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Análise funcional de genes de Cryptococcus neoformans envolvidos no processo de interação patógeno-hospedeiroSilva, Lívia Kmetzsch Rosa e January 2010 (has links)
A expressão de determinantes de virulência por um patógeno é amplamente controlada pelo ambiente encontrado no hospedeiro. Neste contexto, a descrição de genes essenciais para o processo de interação patógeno-hospedeiro é fundamental para o melhor entendimento dos mecanismos de virulência utilizados durante a infecção. Cryptococcus neoformans é uma levedura encapsulada que causa meningite em pacientes imunocomprometidos. A pandemia de AIDS contribuiu significativamente para o aumento das pesquisas científicas relacionadas à biologia de C. neoformans. Estudos funcionais de três genes deste patógeno, VCX1, GAT1, e GRASP, envolvidos, respectivamente, no transporte de cálcio (Ca2+), no metabolismo de nitrogênio e no processo de secreção não convencional são apresentados e discutidos na presente Tese. A habilidade de desevolvimento a 37°C é um fator de virulência essencial de C. neoformans, o qual é controlado por uma via de sinalização regulada por Ca2+ e calcineurina. O gene VCX1 de C. neoformans codifica um transportador de cálcio vacuolar, requerido para o desenvolvimento intracelular em macrófagos e para a virulência em camundongos. O fator de transcrição Gat1 de C. neoformans regula a expressão de genes sensíveis ao processo de repressão catabólica por nitrogênio (NCR). Genes envolvidos na biossíntese de ergosterol, metabolismo de ferro, integridade da parede celular e síntese da cápsula também são regulados por Gat1. Entretanto, este fator de transcrição não é necessário para a sobrevivência durante a interação com macrófagos e para a virulência em modelo de infecção experimental. Uma estratégia de virulência essencial de C. neoformans é a secreção de glicuronoxilomanana (GXM), um polissacarídeo capsular com propriedades imuno-modulatórias. Nossos resultados demonstram que GRASP (golgi reassembly and stacking protein) está envolvida na secreção de GXM, formação da cápsula e virulência em C. neoformans. É importante ressaltar que o transportador de cálcio Vcx1 e o fator de transcrição Gat1 também participam do processo de secreção deste polissacarídeo, o que representa a sua complexidade em C. neoformans. / The expression of pathogen virulence determinants is highly controlled by the host milieu. In this context, the description of crucial genes for hostpathogen interaction is fundamental to better understand the virulence mechanisms utilized during infection. Cryptococcus neoformans is an encapsulated yeast, that causes a life-threatening meningoencephalitis in immunocompromised individuals. The AIDS pandemic has contributed significantly to the increase of scientific research concerning the C. neoformans biology. Functional analyses of three genes, VCX1, GAT1, and GRASP, related to calcium (Ca2+) transport, nitrogen metabolism and unconventional secretion in C. neoformans, respectively, are presented and discussed in this thesis. The ability to survive and proliferate at the human body temperature is an essential virulence attribute of this pathogen. This trait is controlled in part by the Ca2+- calcineurin pathway, which senses and utilizes cytosolic calcium for signaling. C. neoformans VCX1 gene encodes a vacuolar calcium exchanger, which is required for intracellular growth in macrophages and for full virulence in mice. The C. neoformans transcription factor Gat1 regulates the expression of Nitrogen Catabolite Repression (NCR) sensitive genes. Genes involved in ergosterol biosynthesis, iron uptake, cell wall organization and capsule biosynthesis are also Gat1-regulated in C. neoformans. However, Gat1 is not required for survival during macrophage infection and for virulence in a mice model of cryptococcosis. One essential virulence strategy of C. neoformans is the release of glucuronoxylomannan (GXM), a capsular immune-modulatory polysaccharide. Our results demonstrate that GRASP, a golgi reassembly and stacking protein, is involved in GXM secretion, capsule formation and virulence in C. neoformans. Interestingly, the vacuolar calcium exchanger Vcx1 and the transcription factor Gat1 are also involved in GXM secretion, which represents the complexity of this important process in C. neoformans.
