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O Processo de Reinserção Familiar de Crianças e Adolescentes em Acolhimento InstitucionalBRITO, C. O. 12 August 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-08-12 / Este estudo teve como foco de investigação estudar como se estrutura o processo de reinserção familiar de crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional no Município de Vitória/ES, a partir da Abordagem Bioecológica do Desenvolvimento Humano de Urie Bronfenbrenner. O Estudo I investigou as características dos processos de reinserção familiar realizados no ano de 2009, em seis instituições de acolhimento. Os instrumentos utilizados foram um roteiro para análise de prontuários e o Diário de Campo. Constatou-se que no período foram acolhidas 123 crianças e adolescentes das quais somente 13 foram reinseridas (cinco crianças e oito adolescentes). As ações objetivando a reinserção baseiam-se principalmente na realização de visitas familiares e em encaminhamentos para a rede de apoio sócio-assistencial. O Estudo II buscou contextualizar a realidade de trabalho dos integrantes das equipes técnicas destas mesmas instituições de acolhimento, bem como investigar a percepção destes profissionais acerca do processo de reinserção familiar. Foram realizados dois grupos focais e foi utilizada a técnica da inserção ecológica, sendo que os dados foram registrados em Diário de Campo. Os resultados indicam credibilidade e envolvimento dos técnicos nos processos de reinserção familiar apesar das dificuldades por eles apontadas: a não adesão das famílias aos programas de apoio familiar, a incompreensão de alguns componentes da rede sobre a família extensa, a falta de recursos financeiros das famílias e a valorização da instituição como local ideal para seus filhos permanecerem. A articulação com a rede sócio-assistencial e jurídica torna-se um grande desafio para as equipes técnicas dos espaços de acolhimento.
Palavras-chave: acolhimento institucional, crianças e adolescentes, equipes técnicas, reinserção familiar, atuação do psicólogo.
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A inserção sócio-profissional de ex-jovens institucionalizadosRocha, Sónia Alexandra de Sousa January 2010 (has links)
As instituições fechadas de educação de crianças e jovens em Portugal distinguiram-se, durante muitos anos, segundo dois modelos essenciais. Por um lado existiam os internatos, destinados a auxiliar a população estudantil e/ou de fracos recursos económicos e, por outro lado, instituições de acolhimento de jovens, projectadas para menores caracterizados pela ausência de adultos capazes de assegurar a sua sobrevivência (devido, por exemplo, a situações de pobreza ou orfandade), integrando ainda estas organizações crianças e jovens com comportamentos desviantes. Regra geral, tratavam-se de instituições afastadas dos espaços urbanos, permitindo, desta forma, o desenvolvimento de objectivos específicos, tais como a aprendizagem de actividades rurais ou o reforço da disciplina. Porém, ao longo dos tempos, tem-se verificado uma transformação no funcionamento e nos modelos de intervenção das instituições, ocasionada, em grande responsabilidade, pelas mudanças ocorridas na estrutura da Segurança Social. Estas alterações têm vindo a constituir-se como factores promotores do desenvolvimento organizacional das instituições, que visam alcançar a redução do período de institucionalização dos menores, associado à melhoria das condições durante o acolhimento institucional. Assim, e tendo em conta que as instituições devem facultar o desenvolvimento biopsicossocial às crianças e jovens, o presente estudo teve como objectivo primordial saber se a institucionalização promove a inserção social e profissional dos jovens. Para tal, recorreu-se à metodologia qualitativa, através da realização de vinte e duas entrevistas a jovens do sexo masculino, que viveram durante uma parte importante da sua vida numa instituição na Cidade do Porto, mais propriamente no Colégio Barão de Nova Sintra, entre os anos 1990 e 2004. (...)
