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Português popular de Salvador: uma análise da concordância nominal em predicativos do sujeito e em estruturas passivasAntonino, Vivian 22 March 2013 (has links)
190 f. / Submitted by Cynthia Nascimento (cyngabe@ufba.br) on 2013-03-22T15:25:57Z
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Vivian Antonino.pdf: 2027347 bytes, checksum: e59808654a403e92367a5481f803a7e6 (MD5) / CNPq / A língua portuguesa possui um sistema de regras de concordância considerado redundante, fato que facilita a ocorrência da flutuação da aplicação dessas regras. Nesta pesquisa, investiga-se a variação na concordância nominal, de número e de gênero, em estruturas de predicativos do sujeito e voz passiva. Sabe-se que, no Brasil, durante período da colonização, houve um massivo contato entre línguas que poderia “conduzir à formação de uma língua historicamente nova, denominada língua pidgin ou crioula, ou à simples formação de uma nova variedade histórica da língua que predomina na situação de contato” (LUCCHESI 2000, p. 99). Assim, defende-se a hipótese de que, ainda que não tivesse sofrido uma crioulização, o PB (Português do Brasil) foi bastante alterado devido a um processo de transmissão linguística irregular e, como de costume nessas situações, houve uma redução da morfologia flexional da língua alvo. Aqui, busca-se comprovar a hipótese de que o falante popular da variedade urbana do português do Brasil está em um ponto, no continuum de formas linguísticas, consideravelmente distante de onde se encontra um falante popular de uma variedade rural isolada. Para isso, faz-se uma análise, pautada na Teoria da Variação, da fala popular urbana de cinco bairros periféricos de Salvador. Os resultados, com relação ao número, mostraram, bastante claramente, a existência de um continuum linguístico, que parte de uma situação em que a marcação de número em predicativos/passivas em comunidades afro-brasileiras isoladas é quase inexistente, com a aplicação da regra em apenas 1%, aumentado para 4% na fala do interior do país, porém não marcada etnicamente, atingindo o índice de 14,6% de marcação de número na fala popular urbana. Com relação à concordância nominal de gênero, também se observou o desenho de um continuum linguístico, com 81% de marcação de gênero nas comunidades afro-brasileiras isoladas, 94% nas comunidades do interior da Bahia e 95,5% nos bairros populares de Salvador. Nota-se, portanto, a comprovação da hipótese lançada, de que Salvador vem atuando como um centro difusor de normas linguísticas. / Universidade Federal da Bahia. Instituto de Letras. Salvador-Ba, 2012.
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As vozes verbais na gramática normativa: aspectos problemáticos / Verbal voices in the normative grammar: problematic aspectsRocha, Fernando Martins 10 February 2014 (has links)
Esta pesquisa investiga alguns aspectos das vozes verbais nas gramáticas normativas de língua portuguesa. Alguns conceitos como o de voz passiva e de partícula apassivadora são objeto de discussão por parte de diferentes autores da gramaticografia de língua portuguesa que tem adotado pontos de vista distintos e até antagônicos sobre cada um destes aspectos. Este trabalho também busca demonstrar que a gramática normativa de língua portuguesa atual não renovou a sua teoria sobre as vozes verbais, que remonta a Dionísio o Trácio com seu manual escrito há mais de dois mil anos atrás, e que necessita, deste modo, identificar as fragilidades de sua teoria e renová-la com o instrumental teórico de que dispõe as modernas correntes da linguística. / This research investigates some aspects of the verbal voices in the normative grammar of portuguese language. Some concepts like passive voice and the clitic SE are discussed by many authors in the portuguese language gramaticography that have adopted different and opposite points of view about each one of these aspects. This work also intends to demonstrate that the normative grammar of portuguese language nowadays did not renew its theory about verbal voices, which remonts to Dionísio of Trácia with his manual which was written two thousand years ago, and it needs identify the fragilities of normative grammar theory and needs to renew it with the theorical instrumental available in the modern linguistics currents.
