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Transplante ortotópico de fígado sem desvio veno-venoso pelas técnicas convencional e piggybackSérgio Vieira de Melo, Paulo 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Introdução: O transplante ortotópico de fígado é amplamente utilizado no tratamento das doenças hepáticas irreversíveis e sem possibilidade de tratamento clínico. Na realização desse procedimento, ao se empregar a técnica convencional, a veia cava retro-hepática é removida juntamente com o fígado nativo. A veia cava inferior (VCI), portanto, permanece clampeada até a revascularização do enxerto e, nesse período, ocorre diminuição do retorno venoso, que pode induzir queda do débito cardíaco (em até 50%), instabilidade hemodinâmica e diminuição da pressão de perfusão renal. A utilização do sistema de desvio veno-venoso (DVV) porto-fêmoro-axilar, onde o sangue proveniente da veia femoral e da veia porta retorna ao coração, pela veia axilar, impulsionado por uma bomba centrífuga, tem como objetivo minimizar os efeitos do clampeamento da VCI. Na técnica piggyback, o fígado nativo é retirado preservando-se a veia cava do receptor, que é clampeada apenas parcialmente. O Serviço de Transplante Hepático dos hospitais Universitário Oswaldo Cruz e Jayme da Fonte têm empregado as duas técnicas sem a utilização do DVV há dez anos. O objetivo do presente estudo foi comparar os resultados com a utilização das duas técnicas. Casuística e Métodos: Foram analisados, retrospectivamente, 195 pacientes, transplantados entre 1999 e 2008, sendo 125 pela técnica convencional sem desvio veno-venoso (grupo CON) e 70 pela técnica piggyback (grupo PB). Os dados referentes aos receptores, no período pré-transplante, e aos doadores foram comparáveis. Analisaram-se parâmetros transoperatórios (tempo cirúrgico, tempo de isquemia, uso de hemoderivados e diurese), suporte de terapia intensiva (tempo de permanência e uso de drogas vasoativas), período de intubação, período de internamento hospitalar, função renal, função do enxerto, variação de peso, complicações pós-operatórias, retransplante e sobrevida dos pacientes. Resultados: O grupo PB apresentou redução do tempo cirúrgico, do tempo de isquemia total, do tempo de isquemia quente, do uso de concentrado de hemácias e plasma fresco, do tempo de internamento hospitalar e da mortalidade em 30 dias (p<0,05). Não houve diferença com relação à diurese transoperatória, ao tempo de permanência e ao uso de drogas vasoativas na UTI, ao período de intubação, à função renal, à função do enxerto, à variação de peso, à necessidade de reoperação, à incidência de sepse, às complicações biliares, às complicações vasculares, à necessidade de retransplante e à sobrevida atuarial de seis meses. Conclusão: O transplante ortotópico de fígado pode ser realizado sem DVV, com bons resultados, tanto pela técnica convencional quanto pela técnica piggyback. Desde que não haja contra-indicação técnica ou previsão de tempo de isquemia prolongado, a técnica piggyback deve ser preferida
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Impacto das condições bucais pré e pós-transplante hepático na qualidade de vida de crianças menores de 5 anos de idade: estudo clínico longitudinal / Impact of pre and post-transplant liver oral conditions on the quality of life of children under 5 years of age: a longitudinal clinical studyAlvarez Vidigal, Evelyn 08 May 2017 (has links)
Os objetivos deste estudo clínico longitudinal foram: 1) avaliar o impacto das condições de saúde bucal pré-transplante hepático na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de crianças menores de 5 anos de idade; 2) avaliar o impacto do tratamento odontológico das condições bucais pré-transplante na QVRSB de crianças menores de 5 anos de idade e 3) avaliar o impacto das condições de saúde bucal aos 5 meses após a cirurgia de transplante hepático na QVRSB de crianças menores de 5 anos de idade. Neste estudo foram avaliadas 60 crianças menores de 5 anos de idade com doença hepática candidatas a transplante hepático no AC Camargo Câncer Center. O estudo foi realizado em duas fases: pré e pós-transplante. Na fase pré-transplante, para atingir o objetivo 1 foram coletados no baseline dados sobre a doença hepática de base, dados socioeconômicos e sociodemográficos. Em seguida, o responsável pela criança respondeu o questionário de QVRSB: B-ECOHIS. Posteriormente, o exame intrabucal foi realizado avaliando a presença de lesões de cárie dentária (índice ceo-d), defeitos de esmalte (índice DDE), pigmentações dentárias, doença periodontal (índices Greene & Vermillion simplificado e Índice de Sangramento de Silness & Löe) e lesões em mucosa oral e lábios. Para atingir o objetivo 2, as crianças com necessidade de tratamento odontológico foram tratadas e após uma semana do tratamento o B-ECOHIS foi aplicado ao mesmo responsável que forneceu as respostas no baseline. Na fase pós-transplante o objetivo 3 foi atingido por meio de da aplicação do B-ECOHIS e avaliação das condições de saúde bucal 5 meses após o transplante hepático. De forma geral, os resultados do modelo de regressão ajustado para o objetivo 1 indicaram que crianças com 24 a 48 meses de idade (RT=2.17; p=0.04), e crianças com maior número de lesões de cárie não tratada (RT=1.35; p<0.0001) e pigmentações dentárias (RT=1.85; p=0.04,) apresentaram um impacto negativo na QVRSB no baseline. Resultados do objetivo 2 indicaram que as médias dos escores do B-ECOHIS pré e pós-tratamento odontológico diminuíram de maneira significativa (p<0.05), tanto para o escore total quanto para todos os domínios, indicando assim uma melhora significativa na QVRSB das crianças devido ao tratamento. Os resultados do modelo ajustado para o objetivo 3 indicaram que, após 5 meses do transplante hepático, a presença de lábios ressecados (RT=55.54; p<0.0001), queilite angular (RT=86.91; p<0.0001) e candidíase oral (RT=122.57; p<0.0001) foram associados a uma pior QVRSB nas crianças. Também, as médias dos escores do B-ECOHIS pós-transplante hepático aumentaram de maneira significativa (p<0.05) tanto para o escore total quanto para a maioria dos domínios, exceto os domínios sintomas, autoimagem e interação social. Conclui-se que a presença de pigmentações dentárias e lesões de cárie não tratada em crianças menores de 5 anos de idade com doença hepática tiveram impacto negativo na QVRSB antes de serem submetidas ao transplante. O tratamento odontológico de alterações bucais melhora a QVRSB destas crianças. A presença de lábios ressecados, queilite angular e candidíase aos 5 meses após o transplante hepático afetam negativamente a QVRSB nestas crianças. / The objectives of this longitudinal clinical study were: 1) to evaluate the impact of oral health conditions on the oral health related quality of life (OHRQoL) in children under 5 years of age before liver transplant; 2) to evaluate the impact of dental treatment on the OHRQoL of children under 5 years of age before liver transplant; and 3) to evaluate the impact of oral health conditions on the OHRQOL in children under 5 years of age at 5 months after liver transplant. Sixty children under 5 years of age with liver disease were evaluated in the AC Camargo Cancer Center. The study was performed in two phases: pre- and post-transplant. For objective 1, in the pre-transplant phase, one of the parents was invited to answer two questionnaires: one related to children\'s OHRQoL and other on socioeconomic and sociodemographic conditions and liver disease diagnosis. Then, a previously calibrated examiner carried out all children\'s oral examinations for dental caries (dmft index), enamel defects (DDE index), dental pigmentation, periodontal disease (Greene & Vermillion simplified index and Silness & Löe bleeding index), and oral mucosa and lips alterations. For objective 2, dental treatments were performed when necessary. Seven days after the completion of dental treatment the B-ECOHIS questionnaire was answered by the same caregiver who provided baseline responses. In the post-transplant phase, objective 3 was achieved by applying the B-ECOHIS questionnaire and evaluating oral health conditions at 5 months after liver transplant. Overall, the adjusted regression model for objective 1 showed that children aged 24 to 48 months (RR=2.17, p=0.04), children with higher number of untreated caries lesions (RR=1.35, p<0.0001) and dental pigmentation (RT=1.85, p=0.04) had a negative impact on OHRQoL. Results from objective 2 showed that mean B-ECOHIS scores before and after dental treatment decreased significantly (p <0.05) for all domains and total score. Thus, these mean differences in scores indicated a significant improvement in children\'s OHRQoL due to dental treatment. The adjusted model results for objective 3 showed that 5 months after liver transplant the presence of dry lips (RR=55.54, p<0.0001), angular cheilitis (RR=86.91, p <0.0001) and oral candidiasis (RR= 122.57; p <0.0001) were associated with worse OHRQoL in children. Also, mean B-ECOHIS scores increased significantly (p <0.05) for total score and most of domains, except for symptoms and self-image and social interaction domain after liver transplant. In conclusion the presence of dental pigmentation and untreated caries lesions in children under 5 years of age with liver disease have a negative impact on the OHRQoL before liver transplanted. The dental treatment before liver transplant significantly improves children\'s OHRQoL. The presence of dry lips, angular cheilitis and oral candidiasis at 5 months after liver transplantation negatively affect OHRQoL in these children.
