables (PGR) is a simplified method, being a promising alternative for the diagnosis of OSA. However, validation studies of PGR only included populations pre-selected or referred to sleep laboratories and excluded patients with significant comorbidities. Currently the American Academy of Sleep Medicine recognizes the use of PGR for the diagnosis of OSA in patients with high pretest probability of moderate to severe OSA and in patients without significant comorbidities. Objective: Validate the PGR for the diagnosis of OSA among consecutive patients evaluated for coronary artery bypass grafting (CABG), therefore with Coronary Artery Disease (CAD). To assess the prevalence of OSA and to evaluate the usefulness of clinical symptoms for diagnosis of OSA among patients with CAD. Methods: Patients with indication of CABG were evaluated by clinical examination and routine laboratory, the scale of daytime sleepiness (Epworth) and clinical risk of sleep apnea (Berlin questionnaire), echocardiogram, PSG and PGR. The PGR use is classified as type 3, with the following channels: airflow, respiratory effort, pulse oximetry, pulse rate, snoring and position sensor, (Stardust II ®). Results: We studied 70 consecutive patients (76% male); age (mean SD) = 58 ± 7 years; body mass index (BMI), [median (25-75%)] = 27,6 (25,8 to 31,1) kg/m2. Twenty patients (29%) had left ventricular ejection fraction (LVEF) 45%. The PSG of population showed apnea-hypopnea index (AHI) = 23 20 events / h. The prevalence of OSA with an AHI 5, 15 and 30 events / h was 87%, 54% and 27%, respectively. Daytime sleepiness measured by Epworth Sleepiness Scale and the clinical risk of OSA verified by the Berlin questionnaire were poor predictors of OSA. The sensitivity and specificity to detect OSA (AHI 5 events / h) and severe OSA (AHI 30 / events) of the PGR were 0,92/0,67% and 0,42/0,92%, respectively. The average difference in AHI between the two diagnostic methods presented in Bland-Altman was + 5,3, indicating that the values of the AHI of the PGR were on average lower than the PSG. The standard deviation of the difference was 14,6 events / hour, presenting a considerable agreement between the AHI of PSG and the PGR. Conclusion: This study validates the use of PGR for the diagnosis of OSA in a population of consecutive patients evaluated for CABG, in whom heart disease is significant. The prevalence of OSA among patients with CAD is high reaching over 50% of this population. However, the clinical symptoms are not adequate predictors of OSA in this population. Due to the high prevalence of OSA and low specificity of clinical symptoms, our data suggest that the PGR is a promising tool for the assessment of CAD patients evaluated for surgery for the CABG
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Impacto do gênero na rigidez arterial, remodelamento cardíaco e pressão arterial em pacientes hipertensos com e sem apneia obstrutiva do sono / Impact of gender on arterial stiffness, heart remodeling and blood pressure in hypertensive patients with and without obstructive sleep apnea

Raimundo Jenner Paraiso Pessôa Júnior 25 November 2015 (has links)
Introdução: A apneia obstrutiva do sono (AOS) é uma condição clínica comum associada com o aumento do risco cardiovascular. No entanto, a maioria dos estudos envolvendo AOS e desfechos cardiovasculares recrutaram de forma preponderante os homens. Em pacientes hipertensos, a AOS pode contribuir para a lesão de órgãos-alvo e alterações no descenso noturno em homens. O impacto da AOS nas mulheres hipertensas é pouco estudado. O objetivo deste estudo é estudar o impacto da AOS na rigidez arterial da aorta (avaliada pela velocidade da onda de pulso, VOP, carótida-femoral), disfunção diastólica e alterações do descenso noturno da pressão arterial em ambos os gêneros. Fazemos a hipótese de que a AOS está associada com alterações na rigidez arterial, disfunção diastólica e comportamento da pressão arterial independente do gênero. Métodos: Recrutamos de forma consecutiva pacientes hipertensos estágio 2 do ambulatório de Hipertensão do Instituto do Coração. Padronizamos a medicação anti-hipertensiva (hidroclorotiazida 25mg ao dia e enalapril 20mg 2x ao dia ou losartan 50mg 2x ao dia em caso de intolerância ao enalapril) por 1 mês. A adesão do tratamento aconteceu por meio da contagem de