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Do laboratório ao campo virtual: desenvolvimento de um banco de dados de venenos de serpentes brasileiras e análise computacional de estruturas primárias de fosfolipases A2 / From the laboratory to the virtual field: development of a Brazilian-snake venom database and computational analysis of phospholipase A2 primary structuresSaulo França Amui 25 October 2006 (has links)
Os avanços tecnológicos vêm contribuindo cada vez mais nas áreas biológicas e científicas oferecendo ferramentas computacionais e sistemas específicos que em análise de dados in silico fornecem resultados rápidos e confiáveis. O presente projeto propõe o desenvolvimento de um portal na Internet para instalação e utilização de um banco de dados laboratoriais das principais serpentes brasileiras com seus respectivos venenos e antivenenos naturais, e a análise dos dados obtidos em ensaios farmacológicos, e bioquímicos. Utilizando a via de comunicação e interação mais simples atualmente, a Internet permite o compartilhamento de dados entre comunidades de pesquisadores, viabilizando recursos e tempo, além de permitir uma significante interação entre pesquisadores de todo o mundo, principalmente brasileira, na troca de informações e compartilhamento de dados. Dados elementares relacionados às serpentes foram armazenados no banco de dados, bem como as atividades tóxicas, farmacológicas e enzimáticas dos componentes dos venenos, e ainda, as aplicações biotecnológicas dos produtos que podem ser obtidos destes venenos, abrangendo ainda dados clínicos e valores estatísticos dos acidentes ofídicos. Aspectos bioquímicos dos ensaios realizados em laboratório permitiram a construção de uma ferramenta para análise comparativa de estruturas primárias de PLA2s, depositadas em bancos de dados internacionais. Além da interatividade entre pesquisadores, em Fóruns de Discussões, o sistema conta com listas dos principais artigos publicados em periódicos indexados, e devidamente atualizados periodicamente, com revisões bibliográficas. / Technological advances have been contributing, more and more, with biological and scientific areas, offering computational tools and specific systems which in silico data analysis supply reliable and fast results. The present project considers the development of an Internet portal for installation and use of laboratory data base for the main Brazilian serpents, with its respective venom and natural anti-venom, and the analysis of obtained data in pharmacological assays and biochemists. Using the easiest way of communication and interaction, the Internet allows sharing of data and information between communities of researchers around the world, especially for Brazilian researchers, making resources and time possible. Elementary data about serpents have been stored in the data base, as well as toxic, pharmacological and enzymatic activities of venom components, besides biotechnological applications of the products that can be obtained from these venom, enclosing clinical data and statistical values of ophidian accidents. Biochemists aspects of the assays carried through in laboratory allowed the construction of a comparative analysis tool for primary structures of PLA2s, deposited in international data bases. Beyond interactivity between researchers, in discussion forums, the system counts with lists of main articles published in indexed periodic, duly and constantly updated with bibliographical revisions.
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Toxinas termo-lábeis (LTs) do tipo II de Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC): efeito adjuvante e atividade inflamatória. / Type II heat-labile toxins (LTs) from enterotoxigenic Escherichia coli (ETEC): adjuvant effect and inflammatory activity.Camila Mathias dos Santos 23 September 2014 (has links)
Este trabalho realizou importantes avanços na elucidação do potencial das toxinas termo-lábeis do tipo II (LT-IIs) como adjuvantes por via intradérmica e transcutânea. Os dados gerados indicam que LT-IIb e LT-IIc nativas atuam como potentes adjuvantes vacinais por via intradérmica induzindo respostas imunológicas antígeno específicas, como medido pela produção de anticorpos sistêmicos (IgG) e ativação de linfócitos T CD8+ citotóxicos. Soma-se ao potencial adjuvante demonstrado para as LT-IIs por essa via a baixa reatogenicidade das moléculas, com menores níveis de edema e reduzida migração leucocitária para o sítio de inoculação em comparação a LT-I. Os resultados indicam também que o efeito adjuvante das LTs aplicadas por via transcutânea pode estar relacionado à capacidade de ligação ao gangliosídeo GM1 já que a toxina LT-IIb, incapaz de interagir com este receptor, não apresenta efeito adjuvante por essa via. O conjunto de dados apresentados abre perspectivas para o emprego das LT-IIs nativas como adjuvantes parenterais em vacinas para animais e humanos. / This work has made significant advances in the understanding of the potential of type II heat-labile toxins (LT-IIs) as vaccine adjuvants by intradermal and transcutaneous route. The generated data indicate that native forms of LT-IIb and LT-IIc act as potent vaccine adjuvants when intradermally injected inducing antigen-specific immune responses, as measured by the generation of systemic serum antibody (IgG) and activation of cytotoxic CD8+ T lymphocytes. Besides the adjuvant effects, LT-IIs show reduced side effects, measured by the lesser edema formation and reduced leukocytes migration to the site of injection, in comparison to LT-I. The results also indicate that the adjuvant activity of LTs applied transcutaneously may be related to the the ganglioside GM1 binding property since the LT-IIb toxin, unable to interact with this receptor, has no adjuvant effect by this route. The presented data set opens prospects for the employment of native LT-IIs as parenteral adjuvants in vaccines for animals and humans.