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Trajetórias marcadas : histórias de vida de adolescentes com vivência de acolhimento institucional / Marked paths : life stories of adolescents with institutional care experienceCarvalho, Juliana Castro Benício de 01 June 2015 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura. 2015. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2016-02-15T14:05:05Z
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2015_JulianaCastroBenicioCarvalho.pdf: 18632683 bytes, checksum: 5eee303c224f3a06163e7c555a102d59 (MD5) / O presente texto trata de uma pesquisa qualitativa sobre histórias de vida de adolescentes em situação de acolhimento institucional, que se desenvolveu no intuito de compreender a dinâmica de adolescentes que encontram-se acolhidos e que com frequência evadem da instituição e ficam morando na rua, retornando para o acolhimento tempos depois. A tese defendida possui duas dimensões, sendo que a primeira diz respeito à dimensão metodológica, na qual um objeto mediador da expressão da história de vida de adolescentes, atua como facilitador da narrativa e a segunda, tem-se que a expressão da história de vida favorece a ressignificação dessa história para o próprio sujeito, sendo, portanto, não somente um método de pesquisa mas uma alternativa de intervenção profissional. O referencial teórico que subsidiou esse trabalho foi o da Psicossociologia Clínica, realizado por meio da metodologia de Histórias de Vida, que tem como base a abordagem clínica e que busca compreender um fenômeno social por meio do acesso à subjetividade de indivíduos que compõem a situação investigada. Participaram do estudo dois adolescentes, um menino e uma menina, que estavam acolhidos em uma instituição à época da pesquisa, além de uma assistente social que trabalhava em uma unidade de acolhimento. Os adolescentes narraram suas histórias de vida, ao longo de vários encontros, ao mesmo tempo em que desenhavam livremente, o que facilitou a expressão dessas histórias. Em relação à assistente social, ela falou de sua trajetória profissional, em um único encontro, sem a necessidade de qualquer elemento concreto que mediasse sua fala. A análise dessas histórias se deu em dois níveis: nível descritivocronológico, que organizou as histórias em ordem cronológica, subdividindo-as em temas, a partir dos assuntos mais recorrentes encontrados e nível temático, sendo os temas: estratégias de respostas em processo de desinserção social; tensão entre a instituição de acolhimento e a rua e, por fim, aspectos organizacionais sobre o acolhimento institucional de adolescentes. Essa análise mostrou que os adolescentes podem fazer uso de estratégias individualizadas para lidarem com a situação de estar em uma instituição de acolhimento, e, num segundo momento, passam a fazer uso de estratégias coletivas, grupais, para evitar o pertencimento a um grupo que é visto pela sociedade, como sendo formado por crianças e adolescentes vindos de uma família que falhou em suas funções de cuidado e proteção. Assim, é importante que os profissionais que trabalhem em uma instituição de acolhimento tenham uma postura clínica no atendimento e acompanhamento dos adolescentes acolhidos, para que acessem percepções e sentimentos, criando, junto ao adolescente, alternativas frente ao vivido. Nesse sentido, essa pesquisa propõe alguns modos de intervenção que favorecem a escuta clínica dos profissionais do acolhimento: trabalho em grupo com adolescentes; uso do desenho para facilitar a expressão de histórias de vida; ingresso dos adolescentes em outros grupos sociais, enquanto estão em acolhimento; revisão dos prontuários, incluindo a versão atualizada do adolescente sobre sua história de vida e das ressignificações realizadas e, por fim, espaço de escuta coletivo entre membros da equipe de uma unidade de acolhimento. Especificamente sobre o trabalho com histórias de vida, ele pode ser realizado utilizando-se da árvore genealógica, do projeto parental e do acesso às trajetórias de vida. Como limitação deste estudo, tem-se que ele focou o acesso às histórias de vida de adolescentes com longo tempo de institucionalização e que possuíam relação com uso de drogas, atos infracionais e vivência na rua. ______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This text concerns a qualitative research on life stories of teenagers in residential care situation that have developed in order to understand the dynamics of teenagers who are welcomed and often evade the institution and are living on the streets, returning to the shelter later. The argument put forward has two dimensions, the first of which concerns the methodological dimension in which a mediator object of expression of the life story of teenagers, acts as a facilitator of the narrative and the second, it has to be the expression of the life story favors the reinterpretation of the story to the subject itself, and is therefore not only a method of research but an alternative to professional intervention. The theoretical framework that supported this work was that Psychosociology Clinic, conducted by Life Stories methodology, which is based on the clinical approach and seeks to understand a social phenomenon through access to the subjectivity of individuals that make up the situation investigated. The study participants were two teenagers, a boy and a girl, who were welcomed into an institution at the time, and a social worker who worked the unit. The teenagers narrated their life stories, over several meetings at the same time drew freely, which facilitated the expression of those stories. Regarding the social worker, she spoke of his career in a single meeting, without the need for any concrete evidence to mediate his speech. The analysis of these stories took place on two levels: descriptive and chronological level, which organized the stories in chronological order, by subdividing it into topics, from the most recurrent subjects found and thematic level, with the themes: process in response strategies social alienation; tension between the host institution and the street and, finally, organizational aspects of the residential care of adolescents. This analysis showed that teenagers can make use of individualized strategies to deal with the situation of being in a host institution, and, secondly, they start to make use of collective, group strategies to avoid membership in a group that is It is seen by society as being made up of children and adolescents from a family who failed in their care and protection functions. It is therefore important that professionals who work in a host institution have a clinical approach in care and monitoring of teenagers welcomed for accessing perceptions and feelings, creating, with the teenager, alternatives to the living. In this sense, this research suggests some forms of interventions that favor the clinic listening of professional hosting: group work with adolescents; Drawing use to facilitate the expression of life stories; entry of adolescents in other social groups, while on the host; review of medical records, including the updated version adolescent about his life story and made new meanings and, finally, collective listening space between team members of shelter. Specifically about working with life stories, it can be performed using the family tree, the parental project and access to life trajectories. One limitation of this study, has focused on access to adolescent life stories with long institutionalization and who had relationship with drug use, illegal acts and living on the street.