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Isolados clínicos de Klebsiella pneumoniae produtores e não produtores de KPC: relação com a presença dos genes de virulência fimH, mrkD e irp2.MELO, Rita de Cássia Andrade 15 March 2013 (has links)
Submitted by Ramon Santana (ramon.souza@ufpe.br) on 2015-03-10T14:37:00Z
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Previous issue date: 2013-03-15 / Klebsiella pneumoniae é um patógeno oportunista frequentemente associado a infecções hospitalares do trato respiratório e do trato urinário de indivíduos imunocomprometidos e neonatos, e podem produzir diferentes tipos de fatores de virulência, como adesinas fimbriais (genes fimH e mrkD ) e sideróforos, como a yersiniabactina (gene irp2), importantes no desenvolvimento da infecção. O objetivo do presente estudo foi determinar a ocorrência dos genes de virulência fimH, mrkD e irp2 em isolados de K. pneumoniae produtores e não produtores de KPC, provenientes de pacientes de diferentes hospitais de Recife-PE, como também a relação clonal, através da ERIC-PCR, e o perfil de susceptibilidade a antimicrobianos desses isolados bacterianos. Para esse estudo foram selecionados 23 isolados produtores de KPC e 23 isolados não produtores de KPC, todos da espécie K. pneumoniae. Os genes de virulência foram detectados através da PCR e sequenciamento de DNA. Analisando o perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos dos isolados selecionados, observamos que a amicacina (n=39/ 84,78%) e a polimixina (n=41/ 89,13%), foram os antimicrobianos de melhor atividade para inibir a K. pneumoniae, tanto KPC-positivas quanto negativas, onde observamos que 5 isolados apresentaram resistência a polimixina, sendo 3 no grupo KPC-positivo e 2 no grupo KPC-negativo. Esse é o primeiro relato da resistência de K. pneumoniae à polimixina. No grupo KPC-positivo foi observada uma alta taxa de resistência à cefalosporinas, seguidas dos carbapenêmicos. Ficou evidenciado que o ertapenem é o melhor antimicrobiano para detectar resistência fenotípica ao grupo dos carbapenêmicos. A tipagem pela ERIC-PCR gerou 37 perfis genéticos, demonstrando que houve Uma disseminação multiclonal de isolados de K. pneumoniae em Recife-PE, Brasil. Dentre os 46 isolados analisados pela ERIC-PCR, cincoperfis agruparam mais de um isolado bacteriano com relação clonal. No presente estudo não foi possível detectar a relação direta entre a presença do gene blaKPC com cada gene de virulência individualmente, visto que os grupos estudados, KPC-positivo e KPC-negativo, apresentaram presenças semelhantes dos genes de virulência. Por outro lado, foi observado que os genes de virulência irp2, mrkD e fimH apresentaram-se juntos com uma maior frequência no grupo KPC-positivo. O acúmulo de genes de virulência em isolados de K. pneumoniae KPC positivos, observado nesse estudo, juntamente com a multirresistência, impõe relevantes limitações terapêuticas no tratamento de infecções causadas por K. pneumoniae em Recife-PE, Brasil.
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Avaliação da patogenicidade e do mecanismo de resistência à meticilina em amostras de Staphylococcus sppOLIVEIRA, Wagner Luis Mendes de 26 February 2013 (has links)
Submitted by Daniella Sodre (daniella.sodre@ufpe.br) on 2015-04-17T15:34:56Z
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Previous issue date: 2013-02-26 / FACEPE; CNPq / Os estafilococos fazem parte da microflora da pele e mucosa humana e podem se
comportam como patógenos oportunistas. Staphylococcus aureus é a espécie
responsável por grande número de infecções principalmente em ambiente hospitalar
devido à diversidade de fatores de virulência que abriga. Staphylococcus Coagulase
Negativo (SCN) vem se destacando como patógeno principalmente associado a
colonização de biomateriais utilizados em procedimentos médicos. Como agravante
essas bactérias têm capacidade de adquirir mecanismos de resistência aos
antimicrobianos. Neste trabalho analisamos mecanismos de patogenicidade (produção
de biofilme e presença de genes toxigênicos) e resistência à meticilina (classificação do
cassete SCCmec e produção de PBP2a) em Staphylococcus spp. de infecções
nosocomiais de um hospital universitário da cidade de Recife, Pernambuco, Brasil. A
maioria das amostras de S. aureus e SCN revelaram-se icaAD positivas e produtoras de
biofilme no meio Agar Vermelho Congo-AVC. O loco hlgCB que codifica a γ-toxina
foi encontrado em 42/45 (93,9%) S. aureus e 24/49 (49%) SCN; lukSF que codifica a
leucocidina de Panton-Valentine-PVL, em 13/45 (28,9%) S. aureus e 06/49 (12%)
SCN; e tst que codifica a toxina da síndrome do choque tóxico-TSST-1, foi encontrada
em três das 45 amostras de S. aureus e uma das 49 amostras de SCN analisadas.
Sessenta e oito dos 84 isolados analisados foram classificados nos seguintes tipos de
SCCmec: SCCmec tipo II (17%), SCCmec tipo III (26%), SCCmec tipo IV (34,5%) e
SCCmec tipo V (3,5%); em 19% dos isolados o tipo do SCCmec não foi determinado e
nomeados como SCCmec Não Definido (ND). 61% da população estudada revelou-se
resistente à oxacilina e 39% sensível nos testes de Concentração Inibitória Mínima
(CIM) e MHA suplementado com oxacilina e a presença da PBP2a foi detectada por
Western blot com antissoro anti-PBP2a em 76% dos isolados. Em conclusão foram
encontrados os genes da γ-toxina e da leucocidina de Panton-Valentine e do gene do
choque tóxico em SCN. A presença de genes toxigênicos e genes associados
epidemiologicamente com cepas da comunidade, em cepas nosocomiais de SCN, sugere
transferência horizontal de genes e representa um importante incremento do potencial
patogênico dos SCN no ambiente hospitalar. Foi demonstrado que a presença dos genes
icaAD não está diretamente associada a formação de biofilme em testes fenotípicos
(AVC e PCT), embora o meio AVC seja mais eficaz nessa determinação que o teste em
PCT, principalmente se otimizado pela substituição de componentes na sua formulação
(meios básicos e fonte de açúcar) e no inóculo (suplementação com glicose e NaCl). A
diversidade de elementos SCCmec e a ocorrência de linhagens clonais associadas
epidemiologicamente com a comunidade em ambiente hospitalar sugere que isolados de
SCN podem atuar como reservatórios de elementos SCCmec contribuindo para
emergência de novos clones meticilina resistentes e corrobora com a dissolução da
classificação de cepas comunitárias e nosocomiais.