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Monitoração toxinológica do pescado comercializado nos municípios de São Sebastião e Caraguatatuba, SP / Toxinological monitoring of fisheries comercialized in São Sebastião and Caraguatatuba cities, São Paulo stateBruno Garcia Stranghetti 10 September 2007 (has links)
As toxinas do envenenamento paralisante por moluscos (Paralytic Shellfish Poisoning PSP) são compostos naturais bioativos conhecidos devido ao consumo acidental de frutos do mar contaminados. Estas moléculas, das quais a mais potente é a saxitoxina (STX), são uma classe de alcalóides neurotóxicos que possuem diferentes análogos e diferentes toxicidades, e são produzidas por algumas cianobactérias e algumas espécies de dinoflagelados do gênero Alexandrium, Gymnodinium e Pyrodinium. As toxinas paralisantes são neurotoxinas solúveis em água que agem sobre células nervosas e musculares através do bloqueio dos canais de sódio dependentes de voltagem, desta maneira, impedindo a condução do sinal no neurônio o que leva a uma paralisia muscular. Em casos graves, pode ocorrer morte por insuficiência respiratória. O envenenamento diarréico por moluscos (Diarrhetic Shelfish Poisoning DSP) é caracterizado por problemas gastrointestinais com sintomas como diarréia, náusea, vômito, dor de cabeça, calafrios e dores abdominais. DSP é conseqüência do consumo de mariscos contaminados que ingeriram dinoflagelados do gênero Dynophysis e Prorocentrun através de sua alimentação por filtração da água. Contaminação de frutos do mar por toxinas PSP ou DSP coloca-se como sério problema para a indústria pesqueira e para a saúde pública. Neste estudo, estabeleceu-se um programa de monitoração para mexilhões (Perna perna) e para peixes (Sardinella brasiliensis, Anchoviella lepidentostole e Brevoortia aurea) coletados em peixarias e entrepostos de pesca no municípios de Caraguatatuba e São Sebastião, São Paulo. Os extratos para PSP foram preparados de duas maneiras: de acordo com a AOAC (Association of Official Analytical Chemists), através do aquecimento por 5 min de uma mistura de 100 g de tecidos homogeneizados com ácido acético 0,1 N; ou a partir da concentração de extratos etanólicos de músculo + pele dos peixes. Os bioensaios com camundongos para PSP consistem na injeção intraperitonial de 1 mL do extrato ácido em cada um dos três camundongos (~ 20 g). O animal é observado quanto aos sintomas clássicos de PSP e o tempo de morte é anotado e então a toxicidade é determinada (em mouse units, MU) pela tabela de Sommer. Para as toxinas causadoras de DSP, os extratos foram preparados pela extração com acetona do homogeneizado das glândulas digestivas, e a determinação da presença destas toxinas é feita através da injeção intraperitonial em camundongos. Nos bioensaios com os extratos preparados segundo o método da AOAC, não houve casos positivos. Para o bioensaio realizado com extratos etanólicos obtiveram-se resultados positivos para 77,8% dos extratos testados. A média de MU de todas as amostras, neste caso, foi de 0,147 MU/g. Nos bioensaios para DSP, três amostras resultaram em sinais que evidenciam a presença destas toxinas, pois os camundongos injetados apresentaram quadro diarréico. Os extratos etanólicos, com positividade para as toxinas de PSP, foram fracionados usando-se colunas Sep-Pak C18. A primeira eluição, com ácido acético 0,1 M, foi analisada usando-se o método de préderivatização e cromatografia líquida de alta eficiência com detecção de fluorescência. As analises em CLAE indicaram a presença de compostos semelhantes às toxinas paralisantes de PSP, confirmando os bioensaios. Portanto, pela primeira vez no Brasil demonstrou-se que as espécies S. brasiliensis, A. lepidentostole e B. aurea são portadoras de toxinas paralisantes, semelhantes às PSP, em pequenas concentrações e que um programa de monitoração é necessário em nosso país para verificação da presença dessas toxinas em organismos que são usados como alimento pela população. / The Paralytic Shellfish Poisoning (PSP) toxins are well-known natural bioactive compounds due to their accidental consumption in contaminated seafood. These molecules, of which the most potent representative is saxitoxin (STX), are a class of neurotoxic alkaloids, having different isoforms and varied toxicities, that are produced by some cyanobacteria and some species of dinoflagellates from the genus Alexandrium, Gymnodinium and Pyrodinium. PSP toxins are water-soluble neurotoxins that act on nerve and muscle cells by blocking sodium channels voltage-dependent, thus preventing the conductance of neuron signal leading to muscular paralysis. In severe cases, death