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A??es de cuidado nas rela??es intrageracionais em crian?as em acolhimento institucionalScipi?o, Ingryd Cintya Augusto Machado 04 August 2014 (has links)
Submitted by Automa??o e Estat?stica (sst@bczm.ufrn.br) on 2015-12-14T21:16:06Z
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Previous issue date: 2014-08-04 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico - CNPq / De acordo com o Estatuto da Crian?a e do Adolescente (1990) as crian?as e adolescentes s?o concebidos como sujeitos de direitos, com prioridade absoluta e em condi??o peculiar de desenvolvimento. Assim, uma vez violados ou amea?ados esses direitos, ser?o aplicadas medidas de prote??o. No ?mbito dessas medidas ? proposta, no referido Estatuto, a medida de acolhimento institucional, de car?ter transit?rio e excepcional. Ao ser afastada do conv?vio familiar e comunit?rio e acolhida em uma institui??o, a crian?a ? inserida em um novo contexto de desenvolvimento, portanto, com novas pessoas, novos espa?os, novas rela??es. Segundo a Psicologia S?cio-Hist?rica, suporte te?rico deste estudo, cada contexto de socializa??o apresenta demandas espec?ficas que influenciam no desenvolvimento da crian?a e a subjetividade ? constitu?da a partir das rela??es que o sujeito estabelece em cada um deles. Esses contextos trazem para ela desafios e propostas ?s quais ela tem que responder. Considerando, ent?o, que ? na rela??o com o outro que o sujeito se constitui, as intera??es estabelecidas no per?odo de acolhimento ser?o de suma import?ncia para a crian?a. Dentre essas intera??es, podemos citar as situa??es que envolvem aspectos do desenvolvimento moral, mais especificamente, aquelas em que comparece (ou n?o) o exerc?cio das virtudes. Da intercess?o entre essas a??es podem surgir, ent?o, a??es de cuidado para al?m daquelas que envolvem o suprimento de uma necessidade emergente. O objetivo deste trabalho ? investigar a presen?a de rela??es cotidianas permeadas por a??es de cuidado entre as crian?as em acolhimento institucional. Para o seu alcance participaram tr?s crian?as, com tr?s anos de idade, em medida de acolhimento institucional. A pesquisa tem car?ter qualitativo e o procedimento para constru??o do corpus foi, principalmente, a observa??o participante. Procedimentos com v?deo e livros de hist?ria tamb?m foram utilizados como complementares. A an?lise do corpus deu-se atrav?s da An?lise de Conte?do Tem?tica; os epis?dios foram agrupados em categorias de an?lise pr? e p?s-estabelecidas. As pr?-estabelecidas foram a??es de cuidado, a??es de cuidado relacionadas com o cuidado para com o corpo, a??es de cuidado relacionadas a aspectos s?cio afetivos e a??es de cuidado relacionadas ao cuidado do corpo e aspectos s?cio afetivos, simultaneamente. As duas categorias p?s-estabelecidas foram desmembramentos das anteriores, denominadas a??es de cuidado desenvolvidas na intera??o crian?a-crian?a, sem interven??o de um adulto, e a??es de cuidado desenvolvidas na intera??o crian?a-crian?a, com interven??o direta da educadora. As an?lises indicaram que na intera??o cotidiana entre as crian?as acolhidas, elas identificam as necessidades f?sicas e s?cio afetivas umas das outras, e se disp?em a supri-las da maneira que lhe for poss?vel, acentuando a import?ncia da brincadeira e os momentos l?dicos como mediadores nessas intera??es. As a??es de cuidado observadas s?o pautadas em conceitos e interpreta??es formulados pelas pr?prias crian?as a partir de suas experi?ncias e em grande parte, remetem ao cuidado materno. A condi??o de estarem afastadas do conv?vio familiar pode ser um elemento que possibilita essas a??es. Por fim, reafirma-se a import?ncia de conceber a institui??o de acolhimento enquanto espa?o de socializa??o e de cuidado. Decorre a import?ncia de se valorizar e fortalecer os aspectos positivos que se apresentam nas rela??es estabelecidas pelas crian?as nesse contexto, incluindo as a??es de cuidado, objeto desta pesquisa, que s?o constituintes da subjetividade dessas crian?as. / According to the Statute of Children and Adolescents (1990) children and adolescents
are conceived as subjects of rights, with absolute priority and development peculiar
condition. Thus, if these rights were violated or threatened, will be applied protection
measures. Within these measures, in that Statute, the foster institutional is proposed,
with transitional and exceptional character. When the child goes out from family and
community life, and she is upheld in an institution, the child is placed in a new
development context, therefore, with new people, new places, and new relationships.