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O efeito de priming sint?tico na leitura de senten?as na voz passiva por bons e maus leitores dos 5? e 6? anos do ensino fundamentalKramer, Rossana 27 April 2017 (has links)
Submitted by Caroline Xavier (caroline.xavier@pucrs.br) on 2017-07-11T17:53:57Z
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Previous issue date: 2017-04-27 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior - CAPES / The present study aimed at investigating the priming effect of repeated
syntactic structures in elementary school children. Reading is a complex
process that requires the use of many skills which depend on processes called
lower cognitive processes in the first years of elementary school, such as
decoding. As reading improves with practice, resources of high level cognitive
skills start being used by readers (CAIN; OAKHILL, 2006). The priming effect
consists of the identification of objects, words or sentences after a prior
exposure to a related item (SQUIRE & KANDEL, 2003). According to Pickering
and Branigan (1998), the syntactic priming effect increases when not only a
syntactic structure between sentences is repeated, but also when the same
verb in the prime and in the target sentences is used. This study was based on
research carried out by Segaert et al. (2012, 2013). A reading task created by
Kuerten et al. (2016) was applied to children from 10 to 12 years old regularly
enrolled in public schools linked to the ACERTA Project (Evaluation of
Children at Risk of Learning Disorder), from Brain Institute in Rio Grande do
Sul. The present study investigated: a) reading fluency of 5th and 6th grade
Elementary School students; B) if the repetition of the passive voice structure
promotes the syntactic priming effect; and c) reading compreension. The
performance of 126 Elementary School children from 5th and 6th grades,
which were divided between good and poor readers, was compared. The
results pointed out that 6th grade children read more words per minute than
5th grade ones, but that the reading fluency is below the expected for both
grades. Both good and poor readers have shown syntactic priming effects on
passive sentence comprehension, which is an evidence that the passive voice
is a complex structure for children from 10 to 12 years old and that previews
exposure benefits structure processing. However, 6th grade good readers
showed less effect, indicating that the syntactic priming effect for sentences in
passive voice might not happen once their linguistic skills improve. Besides
contributing to research related to reading and syntactic processing, the
present study calls our attention to problems in the development of reading
outcomes in school years succeeding the literacy phase. / O objetivo desta tese foi investigar o chamado efeito de priming, ou de
facilita??o, a partir da repeti??o de estruturas sint?ticas em crian?as do ensino
fundamental. A leitura ? um processo complexo que exige o uso de diversas
habilidades, as quais dependem de processos chamados de cognitivos
inferiores nos primeiros anos do Ensino Fundamental, como a decodifica??o.
Com o desenvolvimento e automaticidade destes processos, disponibilizam-se
recursos para os chamados processos cognitivos superiores, como o
processamento sint?tico, inferencia??o e compreens?o (CAIN; OAKHILL,
2006). O efeito de priming consiste na facilita??o do processamento de
objetos, palavras ou senten?as ap?s exposi??o pr?via de um outro item
relacionado, ou seja, a exposi??o a um prime (SQUIRE & KANDEL, 2003).
Segundo Pickering e Branigan (1998), o efeito de priming sint?tico aumenta
quando n?o somente a estrutura sint?tica entre senten?as ? repetida, mas
tamb?m quando utilizamos o mesmo verbo na senten?a prime e alvo.
Tomando-se como base a pesquisa realizada por Segaert et al. (2012, 2013),
utilizou-se a tarefa de Kuerten et al. (2016) a qual foi aplicada a crian?as entre
10 e 12 anos regularmente matriculadas em escolas p?blicas vinculadas ao
Projeto ACERTA (Avalia??o de Crian?as Em Risco de Transtorno de
Aprendizagem), do Instituto do C?rebro do Rio Grande do Sul. O presente
estudo investigou: a) a flu?ncia m?dia de leitura dos estudantes dos 5o e 6o
anos do ensino fundamental das escolas estaduais selecionadas para este
estudo; b) se a exposi??o pr?via da estrutura sint?tica favorece a
compreens?o leitora das senten?as, promovendo o efeito de priming sint?tico
e c) a compreens?o leitora das senten?as nesses leitores. Para tanto, o
desempenho na leitura de 126 crian?as dos 5o e 6o anos do Ensino
Fundamental, divididos entre bons e maus leitores, foram comparados. Os
resultados apontam que crian?as do 6 o ano leem mais palavras por minutos
que as do 5o ano, mas que a flu?ncia de leitura est? abaixo do m?nimo
esperado para ambos os anos. Tanto os bons leitores quanto os maus leitores
apresentaram efeito de priming sint?tico na compreens?o das senten?as na
voz passiva, confirmando que a voz passiva ? uma estrutura complexa para
crian?as de 10 a 12 anos e que a exposi??o pr?via facilita o processamento
da estrutura apresentada. No entanto, bons leitores do 6o ano apresentaram
um efeito menor, indicando que, ao passo que a linguagem vai se
desenvolvendo na crian?a, o efeito de priming sint?tico para senten?as na voz
passiva fica mais dif?cil de ser encontrado. Al?m de contribuir para a pesquisa
relacionada ? leitura e ao processamento sint?tico, essa tese alerta para
problemas no desenvolvimento da leitura nos anos letivos que sucedem a
fase da alfabetiza??o.