pílulas. Foram realizadas avaliações da monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), VOP, ecocardiograma transtorácico, exames laboratoriais e a Polissonografia Noturna. A AOS foi diagnosticada por um índice de apneia e hipopneia >= 15 eventos por hora de sono. Resultados: Foram inicialmente recrutados 125 participantes e após as exclusões, avaliamos 95 pacientes hipertensos (56% mulheres). A frequência da AOS foi de 66,7% em homens e 45,3% em mulheres (p=0,02). Em relação às mulheres sem AOS, mulheres com AOS eram mais velhas, tinham maior índice de massa corpórea e apresentaram maiores circunferências cervical e abdominal. Os homens com e sem a AOS foram semelhantes em várias características, exceto por uma circunferência abdominal maior no grupo com AOS. Comparado aos pacientes sem AOS, a VOP foi estatisticamente maior nos homens portadores de AOS (11,1±2,2 vs. 12,7±2,4m/s, respectivamente; p=0,04), assim como nas mulheres (11,8±2,4 vs. 13,2±2,2m/s, respectivamente; p=0,03). Em relação à disfunção diastólica, apenas as mulheres com AOS mostraram maior porcentagem dessa alteração ecocardiográfica (46,1 vs. 81,8%, respectivamente; p=0,007). Foi visto nos resultados da MAPA, que homens com AOS apresentaram menor frequência do descenso noturno sistólico (46,4 vs. 14,3%, respectivamente; p=0,04) e as mulheres, uma tendência (65,2 vs. 41,4%; p=0,07). O resultado da regressão linear mostrou que a presença de AOS promove aumento independente nos valores da VOP. O resultado da regressão logística evidenciou que a presença da AOS não foi associada com a disfunção diastólica, mas foi com a ausência do descenso noturno do componente sistólico da pressão arterial. Conclusões: Em pacientes hipertensos, a presença da AOS foi associada com um aumento na rigidez arterial independente do sexo, assim como a ausência do descenso noturno do componente sistólico da pressão arterial. Estes dados sugerem que mulheres hipertensas também estão expostas às consequências vasculares da AOS / Introduction: Obstructive sleep apnea (OSA) is a common condition associated with increased cardiovascular risk. However, most of studies that addressed OSA and its cardiovascular consequences enrolled mainly men. In hypertensive patients, OSA may contribute to increased target organ damage and alterations in the blood pressure dipping in males. However, the impact of OSA in hypertensive females is not well established. In this study, we compared the impact of OSA on arterial stiffness of the aorta (evaluated by carotid-femoral pulse wave velocity, PWV), as well as diastolic dysfunction and blood pressure dipping in men and women with hypertension. We made the hypothesis that OSA is associated with higher arterial stiffness, higher frequency of diastolic dysfunction and impaired blood pressure behavior regardless of gender. Methods: We recruited consecutives stage 2 hypertensive patients from the outpatient clinic at the Heart Institute. We performed a 30-day standardized anti-hypertensive treatment with hydrochlorothiazide 25mg per day plus enalapril 20mg BID or losartan 50mg BID (if enalapril intolerance). Adherence to treatment was confirmed through pill counting. After that, all volunteers were submitted to clinical evaluation, carotid-femoral PWV, 24-hour ambulatory blood pressure monitoring, transthoracic echocardiogram, and polysomnography. OSA was defined by an apnea-hypopnea index >= 15 events per hour. Results: We initially recruited 125 participants and after exclusions ninety-five patients were studied (56% women). OSA was present in 52 patients (men: 66.7%; women: 45.3%; p=0.02). In comparison to women without OSA, women with OSA were older, had higher body mass index and higher neck and abdominal circumferences. In men, there were no differences between OSA and no-OSA groups, except for higher values of abdominal circumference in OSA patients. Compared to no-OSA patients, PWV values were higher in the OSA group among both males (11.1±2.2 vs. 12.7±2.4m/s, respectively; p=0.04) and females (11.8±2.4 vs. 13.2±2.2m/s, respectively; p=0.03). The impact of OSA on diastolic dysfunction was significant only in females (46.1 vs. 81.8%, respectively; p=0.007). Regarding ambulatory blood pressure monitoring data, the frequency of systolic blood pressure dipping was significantly lower in men with OSA (46.4 vs. 14.3%, respectively; p=0.04) and marginal but non-significant in women (65.2 vs. 41.4%; p=0.07). Linear regression analysis showed that the presence of OSA was independently associated with higher PWV. In the logistic regression analysis, OSA was not associated with diastolic dysfunction but independently associated with nondipping systolic blood pressure. Conclusion: In patients with hypertension, OSA has significant associated with higher arterial stiffness and nondipping systolic blood pressure regardless of gender. These data suggest that hypertensive women are also exposed to the vascular and hemodynamic consequences of OSA