According with Socio-Historical Psychology, theoretical support of this study, each
context presents specific demands of socialization that influence child development and
her subjectivity is constituted through the relations that the subject establishes in each
context. These contexts bring challenges and proposals for the child and she needs to
respond these. Then, whereas he is in relation to the other, in this moment, the subject is
constituted, the interactions established during the foster institutional will be of
paramount importance to the child. Among these interactions, we can cite situations
involving aspects of moral development, specifically those that can ask (or not) the
exercise of the virtues. About the intersection between these actions can then arise care
actions beyond those involving the attending of an emerging need. The objective of this
study is to investigate the presence of relation everyday permeated by care actions
among children in foster institutional. For the scope of the objective three children were
participated, with three years old and in foster care measure. The research is qualitative
and the procedure for building the corpus was, mainly, the participant observation.
Procedures with video and history in books were also used as supplementary
procedures. The analysis of the corpus was made through Thematic Content Analysis,
the episodes were grouped into analysis categories pre-and post-established. The preestablished
were care actions related to body care, care actions related to socio affective
aspects, and care actions related to body care and socio affective aspects
simultaneously. The two post-established categories were dismemberment of the
preceding categories, called care actions developed in child-child interaction, without
the intervention of an adult, and care actions developed in child-child interaction, with
direct intervention of the educator. The analysis indicated that in the everyday
interaction between foster children, they identify the physical and emotional needs of
each other foster member, and they are willing to help them in whatever way they can,
emphasizing the importance of play and playful moments like mediators about these
interactions. The care actions observed are based on children?s concepts and
interpretations made from their experiences and largely refer to maternal care. The
condition of being away from their family life can be an element that enables these
actions. Finally, this study reaffirms the importance of designing the foster institution as
a socialization and care space. It follows the importance of valuing and strengthening
the positive aspects that arise in the relationships established by the children in this
context, including the care actions, the research objective, which are components of the
subjectivity of these children
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Família - Abrigo - Rua : construção de significados dos adolescentes nas passagens por contextos de desenvolvimentoSoares, Selma Maria Gomes de Miranda 31 January 2012 (has links)
Submitted by Marcelo Andrade Silva (marcelo.andradesilva@ufpe.br) on 2015-03-06T16:38:33Z
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Previous issue date: 2012 / No discurso dos novos ordenamentos jurídicos, as medidas de proteção a crianças e
adolescentes reiteram o convívio familiar e comunitário no esforço de romper com uma
cultura de institucionalização da população infanto-juvenil pobre na garantia de condições
favoráveis ao seu desenvolvimento. Em descompasso, continuam-se utilizando modelos
interventivos desfocados da realidade de tais sujeitos e invisibilizando suas condições
concretas de existência. Reconhecendo o acolhimento institucional como contexto de
desenvolvimento para adolescentes afastados do convívio familiar, o presente estudo
investigou os significados e sentidos construídos por estes sujeitos em suas passagens pelos
contextos da família, das instituições de acolhimento e da rua. Por convergirem na
compreensão do desenvolvimento humano como processo complexo e construído
dialogicamente nas interações histórica e culturalmente situadas, a perspectiva teóricometodológica
adotada buscou dialogar com pressupostos do Construcionismo Social, da
Psicologia Cultural proposta por Jerome Bruner e da Rede de Significações (REDESIG). Num
contraponto aos princípios modernos de normatização e controle para descrever a
adolescência, buscou-se situá-la na pluralidade das experiências dos sujeitos e circunscrita por
marcadores culturais que configuram cenários variados e cambiantes. Empreendeu-se uma
pesquisa qualitativa, utilizando-se a metodologia das entrevistas narrativas na aproximação
aos diferentes significados/sentidos construídos pelos adolescentes sobre a relação entre os
contextos de acolhimento, da família e da rua. Na análise das narrativas, observou-se que os
significados sobre tais contextos emergiram de modo entrelaçado, num diálogo permanente
entre os elementos culturais que os circunscrevem e os eventos que marcam suas trajetórias,
como crises, tensões e rupturas. Nesse sentido, tal indissociabilidade questiona intervenções
fragmentadas e localizadas para a compreensão do fenômeno da evasão como um rompimento
de territórios, indicando a necessidade de se considerar a própria circulação como um lugar
simbólico que articula saberes e modos de socialização. As narrativas sobre uma existência
vivida entre os referidos contextos fizeram emergir sentimentos polissêmicos e ambíguos
sobre experiências passadas e presentes para avaliar as perspectivas de um futuro incerto
antecipado na emergência de uma maioridade. As narrativas refletiram uma multiplicidade de
elementos culturais, contextuais e pessoais presentes nas (re) significações: sobre a família
que, a despeito das desventuras, ainda se mantém como força simbólica de pertencimento,
integrando seus projetos para o futuro; sobre as instituições de acolhimento, em seu potencial
de apoio e nas práticas que reeditam violências sofridas e afirmam identidades delinquentes; e
sobre a rua, cujos referenciais identificatórios suscitam significados de prazer e de ameaça
constantes. Com a presente investigação, espera-se contribuir para os estudos sobre
desenvolvimento a partir de diferentes perspectivas, reconhecendo-se as vozes e as
experiências dos sujeitos, nas diferentes interações, como interlocutores responsáveis pelo
conhecimento produzido socialmente e coautores de suas próprias histórias.