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Caracterização molecular de isolados clínicos e ambientais de Aeromonas spp. obtidos no Estado de PernambucoSILVA, Lívia Christina Alves da 04 March 2015 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2015-05-28T14:19:03Z
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Previous issue date: 2015-03-04 / Aeromonas são habitantes nativos de ambientes aquáticos e,
recentemente, têm sido considerados patógenos humanos emergentes. As
gastroenterites são as infecções mais comumente relacionadas a esse gênero.
Nesse estudo, 119 isolados clínicos e ambientais de Aeromonas, obtidos durante
um surto de diarreia ocorrido em São Bento do Una, Pernambuco, foram
avaliados quanto à prevalência das espécies, estrutura genética da população e
potencial de virulência. A análise das sequências dos genes 16S rRNA e gyrB
revelou a predominância de A. caviae (66,4%), seguida por A. veronii (14,2%); A.
aquariorum (9,2%); A. hydrophila e A. trota (3,4%) e A. jandaei (1,7%). Dois
isolados não foram identificados entre as espécies conhecidas de Aeromonas,
sugerindo pertencerem a novas espécies. A rede filogenética construída com
base no gene 16S rRNA revelou uma estrutura populacional epidêmica,
envolvendo quase todos os isolados de A. caviae, sendo possível identificar um
genótipo fundador e seus descendentes. Os genes de virulência alt, ast e hlyA
foram detectados entre os isolados com frequências de 81,5%; 13,4% e 11,8%,
respectivamente. Este estudo revelou que a análise filogenética de sequências
concatenadas dos genes 16S rRNA e gyrB é um eficiente marcador taxonômico
para o gênero Aeromonas. Foi detectado elevado potencial de virulência entre as
espécies de Aeromonas identificadas, principalmente entre A. hydrophila, A.
aquariorum e A. caviae. As características marcantes observadas sugerem que a
espécie A. caviae teve importante participação nos casos de diarreia relatados em
São Bento do Una, Pernambuco.
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Análise da resistência antimicrobiana e de genes de virulência de Enterococcus spp.Gama, Bianca Almeida January 2008 (has links)
As bactérias do gênero Enterococcus spp. estão amplamente distribuídas na natureza, atuando como patógenos oportunistas e freqüentemente causam infecções em pacientes imunocomprometidos. Uma característica destes microrganismos é a resistência intrínseca a muitos dos antimicrobianos utilizados habitualmente no tratamento de infecções por cocos Gram positivos. Por outro lado, os Enterococos têm adquirido diferentes determinantes genéticos que conferem resistência a vários antimicrobianos. Este trabalho tem como objetivo determinar a freqüência da resistência a níveis elevados de aminoglicosídeos (gentamicina), tetraciclina, bem como avaliar a diversidade genética das amostras, pesquisando os genes envolvidos na resistência, além de detectar o fator de virulência gelatinase em isolados clínicos e alimentares de Enterococcus spp. Os testes de suscetibilidade antimicrobiana dos 52 isolados de alimentos revelaram que 7,7% (n=4) apresentaram resistência somente à tetraciclina, 5,8% (n=3) foram resistentes somente a gentamicina e 28,9% (n=15) apresentaram resistência a ambos antimicrobianos. Nos 40 isolados clínicos, 42,5% (n=17) foram resistentes a tetraciclina, 20% (n=8) resistentes a gentamicina e 17,5% (n=7) foram resistentes a ambos antimicrobianos. A pesquisa de genes de resistência em isolados alimentares revelou que 90% (n=17) dos microrganismos resistentes a tetraciclina apresentaram o gen tet(M), e 100% das amostras resistentes a gentamicina apresentaram o gene aac(6’)-le-aph(2”)-Ia. Entretanto, 30% dos microrganismos sensíveis apresentaram algum dos genes de resistência. Nos isolados clínicos 95,8% (n=23) das amostras resistentes a tetraciclina apresentaram o gene tet(M) e 100% dos Enterococos resistentes a gentamicina apresentaram o gen aac(6’)-le-aph(2”)-Ia. No entanto, dos isolados que se mostraram sensíveis, 37,5% apresentaram algum dos genes de resistência analisados. Ainda, foi verificado que 78% (n=49) dos microrganismos isolados de alimentos hidrolisaram a gelatina, e somente 50% (n=20) dos isolados clínicos apresentaram a mesma atividade. / Bacteria of the Enterococcus spp. genus are widely distributed in the natural environment, Enterococci are opportunistic pathogens, and often are the causal agents of infections in immunosuppressed patients. One of the remarkable characteristics of these microorganisms is the intrinsic resistance they offer against several of the antimicrobial agents routinely prescribed in the treatment of Gram-positive