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Pais doadores no transplante hepático pediátrico / Parent Donors in Pediatric Liver Transplant.Vasconcelos, Ana Paula Lemos 19 February 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: No transplante de fígado intervivos os pais são considerados candidatos inatos a doar uma parte do seu fígado para salvar a vida do filho. Essa modalidade de transplante estabeleceu-se no Brasil como alternativa para suprir a escassez de órgãos cadavéricos no decorrer dos anos. É uma técnica onde o receptor infantil recebe de 20 a 25% do fígado de um doador adulto. Essa cirurgia é considerada de baixo risco, uma vez que a ressecção do segmento empregado como enxerto, conforme encontrado em estudos, implica em mortalidade de apenas 0,3% e não exige transfusão de sangue. OBJETIVO: Compreender a experiência dos pais-doadores na situação do transplante de fígado do seu filho. METODOLOGIA: Estudo de abordagem qualitativa teve como referencial metodológico a História Oral de Vida , utilizando como referencial teórico a Trajetória da Doença Crônica. O cenário deste estudo foi o ambulatório de Hepatologia Pediátrica do Hospital Universitário de Sergipe, onde participaram da pesquisa sete pais/mães que doaram parte do fígado para seus filhos. Através de uma entrevista aberta utilizaram-se as seguintes questões norteadoras: Qual é a sua vivência na trajetória do transplante de fígado de seu filho; O que significa ser um doador vivo. Os textos foram transcritos, textualizados e transcriados extraindo deles o tom vital. RESULTADOS: A caracterização dos colaboradores apresentou cinco mães e dois pais, variando entre 28 e 43 anos, onde o tempo de doação variou de oito meses a doze anos. O diagnóstico de Atresia de Vias Biliares em seis (85,7%) das sete crianças foi a principal causa do transplante hepático, seguida da Síndrome de Budal Chiari (14,3%). A modalidade de assistência ao binômio pai/filho foi majoritariamente subsidiada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou através do modelo de Filantropia estabelecido pelo Hospital Sírio Libanês (HSL). DISCUSSÃO: A atitude motivacional para a doação é a expressão de laços emocionais autênticos e profundos como é o caso do pai para filho, estabelecendo uma relação muito íntima e delicada entre eles, na 10 qual o órgão transplantado se tornou um símbolo dessa ligação específica. Segundo o modelo de Bury (1997) a Ruptura Biográfica caracteriza-se a partir do início dos primeiros sintomas da doença hepática de seus filhos, manifestando-se pelo luto do filho ideal ao constatar a sua doença crônica. Na fase do Impacto do Tratamento e Cuidado à Saúde observou-se que o transplante hepático gerou um grande impacto na família devendo ser considerado por toda a equipe. Na fase de Adaptação e Manejo da Doença os pacientes com doença crônica buscam a melhor qualidade de vida possível adaptando-se às condições da sua doença. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A doença hepática e o transplante representaram um desafio para os pais doadores e suas famílias, visto que durante a trajetória da doença passaram por uma série de dificuldades financeiras, rearranjos nos papéis familiares, afastamento físico do casal e dos outros filhos, vivenciando diversas situações de estresse por conta da doença. / INTRODUCTION: In a living donor liver transplant, parents are considered \"innate\" candidates to donate part of their liver to save the life of their child. This type of transplant established itself in Brazil as an alternative to address the shortage of cadaveric organs over the years. It is a technique whereby the child recipient receives 20-25% of the liver from an adult donor. This surgical procedure is considered low risk since resection of the segment to be used as a graft, as found in studies, suggests a mortality rate of only 0.3% and does not require a blood transfusion. OBJECTIVE: To understand the experience of parental donors during a liver transplant to their child. METHODS: A qualitative study with a methodological background in the oral history of life using the path of chronic illness as a theoretical framework. The setting for this study was the Liver Pediatrics outpatient clinic of the University Hospital of Sergipe where seven parents who donated a part of their livers to their children participated in the research. An open interview used the following guiding questions: What is your experience in the path of your childs liver transplant? What does it mean to be a living donor? The texts were transcribed with the vital tone removed. RESULTS: The group of participants consisted of five mothers and two fathers, between the ages of 28 and 43 years old, where the donation time ranged from eight months to twelve years. The diagnosis of Biliary Tract Atresia in six of the seven children (85.7%) was the leading cause of liver transplant, followed by the Budal Chiari syndrome (14.3%). The modality of assistance to the binomial parent / child was largely subsidized by the Unified Health System (SUS) or through the philanthropy model established by the Syrian-Lebanese Hospital (HSL). DISCUSSION: The motivation to donate is an expression of authentic and deep emotional ties such as those which exist between parent and child, establishing a very intimate and delicate relationship between them, in which the transplanted organ has become a symbol of that specific connection. Following the model of Bury (1997), Biographical Break characterizes 12 itself from the beginning of the first symptoms of liver disease in children, manifesting itself through the mourning of an ideal child when he becomes aware of his chronic disease. At the stage of the Impact of Treatment and Health Care, it was observed that the liver transplant had an enormous impact on the family which should not be discounted by anyone on the team. At the stage of Adaptation and Treatment of the Disease, patients with chronic disease seek the best quality of life possible while adapting themselves to the conditions of their disease. FINAL CONCLUSIONS: Liver disease and the transplant represented a challenge for parent donors and their families, since during the course of the disease they underwent a series of financial difficulties, rearrangements in family roles, physical distance from their spouses and other children, all while living through various stress related situations directly related to the illness.
