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Violência obstétrica sob a percepção das mulheres que a vivenciaramMachado, Geovânia Pereira dos Reis 26 February 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-02-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Obstetric violence is a dehumanized assistance to women´s health during the pregnancy and puerperal period, and all health professionals may be responsible for it during the medical support. It´s based on the excessive use of medication, instrumentation and iatrogenic interventions in the delivery process, and starts a group of negative events over women’s body. This research aims to understand, under the gender perspective and reproductive rights, the factors that intervene in the assistance practices to women´s health during the pregnancy and puerperal period, focusing on obstetric violence. This is a qualitative research based on Jesus Gómez Critical Communicative Methodology (CCM), Paulo Freire and Jürgen Habermas as main theoretical support and, Lídia Puigvert Dialogic Feminism as genre theoretical support. The CCM aims to identify the transformative elements, that is, the ones that promoted a satisfactory experience in the pregnancy and puerperal period assistance, and the elements that exclude, that is, the ones that represents a wall to this experience, relating both to the categories lifeworld and system. The participants were nine (9) women who experienced delivery and birth and had their assistance in the “Sistema Unico de Saude” (SUS), the Brazilian public healthcare system .The data were collected from 05/19/2015 to 12/15/2015, using as instrument the communicative narration script. The data analysis was conducted using the basic level of analysis from the Critical Communicative Methodology, where the transformative and exclusion elements found in the narratives were analyzed in the lifeworld and system categories. The results showed a higher quantity of exclusion elements compared to transformative elements, being the exclusion ones related to the system. They indicate mistreatment, inadequate proceedings during delivery, lack of professional orientation, lack of support during breastfeeding, race and social class discrimination and lack of satisfaction with the service. It was a found a few transforming elements and most of them related to the lifeworld category. Among these elements, we can highlight family support, the presence of a companion, empowerment and conscience of a collective fight. This study shows that the “Sistema Unico de Saude” (SUS) has contributed a few to a dignified assistance during the pregnancy and puerperal period. The institutions responsible for the deliveries ignore the reproductive rights as human rights, and delegitimize the sexuality and reproduction of poor, black women and single mothers. In general, this research, at the same time, announces and is a denunciation of a public health system and a group of professionals who work at it in the practice of obstetric violence in the assistance of women health during the pregnancy and puerperal period. We denounce the lack of organization of the health
system in the maternity assistance going against the humanization proposal and recommendations from the “Rede Cegonha”, a Brazilian maternity program and Health World Organization, making a violation against reproductive rights as human rights. The assistance is based in an unequal power relationship between genders, and socioeconomic, ethnics and racial fields. Besides, medical support is based on unequal power relationship between genders and also in socio-economic, ethnic and racial context. / Violência obstétrica corresponde a uma assistência desumanizada a saúde da mulher durante o período gravídico-puerperal, e pode ser praticada por todos os profissionais de saúde durante o atendimento. Embasa-se no uso excessivo de medicalização, instrumentalização e intervenções iatrogênicas no processo de parturição, que desencadeiam uma cascata de
eventos negativos sobre os corpos das mulheres. Esta dissertação teve como objetivo principal compreender, à luz da perspectiva de gênero e dos direitos reprodutivos, os fatores intervenientes das práticas de assistência à saúde da mulher no ciclo gravídico-puerperal, com foco na violência obstétrica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, a qual utilizou como referencial metodológico a Metodologia Comunicativa Crítica, e como aportes teóricos principais: Paulo Freire, Jürgen Habermas e como aporte teórico de gênero o Feminismo Dialógico de Lídia Puigvert. Os participantes da pesquisa foram nove mulheres que passaram pela experiência de parto e nascimento, e tiveram sua assistência financiada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O instrumento de coleta de dados foi roteiro de relato comunicativo. A coleta de dados aconteceu de 19/05/2015 a 15/12/2015. A análise dos dados utilizou o nível básico de análise proposto pela Metodologia Comunicativa Crítica, onde os elementos transformadores e exclusores encontrados nos relatos foram analisados nas categorias mundo
da vida e sistema. Os resultados mostraram maior quantidade de elementos exclusores do que transformadores, sendo que os exclusores estão relacionados ao sistema. E indicam maus tratos, procedimentos inadequados no parto, falta de orientação profissional, falta de apoio na amamentação, discriminação de classe e raça, insatisfação com o atendimento. Os elementos
transformadores encontrados foram poucos e em sua maioria relacionados ao mundo da vida. Entre eles destacam-se: apoio da família, presença do acompanhante, empoderamento, consciência de luta coletiva. Logo, a pesquisa evidenciou que o sistema pouco tem contribuído para uma assistência digna e de qualidade aos períodos gravídico-puerperal, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). As instituições onde os partos foram realizados ignoram os direitos reprodutivos, enquanto direitos humanos, e deslegitimam a sexualidade e a reprodução de mulheres que são consideradas pobres, negras e mães solteiras. De maneira geral, esta dissertação anuncia e faz a denúncia de um sistema público de saúde e de um grupo de profissionais que nele atuam na prática de violência obstétrica na assistência à saúde da mulher no período gravídico-puerperal, como também, destaca a desorganização do sistema de saúde na assistência materno-infantil, contrariando as propostas de humanização, as recomendações do programa Rede Cegonha e da Organização Mundial de Saúde, violando os
direitos reprodutivos enquanto direitos humanos fundamentais. E os atendimentos são baseados em relação de poder desiguais entre os gêneros, e também no âmbito socioeconômico, étnico e racial.