cocci. On the other hand, enterococci have been proved to acquire different genetic markers that lend resistance to a variety of other antimicrobial ,searching the involved genes in the resistance, besides detecting the virulence factor gelatinase in isolated of Enterococcus spp. from foods and humans samples. This study aimed to determine the frequency of antimicrobial resistance against high concentrations of aminoglycosides (gentamicin), tetracycline, as well as assess the genetic diversity of microbial strains isolated from foods and humans. Antibiotic susceptibility tests of Enterococcus spp. isolated from food showed that of the 52 isolates, 7,7% (n=4) were tetracycline resistant, 5,8% (n=3) were resistant only the gentamicin and 28,9% (n=15) was resistant to both antibiotics. Already in 40 clinical samples 42,5% (n=17) of the samples were tetracycline resistant, 20% (n=8) were gentamicin resistant and 17,5% (n=7) were resistant to both antimicrobials. The research of genes of resistance in isolates from food disclosed that in 90% (n=17) of tetraciclyn resistant Enterococcus had the tet(M) gen, and 100% gentamicin resistant samples had aac(6')-le-aph(2")-Ia gene and 30% of the sensible microorganism had presented some of the resistance genes. Already in clinical isolates 95,8% (n=23) tetraciclyn resistant samples contained the tet(M) gene and 100% of the gentamicin resistant enterococcus had presented gen aac(6')-le-aph(2")-Ia; however 37,5% enterococcus sensible had presented some of the genes of resistance in research. In this work, also it was verified that 78% (n=49) of the foods isolates produced gelatinase, and 50% (n=20) of the clinical isolates demonstrated the capacity of degradation of the gelatin substrate.
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Estudo da aderência localizada de uma amostra de Escherichia coli enteropatogênica atípica / Studies on the localized adherence of atypical enteropathogenic Escherichia coli strainHernandes, Rodrigo Tavanelli [UNIFESP] January 2006 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2006 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Escherichia coli enteropatogênica (EPEC) compreende uma das seis categorias
diarreiogênicas da espécie. Atualmente, ela é dividida em duas subcategorias, EPEC
típica (tEPEC) e EPEC atípica (aEPEC), tendo por base a presença do plasmídio EAF
(EPEC adherence factor), que só ocorre entre as tEPEC.
As EPEC promovem, no epitélio intestinal, a lesão attaching and effacing (A/E),
cujos determinantes genéticos estão localizados em uma ilha de patogenicidade
denominada região LEE (locus of enterocyte effacement). Um dos genes presentes nessa
região, o gene eae, codifica uma proteína de membrana externa (intimina) responsável
pela aderência íntima às células intestinais, observada na lesão A/E.
Uma característica fenotípica marcante das tEPEC é a produção do padrão de
adesão localizada (AL), no qual são observadas microcolônias bacterianas compactas
sobre células HeLa e HEp-2, após 3 horas de contato. O padrão AL está associado com
a expressão da fímbria denominada bundle-forming pilus (BFP), que é codificada pelo
plasmídio EAF e promove agregação bactéria-bactéria, dentro das microcolônias, bem
como a interação inicial, que precede a aderência íntima mediada por intimina. Por
outro lado, a maioria das aEPEC promove a formação de microcolônias mais frouxas,
após ensaios mais prolongados (ensaios de 6 horas), o que caracteriza a chamada adesão
semelhante à AL (AL-like).
Durante um estudo anterior, sobre o potencial de virulência de 59 amostras de
aEPEC, foi observado que 9 delas produziam AL típica (em 6 horas), mesmo na
ausência de BFP. Após um amplo estudo das suas características fenotipicas e
genotipicas, uma amostra (1551-2) foi selecionada para a identificação da estrutura
responsável pela formação de microcolônias compactas. Ensaios de microscopia
eletrônica revelaram que o padrão AL da amostra 1551-2 refletia bactérias
internalizadas e que um mutante não-polar em eae (1551-2:eae-
), perdia essa
propriedade, embora continuasse aderindo de forma difusa (AD). O seqüenciamento da
região variável do gene eae revelou que a intimina da amostra 1551-2 pertence ao
subtipo omicron (ο).
Para caracterizar a adesina responsável pela AD no mutante 1551-2:eae-
, foram
obtidos mutantes não aderentes utilizando-se o transposon Mini-Tn10. Um desses
mutantes foi empregado para a absorção de um soro produzido com a amostra 1551-
2:eae-
Esse soro foi capaz de inibir a adesão da amostra 1551-2:eae-
a células HeLa e,
em ensaios de immunoblot, revelou uma banda de aproximadamente 25 kDa.