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Impacto das condições bucais pré e pós-transplante hepático na qualidade de vida de crianças menores de 5 anos de idade: estudo clínico longitudinal / Impact of pre and post-transplant liver oral conditions on the quality of life of children under 5 years of age: a longitudinal clinical studyEvelyn Alvarez Vidigal 08 May 2017 (has links)
Os objetivos deste estudo clínico longitudinal foram: 1) avaliar o impacto das condições de saúde bucal pré-transplante hepático na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de crianças menores de 5 anos de idade; 2) avaliar o impacto do tratamento odontológico das condições bucais pré-transplante na QVRSB de crianças menores de 5 anos de idade e 3) avaliar o impacto das condições de saúde bucal aos 5 meses após a cirurgia de transplante hepático na QVRSB de crianças menores de 5 anos de idade. Neste estudo foram avaliadas 60 crianças menores de 5 anos de idade com doença hepática candidatas a transplante hepático no AC Camargo Câncer Center. O estudo foi realizado em duas fases: pré e pós-transplante. Na fase pré-transplante, para atingir o objetivo 1 foram coletados no baseline dados sobre a doença hepática de base, dados socioeconômicos e sociodemográficos. Em seguida, o responsável pela criança respondeu o questionário de QVRSB: B-ECOHIS. Posteriormente, o exame intrabucal foi realizado avaliando a presença de lesões de cárie dentária (índice ceo-d), defeitos de esmalte (índice DDE), pigmentações dentárias, doença periodontal (índices Greene & Vermillion simplificado e Índice de Sangramento de Silness & Löe) e lesões em mucosa oral e lábios. Para atingir o objetivo 2, as crianças com necessidade de tratamento odontológico foram tratadas e após uma semana do tratamento o B-ECOHIS foi aplicado ao mesmo responsável que forneceu as respostas no baseline. Na fase pós-transplante o objetivo 3 foi atingido por meio de da aplicação do B-ECOHIS e avaliação das condições de saúde bucal 5 meses após o transplante hepático. De forma geral, os resultados do modelo de regressão ajustado para o objetivo 1 indicaram que crianças com 24 a 48 meses de idade (RT=2.17; p=0.04), e crianças com maior número de lesões de cárie não tratada (RT=1.35; p<0.0001) e pigmentações dentárias (RT=1.85; p=0.04,) apresentaram um impacto negativo na QVRSB no baseline. Resultados do objetivo 2 indicaram que as médias dos escores do B-ECOHIS pré e pós-tratamento odontológico diminuíram de maneira significativa (p<0.05), tanto para o escore total quanto para todos os domínios, indicando assim uma melhora significativa na QVRSB das crianças devido ao tratamento. Os resultados do modelo ajustado para o objetivo 3 indicaram que, após 5 meses do transplante hepático, a presença de lábios ressecados (RT=55.54; p<0.0001), queilite angular (RT=86.91; p<0.0001) e candidíase oral (RT=122.57; p<0.0001) foram associados a uma pior QVRSB nas crianças. Também, as médias dos escores do B-ECOHIS pós-transplante hepático aumentaram de maneira significativa (p<0.05) tanto para o escore total quanto para a maioria dos domínios, exceto os domínios sintomas, autoimagem e interação social. Conclui-se que a presença de pigmentações dentárias e lesões de cárie não tratada em crianças menores de 5 anos de idade com doença hepática tiveram impacto negativo na QVRSB antes de serem submetidas ao transplante. O tratamento odontológico de alterações bucais melhora a QVRSB destas crianças. A presença de lábios ressecados, queilite angular e candidíase aos 5 meses após o transplante hepático afetam negativamente a QVRSB nestas crianças. / The objectives of this longitudinal clinical study were: 1) to evaluate the impact of oral health conditions on the oral health related quality of life (OHRQoL) in children under 5 years of age before liver transplant; 2) to evaluate the impact of dental treatment on the OHRQoL of children under 5 years of age before liver transplant; and 3) to evaluate the impact of oral health conditions on the OHRQOL in children under 5 years of age at 5 months after liver transplant. Sixty children under 5 years of age with liver disease were evaluated in the AC Camargo Cancer Center. The study was performed in two phases: pre- and post-transplant. For objective 1, in the pre-transplant phase, one of the parents was invited to answer two questionnaires: one related to children\'s OHRQoL and other on socioeconomic and sociodemographic conditions and liver disease diagnosis. Then, a previously calibrated examiner carried out all children\'s oral examinations for dental caries (dmft index), enamel defects (DDE index), dental pigmentation, periodontal disease (Greene & Vermillion simplified index and Silness & Löe bleeding index), and oral mucosa and lips alterations. For objective 2, dental treatments were performed when necessary. Seven days after the completion of dental treatment the B-ECOHIS questionnaire was answered by the same caregiver who provided baseline responses. In the post-transplant phase, objective 3 was achieved by applying the B-ECOHIS questionnaire and evaluating oral health conditions at 5 months after liver transplant. Overall, the adjusted regression model for objective 1 showed that children aged 24 to 48 months (RR=2.17, p=0.04), children with higher number of untreated caries lesions (RR=1.35, p<0.0001) and dental pigmentation (RT=1.85, p=0.04) had a negative impact on OHRQoL. Results from objective 2 showed that mean B-ECOHIS scores before and after dental treatment decreased significantly (p <0.05) for all domains and total score. Thus, these mean differences in scores indicated a significant improvement in children\'s OHRQoL due to dental treatment. The adjusted model results for objective 3 showed that 5 months after liver transplant the presence of dry lips (RR=55.54, p<0.0001), angular cheilitis (RR=86.91, p <0.0001) and oral candidiasis (RR= 122.57; p <0.0001) were associated with worse OHRQoL in children. Also, mean B-ECOHIS scores increased significantly (p <0.05) for total score and most of domains, except for symptoms and self-image and social interaction domain after liver transplant. In conclusion the presence of dental pigmentation and untreated caries lesions in children under 5 years of age with liver disease have a negative impact on the OHRQoL before liver transplanted. The dental treatment before liver transplant significantly improves children\'s OHRQoL. The presence of dry lips, angular cheilitis and oral candidiasis at 5 months after liver transplantation negatively affect OHRQoL in these children.