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A concordância nominal em predicativos do sujeito e em estruturas passivas no português popular do interior do Estado da BahiaAntonino, Vivian 27 June 2013 (has links)
119 f. / Submitted by Cynthia Nascimento (cyngabe@ufba.br) on 2013-06-25T14:35:42Z
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Vivian Antonino - Dissertação.pdf: 755460 bytes, checksum: ef84a2573ac3b6c064ce485f27cc9934 (MD5) / Approved for entry into archive by Alda Lima da Silva(sivalda@ufba.br) on 2013-06-27T20:57:25Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Vivian Antonino - Dissertação.pdf: 755460 bytes, checksum: ef84a2573ac3b6c064ce485f27cc9934 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-06-27T20:57:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Vivian Antonino - Dissertação.pdf: 755460 bytes, checksum: ef84a2573ac3b6c064ce485f27cc9934 (MD5) / O português do Brasil não apresenta uma realidade lingüística homogênea, nem uma
heterogeneidade caótica, mas uma variação bipolarizada, com a(s) norma(s) popular(es) em um extremo, e a(s) norma(s) culta(s) em outro. Um dos fenômenos mais estudados é a
variação na concordância nominal, que afeta ambas as extremidades, porém, com maior
intensidade, a camada popular. Muitos trabalhos já foram realizados sobre o tema, enfocando a variação dentro do SN, porém este vem analisar a variação nominal em predicativos do sujeito e em estruturas passivas, baseado em dados de falantes de Poções e Santo Antônio de Jesus, municípios do interior do estado da Bahia. Investiga-se a hipótese de que o massivo
contato entre o português e as línguas africanas e indígenas, ocorrido na época da colonização
e do Império, estaria na base da variação da morfologia flexional do nome no português rural do Brasil e de que a variação na concordância nominal nas construções passivas e nos predicativos do sujeito é resultado de transmissão lingüística irregular determinada pelo
contato entre línguas. O estudo quantitativo revelou que a variação na aplicação da regra de
concordância de gênero ainda se mantém de forma residual na fala popular do interior, ao
passo que não se mostra significativa em variedades urbanas de fala. O uso de predicado
nominal e a presença de adjetivos compondo esses predicados favorecem o uso da regra,
assim como o fato de o falante se referir a si mesmo em seu discurso. O sujeito que contém o
traço semântico [+ humano] e aquele que traz marcas mais explícitas de gênero também
favorecem a aplicação da regra de concordância. Com relação à concordância de número em
predicativos do sujeito e estruturas passivas, as análises sociolingüísticas já realizadas
indicam uma forte variação na fala dos grandes centros urbanos com a aplicação da regra de
concordância ficando na casa dos 40%, ao passo que esta pesquisa revelou que a aplicação
dessa regra de concordância na fala popular do interior do país ainda é incipiente. No
encaixamento estrutural desse reduzido uso da regra de concordância de número em
predicativos do sujeito e estruturas passivas, notou-se o fortalecimento do princípio da coesão
estrutural, pois em sentenças em que há concordância de número no SN sujeito e em que há
concordância verbal, maior é o uso das marcas de plural nos predicativos/passivas. No
aspecto extralingüístico, observou-se que os jovens fazem mais concordância, o que pode
indicar uma mudança em curso. Aqueles que se ausentaram da comunidades por mais de seis
meses e as mulheres também fazem maior uso das regras de concordância nominal. Não
houve diferença significativa relacionada ao nível de escolaridade, o que confirma a
precariedade do sistema de ensino disponível para a população pobre do interior do país. O
fato de o falante viver na sede do município ou na zona rural também não se mostrou
relevante, indicando que não há de fato uma dicotomia bem definida entre rural e urbano, em se tratando de município de pequeno porte; há, sim, um continuum de formas. / Universidade Federal da Bahia. Instituto de Letras. Salvador-Ba, 2007.