Podemos concluir que o padrão AL da amostra 1551-2 reflete um processo de
internalização provavelmente mediado por intimina, e que novos fatores de virulência,
possivelmente uma proteína de ~25 kDa, poderiam desempenhar importante papel na
interação de amostras de aEPEC in vitro. / Enteropathogenic Escherichia coli (EPEC) comprise one of the 6 diarrheagenic
categories of the species. Presently, it is sub-grouped into two sub-categories, typical
EPEC (tEPEC) and atypical EPEC (aEPEC), based on the presence of the EAF (EPEC
adherence factor) plasmid, which occurs only in tEPEC.
EPEC promote, in the intestinal epithelium, an attaching and effacing lesion
(A/E) whose genetic determinants are located in a pathogenicity island named LEE
(locus of enterocyte effacement). One of the LEE genes, the eae gene, encodes an outer
membrane protein (intimin), which is responsible for the intimate adherence to the
intestinal cells, observed in the A/E lesions.
A marked phenotypic characteristic of tEPEC is the production of the localized
pattern of adherence (LA), where compact bacterial microcolonies are detected on HeLa
and HEp-2 cells, after 3 hours of contact. The LA pattern is associated with the
expression of the bundle-forming pilus (BFP), which is encoded on the EAF plasmid
and promotes bacterium-bacterium aggregation within the microcolonies as well as the
initial interaction that precedes the intimate adherence by intimin. On the other hand,
most aEPEC form microcolonies looser than those seen in LA, after more prolonged
assays (6 h assays), a phenotype that characterizes the so called LA-like pattern of
adherence.
During a previous study on the virulence potential of 59 strains of aEPEC, it was
observed that 9 of them produced typical LA, even in the absence of BFP. After an
ample analysis of their phenotypic and genotypic characteristics, one strain (1551-2)
was selected for the identification of the structure responsible for compact microcolony
formation in this strain. Electron microscopy assays have revealed that the LA pattern of
strain 1551-2 reflected, in fact, internalized bacteria, and that a non-polar mutant in eae
(1551-2:eae-
), had lost this property but maintained a strong diffuse adherence.
Sequencing experiments of the variable region of the 1551-2 intimin molecule revealed
that it corresponds to intimin subtype omicron (ο).
To further characterize the adhesin responsible for the diffuse adherence
phenotype in strain 1551-2:eae-
, non-adherent mutants were obtained by transposon
mutagenesis with Mini-Tn10. One of these non-adherent mutants was then used to
absorb an antiserum produced against strain 1551-2:eae-
. This absorbed antiserum
inhibited the diffuse adherence of strain 1551-2:eae-
to HeLa cells and, in immunoblot
experiments, it has revealed a protein band of approximately 25kDa.
From the data presented in this study, it is possible to conclude that the LA
phenotype of aEPEC strain 1551-2 comprises, rather, an internalization process
probably mediated by intimin, and that novel virulence factors, possibly a ~25 kDa
protein, could play an important role in the interaction of aEPEC strains in vitro. / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais da criptococose no estado do Ceará entre os anos de 1985 e 2010, bem como efeitos de antirretrovirais inibidores de protease sobre virulência e crescimento de cryptococcus neoformans in vitroPerdigão Neto, Lauro Vieira January 2011 (has links)
PERDIGÃO NETO, Lauro Vieira. Aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais da criptococose no Estado do Ceará entre os anos de 1985 e 2010, bem como efeitos de antirretrovirais inibidores de protease sobre virulência e crescimento de Cryptococcus neoformans in vitro. 2011. 124 f. Dissertação (Mestrado em Microbiologia Médica) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2011. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-06-26T15:13:50Z
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Previous issue date: 2011 / A criptococose é a infecção causada a partir da inalação de leveduras do gênero Cryptococcus. A doença costuma acometer mais freqüentemente pacientes com alguma imunodepressão e evoluir de forma subaguda ou crônica. Tem predileção por sistema nervoso central, manifestando-se como meningite, mas também pode apresentar-se como doença pulmonar ou de forma disseminada, com envolvimento de outros órgãos. A atividade proteolítica em leveduras do gênero Cryptococcus tem sido associada a sua patogenicidade. A atividade da enzima fosfolipase também se faz importante para este gênero, uma vez que está relacionada à nutrição e à capacidade invasiva do microrganismo. Outro mecanismo de virulência de maior relevância para a patogenicidade de Cryptococcus spp. é a cápsula polissacarídica presente em sua superfície, responsável principal pelo escape aos mecanismos de defesa do hospedeiro. Esta pesquisa teve como objetivo traçar um perfil clínico, epidemiológico e laboratorial dos pacientes com criptococose entre os anos de 1985 e 2010, bem como investigar os efeitos dos inibidores de protease Saquinavir, Darunavir, Ritonavir e Indinavir sobre o crescimento, espessura da cápsula, atividade de protease e expressão de fosfolipase em cepas de Cryptococcus neoformans isoladas de humanos. A comparação entre grupo soropositivo para o HIV com grupo soronegativo mostrou que o primeiro apresenta maiores médias de idade e maior freqüência de sexo masculino acometido; por outro lado, o grupo soropositivo demonstra menores proteinorraquia e celularidade no líquor, bem como menores valores de leucometria e plaquetometria em sangue periférico. Após a realização do teste de sensibilidade por microdiluição em caldo, os fungos foram expostos a três concentrações distintas dos fármacos e avaliados com relação à expressão das duas enzimas e espessura da cápsula. Os resultados mostraram inibição significativa (p<0,05) da atividade de protease pelo menos na maior concentração testada para todas as drogas, bem como estreitamento da cápsula em algumas combinações de drogas e cepas. Por outro lado, quanto à atividade de fosfolipase, observou-se um aumento na expressão dessa enzima, especialmente nas concentrações mais elevadas das quatro drogas. Conclui-se, portanto, que apesar de estes antirretrovirais não inibirem o crescimento de Cryptococcus neoformans, são capazes de alterar mecanismos de virulência destas leveduras.