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Aspectos clínicos, epidemiológicos e histopatológicos de pacientes com carcinoma hepatocelular submetidos a transplante hepáticoTunissiolli, Nathalia Martines 01 September 2017 (has links)
Submitted by Suzana Dias (suzana.dias@famerp.br) on 2018-10-25T16:54:50Z
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Previous issue date: 2017-09-01 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Hepatocellular Carcinoma (HCC) is the primary liver cancer with high incidence and mortality rates due to its late diagnosis. Its development results from the interaction between environmental and genetic factors. Thus, the objective of this study was to evaluate clinical, epidemiological and histopathological parameters of CHC patients submitted to liver transplant surgery from 2010 to 2016 at a University Reference Center. Materials and methods: It is a retrospective, descriptive and cross-sectional study. We evaluated all HCC patients submitted to liver transplantation from 2010 to 2016 from a University Reference Center in the Northwest of São Paulo. The variables analyzed were: age, gender, ethnicity, smoking, hepatitis B virus (HBV) infection, hepatitis C virus (HCV), cirrhosis, alcoholic liver disease (ALD), diabetes, non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD), genetic disease, alpha-fetoprotein (AFP), survival and relapse rate. Results: Of the 60 patients included in this study, 48 (80%) were men with a mean age of 58.3± 10.6 years. Cirrhosis was present in 100% of cases. The etiologies identified for the development of hepatopathy were 56.6% HCV, 20% of which were associated with alcohol, 20% of HBV, 1.66% of patients with hemochromatosis, 50.9% of ALD and 25% of NAFLD. In addition, AFP levels were measured in 42 patients, with 88.09% presenting levels below 20 ng/mL and 7.14% having levels >150 ng/mL. Regarding the histological classification of Edmondson-Steiner, 58.5% of the patients were classified as grade ≤ II and 41.5% grade ≥ III. Conclusion: Predominant male patients, with a mean age of 58.3 years. In relation to the histological classification of Edmondson-Steiner the degree ≤ II is the most frequent. Cirrhosis was prevalent in the studied patients. HCV, ALD and NAFLD were the most common etiological agents found in the study. The high prevalence of NAFLD in the pre-transplanted underestimated sample is due to the fact that all patients present cirrhosis, masking the NAFLD signals. / O Carcinoma Hepatocelular (CHC) é o câncer primário do fígado com altas taxas de incidência e mortalidade devido ao seu diagnóstico tardio. Seu desenvolvimento resulta da interação entre fatores ambientais e genéticos. Assim o objetivo deste estudo foi avaliar parâmetros clínicos, epidemiológicos e histopatológicos de pacientes com CHC submetidos à cirurgia de transplante hepático no período de 2010 a 2016 em um Centro Universitário de Referência. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e transversal. Foram avaliados todos os pacientes com CHC submetidos ao transplante hepático no período de 2010 a 2016 de um Centro Universitário de Referência do Noroeste Paulista. As variáveis analisadas foram: idade, gênero, etilismo, tabagismo, infecção pelo vírus da hepatite B (VHB), vírus da hepatite C (VHC), cirrose, doença hepática alcoólica (DHA), diabetes, doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), portador de doença genética, dosagem de alfafetoproteína (AFP), sobrevida e índice de recidiva. Resultados: De 60 pacientes incluídos neste estudo, 48 (80%) eram homens com média de idade de 58,3 ± 10,6 anos. A cirrose estava presente em 100% dos casos. As etiologias identificadas para o desenvolvimento da hepatopatia foram 56,6% VHC das quais 20% o vírus estava associada ao álcool, 20% o VHB, 1,66% portador de doença genética, hemocromatose; 50,9% de DHA e 25% de DHGNA. Além disso, os níveis de AFP foram dosados em 42 pacientes, 88,09% apresentaram níveis inferiores a 20 ng/mL e 7,14% obtiveram níveis >150 ng/mL. Em relação à classificação histológica de Edmondson-Steiner 58,5% dos pacientes foram classificados grau ≤ II e 41,5% grau ≥ III. Conclusão: Predominaram-se pacientes do gênero masculino, com média de idade de 58,3 anos. Em relação à classificação histológica de Edmondson-Steiner o grau ≤ II é o mais frequente. A cirrose foi prevalente nos pacientes estudados. VHC, DHA e DHGNA foram os agentes etiológicos mais comuns encontrados no estudo. A alta prevalência de DHGNA na amostra estudada com diagnóstico subestimado pré-transplante, se deve ao fato de todos os pacientes apresentarem cirrose, mascarando os sinais de DHGNA.
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Associação entre a colorimetria da superfície do fígado e a intensidade da esteatose. Estudo experimental em ratos submetidos a dieta esteatogênica / Association between the colorimetry of the liver surface and the intensity of steatosis. Experimental study in rats subjected to steatogenic dietSabat, Bernardo David 03 July 2017 (has links)
Os enxertos hepáticos com esteatose apresentam risco aumentado para a disfunção e o não funcionamento primário. Entretanto, considerando o permanente desequilíbrio entre a oferta e a demanda de enxertos, justifica-se o uso de fígados esteatóticos com um risco aceitável. O padrão ouro para o diagnóstico do grau da esteatose hepática, na prática clínica, é o exame histológico. Entretanto, no cenário dos transplantes, a estimativa do grau de esteatose do enxerto hepático depende do exame macroscópico. Nesse procedimento a leitura da cor é realizada de forma subjetiva e a força da associação cor-esteatose não é conhecida. Considerando esses aspectos, a presente pesquisa teve como objetivo verificar a associação entre a cor do fígado e a intensidade da esteatose hepática, aferindo a cor do fígado, de forma precisa com um colorímetro e quantificando a esteatose com dois exames considerados de referência. Método: Ratos wistar, machos, foram divididos em quatro grupos de quinze animais. Os animais do grupo controle receberam dieta padrão. Os outros três grupos receberam dieta esteatogênica durante, respectivamente, dois, quatro e seis dias. Os ratos foram submetidos à laparotomia, biópsia hepática (pré e pós-perfusão do fígado) para realizar o exame histológico, colorimetria no padrão RGB (pré e pós-perfusão do fígado), conversão da cor, do padrão RGB, para o padrão CINZA, coleta de sangue para realizar exames laboratoriais e hepatectomia (para determinar o peso relativo do fígado e a extração da gordura). A análise estatística foi realizada com o pacote de software estatístico IBM SPSS Statistics 18, e o valor p < 0.05 foi considerado com significado estatístico. Resultados: Foi observada correlação positiva entre os percentuais de gordura e a intensidade das cores pré perfusão (coeficiente de correlação da cor vermelha 0,874, cor verde 0,747 e cor azul 0,763) e pós-perfusão (coeficiente de correlação da cor vermelha 0,900, cor verde 0,886 e cor azul 0,856). As medias dos valores da colorimetria, pré e pós perfusão, apresentaram diferença estatisticamente significativa (p < 0,001). A acurácia da colorimetria pós perfusão, determinada pela curva ROC, foi de100% na determinação da presença de esteatose, 96,2% para o grau moderado ou intenso e 80,4% para o grau intenso da esteatose. Foi verificada diferença significativa dos valores da colorimetria (p < 0,001) entre as medias dos diversos grupos com exceção entre os grupos concentração de gordura moderada X gordura intensa e entre os grupos graus histológicos da esteatose leve X moderada X intensa. Conclusões: a) A cor do fígado, pré e pós perfusão, apresentou correlação forte com a esteatose, de forma positiva e linear; b) A colorimetria, pré e pós perfusão, apresenta a mesma acurácia na identificação da esteatose c) A colorimetria apresentou acurácia perfeita na identificação da presença da esteatose e tendência para classificar, em um mesmo grupo, a esteatose moderada e intensa. / Hepatic grafts with steatosis are at increased risk for dysfunction and primary non-functioning. However, considering the permanent imbalance between supply and demand of grafts, the use of specially selected livers with steatosis is justified. The gold standard for the diagnosis of hepatic steatosis in clinical practice is histological examination. However, in the transplant scenario, the estimation of the grade of hepatic graft steatosis depends on macroscopic examination. In this procedure the color reading is carried out subjectively and the strength of the association of color-steatosis is not known. Considering these aspects, the present study aimed to verify the association between liver color and liver steatosis intensity, accurately assessing the color of the liver with a colorimeter and quantifying steatosis with two exams considered as reference. Method: Male wistar rats were divided into four groups of fifteen animals. The animals in the control group received a standard diet. The other three groups received a steatogenic diet during, respectively, two, four and six days. Rats were submitted to laparotomy, liver biopsy (pre and post-perfusion of the liver) for conventional histological examination, colorimetry in the RGB pattern (pre and post-perfusion of the liver), color conversion from the RGB standard to the GRAY standard, Blood collection for laboratory tests and hepatectomy (to determine relative liver weight and fat extraction). Statistical analysis was performed with the statistical software package SPSS Statistics 18, and p value <0.05 was considered statistically significant. Results: A positive correlation was observed between fat percentages and preperfusion color intensity (red color correlation coefficient 0.874, green color 0.747 and blue color 0.763) and postperfusion (correlation coefficient of red color 0.900, green color 0.866 and blue color 0.856). The mean values of the colorimetry, pre- and post-perfusion, presented a statistically significant difference (p <0.001). The accuracy of the post-perfusion colorimetry, determined by the ROC curve, was 100% in the determination of the presence of steatosis, 96.2% for the moderate or intense degree and 80.4% for the intense degree of steatosis. There was a significant difference (p <0.001) between the means of the different groups except for the groups of moderate fat X intense fat concentration and between the histological grades groups of mild X intense moderate X steatosis. Conclusions: a) The color of the liver, pre and post perfusion, showed a strong correlation with steatosis, in a positive and linear way; B) Colorimetry, pre- and post-perfusion, shows the same accuracy in the identification of steatosis. C) Colorimetry showed perfect accuracy in the presence of steatosis and a tendency to classify moderate and severe steatosis in the same group.