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O acolhimento institucional de jovens e as representações sociais de abrigoLacerda, Thiago Silva 27 February 2014 (has links)
Submitted by Felipe Lapenda (felipe.lapenda@ufpe.br) on 2015-03-04T13:45:20Z
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Previous issue date: 2014-02-27 / Este estudo investigou Representações Sociais de abrigo e as suas relações com o acolhimento institucional de jovens usuários das Casas de Acolhida Temporária na cidade de Recife. Os estudos acerca das juventudes pobres em situação de vulnerabilidade social e vínculos familiares fragilizados contribuem para uma melhor compreensão do fenômeno da institucionalização de crianças e jovens, inscrito na sociedade brasileira desde o período colonial, e que, atualmente passa por mudanças substanciais em seus paradigmas de atuação. Pesquisamos as incidências da judicialização do acolhimento institucional nas representações e práticas de jovens acolhidos devido à situação de rua e vulnerabilidade social, utilizando como eixos teóricos a Teoria das Representações Sociais (MOSCOVICI, 2012), e sua abordagem culturalista (JODELET, 2009), a noção de Espaços de Fronteira (SANTOS, 2002) e o conceito tridimensional de Vulnerabilidade Social (AYRES et al, 2006). A pesquisa foi delineada em três etapas: 1) Observação direta dos jovens nas unidades de acolhimento institucional. 2) Análise de conteúdo de textos jornalísticos da imprensa pernambucana no perído pós-judicialização. 3) Entrevistas qualitativas com os jovens em situação de acolhimento. Identificamos que o contexto da judicialização tem contribuído para a mudança das Representações Sociais de abrigo e de acolhimento, ao reorientar algumas de suas práticas. Tem conduzido também muitos jovens a tensionarem os limites impostos pelas instituições a partir das informações que aqueles obtêm das leis, constituindo práticas sociais e estratégias de enfrentamento às situações de vulnerabilidade a que estão sujeitos. Encontramos representações de acolhimento institucional relacionadas ao abrigo como um andaime psicossocial, enfatizando o caráter de apoio para elaboração de novos modos de vida pelos seus usuários.
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Autobiografismo: desenho infantil e biografização com crianças em situação de acolhimento institucionalGOLDBERG, Luciane Germano January 2016 (has links)
GOLDBERG, Luciane Germano. Autobiografismo: desenho infantil e biografização com crianças em situação de acolhimento institucional. 2016. 346f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza (CE), 2016. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2016-09-01T11:41:25Z
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Previous issue date: 2016 / Cette thèse a comme axe principal l'étude du potentiel heuristique et formateur de dessinave
c les enfants dans une institution d’accueil, que mise en place le “ autobiographisme” - une autobiographie dessinée, responsable par la construction d'une figure narrative de l'existence chez
l'enfant. Inspiré par le concept de "biographization" proposé par Delory-Momberger (2008) préconisant la reconnaissance du fait que les enfants sont capables de se souvenir, de réfléchir et de devenir based en Passeggi (2014). Méthodologiquement, est situé dans
l’univers de la recherche qualitative en Éducation dans le domaine de la recherche (auto)biographique avec les enfants, sur la base du point de vue de la Démarche Clinique - D
ialogique de Lani-Bayle (2007), qui vise à la recherche avec les enfants et non seulement
sureux , à l'écoute sensible, le dialogue, l'interaction, la médiation, la co-construction et de l'intervention. Les sujets actifs et les participants sont les “filles fleurs”: Jasmim (4 ans), Gérbera et Begônia (6 ans), Tulipa et Girassol(7 ans) et Pétunia (10 ans), vivant dans l'institution d'accueil
Casa - Família Maria Mãe da Ternura, situé à Maracanaú (CE-Brésil). Le terrain a été fait par la
a création d'unatelie d'art au sein de l'institution, où se sont tenues 10 rencontres hebdomadaires de deux heures chacun, de Septembre à Novembre 2015 pour construire avec les enfants des activités interactives qui ont fourni le développement de leurs récits visuels en dessinant. Au total, ils ont été 168 dessins qui ont permis de suivre l'évolution graphique des enfants avec l'appropriation symbolique de leurs mondes de vie représentés par un dessin montrant apprentissage différent, affirmant la conception du caractère formateur pour le développement de l'enfant. Il est prévu que les fleurs filles prennent l'a utonomie graphique et le dessin comme un moyen confessionnel expressive, capable de préparer et d'organiser leurs sentiments et sensations, leurs experiénces quotidiennes, vos craintes et vos angoisses. Le autobiographisme peut, donc mettre en place comme