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Caracterização de linhagens pertencentes ao grupo Bacillus cereus lato sensu isoladas no Brasilfilogenia e avaliação do potencial toxigênico e de virulênciaChaves, Jeane Quintanilha January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Neste estudo, foram analisadas 167 cepas [82 B. thuringiensis (Bt), 70 B. cereus (Bc) e 15 B. mycoides], isoladas no Brasil e provenientes de diversas origens. Foram avaliados alguns aspectos fenotípicos, tais como, a capacidade de motilidade, atividade hemolítica, produção de lecitinase e hidrólise do amido, bem como, genótipos relacionados ao potencial toxigênico e de virulência. A maioria das estirpes produziu enzimas extracelulares, tais como, amilase e lecitinases, o que ressalta o potencial deteriorante dessas espécies. A motilidade e a atividade hemolítica apresentaram proporções semelhantes nas cepas analisadas. A maioria das estirpes (155,93%) foi \03B2-hemolítica. A expressão dos genes toxigênicos e de virulência foram investigados através da PCR. De acordo com a ocorrência dos genes das enterotoxinas e da toxina emética, as cepas selecionadas foram divididas em 7 perfis toxigênicos. O perfil predominante, o perfil I, incluiu 119 cepas (71%) que foram positivas para todos os genes das enterotoxinas. As enterotoxinas HBL e NHE foram detectadas em 143 (86%) e 164 (98%) das cepas, respectivamente. Todas as cepas possuem genótipo positivo para entFM. O gene da cytK-2 estava presente em 134 cepas (80%). Todas as cepas foram negativas para os genes cytK-1 e ces. Na distribuição dos fatores de virulência, o perfil predominante, o perfil I, (20%, 34/167) incluiu cepas positivas para todos os determinantes hemolíticos, sendo divididos em 24 perfis. Entre os genes de virulência a hlyIII foi o mais prevalente (130/78%). O gene piplc foi encontrado em 112 cepas (67%) e o gene pcplc em 118 cepas (71%). Já o gene sph foi detectado em 76 estirpes (45%)
O gene menos comum, a hlyII foi detectada em 69 das estirpes (41%). Para ambos os perfis, a espécie Bt apresentou alta prevalência desses genótipos. Somente o genótipo mesofílico (gene cspF) foi detectado nas cepas selecionadas. Além das 28 cepas que amplificaram todos os fatores de virulência (20 Bt e 8 Bc), 12 cepas (3 Bt e 9 Bc) foram selecionadas randomicamente entre as 167 estirpes, as quais foram submetidas a caracterização genotípica por rep-PCR e MLST. Através da análise do rep-PCR, observa-se que a distribuição das sequências rep-PCR em Bt, tende a ser menos variáveis, havendo uma propensão para o agrupamento dos perfis eletroforéticos específicos de cepas de Bt, não sendo a mesma orientação apresentada pelas cepas de Bc, que demonstraram perfis altamente polimórficos. O MLST permitiu caracterizar e observar as relações filogenéticas entre as estirpes selecionadas agrupando-as em 20 Sts, com 17 dos Sts apresentando perfis alélicos novos (ST156 a ST170). A análise por MLST demonstrou que as cepas de distintas fontes compartilham origens clonais comuns surgindo de diferentes grupos filogenéticos. A expressiva distribuição dos determinantes de virulência observada entre as cepas estudadas atesta o dinamismo e o alto potencial toxigênico e deteriorante, fatos que provavelmente contribuem para entender a epidemiologia e a biodiversidade das espécies que compõem o B. cereus l.s. / In this study, 167 isolates [82 B. thuringiensis (Bt), 70 B. cereus (Bc) and 15 B. mycoides], isolated in Brazil from diverse sources were analyzed. Some phenotypic aspects such as motility, hemolytic activity, lecithinase production and hydrolysis of starch, as well as toxigenic and virulence genotypes were evaluated. Most isolates produced extracellular enzymes, such as amylase and lecithinases, which emphasizes the spoilage potential of these species. Motility and hemolytic activity were found in similar proportions among the isolates analyzed. The majority of the isolates (155, 93%) were -hemolytic. Detection of toxigenic and virulence factors were investigated by PCR. According to the occurrence of genes encoding enterotoxins and the emetic toxin, the isolates were divided into 7 toxigenic patterns. The predominant toxigenic pattern was type I (119, 71%) which included isolates positive for all toxin genes but ces. The nonhemolytic enterotoxin (NHE) was found in 164 isolates (98%) positive for the three genes (nheA, nheB, nheC). All isolates were positive for entFM. Enterotoxic HBL complex (hblA, hblC and hblD) was found in 143 (86%) isolates. The cytK-2 gene was present in 134 (80%) isolates. All isolates were negative for cytK-1 gene. For the additional virulence factors analyzed, 24 patterns were observed and the predominant pattern was type I (20%, 34/167) which included isolates positive for all hemolytic genes. Among the additional virulence genes studied hlyIII was the most prevalent and was found in 130 (78%) isolates. piplc was found in 112 (67%) isolates and pcplc in 118 (71%) isolates. sph was detected in 76 (45%) isolates. Far less common, hlyII was detected in 69 (41%) of the isolates. For both, toxigenic and virulence patterns, Bt lineages showed high prevalence of genotypes including the highest numbers of genes. Only the mesophilic genotype (gene cspF) was detected in the isolates. The isolates that amplified all virulence determinants (20 Bt and 8 Bc) and 12 isolates (3 Bt and 9 Bc) randomly selected were genotyped by