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Ausgewählte modale passiversatzkonstruktionen in der geschriebenen wissenschaftssprache : eine korpusbasierte studieFaber, Claudia Natanja, 1989- January 2016 (has links)
Orientador: Prª Drª. Ruth Bohunovsky / Coorientador: Prof. Dr. Christian Fandrych / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Letras. Defesa: Curitiba, /0/2017 / Inclui referências / Linha de pesquisa: Alemão como Língua Estrangeira / Resumo: Este trabalho visa analisar o uso e as funções de certas construções com semântica passiva e modal no alemão científico, mais precisamente sich + lassen + infinitivo e adjetivos com o sufixo -bar, ambos pertencentes ao grupo de Passiversatzkonstruktionen. Estes são comparados com o Vorgangspassiv + verbo modal können, representando a passiva analítica. A voz passiva é vista como uma caraterística da língua científica, pois representa uma estratégia de impessoalidade e neutralidade. Nas gramáticas e manuais de redação científica se encontra uma aceitação acrítica destacando a permutabilidade das Passiversatzkonstruktionen; consenso que esse trabalho desafia. Para realização desta pesquisa foi criado um corpus consistindo de doze artigos científicos e foi executado uma análise qualitativa das construções modais-passivas encontradas. Para obter uma impressão da permutabilidade uma seleção de exemplos foi avaliada por seis especialistas quanto à sua aceitabilidade. Os resultados confirmam a hipótese sobre a existência de diferenças semânticas, estilísticas e funcionais nas formas escolhidas que deveriam fazer parte do ensino do alemão científico. PALAVRAS CHAVE: Alemão científico, voz passiva, gramática funcional, impessoalidade no discurso científico, linguística de corpus / Abstract: This paper aims at the comparative analysis of pragmatic use and function of certain syntactic constructions with passive and modal meaning in scientific German, more precisely sich + lassen + infinitive and adjectives with suffix -bar, both belonging to the group of so called Passiversatzkonstruktionen. The analytic passive form Vorgangspassiv + modal verb können serves as the point of comparison. Passive voice is known as a typical characteristic of scientific language as it allows objectivity by avoiding the use of agents. So far grammars as well as guides to scientific writing have treated this topic in an uncritical manner, stating the interchangeability of all Passiversatzkonstruktionen; a consensus that is being questioned in this paper. The data being analyzed using the qualitative method is taken from a corpus containing twelve academic articles. To gain an impression of the exchangeability of the three modal-passive forms a range of examples were judged by experts in terms of acceptability. Results of this study show semantic, stylistic and functional differences between the chosen passive constructions that should have effects in the way this topic is treated in the teaching of scientific German. KEY WORDS: Scientific German, passive voice, functional grammar, objectivity in academic discourse, corpus linguistics
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As vozes verbais na gramática normativa: aspectos problemáticos / Verbal voices in the normative grammar: problematic aspectsFernando Martins Rocha 10 February 2014 (has links)
Esta pesquisa investiga alguns aspectos das vozes verbais nas gramáticas normativas de língua portuguesa. Alguns conceitos como o de voz passiva e de partícula apassivadora são objeto de discussão por parte de diferentes autores da gramaticografia de língua portuguesa que tem adotado pontos de vista distintos e até antagônicos sobre cada um destes aspectos. Este trabalho também busca demonstrar que a gramática normativa de língua portuguesa atual não renovou a sua teoria sobre as vozes verbais, que remonta a Dionísio o Trácio com seu manual escrito há mais de dois mil anos atrás, e que necessita, deste modo, identificar as fragilidades de sua teoria e renová-la com o instrumental teórico de que dispõe as modernas correntes da linguística. / This research investigates some aspects of the verbal voices in the normative grammar of portuguese language. Some concepts like passive voice and the clitic SE are discussed by many authors in the portuguese language gramaticography that have adopted different and opposite points of view about each one of these aspects. This work also intends to demonstrate that the normative grammar of portuguese language nowadays did not renew its theory about verbal voices, which remonts to Dionísio of Trácia with his manual which was written two thousand years ago, and it needs identify the fragilities of normative grammar theory and needs to renew it with the theorical instrumental available in the modern linguistics currents.