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Pais doadores no transplante hepático pediátrico / Parent Donors in Pediatric Liver Transplant.Ana Paula Lemos Vasconcelos 19 February 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: No transplante de fígado intervivos os pais são considerados candidatos inatos a doar uma parte do seu fígado para salvar a vida do filho. Essa modalidade de transplante estabeleceu-se no Brasil como alternativa para suprir a escassez de órgãos cadavéricos no decorrer dos anos. É uma técnica onde o receptor infantil recebe de 20 a 25% do fígado de um doador adulto. Essa cirurgia é considerada de baixo risco, uma vez que a ressecção do segmento empregado como enxerto, conforme encontrado em estudos, implica em mortalidade de apenas 0,3% e não exige transfusão de sangue. OBJETIVO: Compreender a experiência dos pais-doadores na situação do transplante de fígado do seu filho. METODOLOGIA: Estudo de abordagem qualitativa teve como referencial metodológico a História Oral de Vida , utilizando como referencial teórico a Trajetória da Doença Crônica. O cenário deste estudo foi o ambulatório de Hepatologia Pediátrica do Hospital Universitário de Sergipe, onde participaram da pesquisa sete pais/mães que doaram parte do fígado para seus filhos. Através de uma entrevista aberta utilizaram-se as seguintes questões norteadoras: Qual é a sua vivência na trajetória do transplante de fígado de seu filho; O que significa ser um doador vivo. Os textos foram transcritos, textualizados e transcriados extraindo deles o tom vital. RESULTADOS: A caracterização dos colaboradores apresentou cinco mães e dois pais, variando entre 28 e 43 anos, onde o tempo de doação variou de oito meses a doze anos. O diagnóstico de Atresia de Vias Biliares em seis (85,7%) das sete crianças foi a principal causa do transplante hepático, seguida da Síndrome de Budal Chiari (14,3%). A modalidade de assistência ao binômio pai/filho foi majoritariamente subsidiada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou através do modelo de Filantropia estabelecido pelo Hospital Sírio Libanês (HSL). DISCUSSÃO: A atitude motivacional para a doação é a expressão de laços emocionais autênticos e profundos como é o caso do pai para filho, estabelecendo uma relação muito íntima e delicada entre eles, na 10 qual o órgão transplantado se tornou um símbolo dessa ligação específica. Segundo o modelo de Bury (1997) a Ruptura Biográfica caracteriza-se a partir do início dos primeiros sintomas da doença hepática de seus filhos, manifestando-se pelo luto do filho ideal ao constatar a sua doença crônica. Na fase do Impacto do Tratamento e Cuidado à Saúde observou-se que o transplante hepático gerou um grande impacto na família devendo ser considerado por toda a equipe. Na fase de Adaptação e Manejo da Doença os pacientes com doença crônica buscam a melhor qualidade de vida possível adaptando-se às condições da sua doença. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A doença hepática e o transplante representaram um desafio para os pais doadores e suas famílias, visto que durante a trajetória da doença passaram por uma série de dificuldades financeiras, rearranjos nos papéis familiares, afastamento físico do casal e dos outros filhos, vivenciando diversas situações de estresse por conta da doença. / INTRODUCTION: In a living donor liver transplant, parents are considered \"innate\" candidates to donate part of their liver to save the life of their child. This type of transplant established itself in Brazil as an alternative to address the shortage of cadaveric organs over the years. It is a technique whereby the child recipient receives 20-25% of the liver from an adult donor. This surgical procedure is considered low risk since resection of the segment to be used as a graft, as found in studies, suggests a mortality rate of only 0.3% and does not require a blood transfusion. OBJECTIVE: To understand the experience of parental donors during a liver transplant to their child. METHODS: A qualitative study with a methodological background in the oral history of life using the path of chronic illness as a theoretical framework. The setting for this study was the Liver Pediatrics outpatient clinic of the University Hospital of Sergipe where seven parents who donated a part of their livers to their children participated in the research. An open interview used the following guiding questions: What is your experience in the path of your childs liver transplant? What does it mean to be a living donor? The texts were transcribed with the vital tone removed. RESULTS: The group of participants consisted of five mothers and two fathers, between the ages of 28 and 43 years old, where the donation time ranged from eight months to twelve years. The diagnosis of Biliary Tract Atresia in six of the seven children (85.7%) was the leading cause of liver transplant, followed by the Budal Chiari syndrome (14.3%). The modality of assistance to the binomial parent / child was largely subsidized by the Unified Health System (SUS) or through the philanthropy model established by the Syrian-Lebanese Hospital (HSL). DISCUSSION: The motivation to donate is an expression of authentic and deep emotional ties such as those which exist between parent and child, establishing a very intimate and delicate relationship between them, in which the transplanted organ has become a symbol of that specific connection. Following the model of Bury (1997), Biographical Break characterizes 12 itself from the beginning of the first symptoms of liver disease in children, manifesting itself through the mourning of an ideal child when he becomes aware of his chronic disease. At the stage of the Impact of Treatment and Health Care, it was observed that the liver transplant had an enormous impact on the family which should not be discounted by anyone on the team. At the stage of Adaptation and Treatment of the Disease, patients with chronic disease seek the best quality of life possible while adapting themselves to the conditions of their disease. FINAL CONCLUSIONS: Liver disease and the transplant represented a challenge for parent donors and their families, since during the course of the disease they underwent a series of financial difficulties, rearrangements in family roles, physical distance from their spouses and other children, all while living through various stress related situations directly related to the illness.