may result due to respiratory failure. Diarrhetic Shellfish Poisoning (DSP) is a gastrointestinal illness with symptoms such as diarrhea, nausea, vomiting, headache, chills and moderate to severe abdominal pain. DSP is usually a consequence of consuming contaminated shellfish that have ingested dinoflagellates of the genera Dinophysis and Prorocentrun through their filter feeding activities. Contamination of seafood by PSP and DSP toxins has posed serious problems to the fisheries industry as well to public health. In this study, was stabilized a monitoring program to shellfish (Perna perna) and finfish (Sardinella brasiliensis, Anchoviella lepidentostole and Brevoortia aurea) collected in fish markets in Caraguatatuba and São Sebastião cities, São Paulo state. The extracts for PSP were prepared by two ways: according to AOAC (Association of Official Analytical Chemists), through the heating for 5 min of blend of 100 g of well mixed sample with 0.1 N HCl; or through of the concentration of ethanolic extracts from finfishs muscle + skin. The PSP mouse bioassay for PSP toxins involves intraperitonial injection (i.p.) of 1 mL of the acid extract into each of three mice (~ 20 g). The mice were observed for classical PSP symptoms and the time to mouse death was recorded and the toxicity was determinate (in mouse units, MU) from the Sommers table. To DSP toxins, the extracts was prepared trough the extraction of digestive glands with acetone, and i.p injection in mice was used to determine the presence of theses toxins. In the mouse bioassay for the extracts prepared by AOAC method no positive results was obtained. For the mouse bioassay with ehtanolic extracts was obtained positive results to 77.8 % of the tested extracts. The media of MU of all samples, in this case, was 0,147 MU/g. To the mouse bioassay for the DSP toxins, three samples gives evidence of presence of the diarrhetic toxins, because the mice showed signal like diarrhea. The ethanolic extracts, that was positive to the PSP toxins, was fractionated by a Sep-Pak C18 cartridge. The first elution, with 0.1 M acetic acid, was analyzed by using prechromatographic oxidation and liquid chromatography with fluorescence detection. The HPLC analysis indicated the presence of the PSP toxins, confirming the bioassays. Therefore, in the first time in Brazil was demonstrated that the species S. brasiliensis, A. lepidentostole and B. aurea are carriers of toxins like PSP in little concentrations and that a monitoring program is necessary in our country to verify the presence of these toxins in organisms that are used as food by the population.
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Obtenção de peptídeos com capacidade inibitória da ação citotoxigênica das toxinas Stx de Escherichia colia partir de bibliotecas de phage display / Obtention of inhibitory peptides of cytotoxic activity of Stx toxins produced by Escherichia colifrom phage display librariesBernedo-Navarro, Robert Alvin, 1975- 23 August 2018 (has links)
Orientador: Tomomasa Yano / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-23T11:52:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Bernedo-Navarro_RobertAlvin_D.pdf: 2646572 bytes, checksum: 02b50bc28d5be6cddb78abfe621a047c (MD5)
Previous issue date: 2013 / Resumo: Escherichia coli produtora de toxina de Shiga (STEC) é um grupo de importantes patógenos para humanos. Essas bactérias são relacionadas a várias doenças, como por exemplo, Síndrome Urêmica Hemolítica e produzem potentes toxinas denominadas toxinas de Shiga. Essas toxinas, tanto Stx1 quanto Stx2, compartilham um receptor celular comum, a globotriaosilceramida (Gb3) e exibem a mesma atividade biológica intracelular. O desenvolvimento de novos agentes neutralizantes dos danos induzidos por Stx pode representar uma estratégia promissora para o tratamento das doenças causadas por STEC em humanos. No presente estudo, nós desenvolvemos peptídeos sintéticos que exibem atividade neutralizante contra a citotoxicidade induzida por Stx tanto in vitro quanto in vivo e, além disso, que se ligam eficientemente ao receptor Gb3. O peptídeo P12-26 compete eficientemente com Stx2 para a ligação ao Gb3 in vitro. Além disso, os peptídeos PC7-12, P12-26 e PC7-30 inibiram a citotoxicidade de Stx1 e Stx2 em células Vero. Nós observamos que o peptídeo PC7-30 em forma de loop e o peptídeo P12-26 que é linear produziram as maiores porcentagens de inibição de Stx1 e Stx2 em células Vero, respectivamente. No entanto, o peptídeo P12-26 não inibiu a letalidade em camundongos, enquanto que o peptídeo PC7-30 inibiu a letalidade causada pela toxina Stx1. Nossos resultados indicam que