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Influência do tratamento da respiração oral na sintomatologia de crianças com Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade / Influence of the treatment of mouth breathing on the symptoms of attention deficit hyperactivity disorder

Carolina Marins Ferreira da Costa 13 April 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: A literatura confirma a relação existente entre os Distúrbios Respiratórios do Sono (DRS) e os sintomas do Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH). Há estudos que mostram o efeito dos tratamentos para DRS no comportamento, observando-se, após adenotonsilectomia, melhora nos índices dos testes de comportamento, assim como no desempenho escolar das crianças com TDAH. Considerando-se a relação existente entre a Respiração Oral (RO) e os DRS e entre estes e o TDAH, pretende-se avaliar se ocorrem interferências sintomáticas entre a RO e o TDAH, quando se obtém a reversão da RO em respiração nasal fisiológica, através da utilização do tratamento ortopédico funcional (utilização de placas ortopédicas, orientação para o fechamento labial, ginástica respiratória) e terapia fonoaudiológica. MÉTODOS: Neste estudo longitudinal, realizado entre janeiro de 2004 e janeiro de 2007, acompanhando pacientes com TDAH e RO, de 7 a 13 anos de idade, por 18 meses, no ambulatório de TDAH do Hospital das Clínicas/ FMUSP, comparamos os escores de testes comportamentais para TDAH (Conners e SNAP IV) em dois grupos de pacientes que estavam sendo tratados com metilfenidato, um dos quais recebeu tratamento ortopédico funcional e fonoaudiológico para a RO. RESULTADOS: 1) Não houve diferenças entre o grupo tratado e não tratado para a RO com respeito à idade; 2) Os escores dos questionários no grupo tratado para RO foram significantemente diminuindo (indicando melhora) em todas as variáveis (exceto Conners Pais -conduta anti-social), ao longo do tempo; 3) Os escores dos questionários no grupo tratado para RO foram significantemente menores (indicando melhora) do que os escores do grupo não tratado, para todas as variáveis estudadas, quando se comparam os dois grupos; 4) Esta melhora dos sintomas ocorreu após 12 meses de tratamento para RO e persistiu aos 18 meses; 5) dois dos oito pacientes do grupo tratado puderam interromper o metilfenidato, sendo que todos os pacientes do grupo não tratado ainda utilizam o medicamento. CONCLUSÕES: O Tratamento Ortopédico Funcional para RO, em conjunto com a terapia fonoaudiológica, foi efetivo para a melhora dos sintomas de TDAH em pacientes em tratamento com metilfenidato; a RO e os DRS devem ser investigados e tratados em pacientes com diagnóstico ou suspeita de TDAH, pois podem contribuir para a piora dos sintomas. / INTRODUCTION: A number of studies demonstrate the relationship between Sleep Respiratory Disorders (SRD) and symptoms of the Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD). Some of them assess the effect of the treatments for SRD on the behavior; for example, an improvement of the scores in the behavior tests, as well as in the school performance of children with TDAH is observed after adenotonsillectomy Considering the relation between mouth breathing (MB) and SRD and between these and the ADHD, we aimed to evaluate symptomatic interferences between MB and ADHD, through the reversion of MB in physiological nasal breath, by means of functional orthopedics treatment (use of orthopedics plates, orientation for labial closing, respiratory gymnastics) and speech therapy. METHODS: In this longitudinal study, performed between January of 2004 and January of 2007, 16 patients with ADHD and MB, aged 7 to 13 years, and who were being