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Associação entre a colorimetria da superfície do fígado e a intensidade da esteatose. Estudo experimental em ratos submetidos a dieta esteatogênica / Association between the colorimetry of the liver surface and the intensity of steatosis. Experimental study in rats subjected to steatogenic dietBernardo David Sabat 03 July 2017 (has links)
Os enxertos hepáticos com esteatose apresentam risco aumentado para a disfunção e o não funcionamento primário. Entretanto, considerando o permanente desequilíbrio entre a oferta e a demanda de enxertos, justifica-se o uso de fígados esteatóticos com um risco aceitável. O padrão ouro para o diagnóstico do grau da esteatose hepática, na prática clínica, é o exame histológico. Entretanto, no cenário dos transplantes, a estimativa do grau de esteatose do enxerto hepático depende do exame macroscópico. Nesse procedimento a leitura da cor é realizada de forma subjetiva e a força da associação cor-esteatose não é conhecida. Considerando esses aspectos, a presente pesquisa teve como objetivo verificar a associação entre a cor do fígado e a intensidade da esteatose hepática, aferindo a cor do fígado, de forma precisa com um colorímetro e quantificando a esteatose com dois exames considerados de referência. Método: Ratos wistar, machos, foram divididos em quatro grupos de quinze animais. Os animais do grupo controle receberam dieta padrão. Os outros três grupos receberam dieta esteatogênica durante, respectivamente, dois, quatro e seis dias. Os ratos foram submetidos à laparotomia, biópsia hepática (pré e pós-perfusão do fígado) para realizar o exame histológico, colorimetria no padrão RGB (pré e pós-perfusão do fígado), conversão da cor, do padrão RGB, para o padrão CINZA, coleta de sangue para realizar exames laboratoriais e hepatectomia (para determinar o peso relativo do fígado e a extração da gordura). A análise estatística foi realizada com o pacote de software estatístico IBM SPSS Statistics 18, e o valor p < 0.05 foi considerado com significado estatístico. Resultados: Foi observada correlação positiva entre os percentuais de gordura e a intensidade das cores pré perfusão (coeficiente de correlação da cor vermelha 0,874, cor verde 0,747 e cor azul 0,763) e pós-perfusão (coeficiente de correlação da cor vermelha 0,900, cor verde 0,886 e cor azul 0,856). As medias dos valores da colorimetria, pré e pós perfusão, apresentaram diferença estatisticamente significativa (p < 0,001). A acurácia da colorimetria pós perfusão, determinada pela curva ROC, foi de100% na determinação da presença de esteatose, 96,2% para o grau moderado ou intenso e 80,4% para o grau intenso da esteatose. Foi verificada diferença significativa dos valores da colorimetria (p < 0,001) entre as medias dos diversos grupos com exceção entre os grupos concentração de gordura moderada X gordura intensa e entre os grupos graus histológicos da esteatose leve X moderada X intensa. Conclusões: a) A cor do fígado, pré e pós perfusão, apresentou correlação forte com a esteatose, de forma positiva e linear; b) A colorimetria, pré e pós perfusão, apresenta a mesma acurácia na identificação da esteatose c) A colorimetria apresentou acurácia perfeita na identificação da presença da esteatose e tendência para classificar, em um mesmo grupo, a esteatose moderada e intensa. / Hepatic grafts with steatosis are at increased risk for dysfunction and primary non-functioning. However, considering the permanent imbalance between supply and demand of grafts, the use of specially selected livers with steatosis is justified. The gold standard for the diagnosis of hepatic steatosis in clinical practice is histological examination. However, in the transplant scenario, the estimation of the grade of hepatic graft steatosis depends on macroscopic examination. In this procedure the color reading is carried out subjectively and the strength of the association of color-steatosis is not known. Considering these aspects, the present study aimed to verify the association between liver color and liver steatosis intensity, accurately assessing the color of the liver with a colorimeter and quantifying steatosis with two exams considered as reference. Method: Male wistar rats were divided into four groups of fifteen animals. The animals in the control group received a standard diet. The other three groups received a steatogenic diet during, respectively, two, four and six days. Rats were submitted to laparotomy, liver biopsy (pre and post-perfusion of the liver) for conventional histological examination, colorimetry in the RGB pattern (pre and post-perfusion of the liver), color conversion from the RGB standard to the GRAY standard, Blood collection for laboratory tests and hepatectomy (to determine relative liver weight and fat extraction). Statistical analysis was performed with the statistical software package SPSS Statistics 18, and p value <0.05 was considered statistically significant. Results: A positive correlation was observed between fat percentages and preperfusion color intensity (red color correlation coefficient 0.874, green color 0.747 and blue color 0.763) and postperfusion (correlation coefficient of red color 0.900, green color 0.866 and blue color 0.856). The mean values of the colorimetry, pre- and post-perfusion, presented a statistically significant difference (p <0.001). The accuracy of the post-perfusion colorimetry, determined by the ROC curve, was 100% in the determination of the presence of steatosis, 96.2% for the moderate or intense degree and 80.4% for the intense degree of steatosis. There was a significant difference (p <0.001) between the means of the different groups except for the groups of moderate fat X intense fat concentration and between the histological grades groups of mild X intense moderate X steatosis. Conclusions: a) The color of the liver, pre and post perfusion, showed a strong correlation with steatosis, in a positive and linear way; B) Colorimetry, pre- and post-perfusion, shows the same accuracy in the identification of steatosis. C) Colorimetry showed perfect accuracy in the presence of steatosis and a tendency to classify moderate and severe steatosis in the same group.