os peptídeos P12-26 e PC7-30 são candidatos promissores para o desenvolvimento de agentes terapêuticos contra as doenças em seres humanos causadas por STEC / Abstract: Shiga toxin-producing Escherichia coli strains are important pathogens for humans. These bacteria are linked with severe diseases such as hemolytic uremic syndrome and produce potent known as Shiga toxins. These toxins, Stx1 and Stx2, share a common cellular receptor called globotriaosylceramide (Gb3) and exhibit the same intracellular biological activity. The development of new neutralizing agents for Stx-induced damage may represent a promising strategy for the treatment of diseases caused by STEC infections. In this study, we developed synthetic peptides that exhibit neutralizing activity against Stxinduced cytotoxicity both in vitro and in vivo and that bind efficiently to the Gb3 receptor. The peptide P12-26 competed efficiently with Stx2 for binding to Gb3 in vitro. Moreover, the peptides PC7-12, P12-26 and PC7-30 inhibited the cytotoxicity of Stx1 and Stx2 in Vero cells. We observed that the loop-constrained peptide PC7-30 and linear peptide P12-26 produced higher percentages of inhibition of Stx1 and Stx2 in Vero cells, respectively. However, the peptide P12-26 did not inhibit lethality in mice, whereas the loopconstrained peptide PC7-30 inhibited the lethality caused by Stx1. Our results indicate that the peptides P12-26 and PC7-30 are promising candidates for the development of therapeutic agents against diseases caused by STEC in humans / Doutorado / Bioquimica / Doutor em Biologia Funcional e Molecular
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Componentes derivados de venenos de serpentes com ação antitumoral em células de melanoma Murino / Snake venoms components with antitumor activity in murine melanoma cellsQueiroz, Rodrigo Guimaraes 29 May 2012 (has links)
Apesar dos constantes avanços no tratamento de câncer, essa doença continua sendo umas das principais causas de mortalidade no mundo todo, portanto, é imperativo que novas modalidades de tratamento sejam desenvolvidas. Venenos de serpentes causam uma variedade de efeitos biológicos, pois constituem uma mistura complexa de substâncias como disintegrinas, proteases (serino e metalo), fosfolipases A2, L-aminoácido oxidases entre outras. No presente trabalho pesquisou-se em alguns venenos de serpentes frações com atividade antitumoral, pois há relatos de compostos ofídicos que apresentam esta atividade. Após fracionamento de venenos de serpentes das famílias Viperidae e Elapidae foram feitas incubações das frações obtidas com células normais de fibroblasto L929 e de melanoma B16-F10. Os resultados mostraram que as frações do veneno da serpente Notechis ater niger apresentaram a maior especificidade e potencial antitumoral em células de melanoma murino B16-F10 que os demais venenos utilizados. Este achado, aliado ao fato de ser um veneno pouco explorado foram determinantes para que este veneno fosse selecionado para dar continuidade aos estudos. As frações citotóxicas deste veneno foram submetidas a análises para identificar e caracterizar os componentes que apresentaram esta atividade atitumoral. Ensaios de western-blot e zimografia sugerem que estas proteínas não pertencem à classe das metalo e serinoproteinases. / Despite the constant advances in the treatment of cancer, this disease remains one of the main causes of mortality worldwide. So, the development of new treatment modalities is imperative. Snake venom causes a variety of biological effects because they constitute a complex mixture of substances as disintegrins, proteases (serine and metalo), phospholipases A2, L-amino acid oxidases and others. The goal of the present work is to evaluate a anti-tumor activity of some snake venoms fractions. There are several studies of components derived from snake venoms with this kind of activity. After fractionation of snake venoms of the families Viperidae and Elapidae, the fractions were assayed towards murine melanoma cell line B16-F10 and fibroblasts L929. The results showed that the fractions of venom of the snake Notechis ater niger had higher specificity and potential antitumor activity on B16-F10 cell line than the other studied venoms. Since the components of this venom are not explored yet coupled with the potential activity showed in this work, we decided to choose this venom to develop further studies. The cytotoxic fractions were evaluated to identify and characterize the components that showed antitumoral activity. Western blot assays and zymography suggests that these proteins do not belong to the class of metallo and serine proteinases.