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[en] THEME, SUBJECT AND AGENT: PORTUGUESE PASSIVE VOICE IN SISTEMICFUNCTIONAL PERSPECTIVE / [pt] TEMA, SUJEITO E AGENTE: A VOZ PASSIVA PORTUGUESA EM PERSPECTIVA SISTÊMICO-FUNCIONALHELENA FERES HAWAD 03 June 2003 (has links)
[pt] Este trabalho tem por objeto as estruturas gramaticais
portuguesas tradicionalmente denominadas voz passiva
analítica e voz passiva sintética (ou pronominal). No
quadro da abordagem sistêmico-funcional, são analisadas
as semelhanças e diferenças semânticas entre elas, tendo
por base seu emprego em textos. O exame de ocorrências
dessas estruturas em diferentes gêneros de textos
jornalísticos - notícias, editoriais e artigos - revela
diferenças de distribuição, com a quase inexistência de voz
passiva sintética nas notícias. Partindo desse fato como
uma evidência da não-equivalência funcional entre as duas
estruturas, estuda-se o significado das ocorrências em
contexto, visando a identificar a contribuição específica
de cada tipo de estrutura para a realização dos significados
do texto. O significado de cada estrutura é, assim,
analisado em seus componentes textual, ideacional e
interpessoal. No domíno textual, a voz passiva analítica,
que se caracteriza pela conversão do participante paciente
em Sujeito e, portanto, em Tema não-marcado, funciona
primordialmente como um recurso para facilitar o
posicionamento de informação dada antes de informação nova,
na ordem dos constituintes oracionais. A voz passiva
sintética, por sua vez, não apresenta essa propriedade de
tematizar um participante, já que, na ordem não-marcada, é o
Processo que ocupa a primeira posição oracional nessa
estrutura. Na maioria das ocorrências de voz passiva
sintética, o constituinte que seria o Sujeito da oração
correspondente em voz passiva analítica representa
informação nova. Sendo assim, as duas estruturas estudadas
contribuem de modos diferentes para a organização do fluxo
informacional do texto. No domínio ideacional, há, por um
lado, uma diferença na distribuição dos tipos de processo
entre as estruturas. A voz passiva sintética presta-se
melhor à representação de processos mentais que a
voz passiva analítica. Por outro lado, porém, é no âmbito
ideacional que as duas estruturas apresentam um traço comum
de significado, visto que ambas servem à representação de
um processo sem a identificação do Agente. Finalmente, no
domínio interpessoal, as estruturas se distinguem pelo fato
de que a voz passiva sintética apresenta Sujeito
indeterminado, ao contrário da voz passiva analítica. O
Sujeito indeterminado, caracterizado pela indefinição
máxima da categoria de pessoa, possibilita diferentes
efeitos de sentido no que se refere ao envolvimento
tanto do autor, quanto do leitor. Propõe-se, desse modo,
uma caracterização da voz passiva analítica e da voz
passiva sintética em termos de traços semânticos, na
forma de um sistema de três parâmetros binários,
correspondentes às três metafunções sistêmico-funcionais.
Essa análise do significado em traços independentes permite
compreender melhor a especificidade do potencial semântico
de cada estrutura, bem como a funcionalidade de cada uma no
discurso. / [en] The object of this work are the Portuguese grammatical
structures traditionally known as analytical passive
voice and synthetic (or pronominal) passive voice.
Considering their use in texts, the semantic similarities
and differences between them are analysed within a systemic-
functional framework. The study of these structures in
different journalistic genres - reports, editorials
and articles - reveals distributional differences, as
synthetic passive voice nearly does not occur in reports.
Taking this fact as evidence of the functional
nonequivalence between the two structures, the work studies
the meaning of their occurrences in context, in order to
identify the specific contribution of each type of
structure to the realization of the text meanings. The
meaning of each structure is thus analysed in its textual,
ideational and interpersonal components. In the textual
domain, analytical passive voice, which is characterized by
the conversion of the affected participant into Subject
and, consequently, into unmarked Theme, functions primarily
as a resource for placing given information before new
information, in the order of clause constituents. Synthetic
passive voice, on the contrary, does not bear this property
of turning a participant into Theme, once it is the Process
that occupies the clause first position in this structure.