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Avaliação da infecção pelo vírus da Hepatite E em pacientes transplantados de fígado por infecção pelo vírus da Hepatite C / Evaluation of hepatites E virus infection in liver transplant patients due to chronic infection by hepatitis C virusMoraes, Adriano Claudio Pereira de 06 September 2017 (has links)
Introdução e Objetivos: A Hepatite pelo Vírus E (HEV) é uma infecção conhecida mundialmente por ter seu curso assintomático e autolimitado na maioria dos casos. Nos últimos anos, casos de evolução para cronicidade têm sido descritos envolvendo população de pacientes imunocomprometidos, particularmente os transplantados de órgãos sólidos. A prevalência da infecção pelo HEV na população de transplantados de fígado é ainda desconhecida em nosso meio. Pacientes e Métodos: Nós avaliamos parâmetros de infecção pelo HEV (HEV RNA, anti-HEV IgM e anti-HEV IgG) em uma coorte de 294 adultos transplantados de fígado seguidos no HCFMUSP. Para pesquisa dos anticorpos foi utilizada a metodologia ELISA (RecomWell HEV IgM/ IgG da Mikrogen®), sendo os resultados indeterminados e com IgM isoladamente positivo confirmados por Immunoblotting (RecomLine IgM/ IgG da Mikrogen®). Para pesquisa do HEV RNA utilizou-se a metodologia de PCR em tempo real One-Step com primers e sondas que amplificam um fragmento da ORF3 do genoma viral. Foram avaliados dados demográficos e laboratoriais de toda população de transplantados. Posteriormente, foram analisadas apenas as biópsias hepáticas de 122 pacientes transplantados devido à Hepatite pelo Vírus C (VHC) possuidores ou não de marcadores sorológicos ou moleculares do HEV de acordo com a classificação METAVIR. Resultados: Amostras de 8,2% (24/294) dos pacientes foram positivas para anti-HEV IgG, 2% (6/294%) positivas para anti-HEV IgM e 5,8% (17/274) mostraram positividade para o HEV RNA. Apenas um paciente mostrou positividade tanto para anti-HEV IgM quanto para o anti-HEV IgG. Setenta e sete vírgula oito por cento (95/122) dos pacientes transplantados pelo VHC foram tratados com esquema que incluía ribavirina por um período mínimo de 6 meses antes da coleta do sangue. Dentre os transplantados pela cirrose por VHC que apresentaram positividade para o anti-HEV IgG apenas 37,5% (3/122) mostraram níveis de fibrose maior que 2, enquanto que 41,7% (5/122) dos positivos para o HEV RNA demonstraram níveis de fibrose maior que 2. Em geral, a prevalência do HEV no cenário pós transplante hepático parece ser baixa podendo não trazer um dano histológico significativo no cenário pós transplante. Conclusão: Nós concluímos que apesar de alguns estudos demonstrarem riscos de cronificação pelo HEV, esse vírus tem baixa prevalência em nosso meio e os pacientes transplantados de fígado pelo VHC que apresentaram marcadores sorológicos ou moleculares para o HEV não tiveram níveis mais acentuados de fibrose quando comparados com os pacientes que não apresentaram indícios de infecção pelo HEV no momento da análise / Background and Aims: Hepatitis E Virus (HEV) is an infection known worldwide for its asymptomatic and self-limited course in most of the cases. In the last five years, cases evolving to chronicity have been described involving immunosuppressed patients, especially in recipients of solid organs transplants. The HEV infection prevalence in liver transplanted patients has yet to be fully assessed by our community. Patients and Methods: We evaluated laboratory parameters for the HEV infection (HEV RNA, anti-HEV IgM and anti-HEV IgG) in a cohort of 294 adult patients who had liver transplants on the HCFMUSP (Clinical Hospital of University of São Paulo School of Medicine). In order to investigate the antibodies, we used Elisa methodology (RecomWell HEV IgM/ IgG by Mikrogen®) and the indeterminate results and isolates positive anti-HEV IgM were confirmed by immunoblotting (RecomLine IgM/ IgG by Mikrogen®). For screening of HEV RNA, One-Step PCR in real time was used with primers and probes that amplify a fragment of the ORF3 from the viral genome. Laboratory and demographic data were collected in the entirety of the transplanted population. Following that, the hepatic biopsies of 122 patients transplanted due to Hepatitis C (HCV) were analysed with or without serological or molecular markers of HEV according to METAVIR score. Results: Serological samples of 24 (8.2%) of the patients tested positive for anti-HEV IgG, 06 (2%) were positive for anti-HEV IgM and 17 (5.8%) showed positive results for HEV RNA. Only one patient showed positive results for both anti- HEV IgM and anti-HEV IgG. Also, 95 (77.8%) of the patients transplanted because of the HCV infection received treatment including Ribavirin for at least 6 months before the blood sample collection. Among the transplanted patients due to HCV cirrhosis who presented positive results for anti-HEV IgG, only 3 (37.5%) showed fibrosis beyond stage 2, while 5 (41.7%) of the HEV RNA positive patients had liver fibrosis higher than 2. Conclusion: Overall, the prevalence of HEV in the post-hepatic transplant scenario appears to be low, seemingly not harmful histologically in the post-transplant cases. We have concluded that although some studies showed risks of HEV chronification, patients who had their livers transplanted due to HCV who showed serological or molecular markers for HEV did not have higher levels of fibrosis when compared to patients who showed no indications of HEV infection at the time of the analysis
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Avaliação da recidiva do carcinoma hepatocelular em pacientes submetidos a transplante de fígado no Brasil / Recurrence of hepatocellular carcinoma assessment in patients submitted to liver transplantation in BrazilChagas, Aline Lopes 01 December 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: O transplante (TX) de fígado corresponde ao tratamento de escolha em pacientes com cirrose e carcinoma hepatocelular (CHC) precoce irressecável. A recidiva do CHC pós-transplante, entretanto, ainda apresenta impacto na sobrevida dos pacientes transplantados com este tumor. As taxas de recidiva, nos estudos mais recentes, variam de 8 a 20%. O tamanho e número de nódulos, a presença de invasão vascular e de nódulos satélites no explante, são fatores de risco relacionados à recidiva tumoral pós-transplante. No Brasil, observamos um crescimento importante do número de transplantes de fígado, inclusive por CHC. Entretanto, existem poucos estudos nacionais analisando os resultados do transplante hepático por CHC. Os objetivos do nosso estudo foram analisar as características demográficas, clínicas e a evolução dos pacientes submetidos a transplante hepático com CHC no Brasil, avaliando os fatores prognósticos relacionados com a recidiva do CHC pós-transplante e sobrevida e estudar o desempenho dos critérios de seleção para transplante utilizados no nosso país, os \"Critérios de Milão Brasil\" (CMB). MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo, multicêntrico, para analisar os resultados do transplante de fígado em pacientes com CHC, após a implantação do sistema MELD. Foram incluídos 1.119 pacientes transplantados com CHC, de 07/2006 até 07/2015, em 13 centros de transplante, no Brasil. Características clínicas, demográficas, exames laboratoriais e de imagem e dados anatomopatológicos, foram retrospectivamente analisados e correlacionados com a sobrevida e recidiva do CHC pós-transplante. RESULTADOS: A maioria dos pacientes era do sexo masculino (81%), com uma idade média no TX de 58 anos. A etiologia mais associada ao tumor foi a Hepatite C (VHC), presente em 60% dos casos. O tempo médio de espera em lista foi de 9,8 meses. Setenta e oito pacientes (8%) foram incluídos por \"Down-staging\". Nos exames de imagem do diagnóstico, a maioria dos casos (67%) apresentava um nódulo, com tamanho médio de 30 mm; 85% estavam dentro dos Critérios de Milão (CM), 8% fora dos CM, mas dentro dos \"Critérios de Milão Brasil\" (CMB) e 7% fora de ambos os critérios. O tratamento do CHC em lista foi realizado em 67% dos pacientes. Na análise do explante, 44% apresentavam tumor uninodular, com tamanho médio de 26 mm e a maioria (71%) tinha CHC moderadamente