un élément majeur dans le processos de la figuration du soi et se reconstituer pour l'enfant, parce que grâce à lui sa vie prend forme, forme et voix. / Esta tese tem como eixo principal a investigação do potencial heurístico e formador do desenho infantil com crianças em acolhimento institucional, configurando a proposta do autobiografismo - uma autobiografia desenhada, responsável pela construção de uma figura narrativa da existência da criança. Enquadra-se no campo da pesquisa (auto)biográfica com crianças, inspirada no conceito de “biografização” proposto por Delory-Momberger (2008) defendendo o reconhecimento da criança como capaz de “lembrar, refletir e projetar-se em devir” com base em Passeggi (2014, p. 135). Metodologicamente, situa-se no universo da Pesquisa Qualitativa em Educação, no campo da pesquisa (auto)biográfica com crianças, apoiada na perspectiva da Dèmarche Clinique-Dialogique de Lani-Bayle (2007), que objetiva a pesquisa com a criança e não somente sobre ela, a partir da escuta-sensível, do diálogo, da interação, da mediação, da co-construção e da intervenção. Como sujeitos ativos e participantes da pesquisa, as “meninas-flor”: Jasmim (4 anos), Gérbera e Begônia (6 anos), Tulipa e Girassol (7 anos) e Petúnia (10 anos), residentes na Instituição de Acolhimento Casa-Família Maria Mãe da Ternura, localizada no município de Maracanaú (CE). O trabalho de campo se deu por meio da constituição de um ateliê de arte no interior da instituição, onde foram realizados 10 encontros semanais, com duração de 2 horas cada um, no período entre setembro a novembro de 2015. Buscou-se, por meio do diálogo e da interação, construir com as crianças atividades lúdicas e interativas que proporcionassem a elaboração de suas narrativas visuais por meio do desenho. Ao total foram realizados 168 desenhos que permitiram acompanhar a evolução gráfica das crianças junto à apropriação simbólica de seus mundos de vida representados por meio do desenho revelando aprendizagens diversas, afirmando o caráter formador do desenho para o desenvolvimento infantil. Espera-se que as meninas-flor assumam autonomia gráfica, tendo o desenho como um meio confessional, capaz de elaborar e organizar seus sentimentos e sensações, suas ações cotidianas, seus medos e angústias. O autobiografismo pode assim configurar como elemento primordial no processo de elaboração, figuração e reconstituição de si para a criança, pois por meio dele sua existência toma corpo, forma e voz.
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Ressonâncias da insígnia de periculosidade em adolescentes com trajetórias de acolhimento institucionalCosta, Laís Flores Santos Lopes 17 September 2018 (has links)
Submitted by LAIS FLORES SANTOS (lai_flores@hotmail.com) on 2018-09-26T13:44:16Z
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Dissertação Final Laís Flores.pdf: 1260643 bytes, checksum: 5a94ea572c2e94a16da65d102d69ef63 (MD5) / Este trabalho objetiva analisar as ressonâncias do discurso de periculosidade nas trajetórias de
adolescentes que passaram por acolhimento institucional. Para atender aos objetivos, utilizamos
a história de vida de dois adolescentes que tiveram vivência de acolhimento institucional e
envolvimento com o tráfico de drogas como ferramenta metodológica, a partir da análise dos
prontuários de algumas instituições de acolhimento as quais os adolescentes tiveram passagem,
bem como das entrevistas abertas e em profundidade realizadas com profissionais que os
acompanharam no momento da institucionalização. Um adolescente do estudo também foi
entrevistado, a fim de dar visibilidade à sua voz. Os dados encontrados foram analisados a partir
da perspectiva teórica da psicanálise e da análise do discurso de inspiração foucaultiana. Como
marco teórico, utilizamos as noções de indivíduo perigoso, poder disciplinar e biopoder
analisadas por Foucault, os conceitos de homo sacer, de vida nua e de campo desenvolvidos
por Agamben e a ideia de vida precária defendida por Butler. A partir da psicanálise, resgatamos
os conceitos de adolescência, constituição e estruturação psíquicas e lei simbólica. Para situar
historicamente o problema de pesquisa, fizemos um panorama sobre as leis brasileiras de
proteção à infância que vigeram no país, sobre a noção de família, sobre a institucionalização
de crianças e adolescentes e sobre as imagens que foram sendo construídas sobre a infância
institucionalizada. Os casos apresentados possuem características comuns, como vivências de
abandono e de violências muito precocemente na vida, dificuldade em se submeter às regras
institucionais, a concepção de que são desafiadores das normas, ao passo que também
comportam singularidades, como a extensão da circulação familiar e institucional, a posição
ocupada nos discursos institucionais e a incorporação da ideia de sua suposta periculosidade.