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Estudo dos efeitos toxicológicos em ratos Wistar alimentados com ração contendo Urânio. / Study of toxicological effects in Wistar rats fed with uranium.Rodrigues, Gabriela 29 April 2010 (has links)
O urânio (U) é um elemento tóxico radioativo encontrado na natureza, normalmente presente na água e nos alimentos e acumula-se preferencialmente em ossos. Nestes, a medula óssea constitui o alvo com o maior risco radiobiológico. Foram utilizados 60 ratos wistar recém desmamados, com vinte e dois dias de vida. Destes, trinta e cinco foram tratados com ração suplementada de 50ppm (parte por milhão) de Nitrato de Uranila e vinte e cinco foram mantidos como controle. Os animais tratados foram separados em seis grupos com cinco animais cada e os grupos controle com três animais. Foi feita a eutanásia dos 5 animais de cada grupo alimentado com urânio e 3 animais de cada grupo de controle com intervalo de tempo de 3 e 4 dias para avaliar alterações histopatológicas, hematológicas, na densidade mineral óssea e medir o teor de urânio acumulado em ossos, em função do tempo, utilizando a técnica de registro de traços de fissão SSNTD (Solid State Nuclear Track Detector). Nas avaliações histopatológicas foi observada congestão, fibrose e necrose hepática, degeneração vacuolar e desarranjo cordonal dos hepatócitos. Essas alterações iniciaram-se em animais alimentados durante três dias com ração contendo U e se intensificaram nos animais tratados durante onze dias, sugerindo que tenha ocorrido combinação de efeitos toxicológicos e radiobiológicos. Foi observada degeneração vacuolar, cilindros hialinos, fibrose e necrose nos rins dos animais alimentados com ração suplementada de U, a partir de quatorze dias de alimentação, decorrentes da nefrotoxicidade do Nitrato de Uranila. Foi observado que não ocorre alteração da densidade mineral óssea no curto prazo; porém, os animais tratados durante 21 e 28 dias, ou seja, expostos ao U por período mais longo, tiveram a densidade mineral óssea diminuída. Ocorreu substancial acúmulo de urânio nos ossos, onde foi observado 1,139 ± 0,057 ppm em ossos e 0,705 +- 0,092 ppm em dentes. Os animais dos grupos controle apresentaram teor de urânio praticamente constante no decorrer do estudo. Não foi observada alteração do teor de urânio em ração comercial. / Uranium (U) is a radioactive toxic element found in the environment, naturally present in water and food, with preference for accumulation in bone. In the latter, marrow is the target with the highest radiobiological risk. It was carried out a study with sixty Wistar rats, twenty two days old, starting at the post weaning period. From this total, thirty five animals fed with chow containing Uranyl Nitrate at a concentration of 50 ppm (parts per million) were selected as the treated group, while the remaining twenty five were the control group. Treated animals were divided into six groups with five animals each plus six control groups with three animals each. Five animals of the treated group and three of the control group were sacrificed at intervals of four days to observe histopathologic, hematologic, and bone mineral density (BMD) alterations, as well as to measure the uranium content in bone as function of time, using the Solid State Nuclear Track Detector technique. It was observed congestion, vacuolar degeneration, hepatocytes misalignment, fibrosis and necrosis in liver. These alterations were initiated in treated animals fed for three days with diets containing U and intensified in the animals treated for eleven days, suggesting the occurrence of an intertwining between radiobiological and toxicological effects. It was also observed vacuolar degeneration, hyaline cylinders, fibrosis and necrosis in the kidneys of the treated animals, all initiated after fourteen days of treatment, and these effects were attributed to the nephrotoxic character of the Uranyl Nitrate. It was found out that the BMD was not altered in the short range term of treatment, that is, treatments of twenty-one and twenty-eight days, but appreciably reduced in the long range term. There was substantial accumulation of uranium in bones and teeth, where it was measured concentrations of 1.139 ± 0.057 ppm and 0.705 ± 0.092 ppm, respectively. The uranium concentration in the bones of animals of the control group were low and approximately constant.