diferenciado. A invasão vascular foi observada em 26% dos casos e nódulos satélites em 22%. No explante, 70% dos pacientes estavam dentro dos CM, 20,5% fora dos CM, mas dentro dos CMB e 9,5%fora de ambos os critérios. A sobrevida global foi de 79% em 1 ano, 72,5% em 3 anos e 63%, em 5 anos, com um tempo médio de seguimento de 28 meses. Excluindo os pacientes que foram a óbito no pós-operatório ( < 30 dias pós-transplante), a sobrevida global foi de 89% em 1 ano e 75%, em 5 anos. A recidiva do CHC pós-TX ocorreu em 8% (86/1.119) dos casos, em um tempo médio de 12 meses. A sobrevida livre de recidiva (SLR) foi de 94,4% em 1 ano e 88,3%, em 5 anos. A recidiva do CHC foi extra-hepática em 55% dos casos, hepática em 27% e hepática e extra-hepática em 18%. Os pacientes transplantados que evoluíram com recidiva tumoral apresentaram alta mortalidade, com uma sobrevida em 1 ano de 34% e em 5 anos de 13%. Em relação aos fatores prognósticos, os pacientes transplantados dentro dos Critérios de Milão apresentaram melhor sobrevida e SLR quando comparados aos pacientes transplantados fora dos CM, mas dentro dos CMB, tanto quando analisamos os dados do diagnóstico, quanto através da análise do explante. Os pacientes transplantados após realização de \"Down-staging\" apresentaram taxas de recidiva e sobrevida semelhantes aos pacientes transplantados sem \"Down-staging\". Os níveis séricos elevados de alfa-fetoproteína (AFP) foram um fator prognóstico importante de sobrevida e recidiva tumoral. Os melhores pontos de corte de AFP encontrados para avaliação do risco de recidiva e sobrevida foram: AFP > 400 ng/ml, no momento do diagnóstico e AFP > 200 ng/ml pré-transplante. Realizamos, também, uma comparação dos \"Critérios de Milão Brasil\" com os Critérios de Milão, através do índice IDI (Integrated Discrimination Index) e os CMB apresentaram performance inferior aos CM, na capacidade de classificar corretamente os pacientes em relação ao risco de recidiva tumoral. Os níveis séricos elevados de AFP, o estádio fora dos Critérios de Milão no momento do diagnóstico e no explante e a presença e invasão vascular no explante, foram fatores de risco independentes de recidiva do CHC pós-transplante e pior sobrevida. A idade > 60 anos e a etiologia da hepatopatia (VHC), também foram fatores prognósticos negativos de sobrevida. CONCLUSÕES: A presença de recidiva tumoral teve grande impacto na sobrevida do paciente transplantado com CHC. O estadiamento tumoral no diagnóstico e no explante, avaliado através dos Critérios de Milão, os níveis séricos elevados de AFP e a presença de invasão vascular no explante foram fatores prognósticos importantes de recidiva do CHC pós-transplante e sobrevida. Os pacientes transplantados após \"Down-staging\" apresentaram evolução pós-transplante semelhante a dos pacientes transplantados sem \"Down-staging\". Os pacientes transplantados fora dos CM, mas dentro dos CMB, apresentaram pior sobrevida, quando comparados aos pacientes dentro dos CM. Os CMB apresentaram desempenho inferior aos CM na capacidade de classificar corretamente os pacientes em relação ao risco de recidiva tumoral / INTRODUCTION: Liver transplantation (LT) is the treatment of choice for patients with cirrhosis and unresectable early hepatocellular carcinoma (HCC). HCC post-transplant recurrence, however, still has an impact on survival. In recent studies, the incidence of HCC recurrence after transplantation ranged from 8% to 20%. Tumor number, size, vascular invasion and satellite nodules have emerged as risk factors for HCC recurrence. In Brazil, in the last decade, we observed a significant increase in the number of liver transplants performed, including in patients with HCC. However, there are few national studies analyzing the results of liver transplantation for HCC. The aim of this multicentric study was to analyze the demographic characteristics, clinical features and outcomes of patients submitted to liver transplantation with HCC in Brazil, evaluate prognostic factors related to HCC post-transplant recurrence and survival, and study the performance of the national selection criteria for liver transplantation, the \"Brazilian Milan Criteria\" (BMC). METHODS: We conducted a national, multicentric, retrospective study to analyze the results of liver transplantation in patients with HCC, in \"MELD era\". Medical records of 1,119 transplanted patients with HCC between 07/2006 and 07/2015, from 13 transplant centers in Brazil, were collected. Patient and tumor characteristics, radiologic and pathologic data were retrospectively analyzed and correlated with post-transplant HCC recurrence and survival. RESULTS: Of the 1,119 HCC transplanted patients, median age was 57 years and 81% were male. Etiology of liver disease was HCV in 60%. Median time on transplant list was 9.8 months. Seventy-eight patients (8%) were included after \"Down-staging\". At diagnosis, most patients had uninodular HCC (67%) and median tumor burden was 30 mm. At diagnosis, in imaging studies, 85% of patients were within the Milan criteria (MC), 8% out of the MC but within the \"Brazilian Milan Criteria\" (BMC) and 6% out of both criteria. During the waiting list period, HCC treatment was performed in 67%. In explant analysis, tumor was uninodular in 46% and moderately differentiated in the majority of cases (71%). Median HCC size was 26 mm. Vascular invasion and satellite nodules were observed in 26% and 22% of patients, respectively. In explant, 70% of patients were within Milan Criteria, 20.5% outside MC but within BMC and 9.5% out of both criteria. Mean follow-up was 28 months, an overall survival was 79% in 1 year, 72.5% in 3 years and 63% in 5 years. Excluding patients who died within 30 days after surgery, overall survival was 89% in 1 year and 75% in 5 years. HCC post-transplant recurrence occurred in 86/1,119 (8%) cases, at a mean time of 12 months. Recurrence-free survival (RFS) was 94.4% in 1 year and 88.3% in 5 years. Sites of recurrence were extrahepatic in 55%, hepatic in 27% and both hepatic and extrahepatic in 18%. Transplanted patients with tumor recurrence presented high mortality, with 1-year survival rate of 34% and 5-year survival rate of 13%. Analyzing the prognostic factors, patients transplanted under Milan Criteria, in radiologic or explant analysis, presented better survival and RFS when compared to patients transplanted outside MC, but within BMC. Patients submitted to liver transplantation after \"Down-staging\" present long-term survival and RFS similar to patients transplanted without \"Down-staging\". Alpha-fetoprotein (AFP) levels were an important pre-transplant prognostic factor for tumor survival and recurrence. The best AFP cut off points found for relapse risk and survival assessment were: AFP at diagnosis > 400 ng / ml and AFP pre-transplant > 200 ng / ml. We also performed a comparison of the \"Brazilian Milan Criteria\" with the Milan Criteria through the Integrated Discrimination Index (IDI). The BMC presented a lower performance than the MC, in the ability to correctly classify patients in relation to the risk of relapse. Elevated AFP levels before liver transplantation, tumor outside Milan Criteria at diagnosis and in explant, and vascular invasion, were independent risk factors for post-transplant HCC recurrence and worse survival. Age > 60 years and etiology of liver disease (HCV), were also negative prognostic factors for survival. CONCLUSIONS: The presence of tumor recurrence had a major impact on survival of transplanted patients with HCC. Tumor staging, evaluated by Milan Criteria on imaging studies or explant analysis, high serum AFP levels and presence of vascular invasion in explant were important prognostic factors for post-transplant HCC recurrence and survival. Patients transplanted after Down-staging presented long-term outcomes similar to patients transplanted under conventional criteria. Patients transplanted outside Milan Criteria, but within \"Brazilian Milan Criteria\" presented worse survival, when compared to patients within MC. The BMC showed lower performance than MC in the ability to correctly classify patients in relation to the risk of tumor recurrence
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