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Violência sexual contra a mulher: estudo no Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (NUMOL) do município de Campina Grande/PB / Sexual violence against women: a story at the nucleus of Legal Medicine and Dentistry (NUMOL) in Campina Grande/PBSouto, Rafaella Queiroga 07 October 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-10-07 / Objective: To characterize the sexual violence carried out against women treated at the Center for Legal Medicine and Dentistry - NUMOL in Campina Grande/PB. Methodology: This was a cross-sectional descriptive and analytical study that used secondary data. It analyzed reports of carnal intercourse (suspected cases of rape N =886) that were registered at NUMOL between January 2005 and December 2009. The 295 confirmed cases of rape were allocated according to the age of the victim. The instrument of data collection was a specific form, drawn up from information in the report of carnal knowledge. The dependent variable was the rape (yes or no) and the others were considered independent. The database and statistical analysis were carried out using SPSS (Statistical Package for Social Sciences). The data were presented using descriptive statistics (mean, range, standard deviation, and frequencies). The study used the Chi-square or Fisher's exact test, PR - prevalence ratio and ANOVA. The significance used was 0.05 with a 95% confidence level. Results: The frequence of rape was 33.29%. There was association between the confirmation of the rape and marital status (p = 0.009), relationship with the perpetrator (p = 0.01) and violence during rape (p = 0.000). The victims were mostly adolescents (87.50%), unmarried (87.10%) with incomplete primary education (34.90%), residing in urban areas (50.20 %), born in other municipalities (54.90%) and students (70.50%). The perpetrators varied from adolescents to adults with a mean age of 27.46 years, the majority were acquaintances of the victims (84.06%), but had no blood ties (other acquaintances) (52.82%). There was a predominance of a single perpetrator (82%). Most assaults occurred in public places (13.40%) in the morning (6.10%), with estimated lapse time of more than 20 days between the violence and the report (67.50%). Some form of violence was employed during practice (38%). Presumed violence (34.82%) and physical force (23.23%) were the most prevalent types of violence. The most frequent type of presumed violence was inocencia consilli (60.70%). No lesions were found elsewhere on the body in the majority of cases (94.60%). Conclusions: The frequence of rape is high, and the victims are mostly young, single and with low schooling. The perpetrators are acquaintances of the victims. / Objetivo: caracterizar a violência sexual praticada contra a mulher atendida no Núcleo de Medicina e Odontologia Legal - NUMOL do município de Campina Grande/PB. Metodologia: Tratou-se de um estudo transversal descritivo e analítico com dados secundários. Foram analisados 886 laudos de conjunção carnal (casos suspeitos de estupro) atendidos no NUMOL entre janeiro de 2005 e dezembro de 2009, sendo 295 casos confirmados de estupro que foram alocados segundo a faixa etária. O instrumento de coleta de dados foi formulado de acordo com as informações existentes no laudo de conjunção carnal. Os pesquisadores foram treinados e foi realizado um estudo piloto com laudos de 2004 que foram descartados. Os aspectos éticos da pesquisa com seres humanos foram respeitados: o projeto foi cadastrado no SISNEP, aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da UEPB e foi autorizado pela direção da instituição. Resultados: A frequencia da conjunção carnal foi alta (33,29%). Foi observada associação entre a confirmação do estupro e o estado civil, cidade que a vítima reside, escolaridade, relacionamento com o agressor, grau deste relacionamento, idade do agressor, data provável desta agressão, virgindade anterior e violência durante a prática. Em relação aos casos confirmados de estupro, as vítimas são em sua maioria: adolescentes, solteiras, com ensino fundamental incompleto, residentes na zona urbana, naturais de outros municípios e estudantes. Os agressores variam entre adolescentes e adultos, sendo a maioria conhecidos das vítimas, mas que não possuem laços consanguíneos (outros conhecidos) e a maioria agiu sozinho. A maioria das agressões ocorreu em locais públicos, pela manhã, com data provável da violência maior que 20 dias do dia da realização do laudo, foi empregada alguma forma de violência durante a prática, sendo a violência presumida e a força física as mais prevalentes e entre a violência presumida foi a inocência consilli a que apresentou maior frequência. Não foram encontradas lesões em outras regiões do corpo na maioria dos casos. Conclusões: A frequencia do estupro foi alta e as vítimas são principalmente jovens, solteiras e com baixa escolaridade. Os agressores são em maioria conhecidos das vítimas.