treated with methylphenidate, were followed-up for 18 months, in the outpatient clinic for ADHD at the Hospital das Clínicas da FMUSP. We compared the scores in ADHD tests (Conners and SNAP IV) of two groups of eight patients, one of which received functional orthopedics treatment and speech therapy for MB and the other did not. RESULTS: 1) The two groups were statistically equivalent by age; 2) The scores of the questionnaires in the group of patients treated for MB were significantly lowering (indicating improvement) regarding all the variables (except Conners Parents - antisocial behavior), along the follow-up period; 3) The scores of the questionnaires in the treated group were significantly lower (indicating improvement) of the scores in no treated group, for all the studied variables, when the two groups are compared; 4) This improvement of the symptoms occurred 12 months after the beginning of the treatment for MB and persisted at 18 months; 5) two of the eight patients from the treated group were indicated for interrupting the methylphenidate; however, all patients of the group not treated were still utilizing the medication. CONCLUSIONS: Functional the Orthopedics Treatment for MB, associated with speech therapy, was effective for the improvement of the symptoms of ADHD in patients who were being treated with methylphenidate; MB and SRD must be investigated and treated in patients with diagnosis or suspicion of ADHD, as they can contribute for the worsening of the symptoms.
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Validação da medida da pressão crítica de fechamento da faringe durante o sono induzido / Validation of the pharyngeal critical closing pressure during induced sleep

Genta, Pedro Rodrigues 31 March 2011 (has links)
Introdução: A pressão crítica de fechamento da faringe (PCrit) é a pressão nasal em que há colapso da faringe. Conceitualmente a Pcrit reflete a contribuição anatômica na gênese da apnéia obstrutiva do sono (AOS). No entanto, a relação entre a PCrit e a anatomia das vias aéreas superiores (VAS) tem sido pouco estudada. A PCrit determinada durante o sono requer pesquisadores experientes durante a noite. A indução do sono com midazolam é usada na prática clínica para a realização de procedimentos ambulatoriais e poderia ser uma alternativa mais conveniente para se determinar a Pcrit. Porém, o midazolam pode provocar sedação além de simples indução do sono, reduzir a atividade muscular das VAS e aumentar a colapsabilidade quando comparado com o sono normal. Objetivos: 1. validar a determinação da PCrit durante o dia após a indução do sono com midazolam; 2. comparar a arquitetura do sono induzido com baixa dose de midazolam com o sono natural; 3. correlacionar a PCrit com a anatomia das VAS. Métodos: Homens com graus variados de sintomas sugestivos de AOS foram submetidos a polissonografia completa noturna, determinação da PCrit durante o sono natural e após a indução do sono com midazolam bem como tomografia computadorizada de cabeça e pescoço para avaliação das VAS. Resultados: Foram estudados 15 sujeitos com idade (média±DP) de 54 ± 10 anos, índice de massa corporal de 29,9 ± 3,9 kg/m2 e índice de apnéiahipopnéia (IAH) de 38 ± 22 (variação: 8-66 eventos/h). A indução do sono foi obtida em todos os sujeitos, utilizando doses mínimas de midazolam (mediana [intervalo interquartil]) (2,4 [2,0-4,4] mg). A PCrit durante o sono natural e induzido foram semelhantes (-0,82 ± 3,44 e -0,97 ± 3,21 cmH2O, P = 0,663) e se associaram (coeficiente de correlação intraclasse=0,92 (IC 95% 0,78-0,97 P<0,001). A distribuição das fases do sono durante sono natural e induzido foi similar, com excessão da fase 1 (10,5 ± 5,1% vs. 20,6 ± 8,1, respectivamente; P=0,001). A Pcrit determinada durante o sono natural e induzido se correlacionaram com o IAH (r=0,592, P=0,020 e r=0,576, P=0,025, respectivamente). Além disso tanto a Pcrit determinada por sono natural e induzido se correlacionaram com diversas variáveis tomográficas de VAS, incluindo a posição do osso hióide, ângulo da base do crânio e as áreas seccionais da velofaringe e hipofaringe (r variando de 0,577 a 0,686, P<0,05). A regressão linear múltipla revelou que o IAH foi independentemente associado com a Pcrit durante sono induzido, circunferência da cintura e idade (r2 = 0,785, P = 0,001). Conclusão: A PCrit