Discutimos que a lógica institucional de atendimento ainda está voltada para a disciplina e que
isso fragiliza seu trabalho, que o olhar unívoco sobre o agir adolescente não abre espaço para
novas identificações e que a precarização de uma vida a torna mais vulnerável à determinadas
contingências. Por fim, esperamos contribuir para a desconstrução da essencialização da
periculosidade atribuída a estes adolescentes, trazendo novas perspectivas sobre a travessia
adolescente, sobre a função do acolhimento institucional para este público e sobre a discussão
da redução da maioridade penal. / This work aims to analyze the resonance of the dangerousness speech in the trajectory of
teenagers who had experienced sheltering. To comprehend the goals, we used as
methodological tool the life histories of two teenagers who had experience with sheltering and
drug traffic, according to the analysis of some host institution’s charts where the teenagers were
at, as well as open interviews with professionals that followed these teenagers in the moment
of their institutionalization. One of the teenagers were also interviewed in the will of making
his voice heard. The data found were analyzed according to the theoretical perspective of
psychoanalysis and inspired by Foucault’s Discourse Analysis. As a theoretical mark, we used
the ideas of dangerous individual, disciplinary power and biopower analyzed by Foucault, the
concepts of homo sacer, of bare life and field developed by Agamben and the idea of precarious
life from Butler. From the psychoanalysis, we rescued the concepts of adolescence, constitution
and psychic structure and symbolical law. To historically situate the researcher's problem, we
made a panorama about Brazilian laws for childhood protection, about the idea of family, about
institutionalization of children and teenagers and about the images built of the institutionalized
childhood. The cases presented have common characteristics, like abandonment and violence
early on in life, difficulty to submit to institutional rules, the concept that they oppose the norms
while they also show their singularities, like the extension of familiar and institutional
circulation, the position occupied in institutional speeches and the incorporation of the idea of
their supposed dangerousness. We discussed that the institutional logic of work is still turned
to the discipline and this weakens it's work, that the unequivocal look on the teenagers acts do
not open space for new identities and that the precariousness of a life makes it more vulnerable
to certain contingencies. At last, we hope to contribute to the deconstruction of the idea of
essentialized dangerousness to these adolescents, bringing new perspectives about the
adolescence passage, about the role of the shelter for this public and about the discussion of the
reduction of penal age.
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O brincar como possibilidade de desenvolvimento infantil em acolhimento institucionalBarbosa, Ana Paula Sampaio 17 February 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, 2017. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-05-19T18:38:28Z
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2017_AnaPaulaSampaioBarbosa.pdf: 1062316 bytes, checksum: ede9c50434aa384d081abfa318c99040 (MD5) / Rejected by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br), reason: Boa noite,
Por favor, adeque o campo orientador às regras de descrição do RIUnB.