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AS AÇÕES EDUCATIVAS NA CASA-ABRIGO PARA MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA EM SÃO LUÍS-MA / ACTIONS EN EDUCATION-ABRI MAISON POUR LES FEMMES EN SITUATION DE LA VIOLENCE DANS SAN LUIS-MAAlbuquerque, Zeila Sousa de 14 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-01-14 / FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA E AO DESENVOLVIMENTO CIENTIFICO E TECNOLÓGICO DO MARANHÃO / Dans cette étude, on fait une analyse des pratiques pédagogiques développées par les professionnelles qui s‟occupent de la maison-abri‟ des femmes en situation de violence avec leurs enfants à São Luís-MA. On a recherché les registres d‟investigation sur la violence et violence contre la femme. Parmis eux on a détaché quelques études réalisées par Arendt (1993), Bourdieu (2003), Chauí (1985), Rocha (2007) et Saffioti (2004). À propos des éléments composants des actions éducatives : Freire (2005), Gohn (1999), Libâneo (2005), d‟entre autres. Les objectifs de cette étude : faire une investigation touchant les actions éducatives développées par l‟équipe multidisciplinaire, qui agit dans l‟abri ; analyser les informations et stratégies d‟envisagement sur les situations et besoins de l‟attention des femmes et enfants en situation de violence ; vérifier dans les actions éducatives l‟existence de formes de déconstruction des relations violentes et de réinsertion de la femme et ses enfants dans la vie en société, libres, le minimum possible, des séquelles des violences subies. Pour approfondir ces questions, on a considéré théoriquement les catégories suivantes : genre, violence de genre, violence contre la femme, mouvement féministe, politiques publiques et maisons-abris‟. Et aussi éducation formelle, éducation informelle et éducation non-formelle. Pour obtenir les informations relatives à la maison, on a utilisé les fondements de la recherche qualitative, une fois qu‟on a cherché à apprendre, de façon plus large, comment ils pensent et agissent les fonctionnaires de la maison-abri pour les femmes en situation de violence. Les informations obtenues dans la réalité pour la confrontation avec la référence théorique ont été cueillies à travers les interviews semi-structurées. L‟échantillon a été constitué par les fonctionnaires de la maison qui font le travail multidisciplinaire. Les femmes n‟ont pas été écoutées, vu le petit temps passé dans l‟institution, moins de quatre-vingt-dix jours, d´après le terme de référence des maisons-abris. De cette façon, dans les circonstances des rapports obtenus dans les interviews, cette étude conclut qu'il existe un besoin pour une évaluation de la Maison, à nous faire avancer sur la conception méthodologique. En ce sens il est vrai de dire que l'éducation dans une perspective de genre doit être planifié et coordonné avec toute l'équipe multidisciplinaire. / No presente estudo, fazemos uma análise das práticas pedagógicas desenvolvidas pelas profissionais que atuam na Casa-abrigo de mulheres em situação de violência com seus filhos e filhas na cidade de São Luís MA. Na pesquisa, buscamos registros de investigação sobre violência e violência contra mulher, dentre os quais destacamos alguns estudos realizados por Arendt (1993), Bourdieu (2003), Chauí (1985), Rocha (2007) e Saffioti (2004). Sobre os elementos componentes das ações educativas, buscamos fundamentação teórica em Freire (2005), Gohn (1999), Libâneo (2005), entre outros. Os objetivos desse estudo apontam para: identificar as ações educativas desenvolvidas pela equipe multidisciplinar que atua no abrigo; analisar informações e estratégias de enfrentamento sobre as situações e necessidades de atenção das mulheres e filhos(as) em situação de violência; verificar, nas ações educativas, a existência de formas de desconstrução das relações violentas e de reinserção da mulher e de seus filhos na vida em sociedade, livres, o mínimo possível, das sequelas das violências sofridas. Para aprofundar essas questões, são contempladas, teoricamente, as seguintes categorias: gênero, violência de gênero, violência contra mulher, movimento feminista, políticas públicas, e casas-abrigo. Abordamos, igualmente, educação formal, educação informal e educação não formal. Utilizamos, para a obtenção de informações relativas ao tema junto ao espaço da Casa, fundamentos da pesquisa qualitativa, uma vez que buscamos apreender, de modo mais abrangente, como pensam e atuam as funcionárias da Casa-abrigo para mulheres em situação de violência. O cotejamento entre as informações obtidas junto à realidade e o referencial teórico ocorreu a partir da utilização de entrevistas semiestruturadas. A amostra foi constituída pelas funcionárias da Casa que fazem o atendimento multidisciplinar. Deixamos de ouvir as mulheres pela pouca permanência na instituição, inferior a noventa dias, conforme o termo de referência das casas-abrigos. Assim, nas circunstâncias dos relatos obtidos nas entrevistas, este estudo constata que há a necessidade de uma avaliação da Casa, para que avancemos na concepção metodológica. Nesse sentido, é válido dizer que as ações educativas na perspectiva de gênero devem ser planejadas e articuladas com toda a equipe multidisciplinar.
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