In most of the occurrences of synthetic passive voice, the
constituent which would be the Subject of the correspondent
clause in analytical passive voice represents new
information. So, the two structures contribute in different
ways to the organization of the informational flow of the
text. In the ideational domain, there is, on the one
hand, a difference in the distribution of process types
between the structures. Synthetic passive voice is more
suitable for the representation of mental processes
than analytical passive voice. On the other hand, however,
it is in the ideational component that the two structures
share a semantic feature, as both of them allow
representation of a process without identification of the
Agent. Finally, in the interpersonal domain, the structures
are distinguished by the fact that synthetic passive voice
has indeterminate Subject, differently from analytical
passive voice. Indeterminate Subject, characterized by a
maximum indefiniteness of grammatical person, permits a
variety of meaning effects concerning the author`s and the
reader`s involvement. A characterization of analytical
passive voice and synthetic passive voice is thus proposed
in terms of semantic features, in a system of three
binary parameters, correspondent to the three systemic-
functional metafunctions. This analysis of meaning in
independent features allows a better understanding of
the specific semantic potential of each structure, as well
as of the functionality of each one in discourse.
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O uso do particípio em formações verbais no português do sul do BrasilSilva, Inaciane Teixeira da January 2008 (has links)
Nesta pesquisa, estuda-se o uso do particípio na construção de tempo composto e voz passiva no português do sul do Brasil. Os objetivos específicos são (1) verificar qual a forma mais produtiva/recorrente do particípio em formações verbais; (2) tentar verificar a influência de fatores lingüísticos e extralingüísticos na opção do falante pelo uso da forma regular ou da forma irregular de particípio e; (3) realizar uma análise comparativa entre a norma ditada pela Gramática Tradicional e o uso do particípio nas formações verbais em situações reais de fala. A metodologia utilizada na pesquisa é a análise quantitativa de dados. O corpus é constituído de dados de duas naturezas: dados de 24 informantes com até 9 anos de escolaridade, provenientes de entrevistas do Projeto VARSUL, por caracterizarem o uso do particípio na fala espontânea; e dados de 22 informantes com ensino superior completo ou em andamento, provenientes de testes de produtividade, porque desejávamos levantar usos específicos do particípio irregular, como tinha chego, por exemplo, o que dificilmente seria alcançado nas entrevistas do VARSUL. Para a análise dos dados, fizemos um uso adaptado dos programas que compõem o Pacote VARBRUL. Considerando que nossa pesquisa não trata de um fenômeno variável, mas, sobretudo, investiga a regularidade de um fenômeno tipicamente alternante, optamos por aproveitar somente as informações referentes à freqüência (porcentagem) de aplicação do objeto em estudo. Os resultados preliminares mostraram que os tipos de verbos e as formações presentes nos dados do Banco VARSUL favoreceram o uso predominante do particípio regular, ainda que o irregular tenha aparecido em contextos específicos. Já nos resultados preliminares dos Testes, com os verbos e as formações verbais utilizadas, o uso do particípio se mostrou predominantemente alternante, isto é, os falantes alternaram as formas regulares e irregulares de particípio em formações com voz passiva e tempo composto, porém, algumas vezes, o uso do particípio manifestou-se como variável. / In this research, the use of participle in the building of the compound tense and the passive voice of southern Brazil Portuguese language is studied. The specific objectives are (1) verify what the most productive/recurring participle form in verbal formations is; (2) try verifying the influence of linguistic and extra-linguistic contexts when the speaker has to choose whether using the participle regular or irregular form; (3) conduct a comparative analysis between the rule prescribed by the Traditional Grammar and the use of participle in verbal forms of corpora. The methodology used in the research is data quantitative analysis. The corpus is made up of data from two different sources: data from 24 subjects with up to 9 years of study in school, deriving from interviews of the VARSUL Project, for characterizing the use of participle in the spontaneous speech; and data from 22 subjects, who were either graduate or undergraduate students, deriving from productivity tests, as we wanted to identify specific uses of irregular participle, as tinha chego (had arrived), for example, which would be hardly obtained from the interviews in VARSUL. For the data analysis, we made an adapted use of the programs that compose the VARBRUL Package. Considering that our research is not related to a variable phenomenon, but, above all, to investigate the regularity of a mainly alternate phenomenon, we decided to make use of only the information referring to the application frequency (percentage) of the subject in study. The preliminary results showed that the types of verbs and the formations present in the data in the VARSUL database favored the predominant use of the regular participle, although the irregular form was evident in specific contexts. Yet, in the preliminary results of the tests, with the verbs and the verbal formation used, the use of participle showed to be mainly alternate, i.e., the speakers alternated the use of regular and irregular forms of participle in formations with the passive voice and with the compound tense, however, the use of participle showed to be variable, at times.