rep-PCR and MLST. By rep-PCR analysis, it was observed that the distribution of rep-PCR sequences in Bt, tend to be less variable, there is a tendency for clustering of specific electrophoretic profiles of Bt isolates, which was far less common for Bc isolates and demonstrated highly polymorphic profiles. MLST allowed observing the phylogenetic relationships among the 40 isolates selected, grouping them into 20 STs, with 17 of STs assigned new allelic pattern (ST156 to ST170). The MLST analysis demonstrated that the isolates from distinct sources share common clonal origin located in different phylogenetic groups. The significant distribution of virulence determinants observed among isolates studied attests to the dynamism and the high toxigenic and spoilage potential among the isolates, facts that probably contribute to understand the epidemiology and the biodiversity of species that comprise the B. cereus l.s.
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Estudo de marcadores de virulência do Helicobacter pylori e sua associação com gastrite, úlcera péptica e câncer gástrico no nordeste do Brasil / Study of virulence markers vacA i, babA2, oipA, iceA1 and iceA2 of Helicobacter pylori and its association with gastritis, peptic ulcer and gastric cancer in Northeastern BrazilSilva, Cicero Igor Simoes Moura January 2013 (has links)
SILVA, Cícero Igor Simões Moura. Estudo de marcadores de virulência do Helicobacter pylori e sua associação com gastrite, úlcera péptica e câncer gástrico no nordeste do Brasil. 2013. 90 f. Tese (Doutorado em Cirurgia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2013. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2015-02-13T13:13:48Z
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Previous issue date: 2013 / The main gastric diseases are associated with H. pylori infection, a bacterium that demonstrates a high level of genotypic diversity , the expression of various genes that confer greater virulence strains. The objective was to evaluate genetic markers of virulence of H. pylori strains of in patients with gastritis, ulcers and gastric cancer. Genotyping of the strains was performed by PCR. We evaluated 183 patients, attended at Walter Cantídio University Hospital, 88 men , 95 women , ranging in age from 18-88 + 52.8 years , diagnosed positive for infection by H. pylori, 48 with gastric cancer, 71 with peptic ulcer and 64 with gastritis. The prevalence of genotypes was: 75/183 (40.9 %) vacA i1, 29/183 (15.8 %) vacA i2, 146/183 (79.8 %) babA2, 81/183 (44.3 %) oipA, 107/183 (58.5%) iceA1 and 56/183 (30.6%) iceA2. In the group of patients with gastric cancer was observed that the most frequent genotype was babA2 35/48 (72.9 %), followed by the gene iceA1; 31/48 (64.6 % ) and oipA 18/48 (37 , 5%). In the group of patients with peptic ulcer the most frequent genotype was babA2 63/71 (88.7 %), followed by the gene iceA1; 40/71 (56.3 %) and oipA 31/71 (43.7 %). In the group of patients with gastritis the most frequent genotype was babA2 48/64 (75.0%), followed by the gene iceA1 vacA i1 and 36/64 (56.2%) and oipA 32/64 (50.0 %). The i2 vacA allele was associated with gastric cancer. In peptic ulcer the prevalence of all genotypes and was associated with babA2. Gastritis was associated with vacA i1 allele. There were no association between the diseases and the other genotypes. The genetic strains of H. pylori and its association with gastric disorder is important to clearly establish their pathogenic role for the various clinical outcomes related to this infection / As principais afecções gástricas são associadas á infecção crônica pelo H. pylori, uma bactéria que demonstra um alto nível de diversidade genotípica, pela expressão de vários genes, que conferem maior virulência às cepas bacterianas. O objetivo foi avaliar marcadores genéticos de virulência das cepas de H. pylori em pacientes portadores de gastrite, úlcera e câncer gástrico. A genotipagem das cepas foi realizada por meio da técnica de PCR. Foram avaliados 183 pacientes, atendidos no Hospital Universitário Walter Cantídio, sendo 88 homens, 95 mulheres, com idade variando de 18-88 + 52,8 anos, com diagnóstico positivo para a infecção por H. pylori, sendo 48 com câncer gástrico, 71 com úlcera péptica e 64 com gastrite. A prevalência dos genótipos estudados foi: 75/183 (40,9%) vacA i1, 29/183 (15,8%) vacA i2, 146/183 (79,8%) babA2, 81/183 (44,3%) oipA, 107/183 (58,5%) iceA1 e 56/183 (30,6%) iceA2. No grupo dos pacientes com câncer gástrico observou-se que o genótipo mais frequente foi o babA2 35/48 (72,9%), seguido do gene iceA1; 31/48 (64,6%) e oipA 18/48 (37,5%). No grupo dos pacientes com úlcera péptica o genótipo mais frequente foi o babA2 63/71 (88,7%), seguido do gene iceA1; 40/71 (56,3%) e oipA 31/71 (43,7%). No grupo dos pacientes com Gastrite o genótipo mais frequente foi o babA2 48/64 (75,0%), seguido do gene iceA1 e vacA i1 36/64 (56,2%) e oipA 32/64 (50,0%). O alelo vacA i2 foi associado com câncer gástrico. Na úlcera péptica houve grande prevalência de todos os genótipos e houve associação com babA2. A gastrite mostrou-se associada com o alelo vacA i1. Não houve associação entre as afecções e os demais genótipos estudados. O estudo genético das cepas de H. pylori e sua associação com as afecções gástricas é importante para se estabelecer com clareza o seu papel patogênico para os diversos desfechos clínicos relacionados à essa infecção.