determinada durante o dia com indução do sono é semelhante à determinada durante o sono natural e é um método alternativo promissor para determinar a PCrit. O sono induzido por doses baixas de midazolan promove um sono similar ao sono natural. A Pcrit determinada tanto durante o sono natural e induzido correlaciona-se com várias características anatômicas das VAS / Introduction: The pharyngeal critical closing pressure (Pcrit) is the nasal pressure at which the airway collapses. Pcrit is thought to reflect the anatomical contribution to the genesis of obstructive sleep apnea (OSA). However, the relationship between Pcrit and upper airway anatomy has been poorly investigated. Pcrit determined during sleep requires experienced investigators at night. Sleep induction with midazolam is frequently used in clinical practice during ambulatory procedure and could be a more convenient alternative to assess Pcrit. On the other hand, midazolam could induce sedation rather than sleep, decrease upper airway muscle activity and increase collapsibility compared with natural sleep. Objectives: 1. validate Pcrit determination during the day after sleep induction with midazolam; 2. compare the sleep architecture of induced sleep after low doses of midazolam with natural sleep; 3.correlate Pcrit with upper airway anatomy. Methods: Men with different severity of OSA symptoms underwent baseline full polysomnography, Pcrit determination during natural sleep and after sleep induction with midazolam and head and neck computed tomography. RESULTS: Fifteen men aged (mean±SD) 54±10ys, body mass index=29.9 ± 3.9 Kg/m2 and apnea hypopnea index=38±22, range: 8-66 events/h were studied. Sleep induction was obtained with minimum doses of midazolam (median[interquartile range] (2.4 [2.0-4.4] mg). Sleep phase distribution during natural and induced sleep was similar, except for stage 1 (10.5 ± 5.1% vs. 20.6 ± 8.1, respectively; P=0.001). Natural and induced sleep Pcrit were similar (-0.82 ± 3.44 and -0.97 ± 3.21 cmH2O, P=0.663) and closely associated (intraclass correlation coefficient=0.92 (95%CI 0.78-0.97, P<0.001). Natural and sleep induced Pcrit correlated with AHI (r=0.592, P=0.020; r=0.576, P=0.025, respectively). Pcrit determined both during natural and induced sleep were significantly associated with several tomographic variables, including hyoid position, cranial base angle and cross sectional areas of the velopharynx and hypopharynx (r range: 0.577 to 0.686, P<0.05). Multiple linear regression revealed that AHI was independently associated with induced sleep Pcrit, waist circumference and age (r2=0.785, P=0.001). Conclusion: Pcrit determined during the day with sleep induction is similar to natural sleep and is a promising alternative method to determine Pcrit. Sleep induction with small doses of midazolam promoted sleep similar to natural sleep. Pcrit determined both during natural and induced sleep correlates with several anatomical characteristics of the upper airway
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Beauty CPAP: o impacto do tratamento da apneia obstrutiva do sono com aparelho de pressão aérea contínua sobre a percepção da idade e da aparência saudável, descansada e atraente num estudo prospectivo, randomizado, cruzado e placebo controlado / The impact of the treatment of obstructive sleep apnea with continuous airway pressure on perceived health, tiredness, attractiveness, and age: a prospective randomized crossover placebo-controlled study

Yagihara, Fabiana Tokie 21 June 2017 (has links)
Objetivos: Comparar os efeitos de um mês de tratamento com aparelho de pressão aérea positiva (CPAP) e com placebo sobre a aparência e características objetivas da pele da face de pacientes com apneia obstrutiva do sono (AOS), num estudo randomizado e cruzado. Métodos: Foram incluídos pacientes consecutivos com AOS grave e sonolentos. Os pacientes realizaram três polissonografias (PSG): a primeira para confirmação da AOS e outras duas adicionais com uso de placebo (dilatador nasal) e para titulação de CPAP, antes do início de cada tratamento. Todos os pacientes foram aleatoriamente alocados em dois grupos de tratamento: 1) uso do placebo e 2) uso do CPAP. Após um mês com o primeiro tratamento e 15 dias de washout, houve cruzamento para o segundo tratamento. A face dos pacientes foi fotografada de modo