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O uso do particípio em formações verbais no português do sul do BrasilSilva, Inaciane Teixeira da January 2008 (has links)
Nesta pesquisa, estuda-se o uso do particípio na construção de tempo composto e voz passiva no português do sul do Brasil. Os objetivos específicos são (1) verificar qual a forma mais produtiva/recorrente do particípio em formações verbais; (2) tentar verificar a influência de fatores lingüísticos e extralingüísticos na opção do falante pelo uso da forma regular ou da forma irregular de particípio e; (3) realizar uma análise comparativa entre a norma ditada pela Gramática Tradicional e o uso do particípio nas formações verbais em situações reais de fala. A metodologia utilizada na pesquisa é a análise quantitativa de dados. O corpus é constituído de dados de duas naturezas: dados de 24 informantes com até 9 anos de escolaridade, provenientes de entrevistas do Projeto VARSUL, por caracterizarem o uso do particípio na fala espontânea; e dados de 22 informantes com ensino superior completo ou em andamento, provenientes de testes de produtividade, porque desejávamos levantar usos específicos do particípio irregular, como tinha chego, por exemplo, o que dificilmente seria alcançado nas entrevistas do VARSUL. Para a análise dos dados, fizemos um uso adaptado dos programas que compõem o Pacote VARBRUL. Considerando que nossa pesquisa não trata de um fenômeno variável, mas, sobretudo, investiga a regularidade de um fenômeno tipicamente alternante, optamos por aproveitar somente as informações referentes à freqüência (porcentagem) de aplicação do objeto em estudo. Os resultados preliminares mostraram que os tipos de verbos e as formações presentes nos dados do Banco VARSUL favoreceram o uso predominante do particípio regular, ainda que o irregular tenha aparecido em contextos específicos. Já nos resultados preliminares dos Testes, com os verbos e as formações verbais utilizadas, o uso do particípio se mostrou predominantemente alternante, isto é, os falantes alternaram as formas regulares e irregulares de particípio em formações com voz passiva e tempo composto, porém, algumas vezes, o uso do particípio manifestou-se como variável. / In this research, the use of participle in the building of the compound tense and the passive voice of southern Brazil Portuguese language is studied. The specific objectives are (1) verify what the most productive/recurring participle form in verbal formations is; (2) try verifying the influence of linguistic and extra-linguistic contexts when the speaker has to choose whether using the participle regular or irregular form; (3) conduct a comparative analysis between the rule prescribed by the Traditional Grammar and the use of participle in verbal forms of corpora. The methodology used in the research is data quantitative analysis. The corpus is made up of data from two different sources: data from 24 subjects with up to 9 years of study in school, deriving from interviews of the VARSUL Project, for characterizing the use of participle in the spontaneous speech; and data from 22 subjects, who were either graduate or undergraduate students, deriving from productivity tests, as we wanted to identify specific uses of irregular participle, as tinha chego (had arrived), for example, which would be hardly obtained from the interviews in VARSUL. For the data analysis, we made an adapted use of the programs that compose the VARBRUL Package. Considering that our research is not related to a variable phenomenon, but, above all, to investigate the regularity of a mainly alternate phenomenon, we decided to make use of only the information referring to the application frequency (percentage) of the subject in study. The preliminary results showed that the types of verbs and the formations present in the data in the VARSUL database favored the predominant use of the regular participle, although the irregular form was evident in specific contexts. Yet, in the preliminary results of the tests, with the verbs and the verbal formation used, the use of participle showed to be mainly alternate, i.e., the speakers alternated the use of regular and irregular forms of participle in formations with the passive voice and with the compound tense, however, the use of participle showed to be variable, at times.