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Desenvolvimento e padronização de testes imunocromatográficos para diagnóstico de Escherichia coli produtora da toxina de Shiga (STEC) e Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC). / Development and standardization of immunochromatographic test for Shiga toxin-producing Escherichia coli (STEC) and enterotoxigenic Escherichia coli (ETEC) diagnosis.Rocha, Letícia Barboza 14 September 2012 (has links)
Escherichia enterotoxigênica e Escherichia coli produtora da toxina de Shiga (STEC) são globalmente envolvidas em doenças diarreicas e produzem a toxina termolábil e a toxina de Shiga (Stx1 e Stx2), as quais são prejudiciais ao homem. O diagnóstico é uma importante ferramenta para o correto tratamento e controle de surtos. Assim, testes imunocromatográficos (ICs) para ETEC e STEC baseados na detecção das toxinas foram desenvolvidos e padronizados utilizando anticorpos policlonais conjugados ao ouro coloidal (PAbs) e seus correspondentes anticorpos monoclonais (MAbs) anti-LT (IgG2b, 4,9 x 10-11 M), anti-Stx1 (IgG1, 2,5 x 10-10 M) e anti-Stx2 (IgG1, 6,1 x 10-10 M). Os três testes ICs detectaram até 15,6 ng/mL de LT, 15,6 ng/mL de Stx1 e 62,5 ng/mL de Stx2 e não apresentaram reatividade cruzada com os isolados não produtores da respectiva toxina alvo. Estes resultados demonstram a viabilidade e aplicabilidade dos testes ICs como ferramentas no diagnóstico de E. coli diarreiogênicas. / Shiga toxin-producing Escherichia coli (STEC) and enterotoxigenic Escherichia coli (ETEC) are worldwide involved in diarrheal diseases and produce the heat-labile (LT) and the Shiga (Stx1 and Stx2) toxins, which, cause injuries to man. The diagnosis is an important tool for the correct treatment and control of outbreaks. Thus, immunochromatographic assays (ICs) for ETEC and STEC based on toxins detection were developed and standardized using polyclonal antibodies-gold conjugated (PAbs) and their corresponding monoclonal antibodies (MAbs): anti-LT (IgG2b, 4.9 x 10-11 M), anti-Stx1 (IgG1, 2.5 x 10-10 M) and anti-Stx2 (IgG1, 6.1 x 10-10 M). The three ICs detect up to 15.6 ng/mL of LT, 15.6 ng/mL of Stx1 and 62.5 ng/mL of Stx2 and showed no cross-reaction with non-producers isolates of the respective target toxin. These results demonstrate the feasibility and applicability of the test ICs as diagnostic tools for diarrheagenic E. coli.
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Estudo do mecanismo de ereção peniana causada pela toxina TX2-6 produzida pela aranha Phoneutria nigriventer. / Study of penile erection mechanism caused by Tx2-6 toxin produced by Phoneutria nigriventer spider.Ravelli, Katherine Garcia 09 June 2011 (has links)
O veneno produzido pela aranha Phoneutria nigriventer causa priapismo. O pré-tratamento de camundongos com inibidores da Óxido nítrico-sintase, antes de se injetar a toxina, inibe este priapismo. A toxina causa ativação do gene c-fos no núcleo paraventricular do hipotálamo (NPV). Este estudo tem como objetivo ampliar os conhecimentos relacionados ao mecanismo da ereção peniana causada pela toxina Tx2-6. A toxina foi injetada no NPV e os resultados não mostraram o envolvimento direto do mesmo com o priapismo. Procuramos então avaliar se há aumento na produção de óxido nítrico (NO) quando o tecido é submetido à TX2-6 e o resultado foi negativo. Foram feitos também experimentos com animais que sofreram ablação cirúrgica bilateral dos nervos cavernosos. Estes, quando injetados com a toxina, tiveram ereção peniana, porém não apresentaram exposição total do pênis, possivelmente devido à fibrose causada pela denervação. Estes resultados nos levam a crer que a ereção causada pela toxina Tx2-6 pode não ser mediada pela produção de NO e não depende da inervação peniana. / The venom produced by Phoneutria nigriventer spider causes priapism. Mice pretreatment with Nitric oxide-synthase inhibitors, before injecting the toxin, inhibits the priapism. The toxin causes c-fos gene activation in paraventricular nucleus of hypothalamus (PVN). This study aims to widen some knowledge concerning penile erection mechanism caused by Tx2-6 toxin. The toxin was injected in the PVN and the results didnt show its direct relation with the priapism. We analyzed if there is any increase of nitric oxide (NO) production when the tissue is submitted to TX2-6 and the result was negative. Experiments were carried out on mice which suffered bilateral surgical ablation of the cavernosum nerves. When these animals were injected with the Tx2-6 toxin, there was penile erection. However, the erection of the denervation group didnt present total penis exposition possibly due to the fibrosis caused by the denervation. These results reveal that erection caused by Tx2-6 toxin might not be mediated by NO production and it does not depend on penile nerves.