padronizado nos três momentos experimentais. As fotografias foram apresentadas, em ordem aleatória, pelo Qualtrics Survey Software, e avaliadas on-line por 704 observadores para quantificação da aparência saudável (nada saudável até extremamente saudável), atraente (nada atraente até extremamente atraente) e cansada (nada cansada até extremamente cansada). A idade aparente também foi perguntada para cada observador. Foram realizadas avaliações quantitativas das características da pele da face dos pacientes, em cada momento experimental, incluindo a presença de acne, manchas, porosidade, rugas, textura, e uniformidade do tom da pele, por meio da captação de imagens pelo equipamento VISIATM System. Resultados: Foram avaliados 30 pacientes (idade=46±9 anos; 21 homens). Os pacientes utilizaram o placebo em 98% das noites do período de tratamento e a adesão ao CPAP foi de 94% das noites, com média de 6,0 ± 1,7 horas de uso por dia de tratamento. Após o tratamento com CPAP, em comparação ao momento basal e após tratamento placebo, foi observada melhora na qualidade objetiva do sono, sonolência, qualidade de vida e sintomas depressivos (P < 0,05). A avaliação das fotografias pelos observadores mostrou que os pacientes foram identificados como mais jovens após o uso de CPAP (P < 0,001), mas não foram observadas alterações quantitativas das características da pele da face, em comparação com o momento basal e após o uso de placebo. A análise de regressão linear identificou que a quantidade de dias de tratamento com CPAP, o tempo total de sono e a porcentagem do tempo total de sono com saturação de oxihemoglobina abaixo de 90% foram preditores da diminuição da idade atribuída após o uso de CPAP. Conclusão: Os pacientes com AOS graves e sonolentos apresentaram aparência mais jovem após um mês de tratamento com CPAP / Objectives: To compare the effects of one month with continuous positive airway pressure (CPAP) treatment and placebo intervention on the appearance and objective facial skin characteristics of patients with obstructive sleep apnea (OSA) in a randomized crossover study. Methods: Consecutive sleepy patients with severe OSA were included. The patients underwent three polysomnograms (PSG): first one to confirm OSA and two additional ones using placebo (nasal dilator) and for CPAP titration before starting each treatment period. All patients were randomly included into two treatment groups: 1) placebo use and 2) CPAP use. After one month with the first treatment and 15 days of washout, patients were crossed-over for the second treatment. Photographs from the patients\' faces were obtained in the three experimental moments. The photographs were presented in a random order by the Qualtrics Survey Software, and were evaluated online by 704 observers for quantifying healthy appearance (unhealthy to extremely healthy), attractive (unattractive to extremely attractive) and tired (not tired to extremely tired). Apparent age was also rated for each observer. Quantitative evaluations of the skin characteristics of the patients\' faces were also carried out at each experimental moment, including the presence of acne, patches, porosity, wrinkles, texture, and skin tone uniformity, through the capture of images by VISIATM System equipment. Results: 30 patients (age = 46±9 years, 21 men) were evaluated. During treatment period, the patients wearing placebo intervention on 98% of the nights and adherence to CPAP was 94%, with a mean of 6.0 ± 1.7 hours of use per day of treatment. After CPAP treatment, compared to baseline and after placebo treatment, improvement in the objective sleep quality, sleepiness, quality of life and depressive symptoms were observed (P <0.05). Observational assessment of the photographs showed that patients were evaluated as being younger after using CPAP (P < 0.001), but no quantitative changes in face skin characteristics were observed compared to the baseline and after the use of placebo. Linear regression analysis identified the number of days with CPAP treatment, total sleep time and percentage of total sleep time with oxyhemoglobin saturation below 90% were predictors of decreasing of rated age after CPAP treatment. Conclusion: Sleepy patients with severe OSA had a younger appearance after one month of CPAP treatment

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