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AnÃlise sociofuncionalista da variaÃÃo de concordÃncia verbal em construÃÃes de voz passiva sintÃtica em textos jornalÃsticos cearensesHugo Leonardo Pereira MagalhÃes 00 March 2018 (has links)
FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / Nosso trabalho investiga como a realizaÃÃo variÃvel de concordÃncia verbal em construÃÃes de
voz passiva sintÃtica, com a alternÃncia entre a presenÃa e a ausÃncia de marca explÃcita de
plural no verbo de 3Â pessoa, apresenta-se no atual contexto linguÃstico cearense,
especificamente em dois jornais locais: O Povo e DiÃrio do Nordeste. Para isso, selecionamos
240 ediÃÃes, durante o perÃodo de janeiro a dezembro de 2016, levando-se em consideraÃÃo trÃs
gÃneros textuais: editoriais, artigos de opiniÃo e notÃcias. No total, coletamos 121 dados
referentes à variaÃÃo de concordÃncia verbal com a construÃÃo de voz passiva sintÃtica, os quais
foram submetidos ao programa computacional estatÃstico Goldvarb X, que gerou frequÃncias e
pesos relativos que serviram de base para a descriÃÃo e anÃlise dos dados. O programa apontou
que a ausÃncia de marca explÃcita de plural no verbo com a voz passiva sintÃtica à condicionada
essencialmente por dois grupos de fatores: um linguÃstico, forma verbal, e outro
extralinguÃstico, gÃnero textual. Contudo, o nÃmero de dados em que o verbo apresenta marca
explÃcita de plural (59,5%) mostrou-se mais representativo do que o somatÃrio dos dados em
que o verbo nÃo consta da marca explÃcita de plural (40,5%). Para o desenvolvimento deste
trabalho, utilizamo-nos dos pressupostos teÃrico-metodolÃgicos da SociolinguÃstica
Variacionista (LABOV, 2008), conjugados a princÃpios funcionalistas, em especial, o PrincÃpio
da MarcaÃÃo (GIVÃN, 1995) e o PrincÃpio da Expressividade (DU BOIS & VOTRE, 2012).
AlÃm da possÃvel mudanÃa em direÃÃo à indeterminaÃÃo com a construÃÃo de voz passiva
sintÃtica, concluÃmos que, no grupo de fatores linguÃsticos forma verbal, as formas perifrÃsticas
e infinitivas, especialmente com esse tipo de construÃÃo, tendem a ser realizadas sem a presenÃa
do morfema de plural, como uma manobra para reduzir ou anular o esforÃo de codificaÃÃo,
motivada em termos de expressividade e de eficÃcia comunicativa. JÃ em relaÃÃo ao grupo
extralinguÃstico gÃnero textual, hà tendÃncia de que formas mais marcadas ocorram em
contextos mais marcados e as menos marcadas em contextos menos marcados, ou seja, formas
verbais mais marcadas em construÃÃes de voz passiva sintÃtica â com a presenÃa de morfema
de plural â tendem a ocorrer em contextos mais marcados, como no gÃnero textual editorial,
ao passo que formas verbais menos marcadas â com a ausÃncia de morfema de plural â tendem
a ocorrer em contextos menos marcados, como no gÃnero textual notÃcia. / Our work investigate how the variable fulfillment of verbal concord in synthetic passive voice
constructions, alternating between the presence and absence of explicit mark of plural in the
third person of verb forms, is presented in the current linguistic context of CearÃ, specifically
in two local newspapers: O Povo and DiÃrio do Nordeste. In order to reach this goal, we
selected 240 editions focusing on three textual genres: editorial, opinion article, and news from
January to December, 2016. A number of 121 data concerning the variation of verbal concord
with the synthetic passive voice construction was selected and submitted to the statistical
computer program Goldvarb X which generated frequencies and relative weight that served as
basis to the description and data analysis. The program pointed out that the absence of the
explicit mark of the plural in the verb with the synthetic passive voice is subject to two groups
of factors: one linguistic, verbal form; and the other extralinguistic, textual genre. However, the
number of data in which the verb presents explicit mark of plural (59.5%) claimed to be more
representative than the amount of data in which the verb is not present in the explicit mark of
plural (40.5%). In order to develop this research, we used as theoretical-methodological basis
the Sociolinguistic Variation (LABOV, 2008), attached to the functionalist principles, notably
to the Markedness Principle (GIVÃN, 1995) and the Principle of Expressiveness (DU BOIS &
VOTRE, 2012). Besides the possible change towards the indetermination due to the use of the
synthetic passive voice, we conclude that as for the group verbal form the periphrastic and
infinitive forms, especially with this type of construction. The aforementioned forms tend to be
fulfilled without the presence of the plural morpheme as a device to reduce or set aside the
codification effort and motivated in terms of expressiveness and communicative accuracy. As
far as the extralinguistic group textual genre is concerned, there is a tendency that more marked
forms occur in contexts that are more marked and less marked forms occur in contexts that are
less marked as well. In summary, more marked verbal forms in synthetic passive voice â with
the presence of a plural morpheme - tend to appear in contexts that are more marked such as
in textual genre editorial whereas less marked verbal forms â absence of plural morpheme â
tend to occur in contexts that are less marked such as in the news textual genre
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