Atenciosamente, on 2017-05-24T22:00:53Z (GMT) / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-05-25T15:42:53Z
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2017_AnaPaulaSampaioBarbosa.pdf: 1062316 bytes, checksum: ede9c50434aa384d081abfa318c99040 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2017-05-26T20:28:39Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2017_AnaPaulaSampaioBarbosa.pdf: 1062316 bytes, checksum: ede9c50434aa384d081abfa318c99040 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-26T20:28:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2017-05-26 / O presente trabalho visa compreender como o brincar pode contribuir para o desenvolvimento infantil em acolhimento institucional, pois percebemos que o brincar e o lúdico têm sido deixados de lado, não sendo prioridade no dia a dia de muitas crianças. Além da reflexão acerca do brincar, realizamos uma reflexão sobre a realidade do acolhimento institucional e o desenvolvimento infantil numa perspectiva histórico-cultural. A metodologia da pesquisa foi construída com base nos pressupostos de estudos qualitativos, por meio da brincadeira participante e da análise construtiva-interpretativa constituídas no contato entre pesquisadora e os participantes de pesquisa. A investigação teve lugar em uma instituição de acolhimento no entorno do Distrito Federal e os participantes de pesquisa foram as crianças e cuidadoras que residiam na mesma. Concluímos que estar em acolhimento não é fator determinante de prejuízo ao desenvolvimento da criança, que os recursos simbólicos e emocionais são mobilizados pela brincadeira por meio dos processos de imaginação e criatividade e que o brincar espontâneo amplia as possibilidades de expressão do sujeito, condição essencial de desenvolvimento. Ressaltamos a relevância desse tipo de pesquisa, na tentativa de fomentar discussões que possibilitem problematizar a visão acerca da infância e do acolhimento institucional, e ampliar o entendimento da importância da brincadeira para o desenvolvimento infantil. / This research aims to understand how playing can contribute to child development in the context of institutional sheltering. It is not hard to notice that the act of playing has been set aside, being no priority in the routine of the children. Besides reflecting about playing, we also reflect about the reality of institutional sheltering and child development. The methodology was constructed following qualitative assumptions, with participant playing and constructive-interpretative analyses being constituted during the contact between the researcher and the participants of the study. The investigation took place in a sheltering institution of the great area of Distrito Federal – Brazil. The participants of the study were the children and the caregivers who resided in that institution. We conclude that being in a sheltering context is not a determining factor of harm in children’s development as symbolic and emotional resources are deployed during playing time through imaginative and creative processes. Furthermore, spontaneous playing broadens the possibilities of expression of the subject – an essential condition for development. Based on the above considerations, we highlight the relevance of this kind of research as an attempt to foster discussions that problematize the perception about infancy and institutional sheltering and broaden the understanding of the importance of playing for children’s development.
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AUTOBIOGRAFISMO: DESENHO INFANTIL E BIOGRAFIZAÃÃO COM CRIANÃAS EM SITUAÃÃO DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL.Luciane Germano Goldberg 11 July 2016 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Esta tese tem como eixo principal a investigaÃÃo do potencial heurÃstico e formador do desenho infantil com crianÃas em acolhimento institucional, configurando a proposta do autobiografismo - uma autobiografia desenhada, responsÃvel pela construÃÃo de uma figura narrativa da existÃncia da crianÃa. Enquadra-se no campo da pesquisa (auto)biogrÃfica com crianÃas, inspirada no conceito de âbiografizaÃÃoâ proposto por Delory-Momberger (2008) defendendo o reconhecimento da crianÃa como capaz de âlembrar, refletir e projetar-se em devirâ com base em Passeggi (2014, p. 135). Metodologicamente, situa-se no universo da Pesquisa Qualitativa em EducaÃÃo, no campo da pesquisa (auto)biogrÃfica com crianÃas, apoiada na perspectiva da DÃmarche Clinique-Dialogique de Lani-Bayle (2007), que objetiva a pesquisa com a crianÃa e nÃo somente sobre ela, a partir da escuta-sensÃvel, do diÃlogo, da interaÃÃo, da mediaÃÃo, da co-construÃÃo e da intervenÃÃo. Como sujeitos ativos e participantes da pesquisa, as âmeninas-florâ: Jasmim (4 anos), GÃrbera e BegÃnia (6 anos), Tulipa e Girassol (7 anos) e PetÃnia (10 anos), residentes na InstituiÃÃo de Acolhimento Casa-FamÃlia Maria MÃe da Ternura, localizada no municÃpio de Maracanaà (CE). O trabalho de campo se deu por meio da constituiÃÃo de um atelià de arte no interior da instituiÃÃo, onde foram realizados 10 encontros semanais, com duraÃÃo de 2 horas cada um, no perÃodo entre setembro a novembro de 2015. Buscou-se, por meio do diÃlogo e da interaÃÃo, construir com as crianÃas atividades lÃdicas e interativas que proporcionassem a elaboraÃÃo de suas narrativas visuais por meio do desenho. Ao total foram realizados 168 desenhos que permitiram acompanhar a evoluÃÃo grÃfica das crianÃas junto à apropriaÃÃo simbÃlica de seus mundos de vida representados por meio do desenho revelando aprendizagens diversas, afirmando o carÃter formador do desenho para o desenvolvimento infantil. Espera-se que as meninas-flor assumam autonomia grÃfica, tendo o desenho como um meio confessional, capaz de elaborar e organizar seus sentimentos e sensaÃÃes, suas aÃÃes cotidianas, seus medos e angÃstias. O autobiografismo pode assim configurar como elemento primordial no processo de elaboraÃÃo, figuraÃÃo e reconstituiÃÃo de si para a crianÃa, pois por meio dele sua existÃncia toma corpo, forma e voz.
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