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Estudos farmacológicos preliminares com a peçonha obtida dos nematocistos de Macrorhynchia philippina (Cnidaria, Hydrozoa) / Preliminary pharmacological studies with the venom obtained from nematocysts of Macrorhynchia philippina (Cnidaria, Hydrozoa)Ramos, Bruno Cesar Ribeiro 25 February 2010 (has links)
Muitas interações entre organismos são mediadas pela liberação de substâncias biologicamente ativas. Nos Cnidários esse tipo de interação é ainda mais marcante devido a organelas características do grupo, denominadas nematocistos. Usados tanto na captura de alimento quanto para defesa do organismo, os nematocistos contêm toxinas com ações que variam de moderadas até potencialmente fatais em humanos, o que torna importante o estudo desse grupo sob ponto de vista toxinológico. As classes Anthozoa, Cubozoa e Scyphozoa têm sido extensivamente estudas sob esse ponto de vista durante décadas, porém a classe Hydrozoa, embora não menos importante, ainda carece de estudos. Os poucos trabalhos realizados com membros desse grupo se restringem a algumas espécies de hidras, caravelas (Physalia) e hidrocorais (Millepora). A espécie Macrorhynchia philippina é composta por hidróides coloniais bentônicos que podem ser encontrados ao longo de todo o Canal de São Sebastião-SP. Ela é responsável por diversos acidentes com banhistas e mergulhadores que esbarram em suas colônias, desencadeando uma sensação de dor bastante forte, aguda e localizada que persiste por alguns segundos. Contudo, este contato não leva a lesões graves ou inflamação local como as peçonhas de membros das demais classes. Embora sejam organismos comuns e farmacologicamente interessantes, não existe nenhum estudo do ponto de vista toxinológico com esta espécie. Assim, nesse trabalho, investigamos os hidróides da espécie M.philippina, além de caracterizar as toxinas obtidas de seus nematocistos. Para essa análise utilizamos dois métodos de obtenção de peçonha: a homogeneização, que consiste na maceração de fragmentos da colônia (extrato total), e a estimulação elétrica, da qual se obtém a peçonha diretamente dos nematocistos (peçonha bruta). Esses dois métodos foram submetidos a três testes farmacológicos na tentativa de se evidenciar a presença de toxinas como, citolisinas, neurotoxinas e citotoxinas. A comparação entre os dois métodos mostrou uma paradoxal diferença. Apenas o extrato total provocou efeitos positivos nos testes indicando a perda de atividade ou mesmo a ausência de toxinas que provoquem esses efeitos na peçonha bruta. A observação desses dados, somados aos relatos de dor registrados pelo contado dessa espécie com seres humanos, nos levou a submeter a peçonha bruta a mais três testes, que evidenciariam desta vez a existência de toxinas envolvidas em processos de inflamação e indução de dor. Os resultados obtidos em todos os testes sugerem a existência de uma toxina de origem não nematocística responsável pelos efeitos citolíticos e neurotóxicos observados. Assim como a existência de toxinas presentes nos nematocistos envolvidas em processos de inflamação e indução de dor. / Many interactions between animals are made by the release of bioactive substances. In Cnidarian, these interactions are greatly expressed by characteristic organelles of this group named nematocysts. Using it for prey capture or defense against predators, the nematocysts have a toxic cocktail with actions that can be moderate or potentially fatal to humans. This fact makes the studies involving these animals a very important subject. The Classes Anthozoa, Cubozoa e Scyphozoa have been studied, under this point of view, for decades. However, the Hydrozoa class, even though no less important, still need a similar approach. The few works that had been made with the members of this group include only a limited number of species of hydra, Man-of-War (Physalia) and firecorals (Millepora). The species Macrorhynchia philippina are composed by bentonic colonial hydroids. They are found along the entire São Sebastião-SP channel, being responsible for injuries to divers and bathers that entry in contact with their colony. The pain evoked from its contact is very strong, acute and pointed, that lasts for a few seconds. Nevertheless, its contact does not lead to serious injury or local inflammatory edemas like those produced by animals belonging to other classes. Even though being a species of pharmacological interest, there is no toxinological study made with these animals. In this work, we investigated the hydroids from M. philippina species trying to characterize the effects of the venom obtained from its nematocysts. In order to perform this task two methods of extraction had been used: the homogenization, that consists in the maceration of fragments of the colony (total extract), and the electrical stimulation, from which we can obtain the venom produced directly by the nematocists (crude venom). These two methods were performed using three pharmacological tests in order to try to prove the existence of toxins like, cytolysins, neurotoxins and cytotoxins. The comparison between the two methods shows a paradoxal difference. Only the total extract evoked positive effects, showing a loss of activity or even the absence of the toxins that evoke these effects in crude venom. These observation, in addition with the reports of acute pain due to the contact with this specie in humans, lead us to submit the crude venom to three more new tests, that would expose the existence of toxins that are involved in pain and inflammatory mechanisms. Our results suggest the existence of a toxin from non-nematocysts tissues, responsible for the cytolytic and neurotoxic effects observed, and a toxin in nematocysts that act in inflammatory mechanism and pain induced processes.