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Detecção de porphyromonas gingivalis e dos genótipos fima II e IV em portadores de periodontite agressiva / Detection of Porphyromonas gingivalis and fima II and fima IV genotypes in patients with aggressive periodontitisNogueira, Márcia Viana Bessa January 2011 (has links)
NOGUEIRA, Márcia Viana Bessa. Detecção de porphyromonas gingivalis e dos genótipos fima II e IV em portadores de periodontite agressiva. 2011. 62 f. Dissertação (Mestrado em Odontologia) - Universidade Federal do Ceará. Programa de Pós-Graduação em Odontologia, Fortaleza, 2011. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2011-12-14T13:40:44Z
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Previous issue date: 2011 / Porphyromonas gingivalis is a pathogen strongly associated with the etiology of chronic and aggressive periodontitis. The purpose of this study was to evaluate by Real-Time polymerase chain reaction (Real Time-PCR) the presence of Porphyromonas gingivalis (Pg) and fimA genotypes type II and type IV in patients with generalized aggressive periodontitis (GAgP). Forty individuals with aggressive periodontitis (AgP) (29.7 ± 8.1 years) were clinical analyzed through plaque index (PI), gingival index (GI), probing depth (PD), clinical attachment level (CAL) and microbiologically, by Real Time-PCR for the presence of Pg and fimA genotypes type II and type IV. Subgingival biofilm samples were collected from the interproximal periodontal sites (> PD and > CAL). The PD and CAL average of this sites were respectively: 9,5 ± 2,2 mm e 10,2 ± 2,8 mm. P. gingivalis was observed in 26 (65%) of individuals. FimA genotypes type II was detected in 16 (61,53%) while fimA genotypes type IV in 7 (26,92%) of those with P. gingivalis. However, no differences were observed between the clinical parameters of patients who presented or not the organism or its genotypes. There was also no association between the presence of genotypes and age or gender of patients. The data suggest an association between P. gingivalis fimA genotypes upon the occurrence of this microorganism in patients with generalized aggressive periodontitis. / Porphyromonas gingivalis é um patógeno extremamente associado com a etiologia da periodontite crônica e agressiva. O objetivo deste estudo foi avaliar através de reação em cadeia da polimerase em tempo real (Real Time-PCR) a presença de Porphyromonas gingivalis (Pg) e dos genótipos fimA II e IV em indivíduos com periodontite agressiva generalizada (PAG). Quarenta indivíduos com PAG (29,7 ± 8,1 anos) foram analisados clinicamente - Índice de Placa (IP), Índice Gengival (IG), profundidade de sondagem (PS), nível de inserção clínico (NIC) - e microbiologicamente, através de Real Time PCR, quanto à presença de Pg e dos genótipos fimA II e IV. Amostras de biofilme subgengival foram colhidas do sítio proximal com maior PS e maior NIC. Médias de PS e NIC desses sítios foram respectivamente: 9,5 ± 2,2 mm e 10,2 ± 2,8 mm. P. gingivalis foi observado em 26 (65%) dos indivíduos. O genótipo fimA II foi verificado em 16 (61,53%) enquanto o genótipo fimA IV em 7 (26,92%) dos que apresentaram P. gingivalis. Entretanto, não foi observada diferença estatística entre os parâmetros clínicos dos indivíduos que apresentaram ou não o microrganismo ou seus respectivos genótipos. Também não foi verificada associação entre a presença dos genótipos e idade ou gênero dos pacientes. Os dados sugerem uma associação entre genótipos fimA II de Porphyromonas gingivalis quando da ocorrência deste microrganismo em indivíduos com periodontite agressiva generalizada.
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