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Efeito da pré-cloração sobre a integridade celular e remoção de toxinas de Microcystis aeruginosa / Effect of pre-chlorination on cell integrity and toxin removal of Microcystis aeruginosaKinoshita, Kazumi 22 October 2015 (has links)
O aumento da incidência de florações de cianobactérias potencialmente tóxicas nos mananciais de abastecimento, favorecidas pelo elevado aporte de nutrientes nos corpos d\'água, compromete a qualidade da água de consumo e põe em risco a saúde humana e animal, além de elevar os custos do tratamento de água. A pré-cloração, tem se mostrado uma ótima opção tanto na inativação de cianobactérias como na remoção de cianotoxinas dissolvidas. No entanto, sob certas condições, pode causar lise celular e promover a liberação das toxinas no meio. O objetivo deste trabalho foi avaliar em escala laboratorial, o efeito da pré-cloração, utilizando como agente oxidante o hipoclorito de sódio, sobre a integridade celular de uma linhagem tóxica de Microcystis aeruginosa (LTPNA 08), por citometria de fluxo, e sobre a subsequente liberação e degradação das microcistinas (LR e RR) por LC-MS/ MS. Diferentes dosagens de cloro (0,05, 0,5, 1, 1,5, 2, 2,5, 3, 4 e 8 mg.L-1), tempos de contato (0, 15, 30 e 60 minutos) e densidade celular (1x106 células.mL-1 para os ensaios de jarros e 3,5 x106 células.mL-1 para o ensaio de viabilidade celular) foram utilizadas neste estudo. Os resultados obtidos nos ensaios de jarros mostraram remoções de microcistinas acima de 70% após 60 minutos de exposição ao oxidante, com 100% de remoção em doses de 2,5 e 3 mg Cl2.L-1. Valores de CT (concentração x tempo) acima de 40,66 mg.min.L-1 foram necessários para degradar as microcistinas a concentrações abaixo de 1,0 µg.L-1, exigidos pela organização mundial de saúde (WHO) e pela legislação brasileira de potabilidade da água (Portaria MS nº 2914/2011). Não foi possível verificar a lise celular por microscopia óptica, no entanto, na análise por HPLC-DAD verificou-se degradação de mais de 70% da clorofila-a em todas as dosagens testadas, após 60 minutos de exposição, com a completa degradação nas concentrações de 2,5 e 3 mg.L-1 Cl2, indicando dano celular. Nos ensaios por citometria de fluxo, foi verificada a perda da integridade celular com o aumento da dosagem de cloro aplicada, observando-se a permeabilidade celular máxima, sem a desintegração da célula, na concentração de 2,5 mg.L-1 Cl2. Concentrações de 4 e 8 mg.L1 Cl2 promoveram a lise total das células, impossibilitando a permanência do marcador na célula. A perda dos pigmentos clorofila a e ficocianina ocorreram em concentrações de acima de 2,5 e acima de 1,5 mg.L-1 Cl2, respectivamente. O presente trabalho reforçou a eficiência da cloração na degradação das toxinas e os resultados obtidos podem ajudar as autoridades competentes a otimizar as práticas de cloração utilizadas no pré-tratamento da água. / The increased incidence of blooms of potentially toxic cyanobacteria in supply sources, favored by high input of nutrients in water bodies, compromises the quality of drinking water and affect human and animal health, besides increasing water treatment costs. The pre-chlorination, has proved a great choice both in the inactivation of cyanobacterial cells as in removing dissolved cyanotoxins. However, under certain conditions, can cause cell lysis and release toxins. The objective of this study was to evaluate in laboratory scale, the effect of pre-chlorination, using sodium hypochlorite, on cell integrity of toxic Microcystis aeruginosa (LTPNA 08) using flow cytometry, and the subsequent release and degradation of microcystins (LR and RR) by LC-MS / MS. Different chlorine doses (0.05, 0.5, 1, 1.5, 2, 2.5, 3, 4 and 8 mg.L-1), contact times (0, 15, 30 and 60 minutes) and cell density (1x106 células.mL-1 for jar-test and 3.5 x106 células.mL-1 for cell viability assay) were used in this study. The results obtained in the jar- test showed degradations up to 70% after 60 minutes of exposure, with complete degradation at chlorine doses of 2,5 e 3 mg.L-1. Chlorine exposure (CT) values over 40,66 mg.min.L-1 were required for oxidation of microcystin LR and RR to concentrations below the World Health Organization (WHO) and Brazilian legislation for water potability (Portaria MS nº 2914/2011) guideline value of 1µg.L-1. No differences in cell number was observed by microscopy, however, analysis by HPLC-DAD found chlorophyll-a reductions of more than 70% in all dosages tested after 60 minutes exposure, with values below the limit of quantification for concentrations of 2.5 and 3 mg.L-1 Cl2, indicating cell damage. In assays using flow cytometry, loss of cell integrity was observed with increasing chlorine concentration. The maximum cell permeability without cell disintegration was observed at a concentration of 2.5 mg.L-1 Cl2. Concentrations of 4 and 8 mg.L-1 Cl2 lead to complete cell lysis, making impossible the permanence of SYTOX Green in the cell. The loss of pigment chlorophyll a and phycocyanin occurred in concentrations above 2.5 and 1.5 mg.L-1 Cl2, respectively. This study reinforced the efficiency of chlorination in the toxins degradation and the results can help the water authorities to optimize the chlorination practices used in the pretreatment of water.
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